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outubro 2017
Ainda na cama, imóvel, Yori ouviu os passos do lado de fora, não era dele, sabia pela inconsistência deles e os sapatos que ecoavam um barulho chato no chão, era um sapato feminino, mesmo assim não se levantou, havia estado deitado na cama o dia todo, e embora os lençóis estivessem sujos de sangue, não se moveu para que ninguém trocasse.
- Yori-chan? Bom dia. Trouxa seu café da manhã.
O menor manteve-se inerte na cama, virado de costas e se quer a respondeu.
- ... Vou deixar aqui em cima. Coma...
Após aquele tempo, o loirinho tentou se esticar, mesmo minimamente, porém sentiu os quadris doloridos, como se alguém os tivesse quebrado. Fora obrigado a voltar a se encolher, e de cabeça baixa, escondeu a face em meio ao cobertor e edredom, estava frio.
- Yori... Trouxe seu almoço... Você... Nem comeu o café? ... Bem vou levar o seu café e... Eu fiz purê de batatas, você disse que gostava uma vez. E olha... Trouxe alguns analgésicos. Quer tomar pelo menos os remédios?
O menor negativou ao ouvi-la e manteve-se virado, ainda imóvel e abraçou o travesseiro maior que havia na cama, silencioso.
- Bem... Ao menos tome essa pílula pequena. Sabe o que acontece se não tomar. Hideki comprou algumas pra você, não... Não ter bebê.
Yori desviou o olhar a ela, de canto e negativou, sem ânimo algum para comer ou tomar qualquer tipo de coisa.
- Vou deixar aqui na cômoda... Pode beber quando se sentir confortável. Haiiro-chan está comigo na cozinha, se precisar dele... É só chamar.
Ao sair, a empregada seguiu em direção a cozinha, e estava começando a se preocupar, então, no interfone, discou o número do quarto do outro.
- ... Senhor? É o Yori.
Hideki desceu do quarto até o cômodo de baixo, observou a serviçal brevemente que parecia se reprender por incomodar o próprio sono. Ainda tinha uma pequena fresta de luz diurna, embora não fosse assim tão cedo. Após a parada rápida, desceu uma segunda escadaria e encontrou sua porta, estava aberta. Ainda estava desarrumado, quer dizer, usava uma calça de dormir, estava sem camisa e os olhos estavam um pouco inchados. Não disse nada ao entrar, se sentou à beira da cama e sem dificuldade tomou os braços do garoto, acomodando-o na cama e separou suas pernas de modo que não lhe causasse dor ao se sentar e após coloca-lo sentado, arrumou a roupa de cama a cobri-lo e pegou o comprimido na bandeja, assim como a água que ajudou a beber ao guiar para sua boca.
Ao ouvir os passos, dessa vez, Yori sabia que era ele, embora diferente, não usava sapatos. Desviou o olhar a ele ao vê-lo entrar e sentou-se puxado da cama, o gemido dolorido deixou os lábios, pouco mais alto que de costume e observou-o conforme se sentou, o problema não eram as próprias pernas. Tinha marcas arroxeadas onde ele havia batido na noite anterior, o pescoço e pulso haviam marcas de onde havia sido preso e tinha um pouco de sangue seco sobre a testa onde batera. Ao observá-lo com o copo d'água, virou a face de lado, mantendo a boca fechada mesmo conforme o viu trazer o comprimido para si.
Hideki segurou sua cabeça diante da insistência, tocou sua nuca onde evitou que se virasse. Somente então pressionou o remédio em sua boca.
- É melhor você tomar isso, a menos que queira gerar um filho.
Yori uniu as sobrancelhas conforme o sentiu empurrar o remédio para si e abriu a boca, deixando-o colocar a pílula sobre a língua e por fim pegou o copo, bebendo um pequeno gole da água, suficiente para engolir o comprimido.
O maior piscava um pouco mais firme, tentando se acostumar com o sono recém arrancado de si. Ainda assim se levantou e pegou o garoto, sustentando sem dificuldade sobre um dos braços enquanto arrumava sua roupa de cama. Yori novamente gemeu ao ser levantado e negativou, agarrando-se a ele, conforme sentia o corpo dolorido.
- Não! M-Me solta...
- Estou somente trocando o lençol.
O mair disse, juntando forças para não dar umas palmadas nele, era ruidoso demais. O loiro uniu as sobrancelhas conforme fora colocado novamente na cama e buscou o cobertor, cobrindo o corpo rapidamente, já que usava só a roupa íntima.
- ... Eu não ia embora.
Hideki ignorou-o, não era um bom ouvinte naquele horário. Ao descobri-lo novamente, arrancou sua roupa íntima que era fina e fácil e rasgar. Deu a ele a roupa íntima que estava bem dobrada e trazida pela serviçal hora antes. O menor observou a roupa dada a si, e negativou, não havia se lavado ainda e não gostava de usar roupas limpas daquele modo.
- Eu não ia embora!
- Eu já ouvi! Você ia embora sim seu moleque, não sou otário. Eu ouvi você dizer ao gato que precisariam correr, não tente me enganar. Não me importa, você pode ir embora.
Disse o moreno e por fim pegou seu desjejum, pegou um pedacinho do pão agridoce e indicou a ele, evidentemente mais paciente.
Yori negativou ao ouvi-lo e virou o rosto conforme viu o pão.
- ... Eu queria ir porque tinha medo, fiquei com medo de você fazer aquilo de novo, me pegar a força... Então eu peguei o Haiiro e queria mesmo fugir, mas você havia falado comigo na noite anterior e foi tão gentil... - Murmurou, abaixando a cabeça. - Ophelia me disse que seria seu aniversário... Eu só queria ir até a minha casa, pegar as minhas roupas e... Algo meu pra você. Mas pra sair eu teria que correr, ou você iria me ver. Eu não ia embora...
- Mentiroso, não gaste saliva. Não acredito em você. - Hideki levantou-se. - Coma, você pode subir e tomar banho.
O menor uniu as sobrancelhas e negativou, segurando-o pelo pulso.
- ... Não.
- O que? Gostou da noite passada?
Hideki disse e sorriu a ele, embora desprovido de graciosidade. O menor soltou o pulso do maior, encolhendo-se ao ouvi-lo.
- ...
- Sinto muito garoto, não acredito em você.
- E por que acha que eu continuo aqui mesmo tendo me mandado ir embora?
- Porque não consegue nem limpar a testa.
Yori franziu o cenho, irritado e novamente se deitou, virando-se de costas a ele.
- Você vai querer que eu o leve até o banheiro ou consegue ir?
- ... Me deixe em paz.
- Você precisa comer, garoto. Minha serviçal me acordou preocupada com você.
- Você não quer que eu morra?
- Que pergunta idiota é essa? Se quisesse morto teria sentado e assistido sua apresentação na ponte.
- Ontem mandou eu ir me matar várias vezes. Então me deixe morrer.
- Eu não disse que fosse se matar, eu disse que podia fugir para fazer isso se era o que queria tanto.
- Eu não quero fugir. Só não quero ser tratado como um prisioneiro.
- Não estava, te deixei correr livre pelo lugar. Faça o que quiser, pare de tentar se explicar, não queria fugir, uh, pegou até alho. Patético.
O menor suspirou e devagar se apoiou na cama, levantando-se lentamente, como conseguia, e caminhou em direção a porta, iria ao banheiro tomar banho, embora se apoiasse nas paredes. Hideki observou com impaciência sua caminhada vagarosa, acabou por pega-lo e joga-lo no ombro como já fazia antes, levou-o até o cômodo onde ia a se banhar. Após deixa-lo seguiu a busca da serviçal que enviara para o preparo de seu banho. Yori negativou, gemendo dolorido conforme o sentira pegar a si e agarrou-se nele, em sua pele já que não havia camisa. Após deixa-lo, Hideki seguiu para os aposentos de onde a pouco saíra, aproveitou para se recompor, se banhar e se vestir.
- Hum... Tudo bem, Yori-chan?
O menor assentiu a serviçal, desviando o olhar a ela e sentiu o toque dolorido sobre a testa conforme ela fazia em si um curativo.
- Tem que comer alguma coisa.
- Preciso ir até a minha casa, Ophelia.
- Quer fazer o que na sua casa?
- ... Me diz a verdade, o Hideki é casado?
- Eh? Não! Por que ele seria casado?
- Então... O que acontece com ele, por que ele me deixa preso aqui embaixo?
- Bem, você é um humano, somos vampiros aqui. Temos costumes bem diferentes, não vivemos de dia, quer dizer, não tão cedo. Sendo humano é senso comum que tenha medo dessa espécie, logo poderia partir. E por último, você queria acabar com sua vida, se o deixasse solto, qual seria o motivo para ficar antes de então conhece-lo?
Yori assentiu ao ouvi-la, abaixando a cabeça.
- Hideki não me parece alguém agradável... Ele me estuprou duas vezes.
- Informação demais. - Disse ela com um sorriso. - Infelizmente vampiros não são tão dóceis como seres humanos comuns.
- Hum... Como se você não pudesse ver as marcas no meu corpo. - O menor disse em relação a informação. - ... Seres humanos não querem ser tocados de modo tão rude.
- Senhor Hideki é temperamental. Ele é bipolar, pode estar muito feliz e muito raivoso alguma vezes. Não vou dizer para ficar, vejo que ele o liberou, mas com o tempo se torna uma boa convivência. Vampiros são muito sexuais, e também são muito fortes, se ele não quebrou nenhum ossinho é porque tocou você como tocaria outro vampiro normalmente, mas ele é jovem, ele ainda vai aprender a lidar consigo mesmo.
Um suspiro deixou os lábios do loiro, assentindo a ela.
- ... Não vou embora, mas quero comprar um presente de aniversário pra ele. Será que você pode me ajudar? Aliás... Quantos anos ele tem?
