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outubro 2016
Ao fim da reunião, Kaoru observou os integrantes que ajeitavam suas coisas para sair, e viu que o baterista havia parado para falar com o baixista, certamente a respeito de seu filho, então, encontrou o vocalista sozinho analisando alguns papéis sobre a mesa. Cessou os passos ao lado dele, meio desajeitado, estava nervoso na verdade, visto que na outra noite tivera que levantar de manhã e sair da casa do amigo, e não a própria. Havia mentido para a esposa, claro que havia, dito que bebeu demais e preferiu ficar na casa de um amigo, também havia se recusado a se deitar com ela enquanto não tomou um banho e tomou um relaxante muscular devido a dor irritante nos quadris. Precisava falar com um amigo.
- Kyo... Posso falar com você um minuto?
Kyo ergueu o olhar ao amigo e assentiu embora ainda formulasse leitura das letras aos quais voltou posteriormente após dar-lhe ouvidos.
- Algum problema?
- Mais ou menos... Pra mim é, pra você não. Mas vou ficar louco se eu não falar com alguém.
Kaoru falou a ele e indicou que acompanhasse a si por um minuto, afastando-se dos demais.
Kyo franziu o cenho cuja sobrancelha rala quase inaparente, parecia questionar a possível causa de seu chamado afinal, era atípico do guitarrista abordar alguém para algum assunto que não fosse sobre a banda, ainda que fossem próximos. Levantou-se por fim, deixando as folhas de lado e seguiu junto a ele.
- Diga.
Kaoru desviou o olhar ao amigo, e estava realmente sem jeito para falar com ele, como ele mesmo constava, nunca o havia chamado para tratar de assuntos pessoais, mas estava em conflito consigo mesmo, nunca estivera naquela situação.
- ... Não me julgue mal quando ouvir, por favor. - Falou a ele e coçou a cabeça com uma das mãos. - Eu dormi com o Atsushi.
Kyo fitou-o impassível, aguardando sem delongas o que viria a dizer ainda que enrolasse, balançou a cabeça como quem dispensava rodeios e mesmo que somente o olhasse, incentivou a prosseguir com um gesticular de mãos. Sobre sua possível informação seguinte, continuar a observa-lo, digerindo seu comentário.
- Dormiu na casa dele?
- Não, nós transamos. - Kaoru falou, ainda a observá-lo e sentiu-se ridículo dizendo aquilo.
- Niikura, você é casado e ele também, e pelo que sei, com mulheres. O que o Toshiya te ofereceu pra essa palhaçada?
- Eu sei que somos casados. - Uniu as sobrancelhas. - Eh?
Kyo cruzou os braços em frente ao peito, até roçou o dorso dos dedos sob o queixo um pouco áspero, analisando o guitarrista.
- Eu conheço você há alguns bons anos, suficiente pra saber que não brinca com idiotices como o Toshiya, mas também pra saber que você não sai tendo relacionamentos sexuais por aí, então eu não sei o que aconteceu.
- É por isso mesmo que eu vim falar com você... Nós saímos depois da entrevista, bebemos um pouco, talvez um pouco de mais, eu fui pra casa dele e aconteceu. Eu acabei até dormindo lá, quando acordei, tive que voltar pra casa, fingir que tinha dormido na casa de um amigo, mentir pra minha esposa... Eu não sei o que eu faço.
O menor ouviu sua história e a feição em seu rosto indicava uma possível verdade. No fim deu de ombros, negativou com a cabeça, não era um assunto que dizia respeito a si e também não tinha vontade de opinar sobre, no entanto a confissão parecia pedir por algum conselho e não era de fato um grande conselheiro, mas ele já sabia disso.
- Cara, se você não sabe imagine eu. Eu não sei bem o que te dizer.
- ... Porra.
Kaoru falou e franziu o cenho novamente, retirando os óculos e guardando-os no bolso e estava realmente nervoso, era evidente a ele no semblante, não sabia o que fazer.
- Eu não posso terminar o meu casamento só por uma noite assim, mas também nada muda o fato de que eu dormi com um homem, não posso esconder isso dela... Caralho, eu nem sou gay.
- Continuo sem saber o que te dizer. Mas suponho que se disser a ela com certeza vai acabar dando problema. Principalmente se houver divórcio.
- É, eu sei... Mas eu me conheço, sei que vou acabar contando a ela... - Suspirou. - Acho que por hora vou ter que continuar escondendo até achar uma hora de falar... Não acho que eu vá vê-lo de novo... - Desviou o olhar, com receio de fazer a próxima pergunta. - Você sabe se o Shinya tem algum remédio?
- Kaoru, não acho que isso seja uma boa ideia se você quiser continuar seu casamento. Vai ser pior do que se houvesse a traído com uma mulher, sabe disso. - Kyo disse, mas interrompeu o comentário com sua pergunta, o que não entendeu. - Remédio de que?
- ... Eu sei, eu sei. - Kaoru suspirou. - Me sinto um estudante colegial, saindo com um cara oito anos mais velho do que eu, eu sou ridículo. - Falou e desviou o olhar novamente. - Nada... Eu pergunto a ele.
- A diferença não é tão grande quando já são adultos. - O menor retrucou, e embora estivesse calmo sobre isso, ainda estava descrente, certamente. - Ressaca?
- ... Hai. Dor de cabeça.
O maior murmurou, tentando desviar o assunto do fato de onde realmente doía, e sabia que tomar outro relaxante muscular talvez resolvesse o problema do local também. - No camarim deve ter alguma coisa, veja com o Daisuke. E cuidado com isso, não abra muito a boca, embora eu saiba que isso não é algo típico de você.
- Hai... Não, eu só falei com você porque precisava de um conselho, e bem, você é igual a mim. - Falou a ele. - Você... Já aconteceu algo assim com você? Não é da minha conta, claro, mas...
- Algo assim como? Beber e transar com um cara? - Disse o menor, baixo o suficiente para ele.
- ... Não, caralho. Se você já ficou com outra pessoa e teve de esconder do Shin...
- Certamente que não, não preciso reprimir vontades.
O menor disse ao amigo, sem intenção de ataca-lo realmente. Mas não era alguém com fácil interesse amoroso ou superficial, não que ele fosse, na verdade inclusive considerava Kaoru o mais próximo de um irmão que poderia ter, era portanto, por isso, que até então não havia digerido a informação.
- ... Certo, desculpe. - O maior disse e se sentiu mal por perguntar, sabia que ele gostava do baterista, por isso ajeitou os cabelos. - Enfim, esqueça, não é importante.
- Não cara, fica tranquilo, se fez, já fez e pronto. Se gosta da sua mulher então não fale nada, do contrário vai acabar com o relacionamento. Está tudo bem com vocês dois?
- Está... Nada estava errado, só aquelas discussõezinhas de casal mesmo. Eu... Não sei o que passou pela minha cabeça, quando eu vi já estava na cama dele e tudo foi tão rápido... Não é do meu feitio fazer isso.
- Então fica de boa, se viu que foi um erro de passagem não acho que valha a pena você foder as coisas com a sua mulher.
Kaoru assentiu, suspirando e mais uma vez, tocou o queixo a observá-lo.
- ... Valeu por ouvir.
- Hum.
Kyo assentiu com o murmuro e voltaria a leitura, embora soubesse que provavelmente continuaria filtrando a maldita informação. O outro assentiu a ele igualmente e seguiu para fora do local, procurando o maço de cigarros no bolso.
Kazuya havia acabado de chegar no colégio, e havia notado que o outro ainda não havia chego. Haviam passado momentos ótimos juntos e já podia se considerar realmente o namorado dele, afinal, saíam sempre, e tinham uma relação muito boa, estava feliz, satisfeito com o que tinha, não precisava de mais nada.
No caminho, cessou ao observar a garota no corredor, que carregava em mãos uma caixa de chocolates devido a páscoa que chegaria logo e entregou em meio aos próprios dedos num sorriso tímido. Aproximando-se mais, selou os próprios lábios. O loiro arregalou os olhos, observando os cabelos loiros dela, confuso a ter o doce na própria mão e ouviu silencioso a declaração que tinha a fazer para si, o que não sabia, é que haviam outros olhos sobre ambos, não estava sozinho.
Ao voltar para a sala, não viu o outro, nem no intervalo e nem ao fim da aula, o que achou estranho, de fato ele geralmente falava consigo, mas nem o havia visto, talvez estivesse doente. Ao sair da escola, Kazuya passou em uma loja de chocolates, onde comprou o necessário para fazer a ele, um coração e nele as iniciais de ambos gravadas no doce, daria a ele de presente, apenas um mimo bobo, como tinha costume de fazer, e seguiu então rumo a casa do moreno.
Antes de chegar, o fitou ali na rua e correu em direção a ele, o segurando pelo braço antes que ele tivesse a chance de chegar em casa.
- Nao! Nao! Oi. Trouxe um presente pra você.
- Não quero falar com você.
- ... Eh?
- Vá embora.
- Eu trouxe um coração de chocolate, veja, tem nossas iniciais.
- Volte pra casa. Vou sair com o Yuki.
- Mas... Foi eu que fiz.
- Não me importa, vá embora.
- O que diabos eu fiz pra você? Pare com isso.
- Já me cansei de você.
Kazuya uniu as sobrancelhas.
- Não diga besteiras!
- Não estou dizendo besteiras. Sai daqui.
- Naoto, pare com isso já!
O loiro disse a erguer a mão a bater contra a face dele num tapa que estalou alto pelo local.
