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agosto 2017
O silêncio da noite havia sido quebrado por um estranho som vindo de fora do quarto, os filhos ainda dormiam, afinal, a babá eletrônica indicava o silêncio no quarto deles, mas então, o que poderia ser? De olhos estreitos, Katsumi se levantou, estava cansado de levantar por causa do bebê, cansado de acordar no meio da noite, por sorte aquilo acabaria logo, mas dessa vez parecia diferente, vozes distintas, cheiros distintos. Humanos... Não era o cheiro do Erin, era cheiro de homem. Rosnou, para si mesmo porque ele estava dormindo, ou achava estar e por fim saiu do quarto, mesmo somente de boxer, e para a própria surpresa deu de frente com dois rapazes que haviam aberto a porta, na verdade, arrombado.
- Filhos da puta. Que merda vocês pensam que estão fazendo?
- Caralho! Fica parado aí, ou atiramos em você!
- Ah foda-se, ninguém vai atirar em mim, essa porra dói pra caralho. Sai da porra da minha casa, meus filhos estão dormindo, seus merdas!
- Esse cara é louco?
- Sou! Sai fora!
Falou, numa altura não tão alta de fato e rosnou, expondo as presas, só então ouviu o barulho da arma soar alto pelo local e estreitou os olhos num gemido ao sentir a bala atingir o braço.
- ... Da pra parar com essa merda? Eu morri assim, não adianta. - Falou e no quarto ouviu o choro fraco do filho pequeno. - Aí, seus filhos da puta, acordaram meu filho. Qual dos dois quer voar pela janela primeiro?
- Você vai ficar enrolando até quando, Katsumi?
Ryoga indagou após o barulho, este que havia incomodado os filhos e mesmo os próprios ouvidos, era como um animal, tinha os instintos apurados, também havia notado a presença pela casa, mas por alguma razão o havia deixado ir primeiro, só não sabia que o moreno era do tipo enrolado.
- Vá pegar o Natsumi.
O menor desviou o olhar ao outro, lado a si e arqueou a sobrancelha.
- Não estou enrolando, estou pensando num modo de matar os dois sem estragar a carne, não tem comida pra amanhã. - Falou e podia ver de relance os olhos arregalados dos dois.
- Caralho! Essa porra dói muito.
Falou a pressionar o braço que sangrava e negativou, o outro teria que tirar a bala de si novamente, bem, tiraria sozinho. Seguiu ao quarto dos filhos como indicado por ele e pegou o pequeno nos braços, acalmando-o, embora ele chorasse por certamente sentir o machucado em si.
Erin esfregava os olhos, com passos frouxos. Ao abrir a porta parou no entanto ao ver um dos pais por ali, havia ido ajudar o irmão no tumulto dos pais.
- Ah, tá bom. - Dito, deu meia volta para o quarto.
- É só quebrar o pescoço.
Dito, Ryoga esperou o moreno partir e sair do cômodo, amenizar o sofrimento do filho e então foi momento de ter pressa, embora acabar com dois idiotas assustados não fosse uma tarefa difícil. Quando terminou já havia colocado ambos em cima da mesa, havia ganhado uma arma de presente e um canivete barato. Ao se virar, fitou o pequeno que cruzava o corredor esfregando os olhos, indo embora para seu quarto.
Katsumi suspirou quando o filho ao menos amenizou o choro e saiu do quarto, fitando o outro no meio da cozinha e os dois corpos sobre a mesa.
- ... Porra, mas... Não faz nem um minuto que eu entrei.
- É por isso que eu disse que você enrola. Fica batendo papo na porta.
Disse o maior, tinha os cabelos longos e negros desalinhados, os olhos estavam vermelhos, não na íris mas no globo ocular, denunciando o sono que havia durado. Usava um roupão felpudo e preto.
O menor suspirou e negativou.
- Pode me ajudar com essa merda de novo? Está doendo.
Falou a segurar a mãozinha do filho, e quanto a si, igualmente estava com os cabelos bagunçados, os olhos avermelhados e o braço pingava um pouco de sangue.
- Como você é atrapalhado, hum? Devia ter parado o sangue com alguma coisa. Sente-se no sofá.
- Desculpe, já deve ser a décima vez que eu sou baleado, sou muito trouxa.
Falou a ele e sentou-se no sofá como indicado.
- Você é dramático.
Disse o maior e buscou a garrafa de saquê com que seguiu até ele.
- É, por isso mesmo.
Katsumi falou e suspirou, observando o pequeno no colo, não era mais um bebezinho de colo, já estava crescido, logo estaria falando. Sorriu a ele e beijou-o em sua testa, acariciando seus cabelinhos.
- Não chore, hum? Você é um mocinho.
- Pegue o saquê, beba.
Disse Ryoga e não era para sua ferida. Deu a ele também uma toalha de cozinha para morder. Só então completou aquela pequena fenda com o dedo, tirando a bala alojada.
Katsumi assentiu ao ouvi-lo e deixou o pequeno ao lado de si, não sabia qual reação teria ao senti-lo puxar a bala de si e bebeu um longo gole do saque, suspirando e mordeu a toalha, o mais forte que podia, perfurando-a e gemeu, na verdade, gritou contra o pano ao senti-lo puxar a bala de si, e uniu as sobrancelhas, inclinando o pescoço para trás, encostando-se no sofá, respirando rápido, e não sabia dizer o quanto havia doído.
- ... Hum.
Após a breve tortura, o maior tinha já a taça de sangue na mão. Mostrou a ele, mas provocou afastado-a dele, sorriu e entregou porém. O menor uniu as sobrancelhas ao vê-lo afastar a taça e esticou a mão, pegando-a e bebeu alguns goles da bebida, rapidamente.
- Melhor, conversador? - Disse Ryoga e lançou a bala tirada pela janela já aberta.
Katsumi assentiu e gemeu, sentindo a ferida no braço se fechar aos poucos.
- Caralho, como dói...
- Da próxima vez não bata papo. Está tudo bem, morceguinho?
Ryoga indagou e tocou a ponta do nariz do menor, pegou-o para deixar o moreno lidar com sua ferida cicatrizando. O menor assentiu ao ouvi-lo e segurou o braço, mordendo o lábio inferior.
- Ele está bem?
- Hum, está bem. Já se acalmou. Acho que vou deixar ele com o Erin.
- Hai...
Katsumi falou, observando o filho e devagar se levantou, beijando-o em seu pequeno rosto. O maior se levantou após o agrado dele ao filho, que levou para o outro. No quarto do mais velho deixou o pequeno, e viu-os sonolentos a se aninhar.
O menor suspirou e por um momento, se viu desesperado como nunca estivera antes, não esperava ter que lidar com algo assim, não queria ninguém atacando os próprios filhos.
- ... Eles estão bem?
- Sim, agora estão dormindo juntos. Isso não foi nada, Katsumi. Não fique tenso.
- Não estou tenso. - Suspirou. - Porra, você podia ser mais delicado e não enfiar os dedos no meu braço aberto né caralho?
- Sim, eu podia. Mas você está falando de mim, então não eu certamente não seria mais delicado. Poder não é querer.
Katsumi estreitou os olhos.
- Filho da puta. Dói sabia?
- Sim, eu imagino. Da próxima vez você não vai enrolar.
O menor assentiu e se espreguiçou.
- Cama?
- Já é noite.
- Hum... E só deitamos de dia?
- Normalmente. Mas bom, talvez possamos dormir um pouco mais. - O maior disse, estava mesmo preguiçoso naquele dia.
- Dormir? Puta que pariu, como você é lerdo. É, vamos dormir.
- Já quer dar de novo, Katsumi?
- ... Não fale assim.
- Hum, falo como?
- Vamos transar, não precisa jogar na cara que eu quero dar.
- Mas é isso mesmo. - Disse o maior e sacudiu seus cabelos, os enroscando.
- Hum... Chato. Você é muito bonito, sabia? Seu filho da puta.
- Hum, está querendo me adular pra ganhar uma, é?
- Claro que estou.
- Vá dormir, vai.
- Uh... Então vou ter que fazer sozinho.
- Vai? Então você vai. Vou assistir.
- ... Eh?
- Vamos para o quarto, aproveite que o Erin está com Natsumi.
- Hum... Certo. - Katsumi assentiu e seguiu ao quarto, observando-o da cama.
Após seguir ao quarto, Ryoga puxou a poltrona onde se sentou, aproveitou e pegou um cigarro que acendeu e tragou.
- Vamos, comece.
- Posso entrar no seu mundo incrível que é seu guarda roupa? ... Acho que posso pegar algumas coisas pra usar pra você.
- Vá em frente. - Disse o maior a mais um trago do cigarro.
O menor sorriu a ele e assentiu, levantando-se e seguiu ao armário, escolhendo algumas coisas e logo retornou, levando um lubrificante, um vibrador cor de rosa que achou estranho pela cor, mas não iria discutir ou perguntar e aquelas pequenas bolinhas, iria brincar um pouco com eles embora algo em si ainda estivesse envergonhado por ser passivo.
Ryoga observou-o em sua volta, analisando as escolhas não muito incomuns dele. Diferente dele se ocupava somente com o cigarro e não dava atenção a seu rubor ou qualquer coisa que denunciasse sua timidez embora soubesse que ele estava ligeiramente desconfortável.
O menor suspirou e deitou-se na cama, observando-o a pouca distância.
- ... Posso?
Katsumi falou e visto que ele não se importava de fato consigo, se deitou na cama e observava-o de onde estava, apesar que preferia não vê-lo, ou ficaria envergonhado. Retirou a boxer, única peça que usava e deixou de lado, separando as pernas na cama, na direção dele e deslizou uma das mãos pelo próprio sexo, acariciando-se e fechou os olhos conforme inclinou a cabeça para trás, estremecendo a medida em que dava carinho para si mesmo.