- Como vocês parecem brigados, acho que o presente ideal estaria em alguma atividade cotidiana. Meu senhor também gosta muito de uma boa refeição. Ele fará oitenta e três. Pode parecer muito para um humano, mas para um vampiro isso é pouco.
- Uniu as sobrancelhas ao ouvi-la. Oitenta?! Ah... Eu... Sei fazer doces...
- Oitenta e dois precisamente. É como um jovem adulto. - Disse ela a sorrir. - Talvez possa fazer um bolo. Mas precisa usar sangue nas receitas. Posso ajuda-lo de quiser.
O menor sorriu e assentiu a ela.
- ... Eu tinha um ursinho, será que se eu pedir a ele... Ele trás pra mim? Sei que é infantil é ridículo. Mas eu gostava dele.
Ao ouvi-lo ela riu, achando graça no pedido.
- Achei que fosse mais maduro, Yori-chan. Mas .. Talvez pedir pra irem juntos buscar o urso.
- Ele não vai comigo. Está quase cuspindo na minha cara, ele não gosta de mim.
- Se não o apreciasse não teria o mantido por aqui. Ele é um pouco explosivo como lhe disse, em breve seu humor deve suavizar.
- ... - O loiro abaixou a cabeça. - Não tenho mais nada Ophelia... Nem ninguém.
- Por hora tem o senhor Hideki e a mim também.
O loirinho desviou o olhar a ela, unindo as sobrancelhas e assentiu.
- ... Ophelia, quantos anos você tem?
- Por que a pergunta?
- Curiosidade...
- Tenho cem anos redondo. Sou mais velha que o senhor Hideki, mas sou uma vampira transformada. Fui lavada a casa dele quando tinha dezessete anos, ele havia acabado de nascer.
Yori uniu as sobrancelhas.
- ... C-Cem anos...
- Sim, mas diferente do Hideki-san, eu não nasci como um vampiro então o peso do tempo me é ainda maior.
- Ah... Deve ser horrível não poder sair e ver o sol.
- Podemos ver o sol, somente não sentir os raios na pele. A noite ainda assim é muito mais bonita.
- É, eu concordo. - O menor sorriu e encolheu-se conforme sentiu o estômago doer, sentia fome, mas nada disse.
- Me ajude a sair... Quero... Vê-lo.
- O sol ou senhor Hideki?
Ela indagou enquanto recolhia o roupão para ajuda-lo no término de seu banho.
- Hideki... Está nevando, não tem sol... Mas não acho que ele vá querer me ver.
- Vai ficar bem. - Ela tateou levemente o garoto, nada muito íntimo, ajudando a se secar e entregou uma toalha para os cabelos. - Vá em frente.
Yori assentiu, agradeceu numa reverência e em passos lentos seguiu para fora do banheiro. Estar naquela parte da casa era estranho, não havia estado ali até então, quando subia, o fazia vendado pela serviçal. Agora tinha todo o espaço para si e a última porta do corredor estava aberta. Observou dali e devagar, curioso seguiu até ela. Cessou os passos ao chegar em sua frente, analisando o local adentro e timidamente adentrou, segurando a toalha ao redor do corpo.
- ...
Um sorrisinho adornou os lábios de Miruko, estava bêbado, e isso era um fato, estava irritado com ele, consigo, não sabia lidar com o modo como se sentia sobre ele, tinha que lidar com o fato de que poderia ser gay, porque gostava daquilo, e que provavelmente não saberia se explicar para os pais, para todos, se já sofria bullying, seria pior. No pequeno bar encontrou um garoto da própria sala, e trocou poucas palavras com ele, algum comentário, uma brincadeira, ele parecia interessado em si, e não conseguia pensar direito do modo como estava, então somente seguiu com ele em direção ao campus. Ao invés de levar a si para o próprio quarto, ele parecia ter outros planos, guiava a si pela mão, de modo quase apressado pelo corredor e unia as sobrancelhas, um pouco perdido e cessou na porta de seu quarto.
- ... O que está fazendo? Eu não quero entrar.
- O que?
- Eu não quero entrar... Não é legal, eu nem te conheço.
Disse o menor num sorrisinho e sentiu-o investir contra si, selando os próprios lábios, ele era um pouco maior do que a si, tanto em tamanho quanto em força, então tinha medo de não saber se livrar dele caso algo desse errado, mas estava tonto, tinha que piscar algumas vezes para enxergá-lo.
- Venha, vamos.
- Não... Não posso.
Rapidamente, sentiu a mão dele adentrar a calça e a roupa íntima, ele não parecia ter algum tipo de cuidado consigo, e notou quando teve o próprio sexo segurado entre seus dedos, firme, e estremeceu, encolhendo-se com o toque frio, num gemido sutil que deixou os lábios.
- N-Não... Não faça isso.
- Sh, vamos, vamos entrar, eu não vou te machucar.
- ... Não, por favor... Por favor me solta, eu preciso voltar pro quarto.
O sentiu apertar o próprio sexo entre os dedos e uniu as sobrancelhas, negativando.
- ... Kei... Me ajude. - Murmurou, um pouco tonto, afetado pela bebida e negativou, segurando a mão dele. - Yamete...
Keisuke havia deixado o quarto feminino em passos sorrateiros e traçado uma pequena fuga até os dormitórios masculinos. Já era tarde e o silêncio tornava notório qualquer pequeno ruído, era por isso que até então os passos vinham sendo lentos e leves, era por isso também que a medida em que se tornava próximo podia ouvir vozes sussurrantes e farfalhos. Alunos tão espertinhos quanto a si causavam um risinho canteiro, se não fosse ao perceber uma silhueta bastante conhecida ao passar por eles. Regrediu um tanto, pôde vê-lo, pode ver sua roupa arreada e por sinal por um garoto. Ficou confuso, mas não o suficiente para se importar com aquele detalhe se não fosse por tê-lo visto negar, mesmo sem força, estava bêbado? Tsc, moleque irresponsável, pensou e ouviu proferir o próprio nome, não precisou de muito mais para alcança-lo e mesmo pelo ombro do garoto que tomou e o puxou, afastando-o do moreno.
- Você não viu que ele não quer? - Retrucou e o empurrou novamente, por seu peito.
Miruko desviou o olhar a ele lado a si, confuso com sua aparição repentina, e sentiu o aperto ainda mais forte do rapaz ao lado, causando um gemido mais alto em si.
- Para! Me solta! Está me machucando! - O sentiu tirar a mão de si e virar, observando o outro atrás.
- O que você quer, caralho? Vai cuidar da sua vida!
- Você devia cuidar da sua antes de começar a me irritar, seu otário. Vem, Miru. - Keisuke disse e esticou a mão para ele, como daria colo a uma criança.
Miruko esticou uma das mãos a ele, tentando segurá-lo, porém, fora impedido pelo outro.
- Para cara, ele é meu.
- Sai daí, sua bicha do caralho. Ele não é como você. - O loiro o empurrou. - Se não quiser acabar suspenso por estar se agarrando no corredor é melhor você entrar na porra do seu quarto. Senão eu vou te arrebentar.
Miruko uniu as sobrancelhas e rapidamente passou por baixo do braço dele, segurando-se no outro.
- Kei...
- Miru! Que caralho?
Keisuke pegou o menor a segura-lo nos braços, daquele modo era mais fácil levá-lo que fazê-lo caminhar.
- Estou levando ele, e sai fora. Se chegar perto dele eu vou te quebrar.
- Ah vai tomar no cu vocês dois, duas frutinhas!
- Pelo que vi você é o único viado aqui querendo passar a mão no pau do cara que não quer.
O moreno ouviu o estalar de língua do outro, voltando para seu quarto e seguiu junto do amigo, encolhido, estava enjoado devido ao medo que tinha do outro. Keisuke o ajeitou no colo, e não era muito miúdo, mas conseguia leva-lo sem dificuldade. Havia fugido no intuito de conseguir um preservativo, consequentemente havia deixado a garota em seu quarto esperando, mas teria de deixa-la lá.
- Kei...
O menor murmurou, encolhendo-se contra o peito dele e sentiu as lágrimas nos olhos, ainda estava assustado.
- Calma, ele só estava afim de você e achou que você ia ser fácil, nada ia acontecer.
O maior disse e caminhou devagar até o quarto de ambos. Com certo impasse conseguiu abrir a porta e entrar com ele, fechou com as costas e caminhou até a cama onde ia deixa-lo. Miruko negativou, unindo as sobrancelhas e sentiu as lágrimas que deixaram os olhos, agarrando-se a camisa dele. Keisuke sentiu enroscar os dedos a própria roupa, impossibilitando de deixa-lo no lugar, se sentou à beira da cama, com ele no próprio colo.
- Não me deixe sozinho...
O menor murmurou, e sentia as mãos trêmulas, desviou o olhar a ele, expondo os olhos molhados.
- Não está sozinho. Estou aqui. - Disse o loiro ao confortá-lo no colo onde o deixou estar.
O menor suspirou, erguendo a face a observá-lo.
- ... Estou enjoado.
- Vou te levar ao banheiro.
Miruko assentiu, apoiando-se nele para se levantar.
- Quer tomar banho? Talvez te faça bem.
O maior disse e se levantou, fazendo consequentemente que ele se levantasse também, como antes no colo. O menor levantou-se junto dele e rapidamente seguiu ao banheiro, fechando a porta atrás de si, e não queria mesmo tê-lo junto a si naquele momento, não era nada bonito vomitar na frente dele.
Keisuke viu-o sumir mais rápido do que ia prever, tanto é que acabou para trás.
- Miru, caralho, deixa a porta aberta ao menos. Vai que você cai no banheiro.
O moreno suspirou por fim, levantou-se e escovou os dentes, um pouco tonto.
- Miru?