Naoto sentiu o pulso sobre o rosto, que virou-se no estalo grosseiro e sentiu arder sobre o toque de seus dedos. A mão semelhantemente elevada, voltou sobre o rosto do louro e atingiu-o sem que antes houvesse previsto fazê-lo. Quando virou-se finalmente a observá-lo, cerrou os dedos em torno da camisa de linho fofa em cor bege clarinho, ainda de seu uniforme e puxou-o na menção do punho fechado que ameaçou acertar seu rosto. Observou-o próximo no bloqueio que deu, e notou o pequeno corte em seu lábio com filete de sangue, fosse talvez o anel que tinha no dedo.Kazuya estreitou os olhos a ele, porém a expressão se perdeu ao sentir o outro bater contra a própria face, bem mais forte do que talvez fosse um simples tapa em seu rosto. Acabou por derrubar o coração que carregava no chão nos passos que deu para trás com o soco dele. Sentiu-o agarrar a si pela camisa e não disse nada, permaneceu imóvel a observá-lo e apenas uniu as sobrancelhas, sentindo nos olhos as lágrimas que já se formavam pela atitude dele.
Tal como o franzir de suas sobrancelhas, quase tomaram a posse do moreno no tom rubro que tomou o filete de sangue, naquele toque não proposital em seu lábio, pouco inchado pelo brusco punho desferido ali sem intenção e suspirou enquanto o marejo em seus olhos tornavam-se evidentes. Deslizou a mão cerrada em seu cabelo até sua nuca, acariciando-a o beijou num simples cuidadoso pressionar de seus lábios.
O loiro fechou os olhos ao vê-lo se aproximar e sentiu a lágrima única que escorreu pela face, retribuindo-lhe o pequeno selo, mesmo com a dor nos próprios lábios.
Naoto deu um ou dois selinhos em seu lábio ferido e no destaque dos lábios cerrou as pálpebras mesmo na proximidade que manteve.
- Me desculpe, eu não tive intenção de bater em você, fui empurrá-lo quando deu-me um tapa.
Kazuya assentiu ao ouvi-lo.
- Não me importa... Você... Não me quer mais?
- Me desculpe. - Naoto sussurrou e lambeu-lhe o lábio, sentindo o gosto de ferrugem do sangue. - Você... Estava a beijar outra pessoa.
- O que? Claro que não.
- Estava beijando. Quando ela deu o chocolate pra você.
O loiro sorriu ao ouvi-lo, finalmente entendendo o motivo.
- Você não viu o restante não é? - Fechou os olhos e lhe selou os lábios. - Eu devolvi, e disse que se ela tocasse em mim de novo, eu não ligaria se ela é mulher ou não, ela ia levar um belo tapa.
- U-Uhn... - Murmurou. - Eu saí quando vi.
- Eu nunca trairia você...
- Me desculpe...
- Nunca mais faça isso de novo...
- Não, foi um acidente, não teria batido em você.
Kazuya ergueu uma das mãos e levou a face dele, acariciando-o.
- Naoto... Você não vê? Eu poderia ter levado uma surra, não me importaria se me dissesse que você ainda é meu. A pior coisa foi você ter dito que não me queria mais...
- Não seja masoquista assim...
- Não, eu morreria por você.
- Não diga bobagem.
O moreno deu-lhe outro tênue beijinho no lábio e abaixou-se, pegando do chão o presente, que esperou não ter quebrado enquanto tateava-o nas mãos. Kazuya sorriu a ele e observou o coração.
- Está inteiro ainda.
- Está... - Naoto murmurou e levantou-se. - Não quebrou meu coração. - Brincou, mesmo sem traço de humor.
Kazuya riu.
- Sim. Eu... Espero que goste.
O moreno o observou de olhos baixos e descansou a testa em seu ombro. Kazuya sorriu e o puxou contra si, abraçando-o e o apertou entre os braços.
- Eu te amo, Naoto.
- Eu também te amo.
- Está tudo bem, hum? Logo vai melhorar.
- Vem, vem cá. Eu vou cuidar disso e nós vamos.
- Vamos aonde?
- Eu ia comprar o chocolate do Yuki.
- Ah, eu vou adorar ir junto, se deixar.
- Ta bem.
O menor sussurrou e puxou-o, fechando a porta em suas costas a guiá-lo até a cozinha, onde cedeu o assento próximo ao balcão. O loiro sorriu a ele e seguiu até o balcão, onde se sentou em frente.
Naoto pegou um pequeno lenço, e tratou da higiene do pequeno machucado antes de postar sobre ele o pedacinho de gelo enrolado num gaze dentro do lenço pego antes e pousou-o em seus lábios. Kazuya gemeu sutil ao sentir o toque do gelo no local, unindo as sobrancelhas.
- Hum... - Levou a mão sobre a dele a pegar o gelo.
O moreno o beijou no cantinho da boca conforme segurou por si mesmo. Porém, no lado oposto.
- Desse jeito vou pedir que me bata todos os dias.
- Não seja bobo, estou com remorso e está gostando disso.
- Desculpe. - Riu.
Naoto se ajeitou fronte suas pernas e segurou-o entre ambas as mãos, beijou-o na testa coberta pela franja. O outro sorriu a ele.
- Não precisa ficar tão preocupado, só cortou um pouquinho.
- Eu sei, mas você não viu a expressão que eu vi.
- Hum?
- A carinha que fez quando olhou pra mim.
Naoto dizia e novamente deslizou os dedos em seus cabelos, na nuca, beijou-o no canto dos lábios. Kazuya sorriu novamente e lhe retribuiu o beijo sutil.
- Foi tão ruim assim?
- Parecia uma criança com medo de apanhar.
- Eu não estava com medo. Não de apanhar, pelo menos.
- Yuki deve ter visto... Não desceu até agora.
Naoto tocou-o em sua mão e abaixou-a, observando o pequeno ferimento já menos evidente. Kazuya sorriu a ele.
- Me desculpe.O menor pendeu a face sutilmente de lado, num encaixe com os semelhantes e na mesma suavidade, buscou beijá-lo. O loiro fechou os olhos, devagar ao vê-lo se aproximar e retribuiu o beijo, levando uma das mãos a face dele a acariciá-lo. O outro passou no gesto brando sobre sua língua, assim como em seu lábio ferido, e massageou de levinho.
Kazuya gemeu, sutil ao sentir o toque no local e abraçou-o agora com ambas as mãos a volta de seu corpo. O menor afastou-se pouco, apenas no grunhido de protesto alheio, mas não interrompeu seu beijo, e o retomou, igualmente vindo a abraçá-lo. Kazuya sorriu, mesmo contra os lábios dele e afastou-se pouco, observando-o.
- Melhor parar.
Naoto afastou-se e suspirou entre lábios descerrados.
- Estou machucando você?
- Não... Está me fazendo querer tirar sua roupa.
- Você pode vir com o Kazuki essa noite.
- Hum... Me arrepiei todo.
- O que? - O menor sorriu a ele.
- Só pensando na noite...
- Podemos deixar os meninos comendo chocolate e vendo filme na sala.
Kazuya sorriu a ele e lhe selou os lábios.
- Me diz o que quer fazer, Nao.
- Eh? - Naoto indagou, entendido porém fez-se que não.
- Me diz o que quer fazer comigo a noite.
- Você já sabe...
- Ah, mas eu quero ouvir.
Kazuya aproximou-se a abraçá-lo e beijou-o no pescoço.
- Você é um pervertido.
- Ah, não é perversão.
- Quero transar com você.
- Quer entrar em mim?
O maior deslizou uma das mãos pelo corpo dele a acariciá-lo e riu baixinho.
- Hum...
Naoto murmurou audível, e deu veemência com o movimento da cabeça.
- Hum... Isso me anima.
- Gosto quando está de costas, gosto da sua.... Mas gosto quando está de frente, que vejo seu rosto.
O maior riu baixinho, malicioso e lhe selou os lábios.
- Esta falando baixinho... Não precisa ter vergonha.
- Não estou com vergonha... - Resmungou talvez.
- Então me diz o que gosta de ver.
- Gosto do seu corpo.
- Também gosto do seu... - Kazuya sorriu.
- Eu gosto de vê-lo de costas.
- Se quiser eu posso me virar agora. - Riu.
- Eu disse quando estamos fazendo sexo.
- Eu sei, só estou brincando.
- Estou com vontade.
Kazuya segurou a mão do outro, levando-a até o próprio membro, deixando-o sentir o local mesmo sobre a calça, já ereto.
- Você não é o único.
Naoto sentiu um calafrio gostoso na espinha, tateando a região escondida por sua roupa.
- Gostou? - O maior sorriu a ele.
O outro subiu os dedos na base firme de seu sexo, e tocou o botão da calça, descasalando-o.
- E se o Yuki descer, hum...?
- Só vou... Fazer um pouco.
Naoto sussurrou e afastou-se, abaixando-se entre suas pernas, na altura dos quadris e vagarosamente desceu o zíper.
O sapateado vinha da escada, e sobre o assoalha denunciava a descida dos homens. Descerrou suavemente as pálpebras e ajeitou o moreninho do lado, sentou-se e logo levantou-se para cumprimentar os homens após o fim de seus serviços, junto a um cachê generoso. Kaname despediu-se e suspirou, espreguiçou-se. O relógio marcava uma da tarde, haviam passado algum tempo ali, pensou consigo e ajeitou as cortinas, fechando-as.
- Hum? - Shiori murmurou e abriu os olhos, procurando o outro pelo local, porém não o encontrou, sentou-se no sofá e esfregou os olhos com ambas as mãos. - Kaname?
- Hum? - O maior murmurou e virou-se a observá-lo, denunciando a presença no mesmo cômodo. - Bem, vamos dormir. Eles já foram.
- Mas já acabaram? Eu quero ver o quarto. - Murmurou, manhoso.
- Já? É uma da tarde. Vá vê-lo então.
- Mas você não vem comigo? - Murmurou.
- Por quê? - Kaname indagou a retirar a bandeja com as coisas de cima da mesa central da sala.
- Nada. Eu vou.
O maior deixou sobre o balcão da cozinha e caminhou com ele.
- Vamos.
Shiori sorriu e assentiu, estendendo a mão a ele.
- Sai com essa mãozinha pra lá.
O maior o passou em frente ao corpo, descansando as mãos em seus ombros. Shiori riu baixinho e assentiu, seguindo o caminho da escada.
