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fevereiro 2017
Alguns minutos haviam se passado desde que Daisuke saíra do quarto, certamente atrás de comida. Misaki suspirou, os olhos percorrendo o quarto grande e sentia frio, puxou os cobertores sobre o próprio corpo, sentindo-se pouco mais quente. A mão ajeitou a camisa pouco erguida e tocou o próprio sexo por acidente, ereto e fechou os olhos, mordendo o lábio inferior.
- Não dá... Toda vez que eu fecho os olhos eu penso nele de qualquer maneira...
Murmurou, deslizando uma das mãos pela própria coxa, subindo ao membro e envolveu o mesmo com a mão, sentindo a face corar por um segundo, afinal, nunca havia se tocado. Deslizou a mão pelo local numa leve caricia, mantendo os olhos fechados e passou a mover a mão, estimulando-se e dos lábios escaparam pequenos gemidos, entre eles o nome do maior. Mordia o lábio algumas vezes, lembrando-se de cada toque pelo corpo, cada beijo, aquela pele tão fria que ficava tão quente quando ambos estavam juntos. Deslizou a mão pelo local, alcançando o ponto intimo do corpo e o tocou com um dos dedos, sentindo a face se corar ainda mais e subiu a mão novamente até a ereção.
- Uh.
Um riso dos típicos soprados pelo vampiro, o fez ao constar das pequenas brincadeiras do jovem andrógino em seu quarto. Estivesse lá ou não, seria capaz de saber o que o rapaz estava a fazer. Horas, três ou quarto, haviam se passado desde a saída da moradia. Como numa rotina noturna, havia se fartado em sangue e limpava os lábios com o contorno pela língua, saboreando as ultimas gotas restantes de um ótimo jantar. A excitação de fato já havia passado, talvez a fome tivesse o feito ansiar ainda mais por si. Ao pisar na entrada de casa, tornou a fechar a porta e deixá-la para trás, talvez com o sentimento novo de ter alguém dentro dela a esperar pela volta, imaginava se ele estaria satisfeito com suas próprias mãos, e um riso sutil abandonou o cainita enquanto seguia ao quarto.
- Cheguei, Misaki.
Após algum tempo com as próprias provocações, Misaki acabou desistindo das mesmas, sentia a face tão corada como se alguém pudesse ver a si. Levantou-se e caminhou até o banheiro, ligando o chuveiro e retirou a camisa, se colocando abaixo da água morna, tomando um banho rápido apenas para voltar até a cama. Vestiu novamente a camisa do outro, confortável e deitou-se, virou-se de lado na cama, escondendo a face com o travesseiro e fechou os olhos, suspirando. Ouviu os passos pelo local, abrindo os olhos rapidamente, percebendo que havia cochilado, afinal, não estava realmente com sono. Sentou-se, na cama, observando o outro.
- Está bem?
Daisuke indagou tênue a fechar a porta do quarto e retirar o casaco comprido que desnecessariamente havia trajado antes de sair.
- Hai... Por quê?
- Por nada, desmaiou algum tempo atrás.
O maior concluiu e caminhou até a cama onde se sentou a beira e levou uma das mãos ao rosto do rapaz, acariciando-lhe a bochecha.
- Obrigado por se preocupar. - Sorriu. - Está melhor?
- Estou cheinho. - Daisuke comentou o vampiro num riso breve e tão sutil, quebrando a pouca distância que tinha do alheio e lhe beijou os pequenos e bonitos lábios. - Deveria levá-lo para casa?
Misaki uniu as sobrancelhas, retribuindo o beijo e assentiu, abaixando a cabeça.
- H-Hai... Daisuke.
- Ou não.
O maior comentou novamente a deslizar os dedos abaixo do queixo do outro e elevá-lo novamente a direção da própria face, que ainda tinha os olhos nítidos pela quantidade de sangue ingerida. A face do menor se corou ao ouvi-lo e observou os olhos bonitos do outro.
- Já o incomodei o bastante...
- Por que não quer ir?
- Eu quero ir... - Falou baixo.
- Por acaso está com medo de alguma coisa?
O menor negativou.
- Não pense que está me incomodando, porque não está. É ótimo ter a presença de meu belo noivo por aqui.
Num timbre cortês concluiu o cainita, e por fim um riso sutil na conclusão da frase deu o ar da brincadeira. Misaki uniu as sobrancelhas e logo ouviu o riso do outro, rindo baixinho.
- Tá bem, meu amor.
Ao fim do riso, Daisuke apenas um sutil expandir dos lábios o qual manteve.
- E então?
- Eu posso ficar? - Riu baixinho.
- Bem, se quiser.
- Eu quero
- Hum, está bem. Mas e o trabalho? Roupas para ir ao serviço.
- É mesmo... Venha pra minha casa comigo. - Sorriu.
- Levá-lo?
- Hai...
- Você parece apaixonado, Misaki. - Daisuke riu em tom mínimo.
- Não estou. - Fez bico.
- Está confuso. - O maior acariciou-o no contorno facial, desviando os dedos sutis antes em seu queixo. - Está se apaixonando por mim, ah?
Misaki observou-o, permanecendo quieto por um tempo e aproximou os lábios dos dele, selando-os apenas e logo se afastou, brusco.
- Pare de dizer besteiras!
- Besteiras?
O maior disse ao meio do riso e o desproveu da carícia tênue que antes lhe dava com os dedos.
- Hai... Como eu estaria apaixonado? Te conheço há pouco tempo.
- Eu não disse que estou apaixonado.
- Você me disse que estava apaixonado. - Riu.
- Eu disse que está se apaixonando, e fiz uma pergunta, não afirmei. Sua agitação só me faz crer que sim.
- Você disse que estava apaixonado pela minha beleza. - Riu e piscou a ele.
- Fugir do assunto e não negar me faz crer novamente que está se apaixonando por mim, Misa-chan! - Daisuke brincou ao apelidá-lo num meio riso de tom baixinho e sutil, quando por fim o cainita voltou suas orbes sem nitidez do jovem e afirmou. - Sim, é realmente muito bonito, Misaki.
Misaki riu baixinho, sentindo a face se corar ao ouvi-lo e lhe selou os lábios.
- Obrigado. - Puxou-o sobre si, rolando na cama e ficou sobre ele, colocando as pernas ao lado do corpo do vampiro, sorrindo ao fitá-lo. - E se eu estiver apaixonado?
As ambas mãos do maior, abruptamente se voltaram às laterais do alheio abaixo, porém ao revirar de corpos, estas repousaram sob seu corpo. Numa massagem sutil sobre a coxa direita do rapaz, enquanto a própria mão esquerda se levou ao rosto do jovem andrógino e suas feições bonitas, trazendo-o entre proximidades através de seus cabelos macios e ondulados o qual o fitou bem próximo ao delicadamente puxá-lo.
- Foi por isso que desejei avidamente fazer amor com você naquela noite, ao invés de simplesmente lhe usar feito um banquete de sangue.
Misaki abriu um pequeno sorriso nos lábios, aproximando-se ainda mais do maior e lhe selou os lábios.
- Porque me acha bonito?
- Me excitou demais, Misaki. Sou alguém difícil de ter-se atencioso à alguém, porém aquele dia meus olhos não se desviaram de você. No momento em que o vi, talvez estivesse bêbado, eu achei que seria um rapaz mais difícil, porém me cumprimentou logo com um oi bem atrevido. - Riu o vampiro. - É claro que por ser tão bonito me chamou atenção, mas talvez meu instinto não esteja tão vagabundo à ponto de me fixar a um rapaz por ser belo, tanto que este rapaz fora capaz de gerar um filho meu em sua barriga. Sou um romancista, gosto de fazer amor e não sexo, Misaki. Tenha certeza que não vou com qualquer pessoa para a cama.
Misaki levou uma das mãos aos cabelos do outro, acariciando-os enquanto apoiava-se ao lado dele com a mão livre. O olhar percorreu a face dele, cada pequeno detalhe, tão perfeito do vampiro e novamente lhe selou os lábios, repetindo o toque algumas vezes.
- Gosto de você... Não por ser o pai do meu filho... Gosto mesmo de você. Você é atencioso comigo, cuidadoso, romântico, carinhoso... Lindo, delicado. No começo, eu quis me apegar a você por medo do que pudesse acontecer, eu estava com medo de tudo... De ter o bebê, de ficar sozinho novamente... Mas agora eu percebo que eu não quero ir embora porque eu quero estar contigo, só com você e mais ninguém.
- Quem o vê dizer pensa que estamos a conviver por dias, sendo que esta aqui há dois. É realmente um animalzinho carente, Misaki. - Riu.
Misaki abriu um pequeno sorriso, certamente sem vontade alguma e deitou-se ao lado do maior.
- O que há? - Daisuke virou-se de lado na cama, e sob o punho apoiou o descanso da face voltada a direção do outro. - Pareci indelicado? - O indagou a levar a mão livre de uso a seu rosto afeminado, o acariciando.
- Num instante estava falando comigo de modo carinhoso e no outro como se eu fosse um idiota por dizer o que eu disse.
- É claro que não, Misaki, talvez tenha mal interpretado minhas palavras.
- Talvez eu seja só um animalzinho carente mesmo.
- Hum... É mesmo?
Misaki observou o outro e suspirou, negativando e abaixou a cabeça.
- Uh, por que não aceitamos logo que vamos ficar juntos?
- Porque quando meu sangue acaba, você vai caçar outra vadiazinha. - O menor riu baixo e virou-se de costas a ele, provocando-o apenas. - E me deixa sem sexo.
- Seu sangue não acabou, mas suas forças sim. Não era você o desesperado a não morrer?
