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abril 2016
- O senhor tem certeza que deseja partir? Asahi ficará chateado.
Disse a garota, enfermeira e própria amiga enquanto trocava o curativo do outro em seu ombro e o preparava para voltar para sua base, onde quer que fosse.
- Preciso ver onde estão, Emi. Sabe que não posso simplesmente ficar na igreja e deixar que os soldados percam o controle.
Kazuma disse e observou o ombro de soslaio, enquanto via-a higienizar e cobrir a região. Quando finalmente terminado, se levantou e voltou a vestir corretamente a roupa. A outra uniu as sobrancelhas.
- Hai... Mas ao menos prometa a ele que vai voltar... Não sabe como ele fica sem você. Precisava ver ele te salvando, ficamos sem saber o que fazer, nunca achei que um padre soubesse primeiros socorros.
- É um tolo.
Disse o moreno embora tivesse gratidão, não deixava de imaginar como poderia ter acabado aquela situação, entendia ainda menos toda a gentileza e cuidados do religioso, talvez fosse apenas um estúpido bom samaritano.
- Eu sempre volto, não volto?
- Volta... Mas ele sente sua falta. Não sei porque ele age assim, mas... Ele sente. Ele não quis cuidar do ombro enquanto não ressuscitasse você. - Sorriu.
- Está apaixonada, Emi?
O maior indagou, notando o modo afável como falava a enfermeira, era naturalmente bem disposta a cuidar dos outros, mas podia notar o timbre mais delicado ao falar.
- Como está o ombro dele?
- Eh? Iie...
Ela murmurou, e de fato se sentia confusa, talvez balançada pelo outro rapaz, mas sabia que ele não gostaria de si.
- Ele está melhorando. Ele tem sorte de não sentir dor.
- Você o medicou?
- Eh? Não... Ele não sente... Você... Não sabe?
- Não sente dor? Uh... Não é bem o que parece.
Kazuma disse, referindo-se ao que faziam na cama.
- Eh? - A outra arqueou uma das sobrancelhas, embora soubesse das coisas que os dois faziam juntos. - Ele... Tem uma doença rara. Por isso tem tantos machucados e se quer sente. Ele age diferente com o senhor?
- Nunca me disse nada como doença rara, bom, não sou tão íntimo a ponto de saber coisas dele. Mas o que vejo, é alguém que sente dor e que gosta de sentir e não alguém que não sente.
- Hum... Eu... Achei que vocês fossem bem íntimos... Sem querer ofender.
- Não somos, conversamos poucas coisas a respeito de nós mesmos.
- Ah... Entendi. Bem, eu... Não sei o que acontece então... Eu nunca conheci alguém com a condição dele.
O moreno a fitou por algum tempo e não tinha muito o que dizer a ela, parecia apaixonada.
- Uh, tantos soldados e você foi se apaixonar por um padre. - Ele disse a ela num sorriso meio lateral, quase não perceptivo. - Avise-o caso acorde perdido, volto em breve.
A morena desviou o olhar e negativou.
- Ele nunca vai gostar de mim, senhor. O senhor sabe o porque.
Falou a ele e assentiu, fechando a caixa de primeiros socorros.
- Isso é algo que você precisa dizer a ele, não a mim.
Ela sorriu, meio de canto.
- O senhor quer deixar um bilhete pra ele?
- Não, apenas avise o recado.
- Hai.
Hazuki se ajoelhou sobre a ponte de madeira no local, não havia muitas pessoas por ali naquele horário. Observou a cidade e as pequenas flores que caiam sobre o lago, o mesmo lugar onde esteve com o outro há um tempo atrás, mas dessa vez, não estava chovendo, o dia estava bonito, mas o sol já estava se pondo, manchando o céu de laranja, uma cor tão bela que refletia na água como manchas de tinta. Suspirou, abaixando a cabeça e apoiou os braços sobre o parapeito de madeira da ponte, observando atentamente as flores no lago e viu o próprio reflexo se distorcer ao derrubar as pequenas lágrimas sobre a água.
O leque balançava despreocupadamente a esvoaçar tênues fios de cabelo loiro. Ao longo da altura, o quimono azul tão escuro, que talvez pudesse ser confundido com preto. Em tom mais claro, alguns fios azuis desenhavam flores abstratas, nítidas e ao mesmo tempo quase imperceptíveis. O caminho havia cessado há poucos minutos. Ainda acariciava a face com o vento que vinha do leque preto em renda de mesma cor. Retomou enfim a quebrar a pouca distância daquele que via na ponte, tão discreto, mesmo que o salto mínimo dos calçados de madeira não permitissem tal caminho silencioso sobre a rústica passarela.
- Ya, mas quem diria que o encontraria por aqui.
O moreno ouviu os passos pelo local e continuou do mesmo modo, esperando que fosse apenas mais uma pessoa que passasse por ali. Ouviu a voz conhecida do outro e uniu as sobrancelhas, erguendo a face e desviou o olhar a ele.
- Ah... Oi Fei.
Abaixou a cabeça, escondendo a face sutilmente vermelha com os cabelos negros. A diminuir novamente uma pouca distância, Fei caminhou a se encostar sobre uma das baixas pilastras que dividiam a ponte do lago, próximo ao amigo que retomou sua posição inicial, escondendo seu belo rosto atrás das negras madeixas, mas não o suficiente para que não o visse. Balançava o leque sutilmente frente ao rosto, este que voltava a um ponto qualquer a frente, e direção oposta o qual se encontrava o outro cortesão.
- Por que está tão depressivo?
- Não estou depressivo.
Murmurou o menor, erguendo a face e pegou uma das pequenas flores que caiu sobre os próprios cabelos, observando-a.
- Deveria ter limpado as lágrimas antes de me dizer isso.
- Só estou pensando.
- Pensar te faz chorar?
- Hai. Senta aqui comigo.
- Você tem estado muito estranho ultimamente.
O loiro se desencostou do baixo pilar, abaixou-se e sentou-se ao lado do outro, com uma das mãos a dar apoio da inclinação que criou no tronco, enquanto outra delas, continuava a balançar o leque. O moreno se aproximou do amigo e repousou a face sobre o ombro dele.
- Fei... Está mesmo apaixonado por mim?
De mesmo modo o loiro havia continuado, de vistas dispersas em qualquer lugar, o abano do leque que junto acariciava o rosto do alheio posto próximo de si, o ouviu, e não evitou de brevemente romper o movimento da mão, porém voltou a fazê-lo.
- Que pergunta direta, desde quando você é direto assim?
- Desde que me disse aquilo ontem. Está? - Afastou-se, desviando o olhar a ele.
- Não, falei brincando. Acha que diria isso por outro motivo?
- Fei, por favor... Me diga a verdade.
- Ya, estou falando. Acha que diria pra brincar com você?
- Iie. É que... Eu acho que também estou me apaixonando por você.
- Eu sei. - Concordou num risinho.
- Sabe...?
- Hum. É inevitável você gostar de alguém que por tanto tempo esteve ali, ainda mais quando se beijam ou vão para a cama.
O menor riu baixinho.
- Mas... Nós... Não podemos ficar juntos.
- Estamos sempre juntos.
- Não do jeito que eu quero...
- Como você quer?
- Eu quero você só pra mim. - Murmurou, observando-o.
- Sua opinião costuma ser radical, Hazuki.
O menor se afastou, observando-o e uniu as sobrancelhas.
- Há pouco nem sequer sabia sobre seus sentimentos.
- Claro que eu sabia.
- Não, sempre achou que seria somente amizade.
- E se eu quiser você agora?
- Nada te impede, só disse que suas mudanças são radicais.
- Hum... - Cruzou os braços. - Acho que... Não vou conseguir evitar de ter ciúmes seu agora.
Fei lhe deu um leve sorriso com o comentário, uma das mãos elevou a tocá-lo em seu rosto e o tocou nos lábios com os próprios, um selinho breve que foi retribuído.
- Vamos... Vamos sair daqui. Vamos sair da casa do Katsuragi.
- Uhum. - Murmuriou entre lábios cerrados e igualmente a observá-lo. - Só espere um pouco.
- Por que...? Podemos ir... Vamos trabalhar com outra coisa... Qualquer outra coisa.
- Sim, nós vamos. Mas espere uns dias ao menos.
- Hai...
- Eu disse que levaria a pessoa que gosto pra viver comigo, e claro, também será a empregada. - Riu.
- Então era eu? - Sorriu.
- Acha que me apaixonei por você da noite para o dia?
Hazuki se ajoelhou, observando-o e selou-lhe os lábios.
- Ah, Fei!
- O que?
- Estou tão feliz. - Sorriu.
- Pelo que exatamente?
- Porque vamos ficar juntos.
- Sua opinião mudou tão rápido que até me assusta... - Riu.
Hazuki riu, voltando a se ajoelhar e afastou-se do outro.- Perdão.
- Não precisa se afastar.
