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novembro 2017
Kazuma havia partido e muito além do alcance dos veículos, havia voltado de onde veio, e ainda que naquele dia houvesse planejado notificar o garoto, o qual não sabia exatamente o que fariam a seguir, não tinha certeza de nada, mas era algo que poderiam pensar, sem que alguns milhares de quilômetros houvessem impedido. Ainda que naqueles anos instáveis houvessem vivido sem planos, sem decisões senão guerrear, não havia perdido o senso de obrigação e era por isso que havia partido sob as ordens, ainda era um general, ainda era responsável por uma divisão e depois de todo aquele tempo como militar, não era por um novo sentimento que perderia tudo aquilo, mas por todo aquele tempo, desejava tê-lo avisado. Um suspiro deixou a boca e os olhos como sempre de aspecto impassível não revelavam o fato de que, com alguma preocupação e alguma ternura, observava o pequeno adereço em duas voltas no pulso, era o que havia feito de seu terço.
- General, precisamos de você.
Disse o homem tirando a atenção do adorno religioso ou de qualquer atividade que fingisse fazer.
- Estou indo, soldado.
O retrucou e novamente caia na realidade, tinha compromissos a honrar, no entanto a cada passo cuja pisada firme era como uma marcha, sentia como o tempo tornava mais difícil a ideia de acha-lo em algum lugar.
♦
Asahi havia passado um longo tempo naquele campo. Observando a base que havia sido abandonada. Não acreditava no quão idiota havia sido, por achar que ele gostava de si, por achar que ele sentia algo por si. Havia se sentado abaixo de uma árvore, e não evitava as lágrimas que escorriam dos próprios olhos, chegou a achar que nunca havia chorado daquele modo na vida. Havia ficado ali, por horas, sem saber o que fazer, sem saber o que fazer, não tinha nada, nem ninguém agora.
Ao anoitecer, ainda podia ouvir os fogos que eram estourados no céu, não tinha pra onde ir, nem a mínima vontade de se juntar a eles na comemoração, então apenas havia ficado ali, sozinho, como sempre fora até que adormeceu, encostado ao tronco e por um momento, ouviu um barulho estranho em meio as árvores, achou estar sonhando, mas não estava, não era um animal ou algo pior, era uma mulher, tinha cerca de trinta anos, e carregava um bebê em suas costas.
- Padre? O que o senhor está fazendo aí?
Desviou o olhar a ela, unindo as sobrancelhas conforme a ouviu.
- Perdão?
- Sou eu, Akane Yamamoto. Sei que não se lembra de mim, mas eu frequentava a igreja todo fim de semana.
- Akane...
- Por que está aqui sozinho, padre?
- Desculpe Akane, eu não sou mais um padre. Renunciei aos meus votos.
Ela fez um momento de silêncio.
- Você está sozinho? Não tem pra onde ir?
- Não... Tive que sair da igreja.
- ... Ora, não devia ficar aqui sozinho, podem haver soldados chineses ainda aos arredores. Por que não vem comigo? Trabalho numa estalagem, você pode se hospedar lá.
- Não tenho dinheiro, Akane, mas obrigado pela oferta.
- Bem, você pode me ajudar com a casa, eu não cobraria hospedagem de você.
Permaneceu um longo minuto a observando, ponderando sobre o que ouvira e por fim se levantou, não tinha outra escolha e não queria morrer ali sozinho. Alguém havia ensinado a si a dar valor a própria vida um dia.
- Obrigado...
- Sei que não é mais um padre, mas... Pode me dar a sua benção?
Assentiu ao ouvi-la, fazendo o sinal da cruz e deslizou uma das mãos pelo rostinho pequeno da criança, sorrindo a ela. Nunca iria ter um filho.
Masashi revirou-se no estranho conforto abaixo do corpo, mas mesmo embora macio, estava apertado. E sentia um estranho peso sobre as pernas. Ao tatear o local, sentiu um tecido leve, juntamente a um toque mais frio, sua pele. Abriu os olhos embaçados, nem sabia que horas eram. E notou então a presença de um acompanhante. Assustou-se inicialmente, no entanto recordou-se da presença do vampiro.
Katsuragi moveu-se suavemente sobre o sofá, despertando do sono junto do outro, e havia perdido a noção do horário, certamente os outros cortesões já haviam acordado e estavam se perguntando onde estava, mas não se deram ao trabalho de procurar já que estar longe era melhor para eles. Sorriu, suavemente, porém arregalou os olhos ao notar a presença dele, os olhos estavam num tom distante de vermelho, estava faminto, costumava se alimentar toda manha, e naquela fora diferente. Suspirou, mantendo o controle e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele.