- Hã. - Falou baixo, ajeitando-se e cobriu-se novamente.
- Eu sei que lentamente está se apaixonando por mim, como é a confusão que cresce ai dentro, tanto quanto cresce em mim. Mas talvez o deslumbre que me despertou naquela noite, me fizesse saber que mesmo sem vê-lo por um ou mais meses, teríamos de nos encontrar novamente, para que eu pudesse aquecê-lo mesmo nestes braços frios.
Misaki abriu um pequenos sorriso nos lábios e virou-se novamente, aproximando-se dele e abraçou-o, apertando-o entre os braços.
- Gosta de mimos, gatinho carente. - Comentou a envolvê-lo num abraço, e retribui-lo no seu feito.
O menor assentiu, rindo baixinho.
- Então... Vamos ficar juntos?
- Não é preciso que haja feito um homem casado, até que esta se torne uma vontade.
Misaki assentiu e ergueu a face.
- Se... Ficarmos juntos vai ficar com mais alguém?
- Por que eu o faria?
- Não sei... Só estou perguntando.
- Até que se torne meu noivo, continuo com minha rotina noturna.
- Hum... - Assentiu.
Daisuke voltou uma das mãos ao braço do rapaz, e deslizou a ponta dos dedos sob a região, o acariciando como tinha o costume. Misaki sentiu o toque da mão fria pelos braços e arrepiou-se sutilmente, deslizando uma das mãos pela cintura dele, as mãos quentinhas.
- E então... Irá para casa ou passará a noite aqui novamente?
O menor sorriu, observando-o e lhe selou os lábios.
- Quero ficar.
- Certo. Mas irá cedo para casa, ainda tem serviço.
- Hai. - Sorriu e selou-lhe os lábios. - Posso te contar uma coisa?
- Conte.
- Você me deixou tão excitado ontem... - Riu baixinho. - Estava tão desesperado pelo meu sangue...
- Uh, - Riu o cainita como já era de seu costume com um breve sopro nasal. - Que comentário repentino.
- Eu sei... - Riu.
- Qualquer mínimo corte já me deixa daquela forma, por isso o quanto puder evitar de se cortar.
Misaki sorriu, mordendo o lábio inferior.
- É bom evitar se não quiser virar carne seca.
Misaki uniu as sobrancelhas.
- Mas eu gosto quando fica daquele modo...
- Por que não me faz ficar assim por você ao invés de seu sangue?
- Não sei se iria conseguir isso.
Os olhos do vampiro se voltaram aos dedos que devagar caminhavam pelo braço do outro. Misaki sorriu apenas, observando-o.
- Ou acho que sim.
- Não precisa se importar com o que fazer, só não use sangue se não quiser acabar fraco.
- Ta bem.
- Jogo sujo. Misaki diz que não está apaixonado quando usa o sangue pra me seduzir. - Brincou o maior, o provocando e riu no fim.
- Você adora sangue... - Riu baixo. - E adorei ver você feito um cachorrinho seguindo os rastros.
Daisuke arqueou a sobrancelha diante do comentário.
- Ah perdão. - Riu. - Não quis dizer isso
- Sou só o lobo que não quis atacar e acabar com a presa.
- Rawr. - O menor riu, selando-lhe os lábios.
- Uh.
- Não vou mais brincar com sangue então.. - Fez bico.
- Se quiser viver, é bom não brincar demais.
- Hai, afinal... Quando fazemos amor você sempre da um jeito de tirar um pouquinho né? - Misaki riu, mostrando as cicatrizes do pescoço a ele.
- Gosto dos dois juntos.
- Ok, já me tem nas mãos mesmo...
- Hum? - Daisuke indagou a não entendê-lo.
- Você já me tem nas mãos, pode me pedir o que quiser. - Mordeu-lhe o lábio inferior.
- Foi assim tão fácil de conquistar?
- Estou tentando te seduzir, da licença?
- Me seduzir? - Riu o cainita. - Me seduz se me faz ansiar por tê-lo entregue a mim, não me mostrando que já o tenho o quanto eu quiser.
- Hum, certo, romancista.
- Você não vai demorar, né?
Tadashi falou a ele, ao adentrar o carro, na curta viagem que fariam até a casa onde morava com o amigo e suspirou.
- Não, é um compromisso relativamente simples, serei rápido, não precisa pegar tudo hoje, pegue o que for essencial.
Disse o maior a ele, ainda ao estacionar logo em frente ao local, onde o permitiu desembarcar.
- Hai... - O menor sorriu a ele, meio de canto e deu um pequeno aceno, inclinando-se em direção a ele e lhe selou os lábios. - Até mais tarde.
Nowaki sentiu o toque sobre os lábios, numa despedida afável o que não era muito habituado, mas o retribuiu. Logo reiniciou viagem, no entanto, percebera a bolsa do garoto consigo, uma vez que ressoou ao atingir o "chão" do veículo, com atenção na pista ainda, buscou alcançar a mochila que de modo infeliz aberta, deixou cair o conteúdo, resmungou para si mesmo enquanto tentava pegar sem deixar de ter atenção, quando parou num sinal propício, abaixou-se e guardou seus pertences, só não, o pequeno saquinho que se mostrou uns centímetros em distância do resto, quase se evidenciando. Levou um tempo para processar o fato, de modo que, teve até mesmo que ouvir o buzinar do veículo atrás de si, tirando dos pensamentos dispersos.
Tadashi adentrou a casa do amigo, já havia arrumado as caixas que usaria para arrumar a mudança, por isso, teve somente que colocar as poucas peças de roupas que tinha ali na caixa, assim como escova de dentes e alguns produtos a mais de higiene, não tinha muita coisa, havia "começado a vida" há pouco tempo. Por fim, observou o celular e suspirou, esperando pelo aviso dele de que viria, e nesse meio tempo, arrumou um copo d'água.
O saquinho não tinha indícios de uso, Nowaki pensou. Pelo menos não perto de si ou recentemente, mas aquele pequeno pacote indicava um incerteza, indicava uma possibilidade, não estava disposto a ter aquele tipo de situação, uma vez que já havia falado sobre isso com ele. Havia cuidado dele, mais de uma vez, em estados graves, havia lhe dado uma oportunidade que queria e ainda assim não havia sido comunicado sobre aquilo, tinha uma paciência relativamente curta, ainda que por ser médico não devesse. Após reiniciar direção com o veículo a pouco parado, não prosseguiu até o consultório, na verdade voltou o caminho, que levou algum tempo, mas não muito, deixou junto a entrada sua mochila e até mesmo o embrulho responsável pela volta ao lugar. Não o chamou no entanto, não queria falar sobre aquilo, não estava bravo, mas não estava afim de lidar com ele, não estava afim de ouvir desculpas como sempre, estava decepcionado e impassível, somente então se dirigiu ao consultório, claro, já sem a disposição anterior.
Tadashi suspirou, estava demorando e já haviam se passado algumas horas. Só então decidiu sair e ver se conseguia ligar pra ele, porém viu ali a própria mochila, para dentro do terreno, e o pequeno saquinho de cocaína, ainda fechado. Arregalou os olhos, Deus, como era um idiota, mas não havia usado, havia pego por educação, mesmo assim era um imbecil. Pegou o telefone e ligou para ele, guiando rapidamente o telefone ao ouvido, e não fazia ideia do que fazer.
Aquela altura, Nowaki já havia voltado para casa e despia-se com intuito de seguir ao banho, no entanto viu o celular acender e mover levemente sobre o móvel, revelar o nome do garoto na tela, mas não o atendeu, não por hora.
- "Nowaki... Eu não usei, eu não ia usar, por favor, me responda, me ligue, preciso falar com você." - O menor enviou a ele, nervoso, e chegava a tremer.
Sem visualizar novamente o aparelho, o maior levantou-se e seguiu ao banho, outra hora falaria com ele.
- ... Merda... Merda! Tadashi, seu imbecil!
Tadashi falou, irritado consigo mesmo e chutou a parede da entrada da casa, chutou também a bolsa e até mesmo o saquinho da droga que voou até a grama. Negativou, abaixando-se e deslizou ambas as mãos pelos cabelos, sabia que ele não iria querer mais falar consigo, estava ferrado, e tudo que conseguiu fazer naquele momento foi abraçar as próprias pernas e chorar.
Kaoru suspirou, e de fato, se sentia ótimo naquele dia, havia dormido bem, com ele, depois de fazerem amor, e era a primeira vez que havia feito sem estar bêbado, tinha certeza, gostava dele, gostava de um homem, e sentia-se feliz por descobrir isso, de alguma forma. As mãos estavam pouco trêmulas no dia, havia ensaiado por alguns minutos, mas ao se lembrar da forma como ele havia tocado a si, com a língua, demonstrando um certo apoio, não se importou, continuaria fazendo o tratamento e tomando os remédios. Ao sair pela porta do estúdio, fitou o amigo ali, o sorrisinho de canto e negativou, ajeitando os cabelos a girar a chave do carro em um dos dedos, iria vê-lo.
Atsushi chegou poucas horas depois da saída, que não se demorara muito no compromisso. Ao estacionar o veículo, tirou o óculo escuro de fronte os olhos e levou com a mão junto as chaves que segurava e abria a porta de casa. Na passagem, habitualmente sentia o cheiro de casa, tinha o cheiro de produtos de limpeza, formulada pela serviçal, um pouco de canela, cujo um adorno na sala exalava, um pouco de perfume masculino, habitualmente usado, e agora tinha também um pouco do cheiro de outro alguém, sabia bem de quem era. Antes mesmo que pudesse fechar a porta notou o movimento a fora, pôde ver um carro conhecido, que saíra há algumas horas de casa e regredia por vez, ficou um pouco surpreso.
