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junho 2016
Shohei suspirou, piscando algumas vezes para se acostumar com a luz do local e não sabia que horas eram, só sabia que ele havia saído, já que não sentia a presença dele na cama. Virou-se a observar o travesseiro dele e alcançou-o com uma das mãos, virando-se de bruços e aspirou o aroma gostoso de shampoo que tinha os cabelos dele, lembrou-se de todo o caminho que havia percorrido até ali, até conseguir finalmente se deitar com ele na cama e sorriu consigo mesmo, satisfeito apesar de tudo. Mordeu o lábio inferior ao pensar no cheiro dele além do shampoo, do pescoço, do corpo, o cheirinho de banho tomado e quando se deu conta, já tinha uma das mãos em meio as pernas e apertava a si entre os dedos, mas gostaria que ele estivesse fazendo isso. Gemeu baixinho contra o travesseiro dele, ainda a segurar a ereção parcial em meio aos dedos, acabara de acordar mesmo, e deslizou em suaves movimentos de vai e vem.
- Querendo acordar com um agrado pessoal, ah?
Kusagi indagou da porta mesmo, com uma xícara de café na mão e um cupcake trufado no prato. Chegara a pouco, após um trabalho pela manhã. Tivera tempo suficiente para colocar o doce no prato, preparar um café para si, mas ainda usava roupas de sair, que esperava trocar em breve após o café. Mas observou o amigo bem acomodado e bem feliz na cama, tinha os olhos fechados de quem acordara a pouco, enquanto se afundava no travesseiro e se acariciava invisivelmente abaixo do lençol, mas sabia pelos movimentos dele, que se masturbava.
- Ah... Kusagi...
O menor murmurou, ainda a aspirar o aroma do travesseiro, porém assustou-se ao ouvi-lo e desviou rapidamente o olhar em direção a porta, porém ao invés de se soltar e fingir que nada aconteceu, sorriu a ele e apertou-se entre os dedos.
- Hum... Onde foi que está bonitão assim?
- Estava no trabalho. - O maior disse e sorriu ao outro, tão logo caminhou até a cama, levando consigo o pequeno prato onde servia o bolo a ele. - Trouxe algo, mas acho que está ocupado.
Shohei sorriu a ele, se canto e soltou-se, mordendo o lábio inferior.
- Desculpe...
- Gosta do meu shampoo, é isso? Pode usá-lo.
- Se eu gostasse tanto assim do seu shampoo estava bom.
Kusagi sorriu canteiro e sentou-se à cama.
- Ah é? Parece que gosta.
- Gosto dele, mas não pelo cheiro unicamente, e sim porque esta no seu cabelo.
- Hum, gosta do meu cabelo e estava se masturbando pensando nele.
- Ah, estava.
- Coma o bolo, vou fazer isso por você.
- Enquanto sou masturbado, hum?
- Sim.
O maior disse e deu meia volta, seguindo para o outro lado da cama, sentando-se a beira e deu-lhe um tampinha na bunda, mandando que se virasse com o peito pra cima.
- Coma direitinho.
Disse ao pegar o bolinho e entregar a ele conforme se virou. Shohei assentiu e virou-se, deitando-se com as costas na cama e pegou o bolinho, dando uma mordida nele com certa vontade.
- Hai...
- É de trufa.
Disse o moreno ao moreno enquanto o descobria, buscando seu cós. Abaixou sua calça, juntamente a roupa íntima, revelando seu corpo parcialmente acordado pelo estimulo prévio. Com o dorso dos dedos o acariciou, deslizando pela base, e enfim voltou a palma e envolveu com os dígitos, passando a acariciá-lo devagar. O menor suspirou e mordeu o lábio inferior, desviando o olhar a ele enquanto mastigava o bolinho tão gostoso.- Droga, como eu quero transar com você. - Não pode. Vou voltar ao trabalho. Só voltei pro horário de almoço, já que minha mulherzinha estava esperando com o almoço pronto.
Kusagi disse e sorriu, segurando seu sexo, acariciando a torná-lo aos poucos mais rijo.
- Não pode voltar... - Falou e uniu as sobrancelhas, mordendo o lábio inferior. - Não pode... Vem aqui.
- Preciso voltar.
Disse o maior enquanto afagava sua ereção e mordeu o lábio inferior, encarando-o apetitoso. Esfregou suavemente sua ponta, mas voltou o dedo até a boca, umedecendo-o a leva-lo de volta a seu sexo, que ainda acariciava.
- Ah, iie...
Shohei murmurou e suspirou, desviando o olhar a ele ao sentir o toque e deixou de lado o bolinho, movendo-se a subir em seu colo.
- Nããão. Continue comendo o bolo. - Disse e no entanto o acomodou no colo.
- Não, quero você dentro de mim, hum.
- Sho, não dá. Larga de fogo no rabo.
O menor arqueou uma das sobrancelhas e levantou-se.
- Você quer que eu faça que nem um coelho, é isso?
- Você é um coelho. - Falou a sorrir a ele de canto. - Não precisa.
- Ah, está dizendo que transo com pressa?
- Não, estou dizendo que é um coelho.
- Em que sentido?
Kusagi indagou e puxou-o de volta ao colo. Levando a mão abaixo de seu traseiro e arrumar a própria roupa, abaixando-a.
- Hum, sempre te chamei de Usagi.
Shohei piscou a ele e ajeitou-se em seu colo, erguendo-se a dar espaço a ele para arrumar a roupa.
- Vou fazer como um, agora.
- Vai entrar e gozar é? - Riu.
- Não vou gozar.
Disse o maior e ao se fazer livre, puxou-o para o colo, colocando-se nele sem rodeios, tão logo o penetrando.
- Por quê?
O menor murmurou e deixou escapar o gemido alto ao senti-lo adentrar o corpo não tão contraído, mas mesmo assim, dolorido.
- Por quê?
Shohei murmurou e deixou escapar o gemido alto ao senti-lo adentrar o corpo não tão contraído, mas mesmo assim, dolorido.
- Porque não vou ter tempo.
Disse o maior, um pouco pesado e contido na garganta. Mas o segurou pelos quadris, passando a movê-lo suavemente no colo.
- Ora, e não... Consegue gozar rápido assim?
O menor murmurou e suspirou, agarrando-se aos ombros dele com ambas as mãos e passou a se mover devagar, subindo e descendo sobre o colo dele.
- Não mais rápido que você, Sho-hei.
Disse o outro, sussurrando-lhe contra a audição e mordiscou seu lóbulo, interrompendo logo a medida em que o sentia subir e descer no colo, inicialmente calmeiro. Shohei sorriu ao ouvi-lo e mordeu-lhe a orelha, sabia que ele tinha certa agonia, por isso o fez, deslizando a língua pela cartilagem logo após.
- Então me faz gozar, Kusagi.
O maior encolheu o pescoço ao sentir a mordida e se incomodava com o toque.
- Seu puto...
Disse, de olhos estreitos e pescoço encolhido, mas o assentou no colo, logo se empurrando para cima, criando consigo um ritmo. O menor gemeu ao senti-lo puxar a si e riu baixinho, encostando a cabeça em seu ombro e se empurrava para baixo de mesmo modo, mordendo o piercing do lábio enquanto o observava.
- Kimochi...
- Que tesão é esse pela manhã, uh? Vontade de descontar o que não fez no passado? Queria transar comigo pela manhã, uh?
Kusagi indagou, brincando na verdade, o provocando. E mordiscou-o no pescoço, próximo ao ouvido. Continuava a se mover abaixo dele, e logo, levou-o para cama num movimento hábil, colocando-se em cima dele, no meio de suas pernas.
- Sempre quis transar com você pela manhã...
Shohei falou a ele e mordeu o lábio inferior ao sentir os estímulos, gostosos e exatamente onde gostava. Estremeceu e logo sentiu a cama macia abaixo de si, recebendo-o entre as pernas e pressionou-o entre ambas, sorrindo a ele.
- ... Ah! Kusagi...
- Por que? Me viu de pau duro enquanto dormia?
O maior indagou com um sorriso com os dentes e entre suas coxas envoltas a cintura, continuava a se mexer, investindo para ele. Ouvindo ressoar suavemente a pele contra a sua.
- Um vez eu vi. - Falou a ele e riu baixinho. - Adorava suas ereções matinais, me imaginava empurrando minha roupa pro lado e sentando no seu colo.
Kusagi riu, divertindo-se.
- Imagina minha reação acordando?
O maior retrucou, e segurou firmemente suas coxas aos lados de si. E abaixou-se, beijando-o no pescoço, descendo ao peito.
- Ah...
Shohei gemeu ao sentir os beijos, gostosos dele na pele e deslizou uma das mãos por seus cabelos, acariciando-o, agarrando os fios entre os dedos, e estava realmente, muito excitado.
- Ah, você teria gostado...
- Não pularia de susto, hum?
O menor retrucou e erguer os olhos cinzas em sua direção, o encarando e sorriu enquanto logo voltava a língua a apreciar sua pele.
- Provavelmente. E agiria como um uke. "Não, não... Ah... Mais" - Falou a ele, encenando até suas possíveis expressões e riu baixinho.
- Ah, eu não agiria assim.
Kusagi disse, e certo que não agiria desse modo, afinal, não seria assim tão cortês. E nem tão irmão assim, mas não tinha certeza de como seria a própria reação. Apalpou-lhe as nádegas, por onde o puxou.
- Hum, não é? - Riu baixinho e gemeu novamente, ao senti-lo puxar a si. - Mais, Kusagi...
O maior penetrou-o com força, mas puxou-o para si ao rolar para cama.
- Vamos, faça como se me surpreendesse.
Shohei gemeu novamente, dolorido, mas prazeroso pela puxada e ajeitou-se sobre ele ao ser guiado a seu colo e sorriu, mordendo o lábio inferior.
- Hum, quer que eu encene desde o início?
- Não do início, apenas o suficiente pra eu aflorar sua mente, mostrando como agiria.
- Hum, certo.
O menor sorriu a ele a erguer-se e fazê-lo se retirar de si e logo após voltou a se sentar, devagar, fazendo-o adentrar o corpo aos poucos e até contraia-se, apertando-o no interior de si até que estivesse por inteiro novamente. Gemeu baixinho e encolheu-se, como fazia quando era mais novo, porém desviou o olhar a ele.
Kusagi fechou os olhos e tentou não rir com a interpretação. Porém ao senti-lo no colo, abriu os olhos como se pesados estivessem de sono. E olhou seu rosto rebelde, como se olhasse seu rosto dócil antigamente.
- Que isso... - Disse arrastado, afetado pelo forjado sono. - Ah... O que está fazendo, Sho? - Disse ao "pequenino" e levou a mão em seu braço, o segurando. Num sorriso sonolento.
O menor riu baixinho, sem poder se conter ao ouvi-lo e mordeu o lábio inferior, porém pigarreou em seguida e negativou a ele, meio tímido como fazia antes.
- Iie... Me deixe fazer...
Murmurou, forjando a expressão dolorida na face e agarrou-se ao lençol da cama aos lados dele, passando a se mover devagar, porém como se estivesse dolorido, afinal, era a primeira vez que fazia aquilo, na história.