Ryoga gesticulou sem responder em fala, mas no gesto, afirmando a sua questão. Para ele se voltou em seguida, vendo-o se afagar, e quase nada havia feito mas já estava a estremecer, não sabia se era sensível demais ou se estava simplesmente buscando provocar. Sorriu, num riso nasal.
O menor desviou o olhar a ele, com um sorrisinho de canto e passou a se masturbar, devagar, sentindo o corpo endurecer entre os dedos e fora quando deslizou a mão entre as pernas e tocou o ponto íntimo, roçando um dos dedos no local, e nunca havia feito aquilo consigo mesmo, era estranho.
- Vamos, Katsumi. Sei que está com pressa. Esse dedinho delicado me incomoda.
- Ah é? Quer que eu enfie o vibrador de uma vez? Você é muito bruto.
- Não sou bruto, só acho que usar pontinha de dedo é coisa de punheteiro de vídeo caseiro. Vamos lá, use dois.
- Ah é? - O menor riu e assentiu, enfiando dois dedos de uma vez.
- Hum.
O maior afirmou no murmuro e teve de buscar outro cigarro, deixando expandir o cheiro de cravo pelo cômodo, fluindo com a fumaça que liberava da boca.
Katsumi gemeu conforme empurrou-se para o corpo e mordeu o lábio inferior, doía, era virgem de novo, mas nada como aquela maldita bala no braço, e por incrível que parecesse, lembrar dela excitava a si, ao invés de dar agonia. Pegou o lubrificante e guiou ao corpo, derramando pouco sobre os dedos e devagar passou a entrar e sair, empurrando-se firmemente para dentro.
Ryoga fitou a medida em que facilitou sua entrada com o lubrificante. O riso soou provocador.
- Vai ficar nos dedinhos? Sei que você quer o vibrador, não se reprima.
O menor riu, sutil.
- Não seja apressado. - Falou e retirou os dedos de si, pegou as pequenas bolinhas separadas na corda e empurrou uma delas para dentro. - Me diz uma coisa... Ah... Por que diabos você tem um plug com uma cauda? Quer comer um cachorro?
Katsumi fitava sua escolha de acessórios, as bolas de pompoarismo que aos poucos seguia a introduzir, imaginava se continuaria com os dedos junto delas.
- Essa pergunta é seria?
- A pergunta não é literal, obviamente, mas fiquei curioso sobre o porquê tem isso.
Dito, o menor empurrou mais uma delas para dentro e gemeu novamente, dolorido, prazeroso.
- Você sabe para que usar essas bolas, Katsumi? - Ryoga retrucou, provocando o moreno é claro. - Hum, acha que um plug anal simples soa mais atrativo que um com uma cauda de raposa?
- Hum, quer que eu coloque a cauda?
- Não, agora quero que faça o que planejou. Quero saber o que ronda sua cabeça num momento a sós.
- Hum, eu sempre quis usar essa bolinhas...
- É, essas bolinhas são usadas pra trabalhar a musculatura na cavidade. Prende e solta. O resultado disso é a facilidade de sentir prazer e gozar.
- Hum... Isso é bom. Posso treinar quando você não estiver.
- Você pode treinar agora, já está usando.
- Devo apertar? - Falou num sorriso.
- É, deve apertar e puxar com a mão, tentando não deixar sair.
- Hum... - Katsumi murmurou e suspirou, pressionando o local para não deixar a bolinha sair.
- Coloque todas elas e puxe com a força com que as segura.
O menor assentiu, estava excitado e fez o indicado, colocando todas.
- Puxe, Katsumi. - Disse o maior, provocativo.
O menor assentiu e puxou, tentando prende-las em si.
- Ah...
- É gostoso, é?
- Dói um pouco. - Katsumi riu e mordeu o lábio inferior. - Mas é gostoso.
Disse conforme sentiu uma das bolinhas saírem de si e colocou-a novamente.
- E o vibrador? Não vai usar?
- Hum, quer que eu coloque o vibrador? Está duro? Mostre pra mim...
- Não vou mostrar meu pau. Você quem está trabalhando, me mostre.
- ... Preciso me excitar...
- Você parece bem excitado.
- Estou, mas ver você sempre me excita mais. - Disse e gemeu conforme puxou as bolinhas, desviando o olhar ao local, e arrancou-as de si. - Quer o vibrador?
- Eu não quero nada, Katsumi. É isso o que você não está entendendo. Quero o que você tem a me oferecer, não questionamentos.
O menor arqueou uma das sobrancelhas.
- Hum... Certo.
Falou e suspirou, cansado de tentar dialogar com ele ou buscar palavras que excitassem a si e observou o vibrador, um pouco perdido sobre como ligar e quando por fim apertou o botão, ouvindo o barulho do vibro, guiou ao corpo e devagar, empurrou-o para dentro.
- Você está tentando me provocar ou está buscando que eu o provoque? Parece que está tentando conseguir agrado para si fingindo que está tentando me agradar.
- Estou fazendo isso pra te agradar, não é suficiente? Não sei usar palavras para agradar alguém... Talvez só se disser que seu pau é grande e gostoso, o que não é mentira.
Falou num sorriso e mordeu o lábio inferior, sentindo o acessório vibrar dentro de si.
- Não estou falando das palavras estou falando das perguntas, pedindo pra eu te mostrar o pau. Admita, sozinho você não sabe transar.
Disse o maior e tragou o cigarro, abaixou a calça até os quadris, expondo a roupa inferior, mas não tirou-a do corpo. Katsumi estreitou os olhos a ele, desviando o olhar ao sexo dele, que havia pedido para ver.
- Não seja idiota, é pra ser sexy, mas me fazer desistir de fazer as coisas.
Dito, moveu o vibrador, devagar, aos poucos agilizando os movimentos a coloca-lo e retirá-lo do corpo, e inclinou o pescoço para trás, deixando escapar um gemido prazeroso.
- Hum, esse parece mais interessante. Mas você é assim gulosa, Katsumi? Quer enfiar o pau e também as bolas.
Disse o maior referindo-se ao vibrador e as pequenas bolas de pompoar. O menor desviou o olhar a ele.
- Eu tirei as bolas, quantas coisas você acha que cabe aqui dentro? Esquece que eu sempre sou virgem? Ainda mais que eu me alimentei agora...
Katsumi murmurou e novamente moveu o objeto, até que encontrasse o ponto onde gostava, dentro do corpo. Ryoga riu, queria provoca-lo, gostava de deixa-lo com aquela cara tensa, fosse de raiva ou desconforto.
- Uh, achou?
O menor assentiu e mordeu o lábio inferior, investindo contra o local e gemeu novamente, sentindo as pernas trêmulas.
- Você é tão sensível. Mal tocou e já está com as pernas tremendo? Aposto que isso é timidez, está com vergonha.
- Cala a boca, Ryoga.
Katsumi falou e estreitou os olhos, estava puto evidentemente, e novamente moveu o objeto em si, investindo onde gostava. O riso do maior soou evidentemente provocador. Mas incentivou ainda assim.
- Finja que está sozinho.
- Não consigo me concentrar com você me fazendo ficar puto da cara.
- Vou deixa-lo fazer. Vamos.
O menor assentiu a ele e fechou os olhos, inclinou o pescoço para trás mais uma vez e realmente tentava fingir que ele não estava ali. Mordeu o lábio inferior e mesmo que tentasse esquece-lo, ele era a única coisa que vinha a própria mente quando pensava em algo para se excitar, pensava nele sem roupas, ou talvez com elas, mas algo de couro, talvez um uniforme militar, hum, ia ficar lindo nele com aquele cabelo comprido e um chicote, quase pode senti-lo estalar contra a própria pele e gemeu, prazeroso conforme empurrou o vibrador para si mais forte.
Ryoga fez o silêncio que ele buscava, deixando-o esquecer das provocações enquanto usava o vibrador em si. Em uma altura pareceu absorto a qualquer coisa que estivesse imaginando. Se levantou, seguiu até o moreno e se sentou na beira da cama, a seu lado. Tocou sua mão ocupada, mas tomou posse de seu brinquedo e passou a ajuda-lo, movendo-o em busca de tocar aquele seu específico ponto.
Katsumi suspirou, podia ouvir os passos dele pelo quarto e sentiu se sentar na cama, sabia que estava consigo, mas não esperou que ele fosse tomar o acessório de si. Abriu os olhos, desviando o olhar a ele e sentiu-o empurrar o acessório para si, era bem melhor quando ele fazia.
- ... Ah...
O maior empurrou o vibrador, sentindo a onda vibrante do acessório na ponta dos dedos conforme o segurava e empunhava. Aos poucos aumentou o ritmo, porém não demasiado, não o queria fazê-lo gozar tão rápido.
Katsumi uniu as sobrancelhas, agarrando o lençol entre os dedos com ambas as mãos e mordia o lábio inferior enquanto o olhava, porra, ele era muito bonito.
- Ryoga... - Murmurou e puxou a camisa dele, abrindo os botões.
- Vai ter que se contentar com o vibrador, Katsumi. Estou fazendo, não despreze meus movimentos.
Disse o maior, referindo-se ao ritmo com que o penetrava. Seguia com ritmo brando, mas tinha firmeza e sabia aonde era aquele pequeno lugar sensível em seu corpo.
- Só quero ver o seu corpo.
O menor falou a ele e suspirou, deixando escapar outro gemido prazeroso embora não fosse do próprio feitio gemer daquele modo, achava que tudo que fazia como passivo fazia a si parecer uma prostituta.
- ... Eu... Vou gozar...
- Hum.
Disse o maior e deu a ele espaço para ver o que dizia querer ver. Com a mão desocupada, acariciou seu membro, sentindo a pele suave sob o músculo não tão suave assim, mas não se demorou por lá, antes que trouxesse seu ápice mais próximo.
- Não tão rápido, Katsumi.
Katsumi sentiu o toque dele sobre o sexo e mordeu lábio mais uma vez, gostava dos toques dele, frios na própria pele que era morna.
- Então não empurre tão forte e tão rápido... E me de logo seu pau.