Ao estacionar o carro em frente a casa dele, Kaoru viu o carro ali, sabia que estava em casa, por isso, sentiu um leve frio no estômago, a ansiedade, vontade de vê-lo, era estranho. Ao se aproximar da porta, observou-a por um pequeno tempo, ponderando se devia ou não chamá-lo, e por fim, bateu algumas vezes.
O maior havia acabado de encostar a porta ao ouvi-lo bater, tanto é que, em sua tentativa de segunda investida à ela, abrira deixando sua mão pairar na menção. Deu-lhe um sorriso canteiro, fitando-o pela fresta que revelou, mas cedeu maior passagem ao guitarrista.
- Hum, que visita inesperada. - Brincou, embora fosse de fato.
Kaoru sorriu a ele, meio de canto e guiou a mão no ar para os cabelos, ajeitando os fios de modo sutil.
- ... Desculpe é que... Gosto de conversar com você.
- Vem. - Disse o maior, soou baixo mas era audível e assim deu-lhe passagem para entrar. - Também gosto da sua companhia. - Disse após finalmente fechar a porta.
O menor assentiu e adentrou a casa dele, num pequeno sorriso canteiro e cumprimentou-o com uma sutil reverência.
- Hum, que formalidade, parece até que não nos vimos algumas horas atrás. - Disse o maior e sorriu-lhe mutuamente. - Trabalhou muito, ah?
- É que não sei como cumprimentá-lo. - Riu sutil. - Um pouco... Amanhã tenho consulta com o fisioterapeuta...
- Não tem porque cumprimentar se há pouco nos vimos, ou pode me dar um beijo. - Disse Atsushi, provocando-o é claro, embora não estivesse a sorrir. - Ah, verdade? Isso é bom. Quer alguma bebida ou prefere tomar banho?
Kaoru sentiu a face sutilmente aquecida ao ouvi-lo e roçou a cabeça novamente, assentindo a ele em sua confirmação.
- Hai... Ah, a bebida, eu aceito.
O maior assentiu a ele e seguiu consigo pela sala onde serviu-lhe do pequeno bar um trago de uísque sem gelo.
- Teve tempo de falar com a sua mulher hoje, hum? - Indagou ao entregar o copo a ele, indicando a ele o sofá.
Kaoru seguiu com ele e aceitou o copo, dando um pequeno trago no uísque, e sentou-se no estofado confortável.
- Falei sim... Pelo telefone. Ela vai passar um tempo com a mãe dela que está doente, então não está dando importância se estou ou não em casa.
- Hum, então ela te deu alguma folga. Se não quiser estar sozinho, pode ter uns dias aqui. O que quer fazer?
Atsushi indagou e após se servir de um pouco de vinho, tragou um gole e deixou ao lado conforme se sentou defronte a ele. Acomodou-se no sofá, descansou o cotovelo no encosto do estofado e descansou a face contra o punho cerrado, fitando o moreno. O menor desviou o olhar a ele, ponderando o que havia dito e sorriu consigo mesmo.
- Atsushi... Vou ser sincero com você. As últimas semanas tem sido... Bem prazerosas pra mim, em quase vinte anos, eu não sabia o que era ter algum divertimento fora do estúdio, fora da banda, de meus afazeres e é por isso que eu vim direto pra cá, porque tem sido agradável ficar com você. O problema é que... Eu sou casado, você sabe, e eu tenho receio, posso dizer medo de que eu acabe... Realmente gostando de você. Espero que eu não o ofenda, quer dizer, estamos nos divertindo, talvez você não queira que isso... Aconteça. Ainda mais por eu ser um homem.
O maior assentiu a cada frase terminada dele, assentia em compreensão, como se concordasse embora de fato só indicasse atenção. Sorriu no entanto, um sorriso casual por assim dizer, nada que indicasse alguma graça.
- Bom, eu não sou casado, então não tenho porque me preocupar com isso.
Kaoru assentiu, observando-o meio de canto e retirou do bolso o maço de cigarros.
- Posso?
- E também não estou me importando que você tenha um pau, do contrário, se isso fosse de fato importante, o meu não subiria. - Atsushi disse, um pouco exposto demais, mas fazia-se completamente entendido. - Também gosto de estar com você, Niikura-kun.
Kaoru riu ao ouvi-lo, negativando e guiou um dos cigarros aos lábios, porém desistiu ao perceber o cheiro gostoso de canela pelo local, não queria estragar o cheiro de limpeza que tinha em casa.
- Fico feliz em ouvir isso.
- Do contrário, também não estaria dizendo pra ficar aqui durante a saída da sua esposa. Ainda assim, não sei se isso pode ser bom, mas também não espere que eu vá ter consideração por ela, já que não a conheço, então se você achar que estou sendo insensível não me importando com a sua esposa, deve você ter alguma atitude.
- ... Não, Atsushi... Quem deveria ter consciência sobre isso sou eu. Sei que é errado fazer isso com a minha esposa, mas não estávamos dando mais certo mesmo antes de você aparecer, não sei quanto tempo isso vai durar. De todo modo, sei que não devia fazer isso, e me sinto um imbecil.
- Não quero servir de motivo. - Disse o maior e voltou a beber do vinho, tornando deixa-lo ao lado do sofá, no chão. - Pode acender o cigarro.
- Você não é um motivo. - Kaoru disse a ele e bebeu o próprio uísque de mesmo modo. - Iie, o cheiro está muito bom. - Sorriu.
- Bem, esse cheiro de canela continua, é do globo ali. - Atsushi indicou a pequena esfera talhada, um adorno feito em pau de canela. - Já a limpeza, amanhã o cheiro volta. - Deu-lhe uma piscadela. - Mas voltando, quer passar uns dias, hum? Vou gostar de ter sua companhia.
O menor assentiu e guiou o cilindro aos lábios, acendendo-o.
- Eu vou adorar, se eu não for te incomodar.
- Se fosse, não existiria um convite. Quanto tempo ela ficará fora?
- Uma semana inicialmente.
- Hum, então talvez precise buscar alguma roupa.
- Hai, eu vou pegar... - Sorriu meio de canto. - Posso ficar no quarto de hospedes.
- Sabe que isso é uma sugestão absurda, não sabe?
- Absurda é? Quer que eu durma com você?
- Você dorme sempre, porque agora seria diferente?
- Queria ouvir você dizer.
- Quer que eu diga o que? Que quero que durma na minha cama?
Kkaoru assentiu, tragando o cigarro a observá-lo.
- Hum... - Atsushi disse em compreensão e sorriu achando graça. - Quero que durma na minha cama.
O menor mordeu o lábio inferior e assentiu, guiando o cigarro aos lábios dele em seguida.
- Certo, então vou dormir na sua cama.
O maior sorriu meio de canto e tragou o cigarro oferecido, achando graça e diferença em seu comportamento, um pouco mais deliberado que normalmente.
Miya negou diante de sua desatenção. Deixou as roupas dobradas e casaco pendurado de lado, e vagarosamente arrastou o vidro do box de banho.
- Hum, que falta de atenção. Achei que fosse encontrar uma menininha chorosa aqui.
Sayuki assustou-se ao ouvi-la e desviou o olhar a ela, afastando-se da água do chuveiro.
- Você quer me matar mesmo... Não posso ficar chateado... Vou dizer o que? Se não me quer tudo bem, sei que estou gordo.
- Uh... Muito, parece até que engoliu um pneu inteirinho. Na horizontal.
O loiro uniu as sobrancelhas.
- Estou brincando, gatinho.
A morena ditou e adentrou o box, fechou-o logo em seguida e guiou-o ao chuveiro assim como fora consigo. Envolveu seu corpinho redondo e sorriu, selando-lhe os lábios.
- O que seu corpinho quer conversar comigo, hum?
Sayuki retribuiu o selo e sorriu a ela, abraçando-a novamente e deslizou a mão por suas costas.
- Ele quer falar mais de pertinho.
- Mais?
O loiro sussurrou contra seus lábios médios e bonitos, já sem a maquiagem pelos beijos anteriores. Sayuki assentiu e lhe selou os lábios.
- Dentro... - Murmurou contra eles.
- Hum, ele é muito direto.
Miya ditou ainda contra si e deslizou a língua em seus lábios, penetrou-os vagarosamente, o beijando por fim. As mãos cujo não deram tempo, tão logo desceu por seus quadris, tocou nas nádegas, e uma frontalmente, em seu corpinho ainda adormecido.
- Muito. São bem específicos. - Sayuki riu baixinho e a mão puxou a boxer dela, retribuindo o beijo e buscando apreciar os lábios da outra em cada canto dos mesmos. - Por que entrou de boxer? - Murmurou entre o beijo e gemeu baixinho ao sentir o toque no próprio membro.
- Por que eu deveria estar sem ela?
A morena indagou no mesmo roçar ainda próximo. Lambeu e o mordiscou. Apertou seu comprimento, sentindo uma leve rigidez atrás da pele, ainda flexível e parcialmente desacordada.
- Pra eu poder sentir você roçando em mim. - Murmurou e sorriu, mordendo-lhe o lábio inferior. O gemido novamente deixou os lábios. - Hum... Estou realmente mais sensível assim...
- É mesmo?
A maior sussurrou e voltou-se ao rosto alheio, beijou-o vagarosamente ao rumo do pescoço, de seu ombro, enquanto descia e tão logo fez-se a seus pequenos seios temporários, e riu ao pensar assim, embora a atenção a ele e mordeu a região macia, seguindo em seu mamilos róseos e já eriçadinhos.