O menor assentiu, aproximando-se novamente. Fei o ajeitou próximo, um dos braços passou envolta a cintura a mantê-lo ao lado, e lhe deu o ombro para o descanso. O moreno repousou a face sobre o ombro dele e com uma das mãos pegou uma das mechas de seu cabelo, brincando com a mesma entre os dedos.
- Esta ficando tarde... Quer ir pra casa?
- Se quiser ir.
- Quero. Quando chegar preparo um banho bem quente pra você e um chá depois... E até a cigarrilha de quiser.
- Ya, Gong Zhu está querendo cuidar de mim?
- Hai. O que quer comer hoje?
- O que quero comer?
- É... Comida, sabe? - Riu.
- Pode ser você?
O menor riu baixinho, sentindo a face se corar.
- Pode...
- Hum...
- M-Mas... Não quer comida? - Riu novamente.
- O que acha de irmos naquela senhora do outro dia?
- Hum.... Vamos! Adoro a comida dela.
- Hum... - Maliciou. - É boa, é?
- Ah, Fei! Você entendeu.
Fei riu maldoso.
- Não malicie tudo que eu digo, poxa.
- Então vamos, Gong Zhu?
O menor assentiu, observou o outro e abriu um pequeno sorriso nos lábios, ajoelhou-se e engatinhou pelo chão, tentando ser discreto pelo local onde estavam. Permaneceu de quatro em frente a ele e levou os lábios ao pescoço do maior, beijando-o algumas vezes e levou uma das mãos entre as pernas dele, adentrando o quimono com movimentos sutis, delicados a lhe tocar o membro sobre a roupa intima e apertou-o de leve, rindo baixinho contra a pele dele. Mordeu-lhe o pescoço e subiu até alcançar a orelha do outro, mordendo levemente a cartilagem.
- Gosto da sua comida também, hum.
Murmurou e afastou-se, piscando a ele e puxou o leque da mão do maior delicadamente, levantando-se e abanou-se com o objeto, observando-o no chão.
- Vamos, Fei? - Sorriu malicioso.
Fei tinha-se ainda em leve inclinação, o qual perdurou ao vê-lo se aproximar. Sentiu os beijos no pescoço, junto ao morno hálito conforme a pronúncia e a mão já invasiva no quimono. Entregou-lhe o leque sem alternativas e o assistia se levantar. Arqueou a sobrancelha diante da provocação, de olhos voltados ao alto, a direção do alheio.
- Você "tá que tá" hoje, Gong Zhu.
Hazuki riu, suspirando e abanava-se com o leque, estendendo uma das mãos ao outro.
- Hoje eu vou agradar você, príncipe. Vem.
- Hum, te deu tanto calor tocar a mim, ah?
O loiro se levantou, mesmo sem a ajuda de sua mão. As próprias tatearam a peça de roupa, livrando-a de qualquer resíduo que pudesse tê-la sujado.
O moreno assentiu e aproximo-se do outro, selando-lhe os lábios e colocou o leque preso ao obi dele.
- Vai na frente, eu não lembro o caminho.
Tsuzuku seguiu de volta ao estúdio, onde novamente debateram a saída do integrante presente, sem alguma conclusão apenas, abandonaram o assunto por mais, tornando ao ensaio grupal. Koichi seguiu o outo até lá a sentar-se no sofá junto ao casaco dele que abraçou a ajeitou-se no sofá a fechar os olhos, esperando.
O moreno buscou a garrafa d'água acima da caixa de som, passada a sala onde os demais ainda ajustavam alguns detalhes do som, mas no mesmo ambiente, separado apenas pelo vidro de um cômodo mais estreito e sentou-se no estofado de escuro tom, onde acomodado o outro rapaz. O menor se manteve um bom tempo de olhos fechados até que pegasse no sono agarrado a blusa dele, os cabelos cor de rosa caíam ao lado da face e suspirava entre o sono que tinha.
O moreno observou Koichi em seu sono, o qual não se limitou a deixá-lo dormir. Baixou o zíper da própria calça, apenas isso, e no enlace de seus fios onde despertou o jovem dançarino, indicou-lhe o serviço; voltando os finos dígitos ao meio do longos róseos cabelos.
- Chupe. - Ditou em despudor aos demais no mesmo lugar.
Koichi acordou assustado ao senti-lo puxar os cabelos e uniu as sobrancelhas, desviando o olhar ao maior e logo a roupa intima abaixo da calça onde o zíper foi aperto. Levou uma das mãos a calça a abrir o botão e logo desviou o olhar aos demais na sala, sentindo a face se corar, desviando o olhar a ele.
- M-Mas...
- Como se estivessem ligando pra isso. - Tornou impor a direção de sua face a região.
O menor gemeu baixinho e assentiu a abaixar-lhe a roupa intima e segurar o membro do outro entre os dedos, deslizando a língua pelo mesmo algumas vezes, meio desajeitado pelo sono recente.
Tsuzuku deslizou os dedos a sua nuca, onde pressionou sem força demasiada, e em seu monte de cabelos segurados, desbloqueava a vista de sua língua a roçar pelo próprio sexo, e apenas o sentia, deslizando sua saliva pelo fato de músculo já firme. O menor deslizou os dedos pelo membro do outro a estimulá-lo e o apertou sutilmente entre os dedos enquanto a língua seguia os movimentos a lambê-lo.
O moreno permaneceu algum tempo a bel-prazer de seus movimentos com a boca, sentindo o músculo úmido roçar pelo membro enquanto seus dedos o percorriam, abraçando-o num enlace de dedos firmes. Koichi fechou os olhos a ignorar os outros rapazes na sala que certamente estariam observando a si ou disfarçando e colocou-o na boca até onde conseguiu, sugando-o para si.
O maior encarou o descerrar receoso de seus lábios os quais logo tiveram-se a volta do próprio sexo, engolindo-o a seu limite interno, e roçou a língua no interior de sua cavidade, enquanto precisa sugada, o pressionava lá dentro, impondo uma suave pressão. O menor o retirou dos lábios a voltar a colocá-lo logo e novamente o sugou a unir as sobrancelhas com o leve gosto amargo que invadiu os lábios.
Os dígitos do moreno enlaçados ao cabelos dele, impunham a mão em sua nuca, dando movimento a sua cabeça, impondo-a no vaivém, fazendo tomar o membro em sua boca, retirá-lo e assim formulava os movimentos ritmados. Koichi seguia os movimentos dele, colocando-o e retirando-o dos lábios a sugá-lo algumas vezes e deslizava a língua em poucos toques.
- Hum...
- Vem. Quero entrar.
O menor o retirou da boca a erguer a face e o observou.
- Mas eles vão ver...
- E daí?
- Hum... Hai.
Koichi abriu a própria calça a abaixá-la o suficiente a expor as nádegas ao outro e sentou-se no colo dele assim que o teve sentado, mesmo de costas, virando pouco a face a lhe selar os lábios.
- Não vai se acostumar? Teoricamente ainda é virgem.
O menor assentiu e lhe selou os lábios novamente a encostar o corpo ao do outro, fazendo-o encostar no sofá e inclinar-se pouco junto a ele. Levou uma das mãos a segurar o próprio membro, massageando-o sutilmente enquanto a outra deslizou ao meio das pernas a tocar sutilmente a entrada.
Tsuzuku se encostou e acomodou-se no sofá com macio estofo, sentindo o pouco peso do corpo acomodado em cima do próprio, e por cima de seu ombro pôde vê-lo acariciar a si mesmo, talvez em busca de maior conforto a formular sua própria penetração.
- Assim não vejo. Faça por trás.
O menor assentiu e inclinou-se pouco para frente a dar espaço ao outro ver os próprios movimentos, levando uma das mãos as costas a tocar a própria entrada, pressionando-a enquanto continuava a estimular o membro na frente.
- Entre.
O maior ditou a vê-lo com sua massagem prévia, pressionando a si mesmo afim de penetrar-se. Koichi assentiu e introduziu um dos dedos no local, deixando escapar o gemido baixinho.
- Ahh.... - Suspirou e continuou os próprios movimentos no membro.
A mão direita do maior deslizou a sobrepor a demais, dada atenção ao ponto entre suas nádegas, e impôs a ela mesma contra sua abertura, empurrando seu dedo a seu interior e tornou puxá-lo a formular seus movimentos. Koichi uniu as sobrancelhas a virar-se pouco e observar o outro.
- Devagar... Devagar.
Murmurou, apertando sutilmente o próprio membro entre os dedos e gemeu baixo. Desatencioso, ao contrário de seu pedido, Tsuzuku tirou-lhe o dedo a introduzir os próprios e metê-lo no fundo de sua entrada, friccionando seu ponto íntimo lá dentro, onde a saliência se fez imediata na excitação de seu corpo.
O gemido mais alto deixou os lábios do pequeno, mordendo o lábio inferior ao senti-lo colocar os dedos em si e levou uma das mãos a apoiar-se na coxa dele, apertando-o.
