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janeiro 2016
O tempo estava frio, nublado e caótico. Os passos pesados da marcha seguia dura pelo concreto em destroços, poucas de suas partes eram inteiras e planas, mas o solo daquela bela arquitetura, assim como paredes e toda sua estrutura, permaneceriam intactos. Era pouco mais que duas e quarenta da madrugada, o horário de recolher já havia tocado há pelo menos quatro horas atrás embora forças armadas ainda estivessem festejando por aí mesmo em meio a todo aquele caos. Outros apenas mantinham sua índole inescrupulosa mandando em qualquer alma viva que pela rua cruzasse caminho, abusando-as ou somente tirando suas vidas por puro deleite. Kazuma não tentaria mudar todos os homens, tinha responsabilidades e outras coisas a pensar. Colocou novamente o quepe militar sobre os cabelos negros um pouco bagunçados e afetados pelo frio. Ajeitou o casaco somente sobre os ombros e guiou a fila em ordem, brandindo direção a grande igreja já há poucos metros. Passou pelos soldados que guardavam a entrada frontal do grande pátio antes de alcançar a porta principal após breve cumprimento respeitoso dos inferiores. E então após a abertura do portão de madeira grande e pesado, continuou a levá-los até finalmente alcançar a bela arquitetura com algumas poucas luzes que iluminavam o sino em seu topo e mesmo a enorme cruz que certamente deveria ter grande peso, assim abriu a porta de madeira ornamental, longa e pesada, encontrando o olhar curioso do senhorio daquela igreja. Asahi acordou quase num sobressalto, o barulho que vinha do lado de fora era ensurdecedor, na verdade, fazia algumas noites que não dormia direito e não podia recorrer a coisas tão mundanas como remédios. Não meditava, nunca havia conseguido aquela proeza, e invejava quem o fazia, era católico, não budista ou hinduísta. Observou, ou tentou observar pela janela quem podia ter aberto o portão da igreja aquela hora da madrugada e estranhou, só conseguindo ver o quepe e sua farda pelo pequeno vidro quebrado. Negativou consigo, sem entender e já que de pé, colocou a batina, tinha uma mania nada correta de dormir somente de roupa intima, e não importava o quanto os outros padres dissessem, ou até mesmo as freiras que antes ali tinham, não conseguia dormir com uma roupa branca quase enforcando a si a cada movimento que fazia. Ora não era pervertido só por querer liberdade, ou era? O crucifixo ainda estava sobre o pescoço, o carregava consigo mesmo dormindo, não era pesado e fazia parte de si, era pequeno, de madeira e si mesmo havia feito. Desceu as escadas quando suficientemente arrumado e observou o rapaz que já adentrava o lugar a carregar com ele algumas pessoas que naquele escuro não conseguiu identificar. Fez uma pequena reverência para o general que ali adentrava e sabia disso devido a suas condecorações no uniforme.
- Senhor Sakurai? A que devo sua ilustre presença nessa madrugada sonolenta em que eu me encontrava?
- Não me importo com o seu sono, Padre. Não adianta soar insolente.
Retrucou tão abruptamente ao homem de batina. Normalmente teria sido respeitoso, porém nunca o era diante de um ataque, era facilmente um contra-atacante e indicou o pequeno grupo que fosse a dentro do salão quase luxuoso daquele lugar antes que finalmente pudesse fechar a porta atrás de si. No entanto, seguiu alguns passos a frente para tratar o assunto.
- Boa noite, Padre.
Disse-lhe contraditório a saudação inicial e fez até mesmo uma suave reverência com a cabeça, num cumprimento pacífico. Tão logo chamou dois dos soldados que prontificaram-se a levar duas caixas com alguns mantimentos suficientes para os próximos três dias.
- Espero que aceite humildemente e também que possa acolhe-los.
E desta vez apresentou-lhe um casal de idosos, tal como duas pequenas jovens garotas, crianças melhor dizendo, que se grudavam aos mais velhos com um ar sofrido porém maduro, com um ar tão protetor quanto o de um verdadeiro adulto, crianças certamente valentes diante da necessidade de cuidar de seus entes mais frágeis. Vestiam roupas sujas, cheias de pó, cabelos negros mais pareciam fios cinzentos. Os idosos embora sua lã estivesse tão surrada, os cabelos brancos mal cortados, conseguiam sorrir com um quase alívio, com alguma esperança.
- Talvez haja possibilidade de que eu traga mais algumas crianças e idosos. Caso aja necessidade de cuidados especiais trarei algumas das enfermeiras do exército. Peço também que todos permaneceram aqui dentro, lá fora é um ambiente incontrolável, aqui dentro estão seguros.
Asahi o ouviu em seu tom quase ríspido em resposta e deu um sorrisinho de canto, assentindo a ele enquanto entrava com as pessoas, dando espaço a ele para se acomodar. Observou as expressões dos refugiados, e alternava em direção à face dele em seguida, sem entender, mas logo com sua explicação, fora capaz, embora não conseguia realmente entender o porque ele os deixava ali e não matava como qualquer outro militar comum. Parecia diferente, e talvez o tivesse julgado mal, já que não tentava machucar as crianças.
- Sim senhor, a igreja é sempre aberta para quaisquer pessoas que procurem a Deus, farei o possível para cuidar deles, pode trazer quantas pessoas precisar. Porém permita-me perguntar, se não se importa... Porque realiza esses atos de bondade? Nunca cheguei a ver um militar como o senhor de joelhos numa igreja, muito menos se preocupando com as outras pessoas.
- Atos de bondade? Não são atos de senso comum?
Retrucou ao religioso, embora tenha entendido seu questionamento. Era ciente das atrocidades em tempos como aquele, era de algum modo um tanto indiferente sobre os atos alheios, mas reconhecia que talvez fosse algo que não deveria fazê-lo, era justamente por isso que enquanto os próprios soldados estivessem sob as próprias vistas, eram obrigados a agirem como seres humanos e não feito animais selvagens, ainda que aquela comparação não fizesse jus a natureza mais humana dos próprios bichos.
- Os mais fracos são os que agem mais miseravelmente. Sentem necessidade de reafirmar o poder que não tem, e usam justamente a violência pra isso, só assim se sentem "homens" de verdade.
Asahi se calou e abriu um pequeno sorriso de canto, isso só reforçava ainda mais a beleza dele para si e a vontade que tinha de vê-lo novamente, e poder conversar com ele.
- O senhor é realmente um homem sábio, general. Um homem incrivelmente sábio. Por que não fica por essa noite? Tenho algumas garrafas de vinho que podemos compartilhar.
- Eu agradeço o convite, Padre, mas preciso voltar, tenho assuntos pendentes durante a madrugada e preciso recolher meus homens nas ruas, do contrário se supõe que a noite seja barulhenta. Peço que os acomode, que lhes de algo o que comer, devo voltar em três dias para reposição dos mantimentos ou antes caso encontre alguma criança. Se você precisar de algo mais, os homens que guardam o portão frontal do pátio, escreva uma carta e diga para que entreguem a mim.
- Hum... É uma pena, mas eu agradeço. Farei o possível para que se sintam em casa, se precisar de mais alguma coisa, por favor, me deixe saber.
O menor fez uma pequena reverência em despedida, porém só então se recordava dos cortes feitos pelo vidro há alguns dias e perguntava-se se não estariam evidentes a ele já que cobriam boa parte das mãos e do peito, não queria que ele se preocupasse, então, escondeu as mãos com as mangas da batina.
Kazuma moveu suavemente a cabeça tal como ele, num cumprimento informal e ajeitou o quepe pela aba antes de junto aos dois soldados, dar marcha ré a fim de seguir a fora da igreja. Observou as crianças, mesmo os idosos e então igualmente se despediu com o maneio da cabeça.
- Enviarei as enfermeiras para eles, também para você.
Disse e seguiu caminho a base. Asahi uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e negativou.
- Para mim não é necessár... - Falou, porém percebera que havia sido ignorado, vendo-o se retirar e negativou. - Eu hein. - Falou e desviou o olhar às pessoas paradas no local, dando um pequeno sorriso acolhedor aos demais. - Por favor, sigam-me, vou levar vocês aos aposentos onde poderão descansar.
O ambiente tinha luzes baixas de tom amarelado, dando um toque confortável à extensão de todo o lugar. A aparência se estendia por um amplo salão, a voz rouca denunciava Marilyn Manson como música ambiente, um tom lascivo e suavemente agressivo, propício. Diferentemente do bar no piso superior, o que forjava a parte de baixo daquele evento erótico e fetichista. Lá existiam os casais curiosos, os desacompanhados a procura de um submisso ou um dominante. Bebiam como num simples bar de classe, com a música calma que escondia qualquer ruído que viesse lá de baixo. E no salão de piso negro, paredes igualmente escuras, detalhes em couro, tudo simplificava a imagem que tinha dentro daqueles diversos quartos abertos. Alguns poucos deles eram reservados, com uma solitária janela de vidro, suficiente para que os voyeurs vissem o show oculto em seu interior. O vampiro moreno passeou pela extensão, fitando em cada quarto preparado seus hóspedes, procurando minuciosamente a quem agradasse.
O outro vampiro suspirou enquanto observava o local, a música já havia cansado de ouvir, e também cansara de procurar por alguém que agradasse a si, muitos jovens vinham até ali por curiosidade e quando tentava algo com algum deles, fugiam de si, talvez justamente por isso estivesse sentado ao canto com a taça em uma das mãos, aspirando vez ou outra o aroma do vinho misturado a bebida favorita, e vez ou outra observava os garotos a passar por ali, esperando que algum deles desse para si alguma brecha, sem muito sucesso é claro. Os cabelos negros caíam pelos ombros num corte repicado e vez ou outra mordia o piercing único no centro do lábio inferior, golando a bebida fornecida pelo ambiente tão interessante e ao mesmo tempo entediante.
Sem sucesso na busca, o outro caminhou adentro de um dos quartos o qual julgou do interesse. Observou cada aparelho do qual provavelmente inutilizado naquela noite, e parecia melhor assim. A cama revestida num lençol sedoso e preto com um leve brilho azul petróleo aonde se lançou sem se preocupar em tirar os calçados, e deitou-se, cruzando um dos braços por trás da nuca, enquanto erguia um filtro entre os lábios, deixando a caixa de cigarros no peito e acendeu a ponta do fumo com o zippo, que estalou ao ser fechado. E ao tragar, logo expeliu uma densa fumaça cinzenta pelos lábios, enquanto esperava que alguém passasse por ali.
O de cabelos médios arqueou uma das sobrancelhas ao sentir o cheiro típico, conhecido, o mesmo cigarro que costumava fumar, mentolado. Levantou-se devido ao vício, e observou ao redor no último gole do vinho a deixar a taça por ali, caminhando em direção ao quarto próximo, seguindo pelo aroma e ao parar na porta, sorriu consigo mesmo, desistindo ao ver a imagem do outro, longe do que geralmente procurava, que eram os garotinhos indefesos para que pudesse brincar um pouco.
- Ora... Desculpe.
O par de olhos de tom dourado, embora apagados, voltaram-se ao dono cujo os passos ouviu de longe, nos poucos metros que traçou até ali. Não ergueu a cabeça, apenas baixou o olhar a voltá-lo para a entrada no quarto. Sentia cheiro de perfume, de vinho seco e encarou, interessado, embora fosse evidentemente diferente do que tinha costume, era um pouco mais másculo dos quais costumava estar, ainda que não fossem tão delicados assim. Ergueu o tronco no tanto necessário e apoiou-se num dos cotovelos sobre a cama, enquanto a outra mão, tratava de dar mais um trago de cigarro para si.
- Dominante? Submisso?
Indagou e soou um pouco rouco ao fazê-lo.
O outro observou-o ali deitado, e sua pergunta antes que deixasse o local, sorriu para si mesmo e permaneceu no mesmo lugar, encostando-se no limiar da porta a aspirar o aroma delicioso que vinha dele, e dali sabia que tinha a mesma espécie que a si. Estufou o peito, quase orgulhoso ao ouvir a pergunta e levou as mãos aos bolsos do casaco, descontraído.
- Dominante.
Uma das sobrancelhas do maior deitado se elevou num toque breve, assentindo a sua afirmação. Ótimo, tal pensou, como disse ao rapaz.
- Ótimo. Já tem acompanhante?
Indagou e soou abafado com o filtro de cigarro entre os lábios.
- Estou procurando. Você não parece submisso.