- Não estou rápido, quer que eu faça em câmera lenta? Na verdade está tentando dar motivo pra sua ejaculação precoce.
Dito, Ryoga moveu novamente o punho, ao se ajeitar para ele, se pôs acima de seu corpo. Fitava-o de cima, mas não fez além de mover a mão.
- ... Quando você vai parar de me insultar e ser desagradável?
Katsumi falou a ele e estreitou os olhos, porém deslizou ambas as mãos pelo tórax dele, sentindo seus músculos suaves, nada muito demarcado.
- Não estou te insultando, é adorável na verdade. É como um adolescente. E prefiro que hoje você seja meu garoto adolescente, não estou a fim de comer uma puta desbocada.
O menor estreitou os olhos.
- Ok, nos outros dias sou uma puta desbocada.
Disse a observa-lo, silencioso e suspirou conforme o sentiu se empurrar para si. Ryoga sorriu.- Só na cama. Mas não é sempre, as vezes você me dá coisas diferentes.
Disse o maior e seguiu a seu pescoço, mordeu de leve, ameaçando.
- Porra, devo ser uma porcaria na cama. - Katsumi falou a ele e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, puxando-os suavemente ao sentir a mordida. - Bem, então me use, senpai.
Yori havia sido permitido de sair do quarto, pelo menos algumas vezes enquanto os empregados estivessem pela casa, estavam sempre vigiando, por perto, quase segurando a si, e só fora permitido porque havia dito a ele que enlouqueceria se permanecesse trancado no quarto, ele mesmo sabia, mas também se mantinha por perto quando podia. Naquele dia seguiu em direção a cozinha, e o gatinho seguia junto consigo, era curioso, si próprio, assim como o gato. Farejava o ar a procurar comida, desacostumado por poder sair do quarto e as panquecas que tanto gostava estavam prontas sobre a mesa, porém, doces. Sentou-se, meio desajeitado por estar sentado numa cadeira e não na cama e experimentou o doce com o garfo, apreciando o sabor gostoso da sobremesa. Chovia lá fora, estava um clima agradável, então, andava pela casa de shortinho, uma das únicas roupas que tinha, pijamas que cobriam parcialmente o corpo, era os que ele havia comprado para si, como se fossem roupas de criança, não sabia se estava sendo tratado como um filho ou uma boneca. O gatinho havia se sentado ao lado de si e como ele não gostava do doce, vez ou outra dava a ele um pedacinho da massa.
Hideki chegou próximo ao batente, entre passos tão leves que não ruíram no piso laminado e encostou-se por lá, com a taça de vinho numa das mãos, e movia-a em círculos leves. Tragou e observou o garoto que se acomodava à mesa, comendo as panquecas doces enquanto vestia o pijama simples que lhe comprara.
- Está gostoso? - Indagou, pegando de surpresa o visitante da casa.
Yori uniu as sobrancelhas ao ouvir a voz dele e desviou o olhar ao maior, com a boca cheia e assentiu devagar, mastigando a engolir a comida e abriu um pequeno sorriso.
- Obrigado, pela comida e por me deixar sair.
- Estou com fome.
Hideki disse a ele, observando sua alimentação, e parecia tão apetitoso enquanto comia.
- Quer que eu prepare algo pra você?
- Preparar algo?
O maior indagou com um tom risonho embora estivesse sem rir, visto que não se alimentava de comida humana. E chegou mais perto, deixando sobre a mesa a taça de vinho que até então bebia. O menor uniu as sobrancelhas a observá-lo e deu um último pedacinho de massa ao gato.
- ... Tudo bem.
Ao abandonar a taça e mesmo tê-lo perto e posto em pé, Hideki pegou-o em torno da cintura num movimento hábil, tendo mais por perto e abaixou-se suficiente a aspirar o cheiro que circulava sob sua pele. Seu sangue.
Yori suspirou ao se levantar, quase encolhendo-se em meio aos braços dele, porém nem se moveu, deixaria-o morder a si e colaboraria, afinal, tinha o que havia pedido, companhia e a casa para si, era como um agradecimento silencioso.
Hideki sentiu seu cheiro de sangue em curso, juntamente ao leve toque de medo, nada extremamente evidente, mas parecia feliz em colaborar com o que entendia que lhe faria. Colou os lábios na curva entre seu pescoço e ombro, e roçou os dentes porém sem feri-lo. Somente umedeceu a pele e sem delongas, empurrou a mão ao meio de suas pernas, especificamente abaixo de seu ventre.
O menor manteve-se ainda parado, aguardando pela reação dele e as presas na carne que logo viriam. Fechou os olhos, pressionando-os e preparou-se ao senti-lo umedecer a pele, porém o que veio fora totalmente diferente do que esperava. Arregalou os olhos com o toque, sobressaltando-se, óbvio, nunca esperava aquilo dele, achou que ele tratasse a si como um filho, uma criança que tinha que cuidar, não com malícia, por isso se assustou.
- Eh?!
Falou alto, observando-o e guiou a mão sobre a dele, meio desajeitado.
- Quero vê-lo.
O maior disse, soando contra sua pele alva e umedecida num pequeno ponto com os lábios e mesmo no toque de sua mão, prosseguiu, e apalpou a região, sentindo mesmo flácido o tamanho que tinha seu corpo naquela parte íntima.
- Iie! - Yori falou a ele, estranhando a investida e afastou-se, ou tentou se afastar a observá-lo. - P-Pare com isso... Você não queria me tomar? Estou esperando...
Ao invés de respondê-lo, Hideki tomou-o ainda no lugar, o manteve e subiu delicadamente os dedos até o cós de sua roupa, ameaçando penetra-la, sem fazer realmente e deixou seu pescoço a fitar seu rosto e investiu num beijo superficial e bem rápido, já que ele se desviava.
- Iie...
O menor murmurou, ainda estranhando demais o toque, realmente algo que não esperava dele e deu alguns passos para trás, porém fora de encontro ao balcão da cozinha, e assustou-se novamente por bater contra o local, parecia fechado, sem ter para onde correr, não conseguiria de qualquer modo. Virou a face ao sentir o beijo, e Deus, ele era tão bonito, mas não gostava dele daquela maneira, na verdade, estava começando agora a gostar dele e era estranho para si vê-lo daquela forma.
- S-Senhor... Por favor, não faça isso... Eu...
Hideki ignorou seus protestos, e empurrou com um dos braços o que era servido a mesa, o suficiente para ter algum espaço sem causar bagunça no local, embora pelo barulho parecesse causá-lo. Com facilidade ergueu-o pelas coxas e sentou à mesa, onde antes seu desjejum. E tateou com a ponta dos dedos o cós de sua roupa o qual abaixou e puxou até a coxa, pouco e suficiente para expor seu sexo e observou, descobrindo seu corpo.
Yori arregalou os olhos ao senti-lo levantar a si e negativou, puxando a roupa, ou tentando fazê-la cobrir o corpo novamente.
- Iie! - Falou alto e encolheu-se, guiando as mãos sobre o próprio sexo. - O que está fazendo? Eu não fiz nada pra você...
- Não estou te batendo, portanto não estou fazendo como punição. - Retrucou o maior e levou a mão até a sua, tocando seu sexo, sentindo a pele molinha, flácida e quente. - Sua pele é gostosa aqui embaixo.
- Mas é como se fosse... Não pode tocar sem eu deixar... - Yori murmurou e encolheu-se novamente, tentando afastar a mão dele. - Iie...- Não é como se fosse ruim pra você.
Disse o moreno e desvencilhou seu toque, envolvendo seu sexo e passou a acariciá-lo. Yori uniu as sobrancelhas e deixou escapar o gemido baixinho, desviando o olhar ao local e novamente tentou afastar a mão dele de si.
- S-Senhor! E-Eu nunca fiz isso... Pare...
- Pare com esse senhor, está me irritando.
Disse o maior, achando o apelido realmente desagradável e não parou. Deslizou a mão pelo garoto, sobre seu peito e levou-o a se deitar sobre a mesa, acomodando suas costas no lugar não muito confortável mas o suficiente. Abaixou-se, encarando seu músculo não muito rijo, porém não flácido.
O menor manteve as sobrancelhas unidas, tinha medo dele, de fazer um movimento brusco e acabar se machucando, tentou se levantar novamente, porém mais brusco que antes, segurando a mão dele.
- Pare... Eu sou um filho pra você não sou? O que está fazendo? Eu... Como vou chamá-lo então?
- Você, como sempre fez. Hideki.
O maior disse a ele e segurou-o com mais firmeza, empurrando-o pelo peito, e abaixou-se, enquanto com a mão livre ainda o segurava no sexo e não o respondeu, somente voltou a direção visual a ele, esperando que isso o respondesse e tão logo abriu a boca, lambendo sua zona íntima.
Yori uniu as sobrancelhas ao senti-lo empurrar a si e sentiu a respiração aos poucos aumentar de ritmo, descompassada, era medo, e certamente ele gostava de ter esse sentimento correndo nas próprias veias, o sangue se tornaria melhor talvez. Estremeceu com o toque novamente e obviamente, com o toque quente da língua.
- Iie! Não faça isso!
- Shh...
Hideki sussurrou e abriu a boca, novamente deslizando a língua na região, e sentiu sua pele sedosa, sobre um músculo maleável e esperava que ele se calasse por um momento, não faria muito além até então. E levou a mão antes acima de seu sexo para sua boca, tapando-a e tão logo penetrou-o na boca passando a sugá-lo.
O loiro manteve-se em silêncio ao ouvi-lo, na verdade o medo era de ter as presas dele tão próximas do próprio membro, tão sensível, talvez pudesse rasgar e seria uma dor horrível. Fechou os olhos ao sentir a mão dele sobre a boca e sentiu o coração acelerar ainda mais, parecia que sairia pela boca, estava ereto, e havia sangue demais na boca dele de certa forma, claro que não tinha noção disso na hora, ainda mais sob pressão.
- Hum...
Murmurou, mais um protesto do que um gemido, apesar de ser gostoso.