- Ah... Você... O maior disse e levou as mãos de volta a sua cintura,moveu com suavidade. Da mesma forma que fez com o quadril, empurrando-se para cima, em sua direção.
- Hai... Sempre tive vontade de fazer isso... Vai ficar gostoso, Usagi.
Shohei murmurou, com a voz suave e delicada que tinha antes e estremeceu propositalmente, movendo-se mais rapidamente.
- Eu sei que isso é gostoso. Não deveria acordar um homem assim.
Disseo maior ao menino e levou-o para a cama como antes já havia feito. Colocou-o sobre o local, dadas suas costas para si e puxou seu quadril, passando a movê-lo e com a pose, penetrá-lo mais a fundo. Mas ainda tinha algum cuidado.
- Deveria me pedir, se queria fazer.. Amor. - Disse, sussurrando próximo a sua orelha.
O outro se assustou ao senti-lo puxar a si e guiar contra a cama, agarrou-se ao lençol e deixou-o empinar os quadris, gostava e muito daquela posição, embora devesse fingir que não.
- Iie! A-Ah...
Gemeu ao tê-lo adentrando a si novamente, dessa vez mais fundo e mordeu o lábio inferior, mais forte ainda ao ouvi-lo sussurrar contra o próprio ouvido, e chegou a sentir uma pontada no baixo ventre, tamanha excitação que sentia com o estimulo.
- K-Kusagi... Faz amor comigo... - Murmurou a virar-se pouco, observando-o e sorriu.
- Estou fazendo.
Disse o moreno, e soou rouco, como quem estava excitado mas tinha sono e movia-se a penetrá-lo, aos poucos tornando-se mais forte. O outro sorriu novamente e assentiu, deixando escapar o gemido baixinho, seguido de alguns mais altos devido aos movimentos mais fortes dele contra si.
- Agora sabe como poderia agir.
Kusagi riu baixinho, mesmo contra a proximidade que tinha junto dele. E moveu-se com mais força, retomando o sexo como antes da brincadeira. O menor sorriu a ele e mordeu o lábio inferior.
- Acho que teria agido de modo bem mais espontâneo se tivesse acontecido daquela época. E teria ponderado muito se deveria realmente me pegar de quatro ou me tirar de cima de você. - Falou e riu baixinho, porém agarrou-se a cama novamente ao senti-lo se empurrar contra si. - Ah... Você é tão bom, Kusagi...
- Não seria tão gentil a ponto de ignorar a cabeça de baixo.
O maior disse-lhe baixinho ainda, certamente seria mais espontâneo, mas tinha certeza que era bem próximo disso. Mordeu-o no pescoço como um gato a sua cruza e continuou a penetrá-lo com força, causando atrito de sua ereção junto ao lençol na cama, esperando seu clímax.
- Hum...
Shohei murmurou a estremecer devido aos movimentos, gostosos até demais quando atingiam ao fundo no local sensível. Gemeu dolorido ao sentir a mordida, porém riu baixinho logo em seguida e arranhou o lençol, quase sem poder conter o próprio prazer.
- Pra quem tinha que trabalhar... Até que está me fodendo há bastante tempo, coelhinho.
Falou a ele e finalmente gemeu pela ultima vez, prazeroso e gozou, deixando o prazer se derramar sobre o lençol.
- Só o suficiente pra te fazer gozar, gatinho.
Kusagi disse ao outro e notou o timbre vocal afetado pelo prazer e com seu corpo trépido, mesmo com suavidade, sabia que gozava, e intensificou junto a um gemido gostoso e que a si causou um sorriso. Quando enfim o fez, penetrou-o com força até que completasse seu êxtase e por fim, saiu.
- Agora sim eu preciso ir. - Disse ao esconder-se atrás da roupa.
O menor se virou rapidamente a observá-lo ao senti-lo se retirar de si e uniu as sobrancelhas.
- Mas... Por que não gozou comigo? Vai sair assim duro?
- Vou adorar vir de pau duro pra casa e fazer de novo após o serviço.
- E vai ficar duro o dia todo? Vai tirar fotos, você nem é louco.
- É claro que não vou ficar de pau duro. Acha mesmo que é como um viagra? Idiota, convencido.
- Se falar assim comigo eu meto a mão na sua casa hein?
- Ô, claro que sim.
O menor sorriu e sentou-se na cama.
- Vai me dar um beijo antes de sair?
- É claro, como uma esposa. - Kusagi disse e riu, mais num sorriso e selou seus lábios a segurar seu rosto e afagar sua nuca. - Faça algo gostoso pra eu comer quando voltar, uh?
O menor sorriu a ele e retribuiu o beijo, de forma carinhosa, tanto que até sorriu meio bobo após e assentiu.
Após o banho, Nowaki se levantou e substituiu o roupão por calça cinza escuro e uma blusa fina preta que dobrou as mangas compridas até os antebraços e seguiu até a cozinha junto a ele, onde na geladeira pegou a bandeja com bolinhos de carne bovina, ainda frescos e levou-os para o preparo à vapor. Enquanto isso, deu início a preparo de um café. Tadashi seguiu junto dele para a cozinha e sentou-se num dos banquinhos altos, observando-o enquanto fazia o preparo do jantar.
- Ne, você pensa em ter filhos?- Ah, falando em filhos. Precisa de medicação. Vou pedir que entreguem.
- Iie, cuido disso depois.
- Não, vou pedir que tragam. Mas bem, não sei realmente. Talvez algum dia.
O menor desviou o olhar e assentiu, não beberia nada realmente.
- E você? - Nowaki indagou, descontraído na verdade e preparou o café para si. - Não gosta de café, hum?
- Quero... - Sorriu. - Quem sabe não tenho um logo? - Murmurou mais para si e negativou. - Prefiro chá.
- Pretende ser a mãe ou o pai?
O maior indagou embora na verdade brincando, mesmo que parecesse sério ao fazê-lo. E pegou na geladeira um suco, entregando a ele junto a um copo.
- Aloe vera.
Tadashi desviou o olhar a ele, quase engasgando e sorriu.
- Depende, se for seu obviamente mãe. - Aceitou o suco e sorriu a ele. - Meu favorito.
Nowaki o fitou arqueando suavemente a sobrancelha enquanto o servia, preenchendo seu copo com o suco.
- O que? Pirralho demais pra ter um filho seu?
O moreno sorriu e concordou, preferindo não contrariá-lo, não estava paciente, preferia manter o ânimo como estava. Tadashi riu baixinho e abaixou a cabeça, observando o suco em silêncio.
No fim do preparo, com alguns goles da xícara de café tão quente, Nowaki tirou os pães do vapor e serviu-os no prato, colocando sobre o balcão e com ele se sentou após adicionar o shoyu num pequeno recipiente próprio para ele. O menor observou os pães e sorriu, pegando um deles a molhar no shoyu e guiar à boca enquanto o outro serviu-se como ele, cortando o pequeno pão com a mão antes de levar os pedaços a boca.
Tadashi observou o corte no pulso, mesmo com o curativo branco, sujo de vermelho e suspirou, sabia que podia sorrir a ele, mas por dentro se sentia morto, não iria se machucar de novo, correria o risco de parecer só um idiota querendo atenção, por isso jogaria a maldita garrafa fora, ou a chave do quarto e voltou a si ao ouvir o barulho da xícara contra a mesa.
- Está jantando comigo ou consigo mesmo?
- Desculpe. - Sorriu e comeu o restante do primeiro bolinho.
Nowaki sorriu do mesmo modo e pegou outro dos pães, dando a ele.
- Coma bem.
- Obrigado.
Tadashi falou e pegou o pão indicado por ele, guiando-o ao shoyu e aos lábios novamente. O maior comeu vagarosamente, junto a ele. Observando-o.
- O efeito da injeção já passou, ah?
- Iie. - Riu. - Talvez precise de mais algumas doses.
O menor sorriu meio fraco a observá-lo e talvez pela primeira vez falasse verdadeiramente com ele, sem artifícios de drogas, bebida, qualquer outra coisa, era a primeira vez que podia abrir-se com ele, de certo modo, embora soubesse que ele não entenderia, ou ignoraria tudo que dissesse por considerar a si uma criança, mas acreditava que uma criança não poderia sofrer tanto por um amor não correspondido.
- Eu gosto de você... De verdade mesmo, não estou inventando ou fazendo pra chamar atenção. Mas eu gostaria de ter mais do que algumas horas de sexo com você, ou um jantar escondido, passar pela sua noiva e fingir que não sou nada, nem seu conhecido e ter que aguentar hipocrisia... Eu sei que sou só um garoto, mas quero você na minha cama, quero nunca mais me sentir triste, quero te acordar com um café todos os dias, e sei que seria tão boa esposa quanto ela.
Após mais uma mordida do pão, Nowaki deixou repousado sobre o próprio prato ao ouvi-lo dizer. Lambeu os lábios, os limpando e bebeu um pouco do suco em seu copo. Entendia o que dizia, e na verdade chamá-lo de criança era só um pretexto, sabia que ele tinha idade suficiente para gostar de alguém, para ter suas escolhas, para fazer sexo e mesmo para ter uma vida difícil. Mas também estava numa posição complicada. Estava num relacionamento duradouro, e o conhecia a pouco tempo, se relacionar com ele então, menos ainda do que o tempo de convivência. Ele era jovem, ainda que não fosse motivo para algum impasse, mas ainda era. E tinha certamente alguns problemas que precisaria cuidar, justamente para ter alguma base sólida. Não seria inconsequente para decidir simplesmente largar o que tinha até então, para simplesmente ficar com um paciente. Mas... Como já sabia, estava com um problema, havia adquirido algum sentimento pelo garoto, do contrário, não se deitaria com um homem, na verdade, a ideia era até um pouco desagradável. Fitava-o por fim, impassível na verdade, não estranhava mais suas declarações, havia se habituado àquilo.
- Certo. Eu sei que não está inventando, embora você goste de ter atenção do mesmo modo. Eu também gosto de você, Tadashi. Mas não posso simplesmente largar tudo. Você é novo, como sabe, e é inconsequente, por isso pode parecer fácil. Mas você sabe que você é complicado. Mas vamos dar um pouco mais de tempo, certo? E dependendo do andamento das coisas, pode dar tudo certo.
Disse, e não mentia. Dizia sinceramente sobre aquilo, não anulou as possibilidades, era um adulto, independente. Mas não agia às pressas.
- Vamos fingir por enquanto que somos como ficantes de colégio.
Sorriu, meio de canto com a comparação.
- Ficantes de colégio Nowaki, mas você se deita comigo no almoço e com outra pessoa no jantar, ao menos me prometa que nesse tempo não vai ficar com ela.
- Você não acha que as coisas vão ficar ruins se começar a exigir algumas mudanças drásticas? - Indagou e apoiou o rosto sobre a palma da mão, sorriu a ele, achando seu pedido um pouco ousado demais.
- Bem, eu sinto ciúme.
- Só que ela ainda é minha noiva, Tadashi. O que estou dizendo é, não estou falando que tudo vai se resolver amanhã, estou falando que preciso saber como as coisas fluem.