Um sorriso leve, porém afiado, adornou o canto esquerdo dos lábios do outro vampiro, sem desprender deles o filtro do cigarro.
- Prefere quarto aberto ou fechado?
- Fechado.
Falou o rapaz em pé a observá-lo e quase chegou a arquear uma das sobrancelhas.
- Podemos começar ou você prefere do tipo moça?
- Geralmente pego garotos mais inocentes, gosto de ouvir eles gritando, mas... Não vejo ninguém interessante por semanas.
- Sei, mas estou perguntando se podemos começar.
E o outro, pouco menor em pé, sorriu de canto, assentindo. O maior ajeitou-se na cama, sentando-se por fim, observava ainda o rapaz à porta, e tragou mais do cigarro já em sua metade.
- Então vamos.
- Esse quarto é aberto ou fechado?
- Meio termo. Ainda tem o vidro pra quem quiser ver.
- Hum... Não sei, gosto de coisas mais reservadas.
- Escolha o quarto.
- Bem, vamos ficar aqui mesmo, não faz diferença.
O outro se levantou da cama e caminhou até o moreno, em sua frente tragou novamente o cigarro e virou o filtro nos dedos, direcionando-o agora a ele, colocando-o servido a seus lábios. O menor aceitou o cigarro, que estava acostumado a fumar e tragou-o igualmente, sentindo o arrepio pelo corpo com a proximidade dele. Tinha um cheiro tão bom, embora não fosse dizer ao outro.
- Está tímido?
Indagou o maior e sorriu a ele diante de sua inatividade. O outro desviou o olhar a ele ao ouvi-lo, distraído com o aroma vindo do outro e negativou, retirando o cigarro dos lábios a deixá-lo em sua mão.
- Nunca fiz isso com alguém da minha espécie.
- Bem, quem sabe seja mais intenso, ou menos, já que a dor é diferente para nós.
O menor sorriu a ele, malicioso.
- Feridas ficam abertas por menos tempo...
Murmurou e avançou sobre ele a abraçá-lo ao redor da cintura, aspirando o aroma vindo de seu pescoço, e quase podia sentir o sangue fluir para os lábios. O maior sentiu os braços hábeis em torno da cintura, envolvendo-a e sorriu sem nitidez, sentindo mesmo o aspirar do cheiro no pescoço, e sua evidente animação com o exalar do próprio sangue. O outro deslizou a língua pelo pescoço dele, apreciando o gosto suave do perfume junto ao suor da pele e suspirou.
- Tire as roupas.
O maior sentiu molhar a pele com um caminho tênue de saliva. Seu pedido, ou sua ordem, e afastou-se do desconhecido a levar as mãos à camisa, desacasalando os botões, livrando o tronco trabalhado do impasse, abandonando o tecido sobre a cama. E o mesmo fizera com a calça, porém deixou-a sobre o carpete escuro e macio aonde os pés nus agora tocavam. Fez-se inteiramente nu, visto que já a falta de alguma peça íntima nos quadris.
- Hum... Você é lindo...
O menor murmurou a observá-lo e mordeu o lábio inferior, de fato ele não era o tipo de rapaz que tinha costume de ficar, não imaginava que comeria alguém como ele. Aproximou-se e tocou os lábios do maior com os próprios, pouco se importando se ele queria beijar a si ou não, tratando de retirar rapidamente o casaco que usava, assim como a camisa a desacasalar os botões um a um, deixando-a no chão.
- Qual é o seu nome?
O outro aceitou o elogio de bom grado, analisando os movimentos do moreno e sentiu seu piercing resvalar pelos lábios que passaram inicialmente um pouco desajeitados acima dos próprios até que fossem encaixados e beijado por ele. O que não era uma prática comum. Teria sorrido, mas não o fez e no rompimento repentino do beijo voltou-se para ele.
- Ryoga. - Falou baixo, suficiente para ser audível, e soou rouco. - E o seu?
O outro estremeceu sutilmente ao ouvir o nome dele pronunciado com aquela voz tão gostosa aos ouvidos e mordeu-lhe o lábio inferior, sorrindo a ele em seguida.
- Katsumi.
- Gosta do meu nome? - Indagou em seu sutil, embora evidente tremor.
- Gosto da sua voz. É uma delícia.
- Hum...
Ryoga murmurou à curiosidade sobre ele e levou as mãos a seu cinto, desfivelando-o de seu jeans escuro. O menor deixou-o retirar o cinto e logo em seguida abriu a calça, abaixando-a rapidamente a retirá-la junto da roupa intima, deixando no chão.
- Pronto, hum.
Os olhos do maior evidentemente desceram por seu físico esguio.
- Belo porte.
- Hum... Obrigado... Apesar de ver que tem um ótimo aí também.
Ryoga sorriu de canto, não pelo elogio, mas sim por sua falta de reações, afinal, ele não era o ativo? Não que fosse realmente deixar, mas queria vê-lo tentar. Uma das mãos levou em seu ombro e subiu ao pescoço até a nuca, enroscando os dedos aos fios a segurá-los e jurou sentir um arrepio em sua pele, embora não tivesse certeza. E caminhou levando-o para a cama, mas não o fez se deitar ali, mas dar as costas à parede, atrás de seu corpo por vez.
Katsumi suspirou ao sentir os toques dele, de fato realmente se via meio sem reação diante do outro, já que ele não tentava fugir e nem empurrar a si, era diferente, mas parecia melhor. Seguiu junto dele até a parede, como queria e sem reclamar se pôs contra ela, observando-o e novamente o agarrou ao redor da cintura. Ryoga juntou ambas as mãos e levou-as a cada um de seus ombros, dos quais aos poucos desceu, percorrendo seus braços até o alcance dos pulsos quais uniu e ergueu-os juntos, tomando do grande suporte na parede as correntes pesadas de ferro aonde prendeu seus pulsos colados e puxou, obrigando-o a erguer e manter erguido, seus braços.
O menor fechou os olhos, apreciando os toques pelo ombro, sem entender ao certo o que ele faria e deixou-se levar até ouvir o barulho das correntes pesadas atadas aos pulsos. Desviou o olhar ao local e estreitou os olhos, puxando ambas as mãos na tentativa de se soltar.
- O que você... O que diabos está fazendo?
- Estou começando.
Ryoga sorriu a ele e afastou-se, pouco, a busca de algum acessório que julgasse bom a sua aparência. E pegou as algemas de tornozelo. Feitas em couro, separadas por um bastão revestido do material, o que consequentemente obrigava a suas pernas a estarem bem abertas sem ter como fechá-las e puxou um de seus pés, prendendo-o com a algema, logo a fazer o mesmo com o outro.
- Mas... Vai me prender? Hey... - O outro falou ao senti-lo prender a si com as algemas e arqueou uma das sobrancelhas. - Garoto, me solte agora, eu quem devo fazer isso.
- Garoto? Sou bem crescido. - As mãos do maior subiram por suas coxas após prender-lhe as pernas, sentindo a textura lisa em sua pele. - Talvez, mas qual a graça de dominar alguém que desejaria ser dominado? É muito melhor quando você não quer.
Katsumi rosnou a ele a expor os dentes, e era bem óbvio o porque o havia chamado de garoto, não sabia o quão velho ele era, mas tinha a eterna aparência de seus vinte e dois anos como vampiro.
- Você não vai dominar coisa alguma, me solte!
- Ah, que gracinha, é quase um cãozinho rosnando.
Os dedos que até então delicados em sua coxa, tão logo se desprenderam da região e voltaram a visitá-la, porém, sem pedir licença, e estapeou a pele, estalando ao alcançá-lo e roxear a região aonde o tapa. Katsumi estreitou os olhos ao sentir o tapa, tão forte sobre o local, contendo o gemido que quase rasgou a garganta, e rosnou novamente, puxando os braços na tentativa de soltá-los.
- Me solta!
- Já ouviu por acaso...
Dizia o maior, enquanto voltava o caminho pelo quarto, encarando a diversidade de artigos eróticos pendurados em torno, e selecionou o chicote com tiras de couro trançadas, ainda que preferisse a palmatória, onde uma fina aste de plástico com somente uma ponta equivalente a uma moeda, mas surtia efeito. Voltou-se para ele, alisando as tiras soltas.
- Aquele ditado "Caiu na rede é peixe"?
O menor arqueou uma das sobrancelhas a observá-lo andar pelo local e sabia a dor que viria, mas tentou não parecer amedrontado, sabendo que os garotos que prendia não tinham o costume de machucar tanto a si, talvez um ou dois, mas não todos.
- Acha que vai me machucar com esse brinquedo de criança?
- Já sentiu essas tiras na sua pele?
Indagou o outro com o mesmo timbre rouco, e pessoal, a ele. A resposta foi a negativa com a cabeça.
- Então não sabe o quanto isso é um brinquedo de criança, ainda mais, porque ele está nas minhas mãos.
Katsumi engoliu em seco, esperando pelo ataque do outro e o observava, sem ter mais o que fazer, notando seu corpo tão bonito, sem as roupas, embora fosse um grande filho da puta.
- Algum pedido especial? Talvez eu o deixe escolher aonde eu posso bater primeiro.
O menor negativou novamente e estreitou os olhos a ele, irritado com seu falatório, parecendo um vilão de filme típico antes de tentar matar o mocinho.
- Vai logo, não faz drama.
- Drama? - Ele riu e soou entre os dentes. - Talvez eu devesse começar pelo pau.
- Não... Não!
Ryoga abaixou a direção visual, escondendo parcialmente as íris por trás das pálpebras semi cerradas e ao estalar o chicote em sua pele, sobre sua coxa firme, sentiu-se arrepiar com o estalo do couro em sua pele. O outro fechou os olhos com certa força ao sentir o estalo e por um instante pensou consigo mesmo que a dor era psicológica, para fracos, humanos, qualquer que fosse algo que relaxasse a si, mas era insuportável até para si, imagine para os humanos.
O maior descerrou as pálpebras e os olhos já não tão distantes quanto antes, adquiriam um brilho fascinado ao estalar novamente as tiras inúmeras em seu abdômen já marcado pelas anteriores. Porém não durou a sua frente e contornou-o até duas costas, observando suas nádegas, e suavemente roçou o couro entre elas, causando cócegas na pele, numa carícia contraditória ao estalo que a sobreveio.
Katsumi manteve os olhos fechados, apertados e encolhia-se a cada vez que sentia o estalo do chicote sobre a pele, sentindo o sangue deixar as feridas no abdômen e podia sentir o cheiro, cada vez mais forte a cada estalo, assim como a voz sufocada na garganta, orgulhoso demais para deixá-la escapar. Sentiu o toque nas nádegas e inclinou-se pouco para frente, logo deixando escapar um gemido dolorido com a nova pontada de dor que sentiu.
A mão do maior deslizou sobre a ferida que deixou, acariciando a pele a sujá-la do sangue num borrão vermelho. E passou o braço pela lateral de seu corpo, mesmo ainda atrás de si, e pegou a seu sexo flácido, massageando-o, alternado entre apertos mais fortes ou carícias que lhe causassem algum prazer. Mas voltou a ferir sua pele com o estalo das tranças de couro no chicote. O outro abriu devagar os olhos a observar um ponto fixo do local e mais uma vez gemeu dolorido, ao sentir os toques dele no membro, já nem tinha mais forças para protestar, apenas o deixou fazer o que queria, sentindo o sangue arrancado do corpo mais uma vez com a chicotada que eriçou a pele, e queria estar solto para socar o rosto dele como nunca havia socado alguém na vida.
- Aprendeu como é meu brinquedo?
Ryoga indagou, próximo a seu ouvido e roçou os dentes pontiagudos em sua nuca, liberando-o a seguir e voltou para sua frente, deixando por hora aquele chicote. Entre a seleção de brinquedos, encontrou o arreio, duas argolas juntas formavam um tipo de número oito. Um lado era plástico emborrachado e noutro, como uma pulseira de couro e um botão para soltá-lo. Em seu membro encaixou o anel emborrachado, e ao abrir aquele tipo de pulseira, segurou as glândulas inferiores ao comprimento do membro e prendeu-as mutuamente, apertadas, tal como seu sexo, e que sofreria um pouco mais, se sentisse prazer.
Katsumi uniu as sobrancelhas ao vê-lo pegar o objeto e lembrava-se de já tê-lo usadoem algum garoto. Mordeu o lábio inferior com certa força, irritado, arrancando de si mesmo o sangue ao senti-lo colocar em si o brinquedo e gemeu, mais uma vez, tendo o orgulho pisoteado.