- Tsuzu...
O moreno retirou-os num ato preciso, substituindo-os pelo sexo que beirou e prontamente o penetrou com todo o comprimento. O gemido alto deixou os lábios do menor, mordendo o lábio inferior a abaixar a cabeça e evitar o olhar dos outros, apertou-o na coxa e manteve-se imóvel sobre o colo do moreno.
Os dedos do moreno deslizaram num suave resvalo às coxas, aos quadris, onde o tomou com firmeza e fê-lo se mover vigorosamente sob o colo. O pequeno se apoiou no local a fechar os olhos e seguia o ritmo do outro a subir e descer no colo dele, gemendo baixo, dolorido.
Tsuzuku pressionou-lhe a pelves, onde trazia-o consigo. O atrito corpóreo dava som a colisão de físicos, enquanto o membro dentro de si resvalava sem impasse, vigoroso e ágil. Koichi levou uma das mãos sobre a dele onde puxava a si e entrelaçou os dedos aos do maior, inclinou o pescoço para trás a jogar os cabelos para que descobrisse o rosto e manteve os olhos fechados e os gemidos baixos, unindo as sobrancelhas a tentar ignorar o ambiente.
O moreno num abrupto movimento, tomou-o no firme abraço, mas foi breve, virou-o ao estofado onde seus joelhos se colocaram e seu empinado quadril o deixou de quatro. Movia-se com precisão que colidia ao seu corpo de forma que no cômodo o eco rude era bem audível, estalando à pele. O menor o observou a empurrar a si e ajeitou-se no sofá a apoiar as mãos no mesmo assim como os joelhos e abaixou a cabeça ao deixar os cabelos caírem sobre a face.
- Hum... Tsuzuku...
Com uma das mãos permanecida em seu quadril, Tsuzuku dava movimento a seu corpo em oposto movimento ao próprio. A direita, não livre levou a seus cabelos longos, os enroscando aos dedos que vez outra os puxava. O menor ergueu a face a uniu as sobrancelhas com os puxões nos cabelos, deslizando uma das mãos pelo corpo a tocar um dos mamilos e apertou-o sutilmente entre os dedos, desviando o olhar ao local, distraindo-se, ou tentando com alguma coisa e podia ouvir até mesmo um sutil riso ou outro dos rapazes que nem tentavam disfarçar os olhares.
A mão do moreno antes em seu quadril, atencioso a seu ato, subiu na lateral pela cintura e o tocou em seu mamilo, o acariciou, o beliscando sem força. Koichi retirou a mão do local a deixá-lo tocar a si e sentiu o leve arrepio pelo corpo, virando a face a observá-lo e acabou por ver os amigos do outro que conversavam sentados ao local e algumas vezes desviavam o olhar a ambos com o pequeno sorriso malicioso nos lábios, sentiu a face se corar e abaixou a cabeça novamente.
Tsuzuku se inclinou sob sua figura de costas, o lambeu de seu pescoço à orelha onde mordiscou e deixou um suspiro arfado na frequência dos movimentos. Sugou a pele, manchando-a de sangue pisado, antes que fincasse os caninos em sua carne macia e jovem, sugando seu fel vívido. O pequeno sentiu os estímulos do outro a inclinar pouco o pescoço ao lado, dando passagem a língua do maior e estremeceu sutilmente ao ouvir o suspiro tão próximo de si, deixando escapar o gemido mais alto ao senti-lo fincar as presas na própria pele.
- Iie! T-Tsuzuku!
O cheiro se instalou pelo cômodo, vagarosamente enquanto os dentes do vampiro mais velho rompiam sua pele, traçando o caminho em sua veia, bebendo de seus últimos rastros de vida humana, enquanto deflorava-o, rompendo qualquer barreira íntima estuprando sua entrada que já tomava a ereção em seu interior, necessitada de mais de cada um dos estoques providos.
Koichi fechou os olhos a deixá-lo tomar o próprio sangue e concentrava-se na sensação de prazer que o outro provia a si a cada movimento contra o corpo. Levou uma das mãos a dele sobre o próprio tórax e deslizou a mesma a deixá-lo tocar o próprio abdômen e o piercing que tinha no umbigo, logo guiando-o ao membro ao qual pediu os toques e estímulos, gemendo baixinho.
- Me toque... Por favor, Tsuzu...O moreno deslizou o toque por sua figura, guiado por sua mão sobreposta a própria ao alcance de seu falo que tocou a sentir a firmeza, suavemente inchado de excitação e com o dígito indicador, pressionou sua ponta, sentindo gotejos de seu gozo, resvalou a mão em seu comprimento e o apertou, quando por fim destacou os dentes de seu corpo, lambendo seu rastro em pele e rugiu sem altura, por fim gozou, estocando todo o prazer a seu interior.
O menor estremeceu novamente ao senti-lo tocar a si e o olhar desviou ao local novamente, observando os estímulos do maior e o aperto que causou um gemido pouco mais alto. Ouviu o outro e uniu as sobrancelhas a virar a face e o observou, abrindo um pequeno sorriso ao senti-lo gozar, uma sensação prazerosa, mas logo abaixou a cabeça, fechando os olhos com força a apreciar os toques que o outro continuava a dar a si e gozou igualmente, sujando-lhe a mão e o sofá com poucas gotas do próprio prazer.
Tsuzuku sentiu o corpo inferior estremecer com suavidade diante do ápice que escorreu entre os dedos e gotejou no sofá, o constando. A rigidez de ambos seus corpos, a si e sua intimidade, afrouxaram-se no êxtase de seu clímax dado por finalizando, e a se retirar de si, o deixou acomodar-se no estofado onde antes apenas seus joelhos e mão descansavam.
Koichi o sentiu se retirar de si e suspirou a deitar-se no sofá, cuidadoso para que não deitasse em cima do local sujo. O maior o observou e em pé, utilizava alguma toalha limpa qualquer a retirar os rastros de prazer e ajeitou a calça, fechando-a. Koichi permaneceu um pequeno tempo deitado e logo levantou-se, preguiçoso a buscar algo para que pudesse limpar o sofá e logo se deitou novamente, descansando a buscar o casaco do outro novamente, abraçando-o a observar o maior em pé, unindo as sobrancelhas.
- Terminei o trabalho, vamos.
O menor assentiu a levantar-se, carregando consigo ainda o casaco do maior. O outro ditou aos demais, e teria mais trabalho no dia seguinte. Encaminhou-se a saída, seguindo ao carro e já via a noite dar o ar da graça, entrou no veículo, abaixando os vidros fumês, e esperou o dançarino se encaminhar ao interior deste, dando partida.
- Quer pra você?
Koichi seguiu o outro de cabeça baixa para fora do local e logo adentrou o carro, sentando-se ao lado dele. Desviou o olhar ao maior a ouvi-lo e assentiu.
- Quero.
- Isso foi irônico, mas pegue-o, está o agarrando desde que chegamos.
- Não... Eu quero mesmo ne. - O menor sorriu a observar o casaco preto e aspirou o aroma que vinha do mesmo, o aroma suave do perfume dele. - Vai me levar pro Katsuragi...?
- Uh, boa sorte. Afinal, ficou duas noites sem trabalhar.
- Hai...
Koichi desviou o olhar para a entrada do local pouco iluminada e encolheu-se no banco a apertar o casaco dele entre os braços.
- ... Entra comigo?
- Vou entrar. Quero beber alguma coisa.
- Só vai beber?
- Quer que o coma de novo?
- E-Eu só perguntei.
Após estacionar o veículo, Tsuzuku deixou-o prontamente a fechar a porta. O menor observou o outro a sair e suspirou, saindo junto dele e encolheu-se atrás do maior.
- ... O que foi? - Brandou a virar-se defronte ao menor.
- Katsuragi. - Murmurou.
Uma das mãos, o maior levou num ato brusco a sua roupa e puxou-a, encarando seu membro brevemente desnudo.
- Então, você tem um pau, seja homem.
Koichi arregalou os olhos a observá-lo e logo puxou as próprias roupas.
- Hai... - Uniu as sobrancelhas.
- Além do mais, estava com um cliente, vou pagar o serviço.
- Você vai pagar uma fortuna pro Katsuragi... Quanto acha que vão cobrar de você?
- Tem um preço padrão por noite.
Tsuzuku se encaminhou ao interior do bordel, observando já o ambiente com luz baixa, e o palco onde um dançarino se apresentava. O menor adentrou o local junto do outro e logo viu o passo apressado do dono a observar a si junto do outro.
- Então foi você que roubou o Koichi. - Estreitou os olhos. - Eu não te disse pra sair e voltar logo, moleque?
- Ele estava trabalhando.
O menor assentiu, unindo as sobrancelhas.
- Hum... - Katsuragi desviou o olhar ao maior junto a si. - Vai querer alguma coisa, Tsuzuku?