Sayuki assentiu e levou uma das mãos aos cabelos dela, acariciando-os devagar, sentindo os fios macios entre os dedos e logo desviou a atenção a ela.
- Por que está rindo? Acha eles estranhos? - Riu baixinho e suspirou ao sentir o toque no mamilo.
- Iie. - Miya tornou a rir e levou a direção dos olhos cinzentos ao rosto dele. Prendeu seu pequeno mamilo entre os dentes e puxou vagarosamente. Sugou-o com força, corando a pele branquinha que tinha. - Não, são gostosinhos.
O loiro sorriu e mordeu o próprio lábio inferior dessa vez, observando-a.
- São é? Quer lamber mais pra baixo?
- Aonde?
A maior indagou e com uso da mão livre acariciou seu outro mamilo, roçando-o suavemente entre os dedos.
- Aí embaixo ué... Onde é gostoso... - Murmurou.
- Hum, então não sei aonde é gostoso, baby.
- Meu... Meu... Meu brinquedo aí embaixo.
- Brinquedo, é? - Miya riu baixinho e o apertou entre os dedos aonde já o segurava. - Não quer nos peitinhos, é?
Ela tornou a rir e sugou a pele, marcando-a com um chupão rosado, passageiro.
- Peitinhos?
Sayuki riu e negativou a ela, selando-lhe os lábios e a mão levou ao corpo dela, deslizando por sua barriga e logo alcançou a boxer novamente, porém na frente, sentindo o cós e tocou-a mesmo por cima da roupa, tateando-a para encontrar o pequeno ponto de seu corpo, pouco inexperiente, porém procurou não demonstrar.
Miya voltou-se para ele, fitando o toque de sua mão acima da peça, como quem procurava aonde tocar. Sorriu pela falta do riso e pendeu-se a ele, mordiscando-lhe o lábio.
- Procurando alguma coisa, baby?
Sayuki assentiu e riu baixinho.
- Desculpe, não tenho muito jeito com isso... - Murmurou e logo que encontrou o local o pressionou devagar.
A maior sentiu o tatear suave, sobre determinada região do corpo, tornava-se eriçado pelo tato, denunciando a ele aonde se instalava. Sorriu à mostra dos dentes, em apreço ao toque, ainda mais a sua tentativa de prover a si de tal e tomou sua mão, levando-a adentro da peça, tocando diretamente. E a mão em seu corpo, passou a masturbá-lo num sutil vaivém, embora firme.
- Ah...
O loiro gemeu, baixinho conforme a sentiu tocar a si e puxou-a contra o próprio corpo, mantendo-a perto, deslizou as mãos pelas costas dela numa suave carícia e beijou-a em seu pescoço.
- Não faça isso de novo, hum?
- Não fazer o que?
- Não fale como se não me quisesse mais.
Miya deu um sorrisinho.
- Mas eu gosto tanto de ver sua carinha decepcionada, que as vezes não consigo evitar.
- Se fizer isso de novo eu te bato, hein?
- Ah bate é?
- Bem, talvez não...
Kazuya acordou em meio a noite, num sonho meio perturbado, havia sonhado com ele, e levantou-se quase num desespero, procurando-o pelo quarto, mas obviamente, ele não estava. Estava na própria casa, e o coração apertado, havia sonhado um desastre, envolvendo ele, e não queria acreditar que aquilo fosse real, embora fosse somente um sonho.
O loiro pegou o roupão, colocando-o rapidamente sobre o corpo e as chaves, deixaria o irmão por alguns minutos para que pudesse ver se eles estava bem, e quase se jogou para fora de casa, seguindo para o encontro dele em sua casa que não era longe. Ao chegar, bateu na porta e tocou a campainha, sem pensar que poderia ter outras pessoas dormindo ali além dele. Apertando duas vezes a campainha, o outro apareceu na porta, esfregando os olhos, sonolento.
- Kazuya? Ficou louco?
- Naoto! - O loiro o abraçou, apertando contra o corpo e selou seus lábios várias vezes. - Que bom que está bem!
- O que aconteceu?
- Tive um sonho horrível com você... Quase morri.
- Calma... Eu estou bem.
Naoto deu um sorrisinho e por fim o segurou pela cintura com uma das mãos, assim como a outra que segurou sua face. Kazuya riu baixinho ao senti-lo segurar a própria face e aproximou-se sutilmente, selando-lhe os lábios.
Os dígitos de Naoto deslizaram sobre a cútis macia em seu rosto, e desenharam a curva de seu pescoço onde pousou a segurá-lo. E retribuiu seu selo, assim como deu-lhe outro e beijou-o menos ingenuamente, suavemente deslizando a ponta da língua acima de seus lábios fechados, sentindo-os tão frios como sua pele.
Kazuya sorriu em meio ao toque sutil dele e retribuiu, deslizando a língua por seus lábios igualmente, apreciando-o e estremeceu novamente.
- Quer entrar? Eu estou congelando...
- Ah, sinto muito. Deve estar morrendo de frio.
Naoto murmurou e ainda o abraçava quando por fim os ruídos vindos da cozinha denunciavam uma terceira pessoa. E pôde ver dali a própria mãe, que sorria com sua pele amassada pelo travesseiro, tomando um copo de água e seguiu para o hall, evidentemente animada em provocar.
- Nao, me apresente sua namora...do. - Ditou ela, ao constar a aparência física do outro antes que terminasse a frase.
Kazuya observou ali a moça, vindo em direção a ambos e empalideceu, assustando-se, afinal não estava preparado para conhecê-la, não naquela hora, de pijama e abraçando seu filho como um sem vergonha na porta da frente. Afastou-se educadamente e fez uma pequena reverência.- M-Me perdoe senhora, não estou apresentável para conhecê-la...
Naoto pôde notar o tom branco na face do outro. Não estava diferente, mas sentia borboletas no estômago diante do flagra, talvez estivesse tão desprevenido na situação quanto ele. E tal como o louro, afastou-se. Chegando a arquear a sobrancelha diante de seu gesto formal. Pôde notar a surpresa no rosto da mãe, embora inabalável, apenas inesperada. Levou talvez algum tempo a processar a ideia, enquanto fitava o outro com uma feição sutilmente confusa, até que após uma boa olhada, ela sorrisse.
- Meu deus! Mas que coisa inesperada, Nao! Por que não me avisou? Me desculpe, achei que você era uma amiga do Naoto. Oh, como você é bonitinho.
Kazuya observou a moça à frente e uniu as sobrancelhas, permanecendo parado, processando a informação por um instante.
- Ele não disse pra senhora que estava namorando comigo?
- Ahn, ele me disse que traria alguém para o jantar. Mas não me disse o fato de que esse alguém era um rapaz. Não que eu me importe, só não imaginei. Vem, vem, você deve estar com frio.
Naoto já previa um ar chateado vindo dele logo após toda a situação. Quase chegou a suspirar, se não estivesse tenso o suficiente para fazê-lo. O loiro desviou o olhar a ele e nada disse, estava decepcionado de fato, não chateado, sentia-se traido por ele, que disse a si que havia dito para sua mãe. Desviou o olhar à ela e negativou.
- Agradeço o convite, senhora, mas é melhor eu ir.
Naoto fitou a própria mãe, ainda parecia confusa, mas evidentemente inabalada. Pediu silenciosamente licença para ela e se voltou ao louro, encostando a porta de entrada.
- Você veio de pijama até aqui, plena madrugada, me chamou, me abraçou feito um louco de saudade e vai agora me dizer que quer ir embora? Não fiz nada de errado, Kazuya. Só não disse "Mãe, a pessoa que vou trazer tem um pau."
- Não seja rude. Eu esperava que ela ao menos soubesse o meu nome. Pense se fosse o contrário! Ficaria feliz em saber que minha mãe acha que você é mulher? Você tem vergonha de mim!
A porta protestou atrás do louro quando o punho atingiu o material maciço. Sabia que a mãe estava a poucos metros distantes dali, mas certamente não se meteria no problema. Encarou seu rosto, sua maldita teimosia, seus ouvidos tapados que certamente haviam deixado passar as últimas coisas que disse a ele referente àquilo.
- Já falei com você, Kazuya. E vai me deixar realmente irritado se continuar com essa maldita frase.
O loiro uniu as sobrancelhas a observá-lo, magoado pelo modo como ele agia consigo e por fim apenas assentiu.
- Acha mesmo que tenho vergonha de você, ah? Acha mesmo que tenho vergonha quando ando de mãos dadas com um cara. Quando beijo um cara na escola, quando brigo com alguém no intervalo do mesmo jeito por esse mesmo idiota teimoso.
- Por que não contou a ela? - Kazuya falou a observá-lo, com as lágrimas preenchendo os olhos.
- Por que não falei pra ela? Eu ia mostrar a ela, Kazuya.
O loiro assentiu e levou a mão aos olhos, limpando as lágrimas deles.
- Eu estava me sentindo estupidamente feliz porque tinha vindo até aqui precisando de mim no meio da noite, consegui sentir tudo o que estava bom ir por água abaixo.
O outro uniu as sobrancelhas novamente e abaixou a cabeça.
Um sopro deixou pesadamente a garganta do menor e a distância que tinha dele no espaço entre o braço ainda tocando a porta interrompeu, e fez-se próximo ao outro, que embora tivesse a mesma altura que a própria, parecia menor naquele instante.
- Me desculpe. Não seja tão neurótico. Está insistindo tanto nisso que já está me deixando com os nervos a flor da pele. Se tivesse vergonha sequer deixaria você cruzar o espaço no mesmo horário que a minha mãe, evitando que ela o visse.