O maior chamou da porta, passados os minutos em que ele preferiu ficar lá dentro. O menor saiu logo em seguida a observa-lo na cama e devagar se sentou junto dele. Keisuke fitou após sair e seguiu visualmente seu caminho, ficava enjoado só de imaginar o desconforto dele.
- Quer o banho?
- Quero... Me ajuda...
Keisuke se levantou e seguiu a leva-lo consigo até o banheiro. Ligou o chuveiro e sentiu no bolso o celular vibrar com a ligação.
- Eu não vou poder voltar. Não consegui o preservativo e o Miru está zoado.
Disse após atendê-la e seguiu ao amigo mesmo assim, ajudando com a mão livre a desabotoar sua camiseta. Miruko desviou o olhar a ele ao ouvi-lo, negativando consigo.
- Pode ir...
- Sh.
Foi a expressão que o maior lhe fez sem realmente ruir. Ouviu-a lamentar no telefone e tentar alguma palavra convincente, mas finalizou a ligação a seguir, desocupando a mão de modo que mais facilmente o despiu. Miruko uniu as sobrancelhas e virou-se a observa-lo, ele realmente iria sair com alguém pra transar, mesmo que estivesse brigado consigo.
- ... Você é um cretino.
- Eu sei.
Keisuke disse já deixado de lado o celular. Após tirar sua roupa de cima, seguiu para a calça e desabotoou-a agora com um ponto de vista completamente diferente de um tempo atrás, conseguia até ficar constrangido no que antes não. Ao ter-se nu, o menor seguiu para baixo do chuveiro, esperando-o ligar e não disse mais nada, estava magoado com ele. Após desnuda-lo, o maior o ajudou a seguir abaixo do chuveiro, já ligado previamente. Teve de arregaçar as mangas, tentando não acabar molhado também. Miruko abaixou a cabeça, desviando o olhar a ele.
- Como você pode fazer isso com ela sabendo que eu estava aqui magoado com você?
Keisuke o ouviu e não entendeu exatamente o que ele queria dizer, fosse pelo fato de estar bêbado talvez.
- Primeiro que não tinha feito nada com ela. E segundo, eu nem sei porque você brigou comigo.
- Você saiu pra buscar camisinha idiota!
- Eu sei, mas o que isso tem a ver com estarmos brigados? Somos namorados por acaso?
Miruko suspirou e estava puto com ele, bêbado afinal.
- Você não vê que eu gosto de você, seu imbecil?
- O que? Está apaixonado?
Keisuke indagou, quase automaticamente, uma vez que não se dado esperava uma resposta positiva, mas sim uma provocação e uma nova discussão.
- É claro! Seu idiota!
O moreno sentiu as lágrimas nos olhos, novamente estava chorando e era um idiota também por ficar bêbado e dizer a verdades a ele. O maior o ouviu bradar a resposta, embora não fosse de fato alto era tão fatídico que não parecia incerto, tanto que não soube agir, sabia que se fosse verdade, estava falando porque estava bêbado.
- Miru, você está bêbado. Isso é algo pra falarmos depois quando estiver sóbrio.
- Vai pro inferno. Você e essas meninas. Quando o Kei chegar aqui ele vai alterar arrebentar. - Falou a ele, confuso.
- Vai sim. Vai sim.
Disse o maior e negativou consigo mesmo, tentando ter paciência para a situação antes que ficasse louco com ele. Miruko suspirou e deixou-o dar banho em si por fim, silencioso.
Por um momento, Keisuke tirou os sapatos e meias, livre para entrar no box. Fez com que enfiasse a cabeça embaixo d'água. O menor uniu as sobrancelhas ao senti-lo segurar a si e negativou, porém fora colocado na água.
- Para...
- Assim você vai se sentir relaxado, senão amanhã vai ter dor de cabeça.
Disse o maior e buscou o sabonete, o lavou apenas com a barra de sabão, sem usar a esponja. O moreno fechou os olhos, depois o observou num pequeno suspiro.
- Você é tão bonito.
- Sou é? - Disse e deu um risinho. - Você também é bonito.
- Sou? - Sorriu.
- Sim, muito bonito.
O menor sorriu e o outro sorriu junto, contagiado.
- ...
Miruko aproximou-se dele devagar, segurando-o com os braços ao redor de seu pescoço.
- Vem tomar banho comigo. - Puxou-o para baixo d'água.
- Miru, Miru! - Disse o maior, sem altura, mas rapidamente, no entanto já havia sido abraçado. - Miruko... Minha roupa.
O menor sorriu a ele, sem se importar com suas roupas e por fim beijou-o, empurrando a língua em sua boca.
- Porra, Miru.
Disse o loiro, calado por sua boca no entanto, tinha gosto de creme dental por sorte. Se perguntava quanto ele havia bebido, estava confuso, mas bem, eles era confuso mesmo sem álcool. Miruko fechou os olhos, apreciando o toque dos lábios e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele numa carícia, porém impacientes tirou sua camisa, puxando-a.
Keisuke sentiu o toque de sua mão nos cabelos, um pouco pesado, estava bêbado afinal. Voltou-se impaciente para a camisa em seguida, mas levou as mãos para as dele, segurando-as.
- Miru, não.
O menor uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo.
- Eh?
- Não vou transar com você bêbado.
- Mas eu quero...
- Não vou. Não vou fazer isso sozinho.
- Não está sozinho, eu estou aqui.
- Bêbado vou fazer sozinho.
- Não vai.
- Não. Vamos terminar seu banho e deitar.
- Não, Kei... Por favor. - O menor murmurou, beijando-o em seu pescoço. - Não precisa de camisinha pra fazer comigo... Por favor.
- Não. Fique quietinho.
Disse o maior e terminava de banha-lo enquanto se lamentava pelo desconforto da roupa molhada.
- Kei... - Miruko murmurou, unindo as sobrancelhas e observando-o, a expressão chorosa.- Por favor...
- Não Miru.
Disse o loiro e irritado tirou a camisa que estava enchendo o saco, a calça ainda mais desconfortável que pendurou no box após torcer. O outro uniu as sobrancelhas conforme o ouviu.
- Kei... Faz amor comigo.
- Por Deus, Miruko. - Disse o maior, encarando sua expressão quase chantagista.
Devagar, o menor aproximou-se, beijando-o em seu rosto, seguindo para a orelha onde deu uma pequena mordida no lóbulo e selou seus lábios, murmurando contra eles.
- Me come...
Keisuke retribuiu seu beijo no rosto com um igual, breve em junção. Ouviu-o dizer no entanto, estava tentando a todo custo. Fechou os olhos, suspirou e então o pegou no braço, tirando-o do banho.
- Não vai me convencer, Miruko. Mesmo que meu pau fique duro.
O menor observou-o, sentindo-o segurar a si pelo braço e seguiu com ele para fora, ainda meio tonto, porém, era forte o suficiente para para-lo. Puxou-o pelo braço e empurrou-o para a parede.
- Eu quero transar com você, porra!
- E se eu não quiser transar?
Disse o maior e ergueu o pescoço numa encarada, como se naquele gesto desse veemência à questão.
- Não é o que seu corpo me diz.
- Como se você entendesse meu corpo, Miruko.
Ao caminhar para a cômoda, Keisuke fitou,-o de soslaio, cabreiro, tentando proteger as partes que expôs ao tirar a boxer molhada para substituir
- Ah é? - Miruko disse a sair do banheiro, observando-o. - Então vou voltar para o quarto dele.
- Ah você vai? Depois de chorar com medo do cara? Vou é enfiar a mão na sua cara.
- Vou, estou indo. - Disse o menor a seguir até a porta, mesmo sem roupas.
- Miru... Por favor, pare com isso.
O moreno assentiu e cessou os passos, por fim largou a maçaneta e voltou-se para a cama, deitando-se. Keisuke o fitou, por seu caminho até a cama após desistir do que fazia.
- Eu quero fazer com você, mas bêbado você nem mesmo vai se lembrar disso.
- Cala a boca, Kei. Você vai me deixar dormir e vai voltar pra ela com a camisinha, conheço você.
- Não vou. - Disse o maior e seguiu até a cama, ainda estava desnudo, como ele estava. Queria transar com ele, mas era isso o que incomodava, o fato de querer. - Você fala de mim mas me evitou depois que transamos, agora fica putinho porque eu fiquei incomodado com a porra que enfiei na boca.
O menor virou-se para observa-lo e normalmente teria escondido a face, envergonhado, mas queria fita-lo, tinha a vista um pouco nublada.
- Não fiquei culpando você, eu apenas me distanciei porque achava estranho que eu gostasse tanto de transar com você. Achei que era errado, que eu não devia, que eu não devia olhar o meu amigo e dizer que eu era gay, mas quer saber? Talvez eu seja...
- Você falou sério no banheiro ou está confuso?
Disse o loiro após ouvi-lo em que dizia. Curioso no assunto embora achasse saudável de fato falarem quando estivesse sóbrio.
- ... - Suspirou. - Claro que estou falando sério.
- Você não sabe sequer se é gay...
- Não preciso ser gay pra gostar de um cara.
- Eu acho que precisa sim.
- Não, não preciso. Gostava de mim como amigo, podia dizer que gostava mesmo de mim, e não era gay.
- Eh? Gostar como amigo não é gostar como namorado.
- Quem foi que definiu como amar pode ser diferente? O sentimento é forte da mesma forma.
- Hum, se amar não tem modo diferente, então tudo bem se eu for só um amigo? Sem sexo, sem beijo. Como antes?
Miruko uniu as sobrancelhas e desviou o olhar a ele.
- ... Se você preferir...
- Mas é isso o que seu amor quer?
- Não. É diferente.
- Bom, acho que talvez eu também goste assim de você.
Disse o maior a ele e tentou saber como se sentia ao proferir aquilo para ele. Embora falasse na esperança de não tê-lo sóbrio. Miruko observou-o por alguns instantes, silencioso.