- Se eu quiser eu digo. - O maior se encaminhou a direção do palco, onde tomou o posto habitual. - Da-me a conta das duas noites, Katsuragi.
O rapaz assentiu a ele e caminhou à mesa, dando um leve empurrão a si para que voltasse para o quarto e se aprontasse. O moreno formulou o pagamento das noites providas e voltou-se ao atendimento, pediu o típico uísque e deu atenção ao palco, observando os novos dançarinos.
Koichi observou o outro sentado no sofá e uniu as sobrancelhas a caminhar em passos lentos ao quarto. Adentrou o local e sentou-se na cama a aspirar o aroma do casaco que carregava ainda. Deixou-o ao lado de si, porém um colega pegou, abrindo-o.
- É seu? Não é muito caro pra você comprar?
- NÃO! Me devolve! - Puxou-o para si.
- Nossa... Que horror, pode pegar. Acho melhor ir se arrumar antes que o Katsuragi venha te dar uns tapas.
- Tem certeza de que está bem? Parece que está com a cara amassada.
- Cale a boca e não se mexa.
Katsumi viu o garoto assentir e estreitou os olhos, puxando ainda mais o pé dele e novamente ligou a maquina, desenhando o pequeno objeto ali, que aos poucos sumia e era absorvido.
- Droga...
Misturou pouco mais de sangue na tinta e tentou de novo, testando o material.
- Não vai voltar a falar com ele?
- Haru, o que eu te falei?
- Desculpe, só quero saber, ora. Sou seu irmão.
- Não sei. Para de mexer esse pé, cacete!
Disse a estapeá-lo na perna e estreitar os olhos, voltando a tatuá-lo.
- Está doendo... E de quantos meses você está?
- Chega, tchau.
- Não, não, eu me comporto.
- Vou atravessar você com essa agulha.
- Devia procurá-lo.
- Não vou atrás dele, inferno. Eu não preciso.
- Onii-chan, precisa sim, você está tão tristinho.
- Tristinho? - Estreitou os olhos.
- Sabe que sim. Diz que gosta dele.
- Eu já disse. Eu menti pra ele, queria que ele fosse meu de um jeito ou de outro e acabei fazendo merda, sempre foi assim, sempre faço isso.
- Hey, não diga isso, eu aposto que ele gostava de você mesmo sem a gravidez.
Katsumi suspirou.
- Não importa mais, ele deve estar com outro vampiro, tem um por noite.
- Hum...
- Eu vou voltar lá, se te anima, talvez eu cruze com ele.
A mulher bateu à porta, observando o comércio. Há tempos não saíra pra algum lugar que não fosse um supermercado a fim de comprar suprimentos, embora desnecessários, gostava de inventar receitas para os vampiros da casa. Cozinhava quando viva, e levara para a eternidade o gosto pelos cuidados e culinária. Arrumou os cabelos grisalhos, estapeou as bochechas pálidas para ganhar alguma cor, embora não ganhasse muito com aquilo e sim com o blush que costumava usar. Estava velha, mas não acabada, estava bem pra idade que tinha e sabia disso. Entrou dentro do estúdio, observando o moreno que passara alguns dias junto aos demais residentes da casa, mas que partira sem mesmo terminar o remédio que lhe fizera, era um grosseiro, mas gostava do rapazinho.- Com licença, rapaz. - Disse a ele e notou a surpresa em sua expressão. Levava consigo uma pequena bolsa tipo sacola, onde portava uma nova bebida para ele, feita semelhantemente a outra, porém com algum ingrediente a mais, mas não diria a ele. Com um sorriso não muito denotado, cumprimentou o jovem e lhe estendeu a bolsa.
- Saiu sem se despedir, jovens são realmente grosseiros. Eu trouxe o remédio para o bebê. Tome, assim ele nasce ainda mais forte e você não se sentirá tão cansado com a gestação.
Katsumi desviou o olhar a porta ao ouvir o barulho e arregalou os olhos ao ver a mulher, estranhando e até se levantou, achando que talvez tivesse acontecido algo com o outro.
- Ryoko... O que faz aqui? Aconteceu alguma coisa com o Ryoga? - Segurou a bolsa, observando-a ainda sem entender porque havia aparecido e assentiu por fim. - Obrigado...
- Nada errado. Eu vim lhe trazer isso, já que os jovens de hoje são mal educados. Beba uma dose antes de ir se deitar. - Dizia com o tênue sorriso ainda no rosto de poucas rugas.
- Eu não sou mal educado, ora. Peço desculpas por sair sem me despedir. Estava com problemas com o Ryoga... Agradeço a visita...
- Os problemas não se resolvem sozinhos se você der as costas a eles, sabe disso, rapaz. Tome corretamente.
- Eu vou tomar. Mas não posso fazer nada sobre ele, ele não quer falar comigo.
A mulher sorriu como sempre suavemente e despediu-se do rapaz com um aceno da cabeça, um simples manear. Esperava que o garoto bebesse a bebida, era realmente o que prometido a ele, fortificante para sua gravidez, no entanto, lhe daria um bom dia de sono pesado.
- Acho melhor você ir, Haru.
- Mas onii... Que pessoa estranha era essa?
- Ela é serviçal do Ryoga. Vai ficar tudo bem, preciso descansar um pouco.
- Certo... Te vejo depois então. Hey! Olha, a tinta não saiu!
- O que?!... Finalmente acertei...? - Sorriu. - Ficou bonita!
- Claro, pra combinar com essa rosa agora tatue um ursinho roxo na minha bunda. Ora.
- Ah, sai fora que você é passivo, até gostou.
- Vai se ferrar.
Katsumi riu e fechou a porta com a saída do irmão. Voltou-se à bolsa e observou o remédio indicado pela mulher, era realmente estranha, mas fez o que havia dito e bebeu a bebida.
Kusagi voltou pouco depois, colocando a xícara de café acima da mesinha de centro.
- O que houve, Yuki? Não está afim, ahn?
- Iie. Sei que ele não quer.
- Ele me disse que queria, por isso eu saí.
- Não disse nada. Ele me recusou ontem. - Levantou-se. - Vou pegar as minhas coisas.
- Quais coisas?
- Vou ficar um tempo na casa da minha mãe.
- Não, vem, fica aqui. - O moreno esticou a mão a ele e bateu na própria coxa.
Yuki negativou e abaixou-se, beijando-o no rosto.
- Eu volto...
- Não. - Disse o maior, puxando-o no colo aonde o fez se sentar. - Anda pensando bobagens.
- Kusagi, me deixe ir.
- Hey, não seja tão neurótico.
O moreno disse e levou a mão a seu rosto, acariciou-o e os dedos levaram a nuca, segurando-o em sua cabeça e beijou seus lábios, tentando convencê-lo do contrário. O pequeno uniu as sobrancelhas, e estava confuso demais, sentiu as lágrimas presas aos olhos e desviou o olhar, fechando os olhos em seguida, tentando impedir que elas caíssem, mas infelizmente escorreram pela face. Guiou uma das mãos ao ombro do outro e afastou-o.
- Iie...
- O que? Não está afim? - Indagou e limpou a lágrima que umedeceu sua pele.
- Não é muito propício.
- Não seja bobo. Por que quer ir pra casa da sua mãe?
- Não quero falar com o Sho.
- Mas acha que vai estar feliz longe dele?
- Não, mas pelo menos não vou me machucar mais.
- Vai sim. Acha que o Sho não te ama só porque não quis transar?
- Ele não me ama mais.
- Ama sim. Se não amasse, ele diria pra mim.
- Já deve ter dito e você está mentindo pra mim. Ele ama você.
- Iie, ele me disse que te ama. Que gosta de sexo com você. Não tenho porque mentir.
Yuki negativou e desviou o olhar.
- Eu preciso ir.
- Você quer mesmo ir? Porque se disser que quer, eu vou deixar.
O loiro se manteve em silêncio a observá-lo, e gostava dele, também gostava do outro, mas estava confuso e não queria ficar, estava desconfortável, não poderia dormir com o namorado e nem no sofá.
- Eu quero.
- Não quer passar um tempo comigo ao invés do Sho?
- Iie... - Murmurou a sentir as lágrimas nos olhos novamente.
- Eu levo você. - Disse o maior e afagou seus cabelos louros e curtinhos, selou seus lábios novamente. - Busco você daqui cinco dias.
Yuki assentiu e retribuiu o selo, seguindo ao quarto, onde não encontrou o namorado, estava no banheiro e aproximou-se da porta para falar com ele, porém afastou-se novamente e pegou as próprias malas, colocando algumas roupas, somente o necessário.
- Pronto.
Kusagi o encontrou novamente quando já vestia roupas propícias para isso. Colocou um casaco e pegou as chaves do carro, seguindo com ele, levando sua mala.
- Já comprei um apartamento. - Disse ao abrir a porta do veículo e guardar sua mala, tal como dar passagem para ele. - Enquanto estiver fora, vou ficar também. - Talvez o estivesse chantageando, porém, talvez.