Kaname subiu até lá, seguindo o rumo ao quarto do moreno. Tinha um pouco de pó ao lado de fora, nada que afetasse realmente dentro do quarto. As extensões de paredes brancas já habitualmente assim e sem quaisquer mudanças. Se não fosse por alguns adesivos de parede, fluorescentes e pequenos, rendadinhos. Encostou-se ao limiar, enquanto dava passe de suas vistas à visão que teria. Uma poltrona com forro rendado num saiote, num branco azulado, cor gelo. Localizava-se ao lado de uma extensa luminária, cujo abajur enfeitado com as pequeninas pelúcias penduradas e certamente escondia alguma música por ali. Tinha um criado mudo redondo e com uma gaveta, igualmente branco. O sofá mais extenso numa das paredes do quarto, também branco e forrado, com almofadinhas roliças e adornadas por bordados azul, rosa e amarelo bebê. As cortinas brancas de veludo fino, sobrepostas por um véu sutil, transparentado o tecido. E com mais dois daqueles mesmo criados mudos, onde enfeites infantis davam um ar dócil ao cômodo. No centro, localizado à parede, o berço, próximo mesmo ao sofá onde o rapazinho poderia descansar enquanto assistia o soninho de seu bebê. Branco, detalhado com dourado tão sutilmente e quase não perceptivo. Era envolto por um véu assim como o das cortinas, longo e um pouco mais espesso, dando um espaço pessoal para a criança que se deitaria ali. Tinha um travesseirinho baixo, cor gelo e aveludado com sutileza. Um pequeno urso repousava ali, onde seria o seu lugar. E no topo do véu, sustentava um laço formado com o mesmo tecido. E com mais alguma distância, a cômoda branca, alta e mesmo assim não muito grande. Possuía detalhes dourados assim como o berço, seis gavetas onde seriam o conforto de suas roupas. Em cima dela, a seleção de bichinhos que agora teria que cuidar até seu nascimento. E junto deles, alguns sapatinhos.
Um rosa, um azul, uma branco e um amarelo. Os quais seriam escolhidos, assim que soubesse sobre o sexo do novo residente da casa. Tivera sorte ao chamar junto dos homens a moça, que tratou de organizar corretamente os bichinhos e os sapatinhos, também ajeitado os detalhes mais delicados do quarto, impecavelmente branco, com véus que quase cintilavam o cômodo, dando seu ar imaculado e implacável. Caminhou ao abajur, apertando um dos bichinhos, e assim o som levinho do music box, tomou o silêncio do quartinho de bebê enquanto voltava para ele e atrás de seu corpo, conforme os braços passou em cada lateral, o tocou na barriguinha volumosa.
- Gostou do seu quarto novo?
Shiori seguiu junto dele ao local, observando a porta fechada que o outro tratou de abrir e o sorriso que tinha nos lábios aos poucos sumiu, confuso com a decoração do quarto, porém apreciou cada minimo detalhe, desde os tecidos tão bonitos e cuidadosamente escolhidos pelo outro até os bichinhos de pelúcia pelo quarto. Uniu as sobrancelhas ao vê-lo adentrar o local e manteve-se em silêncio a apreciar o som tão agradável da música. Sentiu logo o abraço e apenas desviou o olhar até a própria barriga onde as mãos dele tocaram, deixando escorrer a pequena lágrima pela face. Virou-se de frente a ele e o abraçou, apertando-o contra o próprio corpo a repousar a face como pôde sobre o ombro do maior, fechando os olhos a deixar que as lágrimas escorressem pela face, mas não era de tristeza, muito pelo contrario.
Kaname se afastou conforme este se virava, dando-lhe o espaço para fazê-lo e teve seu abraço. Tornando novamente enlaçar a volta de seu corpo. No silêncio interrompido pela suave música, sentia um toque quase cálido tocar a camisa que vestia.
- Foi a coisa mais linda que alguém já fez pra mim... - Murmurou.
- Isso é porque nunca teve alguém pra fazer.
- Eu te amo.
- Eu também... Te amo. - Kaname falou baixo, mas não chegou a ser um sussurro. - Você gostou do quarto?
O menor sorriu ao ouvi-lo e assentiu, afastando-se pouco dele para lhe selar os lábios e logo se voltou ao quarto.
- Claro que gostei. Mas eu... Estou com medo ainda.
- Do que?
- De ter um bebê... E se der algo errado?
- O que por exemplo?
- E se eu perder...?
- Não seja estúpido, já falamos sobre isso.
O menor assentiu e abaixou a cabeça.
- Se todos fossem pensar assim, ninguém teria bebê.
- Hai. Desculpe... Você quer um menininho ou uma menininha?
- Qualquer um dos dois. E você?
- Idem. - Sorriu. - Eu vou amar do mesmo jeito.
Kaname sorriu. Shiori virou-se em seguida a observar o quarto e sorriu, adentrando o local a caminhar em direção ao berço e pegou o ursinho nos braços, sorrindo a ele.
- Posso levar pra dormir comigo?
- Por quê?
- Porque é lindinho...
- Roubando o ursinho do seu bebê.
- Ah não estou... Ele esta comigo agora, então é pra ele também. - Uniu as sobrancelhas.
- Hum.... Bom argumento.
- Viu. - Riu.
- Certo. Fique com ele.
- Ta bem. - Abraçou forte o ursinho.
- Eu vou dormir... - Shiori esfregou os olhos. - Você vem comigo?
- Vamos, tenho trabalho hoje a noite.
- Então vamos, papai.
- Papai... Papai. - Kaname murmurou consigo mesmo e dirigiu-se com ele até o quarto.
- Não gosta da palavra? - O menor riu baixinho.
- Falta de costume.
- Ah sim.
Shiori sorriu a ele e retirou a calça que usava, permanecendo com a camisa e a roupa intima. O maior deitou-se mesmo da forma como estava e após feito, tirou igualmente a veste inferior, acomodando-se na cama. Shiori sorriu a ele e aproximou-se a lhe selar os lábios, ainda abraçando o ursinho.
- Mais tarde... Você quer... Fazer amor comigo?
Kaname o retribuiu no selar que suavemente estalou.
- Precisa planejar?
- É que não podemos fazer agora...
- Assim que eu acordar.
- Certo. Bom descanso.
- Boa noite, Kaname. Obrigado... - Murmurou e lhe selou os lábios.
Os olhos abertos de Taa fitavam o teto do cômodo e ainda podia sentir o abraço do outro. Uma das mãos segurou a dele e a acariciou, beijando-o no tórax novamente, sentindo-o tão junto a si. Levantou-se com cuidado para não acordá-lo e cobriu o corpo dele com o lençol, ajoelhando ao lado da cama e lhe deu um beijo na face. Na cozinha, pegou uma das taças e fez um pequeno corte no pulso direito, deixando que o sangue escorresse e preenchesse a mesma, colorindo-a com a cor vermelha. Mordeu o lábio inferior e levou o próprio pulso aos lábios, lambendo o sangue no local até que estivesse seco visto que bem alimentado. Levou a taça até o quarto e deixou sobre a na cômoda, ao lado da cama, e lado a ela o bilhete: "Tenho que fazer algumas coisas, a noite eu volto pra te ver. Amo você.". Vestiu-se e ajeitou os cabelos, observando-o por um pequeno tempo antes de deixar o quarto.
Poucas horas depois, Taa adentrou o quarto do outro e riu baixinho ao vê-lo na cama, já acordado, retirou o jaleco coberto de sangue que geralmente usava e deixou na poltrona ao lado da cama.
- Desculpe, tinha ensaio hoje. - Murmurou.
Ikuma assentiu, enquanto se sentava em beira a cama e tragava o cigarro. As pernas ainda eram cobertas pelo jeans desabotoado, expondo o início a boxer verde musgo que vestia, denunciando que também havia chegado a pouco tempo. Taa observou a taça sobre o móvel, vazia e sorriu, sentando-se ao lado dele.
- Estava bom, hum?
- O que ? - Os olhos do menor se voltaram ao ponto onde a atenção alheia se prendia e negativou. - Ah, não... Não bebi, deixei cair no chão... E não ia lambê-lo.
Taa arqueou uma das sobrancelhas e cruzou os braços, fitando-o.
- O que?
- Brincadeira, lagarta, não precisa chorar.
- Não estou chorando, idiota.
- Tá, calma aí, vou pegar seu absorvente.
- Era você quem estava com tpm ontem, mocinha.
- Sim eu estava, mas não preciso de absorvente pra minha tensão de pré masturbação, seu rosto é melhor que qualquer outra coisa pra receber meu sêmen... - Ikuma riu, cínico. - Agora você precisa... Oh! Vejo sangue escorrendo em suas pernas, verminho.
O maior arqueou uma das sobrancelhas.
- Ah, sangue? Então quando for me foder, não meta com tanta força. - Deitou-se e riu baixo. - Não sou sua mulherzinha, princesa.
- Que pena, eu gosto tanto de mulheres... - Provocou.
Taa mostrou o dedo do meio ao outro.
- Vá pro inferno.
- Já estou nele.
O menor inclinou minimamente o corpo para trás, apoiando-se num dos braços mais atrás de si. Com a outra mão, deixou o cigarro entre os lábios e bateu-a no colchão, indicando a que se referia, a cama.
- É, mas só eu deito nela, agora.
- Não só você, Verme. - Disse após tirar o cigarro da boca.- Espero que esteja se referindo a você também.
- Estou. - Ikuma arqueou a sobrancelha esquerda, o observando.
- Muito bom. - Fechou os olhos e sorriu.
- O que há com esse sorrisinho idiota?
- Posso sorrir, ao menos?
- Sorria, me faz ter vontade de rir, gosto de rir.
- Porque vontade de rir?
- Porque você fica com uma cara tão passiva... Parece que está drogado, com sono.
O maior arqueou uma das sobrancelhas e o fitou.
- Como é?
- Você ouviu, verminho.
- Na boa, eu prefiro lagarta.
- Hum, todos combinam muito com você, querido.
- Não me faça mostrar o dedo do meio de novo pra você.
- Te provocar está perdendo a graça...
Ikuma apagou a bituca de cigarro no cinzeiro sobre o criado mudo e deitou-se na cama.