- ... Então por que você continua ficando com meninas?
- Bem, não vamos falar disso. Você está bêbado.
Disse o outro, desviando do assunto. Não queria entrar naquele tipo de assunto porque não sabia responder. Na verdade não sabia o que de fato sentia, se estava gostando dele naquele sentido.
- ... Não vai fazer amor comigo?
- Não, descanse. Você vai acabar enjoado de novo.
Miruko assentiu e virou-se, abraçando o travesseiro.
- Boa noite, chorão.
Keisuke disse e após deixa-lo por lá, buscou a roupa que vestiu. Seguiu para a própria cama e se acomodou para dormir. Não havia dormido no horário que pretendia, desse modo se sentia de fato capaz de adormecer feito pedra. Mas claro, esperou um tempo para ver se ele não passaria mal é só quando seu suspiro pesou, então, dormiu.
Etsuo suspirou, estava indo de encontro ao irmão, e por isso, estava feliz. Estavam tendo uma relação meio estranha havia uns dias, porque ele achava que gostava dele, e gostava mesmo, mas era um idiota, porque o havia deixado com medo. Negativou consigo mesmo e parou próximo a sua escola, queria prosseguir o caminho, mas lembrava-se daquele dia e do colega dele, não queria se estressar, e era isso que fazia naquele momento, observava as pessoas que iam e vinham e ele ali, com o rapaz. Uniu as sobrancelhas, dessa vez não fez nada, não o puxou, não o machucou, apenas o observava, e claro, estava chateado.
Ritsu seguiu colégio a fora, conversando algum assunto trivial com o colega de escola, não de sala. Depois de tantos dias desde o que havia acontecido com o irmão, parecia ter criado coragem de perguntar sobre o assunto, o que fez com que levasse a mão em seu ombro rapidamente, num tipo de cumprimento em despedida. Via seu rosto indagativo, como quem não entendia o que acabara de acontecer, mas rapidamente deu as costas e seguiu noutro rumo, e ao olhar para frente, identificou o porque, observando o moreno ali, que parecia não se dar conta do quão bonito parecia, de como era olhado onde estava.
- Aniki.
O moreno abaixou a cabeça ao receber o olhar dele e negativou, havia visto o toque no ombro, nada mais, mesmo assim, era o suficiente. Virou-se e logo seguiu em direção oposta.
- Hey, onii-chan!
O menor disse, o chamando e deu uma apressadinha nos passos, alcançando-o logo, tocou no ombro como já havia feito no amigo antes. Etsuo virou-se a observá-lo e novamente uniu as sobrancelhas.
- Hum?
- Você me viu e deu as costas, baka.
- Estava acompanhado.
- Não, eu me despedi e você saiu mesmo assim. Onde ia?
- Para casa.
- Veio me buscar? - Disse o menor e tão logo reiniciou o caminho, agora junto ao irmão.
- Hai... Eu... Ia te levar pra jantar.
- Aonde você quer ir? - Ritsu indagou, fitando o moreno, um pouco distante.
Ritsu desviou o olhar a ele por alguns segundos e uniu as sobrancelhas.
- Você está saindo com ele?
- Não, eu só dei tchau com um toque no ombro, não fiz nada de mais.
- Me diga a verdade.
- Pare com isso, onii-chan. Não seja tão ciumento. - O menor sorriu a ele e deu-lhe um aperto suave na bochecha.
Etsuo assentiu e abaixou a cabeça, chateado com o fato.
- Não estou saindo com ele.
Disse o loiro, notando que não tinha a tranquilidade retribuída e levou a mão de seu rosto ao ombro onde deu uma apertadinha.
- Hum.
O moreno assentiu ao ouvir o irmão e abaixou-se, selando-lhe os lábios num toque sutil. Ritsu fitou-o de repente próximo, e sentiu o toque frio de seus lábios que embora frescos, macios. Quando se afastou de volta, fitou-o e embora não houvesse se exasperado, achava-o louco. Etsuo deslizou uma das mãos pela bochecha do pequeno e sorriu a ele.
- Vamos ao restaurante japonês.
- Vamos. - Disse o menor, assentindo ao convite e seguiu com ele, ainda pensativo sobre seu cumprimento tão "ocidental". - As meninas do colégio adoram quando você vem. Sei que está aqui porque elas ficam falando.
- As meninas é? - Sorriu. - Não gosto de meninas.
- Preferia que fossem os rapazes?
- Preferia que fosse outra pessoa.
- Mas eu também acho você bonito, onii-chan.
- Acha? - Sorriu.
- Isso é inegável, seu bobo.
- Eu não acho você bonito, onii-chan.
- Hum... Claro que não, não sou como vocês.
- Não é mesmo. Eu te acho lindo.
- Uso. - Ritsu disse e deu-lhe uma apertadinha no braço.
- Honto, onii-chan. Você é tão lindo que as garotas sentem inveja de você.
Ritsu arqueou a sobrancelha a fitá-lo, negativou no entanto e não disse nada. Não sabia se ficava feliz pelo elogio ou triste, já que estava tendo a aparência comparada a aparência de uma mulher. Etsuo parou com ele, segurando-o em seu braço e deslizou uma das mãos a face dele, acariciando sua bochecha com o polegar e seus cabelos logo em seguida.
- Você é delicado, mas não tanto, é na medida perfeita.
O menor parou junto a ele ao ter-se segurada e o fitou, sem entender a interrupção do caminho.
- O... - O menor disse, perguntaria mas calou-se ao ouvi-lo dizer. Sorriu embora negativasse ao elogio, sabendo que ele dava melhor de si para explicar aquele elogio. - Sou um rapaz, sabe? Não quero ouvir o quão delicado eu sou. Embora eu saiba que meus cabelos não me favorecem, não quero pensar que as mulheres queriam ser mulheres com a minha aparência.
Etsuo riu baixinho e beijou-o na testa.
- Eu sei... Mas não estou mentindo, e você sabe. Eu te amo, acho que você a pessoa mais linda do mundo, nunca vi, mulher ou homem mais bonito do que você.
- Eu não sou mulher, Tsu.
Disse e fitou-o defronte a si, constando embora soubesse que ele já havia descoberto como o corpo era embaixo das roupas de escola, esperava que não estivesse se iludindo sobre aquilo.
- Não acho que pareça uma mulher por baixo das roupas, onii-chan. Já lhe disse que eu não gosto de meninas. E se bem me lembro, já o vi por baixo das roupas, já o tive até na minha boca. Se quiser eu posso te lembrar de como foi e...
- Não. - Ritsu disse, interrompendo o que continuava a dizer. - Mas está dizendo que não pareço embaixo das roupas, por cima dela então eu pareço?
- Não. - Sorriu. - Você parece um anjinho. - Riu.
- Acho melhor eu parar de perguntar senão vou ficar cada vez mais frustrado com suas respostas. - O menor riu baixinho.
Etsuo riu e mordeu o lábio inferior.
- Você não gosta disso?
- Bem, sou um garoto, não quero ser olhado como se eu tivesse seios.
- Não te olho assim. Você gosta de meninas?
- Eu... Não gosto, mas também não sinto que gosto de homens.
- Hum... - Sorriu meio de canto. - Vamos.
- Só acho que, se eu posso me apaixonar por alguém, certamente não ia pensar sobre o sexo dessa pessoa.
Etsuo observou o irmão por um tempo e assentiu, beijando-o em sua testa novamente.
- Entendi.
Ritsu não entendeu o beijo na testa, parecia uma criança por acaso? Pensou, mas não disse nada.
- Eu ia gostar mesmo se você fosse minha irmãzinha, onii-chan.
Disse e riu baixinho, apertando suas bochechas como faria com uma criança. Etsuo arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo e sorriu, deslizando uma das mãos pelos cabelos do irmão e puxou-o para si, abraçando-o.
Ritsu arqueou as sobrancelhas ao ser puxado, não esperava. Por fim riu, e descansou as mãos em suas costas, onde deu um tapinha leve. Apoiou o queixo em seu ombro e aproveitou para dar uma aspirada no perfume que usava na pele, consequentemente próximo a sua orelha, onde acabou ressoando a respiração. O moreno sorriu a ele, sentindo sua respiração tão próxima e arrepiou-se, encolhendo-se sutilmente.
- Onii...
- Hum?
Etsuo indagou próximo ainda onde estava, não havia ainda descoberto o agrado do irmão por suspiros na região.
- Pare, se não quiser me dar sua blusa pra amarrar em frente ao corpo.
- Parar o que? - Ritsu indagou e se afastou a observa-lo. - Você quem me abraçou.
- Pare de respirar no meu ouvido.
- Não estou respirando no seu ouvido. Você gosta que respirem no seu ouvido, Etsuo? - Riu, achando graça mesmo na hipótese.
- Claro que eu gosto.
- Que gosto estranho.
Ritsu disse, não levando aquilo em malícia, e deu novamente uma aspirada junto a seu ouvido. Etsuo uniu as sobrancelhas, sentindo o arrepio percorrer toda a espinha. O menor riu, achando graça.
- Vamos, vamos, onii-chan.
O moreno suspirou pesado e assentiu, seguindo junto dele.
- Quer ir no restaurante japonês ou prefere ir no chinês e comer yakisoba que gosta?
- No japonês tem seu sushi.
- Não me importo em comer yakisoba com você.
O maior sorriu.
- Então vamos.
- Hai, mas acho melhor levarmos, podemos levar para o papai e a mamãe também. Ou eles saíram?
- Eles saíram. Mas podemos deitar e assistir um filme juntos. Está frio, sei que você deve estar com frio.
- Hoje eu não trouxe o casaco.