- Você não quer sair da sua zona de conforto. - Sorriu e assentiu. - Posso subir? Já comi.
- Pode.
Disse o maior, talvez no início de um mau humor. Era sincero em dizer que pensaria na hipótese e que daria chance de tudo dar certo com ele, achou que isso já seria algo a deixá-lo feliz, mas pelo jeito havia se tornado insuficiente. Sua imposição havia deixado um leve toque irritadiço em si, embora fosse geralmente paciente, o era até receber alguma ordem. Podia retrucá-lo e dizer que não era um conforto, mas não disse, não tinha paciência para isso.
- Não se irrite comigo, entenderia se sentisse algo por outra pessoa e ela estivesse noiva. Sei que sou um intruso na sua vida, me odeio por isso também, mas sem você eu volto pras ruas, não sou nada, não consigo passar o dia. - Levantou-se e suspirou a observá-lo, cansado de tentar explicar. - Se importa se eu fumar no seu quarto?
- Só que você ficou comigo tendo uma noiva ou não. - Retrucou. - Varanda.
O menor o observou por um pequeno tempo e abriu um pequeno sorriso, levantando-se e assentiu, não sabia mais quem era mais egoísta e optou por não discutir, como disse, era intruso ali. Subiu as escadas e saiu para a varanda mesmo somente de roupa intima e camisa, acendendo o cigarro e tragou-o enquanto observava a vista bonita do local junto da brisa gostosa, e tentou com todas as forças que tinha, não chorar.
Reika se encostou à parede ao lado do assento enquanto tilintava a lapiseira na folha do caderno aberto, batendo suavemente, de modo que certamente acabava tendo a atenção de algum colega de classe, irritado com a batida ritmada. Deu um meio sorriso de canto, aceitando o desafio do olhar torto, e continuou. Ao se encostar por lá, observou o campus da nova escola do qual até havia se habituado rapidamente, não era muito difícil se acostumar; podia ver a quadra de basquete onde o time da escola jogava, alguns alunos passeando com horas de aulas vagas, e bem, parecia até mais interessante do que a aula de geometria. Observou o rapazinho de mãos nos bolsos que passeava pelo patio parecendo perdido sem ter o que fazer, já o havia visto algumas vezes por lá, sempre do mesmo jeito, e o que mais gostava de ver, era o fato de que seus cabelos se pareciam muito com o de Takatsuki, desse modo, podia imaginar o amigo estudando consigo no novo colégio, imaginava até ele observando os garotos jogando basquete e fazendo algum cometário sobre o corpo de um deles; ao pensar sobre isso riu, e esperava não ter atenção do próprio professor, que fitava por cima do óculos de armação fina e prateada, num semblante dócil de alguém com meia idade, mas que no fundo não era tão adoçadinho assim. Suspirou quando se recordou da última vez que falara com ele, bem, acabara até perdendo a virgindade do sexo com um rapaz, ao pensar nisso teve de abaixar a cabeça e esconder o rosto por trás da franja longa e que agora tinha um tom louro não muito claro, acinzentado, para assim esconder qualquer possível tom rosado e incomum sobre as bochechas. Ele era um maldito, definitivamente e nunca entenderia o motivo daquela merda, mas não brigaria com ele no último dia, e foi por isso que não causou com ele uma discussão, esperando que terminassem aquele pouco tempo juntos de um modo agradável. Embora não houvesse sido assim tão harmonioso, havia sido trocada pela parede, onde ele preferia olhar ao invés de encarar a si, ainda que tivesse sorriso ou conversado, sabia que era um maldito birrento, mas fazia parte de quem ele era. Pegava-se sorrindo ao pensar sobre sua personalidade bastante mimada as vezes. Pegava-se com saudade, até mesmo de sua mania desagradável de acordar a si durante a noite, com vontade de comer miojo, ou melhor, usando a fome como pretexto para que pudesse ganhar um beijo, maldição... Era até mais fofo que a própria Mei. Pegava-se com saudade de seu jeito másculo no corredor, e que ninguém podia imaginar o quão sensível podia ser dentro do quarto, pegava-se imaginando como gostava de ser a única a conhecer aquela parte dele, e imaginava também, o quanto não queria que outras pessoas a conhecessem. Pegava-se imaginando quem tomaria conta dele quando estivesse com fome a noite, ou quando brigasse com alguém. Bom, ele era um homem que sabia se defender fora do quarto, mas era um garoto que gostava de ser consolado dentro dele. Sentia falta definitivamente, e sentia-se também aborrecida pelo fato de perder o desafio, porque ao pensar tanto e olhar tanto o garoto fora da sala, até parou de bater a lapiseira, o que desejava ter continuado a irritar o amigo nem tão amigo assim, em frente a própria carteira.
- Sensei, eu preciso desligar. - Miyako falou a ele pelo telefone, dando término à conversa enquanto se levantava conforme o tilintar da campainha, denunciando a visita. - Eu tento fazer o jantar dessa vez, hum? Voltará no horário. Beijo, bom serviço.
E finalizou a ligação a atender a agente, a qual trataria os detalhes curtos de uma pequena entrevista pessoal na revista do próximo mês.
- Hai, ta bem... - Sayuki murmurou e sorriu. - Eu te... - Ouviu o barulho do telefone, notando que a outra havia desligado e uniu as sobrancelhas. - Amo.
Observou o telefone e o fechou, guardando-o no bolso.
- Eh, Sayuki... Que cara feia é essa?
- Ah, não é nada... Eu... Acho que estou trabalhando demais.
- Então vá pra casa, hum?
- Mas meu turno não acabou...
- Sayuki, nenhuma alma viva entrou aqui hoje.
- Tem certeza que eu posso ir?
- Sim, caso dê algum problema eu resolvo.
- Ah, obrigada.
O loiro sorriu a ele e fez uma pequena reverência, pegando as próprias coisas e seguiu à saída do local. Seguiu ao banheiro em seguida e trocou as próprias roupas pelas típicas roupas coladas no corpo, sabia que a outra gostava e só então deixou o colégio, pegando um táxi em frente ao mesmo e indicou o caminho de casa, encostando-se no banco e suspirou.
Após o chá feito, o qual Miya serviu a moça de longos cabelos negros sentada no sofá da sala. Acomodou-se deixando passar as perguntas que alguns detalhes escritos e outros gravados. Pequenas perguntas da vida pessoal, como preferência de roupas, produtos de cabelo, perfume ou maquiagem, ou mesmo alguma indicação de propaganda. Sobre o relacionamento não havia perguntado ou mesmo sobre interesses de fãs à fora. Alguns detalhes a mais fora sobre a revista, o que poderia esperar da coleção da marca e delongas a mais. Após o término de seu serviço, conversou com a já conhecida agente, algo qualquer e que certamente não seria colocado na entrevista. No fim de uma segunda xícara de chá levantou-se junto a ela e seguiu para a porta, dando fim a entrevista curta. E num beijo ligeiro sob seu rosto como despedida, logo voltou-se novamente para dentro.
O maior parou em frente à própria casa e sorriu ao motorista, retirando da bolsa o dinheiro que entregou a ele. Virou-se em direção a saída e antes que pudesse abrir a porta observou a outra na porta com a garota de cabelos compridos e bem vestida, era muito bonita de fato, e não tinha nada a ver consigo. Saiu do carro e pegou a própria bolsa, carregando as roupas e uma pequena sacolinha com doces que havia comprado para ela. Porém uniu as sobrancelhas e seguiu em direção à porta, abrindo-a com a própria chave e entrou, vendo ainda sobre a mesa as xícaras de chá.
A morena elevou a direção do par de olhos acinzentados ao rapaz. Sorriu a ele, ou ela, com surpresa diante da sua chegada inesperada. Tinha no balcão algumas sacolas de papel, onde guardados os ingredientes que usaria a fim de que, pela primeira vez, fizesse o jantar. Ainda assim, deixou-os ali e caminhou a ela, numa corrida não muito ligeira e beijou-o em sua testa coberta pelos cabelos louros.
- O que faz aqui tão cedo, gatinha?
- O diretor me liberou mais cedo... O que estava fazendo?
Sayuki murmurou a observar o local e ligeiramente as sacolas sobre o móvel.
- Hum, que bom. - Miya levou as mãos a acaricia-lo brevemente na cintura. - Estava escolhendo as coisas para o jantar.
O loiro arqueou uma das sobrancelhas.
- Ah estava?
- Ah... Sim? - Afirmou confusa, observando-lhe a feição do rosto.
Sayuki estreitou os olhos e retirou da bolsa a sacola com os doces de menta e os palitinhos de biscoito cobertos com morango, entregando-os a ela.
- Comprei pra você.
A menor aceitou o pacotinho com suas pequenas compras doces e observou-as, notando o que havia trazido. Deu-lhe uma piscadela e sacudiu a caixinha de pockys, sugestivamente lhe mandou beijinho pela ar e caminhou até a sala, deixando a sacola com os doces que aproveitaria mais tarde e da mesa de centro tirou as xícaras de chá, levando-as até a pia.
- Está com fome?
- Uhum.
O maior assentiu e sentou-se no sofá, observando-a retirar as xícaras e cruzou os braços.
-Por que não toma um banho enquanto eu faço, hum?
Miya sugeriu e levou a água ao fogo, enquanto posterior ao gesto, retirou as compras e separou o necessário. Alguns vegetais e temperos leves.
- Certo.
O loiro assentiu e levantou-se, seguindo devagar em direção ao quarto. Adentrou o local e fechou a porta, suspirando a permanecer parado ali por alguns segundos. Retirou as próprias roupas, e notou que ela se quer havia comentado algo sobre as mesmas como faria habitualmente. Seguiu até o banheiro e logo ligou o chuveiro, tomando um banho rápido.
Miya assistiu-o a se levantar e franziu suavemente o cenho como nem mesmo percebeu. Enquanto via sua figura dorsal partir de vistas, estranhou-o. Seria pela ligação da tarde? Indagou-se em silêncio enquanto ponderava e preenchia a panela d'água com os fios grossos do fettuccine. E ao tê-lo feito, voltou-se a cortar em filetes os temperos verdes o qual sabia não ser de desagrado alheio, visto que o lourinho era exigente com suas refeições. E noutra panela, levou os ingredientes, faria molho parisiense como sabida da afeição do rapaz pelo lugar. Talvez tivesse usado um elástico nos cabelos, evitando-os na comida, se não fosse pela franja que corria com teimosia em frente ao rosto. E enquanto banhava-se o companheiro, imaginava pedir-lhe desculpas pela ligação ou pela forma como havia desligado.
Sayuki desligou o chuveiro e soltou os cabelos presos pela presilha no alto, logo após secar o corpo com a toalha própria já no banheiro. Voltou ao quarto e vestiu-se com a roupa intima preta, havia substituído quase todas as próprias roupas para aquela cor, afinal sabia que a outra gostava dela. Suspirou e observou a gaveta, pensando em uma roupa para vestir e por fim ergueu-se, desistindo da gaveta. Saiu do quarto e seguiu ate a sala, observando-a na cozinha e fez questão de fazer um barulho qualquer para que ela prestasse a atenção em si, mesmo por alguns segundos, seguindo até a lavanderia onde pegou o short não muito curto e soltinho que vestiu e a regata branca, voltando até a sala após se vestir.