- Eh? Não pode deixar o Sho... Não pode deixar ele sozinho... Ele pode... Kusagi!
- Eu volto quando você voltar. Não vou ficar sozinho com seu namorado.
- Iie! Fique com ele.
- Então fique você com ele.
- Não posso, ele não me quer por perto. Por favor, fique aqui.
- Ele disse isso ou você acha que é isso?
- Eu sei que é. Eu não posso ficar, não me obrigue... Se deixar ele sozinho ele vai fazer alguma besteira.
- Ele não é suicida, Yuki. Você ia pra aula e ele ficava sozinho.
- Você já viu o braço dele?
- São feridas de raiva, não de vontade de se matar.
- ... Não vá embora, hum?
- São alguns dias.
- Fique com ele, eu volto logo. Eu sei que ele sempre gostou de você... Ninguém precisa me falar. Ele guardava uma foto sua na gaveta. Sei também que ele nunca gostou realmente de mim.
- Ele ama você, seu idiota.
Kusagi disse e riu, achando graça de sua convicção. O acariciou no rosto, observando seu rosto pequeno, tal como todas as partes do seu corpo. Era frágil, não pretendia arruinar seu relacionamento.
- Não querer sexo não significa que ele não te quer.
- E por que ele quer sexo com você e não comigo?
- Hum, você já transou com uma mulher?
- Ahn... Não.
- Já foi ativo com algum namorado?
- Não.
- Eu não sei se isso vai se aplicar a você. Mas, talvez o Sho simplesmente goste de ser passivo. Talvez sentir isso o tenha feito querer mais. Mas não significa que ele não sente nada por você.
- E isso quer dizer que ele nunca mais vai querer....
- Não quer dizer, ele tentou transar com você, você recusou ele. Você não gosta de transar comigo?
- Hai.
- Ele só tentou transar comigo porque você estava junto.
- Então me procure quando estiver afim e ele não quiser. E eu saí de perto, mesmo assim ele te queria. Fique com ele uns dias, vou passar uma semana fora, tenho alguns trabalhos e algumas coisas do apartamento pra resolver.
- Você não pode ir embora, Kusagi.
- Não vou, vou passar uns dias ocupado.
Yuki assentiu e pegou as próprias malas, se retirando do carro.
- Eu vou levar você, te busco no domingo a noite.
- Não, não vou deixar o Sho sozinho.
- ... Certo, eu vou ficar com ele.
Tadashi arrumou a mochila sobre os ombros, havia saído há pouco do trabalho e agora passava para visitá-lo. Passou pelos seguranças sem muita dificuldade, visto que já conhecido e bateu na porta de sua sala, esperando o atendimento, que demorava.
Nowaki se levantou um pouco depois de ouvir o ruído na porta, imaginava que se fosse algo importante, seria interrompido com a porta aberta ao invés da cortesia de tê-la batido simplesmente. Encarou a ficha do paciente, trocou consigo algumas palavras, e após despedir-se do paciente, observou o menino à porta.
- Nowaki!
O menor falou e abraçou-o ao redor do pescoço rapidamente, selando-lhe os lábios. O moreno arregalou os olhos ao vê-lo tomar impulso e próximo a porta, somente conseguiu empurrar a fim de fechá-la, evitando de serem vistos na sala a medida em que já o tinha contra os lábios, sendo beijado superficialmente.
- Senti saudade.
Tadashi falou a ele num sorrisinho e beijou-o mais algumas vezes, sem se importar com a presença do rapaz atrás.
- Tadashi, pare com isso.
O maior disse, entre pausas de cada beijo que recebeu e o afastou por fim. Dando por fim a despedida do paciente e deixou-o sair da sala antes de ficar por fim a sós com o garoto.
- Você está louco?
O menor arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo, vendo o garoto sair e negativou.
- O que tem, ora? Já não fizemos isso e muito mais no outro dia?
- Sh... Fale um pouco baixo. Mas você está fazendo isso na frente do meu paciente. E se alguém fala pra Megumi? Ela está na clínica.
- ... Sério?
- O que? - Indagou, estranhando seu modo.
- Sério sobre a Megumi?
- Ela está atendendo os pacientes.
- E daí?
- Foi o que você perguntou.
- Ah, esqueci, sou seu amante.
- Tadashi... Não aja assim, ah? - Disse, afagando seus cabelos descoloridos.
- Bem, tanto faz. Trouxe bolo pra você, ainda não é seu horário de almoço, é?
- Eu finalizei meu último paciente, agora eles vão passar na psicóloga. Posso ir almoçar. Você quer ir há algum lugar?
- Que tal a gente almoçar aqui na cantina, hum? - O menor sorriu, e sabia que iria irritá-lo, por isso riu logo em seguida. - Diga um restaurante que você gosta.
Murmurou a andar pela sala, observando-a e parou em frente ao armário, observando as seringas em silêncio.
- Se você quiser. Nunca gostou de ficar aqui, e agora você quer? - Nowaki disse, observando-o a caminhar e então contemplar das seringas. - Gosta disso?
Tadashi desviou o olhar a ele e negativou num pequeno sorriso.
- Restaurante?
- Quer que eu aplique um placebo em você, ah? - Disse, provocando-o é claro.
- Já vou te mostrar a agulha que eu quero, mas tem que aplicar na bunda.
O menor disse a ele num sorriso provocativo, mas havia ficado meio balançado ao ver os objetos ali, quase sentia a brisa que a droga costumava dar em si e doía a vontade.
Nowaki arqueou a sobrancelha, sabia do que estava falando, mas se perguntava se acabara de ver mais um lapso de humor. Não tinha certeza, já que seu beijo repentino não demonstrava exatamente seu temperamento. Caminhou até ele, fitando-o por cima, encarou-o não muito amigavelmente enquanto ia pra cima dele e o impôs à porta, que fechou a seu lado. O sorriso do menor sumiu aos poucos a medida que o viu seguir até si e gemeu baixinho ao sentir a porta atrás do corpo, observando-o em frente e uniu as sobrancelhas.
O moreno o fitou por cima, impassível. Tinha um traço rude no olhar e notou sua feição maliciosa se tornar acoada, parecia até perder toda sua altura, e não era alguém de baixa estatura e por fim pegou seu queixo.
- Não olhe com essa cobiça pensando em drogas, isso me emputece.
Falou de tal modo, apenas justamente para vê-lo mudar de humor ou saber o que ele exatamente faria. Tadashi se encolheu ao sentir o toque no queixo, e mesmo que ele fosse sempre tão gentil, sentiu o arrepio percorrer o corpo ao ouvir a frase e assentiu, abaixando a cabeça.
Visto que fechada a porta, Nowaki se abaixou de modo que pudesse lhe erguer a face com a própria, ao pressionar os lábios com os seus e beijá-lo com firmeza, era uma força medida e já vinha pensando no quão ferrado estava, tanto que já não o tirava da sala, mas sim o pressionava a porta com um beijo vigoroso.
O menor suspirou e ergueu sutilmente a face ao vê-lo se aproximar, retribuindo seu beijo, que pensava ser apenas um selo, porém assustou-se quando o sentiu empurrar a língua contra a própria e sorriu, sentindo o arrepio percorrer o corpo ao ter o dele junto ao próprio e sentiu muito pelo bolo que carregava e que fora derrubado no chão junto da mochila.
O moreno levou uma das mãos na nuca do outro, e a outra em sua cintura, pouco acima da linha do quadril, e ambos tinham firmeza ao segurá-lo. Beijou-o, brincando com sua língua e ainda que tivesse firmeza a tomá-lo, mesmo o beijo tinha alguma suavidade. E por fim o soltou ao ouvir o ruído de sua bolsa caindo, que até então não sabia o que era.
Tadashi o retribuiu até o cesso do toque e observou-o em frente a si ao fazê-lo, segurando-o nos mesmos lugares que ele havia segurado a si e puxou-o novamente, voltando a beijá-lo, porém guiou ambas as pernas ao redor da cintura dele, deixando-o segurar a si.
Nowaki sentiu a puxada que ganhou de suas mãos, e sua nova imposição do beijo, como havia feito consigo há pouco e no entanto o impulso que teve de sustentar ao ser enlaçado logo por suas pernas, e segurou-o pelas coxas, sentindo-a sob o tecido áspero de sua calça social de trabalho. O menor suspirou, mesmo em meio ao beijo e deslizou uma das mãos pelo rosto dele, acariciando-o num pequeno sorriso.
- Kimochi... - Murmurou contra os lábios dele.
O maior abriu os olhos que até então fechados ao sentir o toque na face, numa carícia descontraída e selou seus lábios quando ouvia-o dizer, dado aparte do beijo. Mas que logo retomou e ouviu na porta o barulho da maçaneta, na tentativa de ser aberta, com um reflexo, tapou-lhe a boca, com a própria, ainda que não tivesse continuado movimentos com o beijo, somente o calou, esperando alguém chamar ou simplesmente desaparecer.