- ... Maldito.
- Maldito? Acha que vai ficar duro e que isso vai te machucar?
O maior indagou a ele, diante do protesto e caminhou pelo quarto aromatizado pelo pouco de seu sangue que já era o suficiente. Escolheu a corrente adornada pelas bolas de pompoarismo, somente a primeira delas sujou com o lubrificante, o restante, entraria seguindo o rumo da demais. Katsumi estreitou os olhos a observá-lo e rosnou novamente ao vê-lo se aproximar, como um cão provocado.
- Não, você não vai.
- Eu vou. Não haja como se essa bunda fosse virgem.
O maior disse e caminhou logo atrás do moreno, submisso às vontades, embora essa não fosse a sua e tocou-o em sua nádega, apertando a região e afastou-a uma da outra, roçando o conjunto de bolas em cor preta com peso progressivo.
- É sim! Solta!
O moreno gritou e puxou as mãos, seguindo para frente, tentando esquivar-se do toque dele e contraiu-se o quanto podia, não deixaria-o adentrar o corpo. O riso soou alto em evidente divertimento e Ryoga o puxou a enlaçá-lo em sua cintura, impotente. Pressionou a esfera inicial em seu corpo, e penetrou-a sem rodeios, empurrando-a com a ajuda e cortesia do lubrificante.
O menor contraiu-se ainda mais, tentando impedir o outro, porém relaxou ao perceber que não adiantaria e só pioraria a sensação, gemeu dolorido ao sentir o objeto adentrar o corpo ainda virgem, puxando as mãos com força na tentativa de se soltar e sentiu o pulso estalar, fechando os olhos em seguida a tentar evitar a dor, xingou-se mentalmente, e amaldiçoou até a última geração daquele maldito vampiro, não sabia quem era nem da onde vinha, mas sabia para onde iria quando se soltasse, ou assim pensava.
O maior sorriu com os dentes e deu-lhe um beijinho de consideração sob o ombro, embora fosse somente mais um artifício para provocá-lo e sentiu seus músculos contraídos, porém, somente afundavam ainda mais o pesinho dentro de seu corpo. Roçou as unhas em sua cútis, sob a nádega, desenhando o volume da região. Logo resvalou entre elas, e empurrou com o indicador mais uma das bolinhas em sequência.
- Chega, Ryoga! Me solte!
O menor gritou e uniu as sobrancelhas ao senti-lo empurrar a segunda bolinha em si, desistindo de puxar as mãos e manteve-se daquele modo a esperar que o outro parasse, embora soubesse que isso seria bem difícil àquela altura, ainda sentia a pele arder nas feridas feitas pelo chicote, que só cicatrizariam se se alimentasse.
- Chega...
- Só começamos
Disse o outro ao penetrar uma terceira bolinha em seu corpo e deixá-las lá mesmo. Caminhou pelo cômodo e pegou a palmatória, mas antes, abaixou-se puxando para cima o bastão que separava suas pernas, obrigando-o a dobrá-las e alçou-as acima do suporte onde se sustentavam as corrente e agora, mantinha-as erguidas, dobradas contra seu peito.
- O que você...?
O maior murmurou e uniu as sobrancelhas, sentindo a dor do pulso certamente deslocado junto da ardência dos machucados e também das bolinhas no interior, mordeu o lábio inferior sutilmente e percebeu que definitivamente gostava de estuprar os outros, não de ser estuprado.
Ryoga fez-se defronte ao moreno, encarando seu rosto de traços afiados e bonitos. Sorriu a ele e levou uma das mãos em sua nádega, segurando ao próprio sexo, roçando-o entre elas, em sua entrada preenchida pelas bolas de pompoarismo, e somente o roçou, provendo-o do contato da pele. O outro estreitou os olhos a ele, e sentia tanta raiva, queria socar a cara dele, por mais bonita que fosse.
- Me solte!
Gritou novamente e moveu-se como podia a tentar afastá-lo.
- Você quer mesmo que eu lhe dê uma mordaça de presente?
O maior indagou e afastou-se. Buscando a palmatória com a pequena ponta, embora eficiente e roçou-a em seu membro, provocando-o a dar um pequeno estalo.
Katsumi uniu as sobrancelhas e manteve-se em silencio até sentir o estalo na pele.
- Não! Aí não!
O moreno em pé, voltou a dar uma estaladinha, sob seu sexo, na zona inferior à base. Porém embora dolorido a pele, não era ao músculo. E desviou, estalando a palmatória em sua nádega, posteriormente a sua coxa. E suspirou a morder o inferior enquanto sentia o sexo endurecer com aprovação ao ruído que causava a colisão do material em sua pele. O outro fechou os olhos e suspirou, deixando morrer na garganta os gemidos a cada toque rude dele com o objeto, cansando a ardência incômoda e talvez até excitante se não sentisse raiva dele.
Ryoga caminhou mais próximo novamente, e no lugar da palmatória um tapa firme, rude, deu em sua nádega, apertando-a logo em seguida. Observou a seu sexo, e com os olhos voltados ao moreno cuspiu sobre ele o sangue que arrancou da própria boca, sujando seu sexo de um vermelho denso, escuro. O menor desviou o olhar a ele, unindo as sobrancelhas e suspirou, sabia que ficaria excitado ao sentir o sangue tocar a pele e de fato ficou, endurecendo com o corpo que pedia pelo sangue. Gemeu mais alto ao sentir o objeto apertado ao redor de si e encolheu-se, sem poder fazer nada.
- Se acha que eu vou implorar... Eu não vou.
- Pelo que?
Indagou o maior e lhe sorriu com os dentes sujos de vermelho. Arremeteu novamente o estalo que gritou contra sua pele e ao soltar a palmatória o segurou pelas coxas, com as unhas que causaram belos arranhões na sua pele branca e já avermelhada.
- Para que me solt...
Katsumi murmurou, e mal terminou sentiu o estalo novamente contra a pele, calando-se e igualmente sufocou o gemido como de costume, fechando os olhos, quase nem sentindo os arranhões dele sobre a coxa devido á dor que percorreu a si.
A mão do maior deslizou pela região até que o tocasse aonde as bolinhas penetradas e empurrou o dedo mutuamente, sentindo-as lá dentro, tal como a umidade daquela região.
- Não!
O outro gritou ao senti-lo empurrar o dedo em si e fechou os olhos com certa força novamente, já havia até esquecido as bolinhas no interior, que eram lubrificadas pelo próprio sangue além do lubrificante, e não era tão ruim quanto os toques rudes dele contra a pele. Através da fina corrente, o moreno solto puxou as três invasoras em seu corpo, tirando-as, deixando-as no chão, e caíram a ressoar pesadas sob o solo. Tão logo, empurrou o dedo para ele, dois deles, inteiramente.
Katsumi agradeceu pelas pequenas bolas serem retiradas do corpo e suspirou, porém arregalou os olhos a observá-lo ao senti-lo se empurrar para dentro de si, com os dedos, sentindo as unhas médias que machucaram o corpo por dentro, deixando escapar o gemido mais alto e dolorido.
- Veja bem, você é um passivo. Seu pau está durinho, embora tente não estar.
- Meu pau está duro pelo sangue que você cuspiu nele, seu desgraçado.
- Você não sai ficando de pau duro por chupar o sangue de alguém aleatório.
- Porque eu não chupo com o pau.
- Não seja mentiroso. Quer que eu o foda.
- Quero que me solte.
- Não seja tão chato, uma hora cansa. Acho que preciso realmente apresentar a mordaça a você.
O maior retrucou e enfiou novamente os dedos, empurrando-o para dentro com força. Katsumi sentiu-o tocar a si na parte tão sensível interior e estremeceu, mesmo sem querer, tentando disfarçar a ele, apesar de ter sentido a forte pontada no membro.
Um sorriso o outro lhe deu, e era evidente a ele o que pensava, e que de fato havia reparado, até porque, o aperto que se deu nos dedos não podia disfarçar. Com a mão livre lhe deu um tapa na coxa, voltando a apertá-lo. A mão subiu por sua cintura ao peito, aonde adornou com um pequeno acessório, portava um prendedor laminado prata com um pequeno vibro e embora judiasse de seu mamilo, mutuamente o estimulava.
- N-Não...
O menor gemeu baixinho ao senti-lo colocar o objeto em si e encolheu-se como pôde, desviando o olhar ao mamilo machucado por ele, e ainda assim sentia o arrepio pelo corpo, como se aquela dor fosse excitante.
- Quer gozar?
Disse o outro e voltou a penetrar os dedos, com força, em um ritmo que embora vagaroso, forte. O menor o observou e não respondeu, gemendo baixinho vez ou outra ao sentir o toque no interior, estimulando e machucando ao mesmo tempo. O outro voltou a mão livre e tocou-o no sexo, lubrificado de sangue, e envolveu sua base já dura, embora tentasse negar, massageou em vaivém e logo abandonou-a.
- Você quer gozar.
Retrucou e subiu a mão em seus cabelos compridos, enroscando-o aos punho. Katsumi suspirou ao sentir os toques e inclinou o pescoço para trás, assentindo sutilmente, não podia fazer nada de qualquer forma, e gritar faria-o amordaçar a si, então quis logo assentir apenas, aceitando-o por hora.
Ryoga observou a linha de seu pescoço, livre. E fez-se próximo, aspirando o cheiro de perfume na pele, e o sangue que corria vagarosamente em suas veias. Roçou os dentes na pele, puxando-a, e causou finos cortes com os caninos, apenas sensibilizando a região. Estocou-o novamente, com força, e tal como fez, na mesma força, fincou os dentes em seu pescoço, e sentiu o fluxo sanguíneo rápido fluir para a boca, dando dele o seu sabor.
Katsumi inclinou pescoço ao lado, deixando-o livre para ele, já a mercê dos toques do outro e sentiu a dor no corpo, onde queria atingir o ápice, ainda mais ao senti-lo cravar as presas em si, e gritou, sentindo a pele ser rompida parte por parte por seus dentes afiados. Puxou as mãos novamente, mesmo com o pulso já deslocado e desviou o olhar a ele como pôde tendo-o junto a si.
- Tira isso... Aí de baixo...
O outro fechou os olhos e sorveu de seu sangue, o quanto desejava, até que se fartasse e ao deixá-lo, fitou-o próximo a lamber os lábios com o sorriso sujo dele mesmo.
- Tire o que?
Indagou ante o pedido anterior e tornou estocá-lo com os dedos, mais forte, até retirá-los do moreno. O menor gemeu novamente, prazeroso dessa vez e suspirou a observá-lo em seguida.
- Tira essa coisa do meu pau...
O maior sorriu, observando-o duro, inchado e contido. Riu, de bom grado e soltou-o daquele arreio, livrando seu sexo. O outro gemeu baixo, aliviado e estremeceu, finalmente podendo atingir o ápice sem impasses e sujou-o, assim como o próprio corpo com o líquido quente. Ryoga sentiu o respingo atingir a pele, liberado a seu ápice, que veio até rápido demais.
- Estava só esperando, ah?
Katsumi assentiu, suspirando a apreciar a sensação pelo corpo, gostosa e conhecida e estremeceu sutilmente mais uma vez. Puxou as mãos, uma última vez e deixou-se estar ali ao sentir a dor aguda no pulso machucado, negativou consigo mesmo. Ryoga o apertou em seus quadris e saiu dele, voltando a penetrá-lo, iniciando o ritmo de vai e vem. Gemeu, suspirou e lambeu os lábios, sentindo o próprio gosto de sangue. E deu mais um trago no cigarro.
O menor manteve os olhos fechados, não entendia a graça de estuprar alguém preso, principalmente pelo fato de que parecia morto já que não podia se mover, falar ou fugir, e talvez fosse isso, talvez assim ele soltasse a si. Ainda de olhos fechados relaxou o corpo o quanto pôde e deixou a cabeça pender de lado, forjando o desmaio. O outro sorriu, e levou ambas as mãos na cama ao abandonar o cigarro e próximo a seu rosto, soprou de levinho, deixando a fumaça ser inalada pelo moreno e riscou os lábios com o dente, gotejando no canto de sua boca. O menor prendeu a respiração ao sentir a fumaça contra a face, porém não pôde evitar a reação do corpo ao sentir o sangue tocar os lábios e mesmo tentando se segurar ao máximo, moveu-se angustiado por não poder nem sorver o sangue. Ryoga o fitou, evidentemente chateado consigo mesmo, chegou a rir entre dentes, com sua feição de melancolia. Aproximou e tocou seus lábios, sujando-os com o sangue, beijando-o desta vez, como ele havia feito antes, e deixou-o provar do próprio sangue. O menor suspirou ao sentir o toque, e não era isso que faria melhorar alguma coisa, principalmente pelo fato de que o sangue vampírico não surtia efeitos em si, além da vontade de beber. Sentiu o gosto do sangue que pingou sobre a língua e uniu as sobrancelhas, já querendo chorar por não poder fazer nada.