O fio do macarrão pairou entre os lábios da menor, que até a pouco o sugavam para a boca. Pendeu entre eles enquanto assistia a passeata do companheiro até a lavanderia, em uso de suas habituais rendas pretas, destacantes em sua cútis clarinha e com demasiada falta de imperfeições, principalmente em suas belas nádegas nada masculina e suspirou, enquanto ingeria a massa já cozida. Sobre o molho paris na panela, despejou o fettuccine, e igualmente os temperos já preparados, o queijo, e os vegetais. As azeitonas separou em fatias finas, não gostava delas, mas o outro sim.
- Sensei, me desculpe pela ligação hoje mais tarde.
A morena dizia e voltou-se novamente a observá-lo, por um breve momento arqueou ambas as sobrancelhas com passagem rápida, surpresa pela escolha de roupas. Sayuki sentou-se no sofá da sala logo após voltar ao local e ligou a tv, assentindo ao ouvi-la.
- Tudo bem.
- O que há com essas roupas? É difícil usar roupas assim. - Ela o provocou junto a um riso e voltou-se ao jantar quase pronto. - O que quer beber?
- Só queria ficar confortável. Por quê? Não gostou? - Murmurou e voltou-se novamente à tv. - Suco de abacaxi com hortelã.
- Iie. Te faz parece um menininho, mas fica uma gracinha. - Ela ditou e seguiu à geladeira, buscando as folhinhas de hortelã. - Achei que fosse preferir vinho.
Os pedaços de abacaxi preparados em cubos, pouco encoberto por raspas de de gelo e levou ao processador, preparando a bebida mencionada. E com atenção no jantar, desligou-o, servindo-o na travessa. O suco levou à jarra e embora já gelado o suficiente, acresceu gelo. No término guardou os retirados da geladeira de volta a ela. Algumas louças na pia, poucas, mas que deixaria a limpeza para mais tarde.
- Aonde quer jantar? Ainda quer ver tv?
- Não, podemos comer na mesa se quiser. - Levantou-se. - Eu arrumo. - Seguiu em direção à cozinha, pegando a toalha de mesa que levou até a mesa de centro da sala. - Da pra ver a tv daqui.
Miya assentiu a ele e deixou-o adornar a mesa. Pegou a travessa de jantar, deixando-a sobre ela. Posteriormente as taças de vinho tinto, embora escolhida outra bebida que igualmente deixou ali. E postos os pratos que ele mesmo deixou, seguidamente os talheres. E após ajeitar as coisas na cozinha, voltou novamente ao cômodo junto dele e sentou-se à mesa.
O loiro se sentou ao lado da outra ali após tê-la ajudado a arrumar a mesa e serviu-se com a comida, assim como o suco em seguida, bebendo um pequeno gole do mesmo antes de experimentar o jantar. Miya se serviu posteriormente ao outro, da bebida e experimentou-a, achando suficiente a quantidade pouca de açúcar que adicionou e logo, do jantar do qual não experimentou e esperaria-o fazê-lo primeiro.
- Está muito bom. - Falou baixinho a observar o prato e levou pouco mais aos lábios.
Miya sorriu a ele.
- Hum, que bom. Primeira vez que faço algo pra você comer, não?
O maior assentiu e desviou o olhar a ela, mesmo ainda sério.
- Obrigado.
- O que houve? Aconteceu algo no serviço? - Indagou após dar início ao jantar.
- Não. Mas aconteceu aqui.
A menor o observou e descansou o talher em beira ao prato.
- O que?
- Quer explicar as xícaras de chá?
- O que há com as xícaras?
- O que há com as xícaras? - Riu e negativou levantando-se.
- Eh?
Ela indagou num murmuro breve e segurou-o no pulso ao que se levantou, porém ele puxou o braço.
- Me solta!
Miya ergueu a direção visual a ele, conforme ainda sentada e franziu suavemente o cenho. Levantou-se posteriormente, observando-o defronte.
- O que foi?
- Eu vi aquela vadia saindo daqui! - Puxou o braço novamente, soltando-o. - Eu posso não ser tão bonito, nem ter o cabelo tão comprido, nem ser mulher, mas eu não sou idiota!
- Ah?
Ela indagou ainda que fosse desentendida. E ponderou diante das reclamações e comparações desnecessárias. Embora fosse contrária, e fosse realmente idiota. Negativou com a cabeça, num maneio e tornou segurá-lo no pulso.
- O que faz concluir que eu estava fazendo alguma coisa com ela?
- Vi você beijando ela, e até agora tentou esconder que ela esteve aqui! Me diga... Quantas vezes ela veio aqui desde que peguei o turno da noite?
- Eu não a beijei. Está vendo coisas! - Exclamou sem que o tom fosse alto. - E não tentei esconder nada.
- Não?! Perguntei o que estava fazendo e falou dos temperos. Falei da xícara e desconversou!
- Mas eu estava escolhendo o que fazer pro jantar! E eu perguntei o que tinha a ver com as xícaras, você não me perguntou porque tinham duas sobre a mesa de centro. E eu não beijei ninguém.
- Beijou sim! - Sayuki falou alto e sentiu as lágrimas presas aos olhos.
- Não beijei!
Miya exclamou e dessa vez soou mais alto, porém sem gritos. Puxou-o em seu braço o qual segurado ainda no pulso novamente, e o abraçou contra o peito diante das lágrimas que assistiu limitadas em suas marcas d'água. E com a outra mão que levou em seu queixo, erguera-o a fim de beijar seus lábios.
Sayuki fechou os olhos ao senti-la puxar a si e a única lágrima escorreu pela face. Uma das mãos levou sobre o ombro dela, pronto para empurrá-la, porém apenas repousou sobre o local, assim como relaxou as mãos ao sentir o beijo e as carícias dos lábios dela.
A outra pressionou os seus lábios com os próprios, sentindo o toque macio do par. Entre beijos superficiais a partilhar de mordidinhas sem uso dos dentes, o lambeu e apertou contra si no abraço. O maior uniu as sobrancelhas ao senti-la apertar o corpo contra o dela e gemeu sutilmente, porém afastou-se dela, cessando o beijo apenas para puxá-la pelo braço, seguindo em direção ao quarto.
AvisoEssa história foi descontinuada, ou seja, não temos previsão de novos capítulos, mas esse fato não prejudica nem deixa a história com mistérios não resolvidos, prometemos que ainda será uma boa leitura.
Sanosuke sentiu a face se corar e ponderou por um pequeno tempo, não era... Passivo o suficiente para fazer aquilo, mas queria sentir a boca dele. Suspirou, negativando consigo mesmo e logo retirou o casaco que usava, seguido pela camiseta. O menor o fitou a medida em que interrompeu o que fazia e assim dera atenção a si mesmo, despindo-se vagarosamente enquanto detinha nas bochechas o tom rubro, tímido.
- Quer uma música pra acompanhar?
- Olha, se não parar eu vou desistir hein?
O maior falou e sabia que estava brincando, por isso mesmo riu baixinho, deixando as roupas ao lado, e logo, a calça e por último e o mais difícil, a roupa íntima. Akihiko o viu sorrir num tênue riso, embora soubesse que no fundo não parecia realmente descontraído, tinha vergonha e falava sério, embora em tom de brincadeira, se mais o provocasse, realmente pararia. Calou-se portanto, mas continuou a encarar seu corpo tão adulto e tão bonito. Sanosuke sorriu para ele, meio desajeitado, de fato nunca havia feito aquilo e ajeitou-se sobre ele, observando-o.
- C-como... Como eu faço isso...?
- É só ficar de quatro.
Disse o moreno e sorriu a ele, embora quisesse mesmo deixa-lo confortável com a situação, não sabia bem como fazer ele se sentir assim, e no fundo, queria mesmo dizer o quanto ele era excitante.
- Traz e... - Fez menção de dizer, mas tentou ser mais delicado. - Aproxime o quadril do meu rosto.
O loiro assentiu, e se sentia meio ridículo, desconsertado ao fazê-lo, porém tomou a posição indicada por ele e empurrou o quadril para trás, aproximando-o de seu rosto.
- ... P-Pronto.
Akihiko surpreendeu-se na verdade, não imaginava poder tê-lo daquela forma tão cedo, era uma posição bastante exposta e imaginava que em seu recato, parecia ainda pior. Deslizou as mãos no dorso de suas coxas e subiu vagarosamente até as nádegas quais apalpou. Podia notar seu sexo parcialmente acordado e tomou-o entre uma das mãos, o acariciando inicialmente. O maior sentiu o toque nas nádegas e quase se encolheu, era realmente desconfortável, achou que não se sentiria tanto assim e negativou, incômodo, porém relaxou ao sentir a mão dele sobre o sexo e deu o mesmo a ele, voltando a acomodá-lo na boca.
O menor sentiu sua boca cálida tornar a envolver o sexo, já ereto. E aos poucos conseguia o mesmo do seu, embora em meio aos dedos, com um suave ritmo de vaivém. Podia vê-lo tomar forma, enquanto sua pele arrepiada nas coxas onde o mordiscou e sorriu, notando um tênue sobressalto, desprevenido talvez. Sanosuke suspirou ao senti-lo colocar a si na boca, era estranho fazer aquilo enquanto recebia o mesmo toque e de fato, havia mesmo se assustado com o toque sobre a coxa, já que dera um pequeno pulo e riu baixinho em seguida, percebendo o quanto parecia um gato escaldado.
- Quer por na minha boca, Sano? - Indagou o moreno, soando baixo, um pouco provocativo. E apalpou sua nádega conforme se movia.
- V-Você não vai engasgar estando por baixo...? - Murmurou e estremeceu.
- Depende, só se você por muito fundo. - Disse, indiscreto, propositalmente.
Sanosuke desviou o olhar a ele e estreitou os olhos.
- Você é um depravado.
- Não sou depravado, só estou dizendo pra não enfiar muito fundo.
O maior sorriu para si mesmo e segurou-se entre os dedos, cuidadoso e roçou-se nos lábios dele.
- ... A-Abra.
-Akiriko sorriu a medida em que sentia o toque úmido de sua ereção contra os lábios, aos poucos descerrou sem nem precisar pedir suas vezes, mas fora pouco, suficiente para prender sua ponta entre os lábios, sem deixá-lo penetrar a cavidade oral. Chupou, sugando-o de leve, com uma tênue roçada dos dentes.
- Ah...
O maior gemeu, quase inconsciente ao senti-lo colocar a si na boca e agarrou-se com força ao lençol, estremecendo. Mesmo assim, não desviou o olhar ou perdeu o foco, voltou a atenção ao sexo dele que tinha entre os dedos e novamente o afundou nos lábios, até onde aguentava sem engasgar e não era muito fundo, não era muito experiente, na verdade, nem acreditava que fazia aquilo naquela posição.