- Graças a deus.
- É nada, é chato.
- Ah é? - Taa levantou-se e sentou-se sobre ele. - Por que eu tenho vontade de transar com você o tempo todo?
- Porque eu sei fazer gostoso.
- Você é o melhor, querido. - Riu.
- Tá, eu sei. Vai pra cama.
- Hã. - O maior deitou-se. - Tá bem.
- Não quero transar hoje.
Taa sorriu e virou-se de lado, observando-o.
- Vem cá, hum. - Puxou o outro para que se virasse frente a si e selou-lhe os lábios. - Está cansado?
- Hum, não estou cansado... Mas incrivelmente sem vontade. - Ikuma comentou em baixo tom.
O maior assentiu e levou uma das mãos aos cabelos dele, acariciando-os. Ikuma fechou os olhos, ficando quieto durante a carícia que passou a receber, um dos poucos momentos em que permanecia ameno durante desperto, sem provocá-lo. Taa selou os lábios dele novamente e continuou a caricia, deslizando a mãos pela costas do vampiro e pressionou alguns locais numa pequena massagem.
O menor virou-se, deitando do modo típico debruçado, porém a face, não em direção oposta ao mais alto, pousava no travesseiro, e permaneceu de olhos fechados, sentindo a tênue massagem. Taa sorriu ao vê-lo virar e ajeitou-se na cama, ajoelhando-se, as mãos ergueram a camisa dele, tocando-lhe a pele fria e deixava que as mãos deslizassem pela mesma, massageando-o como fazia antes. Ikuma suspirou, profundo, continuando como estava, relaxando os músculos, apreciava o carinho.
Taa levou ambas as mãos aos ombros dele, massageando o local e abaixou-se, ajeitando os cabelos do outro e lhe beijou a nuca, descendo a massagem até as costas dele novamente. O loiro se encolheu pouco, contraindo os músculos na região dos ombros ao sentir as mãos sobre eles, na tentativa de relaxá-los um pouco mais e soltou-se à seguir.
O maior continuou a massagear o namorado por alguns minutos e novamente abaixou-se, beijando-lhe as costas e subiu até os ombros, afastando-se e deitou-se novamente.
- Melhor, hum?
- Ótimo. Obrigado por rastejar em minhas costas, digo, massagear minhas costas... - Dizia baixo, preguiçoso.
- De nada, princesa. Quer que eu te traga um café, também?
- Não precisa. - Suspirou.
- Está bem mais relaxado, viu... - Taa riu. - Minhas mãos são magicas.
- Opa. As minhas então... Nem se fala..
- Ah nem diga, adoro as suas mãos. - Riu novamente.
- Você adora tudo.
- Tudo que vem de você.
Ikuma riu, abafando a voz entre lábios juntos, descerrou-os somente com a fala.
- Isso ainda é engraçado, não acha?
- O que é engraçado, hum?
- O seu jeito apaixonado. - Tornou a rir, provocativo.
- Sempre fui assim, não tenho culpa se me apaixonei por um vampiro estúpido.
- Sempre foi assim como?
- Sempre fui... Ahn... Um idiota apaixonado, um exemplo, só vejo você... Mais nada.
- Sim, era um idiota apaixonado pelo outro também?
- Quando é que você vai parar de falar dele?
- Estou com ciúme.
- O que? - Virou-se, fitando-o. - Tem ciúmes dele? - Riu - Mal falo com ele mais...
- Mesmo assim, agora eu acho que estou com ciúme.
- Não precisa ter ciúmes dele, só tenho olhos pra você, príncipe.
- Isso soa estranho, mas okay.
- Mas é verdade, hum.
- O que sentiu quando transou com ele? Sei que ainda gostava dele quando transaram.
Taa levou uma das mãos aos cabelos dele.
- Esquece isso, tá bem?
- Quero saber!
O maior encolheu-se.
- Hum... Não senti nada em especial... Me senti usado... Sabia que ele iria embora e me pediu mesmo assim, eu não podia dizer não a ele. Me senti agoniado, não consegui gostar do que normalmente eu gostaria de sentir...
- E se ele não fosse embora?
- Não sei... Talvez fosse bem melhor e eu me sentisse bem fazendo isso. Mesmo assim... Eu não poderia sentir a pele quente, não poderia sentir o perfume dele sem pensar no sangue... Seria agoniante do mesmo modo.
- Hum, você não sabe usar o erotismo vampírico. Não precisaria sentir o calor da pele dele naturalmente, mas um sexo gostoso o faria capaz de sentir o calor.
Taa abriu um pequeno sorriso malicioso nos lábios apenas, e manteve-se em silêncio.
- O que é?
- Nada. - Riu baixo.
- Diga, cabaço. Pensou sobre a a frase "sexo gostoso" ahn?
- Também, eu ia dizer que você me deixa pegando fogo, mas repensei sobre o fato e fiquei em silêncio, já que diz que eu gosto de tudo em você, achei que soubesse disso.
- Oh, falou que nem uma puta agora, Taais.
- Também foi por isso que eu fique inquieto.
Ikuma suspirou com o riso maldoso, como sempre, provocativo. Erguera o quadril, ajoelhando-se na cama e se pôs sobre o corpo do outro, lhe afastando as pernas com as próprias, ajeitando-se entre elas. Ambos os braços, apoiavam-se na cama, a cada lado do rosto abaixo e ficou a observá-lo, com uma expressão não amigável, porém não rude, era grosseira e impudica.
- Ah, que vontade morder, - Sussurrou e puxou sutilmente o inferior do mais alto entre os dentes, breve. - Chupar esse lábio, maltratar sua boca, morder sua língua, unir à minha, com muito carinho, com muito tesão, enquanto entro e saio bem gostoso do seu corpo, deslizo para dentro e para fora... - Enquanto dizia as chulas palavras eróticas, maneava o quadril cima e baixo, supondo os movimentos citados. - Te apertar, - Uma das mãos deslizou sem pressa para a cintura do rapaz, e apertou-o no quadril. - te esquentar, transar, foder... Ah!... - Gemeu. - Gozar...
Taa observava o outro e mordia o lábio inferior ao ouvi-lo, fechando os olhos ao sentir os movimentos do quadril, suspirando e sentiu o arrepio percorrer o corpo com o gemido dele, excitante. Uma das mãos foi até o ombro do vampiro e o apertou enquanto a outra deslizou por seu tórax, rindo baixinho, malicioso e abriu os olhos, fitando-o.
- Como você é gostoso, Ikuma... Fico duro só de pensar nos seus movimentos, hum... Entrando e saindo do meu corpo, me fazendo estremecer, apertar você, enlouquecer...
Apertou a camisa dele entre os dedos, gemendo baixinho. O som nasal do riso soou ainda assim dos lábios do mais velho com ousadia empregada. Empurrou, pressionando ambas regiões sexuais longas excitadas, mediante, cerrou somente uma das pálpebras e mordera o próprio inferior, gemendo bem baixinho em seguida após soltar o farto.
- Me beije, me dê um bom beijo. - Murmurou.
Taa agarrou os cabelos dele ao sentir o sexo contra o dele e outro gemido baixo deixou os lábios. O puxou para si e tomou os lábios dele num beijo ágil, sugando-lhe os lábios, puxando-os entre os dentes algumas vezes e apreciava o toque da língua dele na própria.
O beijo do maior fora retribuído em mesma agilidade rítmica pelo menor. A língua roçava a dele e circulava-a com a própria, formando sugestivos movimentos durante a troca de salivas, e sugou o músculo macio do outro homem, o mordendo sem perfurar. Estava cheio de bebida, queria prazer, somente. O beijo, tornara-se aos poucos vago, e passou a sussurrar com a voz grave, palavras contra seus lábios, os beijando por vez, retomando os beijos firmes.
- Dá pra mim... Hum... Deixa eu te usar, deixa eu entrar e te cortar, te machucar, prometo que depois minha língua será de serventia, vou te lamber, te sentir, te beijar, chupar... Te morder, te amar, acariciar, te foder... Ah, foder, como adoro essa palavra. Grite, me morda, chore, mas de prazer... Me diz, milhares de vezes o quanto gosta de transar comigo, e estremeça, se complete de gozo, se aqueça, perca qualquer sanidade, se entregue à mim... Se entrega? Entrega, hum? - Murmurava.
Taa nem se quer dava atenção aos beijos e selava os lábios dele vez ou outra, concentrando-se nas palavras tão excitantes do outro que fazia o arrepio percorrer o corpo. As mãos, trêmulas arrancaram a camisa do namorado e a jogaram no chão, tocando a pele dele e suspirou ao sentir o local macio.
- Hai! Hai... Me entrego. Me fode... Me fode... Por favor, Ikuma... Para de falar e me fode...
Disse em tom alto, cravando as unhas na pele dele e os lábios se colaram ao pescoço do menor, beijando-o várias vezes, mordendo-o levemente e sugou o local, deixando algumas marcas vermelhas.
A medida em que os estímulos eram continuados, a respiração de Ikuma enfatizava a excitação, tornando-se audível e suspiros contínuos por todo o cômodo. Ajudou-o a retirar a peça trajada, afastando-se pouco, e desta forma fez questão de expôr todo másculo e definido abdômen, conjunto a isto o sorrisinho travesso, mútuo na malícia não finalizada por segundos sequer. Voltou a sobrepôr-se acima do maior, sem impor proximidade de peles, permanecendo longe o suficiente para deixá-lo livre em ações, porém as cútis estavam a centímetros de se roçar e por vezes sentiam-se tocar. A língua entre lábios deslizou os alheios, lambendo-os sem pressa, destes desceu ao pescoço, sugando a pele, marcando-a como ele havia feito minutos atrás consigo. Afastou-se, e conforme fora tomando distância, havia ferido a própria língua, e dos lábios perfeitos e bem delineados, abertos, deixava o líquido escorrer numa risca unica, e cair sobre o peitoral do vampiro mais novo, e encaminhou-se paralelo ao rosto, deixando o fel lhe manchar os lábios.