Era evidente que estava tenso demais, porém Hideki não se importava, o fluxo sanguíneo fosse de nervoso misto a excitação de seu primeiro toque, tornavam-no ainda mais rijo. E tomou-o por inteiro, dentro da boca, com um ritmo leve, sentindo seu gosto, e ainda o cheiro de banho tomado perto de seu ventre, junto ao sangue vigorosamente correndo em seu corpo.
Yori uniu as sobrancelhas, e estava difícil respirar ao ter a boca tampada, como a respiração ficava muito rápida, e contra a mão dele, sentia que não conseguia arranjar ar, claro que ele não se importava muito, era vampiro, não respirava, não deveria saber. Guiou uma das mão sobre a dele, puxando-a com certa força, indicativo de que desse algum espaço para que pudesse respirar, embora o corpo estivesse tão anestesiado que quase não notava a respiração, somente quando quase sufocou percebeu.
O maior ergueu a direção visual e deslizou a mão até seu queixo, roçou os dedos em seus lábios e desceu ao peito aonde acariciou o mamilo, porém sobre a roupa. Chupou-o com mais força, e ao tirá-lo da boca, delineou sua ereção, descendo posteriormente a zona inferior, um pouco mais sensível que aquela.
Yori sentiu o toque sobre o queixo e lábios, preferiu não dizer nada, antes que tivesse a boca tampada novamente. Estremeceu visivelmente e mordeu o lábio inferior, desviando o olhar a ele, como conseguia deitado daquele modo, sentindo a pele se arrepiar suavemente com o toque no mamilo.
- H-Hideki... Eu... É estranho... Me solta, estou me sentindo mal...
O moreno ergueu a direção visual a seu rosto novamente, e voltou os olhos vívidos para os dele, em seu tom simples e bonito de castanho claro, suavemente dourado, cor de mel. E voltou-o para dentro da boca, continuando a chupá-lo e fazê-lo se sentir ainda mais "mal".
- Iie!
O menor gritou, na verdade, falou alto o suficiente para incomodar os ouvidos dele, mas não queria que ele parasse realmente, era gostoso, nunca havia sentido aquilo e embora fosse estranho, naquele momento não dava tanta importância, já havia perdido a pose que tinha e a vontade de impedi-lo. Estremeceu mais uma vez e sentiu o arrepio percorrer todo o corpo finalmente a atingir o ápice, e primeiro que havia sentido, sem aviso, é claro, não sabia, deixando todo o prazer na boca dele.
- Ah! ... D-Desculpe... Eu...
Hideki franziu o cenho em desagrado e no entanto refletiu tão logo em surpresa ao sentir o toque morno e denso sobre a língua, denunciando seu ápice tal como os leves espasmos de seus músculos e mesmo o que estava na boca. Mordiscou-o suavemente, da base até a ponta enquanto o limpava.
- É a primeira vez que goza?
Yori respirou devagar, tentando recuperar a respiração difícil, pelo ápice, e ainda tinha a sensação gostosa pelo corpo, se esvaindo aos poucos. Desviou o olhar a ele e assentiu apenas, meio tímido.
- Gostou disso?
O maior indagou e massageou-o por um momento, até que o colocasse dentro da roupa novamente. Yori desviou o olhar por um segundo, em silêncio, tentando pensar numa resposta que não o desapontasse e assentiu apenas, sutilmente.
- Você pode continuar seu desjejum.
Disse o vampiro e se levantou da posição curva anterior, até mesmo o ajudou a se levantar da mesa após colocar seu shortinho no lugar. O menor encolheu-se ainda sentado sobre a mesa, confuso e o viu pegar sua taça e seguir em direção a saída, sem dizer nada.
O suspiro deixou os lábios de Miruko, estava saindo da sala, estava sozinho, ainda meio que evitava ele, não de propósito, mas porque estava confuso com os próprios sentimentos. Se sentia meio dolorido ainda pelo sexo, fazia dois dias apenas afinal. Ao sair, juntou os materiais e os livros que tinha sobre a mesa, seguindo pelo corredor, porém cessou antes de chegar a lanchonete ao sentir o garoto que passou, batendo contra o próprio ombro e derrubou os livros no chão.
- Opa, desculpa, quatro olhos.
Desviou o olhar a ele e negativou, abaixando-se e pegou os materiais, vendo alguns lápis espalhados.
Keisuke visualizou o horário no celular que tirou do bolso, já era o fim de sua aula extra curricular. Iria tentar chama-lo para ver aquele filme que devia, não tinha planos para noite e novamente ele estava com frescura, sabia que era tímido, mas não tinha como evitar seu colega de quarto e ainda seu melhor amigo. Os lápis ruíram ao rolar pelo piso liso do corretor, de onde estava fitou o aluno de cabeça erguida e olhos baixos para encara-lo na diferença de altura.
- Vai pegar os lápis dele.
O garoto era definitivamente maior do que Miruko, evitava geralmente brigas com ele devido a esse fato, mas era quase do mesmo tamanho do amigo e ninguém gostava muito de mexer com ele.
- Ah vai se foder cara, são só alguns lápis.
- E isso aqui é só uma mão, mas não vai ser só uma mão se você não pegar os lápis.
Keisuke dizia e gesticulava a dar altura para o punho, que mostrava a ele ao menciona-lo.
- Hum, então deve ser verdade o que o Taku falou, que você tem uma nova namorada. Está defendendo ela.
O maior cerrou os dentes e quando se deu conta ou ele o fez, já estava com a mão entre seu pescoço e mandíbula, segurando sob os dedos firmes e a parede em suas costas.
- Ele não é uma mulher. Então você não vai pegar, ah? Miru, me empresta um dos seus lápis. - Disse e a mão livre estendeu ao moreno, esperando pelo lápis.
Miruko desviou o olhar aos garotos a pouca distância de si, não havia ouvido de fato a conversa, mas havia se assustado conforme o viu erguer o garoto.
- Kei! Não, não faça isso, deixa pra lá. Vai dar merda.
- Vai dar sim. Por que não derruba os meus lápis? Dá essa porra de lápis, Miruko. Vou derrubar na garganta dele.
- Não, não vai derrubar, Kei. Eu estou bem, tá tudo bem, já peguei os lápis... Está tudo bem.
- Escuta sua namorada, Kei...
- Cara... Cara...
Keisuke disse e até tentou extravasar ao desviar o olhar, mas era impossível.
- Você é masoquista? Talvez você queira ser a minha mulherzinha, é isso? Seu filho da puta.
Disse e claro, incapaz de extravasar como tentou, acabou acertando seu rosto e consequentemente iria para a direção.
- Kei!
Miruko gritou, segurando-o pelo braço, ou tentando, e fora tarde demais, ouviu o soco seco no rosto do outro e viu o sangue escorrer pelo nariz dele. Só então conseguira puxar o amigo.
- Porra!
- Seu filho da puta! Você está fodido!
- Vem foder então, seu otário. Vem cá. - Respondeu Keisuke.
Disse enquanto sentia o amigo em sua busca de conter a situação e claro, ainda que fosse impulsivo, tocou seu ombro e calmamente o passou para o lado.
- Miru, está atrapalhando a mina de vir brigar comigo.
Miruko desviou o olhar a ele, unindo as sobrancelhas.
- Estou atrapalhando sua expulsão, seu idiota.
Disse a ele e o outro garoto negativou, segurando o nariz e correu em direção a porta, certamente iria para a diretoria. Voltou-se a ele e segurou seu rosto entre os dedos, com ambas as mãos.
- Calma. Tem que... Tem que se acalmar, está tudo bem. Como se eu não sofresse bullying desde pequeno.
Keisuke virou-se a ele, sentindo os lábios se separarem diante da forma como as bochechas foram amarrotadas por suas mãos. Claro, era uma careta de brincadeira, não estava apertado. Tocou suas mãos e tirou-as da face.
- Não é só porque isso sempre aconteceu que você precisa se acostumar com a ideia ou achar normal. Sempre bati neles e vou bater se te encherem o saco.
Miruko sorriu a ele conforme viu sua careta e negativou ao ouvi-lo, o achava absurdo, mas era fofo. Aproximou-se rapidamente e selou-lhe os lábios, um selo rápido em agradecimento.
- E só acontecia porque eu não estava lá. - Disse, porém sentiu seu beijo superficial, foi pego de surpresa.
O menor sorriu a ele meio de canto e ajeitou-se, assim como os materiais nos braços.
- Obrigado.
Keisuke fitou-o por um instante, não era aquela a primeira vez que defendia ele de alguma coisa, mas receber aquele agradecimento era.
- Você vai me defender quando eu estiver na diretoria? Diga que ele te provocou. Sei que vou acabar levando suspensão, mas não importa.
- É claro que eu vou. Como sempre. E bem... Ficarei no quarto com você quando estiver em suspensão.
- Você está bem? - O maior indagou um pouco confuso.
- Estou. Por quê?
- Nada. Vamos sair hoje já que agora não está me evitando?
Miruko sorriu meio de canto e assentiu.
- Tá, por que não?
- Eu quem pergunto.
- Eu não recusei, então já é um começo. Só preciso guardar os livros no meu armário.
- Ok.
Keisuke disse e seguiu com ele o caminho até os armários onde depositaria seus materiais.
- Miru, não precisa ficar com vergonha do que fizemos e tal. Você é meu melhor amigo e não quero que aja diferente.
Miruko seguiu junto dele até o armário, em silêncio e por fim guardou os livros e os lápis. Desviou o olhar a ele e arqueou uma das sobrancelhas.
- Hum? Eu sei... Não se preocupe, eu só fiquei meio... Só agi feito um idiota esses dias, eu já estou de boa.
- Okay. - O maior sorriu lateral. - Então vamos antes que alguém me chame.
- Hai, vamos sim. Parece que todo mundo está com vontade de dizer que sou sua namorada, não? - Riu. - Que porra?