O moreno sentia-se imergir em sua boca quente, quase podia jurar que o sentia tremer a cada movimento, como se tivesse receio de cometer algum erro ou fosse simplesmente vergonha. Achava-o adorável cada vez mais. Ainda assim não se deixou levar o suficiente para esquecer que o tinha nos lábios. Delicadamente levou a língua em sua ponta e delineou a glande onde podia sentir o gosto de seu sêmen, ou pelo menos gotejos transparente prévio ao clímax de sua excitação. Com a mesma suavidade, não que fosse assim tão romântico, mas queria fazê-lo sentir com uma vagarosidade atrativa e mesmo um pouco agonizante, a forma como o adentrou na boca e o fez sentir a mesma calidez que sentia em si mesmo, úmido pela saliva que o envolveu e lubrificou.
O loiro encolheu-se suavemente ao senti-lo colocar a si em seus lábios, quentes, macios, e tão atrativos, gostava muito quando ele fazia aquilo, de alguma forma, parecia saber exatamente o que fazia, mas não gostaria de pensar que ele já havia feito aquilo com outra pessoa, e aquela pontada incômoda de ciúme levava a si a pensar se não estava de fato se apaixonando por ele, se via sempre tão perdido em pensamentos pelo garoto, ele era tudo o que pensava quando não estava trabalhando, e quando estava trabalhando também. Algumas vezes se pegava cantando canções sozinho, pensando em fazer um curso de flores para bolos, estava ficando louco. Negativou consigo, afastando os pensamentos e concentrou-se só no que importava: estar com ele. A língua deslizou por seu comprimento, sentindo cada parte de seu corpo naquela estranha nova atividade e o sugou em sua ponta, com vontade, ouvindo o estalo dos lábios ao soltá-lo.
- Hum...
Akihiko murmurou em agrado, fosse pela sensação ou por ouvir o ruído que fez com a boca ao soltar a si da pressão que impunha anteriormente com seus lábios. Era facilmente estimulado pelos ruídos durante o sexo, fosse da pele contra a pele, o estalo de sua boca ou a umidade entre suas pernas ao penetrá-lo senão seus gemidos roucos em sua voz grave, embora houvesse um traço de delicadeza. E com ele, seguiu a dar ritmo com seu membro ocupando a própria boca, envolvia-o, deslizando a língua por seu tamanho ao mover em vaivém.
Sanosuke encolheu-se novamente, era uma sensação estranha, mas extremamente prazerosa e até sentiu vontade de empurrar o quadril contra os lábios dele, empurrando-se até onde podia sem fazê-lo engasgar e controlava isso devido a sua mão sobre a própria coxa, sabia quando parar. Quanto a ele, o havia sugado novamente, com a mesma vontade, e era bom, porém tinha um sabor forte, que não desgostava ao todo.
De olhos fechados o moreno continuava a fazê-lo e podia fitar uma parte de seu corpo um pouco mais íntima, onde já havia visitado algumas vezes, e pretendia fazê-lo do mesmo modo naquele dia, mesmo que estivesse um pouco impossibilitado, tentaria. Fechou os olhos no entanto ao senti-lo se mover, dando início ao vaivém controlado, e até se perguntou há quanto tempo ele não fazia aquilo. Não sexo oral, mas sim penetrar alguém, algo que não fosse um espaço moldado na mão, sozinho. E embora soubesse que devia sentir ciúme, sentia curiosidade, imaginava que ele certamente deveria dar uma ótima vista em seu desempenho como dominante de alguém, mas claro, não consigo.
O loiro suspirou, retirando-o da boca devagar e novamente deslizou a língua por ele e o imaginava fazendo o mesmo consigo, imaginava os movimentos da língua dele, insinuante e estremecia ao pensar, queria gozar, e nem haviam começado, se sentia um velho perto dele de fato.
- E-Eu... - Murmurou, e agarrou o lençol da cama.
- Eu vou gozar, Sano...
Disse o menor, seguindo quase a continuidade de sua frase, embora não fosse a intenção. Soava um pouco abafado, ainda com ele na boca, e o lambeu ao mesmo modo, pressionando-o entre os lábios, sugando mais vigorosamente. Com uma das mãos ainda o envolvia, segurando seu membro inchado, talvez já próximo ao clímax ainda que pouco o houvesse tocado. Mas estava excitado o suficiente junto dele, sentindo sua boca, olhando seu corpo, lembrando-se da sensação de penetra-lo, gemeu de satisfação ao pensar. E se moveu um pouco, grunhiu dolorido porém junto ao prazer e por fim, ejaculou, sentindo a sensação leve no baixo ventre, e um alívio ao se livrar do clímax que atingiu sua pele.
Sanosuke o ouviu e sentiu um arrepio percorrer o corpo, incomodado com o que viria, mas o queria, por inteiro, iria sentir seu gosto pela primeira vez como ele havia feito consigo. Manteve os movimentos do quarto, assim como manteve-se a sugá-lo, e era gostoso, imaginar que fazia aquilo com ele, apesar da posição pouco vergonhosa, gostava dele, e encarava como se estivesse apenas agradando a quem gostava, embora nunca dissesse isso a ele. Assentiu, indicando a ele que não havia problema e por fim, sentiu o gosto pouco fora do normal nos lábios, ele havia gozado, e claro, não se conteve, sentia-se pulsar em sua boca e também, havia gozado, sabendo que havia avisado a ele. Gemeu, prazeroso, embora ainda o tivesse nos lábios e lhe deu uma pequena mordida ao retirá-lo da boca, lambendo-o a limpá-lo, retirando seus restos de sêmen que nem queria pensar que havia engolido por inteiro.
O menor fechou novamente os olhos enquanto sentia-se fluir para dentro de sua boca. Junto a isso, o gosto de seu prazer que já bem conhecia e chupou-o ainda mais forte, sorvendo seu prazer a medida que expelia. De olhos fechados pôde apreciar ainda mais o tom de sua voz rouca, em junção ao prazer que com ele sentia, unindo ambas as sensações e sentia ainda mais vontade de penetrá-lo, mesmo que houvesse acabado de gozar.
Sanosuke suspirou, agora mais aliviado, já que não tinha mais aquela sensação crescente no baixo ventre, desesperada por de liberar. Lambeu-o uma última vez e se retirou de cima dele, levantando-se. Estranhamente, também sentia vontade de levar adianta, e fazer aquilo com ele, mas sabia que não podia, afinal, ele estava machucado. Pegou a roupa intima ao lado, vestindo-a e logo seguiu ao outro lado da cama, molhando os pequenos panos novamente a trocá-los.
O moreno deslizou a mão em sua pele, o acariciando conforme fora deixado e arqueou a sobrancelha no entanto ao vê-lo se vestir.
- Hey, não... Vamos fazer amor, hum?
O maior desviou o olhar a ele e embora tenha sentido quase uma batida forte do coração no peito, talvez uma onda de ansiedade em ouvi-lo dizendo aquilo, negativou.
- Iie, você precisa descansar.
- Não estou cansado. Só você ficar por cima...
- Iie, você está machucado, precisa descansar, engraçadinho.
- É só não sentar com força...
- O-Ora... - Falou a ele e novamente sentiu as bochechas enrubescerem.
- Você também quer, não quer?
- N-Não podemos, Aki.
- Você quer?
- Claro que eu quero, não seja tolo.
- Então vamos.
- Você... Precisa descansar. - Falou a ele e abaixou-se a beijá-lo na testa. - Amanhã faremos, eu prometo.
- Não vai nem mesmo ficar aqui comigo?
- Claro que vou, mas antes, vou pegar alguns lenços para... Limpar você... E fazer algo pra você comer.
- Só me dê os lenços, o jantar, depois.
- Não está com fome?
- De você.
Sanosuke sorriu meio de canto, embora envergonhado ainda e mordiscou o lábio inferior, observando-o ali deitado, e era lindo de fato, não conseguia mentir para si mesmo. Fora então que puxou a boxer novamente, abaixando-a num puxão.
- Tente não gritar muito alto, hum.
- Depende do que você for me proporcionar.
Disse o menor e sorriu ao mais velho, notando seu corpo revelado outra vez, vencido por fim.
- Estou pensando em te dar uma mordida no machucado pra aprender a não me provocar. O maior falou a ele e logo se colocou por cima, sem muita cerimônia, ele ainda estava ereto mesmo. Guiou-o em meio as nádegas, roçando-o no próprio íntimo e suspirou, iria doer, mas também seria prazeroso.
- Não estou provocando, estou pedindo atenção, Sano-san.
Disse o moreno, brincando com ele, sem deixar de seguir visualmente seu caminho até o colo, posicionando-se sem transparecer a típica timidez. O maior desviou o olhar a ele e embora quisesse, não fechou os olhos, ao contrário, fitou-o fixamente enquanto se sentava sobre ele e deixava-o adentrar o corpo.
Akihiko arqueou suavemente a sobrancelha, notando seu olhar direto, o qual retribuiu à altura.
- Está me afrontando, senpai?
Indagou e sorriu ao mais velho, sabia que não, mas estranhou sua direção visual tão indiscreta, mesmo que estivesse aparentemente dolorido a medida em que se sentava, sendo levado para dentro dele. Suspirou, e até sentiu o frio no estômago, tentando não pensar nos centímetros em que ele se punha tão próximo à queimadura na pele.
- O que acha?
O mais velho murmurou e sorriu a ele, desconfortável evidentemente e gemeu, baixo, porém dolorido, apoiando-se na cama e fechou os olhos por um instante ao senti-lo inteiramente em si, era gostoso, estar sobre ele, fazer aquilo com ele, mas doía tanto.
- ... K-Kimochi?
O loiro se lamentou por não lhe ceder um local para se sentar, do contrário, teria a pele colada à sua de um modo nada muito agradável, tão contrário a que sentia com seu corpo quente, e embora apertado, tinha um acesso um pouco mais fácil, talvez estivesse excitado o bastante para aquilo? Bom, não entendia, e era um homem e não uma mulher, mas quem sabe, pensava.
- Kimochi...
Sanosuke sorriu a ele e passou a se mover, devagar, sentindo-o e tinha cuidado para não tocá-lo em sua ferida, mas era difícil se mover e esbarrou por alguns segundos no local, desviando o olhar a ele. Uniu as sobrancelhas, não queria vê-lo com dor, então fora rápido em erguer o corpo e sentar-se firmemente em seu colo, contraindo-se ao redor dele.
- Hum...
Akihiko grunhiu, soando quase manhoso, propositalmente. Talvez fosse um charme, mas claro, não diria isso a ele. E bem, continuava a sentir dor, na verdade, uma ardência. Levou as mãos em seus quadris, sentia pena por não poder lhe dar algum conforto, no máximo, apoiou as mãos abaixo de suas nádegas e passou a ajudar seu movimento.
O maior uniu as sobrancelhas e negativou ao sentir suas mãos, deslizando ambas as próprias por seus braços, acariciando-o ali e segurou-as, entrelaçando os dedos aos dele.
- Iie... Tudo bem, não precisa.
- Eu sei que não preciso. - Retrucou. - Não estou aleijado, Sanosuke.
Disse o menor e sorriu ao mais velho, por um minuto se deu conta de que estava com ele, ao dizer seu nome, ao encará-lo sobre o corpo e... Uau, não se imaginava assim quando o "notou" na primeira vez. Sorriu outra vez ao pensar naquilo e no desvencilho das mãos seguradas, voltou a movê-lo.