Os olhos do maior percorreram todo o corpo dele ao vê-lo se afastar e as unhas se arrastavam pela pele, abrindo feridas pelo tórax do loiro. Os suspiros também eram audíveis a ele ao senti-lo sugar a pele, sentia o corpo completamente arrepiado e estremeceu suavemente diante dos arrepios, lembrando-se das palavras dele, elas eram uma das principais formas que o outro tinha de arrancar a própria sanidade. Sentiu o cheiro do sangue e logo o sentiu pingar sobre os lábios, os lambeu e separou os mesmos, deixando que adentrasse a boca, bebendo o sangue dele por algum tempo. Ergueu o corpo e os lábios alcançaram um dos mamilos do vocalista, sugando-o, mordendo-o e puxando entre os dentes, sujando o local com o sangue enquanto a mão deslizava pela pele, espalhando o sangue que arrancou do outro pelo abdômen do namorado. Levou a mão livre até a própria calça e apertou a ereção algumas vezes, gemendo baixinho contra a pele do menor. Continuou os estímulos nos mamilos dele e abriu o zíper da calça, adentrando a roupa intima e tocando-se, deslizando a mão por todo o membro.
- Ah, que gostoso.
O menor arfou, sussurrando conjunto as palavras e continuou a decorar o rosto com a feição maliciosa. Aspirou sonoramente o ar através da boca semiaberta e guiou a mão junto a do vocal, tirando-a dali e usou a própria para tocá-lo, sentindo a macia textura da pele de seu órgão excitado, acariciando-o.
- Esse pau é bom, é gostoso, apesar do dono não saber usar...
Continuou a cuspir as palavras em tom mínimo, enquanto os dedos satisfaziam o desejo em tocá-lo. Todos movimentos apartados não duraram minutos encerrados, tirou rapidamente a calça do maior, puxando-lhe a peça íntima juntamente, desnuando-o sem delongas, queria entrar, queria transar, queria foder.
- Mas certamente outra coisa é mais gostoso... É apertadinho, é uma delícia, que esquenta, ah, caralho! Como eu quero entrar em você... Senta aqui, amor, senta, me engole, transa comigo... Vem, vem...
Sentou-se na cama, novamente apoiava a leve inclinação do torso para trás, sob uma das mãos no colchão, quanto o outro braço continuava a envolvê-lo na cintura, e agora somente observava seu rosto, lhe direcionando uma piscadela, conjunto a um sorrisinho maldoso e travesso.
Os olhos entreabertos de Kazuto, quase se fechando novamente pelo sono, observavam o maior ao lado enquanto dormia e a mão guiou até os cabelos dele, acariciando-os, mantendo um pequeno sorriso na face enquanto notava sua expressão tão calma, o único momento que podia vê-lo sem a expressão arrogante habitual, e era lindo, naqueles momentos sabia porque o amava tanto, sabia porque se atraía por ele, porque sabia que algo dentro dele poderia ser menos conturbado, que ele poderia ser próprio um dia. Yuuki descerrou minimamente os olhos, sendo desperto do sono ao sentir os movimentos nos cabelos e encarou o menor, franzira o cenho e suspirou.
- Bom dia, Yuuki. - O pequeno murmurou.
- Hum... Que horas são?
- Não sei, deve ser tarde já, não sei porque disse bom dia...
- Hum... - O menor murmurou somente.
- Dormiu bem, hum? - Kazuto aproximou-se devagar e selou os lábios dele.
- Não, e você?
- Dormi... Por que não dormiu?
- Sei lá.
- Hum... Mas você parecia tão tranquilo...
- Dormi, dormi...
- Diga a verdade, hum.
- Estou falando, moleque... Sabe que gosto de ser chato com você, tsc.
Kazuto riu baixinho.
- Você gosta de mim.
- ... Hum?
- Você gosta de mim, hum.
Yuuki arqueou uma das sobrancelhas.
- Eu sei que gosta, mesmo que seja chato.
- O que te leva a crer nisso?
- Eu sei que gosta... Posso sentir seu coração bater quando fico muito perto de você. Por quê?
- Porque ele bate, animal. Não fique feliz por isso, ele vai bater mesmo que eu esteja sozinho.
- Yuuki... - O menor segurou a mão dele - Você é orgulhoso demais, me diga a verdade, você gosta de mim?
- Vai se foder, Kazuto. Não me enche o saco. Perguntas absurdas me deixam ainda mais cansado.
- Hum... Está cansado?
- Sim, estou cansado de você, pivete.
- O que eu fiz, hum?
- Como ainda me faz essa pergunta?
- Desculpe...
Yuuki virou-se, deitando-se de barriga para cima e fitou o teto. Puxou o edredom, tirando-o de cima do corpo, descobrindo-se. Abriu os braços e pernas, tendo espaço, acomodando-se folgado sobre o colchão.
- Está calor... - O menor murmurou e riu baixinho, tentando descontrair.
- Não sei. Não sinto.
O maior se levantou à seguir. Os dedos entrelaçaram os fios medianos de cabelo, bagunçando-os pouco mais e caminhou ao banheiro, acendendo a luz e fechou a porta, tirando o resto de roupa e permaneceu um bom tempo no banho.
- Sinto um pouco... - Kazuto arqueou uma das sobrancelhas, observando-o se levantar e aguardou até que ele retornasse, sentando-se na cama. - Yuuki...
Yuuki demorou algum tempo mais, enquanto secava os cabelos claros, e retornou somente quando estes já estavam quase secos, e com a toalha na cintura, buscou no guarda roupas a peça íntima, boxer vinho e trajou-a. Olhou o menor, e com a toalha na mão segurou ambas suas pontas e enrolou-a, soltando um de seus lados, jogando contra a face do menor, porém puxou-a antes que lhe encontrasse o rosto. Kazuto assustou-se e fechou os olhos, abrindo-os aos poucos e fitou o outro.
- Não me assuste assim... - Levantou-se e caminhou até ele, observando o corpo do maior, suas formas masculinas tão bonitas. - Ahn...
Yuuki arqueou uma das sobrancelhas, observando a proximidade do menor.
- O que é?
Kazuto deslizou uma das mãos pelo abdômen dele.
- Você é lindo demais...
- Ah, é, você está no cio...
- Não estou no cio!
- Está sim.
- Não estou, não sou um animal.
- É sim. É um cachorrinho.
- Não sou.
- É.
Os lábios do menor se colaram aos dele e envolveu o corpo do outro, iniciando um beijo, sugando-lhe os lábios e os mordeu levemente.
- Não sou...
Mordeu os próprios lábios após murmurar e deixou que o sangue escorresse em pequenas gotas, voltando a beijá-lo, deixando que ele sentisse o sabor doce.
Yuuki sentiu o toque alheio ousado sobre os lábios, dado início a um beijo roubado. Fitou-o após teu sussurro e antes que tivesse novamente a boca beijada, o retrucou, apelidando-o novamente como um animal. O segundo beijo sentiu lábios serem umedecidos pelo liquido mais espesso, e o retribuiu, concentrando-se mais no desjejum que acabara de ter com o beijo, do que com o próprio, e a língua delineava os lábios alheios, limpando-o e manchando-o ainda mais com o sangue, pressionando o músculo macio sobre os lábios quais sugou à seguir, provendo-se do fel.
Kazuto sorriu ao senti-lo sugar o sangue e mordeu ainda mais os próprios lábios, gemendo baixinho e deixando que ele matasse a sede ao menos parcialmente. As mãos deslizavam pelas costas do maior, arranhando levemente a pele e parou sobre o cós da roupa intima, jogando sutilmente o quadril contra o dele.
Os braços do maior a pender a cada lado do próprio corpo, encaminharam-se a cintura do menor, envolvendo-o com firmeza e o erguera no colo, somente isto, enquanto continuava nos lábios, desprezando o beijo com as sugadas no inferior. Kazuto levou as pernas ao redor da cintura do maior e gemeu baixinho novamente, levando as mãos ao redor do pescoço dele, segurando-se.
Os passos iniciados, de Yuuki guiaram ambos até a parede e jogou o menor contra ela, permanecendo com ele no colo, sendo envolvido por suas pernas, porém os braços já não mais em teu corpo, apoiaram as mãos a parede, em cada lateral do corpo defronte. Enquanto, os lábios continuavam a explorar o alimento.
O pequeno gemeu novamente, virando a face ao lado, tentando se livrar dos lábios dele de alguma forma, sentindo os lábios doloridos pelas sugadas vigorosas do loiro.
- Yuuki... Está bom... - Murmurou.
Uma das mãos do mais velho fora a face do menor e virou-o novamente a si, sugando por segundos, no entanto desviou a atenção, descendo ao pescoço, e lambeu a pele pálida, deslizando-a de um lado ao outro, e próximo ao osso notório da clavícula, cravou os longos dentes caninos, satisfazendo-se ainda mais.
- Yuuki!
Uma das mãos do menor, deslizou até o ombro dele e cravou as unhas no local, gemendo alto ao senti-lo cravar as presas na pele, cada centímetro de suas presas que deslizaram para dentro, puxou levemente os cabelos dele e sentiu a pele rasgar, soltando-o e fechou os olhos, encostando a cabeça na parede tentando manter os olhos abertos mediante a dor em grande forma que tomava o corpo.
Uma das mãos de Yuuki permanecia na parede, quanto a outra fora igualmente no ombro do menor, apertando-o e passou a deslizá-la sobre seu braço, chegando a cintura e logo sobre a coxa, que ainda envolvia a cintura, apertando-a entre as unhas compridas, e continuou a sugar o sangue do garoto.
- Yuuki... Vai sugar todo o meu sangue.
Kazuto murmurou, deslizando a mão pelas costas dele, arranhando-o e deixando marcas vermelhas na pele, era o máximo que conseguia fazer com as próprias unhas humanas.
- Me fode, hum...
Murmurou novamente, mordendo o lábio inferior e manteve os olhos fechados, sentindo o sangue sumindo das veias aos poucos.