Ryoga deslizou ambas as mãos em sua face, acariciando-a antes de dar-lhe um tapa que estalou na tez. Soltou a mordaça, e esperou por algum protesto que fizesse a si colocá-la novamente. E estocou-o, com força, esperando tirar de si um gemido pouco mais alto, agora sem o impasse do material. Katsumi sentiu-o retirar de si a objeto e moveu algumas vezes a boca, acostumando o maxilar já dolorido, mas nada disse, manteve-se em silêncio, feliz por ter pelo menos a boca livre do objeto. Gemeu alto ao sentir a investida, como ele queria, mesmo inconscientemente e fechou os olhos mais uma vez, cerrando os dentes.
O vampiro em pé lambeu seus lábios, sujando-os do próprio sangue, deslizando vagarosamente a língua sobre ele e voltou a estocá-lo com força. Gemeu mutuamente desta vez. O outro gemeu junto dele ao sentir o movimento, desacostumado, dolorido e uniu as sobrancelhas mais uma vez, expondo a língua a tocar a dele.
- Por que está fazendo isso? Você poderia ter qualquer garoto.
- Pff, não é como se eu estivesse na rua te estuprando, estávamos aqui pra isso, consequentemente você entrou no quarto errado, e por não querer isso, eu quis você.
Ele assentiu apenas, mantendo-se a observá-lo.
- Por que não aproveita, hum? Não é como se fosse uma mocinha querendo guardar a primeira vez, ou é?
O outro negativou.
- Então, vou te dar um pouco de prazer antes de terminarmos isso.
Ryoga roçou os lábios aos seus e mordiscou a língua, dando-lhe do próprio sangue. O menor empurrou a língua para a boca dele e sugou-lhe o sangue, sugando sua língua a apreciar o sabor tão gostoso do outro. O maior lhe mordeu igualmente a língua, até fundiu o próprio gosto ao dele e levou ambas as mãos em suas coxas, por ali a puxá-lo e estocá-lo, com força, em um ponto que a pouco conhecera com o uso dos dedos. Katsumi fechou os olhos e deixou escapar o gemido contra os lábios dele, sugando-lhe o sangue novamente logo após, esperando ser recompensado pelo silêncio.
- Me solta... Ao menos as pernas.
- Pra que?
Indagou e moveu-se novamente, mais forte, estocando-o. O outro gemeu dolorido contra os lábios dele.
- Pra eu poder levar ao redor da sua cintura.
- Pra tentar me chutar, é isso? - Ryoga riu e lambeu-o em seu queixo. - Não se faça de bonzinho.
- Não vou te chutar, pode arrancar minhas pernas se eu fizer.
- Vou morder seu tornozelo enquanto te fodo.
- Pode ser.
O maior se afastou, deixando de penetrá-lo e soltou suas pernas, embora estivesse tão boas daquela forma e segurou suas coxas, espaçando-as, voltando a penetrá-lo e voltou com força, certeiro. O moreno preso, sentiu as pernas trêmulas ao senti-lo adentrar o corpo novamente e levou ambas ao redor da cintura dele, esbarrando por acidente em sua perna antes de fazê-lo.
- Sem querer.
- É claro que sim. - Sorriu ao moreno. - Quando tiver forças, quem sabe eu deixe você tentar alguma coisa.
- Me dê uma taça de sangue e vamos ver. - Katsumi falou a ele e sorriu.
- Bom, existem muitas taças nos quartos por aí.
Disse o maior e deslizou a mão entre ambos, descendo a roçar das unhas em seu peito até o sexo e envolveu ao moreno, em seu membro, apertou sem delicadeza, porém afrouxou a masturbá-lo. O menor gemeu alto ao sentir o aperto e uniu as sobrancelhas, porém gemeu baixinho em seguida com o inicio dos estímulos, mordendo o próprio lábio inferior.
- Quer morder?
Ryoga indagou e deslizou a mão de seu sexo a entrada, delineando o próprio membro. Katsumi estreitou os olhos a ele e assentiu.
- Por que esses olhos estreitos? Quer mais um aperto no pau?
- Não.
O maior aproximou-se e roçou seus lábios, desviou para o próprio rosto e deu espaço a ele no próprio pescoço, enquanto mordiscava-o em seu lóbulo. O outro, aspirou o cheiro de sangue em seu pescoço e controlou-se o máximo que podia para não mordê-lo, sabia que as consequências seriam piores, mas tinha tanta fome e não pôde se conter, afundando as presas em sua carne e sugou-o.
O maior puxou suavemente seu lóbulo e gemeu em reflexo à fisgada no pescoço, soando ali perto de sua orelha, grave, rouco e por um momento deixou o movimento, sentindo-se dentro dele, assim como seus dentes dentro da pele ou além dela. Katsumi sugou o sangue dele para si e fechou os olhos, quase em êxtase ao sentir aquele gosto tão bom sobre a língua, queria beber mais dele, queria o quanto podia e deu longos goles em seu sangue gostoso.
- Quanta sede.
Disse o outro e voltou a se mover, deslizando a mão a sua nádega e apertou-a, empurrando-a contra a outra a prender o sexo entre elas e afastou-se dele, obrigando-o a abandonar a si e ao próprio sexo e puxou-o nos quadris, com força, estocando-o habilmente, até que finalmente gozasse, dentro dele. O menor suspirou ao senti-lo se afastar em si e uniu as sobrancelhas, achando que havia bebido muito pouco pela dor que havia sofrido, devia ter aproveitado, já que doeria.
- Eu não... - Murmurou e gemeu alto novamente ao senti-lo se colocar em si, encolhendo-se e apertou-o entre as pernas o quanto pôde, tentando deter os movimentos dele. - Não, não goze dentro!
Falou alto e fechou os olhos com força ao sentir o liquido adentrar o corpo. Ryoga sorriu a ele, em seu protesto, ao sentir a força de suas pernas na tentativa de interromper os movimentos, o que não teve sucesso e somente agora, havia parado. Fechou os olho, e moveu-se um pouquinho mais, bem de leve. Katsumi estreitou os olhos a ele e suspirou, tentando controlar a raiva que sentia e mordeu o lábio inferior a perfurá-lo, deixando escorrer o sangue num modo de conter-se, manchando o queixo e tórax com as gotas.
- Quanta raiva, punk.
- Vá pro inferno!
- Pff, você não está fértil.
- Como você sabe?
- Porque você estaria montado em cima de mim louco pra foder.
- Não quero foder com você, já disse que eu era virgem, idiota.
- Então por que veio aqui?
- Vim pra pegar um garoto.
- Se vem pra cá tem de estar disposto a qualquer coisa.
Disse o maior e soltou-lhe os pulsos da cama, livrando-o dos limites.
- E você seria fodido por alguém sem problemas?
- Disposto a brigar por isso, sim.
- Hum. - Katsumi falou a observá-lo e moveu-se devagar, sentindo a dor pelo corpo, esticado, cortado, machucado e quebrado. - Obrigado pela noite.
- Disponha.
O menor estreitou os olhos e sentou-se na cama, estalando o pulso dolorido e uniu as sobrancelhas, levantando-se em seguida a pegar as roupas no chão, não iria tentar brigar com ele, aquele sangue, de quem nunca havia vivido e aqueles olhos vermelhos e amarelos, era óbvio, ele era vampiro nascido, não teria chance.
Ryoga levantou-se e buscou as roupas, vestindo-se com ele. Estalou um tampinha em sua bunda, quando já vestido.
- Quer que eu te consiga alguém pra matar a sede? Você parece meio fraco. - Ironizou.
O menor estreitou os olhos a ele.
- Deve ser porque você quase me matou.
- Mas já está morto.
- Quase me matou de novo
Ryoga sorriu.
- Quase. Katsumi pegou o casaco dele no chão e nos bolsos pegou um dos cigarros, levando aos lábios e o acendeu com o próprio isqueiro, devolvendo a ele. - Quantos anos vocês tem?
- Bem, alguns. Já não lembro. Você parece bem novinho. Deve ser um filhote.
- Um filhote? Você é transformado também, não é? Famílias de vampiros nascidos estão quase extintas.
- Está curioso sobre mim?
- Um pouco.
- E o que te intriga?
- Você.
- O que em mim?
- Tudo. Nunca o vi aqui.
- Se voltar a vir me verá novamente.
O menor assentiu e ajeitou as roupas, aceitando aquilo como um convite.
- Adeus.
- Até logo, bebê vampiro. Ah, por sinal, me deixe ensinar, pra saber a diferença entre os vampiros novos, os transformados antigos e os nascidos, você precisa ver os olhos. Os novos estão quase sempre vermelhos vivos. O transformados antigos são vermelho, porém ficam mais fortes quando bebem sangue. E os nascidos, tem olhos amarelados, que ficam mesclados de vermelho quando em contato com o sangue.
- Hum. - Assentiu. - Tenho dezoito anos.
O menor falou a ele e virou-se, seguindo para fora da sala.
- Hum, achei que fosse mais velho, talvez 24 anos. Ainda é filhote realmente.
O outro desviou o olhar a ele.
- Você é nascido vampiro. Deve ser bem velho.
- Quem sabe.
- Até mais, vovô.
Kazuto ouviu um som estranho soando do local onde estava, mas não sabia ao certo o que era, os olhos foram se abrindo aos poucos e fitou o loiro ao lado de si na cama, virando-se devagar, como se aqui fosse algo completamente comum. O sobressalto fora quase instantâneo e o pequeno pulou na cama ao sentir os fios loiros roçados na face, não sabia quem era, não sabia se era o outro, se estava sonhando. Não, aquilo era bem real.
- AHHH!
- Quê isso Kazuto? Deite-se direito!
- Onde diabos eu estou, no céu?
- Ah claro. Deite-se.
O menor virou-se e fitou o outro, finalmente descobrindo quem era o loiro misterioso, e não era Yuuki, era apenas um amigo da banda.
- Ah... Hinata... Onde eu estou? Quanto tempo eu dormi? Porque meu corpo dói tanto?
- Esta na sua casa. Dormiu por dois dias e sei lá, você estava desmaiado na frente de casa mais como me disseram que você tinha fugido do hospital. Me obrigaram a ficar com você. O outro dizia enquanto colocava os pés sobre a cama, sentado ao lado na poltrona e o pequeno estreitou os olhos ao ver o ato.
- Tire os pés dai! - A mão guiou sobre a face. - Ai minha cabeça....
- Deve ser porque você é meio idiota, Kazuto-san..
- Saia agora daqui.
- Ah, que isso ficou chato é? Deve ter batido a cabeça quando caiu. Mas o que aconteceu? Era um ladrão?
- Ah claro.... Mais ou menos.
- Roubou alguma coisa?
- Várias.
- O que...?
O menor estreitou os olhos.
- Meu sangue... Minha sanidade... Minha virgindade e meu coração... - Suspirou.
- Kazuto-san... Está ficando louco? Até parece que está apaixonado por um vampiro. Anda lendo alguns livros de...
Kazuto chutou o outro antes que terminasse e se levantou, porém só então notou que estava apenas de roupa intima e o fitou, o rosto queimando pela vergonha que sentiu.
- Quem tirou as minhas roupas?
- Fui eu. Achei que fosse ficar mais confortável.
- I-Idiota! E correndo ao banheiro, vestiu uma calça preta jogada por lá e no armário pegou uma camisa branca social, que costumava usar em ensaios.
- Você não pode sair, não deixaram, só semana que vem!
- Cala a boca, Hinata.
E voltou ao banheiro, pegando um pequeno objeto e logo depois, seguiu em direção à cozinha, pegando o restante das coisas necessárias enquanto o amigo fitava a si, confuso. Parou sobre o móvel do quarto, escrevendo um bilhete rápido numa folha qualquer e logo o guardando no bolso. Saiu do local, deixando o amigo ali, e nem se quer se importou, caminhou em passos rápidos até a gravadora do outro na mesma rua, onde já sabia onde era e notou que ninguém havia entrado ainda, o local estava deserto.