O maior sorriu a ele novamente, o olhar cruzou com o seu, e pensou alguns segundos sobre o que fazia com o garoto, se aquilo não seria abuso por ser mais velho, mas sabia que ele queria a si do mesmo modo, como poderia ser? Ele era lindo, nunca havia se imaginado com um garoto antes, ainda mais um tão bonito quanto ele e aquilo só dava mais motivação para continuar se movendo, cima e baixo, sentindo-o quase se retirar por inteiro do corpo e voltar a se colocar.
- Ah...
- Kimochi, Sano?
Akihiko indagou ao ouvi-lo ruir e ainda continuar a se mover, mesmo no tênue fraquejar de seu corpo, o que tirava de si um sorriso em satisfação. E continuou a movê-lo, sentindo a dificuldade com que passava por ele, tornando aquilo ainda mais gostoso.
Sanosuke assentiu, inclinando o pescoço para trás e apreciava a sensação gostosa pelo corpo, e o sentiu ali, naquele ponto específico, estremeceu, era bom, na verdade, era uma delicia, e realmente, descobria que gostava de ser o passivo dele, e aquela frase causou um leve rubor na face.
- O que está pensando?
O menor indagou ao notar o tom róseo sobre suas maças faciais e sorria ao percebe-lo. Moveu-se no entanto, sentiu-se ainda mais ardido, mas talvez o gemido fosse confundido com a dor ou mesmo o leve prazer. O loiro Ergueu-se e sentou-se novamente, do mesmo modo como minutos antes, firme, deixando-o sentir a si a fundo.
- Que... Eu gosto de ser seu passivo...
- Oh...
Disse o moreno, pego de surpresa, mas não desprevenido e sorriu, feliz com o quase elogio. E com as mãos em seus quadris o levou rapidamente para a cama, tomando-o entre suas pernas, mesmo dolorido, se preocuparia por sentir o desconforto intenso após o sexo.
Sanosuke se assustou com seu movimento e num piscar de olhos viu-se deitado na cama, com ele entre as pernas a novamente adentrar a si e imaginava a dor agoniante que sentia, preocupava-se com ele, tanto, que até chegou a estremecer, pensando em como poderia se sentir.
- ... Iie... Iie, Aki!
- Pss... Não quero pensar noutra coisa, dê atenção ao que tem entre suas pernas, Sano.
Disse o menor, não queria realmente voltar a atenção ao ferimento, já sentia o suficiente para ter de ficar falando e se lembrando ainda mais daquilo. Continuou a se mover, e claro que ardia, mas não diria. O loiro uniu as sobrancelhas, e quase sentia a dor dele. Deslizou uma das mãos pela face do outro, acariciando-o e logo foram seus cabelos, queria cuidar dele, estranhamente, queria que se sentisse bem, por isso, tinha um nó na garganta embora parecesse confortável.
- Vamos, preste atenção no que estamos fazendo, não sou como um bebê. Embora tenha um rostinho parecido.
Disse o maior, brincando com ele, sentindo suas carícias sutis. Moveu-se, reiniciando o ritmo de vaivém, do modo como pudesse ser vigoroso sem tornar demasiado desconfortável, com isso, acabara tornando o sexo brando, nada demasiado lento, era suficiente.
Sanosuke assentiu a observá-lo, atencioso ao rosto dele e uma das mãos, segurou a dele, talvez, por se sentir tão protetor tivesse a necessidade de cuidar dele de alguma coisa, mesmo que sutil. Entrelaçou os dedos aos do outro e apertou-o ali enquanto sentia seus movimentos, prazerosos a tocar exatamente o ponto onde gostava. Sentia-se excitado com a situação, saber que ele queria tanto a si que nem uma queimadura poderia evitar seus movimentos, e sabia o quanto aquilo doía, por isso mesmo, se excitava ainda mais com sua vontade.
- Hum... Parece tão excitado, Sano.
Akihiko disse notando seu membro ereto sobre o ventre, podia encarar os leves espasmos que dava em seu abdômen, pulsando em seu fluxo sanguíneo acelerado. O tomou nos dedos, sentindo sua pele sedosa, embora o músculo fosse tão contraditório à suavidade da cútis. Continuou a mover-se, no calor do momento, ignorando a dor na pele, o ardor da queimadura que já aquecia o tecido antes amenizando aquela sensação de calor que agora já não surtia efeito, no entanto, talvez estivesse absorto porque mais o sentia do que a pele afetada. E já previamente estimulado, aos poucos o ápice mais próximo a cada arremetida contra ele, não se demorou para tão logo atingir o auge, fluir a seu corpo e ruir em prazer, gemendo baixo, mas suficientemente audível. Consequentemente o apalpou um pouco mais forte, enquanto o adentrava e mantivera-se dentro dele, fundo, sentindo tudo o que podia de seu corpo, seu interior.
O maior deslizou a mão pelas costas dele, acariciando-o ali, claro, com a mão livre e apreciou cada uma das investidas que ele dava contra o corpo. Era gostoso, e cada vez mais se sentia próximo do ápice assim como ele, porém, pulsava sem precisar de nenhum estímulo direto, apenas daquele toque insistente no próprio interior.
- Motto! A-Aki...
Murmurou e de fato, queria distraí-lo, queria que ele se concentrasse só em si e mais nada, esquecesse aquele machucado, e não planejava terminar a noite com ele ali na cama, mas era muito melhor do que a noite planejada por si antes.
- Ah... Ah!
Gemeu mais alto ao senti-lo se empurrar até o fundo em si e estremeceu, agarrando-se a ele, e claro, gozou junto do outro, apertando-o no próprio corpo, contraindo-se ao redor dele.No cesso, já parado dentro dele, Akihiko sentia cada espasmo, cada contração de seu íntimo ao gozar, até que estivesse satisfeito. Aos poucos retomou o compasse da respiração e saiu vagarosamente de dentro dele após selar seus lábios mornos. Aquela altura, aos poucos sentia a pele começar a arder novamente. Com uma mordidinha em sua pele, logo se deitou a seu lado.
- Kimochi, Sanosuke.
Sanosuke sorriu a ele, sentindo-o se retirar aos poucos de si e claro, o retribuiu em seu selo, soltando sua mão igualmente e virou-se, observando-o se acomodar e claro, estava cansado, estava trêmulo, mas se levantou quase imediatamente, para trocar os tecidos de seu machucado.
- Kimochi...
- Desculpe, não posso recusar essa breve atenção, preciso mesmo dessa água no tecido. - Riu, sentindo-se leve e dolorido ao mesmo tempo. - Embora eu quisesse você ainda na cama.
O maior riu e negativou, colocando ali o pequeno tecido molhado e gelado.
- Relaxe.
- Hum... Isso é tão bom quanto gozar. - Disse, sentindo-se duplamente aliviado.
- Hum... Imagino como seria se.... Chegasse lá enquanto eu trocasse esses tecidos.
- Ah, acredito que isso seria um orgasmo duplo.
Sanosuke riu baixinho e sentou-se ao lado dele, deslizando uma das mãos por seus cabelos e abaixou-se, os olhos encararam os dele por um curto período e os lábios tocaram os do outro, sentindo-os macios, quentes e desejou poder tocá-lo novamente, mas não devia.
- ... Vou preparar seu jantar.
- Não, espere, vamos tomar banho juntos. Depois nós vamos pra cozinha.
- Nós o que? Não senhor, vai ficar aqui deitado, nem que eu tenha que te acorrentar!
Kazuya adentrou o vestiário masculino logo após alguns alunos e já podia ver o outro no local, era aula de educação física, e mesmo que não tivesse vontade de jogar, era obrigado a ir. Suspirou, retirando a camisa e desviou o olhar ao lado, podendo ver o outro no local e abriu um pequeno sorriso, procurando com os olhos por alguém ali, mas ninguém achou, os garotos já haviam saído do local antes que todos pudessem sair, uma animação para a aula que nunca entenderia. O observou a retirar a calça e assobiou a encostar-se no armário, cruzando os braços.
Naoto desabotoou cada um dos botões da camisa, descasalando-os. Já havia se livrado da blusa de inverno escolar, e desta vez o mesmo fez com a camisa, ajeitando-a no armário. Como aquele som era clichê unido ao gesto conforme o outro se pôs ao lado e cruzou os braços sob o peito. Virou-se a ele e o observou em alguns segundos de silêncio.
- Clichê.
- Ah é? - Sorriu.
- É. Muito clichê. Até essa posição.
- Ora, só estou te admirando. Esta lindo.
- Não tenho nada de diferente... - Falou baixo.
- Mas fica mais lindo a cada dia que passa. Como consegue?
- Quando precisamos usar óculos, se não utilizamos, a tendencia é piorar o grau de miopia.
Kazuya estreitou os olhos e riu.
- Não, não coloque o short, vai estragar.
- Ah?
- Nada não. - Riu.
- Por quê? Quer ficar imaginando como estaria ele dentro de alguma coisa?
O moreno resmungou, baixo, mas o suficiente para ser audível a ele.
- Claro, sempre. Até sonho com isso. - Murmurou e riu.
- Ora... Você gostou de ser passivo.
- Não importa como eu sinta o seu corpo, é sempre bom.
- Você parece uma menina apaixonada falando assim. - Tornou resmungar, baixinho.
O maior sorriu e aproximou-se do outro, desviando rapidamente o olhar a porta e o abraçou. As mãos de Naoto foram ligeiras em seus braços, apertando-o nos ombros.
- Vão ver a gente.
- Ah, estão muito preocupados com o basquete.
- Nem todos gostam de jogar.
- Sim, por isso estamos aqui.
O menor deslizou as mãos, desistente, de seus braços até a cintura. Kazuya sorriu e lhe selou os lábios.
- E se nos verem? Eu quero que todos saibam que você é meu.
- Não sou nada...
- É sim.
Naoto estreitou-lhe os olhos.
- Você é meu namorado, não é?
- Ah?... Não.
- Não? - Uniu as sobrancelhas.
- Não... Nunca nem falamos disso.
- Hai.
Naoto silenciou-se, e desviou o olhar.
- Desculpe.
- Eh? O que?
- Por falar.
- Não gosto de você. Não gosto da forma como me faz mudar de ideia sobre você.
O menor deslizou pelo contorno perfeito de seu rosto. Kazuya uniu as sobrancelhas.- Mas isso não é bom?
- Não, me faz ficar... Confuso.
- Confuso? Você me conhece, sabe que não sou uma pessoa ruim. Por que não pode gostar de mim?
- Ainda não sei ao certo quem você é. As vezes te acho um idiota, mas as vezes... Você é adorável, e isso me irrita.
- Adorável? - O loiro abriu um pequeno sorriso.
O moreno torceu os lábios, e já pronto para jogar, pretendia seguir em direção a quadra, quando o maior o segurou pelo braço e puxou-o para si, selando-lhe os lábios e empurrou a língua para os lábios dele a iniciar um beijo em busca da retribuição dele. Naoto o retribuiu, embora amedrontado devido ao local onde se encontravam, qualquer um poderia entrar e ver, mas deslizou as mãos até a cintura dele e segurou-o junto a si, apreciando os toques pelo pouco tempo que durou até os lábios se afastarem num pequeno selo.