Ao deixá-lo, o maior pendeu o pescoço para trás e aspirou ar aos pulmões mórbidos, suspirando com os belos lábios sujos de sangue. Os braços seguraram o menor entre eles novamente o jogou na cama.
Kazuto gemeu baixo ao ser jogado na cama e sentou-se, puxando o outro pela roupa intima. Os lábios se colaram ao abdômen dele, beijando-o algumas vezes e deixava a língua tocar a pele, dando leves mordidas em alguns locais, e claro, a vista estava turva, pediu a ele que transasse consigo, porque era a única maneira de arrancá-lo do próprio pescoço antes de desmaiar.
Uma das mãos de Yuuki deslizou ao cós da peça e baixou-a sem delongas, segurou o sexo em movimento sem lentidão e empurrou a cabeça do garoto contra o falo, encaixando-o em sua boca, e voltou a puxá-lo por madeixas, repetindo os movimentos de modo frenético.
As mãos do pequeno apertaram a cintura do vampiro e logo colocou o membro dele na boca como empurrado, sugando-o e seguindo os movimentos que o outro queria. Uma das mãos deslizou até o local e massageou a extensão onde a boca não cobria, deixando que a língua passasse pela glande algumas vezes antes de colocá-lo novamente na boca e tentava contornar aquele ritmo quase insano dele, sem que engasgasse ao senti-lo tocar a garganta.
Yuuki continuou a segurá-lo pelos cabelos, segurando-os com firmeza, empurrando-o pelo alto da cabeça contra o sexo, conforme movimentava o próprio quadril.A mão de Kazuto deslizou até a coxa do outro e arranhou levemente a parte interna da mesma, enquanto a outra deslizou pelo próprio corpo e apertou o membro sobre a roupa intima, gemendo baixinho contra a ereção do outro, continuando os estímulos que fazia com a boca.
O mais velho deu continuidade, alguns longos minutos com a sucção imposta por si mesmo, sentiu um arrepio correr o dorso da coluna e puxou o sexo da boca do menor, deixando-se atingir o ápice, sujando-lhe a face com o prazer sentido. Kazuto fechou os olhos e levou uma das mãos a face, limpando o líquido do local e levou aos lábios, lambendo-o nos dedos enquanto ergueu a face e o fitou, estreitando os olhos. Enquanto recebera o olhar, um sorriso nascera no canto esquerdo dos lábios do maior, notavelmente sem o minimo de graça ou cortesia.
Kazuto deitou-se e puxou o outro sobre si, selando os lábios dele algumas vezes e desviou os beijos ao pescoço do novo namorado, mordendo-o levemente, sentindo o perfume que tanto gostava e a mão ainda suja deslizou pelo tórax do vampiro, sujando-o com o próprio prazer, rindo baixo contra a pele. Yuuki suspirou e jogou-se ao lado, deixando de estar sobre o menor.
- ... Faça algo pra me excitar pelo menos.
- Ah você é tão insuportável.
O menor se sentou sobre ele e abaixou-se, os lábios beijaram desde o pescoço até o tórax, limpando o local onde havia sujado e mordeu-lhe levemente o mamilo, sugando-o em seguida. Yuuki fechou os olhos e suspirou, permanecendo a sentir somente aqueles movimentos do menor e tentativas de excitá-lo de alguma forma. Kazuto desceu até o abdômen do outro, dando pequenas mordidas e logo subiu até alcançar-lhe os lábios, selando-os.
- O que foi, hum?
- Nada...
Disse o maior apenas, permanecendo com pálpebras unidas, escondendo as íris claras.
- Você está me irritando tão silencioso. Não quer me bater? Me espancar? Não fique desse jeito.
- Vai embora.
- Não!
- Ah... faça o que quiser.
- Yuuki!
- O que é?
- Pare de ser chato!
Yuuki descerrou as pálpebras e encarou a face alheia. Kazuto segurou uma das mãos do outro e levou até o próprio tórax, pressionando as unhas contra a pele e abrindo algumas feridas, deixando até escapar um gemido baixo e piscou, tentando falar coisas com algum nexo visto que pouco tonto.
- Eu sei que você gosta de fazer isso, hum...
As íris do maior mantiveram-se fixas na figura alheia, sem nenhuma alteração mediante o ato alheio. O menor arqueou uma das sobrancelhas e aproximou-se do pescoço dele, fechando os olhos com força, hesitando em mordê-lo, faria qualquer coisa por uma reação do outro, mesmo que negativa. As presas roçaram pelo local, sentindo a pele macia, poderia muito bem rompê-la, sentir o sangue escorrer para os lábios, podia até mesmo sentir o gosto dele, parecia tão bom, tão saboroso, mas se afastou, o medo era maior do que a vontade de mordê-lo.
- Te corto em mínimos pedaços se me morder.
- Então faça alguma coisa...
- Não estou com vontade.
O menor beijou o pescoço dele algumas vezes e afastou-se, observando-o até que as lágrimas deixaram os olhos, acertando um soco ao lado dele do colchão.
- Por que é tão mau comigo?!
- Por que está chorando, Cinderela?
O menor o fitou e parou de chorar ao ouvir o apelido.
- Faz tempo que não me chama assim...
Yuuki abriu um pequeno sorriso, maldoso nos lábios e negativou, buscando ao lado da cama a pequena caixa de lenços.
- Eu se fosse você, beberia algo, ou vai acabar desmaiando por aí, e eu não vou cuidar de você.
Kazuto o observou, cenho franzido e não sabia o que dizer a ele, era evidente que ele não tinha nenhum interesse em si, se não usar como um buraco. Levantou-se, meio cabisbaixo e assentiu, buscando as roupas pela cama.
- Pode pegar algo na cozinha.
O menor desviou o olhar a ele novamente, arqueando agora uma das sobrancelhas e viu o vampiro se ajeitar para dormir na cama, cobrindo-se com o edredom, mesmo tendo acabado de acordar. Kazuto negativou, primeiro repelia a si, depois dizia para ficar, ele era louco, só poderia ser.
- Vou pedir que façam algo pra você comer.
- Estou bem, obrigado.
- Não vai comer?
- Não.
- Quando foi a última vez que se alimentou?
- Há alguns dias, mas estou tomando soro.
- Não faz diferença. Mas não vou insistir, faça o que quiser.
- Não se preocupe, não importa.
- Você quer que eu me importe e se faço, você não obedece, então não tenho porque me importar. No fim aparentemente você só que saber de amor.
Asahi desviou o olhar a ele ao ouvi-lo e permaneceu em silêncio.
- Algo mais importa na minha vida, Kazuma?
- Me diz você.
- Eu não tenho nada na minha vida, eu não tenho família, eu não tenho mais o meu cargo, eu não tenho mais casa, eu não tenho mais nada, você é a única coisa que eu tenho. Agora me diga, porque eu vou me preocupar em me alimentar, em cuidar de mim se você se quer se importa em vir me ver? E quando vem, só quer me xingar e falar sobre como eu sou irresponsável e que não voltará mais de eu não me cuidar. Você ficou duas semanas sem aparecer, duas semanas, você vem, dorme comigo e vai embora, tenho que implorar pra ter um lugar do seu lado na cama, você não me ama, você gosta do meu corpo, você gosta que eu te dê prazer por meia hora, e depois você volta ao seu mundo normal como se eu não existisse, como se eu não significasse nada pra você. Então por que? Você pode ser uma rocha, mas eu não sou. Eu tenho sentimentos, alguns que eu nunca havia sentido antes, e eles me confundem, mas só me fazem parecer um idiota maior.
Kazuma ouviu tudo o que dizia o rapaz, e sabia qual era sua intenção ao dizê-lo, no entanto, o contrário do que ele queria, fazia-o parecer ainda mais estúpido. Sabia que como ele dizia, era uma rocha, mas podia se permitir a sentir.
- Você quer meu amor, Asahi? Não vou mentir, gosto de te comer, principalmente porque quando te como você não é tão lamentável. Se eu quiser um homem, eu não quero um escravo. Não quero ser o tudo de alguém, quero ser uma parte. Não quero ser a porra do combustível que te faz viver. O que você quer, se você parte por duas semanas, você quer encontrar a pessoa que te esperou com avidez e saudade ou aquele que te espera debilitado porque não consegue viver sem seu "Combustível"? Quer me receber com um sorriso ou um abraço apertado ou a porra de uma doença porque está tão triste já que só tem esse "amor"? Não precisa viver por amor, moleque, você pode viver e ter um maldito amor na sua vida. Não quero uma criança depressiva e fodida por causa de amor, a hora que criar maturidade verá que não estou esperando encontrar alguém sempre feliz, mas também não quero alguém que confunde amor com dependência, como motivo de vida. E se eu venho duas semanas depois e quero sexo, é porque é uma das formas mais profundas de estar perto de alguém. Não precisa estar 24 horas do lado de alguém pra poder viver e amar. Agora não espere que um homem na minha idade vai gostar de uma criança que não se dá o trabalho de mostrar algo bom, só quer mostrar o quanto só conhece isso, e o quanto sou tudo o que você tem. Não quero ser algo tão superficial que você tem porque é a única coisa que existe na sua vida, as pessoas querem ser algo que você escolhe dentre tantas outras. Pare com isso, simplesmente pare com essa merda porque é irritante, aprenda que todos tem formas diferentes de querer algo, alguém ou de demonstrar as emoções. Você não é tudo pra mim, não é a única coisa que conheço e não é a única coisa que vai estar na minha vida, mas se dentre tantas outras malditas coisas que estão no meu dia-a-dia e ainda assim eu encontro uma parte desse tempo pra te encontrar, é porque também é importante, ah? Malditas crianças.