Adentrou o prédio, ou tentou, mas cessou na entrada por alguns segundos devido a sensação de tontura que invadiu a si, era óbvio, estava fraco, sentia o braço doer como se tivesse sido perfurado e de fato, foi, provavelmente ficara alguns dias tomando soro, talvez em casa mesmo, o amigo tinha cara de quem chamaria um enfermeiro ou médico para ajudar, mas pelos problemas que andava tendo, sabia que era melhor não ligar para o hospital novamente. Na entrada, deu o nome do vampiro, e disse que sairia logo, já era conhecido do dia anterior e tendo sido visto com o loiro, provavelmente ninguém iria estranhar e fora exatamente o que aconteceu, tendo a entrada liberada em seguida.
Subiu até o andar da banda do vampiro, tendo pequenos devaneios no elevador com aquela música irritante e maldita tocando de fundo. Ao adentrar o local, analisou se ninguém estava presente ali dentro e pela falta de alguém, sentou-se na poltrona próxima, retirou as coisas que havia trazido numa pequena bolsa, espalhando pela pequena mesa. Uma toalha, levou em direção à boca e mordeu-a, o pequeno estilete que trouxera em conjunto, guiou até o pulso em sua frente, e cortou a pele, tentando não ser muito profundo, mas o suficiente. A toalha conteve o grito de desconforto e assim deixou escorrer o sangue para a taça que colocou sobre o móvel até preenche-la. Usou uma faixa para atar o machucado no pulso e antes de sair deixou o bilhete sobre a mesa.
“Yuuki, não se esqueça de mim. Cinderella “
Yuuki entrou no cômodo, já desprovendo as mãos das luvas em couro negro. Antes mesmo que fosse capaz de alcançar o pequeno móvel, sentira o aroma exalado. Aspirou o ar para os pulmões, e desviou o olhar para a taça com o liquido vermelho, escuro, e caminhou até o objeto ao lado do estofado na mesma cor que as luvas que tinha em mãos, colocando-as sobre o mesmo. Mesmo com antiga longitude, fora capaz de notar o sangue conhecido, pegou o cristal com uma das mãos, aproximou-o da face, sentindo o cheiro forte, capaz de acender as íris vampíricas do louro. Suspirou, e tornou a baixar a mão conjunto a taça, e quando novamente tornou a erguê-la, não fora para que pudesse sentir seu aroma, e sim lançar o vidro contra a parede, que se manchou de sangue, espalhando os cacos de vidro pela sala, enquanto os olhos constaram o bilhete do garoto.
- Criança irritante!
O menor esperou que fosse perto da hora em que os ensaios acabassem e levantou-se da cama, já havia voltado para casa e caminhou calmamente pela rua até o estúdio visitado mais cedo, não iria falar com ele, apenas esperou que o outro saísse do local para vê-lo, mesmo assim havia se esquecido que ele provavelmente sentiria o próprio cheiro, na verdade, não tinha aquela informação. Parou diante da gravadora, do outro lado da rua e encostou-se na parede, fitando o vampiro que saia do local com um pequeno sorriso nos lábios.
Após a ida dos integrantes do grupo, o vocalista foi o ultimo a deixar o estúdio. Ao sair do prédio espelhado, fazer-se ao exterior escuro, já era noite, e tarde por sinal, colocou os óculos escuros, mesmo que tal acessório fosse desnecessário, e caminhou pela calçada em direção a própria casa. Aquele cheiro, aquele perfume, conhecido, sabia que o garoto estava ali, no entanto fizera-se passar por despercebido, seguindo pela rua escura até a própria residência.
Uma das mãos, o pequeno levou ao peito, sentindo o coração bater, forte e rápido por sinal.
- Eu ainda não morri... - Murmurou. - Então...
Os passos hesitantes, correram até o vocalista, na cabeça, a voz irritante dizendo que iria parar no hospital novamente, se saísse vivo dali, parou e o fitou a poucos passos de distância, como dias atrás.
- Yuuki!
Os olhos arregalados se prenderam na imagem do outro, esperando uma reação.O vampiro ouviu a voz aguda do louro menor, no entanto continuou a caminhar ignorando totalmente a presença do pequeno ser. Novamente como a noite em que o possuíra, ouvia somente murmúrios e grunhidos de gatos, a noite sendo minimamente clareada pelos postes de luz, e a lua, cheia. Ao longe, caminhava em passos descontraídos, a moça esguia, com belas medidas, curvas perfeitas e proporcionais ao corpo, cabelos compridos, talvez tão escuros quanto àquela rua. Cessou os passos, uma das mãos fora ao óculos escuro frente aos olhos, tirou-o e deixou o acessório cair no chão, assim como a garrafa da outra vez. Expôs os olhos luminosos, a expressão maldosa que nasceu com o sorriso, expondo os caninos afiados. Atrás do corpo feminino, os braços envolveram a cintura fina, e beijou-lhe o pescoço. A morena sequer se movia, efeito do próprio vampiro, entreabriu os lábios, e sussurrou algo à ela, seguido por uma pequena mordida no lóbulo da orelha, deixando que a língua umedecesse a pele alva até alcançar o pescoço, mordeu-o levemente por diversas vezes, até que lentamente fora perfurando a jugular, saciando a fome com o liquido que correu para a garganta, enquanto as mãos ousadas passeavam despudoradamente no corpo delicado, e, ao satisfazer a vontade, retirou os dentes da carne, a língua estancou o sangue dos orifícios, no entanto ato tão desnecessário quanto colocar o óculos, ao corpo morto que deixou cair em solo, retomando os passos em seguida.
Kazuto correu atrás do vampiro, queria realmente que ele prestasse atenção em si e os olhos tão logo o viram, se prenderam à imagem da moça junto dele, tendo a vida tomada, até que estivesse morta. Ajoelhou-se, as lágrimas escorrendo pelo rosto em pavor pelo feito, pelo visto, era a própria imagem nos braços dele na primeira noite. Cobriu a face com as mãos e apenas murmurou o nome dele, tentando lembrar a si de quem era o vampiro, quem era o dono daqueles olhos, como se tentasse resgatar algo de bom dentro deles, uma alma, um sentimento, alguma coisa que parecia morta. Abriu os olhos, fitando o corpo estirado em frente a si e afastou-se, mas logo fitou o outro a caminhar pela calçada e os gritos agudos ecoaram pelo local na única forma que tinha de chamar a atenção dele.
- Yuuki, porque você faz isso!? Pelo menos olhar pra mim já seria suficiente! - Abaixou o tom de voz, presa na garganta, o choro não o deixava se quer falar. - Idiota... Que droga...
A mão fora até o pescoço no local onde ele havia mordido, a pele rasgada coberta pelos curativos, doía mas doía ainda mais pensar que estava ficando louco, louco por diversos motivos, louco por correr atrás da morte incessantemente, louco por ansiar por um amor que provavelmente nunca seria correspondido, louco por pensar que poderia ser alguma coisa para ele.
Ao ouvir os gritos do garoto, que sequer havia se importado em chamar atenção dos moradores, mas sabia que aquelas pessoas eram tão covardes que nem ao menos abririam as janelas, somente observariam por alguma fresta. As mãos nos bolsos frontais do traje tipicamente escuro, o vampiro virou minimamente o corpo para ter em vista o garoto a uma razoável distância, deixando que este admirasse os próprios olhos. Desenhou nos lábios sujos de vermelho, um sorriso sutil, não gentil, grosseiro, esboçando o desdém ao pequeno louro, o cinismo. Ao virar-se para frente novamente, retomou os passos e virou a esquina, guiando-se para a casa, não muito longe dali.
- Isso não são horas de criança estar na rua.
Falou em tom audível, ecoando a voz rouca pela rua vazia.
Kazuto se levantou, apenas gritou em resposta, nada mais, o grito rasgado, rouco, destruindo a voz que tinha como vocalista. As mãos foram até o pescoço, arrancando os curativos e já sentia o sangue escorrendo pela pele novamente, manchando-a de vermelho.
- Imbecil! Eu te odeio! O-de-io! Eu odeio cada pedaço de você! Cada parte que você tomou de mim!
E virou-se, tomando o caminho de volta pra casa, não tinha como segui-lo, não poderia, não tinha estrutura mental para fazê-lo. Adentrou a casa e encostou-se na porta, odiando cada lágrima que escorria pelo rosto, só por saber que eram por ele, que era por ele que chorava.
- O pior... É saber que tudo que eu disse é mentira... Inferno!
O pequeno bateu contra a porta algumas vezes, esmurrando, chutando, machucando-se ainda mais do que já estava machucado, não só por fora, mas por dentro também, jogando tudo que havia sobre o móvel ao chão assim como o espelho do quarto que se transformou em cacos ao ser acertado pelo punho. Deitou-se na cama, gritando contra o travesseiro, que abafava a voz desesperada que tinha, para assim fechar os olhos e em meio às lágrimas, tentar adormecer.
Era meio estranho ter uma folga afinal, há tanto tempo não ficava em casa sozinho, geralmente mesmo sem trabalho, Akihiko tinha a faculdade e por isso mesmo aos domingos estava com algum compromisso, e naquele dia, havia ganhado folga no serviço e até mesmo na universidade. Aproveitou e deu uma volta pela vizinhança, comprou pão mais cedo para o café da manhã, a tarde passou com a leitura de alguns livros didáticos, e no início da noite havia alternado do sofá na sala à cama no quarto, do livro ao filme no televisor. Havia passado um tempo na cozinha elaborando alguma receita com bolinhas de queijo que por sinal deram bastante certo. E agora estava novamente por lá, sentado a ver algo na televisão enquanto tomava chá vermelho gelado, pensando no quanto devia ter se recusado a receber a folga, e assim, seria um dia cansativo mas pelo menos poderia vê-lo trabalhar.
Sano suspirou, um suspiro de cansaço, havia saído do trabalho e decidira passar na casa dele. Sabia que aquilo estava ficando meio estranho, mas havia comprado um bom vinho e alguns ingredientes, então faria algo gostoso para ambos. Sorriu meio de canto ao pensar na ideia de vê-lo, sentindo-se um adolescente meio idiota de novo e negativou consigo mesmo, adentrando o carro e pegando a rua em direção a casa dele casa. Não sabia se ele estava, afinal, havia dado folga para ele no dia, mas esperava que sim, ou ficaria meio chateado.
Sano parou em frente à porta, observando-a, e se demorou um tempo por lá, pensando se devia realmente bater contra ela. Droga, se sentia um idiota, disse a ele que não ficava com homens, nem com mulheres e agora estava ali, parecendo um bobo apaixonado. Mas não estava apaixonado ainda, não podia estar, já era velho para saber onde aquilo ia dar, ele era jovem, jovens saem a noite, enfim. Por fim, tocou a campainha, observando a porta por alguns segundos, mas sentiu a ansiedade apertar o pescoço e virou-se, descendo rapidamente as escadas em direção ao carro.
Akihiko ouviu soar o toque à porta, bem não esperava ninguém. Olhou no celular e não viu nenhum recado. Parou o filme que via, dando pausa no controle e se levantou, seguindo até a porta e atendeu ao interfone, não obtendo resposta, acabou por abrir a porta e viu-o então prestes a retomar o veículo.
- Sano?
Indagou, na verdade surpreso com a visita que partia mesmo antes de ser atendido.
Sano parou ao ouvi-lo chamar a si e virou-se devagar, com a garrafa e sacolas em mãos e observou-o, meio desajeitado.
- Ah... Aki... Oi.
- Ora, estava indo embora?
Indagou o outro a arquear a sobrancelha, observando sua feição confusa, desajeitada. O loiro coçou a cabeça, meio desajeitado e riu.
- É... Eu achei que não estava.
- Mas você acabou de tocar...
- Eu sei, é que...
- Vem, estou tão entediado..
- H-Hai... Eu trouxe comida. - Falou, seguindo em direção à entrada. - Digo, eu trouxe comida pra fazer...
- Ah isso é bom, ainda não fiz o jantar. Mas fiz bolinhos de queijo que deram certo, talvez possamos vendê-los no restaurante, venha experimentar. - Disse o menor enquanto via-o seguir em passos desapressados até si, quando finalmente chegou, sorriu com os dentes e tocou seu rosto. - Trabalhou muito?
Sano sentiu o toque sobre a face e estremeceu, sorrindo logo em seguida.