O menor se assustou com o barulho assim como ele, e não precisava indicar, era óbvio que iria se calar, no entanto, desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas.
- Tem sorte de não ter um vidro aqui, doutor.
Nowaki esperou um pouco mais até finalmente liberá-lo, até que tivesse certeza que haviam saído, ele não havia protestado, mas sabia que ele podia fazer em qualquer outro de seus lapsos de humor, portanto, era preferível calá-lo. Mas por fim sorriu ao ouvi-lo.
- É privado.
- E essa maca parece bem confortável. Não vai me desintoxicar, doutor?
- Não vou. - Disse num meio sorriso, de canto. - Você já saiu do serviço, não tem de voltar?
- Tenho, mas não vão descontar horas se eu disser que estava no meu médico, posso levar um atestado.
- Não quero transar no consultório... - Resmungou.
O menor arqueou uma das sobrancelhas.
- Certo.
Nowaki o fitou, admirando sua falta de insistência e até sorriu ao pensar sobre isso, afagando a bagunçar seus cabelos claros.
- Bom garoto.
- Quer que eu lata e me finja de morto também?
- Já fingiu bastante.
- Então, me solta já que essa posição não serve pra nada de roupas. - Sorriu.
- Como consegue ficar nessa posição com a calça apertando aí no meio? - Disse, e sentiu entre suas pernas, sob a roupa a ereção.
- Por isso mesmo que eu pedi pra me soltar...
O moreno sorriu e por fim o soltou, colocando-o no chão, observando a roupa dele. Tadashi suspirou e guiou a mão sobre a calça, apertando-se ali. Nowaki o fitou e no entanto desviou o olhar. Não era como se tivesse alguma intimidade com aquela sua parte, ainda que já houvessem transado, não o tocara realmente por ali. -
- Comer? - Tadashi suspirou.
- Hum, sim. Quer ir aonde?
- Aqui perto tem um restaurante, não é daqueles que você vai... Mas é ajeitadinho.
- Então vamos até lá. Você pode me falar como tem passado, uh?
O moreno disse e enfim abriu a porta, dando passagem ao rapaz e saiu em seguida, fechando a porta e tinha noção de quem quer que tivesse batido a porta, agora olhava estranhamente para si ao notar que não estava realmente ausente a pouco tempo atrás. De todo modo seguiu junto dele, indo a pé mesmo, até o local próximo e indicado por ele.
- Não usou nada ultimamente, ah?
O menor assentiu e saiu junto dele, abrindo um pequeno sorrisinho ao ver o olhar do segurança e até segurou o braço dele.
- Iie, limpo.
- Hum, não fez nada pra suprir suas vontades?
- Bom... Ainda fumo.
- Bem, somente isso? Achei que após um tempo - na clinica tentaria parar com o cigarro também.
- Bem que eu queria, mas toda vez que eu paro, eu quase morro.
- Bem, tem de ir devagar. - Disse o maior e seguiu adentrando o local onde indicado e seguiu a fitar o ambiente. - Como conhece o lugar?
- Eu vim aqui há uns dias. - Sorriu.
- O que veio fazer?
- Jantar, por que?
- Sozinho?
- Ah, está com ciumes? - Sorriu.
- Não, só quero saber porque veio.
- Não está então? Eu vim com o rapaz da cafeteria.
- E por que aqui perto da clínica?
- Pra me sentir mais pertinho de você.
Nowaki arqueou a sobrancelha, e na verdade naquela hora não pôde notar se estava sendo irônico ou realmente sendo romântico como um garotinho.
- Eu estava sozinho. - Sorriu.
- Veio jantar sozinho? Por que não passou na clínica?
- Eu liguei pra você mas não me atendeu, acho que estava com a queridinha.
- Hum.
O maior disse, duvidoso na verdade, mas escolheu uma das mesas. Por fim, no entanto, não se sentou e buscou onde pudesse higienizar as mãos.
- Bem, vou ao banheiro e volto. Um minuto.
- ... Vai fazer o que? Pode ligar pra ela daqui.
- Não vou ligar, vou lavar minhas mãos. Não tem um lavabo e álcool gel me incomoda.
Tadashi estendeu uma das mãos a ele, indicando que entregasse o celular para si.
- Não vou entregar, se está achando ruim venha junto.
- Quer saber? Não ligo, vá.
- Você não vem?
- Não, vou pedir vinho pra gente.
- Certo.
Disse o maior e seguiu ao banheiro, fazendo realmente o que se propunha a fazer. Tasashi sorriu a ele e levantou-se, seguindo-o até o banheiro e ao fechar a porta o observou.
- Hum, você demorou.
- Oi? - Indagou, fitando-o evidentemente confuso.
- Demorou demais, vim ver o que fazia. - Sorriu maldoso.
- Acabei de chegar aqui, Tadashi. - Fitava-o estranhando.
- Estou brincando. - Riu.
Nowaki fitava-o ainda assim e buscou pelo papel descartável o qual usou para secar as mãos úmidas.
- Hum, certo... Lavar as mãos... - Disse e fez o mesmo.
O maior o aguardou e encostou-se a pia.
- Pronto... Vamos?
- Vamos lá. - Disse e por fim seguiu em caminho de saída.
- ... Veio aqui só pra isso? Poxa.
- Ah... Eu vim lavar minhas mãos, como falei, não tinha intenção de ligar.
- ... Achei que ia... Se tocar, sei lá.
- O ... que? - Indagou, sem entender.
-Ah, nada... Você é bem inocente, né?
- Achou que eu fosse me masturbar num banheiro de restaurante?
- Bom...O que acha de me masturbar aqui?
- Ah? Eu masturbar você?
- Uhum, por que não? Eu estou duro.
Nowaki riu, não realmente interessado em alisar um pau.
- Him, não quer?
- Eu não toco nem o meu direito, Tadashi.
- Hum, então vem cá, deixa eu tocar ele do jeito que você gostou na outra noite.
- Achei que havia desistido. - Disse, com um riso tênue.
- Nunca.
- Eu não tenho tempo, Tadashi, preciso voltar pro serviço logo depois.
- A gente da uma rapidinha.
- Uma rapidinha? Está querendo transar no banheiro?
- O que tem? Sua esposa não te da atenção, é?
- Estamos no banheiro de um restaurante, Tadashi
- Ta bem, então vamos.
Reika havia passado o fim de semana em casa, e nunca fazia isso, mas por algum motivo havia sido buscada pela irmã mais velha. Bom, a essa altura já sabia e teria de avisar os amigos. A escola já sabia, afinal, havia sido avisada até mesmo antes de si. Mas, o maior problema seria falar com o amigo, então, por isso adiou o restante da semana e quando resolveu falar, chamou a recente companheira atrás do pátio da escola. Não era realmente uma namorada, mas tinham alguma coisa. Não era verdadeiramente apaixonada, mas já havia gostado dela, e ainda gostava, só não como antes. Parou em frente a loirinha, que sorria atordoada, talvez nervosa.
- Bem, não fique nervosa. - Disse e afagou sua bochecha fria. - Eu preciso falar algo com você.
Mei pensava que era sobre o anel, por isso tremia tanto, talvez ela fosse aceitar o namoro, então tremia, ansiosa, estava em frente a ela e havia espado a semana toda por aquilo.
- Hai...
A morena esticou a mão, notando seu jeitinho ansioso, teve de morder o lábio por dentro e tocar ambas suas mãos.
- Eu vou... Ter de mudar de escola. Fiquei sabendo há alguns dias e... Não tenho escolha...
- O que...?
E o sorriso da loira sumiu, aos poucos ao ouvi-la e uniu as sobrancelhas, sem entender o que dizia. Primeiro havia ficado consigo e agora ia embora?
- Não... Não pode me deixar.
Takatsuki estava por perto, havia visto a amiga e queria falar com ela, por isso a seguiu, carregava consigo o lanche comprado pra ela, alguns pãezinhos que ela gostava. Cessou, ao reparar que ela falava com outra pessoa e sabia que era a loira, já que a voz fina que veio era inegável embora escondida por uma parede de concreto em sua frente. E ouviu a conversa, claro que ouviu. Uniu as sobrancelhas, quase automaticamente, como havia escondido aquilo de si por tanto tempo e agora falava pra ela primeiro? O barulho alto da sacola bateu contra o chão e virou-se a observá-la junto da outra, estava irritado e cansado de evitar que a loira soubesse sobre ambos, por isso somente a segurou consigo e penetrou-lhe a boca com a língua.
- Eu não tive escolha. Esse fim de semana minha irmã veio me buscar e... Bem.
Disse, na intenção de continuar, porém assim como a menor, ouviu ruir o sacolejo da sacola ao cair no chão e denunciar o conteúdo conforme o pequeno pão rolou e saiu de dentro dela. Ao erguer o olhar, filho da puta, pensou consigo e avistou o amigo.