- Vou fazer você gostar de mim como eu gosto de você Nao... Eu...
A porta se abriu, os garotos que adentravam de volta para o vestiário, e num pulo, Naoto se afastou do outro, aproveitando enquanto os rapazes olhavam o chão ao adentrar o local, e agora observavam aos dois, confusos.
- Falei pra parar com isso, Kazuya! Não é porque é mais alto que pode ficar fazendo essas brincadeiras.
O loiro arqueou uma das sobrancelhas, porém assentiu logo em seguida ao entender os gestos do menor.
- Ah... Ta... Então vai logo pra quadra, ora. Quem mandou ficar me dando bola.
- Vocês são esquisitos.
Shiori o observou a vê-lo parar o carro e observou a rua, vazia já próxima da casa. Ergueu as mãos a retirá-la do local. Kaname tocou o botão da veste, assim como deslizou o zíper. Abaixou-se, mesmo enquanto ainda dava passagem a seu corpo, assistindo a base que deu presença ereta e com espasmo.
- Que ânimo.
O menor uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e mordeu o lábio inferior a observar o próprio membro. O moreno desviou brevemente o olhar a seu rosto, num encontro mútuo. Logo o tocou com a ponta dos dedos, deslizando em seu tamanho, desde a ponta a zona mais baixa próximo as glândulas com a pele sem temperatura e sensível. Shiori suspirou a observá-lo e levou uma das mãos sobre a dele, fazendo-o apertar o local.
- Calma, morceguinha.
O médico retrucou mediante o gesto e por fim deslizou os dígitos à volta de seu músculo. Assim abaixou a cabeça, tocando-o na ponta com os lábios, inicialmente, e logo roçou a língua, contornando-o em volta da glande. E o pequeno assentiu ao ouvi-lo e soltou-o a observá-lo apenas, sentindo o arrepio percorrer o corpo, sutil ao sentir o toque.
Uma tênue cortina de fios escuros desceram a volta dos ombros do maior, escondendo o rosto, lábios, língua, mãos e o gesto em si que intimamente compartilhava com seu corpo. Pressionou os dedos a sua volta, descendo por seu tamanho e voltando a subi-lo, enquanto os beiços envoltos agora em seu inicio, sugavam devagar, assim como o lambia.
O gemido deixou os lábios do menor ao senti-lo colocar a si na boca, levando uma das mãos a deslizar pelos cabelos dele, acariciando-os e retirando-os de sua face a observar-lhe os lábios. Kaname desceu com a mão por seu sexo, até o fim, descendo a sensível cútis, a medida em que igualmente o fazia com os lábios, revestindo-o até onde possível, e massageando internamente com a língua.
O menor segurou os cabelos dele, apreciando a vista que tinha do outro a colocar a si quase por inteiro nos lábios. Gemeu, unindo as sobrancelhas a apreciar os movimentos. O maior permaneceu na boca, sugando a comprimi-lo firme entre lábios, língua e céu da boca. Estalou ao soltá-lo e já sentia o forte gosto de sexo. Assim deu início ao brando vaivém.
Shiori fechou os olhos e inclinou o pescoço para trás a repousar a cabeça no banco, tentando segurar de modo firme os cabelos dele, mesmo com as mãos tremulas.
- Ah... Kimochi...
- Hum, já está quase gozando. Seu gosto está forte na minha boca.
Kaname disse, visto que o leve rastro de sêmen se ligou a língua conforme o tirou da boca e viu o filete seguir juntamente até que rompido pelo ar. O menor suspirou, deixando escapar o gemido alto dos lábios a conter o ápice e uma das mãos guiou pelo corpo dele a tocar sutilmente o baixo ventre do maior, notando o leve volume no local.
- Você... Você também me quer...
O médico sentiu o breve passeio de sua mão pelo corpo, até que alcançasse como podia a zona baixa que já era desperta em posição vertical por trás da roupa e contra o baixo ventre. Pulsou leve contra seus dedos, propositalmente. E dada atenção a seu membro, deslizou-o para dentro da boca.
- K-Kaname....
Shiori o sentiu colocar a si novamente na boca, deixando o gemido pouco mais alto escapar e puxou os cabelos dele, suavemente, atingindo o ápice a deixar o próprio prazer na boca dele.
- Ah... K-Kimochi...
O vigor de sua voz se instalou nos ouvidos do maior com o gemido que dispersou dentro do carro, e fechado, permaneceu somente ali. Os vidros no veículo, notou nublado, escondendo a paisagem exterior do carro com janelas embaçadas. O líquido tocou friamente a língua, constando seu prazer.
Shiori suspirou a recuperar a respiração pouco descompassada e logo o viu se afastar de si e limpar os lábios com a língua. Mordeu o lábio inferior e num movimento rápido puxou o banco dele a empurrá-lo para trás e dar espaço a si em seu colo, retirou a própria calça e a roupa intima, deixando-a no chão e fez o mesmo com o outro a livrá-lo das roupas, porém, apenas as abaixou um pouco. Levantou-se e guiou o corpo ao colo dele, agarrando-lhe o membro com uma das mãos e guiou-o ao intimo a roçar no local e empurrou o quadril a pressioná-lo ao dele, fazendo-o adentrar o corpo. O gemido deixou os lábios, dolorido e apoiou uma das mãos em seu ombro, apertando-o a repousar a face no local em seguida, fechando os olhos com certa força e moveu sutil o quadril a tentar se acostumar com o invasor em si.
- K-Kaname... - Murmurou.
O maior se afastou, delineando os lábios com a língua, contornando os beiços medianos e suavemente enrubescidos pelas sugadas anteriores. Vira-o quase num único vulto, conforme seus movimentos tão precisos, tinha noção de que agora reclinava o banco do automóvel, e tinha desfivelado o cinto, aberto o zíper e exposto o membro que novamente pousou sobre o ventre de modo grosseiro. Encarou suas coxas nuas e branquelas, sua zona íntima de conjunto pequeno, assim como seu físico, que mesmo que não fosse tão baixinho, tinha estrutura magra e ainda assim um volume sexual padrão, não era pequeno, apenas seguia os padrões de seu corpo em molde proporcional. Era rápido, pensou consigo silencioso. Tanto que já sentia suas nádegas roçadas no sexo, e não escondia de si mesmo o tesão que causou no desejo que não reprimiu e tornou pulsar em seus dedos, logo, dentro de seu corpo.
Shiori se manteve parado por pouco tempo, apreciando o outro em si e afastou-se a observá-lo, selando-lhe os lábios algumas vezes e desviou o olhar ao corpo dele, voltando a se apoiar em seu ombro a iniciar os lentos movimentos de sobe e desce, erguendo o corpo devagar e logo voltou a se sentar sobre o colo dele a deixá-lo sentir todo o caminho a se retirar de si e logo voltar a adentrar o corpo.
O médico por fim em calmaria, voltou-se a encará-lo sob o corpo, por sua vontade espontânea e movimento ágil o qual sequer tivera hesitação ao fazê-lo. Logo formulou um sobe e desce sutil com seu quadril, enquanto as paredes íntimas de seu corpo comprimiam o membro, abraçando e deslizando pelo sexo, umedecendo-o por seus resquícios de prazer.
O menor desviou o olhar a ele novamente e abriu um pequeno sorriso, mordendo-lhe o lábio inferior a arrancar uma pequena gota de sangue que sugou para si.
- Kimochi?
Murmurou e aos poucos agilizou os próprios movimento, deixando-o deslizar para dentro e para fora do corpo, gemendo baixo e sutil a apreciar os movimentos.
- Você está muito fraco, visto do vigor com que tomou meu corpo dentro do seu.
Um sorriso sagaz deixou elevar o canto esquerdo dos lábios do maior. E as mãos precisas desenharam as curvas de sua cintura aos quadris, impondo um toque que mesmo suave ainda assim era firme, tal como o empurrou para baixo, sentindo todo o corpo excitado penetrar até o fundo de sua entrada úmida.
Shiori uniu as sobrancelhas ao observá-lo e estreitou os olhos, deixando o gemido alto escapar ao senti-lo pressionar a si no colo. Suspirou e levou uma das mãos sobre a dele na cintura, apertando-a no local a iniciar novamente os próprios movimentos, porém eram rápidos e firmes, deixando-o se retirar quase por completo de si e adentrar o corpo até o fim e podia senti-lo tocar a si no ponto tão sensível que causava o sutil arrepio pelo próprio corpo, contraindo o intimo a apertá-lo em si.
Kaname tornou comprimir os lábios num sorriso quase não visto. Seus movimentos mais ligeiros, num vigor um pouco além do comum, talvez fosse seu instinto cainita. Abaixo de seu corpo, o cinto ressoava num tilintar suave contra o botão em atrito causado pelo ritmo feito com seus quadris, na junção de como se movia abaixo dele, dando maior firmeza a cada estoque em seu corpo.
O gemido alto deixou os lábios do menor a apertá-lo no ombro, mesmo sem noção da força e aproximou-se, selando-lhe os lábios algumas vezes enquanto continuava o movimento, mesmo que causasse alguma dor a si, causava também um enorme prazer.
- P-Posso te morder? - Murmurou.
O toque úmido, ainda assim ecoado seco no atrito veemente de pele do garoto à do maior, mesmo ainda que a tez não fosse tão exposta, como seu corpo na zona inferior se encontrava. As pernas bem abertas, seu membro não tão satisfeito que ainda entumescia, mesmo que a ereção não fosse ao todo rija e seguia com o ritmo de seu sobe e desce, lhe provendo de leves tapas contra o ventre. As mãos se encaminharam da cintura às nádegas, apalpando-a firme, um pouco doloso e assim seguiu pelas coxas as panturrilhas e ao tornozelo, o segurando ali, onde seus pés apoiados ao banco do carro.
- E isso me traria algum prazer?
Shiori sorriu a ele ao ouvi-lo e num movimento firme empurrou o quadril ao colo dele, deixando-o adentrar a si por completo e o arrepio percorreu todo o corpo, deixando escapar o gemido baixo e dolorido.- As vezes a dor pode trazer muito prazer... Eu faço ser bom, hum.
O menor se aproximou e beijou-o no pescoço algumas vezes, deslizando a língua pelo local e deu uma pequena mordida, sutil com cuidado a não machucar a pele, movendo o quadril a rebolar devagar sobre o colo dele. O atrito mais firme de seu corpo se fez mais audível na junção de seu gemido leve e trêmulo.
- Uh. - O murmurio viera com suas palavras, junto de um sorriso de canto sem tom humorístico. - Se se julga capaz de fazer, vá em frente, do contrário terá suas consequências.
O ditado tinha término enquanto Kaname sentia os beijos suaves e úmidos na pele, seguido pela mordida minuciosa de dentes finos e sem nenhum corte na cútis. Enquanto seu quadril lascivo trabalhava sobre o colo, como se buscasse ser tocado em cada milímetro de suas paredes mais íntimas, e estimulasse seus nervos.