- O Taku fala zoando mesmo. Mas esse otário falou achando que tinha intimidade suficiente pra provocar. Talvez esteja esperançoso, deve pensar que se eu estivesse te namorando não ia pegar a mina que ele gosta. - Keisuke deu-lhe uma piscadela.
O menor ouviu-o silencioso e por fim deu um sorrisinho a negativar.
- Bom, é a segunda vez que ele derruba minhas coisas, espero que ele não faça mais.
- Se fizer você me fala, certo? Qualquer um que fizer isso, hum? - Disse, firme.
- Não quero que você seja expulso, Kei.
- Não vou ser, Miru. Sempre fiz isso.
- Iie, não quero você metido em problemas.
- É pra me falar, ninguém mandou você arrumar um amigo bagunceiro.
Miruko riu e assentiu.
- Tá vai, tá bom. Cinema?
- Cinema.
- Okay. É melhor que tenham assentos confortáveis.
- Claro, não vamos assistir filme num trem. Mas... Ainda dói?
O menor riu e negativou.
- Um pouco.
- Vou comprar remédio, hum? Relaxante muscular deve servir?
- Eh? Não, não precisa disso. - Disse o menor e pigarreou.
- Vamos passar na farmácia antes.
- Kei, eu não sou uma garota, não precisa me tratar como uma.
- Eu não compraria analgésico pra uma garota, ainda mais que geralmente as mulheres fazem na frente.
Miruko desviou o olhar, um pouco tímido e ajeitou os óculos sobre os olhos. Sob seu gesto, Keisuke aproveitou para perceber seu adorno visual.
- Uh. - Ruiu em um riso nasal, um sopro sem voz. - Vamos.
O menor desviou o olhar a ele e assentiu, vestindo o próprio casaco antes de fechar o armário.
- Agora podemos ir.
- Bora.
Disse o maior após pegar o necessário no armário. Aquela altura já podia ouvir passos firmes enquanto a inspetora seguia a direção. Tomou a mão do amigo e o puxou rapidamente em direção a saída ou qualquer lado que pudesse livrar a si daquela mulher.
- Qual filme você quer ver? - Falou num sorriso, distraído e por fim fora puxado, quase caiu e perdeu o óculos, mas correu junto dele. - Kei!
- Sh... - Disse o loiro ao se encostar com ele na lateral do montante de armários de alunos. - Soraka-san está vindo.
- ... Será que ele contou a ela? - Murmurou a ele.
- É claro. E Soraka vem direto. Ela é meio afim do meu pai, então toda vez que vou pra lá ela me da bronca como se fosse minha mãe. Se foder. - Keisuke disse a ele e baixo, mas perto de seu rosto.
- ... meio afim do seu pai? Mas que porra... - Disse o menor e virou-se, quase o beijando por acidente.
- É, sabe que meu pai é solteiro. - Disse o loiro e regrediu levemente diante da proximidade da face. - Foi mal. - Disse e desviou a fim de observar a proximidade da mulher.
Miruko uniu as sobrancelhas e riu baixinho.
- Ah é, seu pai é um puta de um pegador também.
- Se fosse assim ele ia pegar ela. Mas o nome disso é que não sou expulso, sabe qual é.
- Ah sei, imunidade. - Riu e negativou.
O maior sorriu-lhe com os dentes a mostra. Aproveitou para ajeitar seu óculos sobre a ponte nasal.
- Gosto deles. - Falou baixo.
Miruko desviou o olhar a ele, meio de canto e sorriu.
- Por quê?
- Fica bem. Você parece tão sério e estudioso.
Keisuke sorriu e se abaixou, deu um breve selo gentil em seus lábios, quando casualmente, nem se deu conta disso. O menor sentiu o toque sutil sobre os lábios, assim como havia feito com ele e a face se corou quase imediatamente. Ergueu uma das mãos e bagunçou os próprios cabelos.
- Ah... Okay.
Sob o rubor de seu rosto, o loiro percebeu que havia feito nele o mesmo que ele para si. Sorriu e desviou a atenção para ver se estavam sozinhos e quando enfim partira a inspetora, só então retomou caminho, livrando-o do aperto de proximidade.
- Está vermelhinho, nós já transamos, sabe?
Miruko suspirou e saiu do local junto dele, ajeitando mais uma vez, os óculos sobre os olhos.
- Eh? Eu sei, palhaço... N-Não me beije tão de repente.
- Hum, e você me beijou de repente também.
- É, eu... Acho que sim.
- Então, por que a diferença?
Keisuke disse embora não estivesse realmente buscando a continuidade do assunto. Seguiu com ele após sair do colégio, não muito longe, após pegar o metrô, desembarcaram logo na estação seguinte.
- Suspense hoje ah?
- Sei lá... É diferente.
Disse o menor a ele e seguiu em conjunto, silencioso no caminho, claro, vez ou outra conversava algo aleatório com ele, e sentava-se lado a porta.
- Claro, suspense.
- Vai dormir nos pés da minha cama se ficar com medo depois.
- Nem fodendo. - Riu.
- Então pode dormir do lado.
Miruko riu e negativou.
- Quer que eu durma na sua caminha, é?
- Como se não tivesse dormido comigo depois que assistiu filme de terror e ficou com medo do banheiro.
O menor uniu as sobrancelhas.
- Cara, eu já durmo com você todos os dias, qual a diferença de dormir na minha cama ou na sua, porra? Não é por medo!
- Uhum.
- Ah, vai se foder.
- Vai você.
- Já me fodi na sexta.
Keisuke arqueou a sobrancelha, achando o comentário estranho. Ele era mesmo indeciso. O menor riu.
- O que?
- Uma hora está corando por um beijinho e outra está falando de foder. Vai entender. Você é meio louco.
- Ora, só estou brincando.
- Claro que está. Além do mais, você não se fodeu.
- Hum, é, tem razão.
Keisuke pagou pelas entradas do cinema e logo se dirigiu para a sala indicada. Escolheu os bancos de par na lateral, ignorando o fato de que era opção de casal.
- Ah... Vai mesmo querer sentar aí? Se alguém da escola passa, aí sim vou ser sua namorada pra sempre mesmo.
- Nunca ligamos pra isso, não precisa agir suspeito só porque nós transamos. Além do mais, nesse escuro quem vai ver?
- Você gosta de falar que transamos.
- Não é num fetiche, mas sim porque depois disso você ficou com frescura.
- Não fiquei com frescura, porra. Eu só... Sei lá. É esquisito.
- É só não fazer mais. - Disse o maior, tentando simplificar a situação.
- E quem disse que... Que... Quer pipoca?
- Vou buscar. Prefere outra coisa? - Disse o loiro sem dar atenção a mudança de assunto.
- ... Não. Estou bem, tenho balas na bolsa.
- Ah, comprei os doces de gelatina.
- Eu também. - Riu.
- Bom, então temos a pipoca.
O maior se acomodou com ele nos assentos selecionados. Fuçou na bolsa durante os trailers, facilitando as escolhas dos doces. Miruko assentiu e riu novamente, retirando da bolsa o saquinho de amorinhas que ele gostava.
- Tem mais das pretas.- Hum...
Keisuke abriu o pacote e pegou uma delas, levou até a boca e a segunda ainda na mão sugeriu para ele. O moreno aceitou o doce e sorriu a ele, meio de canto.
- Oishi.
- Comprei esses aqui que você gosta e quase nunca acha.
O maior disse e deu a ele o pacote com os doces de formato redondo e levemente achatado. Miruko sorriu a ele, observando-o e uniu as sobrancelhas.
- Obrigado, mas é caro, não precisa comprar pra mim.
- Podia parar no obrigado. Não é caro. Coma tudo.
- Hai. Sorriu e pegou um dos marshmallows, levando até a boca.
Desse modo, o maior se ajeitou no assento do modo mais desleixado ou confortável possível, que era a mesma coisa. Via passar o filme e não era ruim, na verdade estava gostando e ele também parecia empolgado.
Miruko ajeitou-se assim como ele, embora não tão desleixado e ainda comia os pequenos marshmallows. Ao apoiar a mão sobre o descanso de braços, o loiro sentiu o impasse do seu, mas aproveitou para importunar, fingindo não perceber que estava ali.
- Caralho. - O menor falou a ele e estreitou os olhos.
Keisuke fitou-o de soslaio e sorriu com os dentes a mostra. Segurou sua mão. Miruko uniu as sobrancelhas ao senti-lo segurar a própria mão e pensou em brigar com ele, mas estava bom daquele modo, então se aconchegou a o ombro do amigo, em silêncio.
O maior descansou a cabeça contra a sua, uma vez que sua face junto ao próprio ombro. Estavam um pouco próximos demais, mas bem, não se importava.
- Eh? Etsuo caiu da cama?
- Ah iie, vou buscar o Ritsu na escola, eu volto logo, mamãe.
- Hai, eu vou fazer o jantar pra vocês.
- Iie, eu vou comprar no caminho, por que você não faz aquele bolo de chocolate que eu gosto?
Shiori sorriu e assentiu ao filho, que mais parecia o próprio irmão e esticou-se para beijá-lo no rosto.
- Toma cuidado, tá?
- Ta bem, mamãe. Se cuide também, deixe as janelas fechadas, bem... Já sabe. Acho que depois da surra que o papai deu naquele imbecil, ele não vai voltar.
Etsuo falou a mãe, deslizando uma das mãos pelos cabelos dele e logo saiu, seguindo dali direto para o restaurante, onde comprou o jantar do irmão, o sushi que ele disse que estava com vontade, e não faria a mãe fazer por ser trabalhoso. Com o saquinho na mão, guiou-se pela sombra até a escola do outro não muito longe dali e sorria, pensando no sorrisinho dele ao ver a comida, que lembrou-se de comprar. Comprou também um suco para ele, que preferiu segurar na mão já que estava gelado, e esperava que ele gostasse do sabor escolhido, embora sempre tivesse a inclinação a comprar algo doce demais. Ajeitou os cabelos e por fim cessou os passos em frente ao local, mas não porque o estava esperando, e sim porque havia visto o irmão e estava com outro garoto, pouco menor que ele, que segurava suas mãos, e não acreditou quando viu.