- Takatsuki, eu...
Disse e iria se explicar, porém deu aparte ao soltar as mãos da menor e senti-lo numa colisão. Teria esperado um tapa, um empurrão, mas arregalou os olhos ao sentir o beijo que veio muito mais que um selo, mas com língua. Enlouqueceu, pensou. E até notou o olhar da colega de classe.
- Eh?!
O sobressalto fora evidente na loirinha, afinal, pulou alguns passos para trás ao ver o garoto junto dela e assim como ela, pensava que ele havia enlouquecido, mas pela língua na boca dela, parecia que realmente havia feito por algum motivo, de qualquer forma, preferiu não ficar mais ali sendo feita de idiota e virou-se, correndo de volta ao dormitório, obviamente a essa altura, já chorava.
Takatsuki se manteve daquele modo, não dava a mínima para a outra de qualquer forma e manteve-se a beijá-la, sentindo as lágrimas presas aos olhos, não era possível que ela simplesmente fosse embora e deixasse a si ali sem falar nada. Negativou depois de um tempo, soltando-a, e claro, estava puto, era evidente, nem precisava dizer.
- Pronto, agora decida a porra das suas prioridades.
Dito, virou-se e seguiu em direção ao dormitório igualmente.
- Ta...
Disse ela, tentando interrompê-lo, mas sentia sua língua em imposição de modo que nem conseguiu parar. Deu até um meio soco em seu ombro, mas quando finalmente parou, quase nem ouviu o que ele disse, percebia somente que era observada, tal como ele mesmo, enquanto dizia algo que não entendeu. Mas de todo modo, certamente estava emputecido por não ter sido avisado, era a única explicação para agir tão impulsivo.
Sayuki ouviu o barulho da porta e abriu um enorme sorriso nos lábios, deixou o bolo em cima da mesa, quase terminando a decoração e correu para o outro comodo para receber a outra em casa. Sorriu a ela e lhe selou os lábios, usando novamente o avental sobre as roupas pretas e tirou do bolso um papel pouco amassado, erguendo-o a mostrar a ela.
- Adivinha!
Miya destravou a porta, finalmente fez-se em casa, pensou consigo. Sentia fome e sede, mas de conforto. Tirou a jaqueta de couro preto após fechar a porta, deixando à mostra a camiseta cinza escuro que vestia anteriormente embaixo dela. O cheiro sutil doce vinha denunciando seus passos até a si, em sua recepção, observou seus trajes de modelos habituais, e como gostava deles assim. Sorriu-lhe em retribuição, assim como o selo em seus lábios e assim aguardou-o dizê-lo, fitando o papel.
- Está grávido? - Riu baixinho, tão preguiçosa quanto a si mesma.
- Ah... Você adivinhou... - Falou a unir as sobrancelhas e riu em seguida. - É brincadeira. Eu consegui o emprego. Vou trabalhar na sua escola!
- Ah... - A menor resmungou dando corda ao comentário e sorriu dada a real notícia, o abraçando com um dos braços em torno da cintura. - Vai ir cuidar de mim, hum hum?
Sayuki sorriu e assentiu, selando-lhe os lábios novamente. Miya o retribuiu novamente no selar, e sugou de levinho seu inferior, só a sentir o gostinho leve de sua presença, um pouco mais.
- Quando começa, amore mio?
- Segunda feira. Eu fiz um bolo pra você. Espero que goste de morango e chocolate.
- Hum... estou mesmo precisando comer alguma coisa gostosa. Inicialmente que eu possa ingerir, depois algo que eu não possa.
- Hum, você vai gostar, eu comprei uma lingerie nova.
- Hum, parece tão doce e gostoso quanto o bolo.
- Ah é? - Sayuki ergueu a saia a deixá-la observar a própria roupa íntima, preta, como sabia que a outra gostava, adornada por algumas rendas.
- Olha.
- Hum... Kimochi.
Ela sussurrou com ambiguidade e com as mãos em sua cintura o virou de costas, observando a renda adornando a peça que delicadamente se acomodava entre suas nádegas. Mordeu o lábio, e acariciou a região, dando um leve tapa sobre ela.
- Hum hum... - O menor resmungou forjado conforme vira-o abaixar a saia. Sorriu com malícia conforme tornou observá-lo. - Ok, vem dar meu lanchinho.
- Hum, nem falou do meu cheirinho, acabei de tomar um banho.
- Claro que senti. Mas eu quero passar esse cheiro pra minha pele daqui a pouco. Vamos comer, quero a sobremesa logo.
Sayuki riu e assentiu a ela.
- Ta bem. - Falou a seguir junto dela a cozinha.
O loiro cortou um pedaço de bolo e serviu a ela num pequeno pratinho. Miya retornou ao cômodo conforme no banheiro lavou as mãos, higienizando-as e sentou-se, observando a fatia de bolo o qual não tivera delongas por experimentá-lo e com a colher de sobremesa levou o pedacinho até a boca.
- Hum...
- Gostoso? Se não estiver bom pode falar.
- Kimochi, Sensei.
- Hum, que bom. - Sorriu.
- Uhum.
Miya assentiu e fatiou outro pequeno pedaço com a colher, levando-o em sua boca.
- Hum... Adoro chantilly.
- Adora é? - Pegou mais um pedacinho do bolo, o levando à boca.
- Hai. Muito.
- Depois podemos brincar com ele.
- Hum, eu ia gostar
Sayuki sorriu e abriu a boca a espera do bolo que foi recebido um minuto depois. A morena sorriu a ela e então passou a servir a si e a ela com a sobremesa, até que terminada e desviou o olhar a cozinha, notando a arrumação bem feita, as coisas postas nos lugares, e como o outro se esforçava para parecer a esposa perfeita para ela, se sentia um marido indo ao trabalho e voltando, e era fofo, imaginar como tudo havia se transformado da noite para o dia, gostava assim, e se perguntava como tivera tanta sorte.
- Quer mais bolo?
- Hum? - Disse ela, saindo de seus devaneios. - Ah não, estou satisfeita, quero outra coisa.
Os pequenos lábios de Naoyuki agora se contorciam, formando uma tênue saliência tremula, um pequeno bico. Os olhinhos do irmão, quase semelhantes aos próprios, se não fosse por serem mais evidente em azul, agora tinha linhas sutis de lágrimas que amaçavam cair.
- Oniitan... - Quase chegou a grunhir, visto que sua voz soou tão trêmula quanto seus pequenos lábios o faziam e agarrava a barrinha de sua fantasia de halloween, torcendo-a nos dedos, nem ligando para o potinho de abóbora que tinha pendurado no bracinho. - ... Quero ver o Kazu-chan... Quero pegar docinhos com ele.
Como negar? Naoto indagou para si mesmo internamente e suspirou a abandonar a tela do computador onde trabalhava no término do trabalho semestral cujo fazia com o outro rapaz.
- Não chore, Yuki. - Tocou em seus cabelinhos escuros e ajeitou-os. - Vou te levar, mas vai voltar a hora que eu mandar e sem protesto, entendeu?
- Hai, aniki...
Kazuya observou o pequeno irmãozinho descer as escadas com o potinho de abobora e sorriu a ele, pegando-o no colo a lhe beijar o rosto.
- Oi pequenininho. Você é o drácula?
Riu e viu o irmãozinho assentir, estendendo a cestinha.
- Cadê meu doce, onii-chan?
- Seu doce está na cozinha, não posso colocar num potinho.
O loiro o colocou no chão e segurou a mãozinha pequena, levando-o consigo para o outro cômodo e serviu o prato com um pedaço de bolo de chocolate junto da bola de sorvete de morango.
- Bolo! Foi você que fez, onii-chan?
- Foi. Só não sei se está bom.
- Mas tudo que você faz fica bom.
- Ah, não exagere, hum?
Kazuya sorriu e o pegou no colo novamente, colocando-o sentado sobre o balcão da cozinha e ajeitou seus cabelos loiros.
- A mamãe gostava de bolo de chocolate.
O maior o observou em silêncio um pequeno tempo e assentiu, abrindo um sorriso sutil.
- Eu sei, ela que me ensinou a receita. Acho... Que o Naoyuki não vai vir, Kazuki.
- Eh? Como assim, ele prometeu!
- É, mas... Não acho que o Naoto queira me ver. - Sorriu a ele e lhe beijou a face.
- Vocês terminaram?
- Terminamos o que, hum? Nem começamos. - Riu.
Algumas horas depois, Naoto já estava em frente ao mesmo lugar de alguns dias atrás. Sequer tivera tempo de tocar o interfone, ante ansiedade do irmão. Assim como ao se vestir. Usava uma regata larga e solta, branca de fino tecido de algodão, mesmo que esta ainda fosse rente ao corpo. Um jeans escuro, que sequer parecia jeans. Roupas cotidianas, que sequer passaria a impressão visto o comportamento no colégio. Usava o cabelo solto, ainda um pouco molhado. Virou-se a direção da rua, desconfortável por estar ali, afinal.