Ritsu disse, como já era perceptível, usava somente a camisa branca com emblema do colégio, uma gravata vinho, que afrouxava sempre que saia, não gostava de gravatas. Etsuo assentiu e retirou o próprio casaco, que havia trazido justamente para isso. Levou ao redor do corpo dele e beijou-o no rosto.
- Você gosta de fazer mimos ainda depois de criança, aniki.
O loiro disse enquanto ajeitava o casaco do irmão sobre os ombros, não precisava realmente dele, pelo menos não ainda, mas não queria criar um debate para sua insistente gentileza. Etsuo sorriu a ele e assentiu.
- Trouxe pra você mesmo.
- Eu imaginei, você está sempre de casaco mesmo não sentindo nada disso.
- Então. - Riu.
- Então vamos pedir em casa, quero ir tomar banho.
- Ta bem, vamos, não estamos longe.
- Ou você queria ir passear?
Ritsu indagou e segurou a cintura do irmão, caminhando meio abraçado, não porque realmente era fã de tanto carinho, mas porque, ele parecia feliz em ser tocado, e consequentemente se sentia igualmente feliz. Etsuo sorriu a ele e negativou, abraçando o irmão junto a si como ele queria.
- Não, só queria comprar algo pra você.
- Hum, coruja.
Disse o menor e apertou-o na cintura onde repousava a mão. Seguiu o caminho de colégio, não muito distante de casa, ia tranquilamente a pé, tanto que não via necessidade de ser buscado pelo irmão, mas que fazia questão sobre isso, embora não fosse sempre, mas certamente não ia porque dizia para não, do contrário estaria todos os dias no portão, era um puxa-saco. Pensou e riu baixinho, para si mesmo, imaginava que certamente muitos gostariam de tê-lo como parceiro, mas no entanto, estava ele tentando beijar a si, beijando a si. Abaixou a direção do rosto ao pensar sobre aquilo, ponderando.
Etsuo caminhou junto do caçula, tinha um certo interesse pelos pensamentos dele, mas não perguntou de fato. Suspirou, meio perdido em pensamentos igualmente e se perguntava quando foi que havia passado a gostar tanto dele, tanto daqueles cabelinhos loiros e semblante tão calmo. Era lindo, não podia negar nem um minuto se quer, mas não era somente por isso. Tudo nele causava em si uma sensação nova, ter ele por perto, estar protegendo ele, era tudo que sabia fazer. Parou em frente ao apartamento e abriu a porta para que ele adentrasse.
- Mamãe está querendo se mudar.
- Eh?
Ritsu indagou, sendo desperto dos pensamentos que, até então, confusos, ponderando sobre os modos do irmão, que embora sempre cuidadosos, haviam se tornado ainda mais afáveis e um tanto mais íntimos.
- Pra onde?
- Hum, acho que para uma casa, diz que precisamos de mais espaço... Não sei se... Está esperando outro filho.
- Ah, teremos um caçulinha novo?
O menor sorriu ao falar e adentrou a casa, tirando logo a alça de sobre o ombro e seguiu para o quarto onde deixou, enquanto se desfazia da gravata, soltava o cinto em busca de roupas para substituir.
- Eu não sei. - Riu. - Mas pra mamãe querer mudar...
O moreno murmurou e sentou-se sobre a cama do irmão, observando-o enquanto retirava suas roupas. Ritsu desabotoou a camisa enquanto fitava os dedos a descasalarem os botões, quando chegava no fim da peça, percebia que estava a se despir em frente ao moreno, e aquele simples gesto havia se tornado um pouco diferente agora, acabou interrompendo o feito e seguiu direção ao banheiro.
- Aniki, peça a comida enquanto eu tomo banho.
Etsuo observava-o, os dedos deslizando pela peça, devagar, atencioso e até se arrepiou.
- Hai... Eu.. Vou ligar.
O loiro assentiu e adentrou o banho, terminando o ritual com as roupas lá dentro, evitando o olhar do irmão ou algum comentário que deixasse o clima um pouco esquisito. Ligou o chuveiro e passou a formular o banho rápido, esperando voltar antes do irmão até o quarto.
Etsuo saiu do quarto e seguiu para a sala, onde pegou o telefone, ligando para o restaurante ali perto e suspirou, pensando no irmão no banho, e até negativava vez ou outra consigo. Pediu a yakisoba e também, alguns docinhos para ele.
Ritsu esfregou-se rapidamente, suficiente para higiene e prendeu os cabelos louros de qualquer jeito, apenas de modo que pudesse evitar de molha-los, seria mais rápido desse modo e logo havia deixado o banheiro a se vestir com peças de dormir. Uma calça cinza de tecido fino, uma camisa branca de malha e quando ele voltou, deu um salto para cama onde se aconchegou.
- Hum... Que sensação boa.
Etsuo voltou logo ao quarto e sorriu a ele ao vê-lo com sua roupa confortável.
- Kimochi, hum, onii?
- Muito. Já pediu, hum? - O menor indagou e seguiu ao irmão, guiou-o para cama e tirou seus calçados quando sentado. - Vamos, fique confortável.
O moreno sorriu a ele e assentiu.
- Pedi alguns doces também
- Hum, vai ser bom. - Ritsu disse e sorriu, e embora houvesse assentido, não se moveu. - Preguiçoso.
Disse e levou a mão até sua calça, puxando-a, no entanto deixou-a na metade dos quadris, notando como aquilo parecia estranho e deu-lhe as costas, indo atrás de uma roupa para fazê-lo vestir, e que não fosse um jeans como usava.
Etsuo riu baixinho ao senti-lo puxar a calça, porém uniu as sobrancelhas com sua aparente vergonha. Virou-se a observá-lo.
- Ritsu... Não tenha medo de mim.
- Eh? Medo? Por que o teria?
O loiro indagou e procurou alguma peça dele, sempre havia por lá, visto que normalmente a mãe se confundia com as peças e acabava deixando uma e outra trocada.
- Não ache que sou idiota. Está com medo porque eu fiz aquilo com você.
- Não estou com medo de você, Etsu. - Ritsu disse e seguiu ao irmão, dando-lhe um breve afago em sua bochecha fria. - Troque a calça.
Etsuo estreitou os olhos, porém retirou a calça e trocou-a pela mais leve.
- O que? - Ritsu indagou, notando seus nipônicos um tanto mais estreitos.
- Está sim.
- Não estou, só fui pegar a roupa pra você, já que é um preguiçoso e não tira nem a calça.
- Sei. Tire minha camisa então.
- Pare de ser preguiçoso.
- Eu não sou, hum.
- É sim, quer ficar confortável e não troca as roupas, sabe que me incomoda vê-lo deitado com jeans.
Ritsu levou a mão até sua camisa, embora pudesse ficar com ela, aparentemente o mais velho pedia por uma "demonstração" de "coragem" e assim o fez, desabotoando sua camisa, sentindo-se quase como se despisse um amante, mas fitou seu rosto e deu-lhe um sorriso, lembrando-se do irmão quando pequeno.
Etsuo sorriu a ele ao senti-lo desabotoar a camisa e deslizar seus dedos quentes por ela. Logo, observou seus rosto bonito, e gostava tanto do irmão que chegava a ser um pecado. As mãos seguraram as dele rapidamente, apertando-as entre os dedos, embora sem força e puxou-o para si, ergueu a face a observá-lo e sorriu a ele, com os lábios a centímetros dos seus, e selou-os.
Ritsu apartou sentindo o toque limitado por suas mãos entrelaçadas e abaixou-se, consequentemente estando próximo ao irmão, fitando seu rosto cujos traços bonitos eram herdados de ambos os pais, ainda assim detinha seu diferencial. Sentiu o toque suave de seus lábios, num selo breve. O fitou posteriormente, algum tempo e por fim deu-lhe um mesmo suave toque.
Etsuo sentiu o toque dos lábios e estremeceu, não conseguia aguentar, não suportava olhar o irmão daquela forma. Deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, acariciando os fios loiros e macios e novamente lhe selou os lábios, uma vez, duas até penetrar seus lábios com a língua, beijando-o.
O loiro sentiu um leve arrepio na nuca, assim que seus dedos passearam suavemente pelos fios longos. Sentiu um beijo, depois o outro.
- Etsu...
Disse, cortado no entanto, sentindo a umidade de sua língua resvalar pelos lábios e penetrá-los de modo que mesmo que quisesse, não pôde recusa-lo.
O moreno suspirou e negativou a ele, não queria que recusasse a si e faria o possível para que isso não acontecesse. Deslizou uma das mãos pelas costas do irmão, e sabia que não poderia vencê-lo com palavras, ele gostava de fazer perguntas, por isso, apenas o beijou, em silêncio, apreciando seus lábios.
- Ani...
Ritsu murmurou, mesmo entre o beijo, sentindo sua língua deveras flexível e fria, o qual com um resvalo leve nos próprios lábios, a pegou e deu uma leve sugada, inconscientemente. Etsuo sorriu em meio ao toque, sentindo a língua entre os lábios dele e deslizou a mão pouco mais, tocando-o sobre a nádega e apertou-a. O loiro deu um sobressalto, o que fez com que interrompesse o beijo. Deu-lhe aparte e fitou o irmão.
- Minhas costas doem.
- Uso. - O moreno murmurou contra os lábios dele. - Você foge muito de mim, onii-chan. Mas eu o quero na minha cama hoje.
- Claro que doem, está me deixando curvado.
Disse o menor, ainda parado como estava. Tentou não dar realmente muita atenção àquela frase.
- Não seja por isso.
Etsuo murmurou a ele com um pequeno sorriso e puxou-o para o colo, deitando-se na cama, tendo-o sobre si. Com o movimento hábil se viu tão logo sobre o corpo do moreno, onde repousou e ficou por um minuto a observa-lo de cima, como havia sido colocado.
- Você, está gostando de mim, como homem?
Etsuo observou-o um pequeno tempo e deslizou a mão pela face dele, acariciando-o.