- Bom dia, querido.
O menor sentiu o toque atípico nos cabelos. O que causou um leve eriço na pele pela falta de costume. E fitou o rapaz, cujo seus olhos quase pareciam castanhos, como não os havia visto antes.
- Tudo bem, hum? Dormiu bem?
- Sim... Mas está calor. E sua perna é pesada.
- Ah... - O maior disse a puxar a perna como ele havia pedido, tirando-a de cima dele.
- Você dormiu?
- Nem vi o tempo passar. Apesar de que... Você não é tão confortável quanto o meu caixão.
- Ah... É? Então vai dormir em cima dele.
O maior riu baixinho.
- Eu não durmo num caixão, bobo.
- Sei, Conde Drácula.
Katsuragi rosnou a ele a mostrar as presas. Masashi fitou-o de soslaio, como se o estranhasse.
- Cachorrinho?
- Ora, está corajoso hoje.
- Você me deu liberdade pra isso...
- Ah, eu dei?
- Deu.
- Quando?
- Hoje.
- Quando me deitei com você?
- E me deixou te puxar pro sofá, te beijar e pedir pra eu te abraçar.
- Hum, talvez seja verdade.
O menor sorriu a ele.
- Vem me dar um beijo.
- Mas eu acordei agora.
- Ah, problemas mortais. Na mesa atrás de vocês tem balas nesse potinho.
Masashi virou-se, procurando as balas e escolheu uma delas, azul.
- Aniz.
- Gostosa. - O menor disse com a balinha na boca. - Quer a bala?
Katsuragi sorriu a ele e aproximou-se, segurando-o no queixo e selou-lhe os lábios.
Ao sentir o toque de seus lábios, superficialmente, Masashi levou a bala entre eles e tentou empurrá-la a dentro de sua boca. O maior sorriu a ele e aceitou a bala, puxando-o para si pela cintura e colou-o no corpo. Puxou os cabelos dele com a mão livre e aspirou o perfume que ele tinha no pescoço, tão gostoso, roçou as presas ali, arranhando a pele, mas não perfurou, pensou em fazê-lo e até pressionou suavemente, mas não o fez.
Masashi pendeu-se suavemente ao sentir a puxada, que mesmo assim não era forte. Encolheu sutilmente o pescoço ao sentir as pontinhas roçarem pela cútis e descer na pele, no entanto, soltar antes que causasse alguma fissura.
- É melhor levantarmos... - Katsuragi murmurou.
- Sim... Não tivemos aulas.
- Acordamos tarde, deve ser quase dia. Droga.
O maior levantou-se rapidamente, ajeitando o quimono, que estranhamente estava sem o obi. Masashi observou-o em seu movimento hábil e sentou-se no sofá, ainda o fitando sem comentar. E pegou outra balinha, já que a própria ficara com ele. O maior pegou sobre o sofá o obi, prendendo-o ao redor da cintura e suspirou.
- Vamos.
- Aonde?
- Treinar, ora.
- Mas é dia, isso não te incomoda?
- Um pouco, mas eu aguento.
- Isso tem a ver com a minha estréia na semana que vem?
Katsuragi pareceu pensativo por um momento, desviando o olhar ao garoto.
- Preciso treinar você pra isso, não pode chegar lá sem dote nenhum.
- Sou um prostituto, não uma gueisha, tenho meus dotes.
- É, mas precisará de muito mais para conquistar um rapaz, terá aula de dança, bons modos, aprenderá muita coisa.
- ... Você está com fome, não está?
- Estou, preciso me alimentar, não fiz isso hoje cedo.
Masashi percorreu o corpo dele com os olhos, era bonito, já havia constado isso, não cansava de olhar.
- Bem, então vamos subir.
Shinya tinha os olhos fechados e na face a expressão tranquila, descansava junto do outro na cama, porém os lentos movimentos que fez, talvez causassem a ele o sutil incômodo. Acordou no susto a se sentar na cama e observou o quarto escuro, os olhos ainda embaçados que foram preenchidos pelas lágrimas que escorreram pela face, porém, não disse nada a ele, não queria acordá-lo, da própria boca não saía nada, nem um simples suspiro, estava em silêncio absoluto. Observou-o apenas, dormindo lado a si e voltou a se deitar, aproximando-se do outro e encolheu o corpo junto ao dele, entre o braço dele que levou ao redor da própria cintura, sentindo as mãos sutilmente tremulas.