- Não seja tão apressado, Yuki.
Kazuya observou o sorriso do irmão ao ouvir a campainha e o viu soltar o prato sobre o móvel.
- Hey, calma.
O maior o colocou no chão, beijando-lhe a face e o deixou correr até a porta da frente, seguindo atrás dele a abrir a porta e dar passagem ao pequenino que abraçou o próprio irmão. Sorriu por algum pequeno tempo a observá-los e desviou o olhar ao outro na porta, dando passagem a ele também.
- Pode entrar, eu fiz bolo.
Naoto os observou após aberta a porta, vendo o irmão lançar um abraço em seu amigo e pretendente. Cumprimentou-os num aceno qualquer com a cabeça e mal havia chegado, já queria ir embora. Deu de ombros.
- Não vão querer ir logo?
- Já nós vamos. Você não precisa ficar, Naoto, eu prometi que os levaria e vou, não se preocupe.
- Preciso cuidar do meu irmão.
- Não tenho problema em cuidar dele.
- Não posso deixar ele sozinho.
- Então entre.
- Oniitan, não pode brigar com ele, um relacionamento não funciona dessa forma.
Naoto ouvira o caçula e chegou arquear levemente a sobrancelha.
- Ah, o que você sabe sobre relacionamento, hum? De repente tem que me ensinar alguma coisa.
Kazuya desviou o olhar ao pequeno e abriu um pequeno sorriso.
- Tem que dar beijinho no onii quando chega, e dizer que ama ele.
- Hum... E vocês fazem isso, é?
- Hai. Por que?
- Ah fazem. Cadê?
Kazuki se aproximou do namoradinho e o abraçou, beijando-lhe o rosto.
- Aishi-
Naoyuki se virou igualmente e enlaçou a cinturinha do menor, o beijando por vez, na testa.
- Mo...
Sussurrou tão baixinho, e chegou a ficar sutilmente enrubescido. Naoto sorriu de canto, mordiscando o inferior pela parte interna.
- Vocês aprendem cada coisa.
O loiro maior sorriu novamente.
- Vamos ,vampirinhos. Naoyuki-kun. - Abaixou-se na altura do pequeno. - Você quer um pedaço de bolo ou já quer sair?
- Iie, já comi bastante doce em casa. Aniki comprou sonho! Eu trouxe.
Dito o irmão, logo Naoto sorriu aos demais, tanto a seu cunhado quanto a seu namoradinho.
- Então vamos logo.
Kazuya assentiu e o beijou no rosto, levantando-se a segurar deixar os pequenos saírem, saindo junto dele.
- Não fiquem muito longe da gente.
O moreno maior deu passagem aos demais, e assim que passados os menores, deu início a um rumo guiado pelos dois. O loiro desviou o olhar ao outro ao lado de si e suspirou, prestando atenção ao caminho do irmão, tentando se concentrar em outra coisa. Naoto caminhou sem mais, acabou mantendo o silêncio que se estendeu mesmo após passadas as casas daquela rua. No mínimo, algum suspiro disperso.
O loiro ouviu um dos suspiros do outro e uma das mãos segurou a dele, devagar, apertando-a. Naoto sentiu o toque de seus dedos um pouco frios, delicados mesmo no aperto no final.
- Não fique incomodado, está tudo bem.
- Hum... - Naoto murmurou e permaneceu em silêncio, manifestando-se pouco depois. - As coisas poderiam ter continuado normais se não fosse tão insistente.
- Me desculpe.
- Você disse que no dia seguinte íamos esquecer de tudo, você lembrou mais do que poderia.
- Esqueça, ta bem?
- Foi o planejado. - Desvencilhou o toque de sua mão.
Kazuya desviou o olhar a própria mão que foi solta pelo outro e a segurou novamente. Naoto sentiu o toque na mão e observou-o, logo em seu rosto com muda feição indagativa. O loiro sorriu a ele e seguiu o caminho junto do outro, não aceitaria dele um não como resposta.
- ...
Naoto continuou indagativo, mesmo sem obter alguma resposta e somente um tênue sorriso. O maior observou o irmãozinho a voltar correndo e abaixou-se, beijando-lhe a face e recebeu dois pirulitos dele, entregando um ao rapaz em pé. O moreno o observou e aceitou o doce com um sorriso sutil.
- Obrigado.
- Olha! Calma! Deixa eu pegar o celular e tirar uma foto. Fique assim!
Naoto se voltou-se ao outro.
- Não seja idiota. - Provocou, inclinou o pescoço sutilmente ao lado e riu, baixinho.
Kazuya o observou por um pequeno tempo e sorriu.
- Você é lindo.
- Hump. Não diga isso a um homem.
- Por que não? Você é.
Naoto silenciou-se, observando o rumo tomado. O loiro observou o irmãozinho que voltou correndo e sorriu a si.
- Onii-chan! Amanha é feriado! O Naoyuki pode dormir comigo? Chama o Nao-san pra dormir também... A gente faz brincadeira.
- Iie, não podemos, Kazuki.
- Por que? - O pequeno uniu as sobrancelhas.
- Temos que voltar.
- Mas Nao...
- Você pode ir pra lá, se quiser.
- Mas você não quer ficar com o onii?
- Vocês estão confundindo, nós fazemos trabalho de escola juntos.
Kazuya sorriu a ele e abaixou-se.
- Vai pegar os doces, vai, eu deixo você dormir na casa dele.
Naoto observou-os a deixá-los com sua conversa e desviou o olhar a algum canto qualquer e o loiro se levantou. - Vamos pra casa, hum? Eu te apronto.
- Eles já terminaram?
- Acredito que sim, já encheram as cestinhas.
- Hai.
Kazuya assentiu e esperou ambos retornarem, segurando a mão do irmãozinho.
- Onii, você está chato hoje.
Murmurou o irmãozinho do moreno e fez bico, o que não respondeu e somente caminhou de volta.
- Está tudo bem, pequeno, você vai dormir com o Kazuki de qualquer maneira.
- Você pode vir também, Kazuya... - Disse Naoto.
- Não acho que se sentiria confortável.
- Eu?
- Sim.
- Não...
Naoto falou baixo, mas com altura suficiente. Suspirou, não o deixaria sozinho em casa.
- Sua namorada não vai se incomodar?
- Não deixo onii-chan namorar! - Disse o caçula do moreno antes mesmo que dissesse algo.
Kazuya desviou o olhar a ele.
- Nem comigo?
- Com você eu deixo. - Tornou dizê-lo e puxou a camisa do irmão antes e seguir ao louro e segurar sua mão, direcionando-a a própria. - Assim eu acho bonito!
O loiro riu baixinho a observá-lo e segurou a mão do outro.
- Yu-ki. Não seja intrometido. - Naoto bagunçou o cabelo do irmão.
- Deixa ele.
Naoto ouviu seu risinho baixo do irmão e o observou.
- O que foi?
- Kazuya-kun gosta de ser defendido. Gosta do onii-chan.
Kazuya assentiu e riu baixinho.
- E você dá corda pra ele.
O loiro o observou por um pequeno tempo e lhe soltou a mão.
- Vamos, crianças.
Naoto o observou silenciosamente e cruzou o caminho de volta junto a todos.
- Vão pegar alguma roupa?
- Sim.
- Hum... Então pegue.
Kazuya segurou a mão do pequeno e o guiou para dentro, subindo as escadas a indicar a ele que pegasse suas roupas. Naoto junto ao irmão, se instalou fora de casa, sentou-se numa escadinha do hall, esperando-os. O loiro seguiu escada abaixo junto do irmãozinho pouco tempo após, carregando a própria mochila e fechou a porta com a chave.
- Vamos?
- Vamos, já é tarde. - Dizia o moreno a se levantar junto ao irmão.
- Hai.
Junto a eles, Naoto traçou um caminho ligeiro até em casa, mesmo a pé, visto que a distância não era descomunal. Ao chegar lhes cedeu passagem e fechou a porta após entrar. Kazuya seguiu junto do amigo e do irmão pequeno até o local, adentrando-o e deu uma olhada discreta pela casa.
- Onde estão seus pais?
- Moramos somente nós dois. Meus pais moram noutro lugar.
O loiro uniu as sobrancelhas e assentiu.
- Por que está unindo as sobrancelhas?
- Nada, só curiosidade.
- Quer comer alguma coisa? Vocês querem?
- Ah, não, eu estou bem.
- Vou fazer o Kazu comer sonho comigo. Vamos.
Disse o irmão do moreno antes de puxar a mão do pequenino e subir até o andar de seu quarto, deixando embaixo o silêncio incomoda, que buscou não perdurar.
- Você prefere dormir separado?
- Se eu não te incomodar, quero dormir com você.
Naoto assentiu com maneio da face.- Vamos subir. - Apagou a luz da cozinha. - Pode tomar banho antes.
- Obrigado.