- Eu acho que sim...
- Você acha que sim?
- Acho.
- Então por que está querendo fazer comigo?
- Porque eu acho.
- E você acha que vou fazer isso com alguém que acha que gosta de mim?
- Acho. Porque quando terminarmos vamos ter certeza.
- Ah, vamos? Pareço burro, onii-chan? Moço, eu quero comprar esse produto, vou só usar ele primeiro pra ter certeza se é bom.
Etsuo sorriu, meio de canto e negativou.
- Você entendeu, não estrague as coisas.
Ritsu o fitou em silêncio, desviou o olhar por um minuto, não tinha certeza se queria fazer aquilo, mas pensava que sentia algum tipo de atração, àquele modo.
- Não sei se...
- Eu também não. Por isso mesmo não vou fazer nada que você não queira fazer. Não vou te machucar.
Etsuo murmurou, lembrando-se da outra vez em que o havia machucado no pulso e beijou-o em sua testa, logo, deu-lhe outro selo nos lábios. Ritsu não queria falar sobre isso, não queria prolongar aquela situação estranha. Do selo que recebeu logo o voltou em um beijo, penetrando deliberadamente a boca do irmão, completando seus lábios juntos aos próprios à medida em que a língua resvalava sobre a dele.
O moreno sorriu meio de canto, tomando o beijo como um sim da parte dele e deslizou ambas as mãos pelas costas dele, sentindo o tecido fino de sua regata, gostoso de tocar, a pele quente por baixo, ele era um pecado enorme para si, e se fosse errado, que fosse para o inferno, já era um vampiro mesmo.
De olhos fechados,o loiro podia sentir o contato mais apurado, sentindo seus dedos frios e tão suaves a deslizarem na pele, mesmo no impasse da roupa que usava e que causava um atrito macio à própria pele. Por um momento se viu perdido sem saber onde toca-lo, tinha ainda algum recato.
Etsuo segurou as mãos do irmão, guiando-as ao próprio corpo e deixou-o tocar mesmo o tórax, suavemente já que tinha a camisa aberta e lhe selou os lábios novamente, seu rosto e pescoço, guiando uma das mãos ao baixo ventre do outro e apertou-o sobre sua calça fina.Ritsu deslizou a mão em seu tronco, como sua própria pedia. Não era novidade tocar aquela parte, novidade era o modo como interpretava o toque. E continuou a sentir seu toque frio e liso, sem imperfeições. Sentiu até mesmo o pequeno ponto em seu peito, que enrijeceu sob o resvalo do dedo não intencional. E ainda assim sentia o toque da língua a roçar contra sua durante o beijo que mantiveram. No toque inesperado, afastou suavemente o quadril como um reflexo, mas acabou por um suave gemido.
Etsuo suspirou contra os lábio dele e o sentia duro, ou melhor, ficando duro, só com um pequeno toque e puxou o corpo dele para si em seus quadris, roçando-o ao próprio.
- Hum...
O loiro deslizou as mãos em seu tronco onde já colocado e aos poucos alcançou-lhe os quadris, onde sentia-o mover e impulsionar sua pelve junto a própria, roçando seu membro ereto ao próprio, tornando o toque prazeroso e ainda desconfortável pela rigidez mútua. E tornou a ruir num leve gemido, que no entanto interrompido num sobressalto ao ouvir a voz do próprio pai.
- Kimochi...
Etsuo sussurrou a ele, roçando-se ao menor ainda e gostava de sentir o corpo dele contra o próprio, sentia arrepios pelo corpo só de pensar em roçar-se nele sem as roupas que vestia. Mas não durou muito tempo, antes que pudesse lhe dar um novo aperto, o viu quase pular para longe de si e uniu as sobrancelhas.
- ... O que ele faz aqui?
- Aniki.. Precisa ir pro seu quarto.
- Mas onii-chan...
- O papai sente o que você está sentindo, se você... Está.. Duro, então está excitado e ele te ver aqui, ele vai perceber,
- H-Hai... - O moreno murmurou e levantou-se, ajeitando as roupas. - ... Eu volto depois.
- Arruma... Dá pra ver.
Disse o menor, indicando seu corpo marcado pela peça inferior, e bom, nunca imaginou que podia ser algo bonito de se ver. Etsuo assentiu e desviou o olhar para baixo, notando o membro marcado e ajeitou-o na roupa, meio desconfortável e virou-se a voltou correndo ao próprio quarto.
- Me espere.
Ritsu não disse nada ao irmão, o contrário disso só fechou a porta após sua saída e correu para a cama, onde iria levar algum tempo pensando sobre tudo aquilo.
O maior se aconchegou sobre a cama, observando o quarto vazio enquanto esperava o outro voltar. Alcançou o isqueiro no móvel ao lado e levantou-se a acender as vê-las na comoda longe da cama, deixando o quarto iluminado apenas por elas. Deitou-se na cama novamente e observou o rapaz a adentrar o local, o dedo passou pela cobertura do bolo sobre a cama e levou aos lábios, abrindo um pequeno sorriso.
- Oi.
Ikuma entrou pelo quarto de luzes foscas, baixas, na luminosidade apenas de algum objeto qualquer, pensou antes de fitar as velas em alguns metros de distância ao leito, onde se acomodava o outro rapaz, degustando algo qualquer e sutil arqueou a sobrancelha diante da saudação.
- O que?
- Um ano de namoro, hum. - Murmurou. - Quer bolo?
- Um ano? Só um ano? Do seu lado isso parece uma eternidade.
- Nossa, que romântico. - Estreitou os olhos. - Eu devia tacar esse bolo na sua cara.
- Oh, que gracinha. Te faço comer tudo depois.
- Não faz mal, vai estar com gosto de Ikuma mesmo. - Taa abriu um sorriso malicioso.
- Esqueça, vai me encharcar com a sua baba nojenta.
- Vem cá.
O sutil eco pelo solo indicava o início da caminhada curta que o menor traçou até a cama.
- Olha só a lagarta, colocou velinhas pra dar um clima.
O maior sorriu e virou-se para pegar as pétalas de rosa no pequeno potinho sobre a cama, jogando-as sobre o outro.
- Rosas também, aí... Está bonitão.
- ...
- O que? Está até cheiroso... - Taa retirou uma das pétalas do cabelo dele.
- Quer dançar também? Talvez fazer uma lua-de-mel.
- Não me incomodaria. - O maior riu e peou pouco da cobertura do bolo, levando aos lábios dele. - Hum?
- Isso tudo é felicidade? - Ikuma indagou a roçar a língua, delineando-lhe o dedo.
Taa mordeu o lábio inferior e assentiu.
- Pra quem era miserável chorando por alguém no colo de quem odiava, tá ótimo, não?
O sorriso sumiu dos lábios do maior e levantou-se, caminhando até a comoda a apagar as velas.
- Uh, o que?
Ikuma ditou a arquear as sobrancelhas, voltando-se a fita-lo na direção que tomou. Taa caminhou em direção a acender a luz do quarto.
- Vai pro inferno.
- Ora, o que foi?
- Precisa falar assim?
- Desde quando você se importa com o modo que falo?
- Desde que cita isso.
- E qual o problema?
- Porra, eu preparei o quarto, um bolo, velas, será que você podia ficar quieto e parar de falar idiotices?
- Uh, então você não gosta que fala dele?
- Hum?
- Que parte do que eu disse você não entendeu?
- Dele quem? - Riu. - Pra mim, ele já morreu faz tempo.
- Ah, e o que foi então?
- Eu não quero provocações... Custa ao menos reconhecer as coisas que eu faço uma vez?
- Tá certo.
Taa suspirou, cruzando os braços e observou o outro, caminhou até a cama, pegando o prato com o doce e dirigiu-se a sair do quarto, colocando a sobremesa sobre o móvel de qualquer jeito e suspirou.
Ikuma o observou em seu caminho de marcha precisa pelo solo, desgostoso expostamente, porém não protestou e continuou de modo como estava, sentado na cama, e o máximo se fez fora se deitar no colchão. O maior voltou ao quarto, pegando o pequeno pote sobre a cama e pegou as pequenas pétalas sobre o colchão e o chão que havia sujado.
- Você mesmo conseguiu estragar tudo, não importa o quanto tente por a culpa em mim.
Taa ergueu a face, observando-o e deixou o pote ao lado da cama.
- Não disse que a culpa era sua.
- Indiretamente você disse.
- Não disse...
O maior levantou-se, pegando o maço de cigarros e o isqueiro, levando um dos mesmos aos lábios e o acendeu, caminhando até que estivesse em frente ao vidro da janela, encostando-se na parede de costas a ele e observava o movimento do local.
- Disse. Mas não vou discutir com você, só uma coisa a mais, antes de você resolver reclamar de mim cujo minha personalidade sempre foi essa, olhe para trás e veja todo o caminho andado até que completasse esse um ano, e vai ver que sempre fui assim, sempre provoquei, eu não vou adivinhar quando você resolver levar a sério por causa de um simples comentário. Você era sim um miserável que vinha chorar no meu colo, mas e daí? É por isso que está aqui hoje. É quer saber? Foda-se.
Taa ouviu em silencio as palavras do outro e tragou o cigarro algumas vezes, encostando a cabeça na parede, mesmo de lado e sentia as lágrimas nos olhos, orgulhos o suficiente a não deixar que nenhuma delas escorresse pela face.
- Desculpe.
- Iie, não preciso disso.
- Não é você, hum... Eu estou... Sensível demais esses dias. Estou parecendo uma esposa insuportável. Isso está me irritando. - O maior caminhou até o outro, apagando o cigarro no cinzeiro ao lado da cama. - Não quero lembrar de quem eu era antes de conhecer você...