O sinal deu fim a aula, mesmo que a última houvesse sido vaga, o que dava tempo para Ritsu dar uma volta pelos clubes do colégio, já que não podiam sair antes do horário. Dava tempo também, de ser perseguido pelo aluno da sala ao lado, o qual havia passado a ter uma amizade nos últimos meses. Ele era insistente, e um pouco puxa-saco, mas de alguma forma fazia lembrar o próprio irmão, não tinha os traços dele, mas seu comportamento cuidadoso era parecido, ainda que fosse realmente mais delicado com o vampiro. Tinha cabelos médios e castanhos, tinha a mesma mania de toques que o irmão mais velho, as vezes não tinha certeza sobre a sexualidade dele, era quase bipolar, hora mais dócil hora mais descontraído, mas foi assim que se tornaram amigos. Na verdade ainda que fosse tão divertido, parecido com o irmão, as vezes mais parecia querer carinho do que provê-lo, talvez fosse carente. Pensou e deu um breve sorriso, imaginando se Etsuo no fim não era desse mesmo modo, o que o fez voltar a si e segurar a própria mão enquanto indagava o possível motivo do riso.
- Não é nada, estava pensando sobre uma coisa.
Retrucou e o viu sorrir em conjunto, talvez imaginando algum motivo que o envolvia, porque pareceu animado a ponto de chegar mais perto do que já costumava e dar um selo nos próprios lábios. Surpreendeu-se, embora houvesse ficado parado no lugar. Estava sendo "muito" beijado, talvez algo estranho estivesse ocorrendo com os lábios.
Etsuo uniu as sobrancelhas, depois estreitou os olhos, ainda sem acreditar no que estava vendo. Queria protegê-lo de modo que ninguém podia tocá-lo se não a si, gostava dele, e ver aquilo era como uma facada, ainda mais por saber que o irmão não havia afastado o rapaz. A sacola com a comida fora ao chão, assim como a bebida e nem sentiu o chão abaixo dos pés, porque havia pisado com tamanha força e raiva, que desconsiderou todo o resto. A mão segurou o pulso do menor e fora apenas um puxão, afastando-o do mais alto, que empurrou igualmente e rosnou, sem ser preciso muito para amedrontá-lo.
- Se eu ver você perto dele de novo, no dia seguinte pode me esperar na sua casa, quem eu achar na minha frente, eu mato.
Falou e virou-se, puxando consigo o caçula e ainda o segurava com força no pulso, tamanha força que até ouviu o estalo, mas não o soltou, enquanto não havia se afastado o suficiente, e não olhou o rosto dele, continuou a carregá-lo.
Ritsu não teve tempo sequer de manifestar alguma pergunta ao amigo, sentiu o toque no pulso a medida em que um ruído se instalava ao lado, ao ouvi-lo parar perto de si e dar seu recado ao moreno, que o fitou tão confuso, mas sabia que ele mesmo já sabia quem era o irmão. Ele não disse nada e si mesmo também não, teve tempo de franzir o cenho a fim de evitar a dor no pulso, e mordeu o lábio tentando não ruir, a fim de evitar demonstrar ao amigo o fato de que aquilo estava sendo mais grosseiro do que ele já podia ver. Por sorte não havia agredido o garoto, mas o deixado para trás, tentou segurar com a mão disponível a mochila que deslizava no ombro, e somente quando longe o bastante, fora onde arranjou alguma força para jogar a bolsa nas costas do irmão.
Etsuo cessou os passos ao sentir a mochila pesada contra si, embora não tivesse causado nem um arranhão em si e desviou o olhar a ele, os cabelos cobriam o rosto, embora nem isso fosse suficiente para deixar apagados os olhos que brilhavam no escuro, e aquilo era certamente a vontade de arrancar a cabeça daquele garoto e agora, encarava o irmão.
- O que?!
O menor fitou o irmão e seus olhos que cintilavam sob a pouca luz que ainda restava do dia. Sua voz exasperada e sua raiva sem motivo, como podia ser tão ciumento? Pensou consigo.
- Não tenho medo de você! - Resmungou como um reflexo ao vê-lo olhar daquele modo.- É bom você ter! Você é meu!
Etsuo falou e puxou-o pelo pulso novamente, ouvindo o novo estalo do local.
- Pare com isso, Etsuo!
Ritsu retrucou e voltou a puxar o pulso dolorido, já havia se machucado, era impossível doer mais do que já o estava. Naquele momento lamentou o fato de não poder ser um vampiro como ele e poder ser sentido por um dos pais. O maior manteve-se a segurar o pulso do menor, se o soltasse, sabia que ele poderia correr e não queria ir atrás dele.
- Eu vou matar ele.
- Você vai quebrar meu pulso, seu idiota...
Disse e com a mão livre deu um soco, como podia, no peito do irmão. Era lamentável.
Ao ouvi-lo, Etsuo cessou o que fazia, soltando o pulso dele e uniu as sobrancelhas, notando-o marcado pelos próprios dedos e certamente, bem dolorido.
- ...
Ritsu soltou-se depressa diante da afrouxada de seus dedos e tomou o pulso contra o peito, segurando sem qualquer firmeza entre os dedos, estava dolorido, mas não queria passar vergonha, era um homem, não queria chorar.
- Você ficou louco.
O moreno negativou, observando-o e uniu as sobrancelhas, dando um passo em direção a ele e estendeu uma das mãos, tentando alcançar seu pulso.
- Não. - Disse o menor, evitando o toque, do contrário podia ferir um pouco mais. Só não sabia porque havia se irritado tanto. Mordeu o lábio inferior, evitando protestar. - Vou embora. Vou sozinho.
- Iie... Ritsu...
Etsuo falou a ele e não iria tocá-lo se ele não quisesse, por isso manteve-se ali, no mesmo lugar.
- Não, não sou seu brinquedo pra você quebrar porque quer!
O maior uniu as sobrancelhas, os olhos enchendo de lágrimas ao perceber que havia de fato o machucado e abaixou a cabeça, assentindo.
- Por que está chorando? Eu que devia chorar. Vou embora, vou te deixar e vou morar longe de você.
O menor resmungou, provocando o irmão, talvez um pouco irritado, quis chantageá-lo.
Etsuo manteve as sobrancelhas unidas ao ouvi-lo e logo ergueu a face, observando-o a sentir a pequena lágrima escorrer pela face. O menor negativou enquanto ainda recolhia o braço contra o peito, e com a outra mão pegou a mochila jogada no chão, jogou sobre o ombro e seguiu o caminho de casa. Não o entendia, estava chateado com ele, não entendia como podia ser tão ciumento, não havia feito nada que merecesse ser machucado.
O maior abaixou a cabeça novamente, observando o chão e sentiu as lágrimas ainda formadas nos olhos, não o havia machucado de propósito, e sim porque o havia puxado com muita força, e não tinha consciência dela, sempre se esquecia que ele era humano. Virou-se em direção a parede e o punho fechado estalou contra o mármore que rachou no lugar onde havia batido e estalou os dedos logo após, que certamente machucados de mesmo modo, mas que ao beber sangue, voltaria ao lugar sem muitos problemas, negativou consigo e virou-se, seguindo em direção oposta do irmão.
- Ritsu! Ritsu!
O pequeno corria em direção ao amigo, observando-o a pouca distância e cessou quando parou ao lado dele, respirando rapidamente devido a curta corrida, e carregava nas mãos o suco e a sacola que estava levando a ele.
- Etsuo deixou cair ne... O que houve?
Ritsu continuou a marchar, mesmo a caminho de casa, mesmo naquele clima desagradável entre ambos e podia ouvir alguém chamar, mas não queria falar. Parou no entanto ao sentir o toque no ombro e suspirou com desgosto por ter de parar o caminho e teve de esconder o braço atrás do corpo. Observou a sacola e a lata na mão do amigo, e esperava que não houvesse visto muito além.
- Entregue a ele.
Disse, não quis olhar o conteúdo, estava chateado, não conseguia entender como o irmão podia ser tão estúpido, como podia machucar daquela forma visto que não tinha coragem de fazer qualquer coisa que lhe fosse dolosa, era um idiota louco. Sempre foi brusco. Pensou e deixou o amigo sozinho, seguindo caminho embora, e não esconderia da própria mãe o que havia feito, como já havia deixado escondido suas mordidas quando eram mais novos, agora ele bem sabia o que fazia.
Taa caminhava pela gravadora, os passos calmos. A franja jogou sobre o lado esquerdo do rosto, escondendo um dos olhos vermelhos, já que havia acabado de se alimentar. Ajeitou o casaco sobre o corpo e adentrou o estúdio, observando o local vazio.
- Hum...? Ikuma?
Uniu as sobrancelhas e seguiu ao camarim, abriu a porta e caminhou pelo local, notando uma pessoa sentada, de kimono, deduzindo que era outro dos membros da banda.
- Hey, oi. Você viu o Ikuma?
Sem argumentar, Ikuma virou-se a se pôr defronte a jovem moça, responsável pela maquiagem enquanto de lado havia deixado a pergunta do alheio, intruso no estúdio. Tênue virou a face, piscou brevemente uma das pálpebras ao rapaz e frente a moça, fechou os olhos, deixando-a preencher a maquiagem.
O maior observou o outro e o viu piscar para si, mordeu o lábio, contendo o riso e levou uma das mãos em frente aos lábios, caminhando até o outro e o observou de perto, usava roupa e maquiagem de gueixa.
- Você está falando sério?
- Falando? Não me lembro de ter falado nada.
Ikuma retrucou a encará-lo e virou-se ao espelho, ajeitando aquele tanto de um comprido cabelo castanho. Taa riu baixinho, observando-o através do espelho e cruzou os braços.
- Você... Não parece você.
- Estou linda, eu sei.