Kazuya assentiu novamente, sem dizer nada, sentia-se prestes a chorar, mas não queria, tentar manter a pose que tinha, porém naquele momento sentia-se tão pequeno perto dele, tinha medo de perdê-lo, que ele tivesse realmente vergonha de si. As mãos, estavam tremulas, sentia algo horrível na garganta por segurar o choro e desviou o olhar a ele, sutilmente, porém desviou em seguida, evitando que a lágrima escorresse pela face. Nunca havia se sentido daquela maneira, era estranho, mas também era a primeira vez que amava e que temia perder alguém.
Naoto esperou por um instante, aguardando por ouvir mais algum comentário dele. Esperando sua resposta, o que tardou e ainda assim não veio. Somente seu olhar estranho, um pouco carente e um pouco altivo, como se quisesse demonstrar um daqueles dois sentimentos tão distintos, mas um leve brilho adornava seus olhos claros, quebrando sua tentativa de parecer de acordo, de parecer inabalado. Fitou-o de perto só então, e estalou um beijinho rápido em seus lábios. E outro, e outro a medida em que se acomodava não só com o rosto, mas com todo o corpo por perto, voltando a abraçá-lo.
Kazuya repousou a face sobre o ombro dele, abraçando-o e quase sufocou-se ali, contendo a voz chorosa e os soluços a deixar apenas as lágrimas caírem sobre a camisa dele, e apertou-o contra o corpo, sentindo-o próximo.
O menor sentiu gotas gentis tocarem a roupa, umedecendo-a tão insignificantemente, mas não diminuía em si a proporção de seu choro contido. E compartilhou com ele seu abraço apertado. Na verdade não entendia o porque das neuras em sua cabeça, não entendia essa insegurança que já havia tentado tirar dele nas últimas duas vezes em que estiveram juntos, na cama. Suspirou, fechou os olhos.
- Não entendo porque é tão neurótico quanto a isso. É minha mãe, ela é importante pra você entre nós, mas eu já havia dito que traria alguém importante aqui. Foi um senso natural que ela pensasse ser uma mulher, afinal, ela trabalha tanto que quase não conversamos pela divergências dos horários. Você é bonito. Você é incrivelmente excitante, só de usar essa pequena argola na orelha. Já te disse palavras que achei que nunca fosse ter vontade e coragem de dizer. Já fomos pra cama, já fizemos sexo, tivemos prazer juntos. E por deus, adoro sentir sua existência tão real e evidente nos meus braços. Eu não suportava você, eu odiava seu jeito carente de se sentir o rei da sala de aula, de achar que todos giravam em torno de si. Odiava que fosse tão convencido, embora eu soubesse que aquilo era sua casca. Mas o que eu mais não suportava em você, era o fato de que parecia lindo e incrível, até mesmo para mim.
Kazuya manteve-se em silêncio a ouvi-lo, e ouvia com toda a atenção, talvez até mais do que podia e por fim assentiu, virando a face de lado a observá-lo e sorriu a ele.
- Eu te amo.
Uma das mãos, Naoto levou em seu rosto, limpando o fino rastro úmido que deixou uma lágrima.
- Eu também te amo.
Grunhiu, ainda soava baixo quando dizia, tímido sobre a forma como soava aquela frase dita por si. Kazuya sorriu a ele mais uma vez e pôde ver em seus olhos que ele realmente era sincero. O amava, como nunca tinha aprendido a amar ninguém na vida, e o queria por perto para sempre. Abraçou-o forte novamente e deslizou a mão por suas costas numa suave carícia, queria dormir com ele, mas antes, queria fazer amor, queria senti-lo sobre si, a roçar no corpo, dar prazer a ele, queria ouvi-lo chamar por si e falar novamente aquele simples "eu te amo" após tudo, queria sentir-se trêmulo em seus braços.
- Vamos subir. - Murmurou, próximo de sua orelha e lhe deu uma pequena mordida ali.
Naoto fitou-o mutuamente conforme sentiu-se encarado. Olhando para ele, certamente ele pensava sobre alguma coisa. E novamente seus braços se tornaram firmes no enlace cujo retribuiu. Foi tirado do espaço que deixava para ele ao sentir o mordisco na orelha, sentia-se tenso com aquele toque, era quase agonizante embora tão sutil, e uma onda fria subiu por toda a coluna. Ainda que seu convite tentasse chamar mais a atenção do que o gesto. E assentiu.
- Vamos.
Kazuya afastou-se dele sutilmente e sorriu à mulher ainda ali.
- Muito prazer em conhecê-la, senhora. Se importa se eu passar a noite aqui?
Naoto observou a mãe, que já se distraía fazendo um café, enquanto em seu celular provavelmente se perguntava qual seria sua agenda de trabalho. E um sorriso despreocupado pousou em seus lábios, assentindo descontraidamente a pergunta do outro.
- Claro. Precisa de outro quarto ou...?
- Não... Não se preocupe. Se não se incomodar, eu durmo com ele.
- Claro, claro. Quer café antes de subir?
- Não, não é necessário, café me tira o sono, mas agradeço.
- Ok. Durmam bem, meninos. Amanhã nós podemos almoçar juntos e conversar um pouco sobre vocês.
- Almoçaremos sim. Muito obrigado por me deixar ficar.
Kazuya fez novamente a reverência a ela e sorriu, seguindo em direção à escada junto do outro.
- Boa noite, mãe. - Naoto disse a ela, e seguiu logo após ele. Cutucou-o em sua cintura, certamente na tentativa de soar desagradável.- Hum... Que formalismo.
O loiro riu e logo adentrou o quarto dele, fechando a porta cuidadosamente atrás de si e empurrou-o em direção à cama, retirando a camisa. Naoto fitou-o defronte, e regrediu passos visto que de costas à cama, aonde se sentou obrigatoriamente, fitando-o a despir sua blusa e pijama. O maior jogou a peça no chão e logo seguiu em direção à cama, sentando-se sobre ele.
Naoto observou seus passos seguidos até si. Já em sua pele revelada pela falta de roupa, ao menos na parte de cima. E o pouco peso de seu corpo que deliberadamente se ajeitou no próprio colo. E as mãos pousaram em suas coxas com o reflexo de tê-lo ali em cima. Kazuya sorriu a ele e puxou a regata que ele usava, retirando-a.
Naoto indagou e ergueu os braços, deixando-o livrar-se da peça. Sentiu a troca de temperatura eriçar a pele.
- Queria chamar você pra ir a praia comigo amanhã.
- Hum... Nós podemos.
Os dedos do menor deslizaram sob o mesmo elástico, da frente para trás e deslizou a ponta dos dedos, invadindo igualmente o cós de sua boxer embaixo da roupa. Kazuya sorriu a ele e ergueu-se, puxando a calça devagar a retirá-la e deixou-a no chão, voltando a sentar-se sobre ele somente com a boxer. Naoto foi interrompido por ele, embora não intencionalmente. E ambas as mãos levou ao colchão, aonde as apoiou. Os olhos voltou a si mesmo, fitando a extensão do tronco nu, até a roupa inferior que vestia, indicativo.
- Quer que eu tire também? - Kazuya murmurou e sorriu a ele novamente.
- A menos que queira fazer com roupas.
Kazuya negativou e guiou a mão até o cós da roupa intima, abaixando-a aos poucos e retirou-a igualmente, sentando-se nu sobre o colo dele. O menor voltou-se novamente a seu corpo, encarando sua nudez. Seu corpo ainda adormecido, embora não totalmente. Suspirou sem que percebesse, enquanto se perguntava internamente quando foi que passou a se sentir tão excitado com um corpo masculino.- Me diz como quer fazer hoje e eu farei.
- Na verdade eu queria fazer na banheira... - Sorriu a ele. - No seu colo.
- Hum... Parece que te deixo mais passivo a cada dia.
Naoto murmurou ao outro, e envolveu firmemente sua cintura, tomando-o no colo conforme se levantou, o levando ao banheiro.
Shiori desceu as escadas num caminho lento, ainda vestia o próprio pijama, usava a camiseta preta e o short curto num cinza claro. Carregava nos braços o filho tão pequeno, e já acordado, no meio da tarde. Certificou-se de que as cortinas estavam bem fechadas antes de entrar a cozinha e seguiu a geladeira onde pegou o sangue que levou a mamadeira, tentando cuidar de tudo usando apenas uma das mãos. Caminhou em direção a sala, levando consigo o pequeno que tinha os olhinhos em sua cor vermelha e amarela abertos a observar a si, enquanto segurava com as mãozinhas pequenas a mamadeira e sugava o líquido vermelho. Sorriu a ele enquanto segurava a mamadeira igualmente, cuidadoso, porém logo ouviu o barulho da porta. Desviou o olhar a mesma, observando o outro que acabara de chegar e sorriu a ele, aproximando-se a erguer-se pouco e lhe selar os lábios.
- Chegou tarde... Aconteceu algo?
Kaname cruzou a porta, entrando pelo cômodo inicial da moradia e finalmente estava em casa, pensou consigo na pressa de chegar sem obter algum problema com luz do dia, ou tarde, seja qual fosse o período senão à noite. E no caminhar sem muitos passos encontrou e cumprimentou na retribuição do beijo, o companheiro.
- Não, não houveram problemas. Só que tive alguns pacientes a mais hoje, já que passei alguns dias em casa.
- Ah, que bom que foi tudo bem.
O menor sorriu a desviar o olhar ao filho que ainda sugava o sangue até que terminado da mamadeira. Puxou-a devagar, a senti-lo soltar a mesma e colocou-a sobre o móvel ali perto, segurando uma das mãozinhas do filho que observava o outro agora.