- Um pouco...
- Farei uma massagem em você.
- Hum.
Ele sorriu e assentiu, conhecia bem aquela massagem.
- Você quer?
O menor indagou e o trouxe para dentro de casa, fechou a porta atrás de si e ajudou com as compras, não eram muitas sacolas, mas o fez mesmo assim, levando-as até a cozinha. O maior sorriu ao vê-lo pegar as sacolas e deu algumas a ele, adentrando o local.
- Claro.
- Vai passar a noite?
O moreno indagou e retirou o conteúdo das sacolas que descartou num canto. E embora estivesse ali do outro lado do balcão, estava sutilmente dando uma boa encarado em seu rosto, o qual sentiu falta, e até mesmo de suas costas, sua nuca aparente pelos cabelos curtos, mas fingiu propositalmente que não o fazia.
Sano encostou-se ao balcão, depois de ficar de costas a ele para pegar um copo com água, deliberadamente e bebê-la.- Bem, vamos fazer então.
- Fazer?
Disse o menor e pelo modo como soou, deixou evidente a ele que entendera um pouco errado.
- Comida, comida.
- Ah, achei que já queria ir pra cama, assim tão de cara. - Riu baixinho.
Sano desviou o olhar, meio envergonhado.
- Ah... Na verdade, eu andei pensando... E acho melhor não fazermos mais isso, sabe, somos amigos.
- Hum... Tudo bem.
Disse o menor, e é claro que não pretendia aceitar aquela alegação, mas fingiria que sim, queria descobrir se conseguiria alguma reação dele, talvez não no momento, mas a longo da noite. O loiro arqueou uma das sobrancelhas e sorriu a ele, de canto.
- Assentiu rápido, hein.
- Não quero fazer nada que não queira, Sano. - Disse e sorriu a ele. - O que vamos cozinhar? - Indagou o outro e pegou um dos bolinhos fritos, aqueceu e entregou a ele. - Experimente.
Sano aceitou o bolinho e experimentou-o, sorrindo em seguida.
- Hum, que delícia.
- Não é? Quando se está com fome e com tédio fica ainda melhor.
O loiro sorriu.
- Bom, você é o único homem que não quer ser estuprador então, bom rapaz.
- Hum, e você quer?
- ... Não.
- Então não sou o único. O que nós vamos cozinhar?
Disse o menor e chegou mais perto, sutil porém propositalmente tendo pequenas colisões de pele junto dele, criando o contato como quem não queria nada. Sano sorriu, meio de canto e indicou que havia trazido molho de tomate fresco num vidro.
- Eu fiz.
- Quer massa?
- Uhum!
- Então qual? Nhoque? Rondeli?
- Hum, nhoque parece tão bom.
- Então nhoque. Vamos fazer a massa?
Indagou o moreno e pousou a mão em sua cintura, fingindo não ser nada de mais. O maior desviou o olhar a ele atrás de si, indicando que havia percebido a mão e sorriu de canto.
- Hum, vamos sim.
O outro continuou com a mão no lugar, como se não fosse nada de mais e somente a tirou de lá quando se dirigiu a busca dos ingredientes necessários. O maior sorriu, a ele, meio de canto e mordeu o lábio inferior com sutileza ao observá-lo de costas, tinha um corpo bem... Atraente de fato.
- Se quiser abrir o vinho pode pegar as taças ou copos, o que preferir.
Disse indicando o respectivo local onde guardados os mencionados. Sano assentiu e logo pegou duas taças no armário, junto ao abridor do vinho, colocando-o sobre a mesa a usar o saca-rolhas.
- Quer nhoque de batatas ou só trigo?
- Batatas. - Sorriu.
O menor assentiu e pegou-as como pedido, levou-as a pia e as descascou sobre a tábua, deixando-o livre para selecionar o passo que faria no preparo do jantar. Havia ficado na cozinha durante um tempo aquele dia, e ele, certamente o dia todo, mas ainda assim estar com ele por ali, era diferente, era agradável. O maior sorriu a ele, meio de canto ao vê-lo descascar as batatas e mordeu o lábios inferior, droga, como queria ficar com ele, perto dele, mas ao mesmo tempo, dizia a si mesmo que não podia.
Após preparar as batatas, Akihiko virou-se para ele, indicando que adicionasse os ingredientes quais manipulava e no entanto encontrou-o fitando a si pelas costas, e mesmo a sutileza com que mordia o lábio.
- Algum problema?
- Eh? Não... Só... Concentrado em colocar o vinho nas taças...
Falou o maior e logo após percebeu o quanto havia sido estúpido e desviou o olhar.
- Ah... Cuidado pra não desconcentrar. - Riu. - Vamos, vou cozinhar sozinho?
- Não. - Sorriu. - O que quer que eu faça?
- Bom, você deve saber fazer um nhoque, hum? - Riu.
Sano pegou os outros ingredientes, na geladeira e armário e aos poucos misturou-os enquanto o via cozinhar as batatas.
- Como foi o dia hoje?
- Como eu disse, bem tedioso, não devia ter tirado folga. A menos que você tivesse tirado também.
- Aí seríamos dois entediados.
- Não, não tenho tédio olhando pra você.
- Olhando, ah?
- Sim, descubro alguns detalhes a cada vez que olho.
- Como?
- Por exemplo, a primeira coisa que descobri em você quando vi, foi o detalhe da nuca aparente. O segundo foi em como eu gosto quando seu cabelo cai com pontas na testa, com a sua franja.
Sanosuke sorriu, meio de canto, envergonhado de certo modo e deixou a massa ao lado.
- Que mais?
- Depois disso eu reparei que além de uma nuca que me dá vontade de morder e os cabelos bonitos, tinha o rosto bonito também. Reparei também que tem uma fina linha de expressão na lateral dos olhos, porque normalmente costume franzir os olhos pra olhar alguma coisa com atenção, e essa linha te dá um ar de homem mais velho, que é muito sexy.
E o maior arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo e riu, divertido.
- Está dizendo que eu tenho rugas é?
- Você tem, mas é como eu disse, eu gosto, se não tiver, não te dá uma aparência madura, e aí não é tão bonito como você é. Depois eu reparei que tem músculos sutis no peitoral, que eu mais consigo ver quando você está fazendo .. Bem, comigo.
O loiro sorriu a ele novamente, e gostava mesmo de vê-lo, de mesmo modo, tanto que achava estranho, gostava dele, de como ele era novo, cheio de energia e de vontade, de malícia. Negativou consigo e mordeu o lábio novamente.
- O que mais?
O riso soou baixinho, mais para si mesmo em Akihiko ao notar sua curiosidade.
- Que você tem o corpo quente, ainda que sua pele visualmente pareça fria por ser clara junto do seu cabelo. E que também faz uma expressão bem masculina quando sente prazer. - Desta vez o riso soou mais audível. - Como se dissesse "Sou muito macho, mesmo transando com um homem".
O maior riu, abaixando a cabeça a esconder-se com os cabelos curtos e negativou, a face já vermelha.
- E agora consigo descobrir que você também fica corado quando está com vergonha.
- Todo mundo fica. - Riu.
- Eu não fico corado. Mas bem, você não vai muito com a minha cara, então não me surpreendo que não repare em nada.
Sano ergueu a face a observá-lo e sorriu meio de canto, tentando criar coragem de dizer alguma coisa a ele, e quando percebeu, já estava falando.
- Gosto dos seus cabelos médios, parecem macios, e são. Gosto de como você tem energia de sobre por ser tão jovem, do seu corpo sem nenhuma marca e da sua pele tão branca. Gosto de como você gosta de morder a minha nuca, de como você passa os braços ao redor da minha cintura como quem não quer nada para ver o que eu estou fazendo com os bolos. Quando fica espiando da sua ilha com o pescoço esticado para ver o que eu estou fazendo e se não fui embora. - Sorriu. - É, eu sei. Gosto das suas mãos pressionadas nos meus ombros quando acha que eu estou trabalhando demais. Gosto do modo protetor como você age, querendo cuidar de mim quando eu sinto fome ou quando eu corto o canto do dedo com uma faca.
- Hum...
O menor murmurou surpreso e deu um sorrisinho lateral. Bem, imaginava que no fundo ele sentia algo em especial, só não imaginava que fosse assumir indiretamente o fato de que era tão atencioso quanto a si.
- Já dou um bom marido, ah? - Riu, entre os dentes.
Sano assentiu a ele e riu baixinho, achando que estava brincando.
- Seria muito atencioso à sua mulher.
- Não seja idiota, sabe que não gosto de mulher.
O loiro sorriu, desviando o olhar à massa que antes dava atenção, e o fazia para provocá-lo mesmo.
- Posso dar muita atenção a você.
E logo, desviou o olhar a ele, meio de canto e sorriu novamente, desajeitado, não sabia o que dizer a ele. Akihiko sorriu em igual silêncio e voltou a atenção ao nhoque, iniciando o corte.
- Bem, um dia vou ser seu marido.
Sano desviou o olhar a ele novamente, cessando o que fazia, porém recompôs-se e disfarçou.
- Ah, vai?
- Vou. - Disse enfático e logo sorriu.
- Confiança é tudo.
Akihiko sorriu com os dentes à mostra. E continuou com o preparo.
- Não vou?
- Quem sabe... Se merecer.
- Bem, já é um bom sinal. - Riu.
Sano riu igualmente e negativou.
- Estou velho demais para me casar...
- Está dizendo que pretende não se casar nunca?
- Eu não sei... - Suspirou.
- Então, sabe que não quer estar sozinho o resto da vida. E você não é velho, e bem, nunca é velho demais pra encontrar alguém que goste.
- Você me chama de velho.
- Não é velho, e não te chamo de velho, eu digo que você é um homem mais velho, mais velho que eu, e não um senhor.
- Com licença, esqueci minha bengala no carro.
- Pode usar a minha se quiser.
- Aha, engraçadinho...
Aki riu entre os dentes e finalizou as pequenas bolinhas de massa.
- Aqui, chefe.
- Hum. - Sano sorriu com o apelido e colocou a panela no fogo para o cozimento. - Seu vinho, confeiteiro.
O menor sorriu e ergueu a taça que aceitou, em agradecimento, tão logo bebeu do vinho, experimentando.
- Hum... Bastante doce.
- Igual a você. - O maior sorriu.
- Ah, eu não sou doce.
- É sim.
- Só pra você.
Sanosuke sorriu.
- Assim que eu gosto.
Akihiko arqueou a sobrancelha, junto a um meio sorriso, achando graça e estranhando seu modo incomum.
Fei caminhou nos passos despreocupados até a casa de banho e com acendedor da cigarrilha buscou a lamparina que deu iluminação ao ambiente. Pousou-a num móvel seguro, longe dos tecidos e meio termo a banheira. A água deixou preencher a banheira de mesmo material que o resto da casa, e ser aquecida no meio tempo em que desnudava-se das roupas. Hazuki observou o outro, sorrindo a ele e igualmente abriu o quimono, deixando-o ao lado e ajoelhou-se, observando a água encher a banheira.
O maior ajeitou o traje pendurado em comprido, e igual fizera com o obi o deixando junto do quimono. O acendedor junto a cigarrilha de prata num dos bancos de madeira, próximo a porta à saída da casa de banho. Caminhou próximo do amigo, tocando com a ponta dos dedos a água que já tomava calor.
- Está gostosa? - O pequeno abaixou-se, tocando a água igualmente e sorriu. - Quentinha...
- Uhum.
Fei levou uma das pernas, logo após a outra, a cobri-la pelo quente abraço da água na banheira. Sentou-se à beira, e ao lado pegou o tecido o mergulhando a água e o encheu do sabonete líquido de ervas, o levando inicialmente aos braços e passou a ensaboar a pele. Hazuki adentrou a banheira devagar junto dele e suspirou, relaxando na água quente.
- Vai me dar banho, Fei? - Sorriu.
Fei sorriu sem resposta e deslizou o tecido nas pernas dentro d'água, lavando uma após a outra e ao tê-lo subido novamente, lavou-se no peito, abdômen e correu ao sexo e o pouco que pôde nas costas. Novamente encheu o tecido de banho com o sabonete e lhe entregou numa das mãos. Dera-lhe as costas, a espera de que ele as lavasse. O pequeno apenas relaxava enquanto o outro lavava o corpo e logo pegou o tecido, observando-o e sorriu, entendendo o que queria. Caminhou até ele e passou o mesmo pelas costas do outro ,descendo até as nádegas e voltou a subir.