Asahi desviou o olhar a ele ao ouvi-lo e numa certa parte, desistiu, ele mesmo dizia a si que pessoas tinham formas diferentes de sentir algo e por fim, cuspia em si que deveria estar sempre animado com tudo que acontecia ao redor, que era na verdade, deprimente. O país estava em guerra, não tinha companhia, não era mais um padre, tudo que conhecia havia morrido, não sentia sensações básicas, sempre fora deprimido, não era mais nada, mas tinha que estar feliz mesmo assim. Assentiu, e se era alguém superficial que ele queria, o seria, de todo modo ele havia dito a si que era importante para ele de alguma forma, embora não como gostaria de ouvir. Por um momento se lembrou de que ele havia dito a si que poderia matar a si se quisesse, e preferia pedir aquilo a ele a ouvir todo aquele discurso. Talvez ele preferisse uma pessoa sempre feliz, afinal, ninguém consegue viver com alguém tão triste.
- Certo, vou estar super feliz na próxima vez que você vier. Me desculpe por ser tão infantil.
- Falei, falei e você não entendeu. Eu vou embora, não vou vir mais te usar como um buraco. Vou fazer como fazíamos, trago o que precisam e você não fica tão ferrado, até porque, seu erro foi o que fizemos, você nasceu pra ser um padre.
- Você que sabe, Kazuma. A culpa é sempre toda minha de todo modo, sou um idiota que não sabe cuidar de mim mesmo. Me deixe "ferrado" no meu mundo como sempre, afinal, fazer parte dele é chato.
- Não costumava ser. Disse o maior e por fim se levantou, não estava com paciência, ele também não e no estado em que estava, não tinha cabeça parar amenizar. O menor estreitou os olhos, embora ainda agarrado ao maldito quepe dele e manteve-se em silêncio por quase um minuto inteiro, por fim virou-se, as lágrimas já a escorrer pela face novamente e observou o quarto, agora vazio. Negativou, encolhendo-se na cama e ponderou por um pequeno tempo, porém levantou-se rapidamente, correndo até a porta, claro, que o soro não seguiu a si e a agulha quase rasgou o braço se não fosse por perceber que havia um fio preso a si e o arrancou, saindo do local e o viu no corredor a seguir para a escada.
- Kazuma!
O moreno deixou seu quarto, queria ir embora e não ter de se preocupar com ele, talvez três dias fossem mais que a cota do que costumava ter de preocupação com algo que não fosse alguém tão específico. No entanto, ao ouvi-lo parou, virou-se a fita-lo de soslaio e notou que havia saído da cama. Ao voltar para ele, pegou no colo e devolveu para a cama.
- Fique aí.
Asahi uniu as sobrancelhas ao vê-lo voltar e claro, achou que ia levar um soco, porém fora pego no colo e encolheu-se, sentindo a cama macia abaixo de si.
- Iie! Não vá embora!
- Não estou com saco, você também não está, não imagino que vá sair algo produtivo daqui.
- Kazuma... Deite comigo.
- Não, vou pedir que a Mika coloque o soro novamente.
- Não... Por favor. - O loiro falou, e sentia as lágrimas que escorriam pela face.
- Tá tá, pare de chorar.
- Pare de chorar. Se não vai comer, vai tomar soro.
Asahi levantou-se novamente, unindo as sobrancelhas devido a posição dele e segurou-o em suas mãos, embora o sentisse resistir a si e tentar se soltar e segurou-o firme no local.
- Kazuma... Kazuma! - Falou, o suficiente pra fazê-lo parar com seus movimentos. - Me fode.
Falou, claro, no calor do momento, porque jamais diria algo assim e sentiu o arrepio percorrer a coluna, não sabia se estava excitado ou se era vergonha.
Kazuma fechou os olhos e puxou a mão, antes que ao invés de puxa-la levasse com um tapa bem dado em sua bunda. No entanto antes que desfizesse o toque o ouviu dizer, de modo incomum, e deveras apelativo. Arqueou a sobrancelha, e o fitou deixando claro que aquilo era bem inesperado.
O menor permaneceu a observá-lo por um outro minuto quase inteiro, esperando alguma reação dele, e a essa altura, já havia parado de chorar, óbvio porque o que disse ia contra tudo o que acreditava, mas já ia provavelmente, queimar no inferno segundo a própria religião mesmo, uma palavra a mais uma a menos...
- Isso é anemia.
Asahi arqueou uma das sobrancelhas a observá-lo e negativou, tão pasmo quanto ele. Aproximou-se quase num pulo e agarrou-o junto a si, empurrando a língua para a boca dele e iniciou um beijo, com tanta vontade quanto havia dito a frase.
O maior teve de levar as mãos habilmente para segura-lo conforme pulou e sentiu a boca umedecer com seu beijo, um pouco amargo, tinha gosto de lágrima e remédio. Mas era firme, mais do que provavelmente já houvera feito outra vez. No entanto, negou e empurrou-o de modo que seu lábio estalou contra o próprio ao ser interrompido.
- Na, não sou tão bonzinho, Asahi. Vai precisar me implorar.
- Não... Kazuma...
O menor murmurou ao senti-lo cessar o beijo e uniu as sobrancelhas, tentando empurrar novamente a língua em seus lábios.
- Eu disse não. - Disse, impassível. - Saia de cima, vai precisar se ajoelhar.
As mãos do moreno deslizaram pelo corpo nu do maior sobre o próprio, a seda do quimono já estava no chão, fazia frio lá fora, mas não sentia, o corpo coberto com a pequena camada de suor e o outro sobre si, havia aquecido a pele há pouco. Acariciou-lhe os cabelos loiros e abriu um pequeno sorriso, recuperando a respiração ao poucos enquanto o sentia com a respiração pesada contra o próprio pescoço. Levou uma das mãos em frente aos lábios, fazendo sinal de silêncio e riu baixinho, virando-se e lhe beijou a face.
- Cansado, hum?
- Já amanheceu?
Fei indagou ao que voltou os orbes cinzas a direção dos azulados postos defronte. Abaixou-se a beija-lo no pescoço, sentindo o sabor suave do pouco suor que revestia sua pele translúcida.
Hazuki assentiu, unindo as sobrancelhas e levou uma das mãos a face do outro, acariciando-o.
- Bom dia, amor.
- Zaoshang, wo de ai.
O loiro sussurrou-lhe ao pé do ouvido e mordiscou-lhe o lóbulo da orelha a solta-lo e se voltou ao rosto alheio. Hazuki sorriu.
- Estou com fome. Sexo dá fome, e não comemos nada desde ontem.
- Pois é... Quer que eu prepare algo pra você?
- Quer sair pra comer algo?
- Podemos chamar os meninos.
- Claro... Mal dormimos... - Murmurou, manhoso.
- Hum?
- Dormimos muito pouco...
- Então você quer dormir?
- Iie. Vamos comer algo ne.
- Não entendi você, Gongzhu.
- Eu só estou um pouco cansado, nada demais.
- Esqueça, ficamos aqui então.
- Não... Vamos, Fei. Não quero te deixar com fome.
- Meiyo, vamos dormir e depois nós vamos quando acordar.
- Ta bem ne.
Devagar, Fei deixou o corpo do companheiro, ao caminho de se deitar ao seu lado e se acomodou no futon de macios tecidos, quentes.
- Quer tomar banho antes?
- Quero...
- Então vamos.
O menor assentiu e o abraçou forte.
- Eu gosto tanto de fazer amor contigo.
- Uh, adoro fazer amor com você.
O menor riu baixinho, Levantando-se e pegou o próprio quimono, vestindo-o. Fei sorriu a ele, uma curva tênue que se dissipou ais poucos. Levantou-se ajeitando a roupa que usaria pra dormir envolta ao corpo mesmo pouco transpirado e junto do companheiro, seguiu o caminho a saída do quarto, em passos meticulosos em busca de evitar barulho. Hazuki caminhou devagar pelo local, seguindo ao local a frente e riu baixo ao adentrá-lo.
- Fei, estamos quebrando todas as regras possíveis do Katsuragi... Eu gosto.
- Uh, sei, uma hora morre de medo e outra hora diz que gosta.
Dizia o maior ao adentrar a casa de banho após a saída da residência. Tirou a veste e foi logo, deixando-a pendurada próxima dos assentos e as prateleiras com toalhas.
- Já está claro, o dia está um pouco cinza.
- É que ter medo é bom. - Riu. - Quer tomar banho de chuveiro ou na banheira?
- Quero só o chuveiro, bem quente.
- Hai.
O moreno ligou o chuveiro, sentindo a temperatura e logo afastou-se, retirando o quimono e deixou-o junto ao do outro. O loiro se pôs embaixo do chuveiro, na água bem quente, o contrário do clima lá fora, frio e leve sereno de chuva. Hazuki aproximou-se do outro, abraçando-o e sentiu a água quente tocar a pele, causando um pequeno gemido em si, desacostumado a temperatura.
- Muito quente? - Fei levou as mãos a repousarem sobre seus quadris.
- Hai... - Murmurou, encolhendo-se.
Fei ajustou a água, amenizando o calor dela.
- E agora?
- Agora está bom.
- Ya.
A mão do loiro voltou levar ao quadril do outro, o trazendo ainda mais próximo consigo. Hazuki abriu um pequeno sorriso, abraçando-o e ergueu pouco o corpo, selando-lhe os lábios. O loiro abaixou-se na diferença da altura, o retribuindo no selar de lábios e logo, pediu pelo beijo no roçar da língua.
O moreno o beijou, adentrando-lhe os lábios com a língua igualmente e massageou a língua do outro com a própria. Fei roçou-as em movimentos sem rapidez, tão calmo, quanto a chuva fina que caia lá fora, mas sem lentidão.
Hazuki encostou-se na parede atrás de si, com cuidado, puxando o outro consigo apenas para sentir ainda mais o corpo dele e deslizou as mãos pelas costas do maior, acariciando-o. O maior acariciava-o com as mãos em teus quadris e cintura, às vezes ousava nas nádegas e tornava ao passeio, enquanto a língua tão igual, passeava pela boca cálida do moreno.
O menor suspirou entre o beijo, sugando-lhe a língua para si e lhe deu uma pequena mordida no lábio inferior, cessando o beijo por alguns segundos.
- Não cansa do meu corpo não? - Murmurou.
- Não tem como. - Fei sussurrou entre o toque de lábios.
Hazuki riu baixinho.