O maior observou o menorzinho e sorriu quase sem consciência de tal. Noutra de suas mãozinhas, tocou, sentindo a firmeza de seus dedinhos envolverem o próprio indicador. Shiori sorriu a ele, o maior e lhe beijou a face, tímido.
- Quer segurar?
Kaname sorriu posteriormente ao menor, e aceitou no colo o pequenino, colocando-o contra o peito. Shiori entregou-lhe o filho e fez uma pequena caricia no rostinho pequeno do bebê.
- Ele me acordou.
- Chorando?
- Hai. Estava com fome.
- Já ele volta a dormir.
- Eu espero. - Shiori sorriu.
- Já comeu?
- Não.
- Vamos comer?
- Hai. - Sorriu. - Deve estar com fome.
- Eu estou. E você não?
- Eu acordei agora. - Riu baixinho. - Mas sempre estou com fome.
- O que podemos comer?
- Eu posso fazer algo pra você.
- O que você gosta de comer?
- Ah, fazia tanto tempo que não comia comida humana... Estou comendo só com você. Eu nem sabia cozinhar, tive que aprender.
- Mas o que gosta?
- Ah... Eu gosto de massa. - Fez bico. - Eu sou comum.
- Hum, quer pedir yakissoba?
- Seria bom.
- Antes, quero colocar ele no berço, você vem comigo?
- Hai.
Kaname subiu as escadas, carregando o pequeno no colo, e podia sentir seu cheiro agradável de bebê, um perfume e talco usado pelo menorzinho certamente, observava-o atentamente em seu rostinho, e até se parecia consigo de fato, quer dizer, um pouco. Tinha poucos fios de cabelo, uma pele macia, e era forte mesmo pequeno, podia sentir pela força com que segurava o próprio dedo.
Ao adentrar o quarto, guiou o pequeno ao seu bercinho bem decorado, confortável, e cobriu-o com o cobertor, embora não fosse necessário, era um mimo a ele.
- Sabe, estive pensando... Deveríamos chamá-lo de Etsuo.
- Etsuo?
- Sim, eu gosto do nome.
- ... Quem se chamava assim?
- Ninguém, eu só gosto.
Shiori o observou por um pequeno tempo, e logo o bebê, abrindo um pequeno sorriso.
- Etsuo... Certo, é bonito.
- Você gosta?
- Hai. É um nome forte, combina com ele, se ele crescer que nem você.
Kaname abriu um sorrisinho e deslizou a mão pela face do filho.
- Obrigado, Shiori.
- Eh?
- Obrigado por me dar ele.
O pequeno uniu as sobrancelhas, porém assentiu por fim.
- Não é nada.
- Espero que ele cresça logo, e que possamos ver o homem que ele vai se tornar.
O menor sorriu.
- Vai crescer sim. E vai ter vinte e dois anos pra sempre.
Kaname assentiu.
- O lado bom de ser um vampiro. Nunca perder os filhos.
- Hai, estaremos sempre com ele.
O pequeno se aconchegou ao peito do outro, e foi abraçado por ele, que deslizou os dedos pesados pelos próprios cabelos.
Taa havia acabado de acordar mas continuava de olhos fechados, preguiçoso, havia dormido na casa do outro e usava apenas a boxer preta, coberto pelo edredom e abraçava o travesseiro como costumava fazer quando não tinha o abraço do namorado. As mãos deslizaram pela cama, procurando-o e abriu os olhos aos poucos, esfregando-os, notando que o outro não estava mesmo consigo. Sentou-se na cama, espreguiçou-se e ajeitou os cabelos, levantou-se e caminhou até o banheiro, notando que o outro não estava no comodo. Saiu do quarto, seguindo em passos calmos até a cozinha e o observou ali a encher a taça com o líquido vermelho, os braços envolveram o corpo do menor, acariciando o abdômen dele e subiram por baixo da camisa que ele usava, levando os lábios ao pescoço do loiro, beijando-o algumas vezes.
- Boa noite, Ikuma.
Os olhos do loiro permaneciam cerrados, e a taça na mão direita foi guiada aos lábios, provendo-se da bebida. A pele certamente sofreu um pequeno arrepio, porém sem reação alguma, apenas tomava o sangue, sem adição de álcool desta vez.
- Ikuma? - Taa mordeu levemente a pele, puxando-a entre os dentes e puxou-o sutilmente, fitando-o. - Amor?
Após o fim do conteúdo da taça, Ikuma pousou-a sobre o balcão. Suspirou e finalmente descerrou mínimas as pálpebras, expondo somente uma risca das douradas órbes, num semblante não tão amigável, porém sem intenção aparente. Logo, a face fora pousada sobre o ombro do mais alto, e permaneceu.
- Ah... Ikuma...
O maior riu e o abraçou, acariciando os cabelos dele, guiando-o consigo até o quarto, deitando-o na cama e sentou-se ao lado, observando-o enquanto acariciava a face do outro.
- Você é tão lindo... - Murmurou.
Ikuma tornou a descerrar minimamente os olhos, observando-o com a pequena brecha entre as pálpebras e erguera um dos braços, guiando-o ao pescoço do maior, e através dele o puxou para consigo, fazendo-o vir de encontro e então lhe selar os lábios, beijando-o sem delongas em seguida.
Taa assustou-se e se ajeitou sobre a cama, retribuiu o selo e riu baixinho, retribuindo o beijo em seguida, deitando sobre o outro e levou uma das mãos a face dele, acariciando-o enquanto com a outra apoiava-se ao lado do menor no colchão.
O menor suspirou entre o beijo, e deixava a língua brincar com a dele. Ambas as mãos foram a cintura pequena do outro, subindo e descendo nas laterais, sentindo a pele alva, encaminharam-se à coluna, e desceu por toda a base, até chegar sobre o traseiro do maior, apertando-o entre os dedos, por cima do tecido preto. E mesmo assim, o beijo continuava.
Taa sugava os lábios do outro, retribuindo a brincadeira da língua e apertou o lençol ao lado do outro, suspirando e cessou o beijo ao sentir o aperto.
- Você já acorda pervertido né? Vou ficar transando com você toda hora. Não pode me ver que já quer foder.
Ikuma não o respondeu, apenas descerrou novamente e pouco mais que anterior, as pálpebras, observando-o. As mãos deslizaram aos quadris do mais alto e subiu pouco até alcançar o cós da peça íntima e abaixar ela sem pressa, somente até as coxas. Uma das mãos retornou ao quadril, e outra na nádega, alisando a pele macia, e subiu, tornando a descer, porém entre elas e com somente o dígito médio, o roçando arrastado na abertura íntima, acompanhando-o na introdução com o indicar, enfiando-os no corpo do vocalista.
O maior o fitava enquanto sentia os toques, abrindo um sorriso malicioso nos lábios e mordeu o lábio inferior, semicerrando os olhos e deixou o gemido baixo escapar, fitando-o ainda.
- Hum... Ikuma... - Murmurou e uma das mãos deslizou pelo corpo dele, arranhando-o levemente no tórax.Ikuma sugou oxigênio através da sutil abertura entre lábios, e pela primeira vez a voz se fez presente, um timbro rouco pós sono.
- Hum... Apertadinho.
Fez movimentos circulares, mesmo em seu interior, empurrando as paredes íntimas e macias do orifício, apertando-o ao sentir a próstata. O gemido mais alto deixou os lábios do maior e abaixou-se, levando os lábios ao pescoço dele, beijando-o algumas vezes, mordendo levemente a pele.
- Apertado é? Você adora me sentir te apertar todinho não é, princesinha? - Riu, levando a mão ao membro do outro, apertando-o mesmo sobre a roupa.
- Todo não, meu pau sim.
O maior brincou, mesmo que dos lábios não houvesse deixado nenhum riso escapar. E os dedos continuavam a procurar o mesmo ponto, friccionando-o diversas vezes, até sentir os dedos se tornarem úmidos.
- Hum, seu corpo já está se dizendo preparado.
Taa gemia baixinho próximo ao ouvido do menor, mordendo-lhe a cartilagem algumas vezes e riu ao ouvi-lo.
- Quer entrar, hum? - A mão apertou novamente o membro do namorado, subindo até alcançar o cós do short.
- Não. - Ikuma negativou, e retirou devagar os dedos do interior alheio.
Taa estreitou os olhos.
- Me excita a toa, seu filho da puta.
- Eu gosto de te excitar.
- Eu sei... E me deixar duro demais pra depois me broxar assim. - Riu.
- Não broxou, continua duro.
- É eu sei... - O maior riu e se levantou, sentando-se ao lado dele.
Ikuma tornou a fechar os olhos, suspirando preguiçoso.
- Vem cá, me chupa.
Taa assentiu e ajeitou-se na cama, abaixou o short dele junto a roupa intima e observou a ereção o maior, rindo baixo.
- Ah, que lindo, está todo duro, ficou excitado comigo, foi? - Abaixou-se, deixando que a língua roçasse a glande.
- Não, sonhei com biscoitos de chocolate.
Disse o menor, permanecendo com olhos fechados e a pele se eriçou bem suave conforme o toque inicial na glande.
- Então pede pros biscoitos chuparem você. - Taa estreitou os olhos e mordeu levemente o local onde havia roçado a língua.
O menor suspirou devido a mordida, e ficou em silêncio, esperando pelo início das sucções. O maior riu baixinho e colocou o membro do outro na boca, sugando-o algumas vezes como ele queria, e a mão deslizou até o abdômen do namorado, arranhando levemente enquanto a outra ajudava nos estímulos, estimulando o membro do outro na parte onde não podia cobrir com a boca.