- Isso é estúpido. Você agiu como quem se importasse com o fato de falar sobre o que você sofreu naquela época, com o fato de mencionar o que aconteceu, mais estúpido é o fato de agir assim, porque é como diz o ditado, você percebe que superou algo, quando consegue falar abertamente sobre o assunto e sorrir, e brincar, esnobar, se você não consegue fazer isso, é porque não superou, e se não superou é porque o idiota lá e tudo que passou ainda te afeta, porque vive em você.
- Iie... Eu só... Em algum lugar da minha cabeça, achei que ia entrar e sorrir pra mim por eu ter preparado algo assim, e teriam as provocações de sempre, mas que ia gostar e aproveitar comigo... Não que ia entrar e só fazer provocações.
- Como se eu tivesse tido algum tempo pra isso.
Taa sentou-se a beira da cama, suspirando.
- Brigasse, mas não precisava ir apagar as velas e acender a luz, já teria perdido todo o clima mesmo que eu fosse apagar a luz outra vez e acender a vela.
O maior assentiu.
- Estúpido.
Ikuma ditou e se virou pela cama, suficiente a que pudesse lhe abraçar a cintura, e repousar a face acima de suas pernas. Taa observou o outro e abriu um pequeno sorriso nos lábios, sentindo uma das lágrimas a escorrer pela face.
- Desculpe.
- Não desculpo.
- Não devia.
O menor manteve-se silencioso em algum tempo, e logo a sutil inquietação da face, próxima ao ventre do alheio e com uma das mãos lhe ergueu sutilmente a camiseta, mordendo uma tênue camada de sua pele. Taa levou uma das mãos aos cabelos dele, acariciando-os e apenas o observava. Ikuma mordiscou, traçando uma pequena fenda que gotejou o sangue na língua, o outro gemeu baixinho, unindo as sobrancelhas e lhe segurou os cabelos.
Ikuma lambeu as gotas que sutilmente tingiram-lhe a branca tez, e uma das mãos levou entre as pernas do outro rapaz, pressionando sua região sexual, mesmo acima da peça de roupa. Taa gemeu novamente, puxando-lhe suavemente os cabelos e observava-o a lamber o pouco sangue da pele.
Do ventre, o menor desceu à calça, mordendo o volume da baixa região; ainda escondida pelo tecido vestido. Taa puxou com certa força os cabelos do outro.
- Iie... Aí não.
Ikuma pendera o pescoço atrás, voltando os orbes em sua nítida cor, a face do outro. A mão tornou pressionar os dedos acima do volume que passava a endurecer por trás de suas roupas. Taa gemeu, estreitando os olhos ao outro.
- Pode morder tudo, mas ai não...
- Eu não ia morder do jeito que você acha que eu ia.
Ikuma deslizou os dedos ao cós de sua calça, empurrando-a para baixo a notar sua nudez de baixo, sem uso de alguma peça íntima, segurou-lhe o membro já a enrijecer, mas ainda em sutil flacidez. Subiu e desceu vagarosamente a mão em sua volta, acompanhando agora; com a língua, o lambendo em seu comprimento crescente.
- Sei...
Taa riu e mordeu o lábio inferior ao vê-lo abaixar a própria roupa, sentindo os leves estímulos e lhe acariciou os cabelos, gemendo baixinho sem tirar os olhos do outro.
- Hum...
Tênues estalos enfatizavam a sucção a lambê-lo em seu comprimento já ereto. A língua do menor friccionou a fenda inicial do outro, sentindo o sabor sexual do mais alto, e logo, o tinha inteiro na boca, passando a subir e descer com a cabeça, dando ritmo ao pôr e tirar o outro de dentro dela.
- Ah... - Taa uniu as sobrancelhas ao senti-lo colocar a si na boca e inclinou o pescoço para trás, sentindo o leve arrepio percorrer o corpo. - Ikuma...
Ikuma impunha pressão entre os lábios, e dentro da cavidade, sentia-o ir e vir, roçando o céu da boca, pressionado contra a língua, sugando-o. O maior deslizou a mão pelas costas dele, acariciando-o e lhe adentrou a camisa, arranhando-lhe as costas a deixar algumas marcas vermelhas.
O mais velho suspirou nasal, enquanto detinha ainda os movimentos vigorosos e bem ritmados com a cabeça e a boca, e a breve retira-lo de meio os lábios, focou a ponta da língua em sua glande, desceu às glândulas, lambendo-as; ou sugando enquanto a mão agora o masturbava. Taa suspirou, mordendo o lábio inferior e inclinou-se pouco apenas a alcançar o membro do outro por baixo das roupas, apertando-o levemente.
Ikuma ergueu-se sutilmente, arrastando a mão com que tinha inércia; a camiseta do outro, lhe expondo o torso magro, os mamilos igualmente pálidos que tocou com a língua, circulando e sugando um deles e a mão em baixo, continuava a masturba-lo. O maior levou ambas as mãos a puxar a própria camisa, retirando-a e jogou-a de lado, observando as pequenas perfurações na barriga já a cicatrizar e gemeu baixo, desviando o olhar ao próprio membro que o outro estimulava. Deitou-se na cama, batendo no quadril do outro com uma das mãos, sutilmente.
- Deita em cima de mim, hum... Também quero te chupar.
- Uh...
O riso soou nasal e Ikuma negativou. Deu aparte aos movimentos e se voltou a deitar na cama, baixou o zíper da calça trajada e puxou o sexo pela brecha existente.
- Você vem por cima.
- Só diz isso porque eu estou cansado. - Taa riu e levantou-se, retirando a própria calça e caminhou a comoda novamente, acendendo as velas e apagou as luzes. - Não é a mesma coisa, mas é gostoso do mesmo jeito.
Ajoelhou-se na cama a ajeitar-se sobre o outro e abaixou-se, deslizando a língua pelo membro dele e aos poucos sentia-o endurecer diante dos estímulos.
- Uh.
Ikuma murmuriou num breve riso nasal, e melhor se acomodou na cama enquanto tinha-o a se ajeitar sobre si. Lhe abraçou as coxas, com a face entre elas, pôde lhe segurar o membro com uma das mãos e direciona-lo a boca, voltando a provê-lo dos toques de língua, enquanto a demais deslizava pelo próprio.
Uma das mãos do maior apertou o lençol com certa força entre os dedos ao senti-lo continuar os estímulos em si e a mão livre lhe segurou o membro, fazendo suaves movimentos no mesmo a masturbá-lo e logo o colocou na boca, sugando-o.
O menor masturbava-o sem agilidade, acompanhando os movimentos da língua a lambê-lo em seu comprimento até as glândulas genitais e desta a sua entrada, massageando-a com a ponta da língua.
- É aqui que você gosta, ah?
Ditou com a voz sussurrada, alternando ao dizê-lo e deslizar a língua em tal.
Taa apertou-lhe o membro entre os dedos ao sentir a língua do outro a tocar a si no local.
- Ah... - Gemeu, mordendo o lábio inferior e negativou. - Não... É meu pau que quero que você lamba, ahn...
- Ah, eu sei que você gosta aqui, sempre disse, ou já esqueceu que é aqui que você gosta? Posso fazê-lo se lembrar.
- Iie... E-Eu sei que eu já disse.... - Taa apertou o lençol novamente entre os dedos.
Ikuma delineou a volta de sua entrada, pressionando o músculo da língua em formar uma suave massagem, que fizera menção de penetra-lo sem que o fizesse e lubrificava-o de saliva, por vezes lhe mordia a nádega e logo regredia ao serviço oral. O maior estremeceu sutilmente, apertando-lhe o membro entre os dedos e passou a masturbá-lo, virando pouco a face e o observou.
- Ikuma.... Ah...
Um dos braços do maior lhe passou a volta da cintura, segurando-a firme, do modo como o outro tinha costume de impor, mesmo sem pedir. Sugou-lhe a entrada, em leve estalo que se fez audível no cômodo, e a mão livre, levou no local estimulado, o acariciando.
Taa desviou o olhar ao membro do maior, fechando os olhos a gemer baixinho contra o mesmo e o colocou na boca, sugando-o algumas vezes e deixava que os gemidos escapassem contra o local.
Ikuma pôde sentir a tênue vibração vocal do outro ao encontro do próprio sexo em sua boca, sê-lo revestido em sua saliva em estimulo dado igualmente ao outro; porém agora, a estipula-lo com o dedo, afundando o médio a junção do indicador, sentindo cada barreira ser alargada pelo dedos que o violavam. O maior retirou o outro da boca e deu uma leve mordida no membro do maior, deixando o gemido escapar ao senti-lo adentrar o corpo e movimentou pouco a cabeça a jogar os cabelos compridos para trás.
- Hum...
- Ah, como estamos excitados hoje, hum? - O menor indagou sem espera de uma resposta e lhe desferiu um tapa contra a nádega, estalando os dedos com o brusco espalmo. - Vem cavalgar, lagarta.
Taa mordeu o lábio inferior ao sentir o tapa e assentiu ao ouvi-lo, ajoelhando-se a ajeitar-se sobre ele e levou uma das mãos ao membro do maior, encaixando-o no próprio intimo e aos poucos empurrou o quadril contra o dele, sentindo-o adentrar o corpo.
- Ah... - Gemeu, inclinando o pescoço para trás.
Ikuma permaneceu cômodo sob a cama, o assistindo a se ajeitar e não exigir o mínimo esforço vindo de si mesmo.
- Uh.
Um murmurio se fez nasal a sentir sua mão no enlace do sexo, beirado a sua entrada e tão logo penetrado, alargando ainda mais sua entrada antes estipulada por somente dedos. Os braços levou atrás da nuca, descansando-os cruzados na cama, e deu apoio a cabeça, balançou sutil o quadril a lhe dar estocadas frouxas, indicando seus movimentos já iniciados.
Taa desviou o olhar ao outro, pendendo sutilmente o pescoço ao lado e observou o maior a ajeitar os braços atrás da cabeça.