O menor tornou se voltar a garota, que sorria entre conversa de ambos e deixou-a contornar os lábios. Taa assentiu, permanecendo em silencio e apenas observava a moça a maquiar o rosto dele.
Ikuma imitou-a no comprimir leve dos lábios que esta o fazia afim de um mudo pedido para preencher os lábios mais espessos num batom vermelho.
- Porra... Como meu lábio inferior é grosso.
- Nossa.... Você só notou isso agora? - Riu. - Adoro ele.
- Tenho quanto tempo até as fotos?
Ikuma indagou a jovem que se pôs a observar o relógio em seu pulso.
- Cerca de quarenta e cinco minutos.
- Hum. - O menor murmurou num sorriso sem mostra dos dentes. - Certo, nos deixe aqui um pouco, ah?
Taa riu baixo, observando a garota se retirar e caminhou até ele, abaixando-se e encarando-o.
- Não... Não parece você.
O menor levantou-se após o seguir da mulher a saída, encostou a porta e regrediu ao companheiro, o elevando pela gola de sua camisa. Sorriu e foi suave, jogou os braços a volta de seu pescoço e ergueu sutilmente os pés, mesmo que não fosse tão necessário.
Taa arqueou uma das sobrancelhas e o observou, levando ambos os braços ao redor da cintura dele, hesitante.
- O que... O que esta fazendo?
Ikuma abraçou-o através de seu pescoço, jogou suavemente o físico a seu encontro e pousou a face contra seu pescoço, manchando num beijo de batom em pele.
- Ikuma... - O menor inclinou o pescoço ao lado. - Meu santo Deus, tire essa maquiagem, não consigo te ver assim. Me sinto te traindo.
O menor empurrou-o devagar ao encontro do estofado em couro preto e almofadas macias que se afundaram a jogá-lo sentado e ir junto de si. As pernas postas em suas laterais, e quadris sobre seu colo onde empurrou e moveu levinho, de braços que já envolviam seu pescoço ainda no mesmo abraço e lábios que ainda manchavam a pele branca de batom vermelho.
Taa suspirou, mantendo o pescoço inclinado e levou uma das mãos a peruca dele, unindo as sobrancelhas ao lembrar-se que não eram os cabelos do outro. Deslizou as mãos pelas costas dele até parar sobre o quadril, pressionando-o sobre si e virou a face, beijando-o no rosto.
- Ikuma... - Murmurou.
- Hum... Taa.
Sussurrou-lhe sem rastros da voz a levar de mãos as demais, guiando-as ao espaço do quimono, apenas a fazê-lo tocar as próprias coxas tão bem torneadas e levar as próprias contra seu peito o qual deslizou no toque da palma, até roçar seus pequenos pontos, os mamilos atrás do tecido.
Taa deslizou as mãos pelas coxas do outro, desviando o olhar ao local e gemeu baixinho ao senti-lo tocar os mamilos, estremecendo sutilmente. Desviou o olhar ao rosto do outro e mordeu o lábio inferior, aproximando-se e lhe selou os lábios, manchando os próprios de vermelho e mordeu-lhe o lábio inferior.
- Minha gueixa. - Murmurou e riu baixinho, selando-lhe os lábios algumas vezes.
- Não pode beijar.
Ikuma completou a desviar o rosto, na voz baixa ainda em sussurro sem rastros do tom vocal. Peculiar e atípico. Tornou empurrar o quadril ao demais, apertando-lhe a região baixa entre ambos os corpos e tornou abraçá-lo através de seu pescoço, deixando a face não vista ao lado da alheia na forma como permanecia e deu-lhe um gemido arfado enquanto unia o corpo ao semelhante, impondo peitoral contra o defronte, colando os físicos.
- Vamos fazer.
Sussurrou-lhe novamente de mesmo modo, levou uma das mãos entre corpos juntos e levou ao zíper de sua calça, abrindo-a até puxar aquele órgão duro e passar a massageá-lo em sobe e desce.
Taa suspirou e assentiu a ele, abaixando a cabeça e as mãos deslizaram pelas coxas do maior, adentrando o quimono e buscou a roupa intima, puxando-a e tentou abaixá-la, impossibilitado pelo modo como ele se sentava sobre si. Deixou escapar um gemido baixinho ao senti-lo abrir a própria calça e desviou o olhar ao local, mordendo o lábio inferior e assentiu.
- Vamos...
Ikuma levantou-se devagar a tirar-lhe a calça pelo comprimento das pernas sem movimentos rápidos, tão desapressados como havia se levantado, tal como fez em sua roupa íntima, desnudando-o em sua inferior região. Não abandonando a boxer, desceu a própria debaixo do quimono e deixou-a em igual no chão. Abaixou-se a deslizar as mãos pelas coxas do outro homem até o encontro de seu falo e ao ajoelhar-se, o envolveu com a boca de lábios ainda vermelhos de batom.
Taa uniu as sobrancelhas, observando os movimentos do outro e riu baixinho, hesitante em levar a mão aos cabelos dele e levou-a ao ombro do outro, apertando-o. Fechou os olhos ao senti-lo colocar a si na boca e gemeu baixo, mordendo o lábio inferior manchado de batom em seguida.
Ikuma não demorou a que se levantasse e postou os joelhos no estofado outra vez. Sentou-se sobre as pernas do outro e no afastar mínimo do quimono, roçou teu sexo ao próprio, rebolou suave a dar precisão na junção dos iguais. Tornou abraçá-lo, escondendo minuciosamente a face em seu pescoço, enquanto se empurrava a ele, fê-lo sentir a proximidade dos físicos em partes mesmo escondidas pelas roupas no peitoral.
- Sexo... Eu quero, Taa. - Tornou lhe sussurrar sem menção do espesso vocal.
As mãos do maior se guiaram novamente as coxas dele, acariciando-as, apertando-as e deslizou as unhas pelo local a abrir pequenas feridas. Os lábios beijaram a face dele e guiou os mesmos ao pescoço do menor, beijando-o algumas vezes.
- Hum... Que gostoso... - Mordeu o lábio inferior. - Então vem... - Murmurou.
- Hum.
Ikuma murmuriou a assentir. As pernas os quais antes postava acima das alheias, postou abaixo, levando as do outro sobre as próprias, enquanto ele ainda continuava sentado. Em ligeiros movimentos. A mão a afastar das vestes próprias, no espaço pelo traje oriental, os braços já firmes em sua cintura, puxou-lhe os quadris nus a direção do próprio colo, penetrando inteiro no primeiro estoque, que não poupou o início que viera logo e passou e mover ritmado.
Taa uniu as sobrancelhas com movimentos do outro e o gemido alto deixou os lábios ao senti-lo adentrar o corpo, inclinando o pescoço para trás e mordeu o lábio inferior, agarrando o quimono do menor e apertou-o entre os dedos. Desviou o olhar a ele, os olhos entreabertos e gemia baixinho a cada movimento em si, uma das mãos alcançou o quimono, adentrando-o e deslizou pelo tórax dele, alcançando um dos mamilos e apertou-o com certa força entre os dedos.
- Hum... Seu filho da puta.
- O que?
Ikuma indagou, desta vez não sussurrado e lhe deu um sorriso de canto enquanto o quadril já trabalhava vigoroso e passou a impor mais ligeiramente as estocadas.
- Não finja ser uke e depois faça isso tão do nada... - O maior uniu as sobrancelhas e ajeitou-se sobre o sofá, deitando-se e separou as pernas. - Vem cá...
- Ah, estava pagando de mocinha. Você gostou. - O menor tornou puxá-lo e sentá-lo como estava. - Quero assim.
Tornou no estoque, empurrando o quadril ao encontro em movimentos mais rápidos enquanto o puxava em direção do mesmo. Taa ajeitou-se sobre ele novamente.
- Ahn... Ta bem.
Moveu o quadril, rebolando sobre ele e empurrava-se, seguindo os movimentos do outro. Levou uma das mãos sobre o ombro dele, apoiando-se no local enquanto a outra mão voltava a deslizar por seu tórax, acariciando-o. Observou a face dele coberta pela maquiagem e riu baixinho.
- Ah...Eu nunca imaginei que uma cena dessas pudesse acontecer. Estou sendo comido por uma gueixa. - Riu.
- Pois é, tem uma queixa te fodendo.
Ikuma retrucou na voz embargada diante dos próprios movimentos a direção do alheio e podia se limitar apenas em manter a face erguida e voltada ao alheio, já que a roupa não limpava as vistas do corpo, adornada por inúmeros tecidos sobrepostos.
- Hum... Tira esse quimono...
O maior murmurou e pressionou o quadril sobre o corpo dele, deixando um gemido mais alto escapar e logo voltou a se levantar e se sentar, sentindo-o atingir a si no local tão sensível que provocava alguns arrepios no corpo.
- Tenho fotos em alguns minutos e você vai ter que voltar pra casa sem gozar. - Deu-lhe um riso maldoso.
- Ah não... Não é justo. - Taa uniu as sobrancelhas e apertou o ombro do outro. - Mais forte, hum...
Ikuma deu-lhe um solavanco através dos quadris em estocada que foi única. A piscadela, igual em seu início feito e devagar saiu de seu corpo e levantou-se a ajeitar as próprias roupas.
- Não vou te deixar gozar.
Taa observou o outro, puxando-o pelo quimono.
- Não... Ikuma...
- Não. Vai me esperar em casa, bonitinho, louco de vontade de dar.
Taa mordeu o lábio inferior e levou uma das mãos ao próprio membro, apertando-o levemente.
- Não seja ruim, Ikuma...
- Não. E não adianta se masturbar, você quer outro tipo de toque.
O menor riu no caminho ao espelho e ajeitou a maquiagem borrada.
- Vou pra sua casa abrir aquela gaveta e pegar um vibrador lá.
- Não tem vibrador lá. Não tenho porque ter um.
- Certo, eu arranjo um.
- Quero só ver. - Riu.
- Como você é ruim...
Taa puxou a roupa intima, ajeitando-a e apertou o próprio membro sobre ela, gemendo baixinho.