- Shin...?
Kyo indagou suavemente rouco, baixo e leve. O braço pesado guiado sob seu corpo com mão trêmulo e ruídos quase imperceptíveis vindos dele, se não fosse por estar sonolento.
- Hum? - Shinya murmurou apenas, a voz igualmente tremula, porém tentou disfarçar.
- Está passando mal? - O menor falou ainda assim baixinho.
- Iie... Estou bem, só tive um pesadelo...
- O que sonhou?
- Não é importante...
- Só algo ruim. Ao menos, já acordou...
- Eu sei...
- Eu fiquei mais feliz em ver que estava do meu lado quando acordei.
- Sonhou algo ruim comigo?
- Nós dois.
- E o que foi?
- Sonhei que me mandava embora...
O maior murmurou e uniu as sobrancelhas, sentindo as lágrimas a preencher os olhos novamente.
- Por que eu faria isso?
- Não sei... Você disse que não me queria mais por perto, e me mandou embora, você... Já me disse isso várias vezes.
- Não vou fazer isso.
- Eu... Eu sei. - Disse o maior.
- Então.
- Por isso eu não quis te acordar... Não foi nada demais.
- Então por que está tremendo?
Kyo tocou numa de suas mãos, envolvendo-a com a própria. O baterista uniu as sobrancelhas ao sentir o toque e permaneceu em silêncio por alguns segundos.
- Fiquei com medo...
- Hum... - O menor murmurou. - Faz algum tempo que não digo, mas eu te amo, Shinya. Não tenha medo, não esteja inseguro, quero estar com você.
O maior assentiu, mesmo em silêncio a ouvi-lo e abraçou-o.
- Eu também te amo... Muito.
- Pare de tremer.
- Hai... Eu vou...
- Quer que eu faça um chá pra você? Talvez assim melhore.
- Não, eu... Tudo bem. Desculpe te acordar.
- Não me peça desculpas, quero que esteja bem, e se isso envolve que eu acorde, tudo bem.
Shinya assentiu, observava o outro e por um momento até parecia um sonho, o modo como ele falava consigo, demonstrava carinho, algo que dificilmente tinha dele antigamente, não sabia se ele só estava com sono, mas sua expressão parecia de alguma forma, genuína, embora preguiçoso.
- Vem, deita. Amanhã faremos algo legal, pare de pensar besteiras.
- Eu vou...
- Direi ao Kaoru que não iremos ao ensaio, e podemos sair um pouco.
- Tudo bem... Kyo... Obrigado.
Já faziam alguns dias desde que Loki havia sido colocado naquele local, se sentia solitário, faminto também. O local não tinha acesso de ninguém, nem animais, nem pessoas, guardas, absolutamente nada, o que só fazia as crises de pânico aumentarem, até que finalmente, não sobrasse em si, mais nada. Deitado no chão, observando o vazio, podia olhar para si mesmo, sabia que não estava sozinho, estava com o filho, ou filha, dele. Não podia senti-lo, mas sabia que ele estava ali, e talvez, estar tão magro, privado de comida, sono, conforto, até mesmo de água, não fosse algo muito bom para ele. Suspirou e lamentou-se silenciosamente por ter voltado com ele, se soubesse, teria fugido, nunca mais voltaria para Asgard, nunca mais precisaria estar ali.
Era horário do jantar, podia ouvir o barulho dos passos, mas naquele momento, se sentia tão longe, que não conseguia levantar para falar com os guardas, mesmo as sutis provocações que geralmente fazia, naquele momento, teriam que ser deixadas de lado. Podia ter uma ideia turva de tudo, o modo como estava agora, era como se olhasse o universo, porém sem nenhuma estrela.
- Loki? ... Loki? Está me ouvindo?
Piscou algumas vezes, podia ouvir a voz de alguém conhecido, mas não sabia quem era, teve que se concentrar para conseguir ver seu rosto, e para a própria surpresa, era o irmão, e não os guardas.
- Thor? ... É você mesmo?
O loiro franziu o cenho e ajoelhou-se ao lado do irmão, vê-lo naquele estado era terrível, e o pior, havia fugido do controle o que acontecera com ele, não era autorizado a sair do próprio quarto ou da sala de jantar, não podia mais descer e visitá-lo, certamente porque estavam fazendo aquilo, o matariam se não estivesse ali naquele dia.
- Preciso que você se levante, consegue?
Loki deu um sorriso, um sorriso sínico, como costumava ser, desprovido de graça.
- Acha que consigo?
- Loki, como ele está?
- Está vivo, não se preocupe, assim como eu.