Ao toque mais direto, Ikuma permitiu-se descerrar os lábios e gemer baixo com a rouquidão, e sabia, que o outro gostava. Taa suspirou ao ouvir os gemidos dele, apertando o membro do outro e a língua tocou novamente a glande, deslizando por todo o membro dele, porém logo voltou colocá-lo na boca e sugá-lo. Ambas as mãos do menor foram a cabeça do maior, e segurou-o, guiando-o à bel-prazer dos movimentos que queria.
- Sua boquinha imunda fez isso no outro viadinho também?
Taa riu baixinho, retirando-o da boca e lhe mordeu novamente a glande, sem força.
- Não. - Murmurou, voltando aos movimentos anteriores e seguia o ritmo que ele queria.
- Se tivesse o feito, nunca mais eu te beijava. tsc. - Ikuma resmungou e tornou a buscar atenção nos movimentos labiais do companheiro.
Taa riu novamente e continuou os movimentos, deslizando a mão sobre o abdômen dele até a coxa, roçando as unhas na parte interna da mesma. Uma das mãos do loiro foi aos cabelos do outro e puxou-os ao mesmo tempo em que empurrou-o, o mantendo próximo da ereção, porém sem deixa-la na boca, e desfez-se após os longos minutos de estímulos, sujando a face do parceiro com o próprio prazer, sorriu a ele, cínico.
Taa fechou os olhos novamente e lambeu os lábios, limpando o prazer do outro que possuía pelos mesmos. Limpou a face com uma das mãos e sentou-se sobre ele, deslizando a mão pela face do menor, sujando-o com o próprio sêmen.
- Não faça isso. - Ikuma desviou o toque, evitando a mão alheia.
O maior arqueou a sobrancelha.
- Ah, por que, bonequinha? - Levou a mão aos lábios, lambendo os dedos.
- Não gosto de porra.
- Corto seu pau da próxima vez que gozar na minha cara.
- Gozo de novo já já.
- Vou fazer você limpar com a língua.
- Quem acha que é pra me obrigar a fazer algo?
- Seu namorado.
- Sim, namorado. Não dono.
- Ah, tá bom.
- É, o contrário de mim, que sou seu dono e gozo em você o quanto eu quiser.
- Aham, claro. Aí você acordou.
- Hum?
- Também sou seu dono, princesinha.
- Não é não, meu querido.
- Sou sim.
- É?
- Sou, você é meu.
- Quem te disse isso?
- Eu sei que sou.
- Não é, eu sou o seu, você não é meu dono, é minha propriedade.
Taa arqueou uma das sobrancelhas e deitou-se ao lado dele.
- Então tá bom, vampirinho.
- Isso.
- Você é o mais irritante da família?
- Sou irritante só porque não me deixo ser seu? - Riu.
- Não, você faz o que quiser, hum.
- Sim, eu faço.
- Uhum.
- Quero subir amanhã.
- Hum?
- Quero ir dançar com você amanhã.
- Eu não danço.
- Você é dono de uma boate...
- Mas não danço. - Riu.
- Vai aprender.
- ... Eu sei dançar, mas não vou dançar.
- Disse que vai aprender a gostar, hã.
- Não disse que não gosto, disse que não danço. - Tornou a rir.
- Mas por que não?
- Porque não. - Ikuma arqueou uma das sobrancelhas. - Prefiro ir tomar café, ou encher a cara sentado.
- Ah, Ikuma... É comigo..
- ... Por isso mesmo que vai ser estranho. - Provocou.
Taa estreitou os olhos.
- Por quê?
- Porque vou estar ao lado de um bambu.
Taa mostrou o dedo médio a ele.
- Me dê animo, talvez eu dance pra você, meu querido verminho.
- Não diga isso, hum... - Riu. - Se bem que imaginar você dançando... Que delícia.
- Sim, eu disse pra você maliciar mesmo.
- Pois é... Você é gostoso demais...
- Danço aqui no quarto, sem camisa, depois do banho. Faça por merecer.
- Aí meu instinto vai ser jogar dinheiro em você.
- Pego seu dinheiro e não te como, ora.
- Ah que malvado, vai ganhar eu dinheiro e não vai me comer? - Riu.
- É, não sou puto. Aliás... Vou ponderar sobre isso, me imaginar como puto me parece bastante sedutor.
Taa estreitou os olhos.
- ... É, vai lá.
- Vou, vou pensar. Gosto de ser comparado com pervertido, irritante e uma diversidade de coisas negativas.
- Que bom.
- Acho incrível também seu ciúme forjado em raiva ou apatia.
- Não tenho ciúmes.
- Não, não tem.
- Não, não tenho.
- Opa, eu disse que não tem.
- Então pronto.
Ikuma riu, como era típico, conter o riso em meio a boca fechada, o abafando. Taa virou-se de costas ao outro.
- Bem, vamos dormir, pelo jeito ainda estamos no meio da tarde.
- Boa noite, Lagartinha.
- Vem cá, hum.
- Não, vem aqui você. Deite aqui no meu peito, eu sempre te abraço, hum.
O maior se virou, aconchegando-se próximo ao outro e repousou a face sobre o peito dele. Ikuma levou uma das mãos aos cabelos alheios, qual tinha especial atenção. Adorava-os, gostava de cabelos longos e afagou-os por pouco tempo.
- Você não é meu dono, mas te dei um coração meio morto, serve isso?
- Gosto dele, mesmo sendo meio morto... - Riu.
- Certo. Durma ciumentinho.
- Eu não sou ciumento!
- É sim, ciumentinho.
- Não sou.
- É, boa noite.
- Não sou, Ikuma!
- É sim, Taais!
Taa estreitou os olhos.
- Só cuido do que é meu.
- Tá tá, cale a boca.
- Também te amo. Boa noite.
- Boa noite, verme.
- Estúpido.
- Aliás, também te odeio.
- Eu sei... - O maior riu baixo. - Até mais tarde...
- Vamos a algum lugar especifico?
- Não.
Disse o maior conclusivo enquanto seguia a sair da moradia. A vista da noite clareada apenas por uma grande lua cheia no topo escuro, céu. As luminárias em postes de luz, e nada mais. Deu passos a fitar a rua em movimento, sem interesse aparente, continuou o caminho sem destino. Kazuto observou a lua e sorriu, distraído com a beleza natural dela, estava cheia, e gostava de pensar que agora era uma criatura noturna, porém deu-se conta de que havia sido deixado para trás, desviando o olhar ao vampiro e seguiu-o.
- Yuuki, espere!
Sem pronúncia, Yuuki continuou o caminho incerto. Kazuto seguiu-o apenas, em silêncio, estendendo uma das mãos, mas o medo de ser repreendido não o deixou segurar a mão do vampiro.
O caminho, Yuuki prosseguiu a dobrar alguma direção. As vozes vinham de um bar qualquer no fim da rua solitária. Talvez tivesse algum miserável vagando por lá, e as silhuetas que iam para lá e cá indicavam a bebedeira dos homens que caminhavam desnorteados e sem passos retos e apesar do cambaleio, ainda aproveitáveis.
- Achou. - Sussurrou a voz numa tênue rouquidão.
Kazuto ficou atrás do vampiro, encolhendo-se, como se já não fosse suficiente ser menor que ele e segurou a camisa do outro.
- Q-Quantos?
- Dois drinks.
- Estou com fome...
- Então vai pegar.
- Hum? Não... Como?
O maior virou num vagaroso movimento, talvez sóbrio demais.
- Como foi que eu peguei você? - Indagou com a mesma peculiar rouquidão na voz.
Kazuto encolheu-se ainda mais, unindo as sobrancelhas.
- Calma... Eu nunca fiz isso.
- Eu vou.
Yuuki voltou-se as imagens em distância, não pouco e não muito distante. O caminho traçou nos despreocupados passos das botas sob o solo, com os olhos de cor diferenciada a voltar-se a uma calçada e outra, era propício o caminho com becos tão escuros e latões de lixo, onde depositaria toda a carcaça utilizada.
- Não... Yuuki...
O menor murmurou, virando-se no local escuro e estremeceu, mesmo que fosse um vampiro, morria de medo de ficar sozinho, ainda mais no escuro. Agarrou-se a parede, observando o namorado a caminhar pouco longe de si.
O passo do maior cessou ao meio termo. Uma rua sem saída no lado direito, e o caminho vagaroso dos homens que tiravam a paciência.
- Pff... Bêbados do caralho.
Yuuki resmungou mesmo sem costume, o passo foi rápido, mas nem tanto. O xingamento dos miseráveis insanos, eram jovens e certamente deliciosos e claro que deveras loucos por briga, como típico de bêbados sem rumo. Não deu tempo a impaciência enquanto ouvia seus murmúrios sem nitidez, foi objetivo em segurar o colarinho do louro e jogá-lo a direção do vampiro mais jovem.
- Anda, moleque.
Kazuto observou o vampiro e o homem a frente que caíra no chão com o impulso do outro, unindo as sobrancelhas, não sabia o que fazer, os olhos apenas fitavam o rapaz que certamente não conseguia se levantar, rindo e tentou acertar a si com uma das mãos. Num passo, afastou-se e hesitante se aproximou logo após, fechando os olhos e suspirou, sendo rápido a ajoelhar-se ao lado dele, puxando-lhe os cabelos e as presas, que antes só havia usado para sugar o sangue do outro vampiro, cravaram-se na carne dele, sugando-lhe um gole do sangue quente que engoliu e sentiu o leve arrepio pelo corpo junto ao grito do rapaz, mas nem por isso largou-o, cravando as presas mais fundo e sugava o líquido para si, tão saboroso.