- Então vai, fica de quatro.
- Não, vai me zoar de novo. - Estreitou os olhos.
- Zoar como?
Ikuma levantou-se de frente ao espelho e afastou os lados do quimono, de mesmo modo a expor o sexo abaixo das roupas, igual a ele. Taa abriu um pequeno sorriso e ajoelhou-se no local, ajeitando-se a abaixar a roupa intima novamente e ficou de quatro.
O menor caminhou ao alheio e baixou a peça íntima somente em frente, o suficiente a expor o sexo bem ereto e crescido o qual bateu contra suas nádegas empinadas e roçou a ponta em sua entrada, quando enfim empurrou num movimento que abraçou o sexo inteiro, e ouvir a batida na porta.
- Ikuma-san, deu a hora.
Taa gemeu baixo, arranhando o tecido do sofá ao senti-lo adentrar o corpo e mordeu o lábio inferior.
- Já ele vai! - Falou alto para a moça na porta.
O riso sutil soou nasal e o menor tornou investir contra o alheio, compassando o vaivém reiniciado dos quadris à ponto em que ouvia o seco toque de ambos os corpos em atrito. Taa riu baixinho, abaixando a cabeça e gemia baixo a cada movimento do maior, desviando o olhar a porta e notou que não havia mais nenhum som vindo do local. Sorriu, satisfeito e mordeu o lábio inferior, apreciando as investidas.
As mãos do menor nos quadris do alheio, deslizou acima e para baixo, permanecendo na região sob a pelve e manejava-o a puxá-lo a si, a medida em que formava o movimento oposto dele, continuando aos solavancos que ecoavam pelo cômodo em brusco encontro corporal. O maior riu baixinho, virando a face e tentava fitar o maior, abrindo um pequeno sorriso malicioso nos lábios.
- Vai... Mais forte, minha gueixa.
Ikuma o trouxe em demasiada agilidade ao corpo, e logo o empurrou a frente, o deixando cair sobre o estofado o qual se apoiava.
- Vou tirar as fotos. Pode me esperar e ir de carro comigo se quiser, pode ir pra casa.
Taa caiu sobre o sofá, fechando os olhos e suspirou, logo desviando o olhar ao outro.
- ...
- O que prefere? - Ikuma dizia a novamente ajeitar as roupas.
- Prefiro que tire essas roupas e me foda até eu não aguentar sentar no dia seguinte.
- Eu tenho que ir trabalhar. Estou cinco minuto atrasado e não quero foder igual a um coelho. Além do mais, te deixar com vontade de gozar pode ser mais excitante.
O maior suspirou.
- Hai... Pode ir.
- Vai esperar aqui? Pode ir ver as fotos se quiser.
- Vou lá com você. - Taa pegou as próprias roupas no chão, vestindo-as novamente, a contragosto.
Ikuma o passou a frente, encaminhando-se logo a saída após tê-lo trajado de suas roupas. Os braços postou a sua volta, e pousou a mão sobre seu baixo ventre, sentindo a rigidez abaixo do tecido e o apertou, claro, provocando a soltá-lo logo dando início ao trabalho.
Taa caminhou junto dele e mordeu o lábio inferior ao sentir o abraço, gemendo baixinho, audível apenas ao outro e permaneceu atras dos fotógrafos, observando-o enquanto tirava as fotos.
Num aperto de mãos, Ikuma deu fim ao trabalho. Cumprimentou e se despediu dos fotógrafos e editores da revista, seguindo ao camarim. A primeira peça o qual se livrou foi a peruca e com os dedos entre os louros fios de cabelo, os bagunçou.
- Esse cabelo pesa.
Taa seguiu junto ao outro ao estúdio, dando pequenos apertos na própria calça, discretamente, claro e riu baixinho ao vê-lo retirar a peruca.
- Imagino. Mas é bonito.
- Quer experimentar?
Ikuma indagou num riso debochado e deixou-a sobre a penteadeira de inúmera maquiagem.
- Não, não, estou bem assim... - Riu.
O menor sentou-se quando enfim observou a jovem entrar no cômodo. Fechou os olhos e apenas esperou que aquela carga de maquiagem colorida fosse tirada do rosto. Taa observou a moça, sentando-se no sofá e pegou uma das almofadas, deixando-a sobre o colo.
- Você fica perfeito de qualquer jeito, sabia?
Ikuma pegou uma fina toalha de papel, limpando os lábios que permaneceram pouco corados pelo tom de batom antes utilizado, deixou-a se retirar, terminando seu afazer. Ajeitou o cabelo louro antes bagunçado, como era o modo costumeiro.
- Fecha a porta, lagarta.
Taa assentiu e levantou-se, caminhando até a porta e fechou-a.
- Pronto, gueixa.
Ikuma buscou as roupas que antes usava, livrando-se daquele monte de tecidos.
- As mulheres de antigamente sofriam. Ainda lembro daquela época.
Taa riu.
- Você é velho, hein?
- É. Quando eu havia nascido seus pais ainda não eram nem planos dos seus avós que ainda estavam pra nascer.
- Nossa... - O maior riu.
- É, lagartixa, mas não tem problema, você vai saber como é isso também.
- Isso é pedofilia, hein. - Riu.
- Seria se você fosse jovem, mas já deve estar na casa dos trinta.
- Não tenho trinta anos, tsc.
- Tá, trinta e cinco.
- Ikuma!
- O que?
- Eu não tenho trinta anos!
- Tá, 29?
- Não.
- Quantos?
- Vinte e três.
- Aí, falta pouca.
- E você? Quantos anos tem? Mil?
- Quatro séculos.
- Meu santo deus... - Arregalou os olhos.
- Sou novinho.
- Novinho? Você é lindo assim a quatrocentos? - Riu. -E seu irmão... Você é mais velho, não é?
- Somos gêmeos fraternos.
- São o que?
- Gêmeos não idênticos.
- Ah sim... Você tem um gêmeo e eu nem conheço ele?
- Ele não parece comigo.
- Ta, mas por que eu não conheço ele?
- Por que deveria conhecer?
- Porque somos quase casados?
- Eu não sou alguém que vive indo visitar a família. Tenho uma vida independente.
- Mas seria bom visitar alguém... Ah, por favor.
- Não.
- Por favor... - Taa levantou-se, caminhando até ele e sentou-se no colo do outro.
- Não.
O menor abaixou-se, selando-lhe os lábios.
- Me apresenta o seu irmão...
- Pra que?
- Quero conhecer ele.
- E por quê?
- Porque sim.
- Não tenho costume de ir visitar ninguém, não vou só pra apresentar um namorado.
- Não sou só um namorado.
- E por que deveria se importar em conhecer meu irmão? Normalmente iria querer conhecer meus pais.
- Porque quero ver seu irmão gêmeo, ora.
- Ah Taa, vai se foder e sai do meu colo.
- Não, vamos?
Ikuma levantou-se de modo que o fez se levantar do próprio colo.
- Vai no estúdio ao lado, procure por Yuuki, Lycaon, vai saber.
Taa levantou-se, observando-o e uniu as sobrancelhas.
- O que tem contra ele?
- Não tenho nada contra ele, só que você está enchendo o saco insistindo em algo que eu já disse que não.
- Hum... Ok.
- Agora vai lá se apresentar.
- Não vou, para de ser idiota.
- Ora, insistiu pra que então?
- Eu queria que você me levasse.
- Pff, certo.
- Não precisa, hum. Vamos sair daqui, estou morto de fome.
- Você já sabe quem é, agora não precisa mesmo. Além do mais, é inútil, não somos do tipo que mantém a família unida e cheia de parentesco, que faz visitas no final de semana, ou vai pra casa apresentar o namorado aos pais, somos adultos, temos nossas próprias vidas. Ele namora um pirralhinho lá, e sei apenas por vê-lo na recepção da gravadora vizinha. A última vez que o vi, foi quando fui em casa, e você talvez ainda nem existisse.
- Entendi... Tudo bem.
- Acha necessário ir me apresentar a sua mãe?
- Se ela estivesse viva.
- E irmãos?
- Não tenho.
- Que merda.
- Que foi?
- Você parece mesmo um coitado agora. Magrelo, sem pais.
- Imbecil.
- Sua mãe morreu de que?
- Ela já era velha....
- Velha? Não tanto já que você tem 23 anos.
- É, mas não faz muito tempo desde que ela morreu.
- Certamente não foi pela idade. Já sei, ela descobriu que você é gay.
- Não, ela descobriu que namoro um vampiro de 400 anos.
- Ah, enfartou.
- Certamente. - Riu. - E ai... Vamos jantar?
- Vamos pra casa jantar transando.
- Hum... Vai jogar sangue em mim? - Riu.
- Preciso? Vou te comer. De boas formas.
- Hum... Estou ouvindo.
- Não tem que ouvir, vamos embora. Antes que morra de fome de pau.
- Como você é sem graça. Vamos... - O maior levantou-se.
- Sem graça, ah? Você riu, e ainda gostou da ideia.
- Adorei a ideia, vamos, vamos. - Puxou o outro.
- Deixa eu trocar de roupa primeiro.
Ikuma trajou as peças usadas antes, após já algum tempo livre das anteriores e fronte o espelho tornou ajeitar os cabelos.
- Ahh.... Estava mais bonito de gueixa... Leva o quimono pra casa. - Taa riu.
O menor virou-se a encará-lo de pálpebras estreitas.
- Desculpe. - Riu.
- Se quer mulher vai atrás de uma, mas acho que nenhuma vai querer comer você, lagartixa.
- Ah, idiota.
- Você gosta de me chamar de idiota, lagarta.
- É porque você é.
- Sou é?
- É.
- Por quê?
- Porque é. - Riu. - Terminou de se trocar, chatinho? - Abraçou-o e lhe selou os lábios.
- Não sou idiota. Me solta, verme inútil.
Taa soltou o outro.
- Hai.
- Agora segura de novo, verme inútil.
O maior riu e voltou a abraçá-lo.