Shiori deixou o gemido baixo escapar contra a pele dele ao ouvi-lo e abriu um pequeno sorriso, assentindo a roçar os dentes novamente em sua carne e logo os cravou na mesma, rápido e firme a sentir o liquido escorrer pelo local. Sugou o sangue dele, apreciando o sabor forte do mesmo e fechou os olhos a apreciar cada gota que arrancava, enquanto o quadril tratou de fazer movimentos precisos sobre ele a rebolar, fazendo-o sentir o próprio corpo a apertá-lo, junto aos arrepios que percorriam a pele pela situação prazerosa. Deslizou ambas as mãos pelas costas dele a acariciá-lo e as unhas percorreram todo o local a marcá-lo, alcançando-lhe os cabelos com uma das mãos e puxou-os entre os dedos, fazendo inclinar pouco mais o pescoço para trás. Golou apenas algumas vezes o sangue do outro e logo retirou as presas do local, devagar assim como as mãos se retiraram de sua camisa, segurando-se em seu braço a deslizar ao ombro. Afastou-se dele a lamber os lábios, apreciando o ultimo resquício do líquido nos mesmos e o observou com os olhos tão vermelhos, abrindo um pequeno sorriso. Apoiou-se firme em seu ombro e novamente iniciou os próprios movimentos, fortes e rápidos a deixá-lo adentrar a si por completo. A dificuldade foi pouca em ajeitar-se no local, virando-se de costas a ele e ajeitou-se novamente, deixando-o adentrar a si, devagar a sentir toda a passagem ao corpo e ergueu a própria blusa, retirando-a a jogá-la de lado para que não houvesse tecido algum que interferisse na vista do outro. Inclinou-se para frente a apoiar-se no local como pode e voltou aos movimentos firmes anteriores, segurando uma das mãos do outro a deixá-lo tocar o próprio corpo e sentir a pele, guiando-o até um dos mamilos.
A pontada veio no pescoço do médico como uma pequena facada aguda. Podia sentir os limites de uma carne fechada se expandirem conforme os caninos pareciam se fundir a ela. Um gemido lânguido ressoou grave, com a voz rouca. Fosse aquela fisgada incômoda, ou as horas os quais já compartilhavam de estimulo e sexo, provido de prazer por seu corpo que parecia sentir o desejo de se fechar cada vez mais a volta da ereção já um tanto sensibilizada ou talvez já estivesse inchada pelo êxtase. Quando seus lábios molhados se destacaram da pele, sentiu-a silenciosamente agradecer enquanto o frio tocava a abertura de orifícios exatos. Semicerrou as vistas, deixando um suave rastro dos orbes cinzentos que lhes encaravam os rubros, porém via-o se acomodar em posição nova pelo colo, assim dando vista de suas nádegas redondas e quase femininas.
- Achei que me faria sentir algo prazeroso com isso.
Menosprezou-o de fato, mesmo que fosse um gesto de propósito sadismo e encarou sua pele branca, e seu vigoroso sobe e desce. O sexo espesso e lubrificado por seu corpo, correndo para dentro de fora dos limites íntimos de seu corpo. E puxou as mãos, desvencilhando-as do toque guiados por si. Correndo-as simplesmente para suas nádegas os quais apertou, e novamente morna apenas segurou com força seus tornozelos.
Shiori uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e virou pouco a face a observá-lo.
- Você não gosta?
Murmurou, porém com os olhos semicerrados e a voz roupa expor o prazer que sentia e não cessou os movimentos, apenas levou uma das próprias mãos ao próprio membro a tocá-lo com movimentos ágeis a masturbar-se, deixando as mãos dele livres como o outro queria.
- Não gosto de que?
O maior retrucou no comentário, e lançou o olhar parcial a sua mão, assistindo o movimento ágil do braço, mesmo que não encontrasse seus dedos enlaçados ao sexo, provavelmente já duro outra vez. O pequeno gemeu baixo a contrair o intimo e apertá-lo em si.
- N-Não gosta dessa posição? - Murmurou a desviar o olhar ao próprio membro em seguida.
- Não me referi à posição, e sim ao modo como se serviu de meu sangue.
Kaname lançou ambas as mãos em seus braços, puxando-o para trás de modo que impôs sua coluna ao peito, e de tal forma, o moreninho certamente provido do sobe e desce do peito visto que a respiração notória, mesmo ainda silenciosa.
- O que há? Por que está olhando seu... Pau. - Sussurrou a ultima palavra num tom lascivo, ao encontro de sua orelha. O menor sentiu o corpo dele junto ao próprio e suspirou, diminuindo a velocidade dos movimentos a apreciar a respiração dele. Moveu o corpo sutilmente a rebolar novamente.
- Eu... Eu quero gozar... Você não quer?
- Hum...
O maior murmurou num grunhido e deslizou as mãos em suas coxas pálidas, subindo delas num caminho firme e vagaroso, à pelve, ao quadril, passando a cintura que apertou. Uma das subiu ao peito e outra desceu ao local onde antes o rapaz tinha voltada atenção de seus olhos rubros.
- V-Você... Você aguenta bastante...
Shiori desviou o olhar ao próprio membro e suspirou, mordendo o lábio inferior a levar a mão sobre a dele, guiando-a ao local a segui-lo em seus movimentos.
- M-Me masturbe, Kaname.
- Por que eu deveria?
Kaname indagou no mesmo tom que soou brando em seu ouvido, e deslizou o dedo sob a base ereta de seu órgão. Fez menção de apertá-lo e tomá-lo entre os dedos, porém desvencilhou.
- Pra me fazer gozar junto com você...
O pequeno murmurou e gemeu ao sentir o toque dele, unindo as sobrancelhas.
O maior deslizou a ponta do dedo em sua ereção, friccionando a pequena e sensível fenda, sentindo seu gotejo de gozo criar uma fina liga junto ao dígito. Abraçou-o com a mão, descendo ligeiramente a tez suave de seu membro e tornou subi-la, correndo seu corpo numa masturbação frenética, enquanto embaixo de seu corpo se movia a obrigá-lo a dar continuidade ao sobe e desce vigoroso. De tal forma, o êxtase permitiu vir à tona, e gozou em seu corpo sem delongas, preenchendo-o do fel de prazer. Dispersando juntamente de um gemido suave, embargado.
O menor seguiu os movimentos dele a erguer o corpo e logo voltar a se sentar, seguindo os próprios movimentos de antes enquanto o observava a estimular a si, arrancando gemidos da garganta e fazendo o corpo estremecer notavelmente em seus braços. Gemeu pouco mais alto e gozou, assim como ele, sujando-lhe a mão que estimulava a si.
- K-Kaname...
Kaname sentiu o toque quase morno de seu gozo respingar nos dedos, com uma liga suave e espessa e podia jugá-lo excitado em demasia visto pela densidade de seu esperma. Um meio sorriso deixou de lado, mas como um riso silencioso e triunfal. Segurou-o no colo mesmo com sua leve contorção de espasmos, enquanto seu gozo era solto no clímax de seu estado, e finalmente ambos os movimentos, dele e os próprios, cessaram.
Shiori manteve o corpo colado ao dele, apreciando a respiração descompassada do outro e abriu um pequeno sorriso, virando-se a lhe selar os lábios.
Os dedos do humano deslizaram no fino contorno de seu queixo e pressionou as pontas sob suas mandíbulas num toque firme quando sobrepôs novamente seus lábios e o beijou impetuoso, afundando a língua em sua boca num caminho frenético. O menor o observou antes de iniciar o beijo e sorriu a ele, tentando retribui-lo da mesma maneira, porém, pouco desajeitado, acabando por causar um pequeno corte em sua língua que roçou em uma das próprias presas, afastou-se sutilmente e lhe selou os lábios.
- Perdão.
A leve fisgada quase estalou no paladar do maior e um sutil sabor semelhante a ferrugem dispersou na língua. Observou-o visto que se afastou e encarou seus lábios inchados num meio sorriso. O pequeno suspirou e sorriu a ele.
- Podemos ir pra casa?
- É o que eu pretendo fazer.
- Ah, desculpe.
O menor se levantou a senti-lo se retirar de si e sentou-se ao lado dele. Kaname o observou conforme se retirava de cima do colo, e ao lado, ali mesmo no veículo buscou o lenço com cheiro suavemente perfumado e usou o fino papel a limpar o excesso de sexo no corpo, já não mais firme quanto antes, porém ainda encorpado. Escondeu a semi ereção dentro da boxer, embaixo do tecido preto da calça trajada, subiu o zíper e afivelou o cinto, dando ao outro o espaço para que se vestisse. Shiori pegou a caixa pequena de lenços e observou-a por um pequeno tempo, pegando alguns dos mesmos a se limpas, mesmo a sentir a face se corar. O maior se voltou ao outro, encarando-o direto num gesto analítico enquanto formulava sua limpeza.
- Ahn... P-Podemos ir?
Em consentimento mudo, Kaname se voltou ao volante e deu partida no carro, logo traçava o caminho pela estrada pouco iluminada, embaçada pela neve. Shiori vestiu as próprias roupas novamente, ajeitando-as de modo suficiente apenas para sair do carro.
Não mais que meia hora até que estacionasse na vaga de posse. Kaname deixou o veículo logo que parou e acionou o pequeno aparelho de mão que travou prontamente as portas do carro. Traçou o curso a volta do automóvel preto, até que estivesse ao mesmo lado que o rapaz. Num gesto breve e impensado, apenas o ajudou com alguns detalhes de sua roupa, para que pudesse seguir para casa.
Shiori o observou a ter a ajuda dele e sorriu sutil, saindo logo do carro a seguir o caminho junto dele para dentro do apartamento e pegou o elevador até o andar onde parariam. Adentrou a casa a segui-lo e retirou o casaco.
- Kaname... Posso te pedir algo?
- Diga.
- Eu... Posso dormir com você?
- E por quê?
- É bom... Você é quente.
- Você não sente frio. Me convença melhor disso.
- Eu quero dormir perto de você. Quero acordar de novo e te ver do meu lado, eu gosto disso. Gosto de sentir seu cheiro e gosto da sua expressão enquanto dorme, do modo como acorda e fica um tempo ainda deitado. Mas eu prometo que levanto antes de você acordar... Eu te trago café.
- Que garotinho apaixonado. - O maior ditou após o traçar do caminho que levou até o moreno e, com o dorso dos dedos lhe tocou o queixo. - Quase chega a me balançar. - O provocou.
Shiori o observou por um pequeno tempo e abriu um pequeno sorriso, mesmo após o comentário dele.
- Não me importo que não goste de mim, isso não vai me impedir de gostar de você. Então, eu posso ir?
- Não disse que não gosto de você.
Kaname retrucou implacável, sem que permitisse ao outro a possibilidade de descobrir a seriedade com que tratava o assunto. O menor uniu as sobrancelhas e desviou o olhar a ele apenas.
- Uh.
O sopro nasal soou num riso tão baixo do maior, quase sem algum tom, perceptível apenas quando a risca dos lábios se elevou no canto direito, revelando algum vestígio do sorriso.
- Pode dormir em meu quarto.
- Então vou tomar um banho e trocar de roupa.
O menor aproximou-se e lhe selou os lábios, seguindo rápido em direção a escada.