- Pronto, ne.
O loiro tornou pegar o tecido e desceu a água até que esta retirasse a espuma de higiene. Voltou-se ao outro e lhe dera um breve sorriso.
- Oh, obrigado, Princesa. - Provocativo o disse e tornou lavar a peça de higiene, banhá-la no liquido de suave aroma de ervas. - Então saia da água.
O menor assentiu e ergueu o corpo, sentando-se a beira do local igualmente. Fei se levantou na banheira e com as mãos em teus ombros, fê-lo levantar-se dali. Voltou a peça com espuma em seu plano peitoral, ensaboando em massagem suave e dele aos braços, um após o outro. Voltou-se ao sexo e abaixou-se para as pernas. Hazuki manteve-se a observá-lo enquanto lavava o corpo, com um pequeno sorrisinho nos lábios.
- Viro?
O loiro tornou subir ao tronco e lhe deu espaço a se virar e o pequeno se virou de costas ao outro, esperando que ele lavasse o próprio corpo. Fei tornou se abaixar, esfregando suavemente o tecido em suas pernas, mergulhado a água, e lhe encarava o corpo fronte as vistas. O traseiro firme, a pele branca, e não teve pudor e lhe beijar em tal região, pressionando os lábios a pele e subiu a base dorsal até que se fizesse em pé e soltou o tecido de banho que ecoou um breve som a cair na água e se afundar na banheira. A esquerda lhe afastou os fios de cabelo, os levando a decair sob um dos ombros, o beijou no pescoço e levou a direita fronte seu ventre, o empurrando atrás, ao encontro de tê-lo contra si.
Hazuki sentiu o beijo pela pele e sorriu ao outro, esperando que ele terminasse de lavar o próprio corpo e estranhou o silêncio, virando-se pouco e logo ouviu o barulho do tecido na água, mantendo-se parado e inclinou o pescoço ao lado, dando espaço aos beijos dele. Aproximou o corpo ao do outro, sentindo-o tão quente contra si, contra as costas.
- Fei... - Murmurou.
Os dedos delicados do loiro num toque que antes em teus cabelos, passou a face e lhe empurrou o queixo que fê-lo virar-se pouco a direção e lhe selou os lábios, duas, três vezes, devagar em sutis estalos, enquanto a mão que antes pouco acima, lhe tomou o sexo entre dedos e passou apenas a acariciá-lo, feito um ingênuo carinho. O menor retribuiu os selos nos lábios e desviou o olhar logo ao próprio membro que o outro estimulava, suspirando contra seus lábios.
- F-Fei... Temos que dormir.
- Nós vamos dormir...
Sussurrou o maior tão próximo a zona auditiva e na leve massagem no comprimento sexual, continuava, e quando enfim abandonou-a, subiu o carinho ao peito, lhe acariciou os mamilos, um após o outro.
- Estou lavando seu corpo...
Hazuki gemeu baixinho ao sentir a caricia nos mamilos, mordendo o lábio inferior, a água estava tão quente, tão gostosa, ainda mais junto dele.
- M-Mas...
- Calma... Eu já termino.
O loiro sussurrava com o tom grave de voz, que ainda, se passava tão suave. Desceu outra vez a região abaixo ao ventre e envolveu com os dedos, num toque frouxo, um carinho leve, que passou intensificar de pouco em pouco, mas breve. O teve tão ligeiro, e ainda atrás de seu corpo que mantinha contra o próprio, a roçar o sexo já endurecido em suas nádegas, o apertou leve e passou a masturbá-lo bem depressa. Hazuki fechou os olhos, gemendo baixinho e levou uma das mãos à borda do local, apoiando-se, arrastando as unhas pela madeira ao sentir a ereção do outro e empurrou levemente o quadril para trás.
Fei empurrou-se à frente, a medida em que o tinha empurrando-se para trás. A mão continuava a esfregá-lo rápido em vai e vem, o apertando entre um dos braços, o mantendo seguro entre eles e deslizou a língua em sua pele molhada, subindo do ombro ao pescoço e mordeu-lhe a orelha. O menor sentiu o leve arrepio percorrer o corpo com os estímulos do maior e virou-se pouco, observando-o tão perto.
- Fei... Eu quero fazer amor com você de novo... - Murmurou.
- Sh... - Sussurrou o loiro ao tê-lo em vista, porém continuava a masturbá-lo com a mão que ligeiro o corria. - Goza, Princesa.
- Mas...
Hazuki fechou os olhos, gemendo baixinho com os movimentos do outro ao redor de si.
- Hum...
Fei grunhiu leve a si e tornou deslizar a ponta da língua no contorno de sua cartilagem, enquanto a mão ainda trabalhava tão rápido, e não vacilava no cansaço, o massageando, o apertando entre a palma da mão, e friccionava-lhe a glande corada com o polegar que movia rápido em círculos, a medida em que ia no vai e vem.
- N-Não podemos...? - Hazuki murmurou, sentindo dificuldade em falar e estremeceu, segurando o ápice pelos movimentos rápidos do outro e suspirava. - Ah...
- Não podemos... Goza, Gong Zhu.
Fei lhe sussurrou ao pé do ouvido e sugou o lóbulo macio, ao abandoná-lo, empenhou-se apenas nos rápidos movimentos da mão, e ao pender-se leve a frente, com o queixo sob teu ombro mais baixo, via-se tocá-lo, acariciá-lo rápido.
Hazuki gemeu pouco mais alto com os movimentos do maior, arrastando as unhas novamente pelo local e quando não pôde mais aguentar, atingiu o ápice, sujando a água da banheira com o líquido igualmente quente, o próprio prazer.
- Ah... Fei.
Devagar, o loiro lhe abandonou o toque no sexo, com os dedos sujos pelo viscoso sêmen. Levou a mão à água já a soltá-lo do abraço e ao limpá-la, quando se voltou ao outro, o pegou no colo e saiu do banho, o postando de pés no chão.
- Está bem banhada, Princesa.
Lhe sorriu maldoso e caminhou a prateleira de toalhas, com uma delas envolveu o corpo
- Venha.
O moreno observou o outro e saiu junto dele da água, já que ele carregava a si no colo. Uniu as sobrancelhas, meio irritadiço, ajoelhando-se no chão mesmo onde parou e apenas o fitou.
- Gong Zhu? - Em pronúncia caminhou a direção do outro. - O que há?
E continuou em silêncio a unir as sobrancelhas.
- O que houve? - Fei tornou aproximação e abaixou-se fronte a ele.
Hazuki estreitou os olhos.
- O que foi?
- Quero você.
- Temos que ir deitar, Hazu.
Ele assentiu, já sem opção e sem querer discutir, não se contentava só com uma vez com ele, já que estavam ali, que fizessem pelo menos duas vezes. Levantou-se e pegou a toalha, secando o corpo e envolveu-o com a mesma. Fei se levantou logo atrás do garoto e via-o notável em aborrecimento a resposta, o que não deixou de provocar um maldoso sorriso, e foi breve, discreto.
- O quanto quer?
- Muito. - O menor suspirou, virando-se e dirigiu-se a saída do local, ainda irritado.
Fei encaminhou-se logo atrás do rapaz, e quando por fim deu a abertura a porta, empurrou-a com a mão a sua volta, tornando a fechar a entrada da casa. Desceu a direção das vistas ao cortesão posto à frente, de costas ao próprio peito. Com a direção oposta a que manteve a bloquear a porta, o puxou pelo enlace em cintura, empinando seus quadris e ao desenlace do tecido, deixou o branco felpudo cair ao chão, assim com ambos a desnudar regiões de necessidade. Empurrou o sexo entre suas nádegas e roçava-as.
- Mimado.
Hazuki apoiou-se na porta ao vê-lo fechar a mesma e arqueou uma das sobrancelhas, virando a face a observar o outro, estranhando o feito tão repentino. Sentiu a toalha encontrar o chão, desnudando o corpo e desviou o olhar ao próprio sexo exposto, sentiu o leve frio pelo local que arrepiou a pele. Uniu as sobrancelhas ao senti-lo roçar o membro em si e afastou-se suavemente, virando-se de frente a ele e negativou.
- Não precisa, hum. Vamos dormir.
Ao tê-lo de frente, Fei levou ambas as mãos em suas coxas firmes e o elevou ao colo, instalando as torneadas às laterais em torno ao quadril.
- Coloque pra mim... - Sussurrou a ele.
- M-Mas... Eu queria você na banheira onde estava quentinho...
Hazuki o sentiu ajeitar a si no colo e levou ambas as mãos aos ombros do outro, apoiando-se ali, sentindo o arrepio percorrer o corpo ao ouvi-lo. Assentiu apenas, pouco hesitante e uma das mãos foi abaixo do corpo, alcançando o membro dele e guiou até o próprio intimo, encaixando-o no local e suspirou, aproximando-se novamente e lhe selou os lábios.
- P-Pronto...
- Posso te esquentar fora dela.
Fei tornou a pronúncia baixa, sussurrada. Sentiu o enlace do sexo entre uma das delicadas mãos do outro homem, e roçá-lo suave à entrada. Lhe desceu o corpo até adentrá-lo numa vez única e senti-lo tão fácil em penetração e gemeu baixinho, a franzir sutilmente o cenho enquanto o observava e lhe deu um sorriso quando por fim se esvaiu da sensação de prazer tão breve. O retribuiu em teu selo e maneou a face positivamente.
- Isso.
O moreno mordeu o lábio inferior ao senti-lo adentrar o corpo e fechou os olhos, apreciando o baixo gemido do outro, já não doía mais, não tanto quanto na primeira vez em que o havia feito, quando fora obrigado a se deitar com alguém que não queria e que não gostava. Apertou-lhe o ombro com uma das mãos e desviou o olhar a ele em seguida.
- Kimochi... - Murmurou.
- Hum... É.
O loiro tornou sussurrar e afundou a face em sua tênue curva de pescoço. O quadril elevou várias vezes a sua direção, dando o início as investidas leves, que logo subiria gradativa. Hazuki gemeu baixinho, tão próximo ao ouvido do outro e uma das mãos deslizou pelas costas dele, arranhando-o levemente, com cuidado para que não deixasse marcas na pele macia.
As mãos do maior se arrastaram pesadas e gentis sob a tez de cor tão clara e textura suave, sutilmente úmida e cheiro de banho, e envolveu os braços em cintura do alheio, o firmando entre os robustos e tinha-o colado ao corpo. Impulsionou-o abaixo, a cada estocada forte e vigorosa, lenta, sem diminuir a intensidade de cada solavanco que ecoava em encontro corporal.
Os lábios do pequeno alcançaram o ombro do outro, beijando-o algumas vezes e dava pequenas mordidas no local, gemendo baixo contra a pele dele ao sentir os movimentos fortes contra si, e o corpo tão quente do maior junto ao próprio. Puxou-lhe os cabelos delicadamente para que se afastasse pouco de si e o observou com os olhos semicerrados, fitando os olhos cinzas tão bonitos que tanto gostava, buscando a expressão de prazer na face do maior.
Fei pendera o pescoço atrás conforme as melenas louras foram puxadas, fitou-lhe a face, os olhos tão azuis quanto a água do lago que existia naquela casa. Com próprios iguais aos do outro, semicerrados em curta vista que o tinha, e mordeu o inferior próprio conforme cada investida tão firme, e gemia entre a cerração da boca, abafando a voz suave e rouca. Hazuki lhe segurou os cabelos entre os dedos, apertando-os e puxou-o para si, selando-lhe os lábios em seguida.
- Hum... Fei... É tão bom... P-Porque não fizemos isso antes?
Riu baixinho, sugando-lhe o lábio inferior e gemendo contra os mesmos ao sentir uma nova investida dele. O loiro gual lhe sorriu, porém sem riso. Os lábios tinha ao encontro, misturando ambos gemidos tão sutis em voz. Continuava firme a se empurrar, não era rápido, mas forte.
- Masturbe-se...
Sussurrou ao encontro de seus róseos e macios lábios e sugou a região, massageando-a com o rastro da língua que o traçou. Hazuki assentiu, mordendo-lhe o lábio inferior e suspirou contra os mesmos, não contestaria, fazia aquilo para outros clientes, por que não para ele? Deslizou uma das mãos pelo tórax dele até lhe alcançar um dos mamilo e apertou-o entre os dedos suavemente, sorrindo a ele e logo desceu até alcançar o próprio membro, apertando-o entre os dedos e massageou o mesmo, deixando escapar alguns gemidos mais altos, fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás, encostando a na parede atrás de si.