- Mas... Eles abusam tanto de mim... E mesmo assim ainda gosta tanto assim do meu corpo?
- Você gosta do meu?
- Muito.
- Então eu não preciso responder sua pergunta.
Hazuki sorriu, selando-lhe os lábios.
- Você já foi uke...?
- Já fizeram proposta, mas sabe que a casa de divide em cortesões submissos e dominantes.
- Hum... Então, você é só ativo? - Sorriu.
- Ya. Por quê?
- Só queria saber ne.
- Está pensando em me fazer proposta também?
- Claro que não. Eu não conseguiria ser ativo ne.
Fei riu baixo.
- O que?
- Nada, só estou imaginando você como um ativo.
- Não ia dar certo. - Riu. - Eu sou pequeno...
- Ya, é uma princesa mimada e frágil.
- Hai.
- Que eu devo cuidar e comer muito.
- Cuidar sim, comer muito não devia hein, uma hora vai cansar.
- Vou cansar?
- Uma hora vai cansar de mim.
- Você é inseguro demais
- Somos prostitutos.
- E daí?
- Como você disse... E se um cliente tira você de mim?
- Ah, não seja tão bobo. Não me cansei com mais de dois anos de amor não correspondido, por que cansaria agora que o tenho?
Hazuki sorriu.
- Hai... Tem razão.
Fei deslizou uma das mãos pelo corpo do menor a frente, que estremeceu sutilmente conforme o toque de seus dedos quentes, e mesmo que houvessem terminado de fazer amor há pouco tempo, a pele se eriçava quando o sentia tocar a si, mesmo que o toque fosse sutil.
- O que está fazendo?
- Hum, o que acha, Gongzhu?
- Mas acabamos de fazer...
- Isso não impede nada.
Hazuki uniu as sobrancelhas e assentiu, de fato isso era verdade, apesar de saber que certamente estaria dolorido aquela altura, mesmo assim não o recusou. O pequeno se virou em frente a ele e guiou ambos os braços ao redor do pescoço do maior, puxando-o para si conforme ergueu-se na ponta dos pés e lhe selou os lábios, empurrando a língua para sua boca logo em seguida, iniciando um beijo.
Fei segurou o pequeno entre os braços e sentia a água morna escorrer pelo corpo, molhando os dois, aproximando ainda mais os corpos e estava gostando de viver com ele daquele modo, como queriam, mas sabia que o menor não gostava muito do fato de ser um prostituto, ao contrário do que a si pensava, que somente o fazia por diversão.
O menor deslizou a mão pelo corpo do loiro, até alcançar seu membro entre os dedos, deslizando por ele e apertando-o suavemente entre os dedos, numa suave carícia, não sabia se ele pretendia ir até o fim com aquilo, mas pelo modo como o outro olhava para ele, certamente, e Fei não parecia querer muitas delongas, pois segurou Hazuki pelos quadris e virou-o rapidamente encontro a parede, colando o corpo ao dele e deixando-o sentir o sexo contra suas nádegas.
Hazuki gemeu e estremeceu conforme sentiu a parede fria, afastando-se dela a apoiar-se ali com ambas as mãos, e logo sentiu os dedos do outro ao redor do sexo, segurando aquela parte, estimulando-a como fazia com ele antes.
- F-Fei...
- Feche os olhos, Gongzhu.
O menor suspirou e o fez, assentindo a ele, apreciando aqueles toques suaves, que logo foram cortados quando os passos foram audíveis pela casa de banho, roubando a atenção do moreno.
- Fei, tem alguém aí...
O loiro desviou o olhar em direção a porta, visto que era mais fácil para ele do que para o menor e só então viu ali os dois garotos, o ruivo e o loiro, Mitsuki e Isumi, serviçais do qual tanto falavam, serviam a ambos, e pareciam estar ficando juntos, eram bons garotos, por isso tinham tanta pena de deixá-los por ali e simplesmente ir embora.
- Calma, é só o Isumi e o Mitsuki.
- Está me mandando ter calma? Eles vão ver a gente...
- Como se já não tivessem visto coisa pior, não se preocupe.
E ao dizer, Fei roçou-se entre as nádegas do menor e empurrou-se para dentro, sem dificuldade visto que há pouco faziam sexo. Hazuki estremeceu conforme o sentiu se empurrar para si e mordeu o lábio inferior, contendo o gemido que queria deixar os lábios.
Mitsuki puxou o ruivo pelo braço, seguindo com ele para dentro da casa de banho, e de certo modo saíam juntos, tomavam banho juntos, haviam sido criados juntos, mas não namoravam como todos pensavam que faziam. Mitsuki gostava de Isumi, mas não parecia ser recíproco. Haviam ido, de madrugada para banhar o corpo somente e conversar, visto que não conseguiam dormir e Fei e Hazuki, que eram a quem serviam, não estavam na cama, e só agora haviam descoberto o porque.
Mitsuki voltou os cabelos loiros, deixando-os deslizar pelas costas e Isumi fez o mesmo, com seus fios ruivos, ainda não haviam se dado conta de que os dois estavam ali, somente depois de colocar as toalhas no chão fora que viram os pés de Hazuki.
- ... D-Desculpem!
Fei deu um sorrisinho de canto e negativou, empurrando-se para o corpo do menor, que gemeu e escondeu a face em meio aos cabelos.
- Fiquem a vontade.
O loirinho fitou a ambos, um pouco envergonhado, e não conseguia simplesmente fingir que não estavam ali, mas de fato, estava acostumado a exposição sexual, trabalhava num bordel afinal. Desviou o olhar ao ruivo, que fitava-os meio de canto de mesmo modo, embora um pouco mais solto em relação a isso, e ligou o chuveiro, retirando o kimono a deixá-lo pelo chão assim como a roupa íntima e ambos se fizeram nus assim como os outros, entrando na água.
- F-Fei não...
Hazuki murmurou e o loiro sorriu a ele, passando a se mover contra seu corpo rapidamente e segurava o menor pelos braços, puxando-o para trás e mantendo a arqueação de seu corpo, vendo-se entrar e sair de seu corpo, como havia visto poucas horas atrás. O moreno abaixou a cabeça, deixando os cabelos caírem sobre a face, envergonhado ainda com a exposição aos mais jovens e tentou conter os gemidos, mas o maior sabia que ele tentaria fazer isso, por isso, empurrou mais firmemente o corpo contra o dele, arrancando os gemidos que tanto queria ouvir do mais baixo.
Mitsuki observava-os de soslaio, com um nó na garganta, ou talvez uma estranha sensação no baixo ventre, gostava de vê-los, já havia feito isso antes, embora não devesse, e fora por isso que inclinou-se em direção ao ruivo, beijando-o em seu rosto, um beijo sutil, que seguiu aos lábios em seguida.
- O que quer, Mitsuki? Não pode vê-los que já quer fazer igual?
- Qual é o problema?
- Nós não fazemos essas coisas.
- Mas Isumi... Prefere ficar comigo ou com um desses homens que vem ao bordel?
O loiro seguiu a beijar o ruivo no pescoço, dois, três beijos, enquanto ouvia de fundo o barulho da água e dos corpos dos dois a se encontrarem, os gemidos suaves de Hazuki, e era uma espécie de afrodisíaco.
Fei abriu um pequeno sorriso, claro que sabia o que eles queriam fazer, mas também sabia que por ser a primeira vez deles, certamente iriam preferir um lugar mais reservado, então ficariam só naqueles toques sutis, beijos e carícias, talvez masturbassem um ao outro somente, e ainda não conseguia identificar quem seria o ativo ou passivo.
- Ah...
Hazuki gemeu, empinando o quadril ao sentir o outro atingir a si no local onde gostava, ele já conhecia, e desviou o olhar ao garotos parados ao lado, nunca os havia visto trocar carícias, mas agora pareciam estar fazendo isso entre si, e achava bonitinho mas ainda tinha vergonha de ter o corpo tão exposto a eles, ser pego pelo loiro enquanto outras pessoas assistiam, era no mínimo estranho, já que isso era proibido.
Fei puxou o menor rapidamente, virando-o e segurando-o no colo, colocando-o se frente para ele, e encostou as costas nuas do menor a parede novamente, deixando-o se arrepiar com a temperatura, e novamente, se colocou dentro de seu corpo.
O moreno gemeu, fechando os olhos e fingindo que estavam só os dois, que mais ninguém estava ali, e mal sabia ele que estava sendo observado, e bem observado pelo outro loirinho menor, que tocava o ruivo a frente com carícias ainda suaves, vez ou outra se roçando a seu sexo.
Fei observou-o com um sorriso sacana e selou os lábios do pequeno algumas vezes.
- Está com vergonha é? Achei que isso fosse natural a você, visto que o tempo todo o faz.
- Nunca transei com alguém enquanto era visto por outra pessoa... Tenho a sensação de que estão me julgando.
- Ah, Gongzhu, ninguém está julgando você. Está excitando aos dois. Pense o quão excitante é para eles ver o seu corpo junto do meu, me ver entrar e sair de você, os movimentos, os gemidos, não parece prazeroso?
Hazuki manteve-se silencioso enquanto o ouvia, de olhos fechados imaginava a imagem exatamente como ele descrevia, e sentia ainda suas investidas firmes contra o corpo, que foram suficientes para trazer a si o ápice, e junto dele o gemido mais alto, sem se importar com quem estava observando.
Fei sorriu a ele novamente, visto que sentia os apertos de seu corpo, as sensações tão quentes e prazerosas e passou a se empurrar mais forte, firme até que igualmente deixasse o prazer sentido no corpo do outro.
As mãos do maior deslizaram pelas coxas do pequeno, colocando-o no chão a medida que esvaído todo o prazer e finalizou a compassar a respiração, desviando só então o olhar aos garotos ao lado, vendo-os naquele estranho toque ainda e sorriu a eles.
- Com licença, meninos.
Disse, e após lavar rapidamente o corpo, se retirou junto do moreno, deixando para eles somente a lembrança do que havia ocorrido ali naquela noite.