- Iie... Ahn... Vai ficar assim? Me abrace. - Taa murmurou e ergueu o quadril a sentar-se com força sobre ele numa unica estocada e gemeu pouco mais alto, rebolando sutilmente sobre ele. - Vem...
Ikuma sorriu de canto e erguera o torso a se sentar na cama.
- Como está vadia hoje, todo mulher, e ainda quer carinho, ah?
Indagou a envolvê-lo num dos braços, e movia sutil o quadril abaixo do seu, de modo como conseguia fazê-lo, porém no enlace, ajudava-o formalizar seu sobe e desce.
- A parte da vadia eu sempre fui. - Taa riu e abaixou-se a observar o outro tão perto de si. - E acho bom se comportar se quiser que eu fique de quatro pra você depois e te deixe ver bem o lugar onde mete esse pau gostoso, hum.
Contraiu o intimo, apertando-o em si e gemeu baixinho contra os lábios dele, selando-lhe os mesmos.
- Ora, não preciso me comportar, sou malvado e sempre fui desobediente.
Ditou a lhe morder sutilmente o queixo e lambê-lo a subir a direção dos lábios.
Taa abriu um sorriso nos lábios, movendo o quadril a rebolar sobre ele e levou uma das mãos ao pescoço do outro, segurando-o no local e apertou-o suavemente.
- Não deixo, ahn.
- Vadia nem sempre foi, agora que está dizendo. Antes era machão, oh...
Ikuma debochou e ainda o ajudava com seu sobe e desce, por vezes o fez rebolar no colo. Taa apertou-lhe o pescoço entre os dedos.
- Ainda sou, loirinho.
Murmurou, afastando-se do maior a manter a mão sobre o pescoço dele e continuava com os movimentos, subindo e descendo sobre ele.
- Nunca foi. Virou minha mulher com um pau entre as pernas.
Aos poucos, Taa cessou os movimentos, abaixando-se e deslizou a mão sobre o pescoço do outro a face dele, acariciando-o e lhe selou os lábios no pedido de um beijo e adentrou-lhe a boca coma língua, buscando a dele, gemendo baixinho contra os lábios do menor e continuava a beijá-lo, deslizando a língua pela dele, apreciando o sabor dos lábios do namorado.
O braço do maior, ainda enlaçado a sua volta, deslizou meio as nádegas a sentir o membro lubrificado a deslizar ao interior de seu corpo com o tatear da ponta dos dedos, firme, já recepcionado por sua entrada que engolia o sexo com vigorosidade, estimulando sua sensibilidade interior e sentia seu aperto sempre que tocado em tal, acertando por diversas vezes assim que achado enquanto a respiração colidia entre bocas em suspiros ou gemidos do companheiro enquanto o beijava.
Taa cessou logo o beijo a se afastar pouco, fitando-lhe os olhos amarelos e sorriu, selando-lhe os lábios. Afastou-se logo a sentar sobre ele novamente, levantando-se e sentando-se com certa força sobre o corpo do maior, sentindo todo o membro dele adentrar e se retirar do corpo. Inclinou o pescoço para trás, fechando os olhos e apreciava as investidas, levando uma das mãos a face a retirar os cabelos da mesma e jogá-los para trás.
Ikuma subiu a mão em seu traseiro, o apertando a marcar os dedos na firmeza que impôs sob a região e outro tapa lhe deu.
- Gostoso, ah? Está ficando esperto em dar uma rebolada. Vira de costas pra mim ver esse cu engolir o meu pau, vira.
O maior assentiu, observando-o.
- É claro... A coisa que você mais gosta de fazer é me foder.
Levantou-se e virou-se de costas ao outro, inclinando-se pouco a frente e voltou a ergueu o corpo e se sentar sobre ele, dando-lhe a visão do membro a adentrar e se retirar de si.
- Assim, hum?
As mãos de Ikuma, ambas foram pouco atrás no corpo em apoio na cama. Fitava-o em ampla vista do sexo bem espesso em excitação a invadir-lhe a entrada, moldada a volta de seu invasor, lubrificada fosse de prazer ou saliva.
- Isso. Da uma apertadinha, hum.
Taa contraiu o intimo a apertar o outro em si e mordeu o lábio inferior.
- Assim? Ah...
Rebolou, movendo-se sobre o outro e num movimento forte sentou-se sobre ele novamente, sentindo-o atingir a si no ponto sensível que fez o corpo estremecer e gemeu pouco mais alto.
- Ah, aí é gostoso, uh?
Ikuma acomodou-se a levar as mãos em teus quadris, passando novamente a impor em bel prazer os movimentos, o sentando no próprio colo com a firmeza desejada e minucioso se pôs a levantar, postando o companheiro de quatro em frente ao corpo, de modo que teve liberdade a manejá-lo a medida em que o quadril vigoroso passou a estoca-lo.
Taa assentiu, ajeitando-se sobre a cama a apoiar as mãos sobre a mesma e abaixou a cabeça, apreciando os movimentos do maior e deixava escapar os gemidos altos a cada vez que o sentia tocar a si no ponto sensível, apertando com força o lençol entre os dedos.
- Ikuma... Ah.... Mais forte, ahn...
O brusco contato entre a figura do maior e a do menor, ecoando tão depressa em reflexo dos movimentos. Ikuma trazia-o consigo tal como se jogava a ele, causando um vigoroso atrito entre ambos os corpos, e de olhos voltados em suas nádegas nuas, observava o sexo se esconder entre elas, firme a dar abertura em seu corpo, enquanto se provia da deliciosa sensação de prazer, a tênue dormência sexual, forçando gemidos a aparecer vez e outra, arrancando um rastro breve de voz, que por vezes se alterava conforme o contato grosseiro.
O maior mordeu o lábio inferior ao ouvir os gemidos do outro e os braço deslizaram pela cama a deitar o tórax sobre a mesma, mantendo-se de joelhos no local a deixar o quadril erguido para que o outro pudesse continuar os movimentos. Levou ambas as mãos as próprias nádegas, dando espaço para que o outro pudesse ver melhor o membro a adentrar e se retirar do corpo e a face o observava atras de si, abrindo um pequeno sorriso malicioso.
Ikuma foi breve a fita-lo diante de seu feito, deu-lhe um sorriso tão breve quando o fato de tê-lo observado, tão logo a atenção fora voltada a entrada que se expandia a receber o falo bem ereto, e com as mãos ainda em seus quadris, as investidas se prosseguiam apenas naquele saliente ponto em seu interior, e sentia seu fortes espasmos a cada vez que o tocava.
Taa sentiu os arrepios fortes pelo corpo a cada investida do outro, uma das mãos soltou a própria nádega, levando-a a cama e apertou com força o lençol entre os dedos.
- Ikuma... Eu vou...
- Gozar...
O menor sussurrou em conclusão de sua frase, e no estoque contra seu corpo, gozou, derramando o ápice no interior violado de seu corpo e podia sentir o próprio resquício a sujar o sexo.
- Hai...
Taa mordeu o lábio inferior e o gemido baixo deixou os lábios a atingir o ápice junto dele, sujando os lençóis da cama com o líquido. Sem necessário o compasse de qualquer respiração, Ikuma apenas continuou parado até que finalmente lhe deixasse o corpo, permitindo o descanso alheio sobre a cama. O maior repousou sobre a cama, suspirando e fechou os olhos a descansar por alguns segundos. O outro se pôs ao lado, ajeitando a roupa ainda posta no corpo, e apenas tornou esconder o sexo atrás das vestes. Taa suspirou, abrindo os olhos aos poucos e o observou a ajeitar as roupas, sentando-se no local a ajeitar-se e se deitou.
- Traga alguma coisa pra eu me limpar, por favor. Vou trocar os lençóis.
Ikuma levantou-se a busca de algum lenço no móvel ao lado da cama, esta que se jogou novamente, sentado em sua beira pós tê-los pego, abaixou-se apenas a deslizar o tecido pelo abdômen sujo com gotejos, do companheiro e desceu em teu sexo, logo entre suas pernas, o limpando, enquanto em sutis estalos lhe selava os lábios, entre um curto sorriso e outro no espaço de cada toque.
- Inútil... Eu te amo. - Ikuma concluiu de voz baixa, apenas audível o suficiente a ele.
Taa uniu as sobrancelhas ao senti-lo limpar o próprio corpo e levou uma das mãos a face dele, acariciando-o a retribuir os selos nos lábios e sorriu ao ouvi-lo.
- Eu também te amo, seu pervertido maldito.
- Prefiro o filho da puta. - O menor sorriu a ele.
- Certo. Pervertido filho da puta.
- Só o filho da puta já está bom. Mas eu também gosto de pervertido.
- É porque você é. - O maior riu. - Meu filho da puta... A um ano.
- Você parece muito feliz com isso, hum? - O menor deixou o fino tecido sujo sobre o móvel do lado e se voltou ao outro, lhe mordendo sutilmente o pescoço. - Quer me morder? De presente de namoro.
Taa sorriu, desviando o olhar a ele e mordeu o lábio inferior, assentindo.
- Hum... - Ikuma murmurou a se acomodar na cama, em tênue elevar do tronco, em apoio dos cotovelos sob o colchão. - Vai morder aonde?
O olhar do maior percorreu todo o corpo do outro e se voltou ao pescoço, levando uma das mãos ao local e deslizou a mesma a lhe tocar suavemente a pele.
- Aqui.- No pescoço? Hum, okay. Bom apetite.
Taa ajeitou-se sobre o maior, selou-lhe os lábios e beijou-lhe o queixo em seguida, descendo a aspirar o aroma da pele dele.
- Hum... Que cheiro bom...
Ikuma riu, apenas a fitar-lhe os cabelos descoloridos em sua proximidade imposta.
- Anda lagarta.