Fei se empurrou em mesmo ritmo por algum breve tempo, no entanto, ao aparte dos tais, postou o outro no chão a se retirar de seu íntimo e lhe virou de costas. Empinou-lhe os quadris para trás e tão logo, rápido, voltou a se afundar entre suas nádegas, penetrá-lo abrupto e tão iguais foram os movimentos iniciados. Apertava-lhe o traseiro, marcando os vergões de firmes dedos enquanto trazia-o consigo e empurrava-se para ele em tamanha avidez, e os gemidos dispersos mais evidentes em teu som, era alto, porém o suficiente apenas a ele, e mais veemente quando por fim lhe encontrava o mais fundo do íntimo.
O pequeno uniu as sobrancelhas ao senti-lo soltar a si e logo virou-se de costas a ele, apoiando-se com ambas as mãos na parede, pernas firmes no chão e virou pouco a face, fitando-o. O gemido baixo deixou os lábios ao senti-lo adentrar novamente o corpo e mordeu o lábio inferior ao ouvir os gemidos gostosos do outro, os que tanto apreciava, contendo os próprios e mordendo os lábios algumas vezes para ouvi-lo gemer. Arrastou as unhas pela parede de madeira, empinando pouco mais o quadril e estremeceu ao senti-lo tocar a si no local tão sensível, mas tinha medo, se alguém os visse ali fora, tão perto da casa, teriam problemas.
Fei dirigiu as mãos a descê-las as coxas, pressionando-as com a ponta dos dedos e tornou subir, de nádegas e quadril, a cintura, costas, pousar sobre ombros, onde teve mais impulso a trazê-lo a si, tão firme, tão brusco. Uma das mãos do menor, deslizou pelo próprio corpo novamente, passando pelo tórax e o mamilo antes estimulado pelo outro até alcançar o sexo, massageando-o e estimulava-se como ele havia mandado a si fazer.
O loiro debruçou-se sobre o corpo defronte, colando o peito desnudo em suas nuas costas. Roçou a língua ao longo da pele em teus ombros estreitos e o mordeu, apertando a região entre os dentes, feito um gato e sua fêmea, e abafava ali a voz dos gemidos, enquanto metia-se contra ele. Hazuki estremeceu ao sentir a mordida na nuca e riu baixinho.
- Não... Não morde, deixa eu ouvir você gemer...
Murmurou, apreciando o corpo dele tão junto do próprio e apertava o membro entre os dedos, desviando o olhar ao local onde estimulava, unindo as sobrancelhas e suspirando, sem poder se conter pela dupla estimulação.
Fei o soltou dos dentes e tornou postura ao tronco. Se pôs em pé contra suas costas e voltava-se ao próprio falo em seu entra e sai. Tornou arrastar as mãos a tuas nádegas e lhe desferiu um tapa, apalpando-a logo em seguida. Hazuki uniu as sobrancelhas ao sentir o tapa estalar contra a nádega, deixando um gemido mais alto escapar e virou-se pouco, observando-o.
O maior piscou-lhe um dos olhos num meio sorriso pouco travesso. Delineou os lábios com a ponta da língua e mordeu o inferior próprio, tornando a voltar as orbes cinzas ao sexo ereto, cálido, revestido pela tênue camada de prazer do amigo. O menor assentiu, voltando a se virar e voltou o olhar ao sexo que estimulava, apertando-o entre os dedos e seguia o ritmo que o outro se colocava e se retirava do corpo, inclinando o pescoço para trás e sentiu o corpo estremecer novamente ao senti-lo atingir incessantemente o ponto sensível em si, apertando-o no corpo e apertou igualmente o próprio membro entre os dedos.
- Hum...
O loiro grunhiu ante seu leve aperto íntimo, e tornou empurrar-se de mesmo modo afim de investir no mesmo ponto. Os gemidos altos deixavam os lábios do moreno ao senti-lo atingir a si no local e soltou o membro dos dedos, levando a mão até os lábios e tapou os mesmos, esperando abafar os gemidos para que o dono não os ouvisse, suspirando algumas vezes.
- Hum, tão gostoso, ah?
Indagou o mais alto entre sussurros e voz arfada, empurrava-se a ele e sentia seu firme abraço ao torno do sexo, e este pulsava em nova excitação, enquanto as mãos já corriam pelas formas físicas do amigo, apalpando-as em massagem pesada.
- H-Hai... Muito...
Hazuki arfou, a voz pouco rouca entre os gemidos e com a mão sobre as paredes deu um leve tapa na mesma, fechando os olhos e sentia-se próximo ao ápice, contendo o mesmo e continuava as próprias caricias.
- Vou gozar em você.
Sussurrou o loiro, tornou a lhe apertar as nádegas, friccionando os dedos que marcavam a pele, e ao curvar-se sobre ele outra vez, mordiscou-lhe o ombro, passou ao pescoço e a nuca que colou os espessos fios de cabelo. O menor se aproximou ainda mais da parede, quase encostando-se na mesma e assentiu, apertando o membro novamente entre os dedos.
- Ah... Fei... N-Não vou aguentar...
O menor murmurou e arranhou a parede com a mão sobre a mesma, sem aguentar mais, sentia-se pulsar, desconfortável, e logo atingiu o ápice novamente, e sujou o local, deixando um baixo gemido escapar, aliviado.
Em seu leve espasmo íntimo, o loiro permitiu-se fazê-lo igualmente e logo após ter-se satisfeito, lhe preencheu o íntimo com o gozo, atingindo ao ápice de prazer e tornou lhe expor o gemido de voz rouca e baixa, enquanto minimizava os movimentos do quadril até cessá-lo por fim.
Hazuki sentiu o arrepio percorrer o corpo e gemeu baixinho junto dele quando por fim sentiu-se aquecer com seu clímax, abaixando a cabeça e deixou os cabelos caírem sobre a face, cobrindo-as e evidentemente, estava cansado.
Devagar, Fei afastou-se do alheio, retirando a junção que tinha entre ambos os corpos. Deslizou uma das mãos sob o próprio sexo ao observá-lo, sujando as mãos pelo próprio prazer que nele havia revestido.
O moreno suspirou, sentindo-o se retirar de si e entreabriu os olhos, observando o local sujo pelo próprio sêmen. Virou-se, encostando-se na parede e encolheu-se, observando-o enquanto recuperava a respiração.
- Acho que a princesa precisará de outro banho.
- Hai... Preciso limpar isso... Se o Katsuragi ver... Vai matar nós dois.
- Ele nem saberá, contato que corra e tome o banho antes que amanheça.
Hazuki assentiu, aproximando-se do outro e lhe selou os lábios.
- Temos mais algum tempo na banheira? - Sorriu.
- Hum...
- Por favor... - Fez bico.
- Hoje você está com cisma nessa banheira.
- Hum... Podemos tomar no chuveiro então. - Afastou-se do outro.
- Você é mimado como sempre digo, e também é culpa de quem cede as tuas vontades. Apenas troque a água da banheira.
- Sempre consigo o que eu quero, hum? - O pequeno sorriu e caminhou até a banheira, abaixando-se e fez o indicado por ele. - Não vamos dormir mesmo.
- Pois não iremos, graças a Princesa.
O moreno sorriu.
- Hum... Mas a noite foi ótima, hum? - Observou a água preencher a banheira e logo virou-se, observando-o. - Acha que Katsuragi brigaria se eu virasse seu novo cliente? - Riu baixinho.
Fei riu em bom som e caminhou a direção da banheira.
- Ora, mas pra quem não queria ter um cliente como eu, agora quer seu o meu cliente.
Hazuki riu baixinho, adentrando a banheira a esperar que enchesse pela água.
- Estou brincando, ne. Isso nem é permitido.
- Assim como não foi permitido fazer sexo comigo essa noite.
O menor uniu as sobrancelhas.
- Fizemos amor.
Fei riu.
- Oh sim, fizemos amor.
O menor se encolheu, franzindo o cenho em seguida, ao perceber que ele não parecia muito de acordo com o que havia dito para si, debochado talvez.
- O que há?
O maior entrou na banheira, perna após a outra, sentindo seu toque cálido e um tanto agradável o qual escondeu o corpo ao se sentar dentro dela. Hazuki negativou, levando uma das mãos à borda da banheira e pegou o pequeno tecido por perto, o mesmo que ele havia usado para banhar o próprio corpo antes.
- Diga, Hazuki. - Resmungou.
- Diz que vamos fazer amor, depois diz que vamos fazer sexo... Não poderíamos fazer amor, não é? Nunca... Porque não podemos amar...
- Nós fizemos amor.
Lhe disse a deslizar o dorso dos dedos sobre sua bochecha fria. Hazuki uniu as sobrancelhas, assentindo e afastou-se novamente, ainda chateado com o fato.
- O que há? Está com medo, é? - Riu.
- Nunca tive medo de você.
O menor se sentou a beira do local, levando o liquido a molhar o tecido nas mãos e banhar o corpo aos poucos.
- Mas fugiu do toque.
- Não é nada.
Hazuki sorriu, terminando logo de limpar o corpo e novamente adentrou o local, virando-se de costas a ele e lhe entregou o tecido. Fei aceitou a peça de banho e posto atrás do outro, deslizou-a em suas costas, mergulhando o tecido na água em massagem a pele escondida por ela, esfregando-a leve. O menor abaixou a cabeça, deixando os cabelos caírem sobre a face novamente e apenas apreciava os toques do outro.
Quando enfim Fei voltou o tecido acima, apertou e torceu entre os dedos e com a água, enxaguou a parte exposta das costas do amigo, limpando-a da espuma de banho. Hazuki levou uma das mãos até os cabelos que caiam em frente a face, ajeitando-os sobre os olhos e logo que o outro terminou de lavar o corpo, virou-se, observando-o.
- Pronto. Não me banharei novamente, água é suficiente.
- Por que? - Aproximou-se. - Tem certeza que não quer tomar banho?
- Tenho, vim apenas para sentir a água.
Hazuki assentiu, aproximando-se e levou os lábios ao pescoço dele, beijando-o mais intimamente uma ultima vez.
- Podemos?
- Hai...
O menor saiu da banheira, pegando uma das toalhas para si e entregou a outra para o maior. Fei pegou o macio e felpudo tecido, o tateando a pele molhada ao sair de lá. O friccionou leve a face e se envolveu a toalha.
- Vamos.
Hazuki assentiu, enrolando a toalha ao redor da cintura e acompanhou-o para fora do local.
- Vai dormir comigo?
Fei puxou-lhe a toalha, e elevou-a acima de seus braços, o envolvendo por inteiro.
- Está frio.
- Obrigado.
O menor deu um sorrisinho a ele.
- Vamos.
Fei lhe esfregou suavemente os ombros, os aquecendo, e encaminhou-se a saída, deixando a casa de banho após esvaziar a banheira d'água. O pequeno caminhou rápido junto dele pelo local até adentrar a casa e subiu as escadas, seguindo em silencio até o próprio quarto.
- Não virá ao meu?
Disse o loiro posto fronte a porta do próprio quarto.
- Hai. Só preciso de roupas ne... Não vou dormir nu com você.
- Não seria má idéia.
Hazuki riu.
- Claro que é, bobo. Vou colocar uma roupa.
- Ya.
O loiro voltou-se ao próprio quarto e neste, buscou o quimono de cor pérola, o trajou ao sono, confortável e bem vestido. Ao se sentar à beira do futon, afagava as madeixas louras com a toalha antes no corpo, livrando-a do excesso de umidade. O menor caminhou ao próprio quarto, pegando o quimono branco próprio, vestindo-o e penteou os cabelos como sempre fazia, voltando ao quarto do maior e fechou a porta, ajoelhando-se próximo a ele.
- Pronto ne.
Postou o tecido num móvel qualquer, onde seria retirado naquela mesma manhã, Fei voltou-se ao outro e lhe dera um sorriso breve, enquanto metia os dedos entre os fios de cabelo, e deslizava-os ao fim até as pontas, os alinhando e se deixou, acomodando-se abaixo do cobertor. O menor deitou-se junto dele, aproximando-se do maior, mesmo de frente a ele e ajeitou-se, repousando a face na altura do tórax do outro, como costumava dormir, como uma criança que se aconchega ao ursinho de pelúcia.
- Boa noite, Princesa. - Sussurrou-lhe próximo.
- Boa noite, ouji. - Sorriu.