O outro homem, certamente seria visto apenas com suas pernas arrastadas pelo chão e ao fim de sua imagem que se escondeu na escuridão do beco. O grito, inicial, abafado pela mão do vampiro mais velho.
Kazuto sugava o sangue, concentrado demais para pensar em outra coisa, deliciando-se com o sangue tão saboroso, tão quente, fazendo com que os próprios olhos adquirissem a cor vermelha e após um tempo, retirou as presas do pescoço dele, ao notar que o rapaz não se movia mais, talvez estivesse desmaiado. Uniu as sobrancelhas, soltando-o e lambeu os lábios, lembrando-se de quando era si nos braços do vampiro, poderia estar morto agora se não tivesse voltado, se não tivesse visto aqueles olhos, não o amaria hoje, mas não se arrependia por nenhuma decisão que tomou. Permaneceu desse modo por alguns segundos, observando o homem e logo levantou-se, observando o local escuro e caminhou calmamente, o medo tomando conta do corpo até ouvir o barulho baixo vindo de um dos becos, mas não enxergava, não o suficiente.
- Yuuki...? - Murmurou.
Um avanço contra o pequeno se fez tão ligeiro a puxá-lo ao beco. Yuuki tinha a figura de uma silhueta escura e de lábios manchados até o pescoço pelo sangue em demasia, sem rosto, apenas olhos tão nítidos e o sangue pouco visto na breve claridade ao pegá-lo e empurrá-lo contra o latão de lixo, onde segundo atrás havia metido o homem sem vida.
- Se lembra de algo?
Indagou em voz de mesmo tom rouco e serioso. Havia lhe tapado a boca o qual destapou logo após e lhe soltou o corpo, talvez houvesse lhe causado uma pequena lembrança de tal e ao soltá-lo apenas se deixou ser visto quando já fora do beco onde havia o deixado, e lambia os dedos sujos de sangue, feito um gato em seu banho.
Kazuto assustou-se ao senti-lo puxar a si e arfou ao sentir o corpo contra o local, claro que na outra vez que fora colocado naquele lugar, doeu muito mais do que nessa. Os olhos arregalados fitavam os olhos do outro apenas, sem dizer uma palavra, as pernas tremiam e quase não ajudavam a si a se manter de pé. Dos olhos, duas lágrimas escaparam e molharam a face. Assim que ele retirou a mão dos próprios lábios, suspirou, erguendo a face e observou os telhados das casas, não era o mesmo lugar mas lembrava-se de tudo, das janelas se fechando, as pessoas ignorando a própria dor, tão egoístas. O sangue no próprio corpo, as roupas rasgadas no chão, o corpo dele junto ao próprio, os olhos... Os olhos. Desviou o olhar a ele e deu um passo em direção ao mesmo, esperando que as pernas fizessem seu trabalho e ajudassem a si a se manter de pé, mas não conseguia falar nenhuma palavra, caminhou até a frente do outro, observando-o com os olhos vermelhos, mas ainda assim tão inocentes e selou-lhe os lábios.
A expressão do mais velho se manteve, incerta ante os passos desajeitados do garoto, o medo da lembrança talvez, pensou consigo mesmo enquanto sentia o enlace da cintura e seu beijo, quase tão mal dado quanto o de uma criança, sem comentários passou um dos braços envolto ao corpo magro e passou a andar, caso contrário, teria que ser desapressado no caminho.
Sentiu o braço do outro ao redor de si e uniu as sobrancelhas, não estava acostumado a nenhum toque dele, achou ele apenas empurraria a si e o deixaria ali, ou o puxaria pela mão, mas aquilo era diferente, era quase um abraço. Caminhava junto dele, pouco confuso e observava o chão, com cuidado para que não caísse, afinal, estava pouco tonto.
- Tomou sangue ou veneno? - Indagou o maior apenas no traçado caminho.
- Me assustei... - Kazuto murmurou.
- Tanto a ponto de cambalear feito bêbado?
- Podemos parar um pouco? ... Só um instante.
Kazuto parou junto dele e respirou fundo algumas vezes, recompondo-se e observou o outro próximo a si, novamente abraçando-o e repousou a face sobre o ombro dele.
Os ambos braços do maior se dispersaram em inércia às laterais do corpo enquanto em passos cessados, atípico, lhe concedia tempo a perdurar de tal modo enquanto o enlace da própria cintura era feito num abraço já conhecido, e na mente, pensamento se passava só consigo mesmo e talvez sem entender o garoto que se tornava mais frouxo como estivera no momento. O menor ergueu a face, beijando-lhe o pescoço e segurou a mão do maior.
- Obrigado...
- Já pode andar? - Yuuki indagou, ignorando seu dito, seu feito.
- Estou mais calmo.
O desvencilhado do abraço, o maior deu caminho a seguir ao trajeto feito hora antes. No bolso o maço de cigarros, mesmo que sequer necessitasse de um vício de nicotina, era apenas um pequeno e insignificante passatempo, que levou a boca, passando a tragar após o zipo ceder a brasa.
Kazuto o observou apenas a acender o cigarro e novamente a mão segurou a dele, devagar, buscando uma reação e entrelaçou os dedos aos do outro, continuando o caminho. Tão breve, talvez Yuuki tivesse lhe dado um sutil aperto na mão, porém desfez o toque a levá-la em seu ombro e passá-lo a frente do corpo, bem mais a frente.
- Não me toque, vai andando.
O menor uniu as sobrancelhas e assentiu, caminhando e segurou a própria mão, observando-a a dar um pequeno sorriso. As cinzas haviam sido o resultado de todo o cigarro quando finalmente Yuuki se pôs fronte ao edifício residente. Encaminhou-se ao próprio apartamento sem delongas nos passos ligeiros ao interior da moradia. A empregada ainda trabalhava, cuidando da higiene do ambiente com o cheiro não muito doce e desagradável. Talvez tivesse servido algo na recepção da chegada sem demora, porém o jantar havia sido feito. No quarto as botas de cor escura foram jogadas em qualquer lugar, a camisa com seus primeiros botões abertos e zíper da calça aberto, livrando-se da pouca formalidade da roupa, antes bem trajada.
O menor seguiu o outro em silêncio a adentrar o local e observou-o apenas no que fazia, retirando a camisa dele que usava e deixou-a junto as roupas do maior, abrindo o zíper da calça, mas se a retirasse ficaria nu, então permaneceu com ela.
- Como essas roupas servem em você?
- Ficam grandes, eu dobrei a manga.
Yuuki desceu a direção das vistas a calça. Kazuto o observou e puxou o cós da calça, mostrando estar igualmente grande, assim como as barras da mesma. Um sorriso de canto se fez dos lábios do mais velho, porém a gargalhada debochada logo viera.
- O que? - Uniu as sobrancelhas.
- Você é minúsculo... - Disse diante do riso.
Kazuto desviou o olhar ao próprio corpo e abaixou-se, soltando a barra da calça que arrastou no chão.
- Não sou...
- E... tem 20 anos...
- Vinte e dois. Não sou minusculo.
- Deveria ir para sua casa, pode se vestir ou vai cair com isso.
- Não, sou grande suficiente pra usar. - Kazuto deu alguns passos, observando a barra da calça.
- Bem, como quiser. Adoraria vê-lo cair de qualquer forma, ainda posso sugar o sangue do seu nariz.
- Ai que nojo... - Riu.
No guarda-roupas, Yuuki ajeitou as peças retiradas, permanecendo com uma regata de tom branco e talvez quase se igualasse ao tom pálido da própria pele, já que nunca havia sido tocado pelo sol. Jogou um short qualquer ao outro e fechou a porta do móvel bem feito e de madeira maciça. Kazuto sorriu, pegando o short e retirou a calça, mesmo sem abri-la, vestindo o short que quase servia como calça para si.
- Você é anão.
- Não sou... Só sou pequenininho. - O menor caminhou até a cama, deitando-se.
Yuuki caminhou a cama igualmente e jogou ao lado o edredom já trocado e lençóis limpos. Deitou-se, se ajeitando no conforto da cama abandonada no dia durante poucas horas. O menor se aproximou do outro, abraçando-o e sorriu a ele.
- Obrigado por ter ido comigo caçar.
- Não precisa ficar grudando em mim como se eu fosse seu pai.
- Só estou te abraçando...
- Você passou o dia me tocando de qualquer forma que fosse possível e quase imperceptível.
- Ah... Hai. - Kazuto afastou-se, observando-o apenas.
- Boa noite, pirralho.
- Não... Fica acordado... Só mais um pouquinho.
- Pra que? - Yuuki resmungou debruçado a cama e face afundada abaixo do travesseiro.
- Olha pra mim...
- Acho que você não está muito dentro de si hoje.
- Por favor, pode me dar uma surra depois.
- Tsc... - O maior puxou o travesseiro a jogá-lo na cama e deitar a face a direção do alheio. - Ah?
Kazuto aproximou-se, selando-lhe os lábios e sorriu.
- Amo você.
- Era isso? - Yuuki indagou após aquele breve toque labial.
O menor uniu as sobrancelhas, observando-o.
- ... Era.
- Esse costume de fazer cara de coitado não tem efeito em mim, garoto.
- Não é de proposito ne... Bem... Boa noite. - Sorriu a ele e virou-se de costas. - Obrigado pelo dia, digo noite.
- Boa noite.
Kazuto assentiu ao ouvi-lo encolhendo-se pouco a baixo do cobertor, aproximando-se do outro.