- Como sabe?
- Eu sinto. Veio atrás dele, ou veio atrás de mim?
- Não seja tolo.
Num movimento suave, porém rápido, Thor pegou o irmão no colo, erguendo-o consigo e embora o moreno se sentisse desconfortável era a única forma, não havia outra, de sair dali.
- Como vai passar comigo pelos guardas?
- Bem, estava esperando que você me ajudasse.
Loki riu e negativou.
- Não tenho força pra isso.
Pela primeira vez em dias, Loki podia ver a luz, diretamente em seus olhos. Fora forçado a encolher-se, esconder os olhos, e nem percebeu que praticamente havia abraçado o irmão. Thor cessou os passos para observá-lo.
- Me desculpe, Loki, logo estaremos em nossa casa.
- Não... Teremos que mudar, ou ele saberá que estamos lá.
- Ele saberá que estamos na terra, ele sabe de tudo.
- Vamos arrumar outro lugar...
- Sim, mas por hora ficaremos em nossa casa, até você se recuperar. Ninguém vai nos seguir.
O moreno assentiu apenas, não tinha o que dizer a ele, e na verdade, Thor já tinha planos para fugir, a verdade é que nem todos concordavam com o que Odin estava fazendo com Loki, alguns, achavam um exagero, e é claro que em consideração a um amigo, Heimdall faria vista grossa. Já que não tinha a ajuda do irmão, Thor tivera que fazer silêncio ao passar pelos guardas, usando as sombras como escudo para conseguir chegar na saída, na verdade não fora fácil, mas naquele horário, sem muitos perigos na prisão, tudo parecia tranquilo.
- Heimdall, pode nos levar de volta?
- Nunca pensei que fosse concordar com uma ideia absurda como essa, mas vou passar você e Loki em segurança até a terra.
- E aí, como está o tempo aí em cima?
- Loki... Sempre engraçadinho. Não parece muito bem, não é?
- Eu só estou sonolento, mas ainda te dou uma surra fácil.
O moreno riu, o guardião permaneceu silencioso.
- Não temos tempo, vamos.
Loki se ajeitou no colo do irmão, sem muito o que fazer e sentia a descarga de energia pelo corpo conforme era levado junto do loiro para a terra mais uma vez. Por sorte, sabia que não estariam longe de casa.
- Finalmente.
Disse o loiro, podia sentir a brisa nos cabelos, e os finos pingos de chuva, para ele era algo normal, mas Loki, se sentia no paraíso. Devagar ele se agarrou ao braço do irmão.
- Não... Não entre em casa.
- O que foi? Não há perigo em casa.
- Eu sei que não... Preciso da chuva, só por um momento.
Thor permaneceu em silêncio, curiosamente observou o rosto do irmão, parecia absorto, perdido com as gotas que caíam em si, estava calmo, tranquilo, finalmente podia ver algo além do vazio, e aquela visão era tudo para si, não precisava de mais nada. Conforme o moreno fechou os olhos, o maior o levou para dentro de casa, visto que aparentemente seu momento consigo mesmo já havia passado, e no quarto, buscou a cama de ambos, que fora deixada arrumada da mesma forma em que saíram, dias atrás.
Ao sentir a maciez nas costas, o moreno até suspirou, desviando o olhar ao irmão e estendeu uma das mãos a ele, segurando a do outro.
- Thor... Obrigado.
- Descanse, Loki. Não precisamos mais voltar pra lá, tudo bem? Nunca mais.
O menor assentiu.
- Precisa se cuidar e cuidar dele, estaremos bem, amanhã vou procurar uma casa nova pra nós três.
Loki riu baixinho.
- Você realmente está empolgado com isso não é?
- Estou feliz de ter um herdeiro. E estou feliz de ter você.
O menor sorriu, satisfeito e por fim fechou os olhos, descansaria como ele havia indicado.
Os passos rápidos, Misaki deu pelo local, usava o short curto e a regata a cobrir o tórax, os cabelos soltos sobre os ombros e na face a pouca maquiagem. Abriu a porta do quarto do filho, observando-o a brincar com alguns bichinhos de pelúcia e sorriu.
- Yukio, já esta na hora de dormir.
- Hora de dormir? - Daisuke indagou visto que se pôs contra as costas do companheiro, pousando as mãos em sua cintura. - Somos vampiros, hora de dormir é só quando o sol aparecer.
- Uh? - O menor virou-se e riu baixinho ao observar o maior. - E que horas você acha que são?
Abaixou-se a observar o filho se aproximar de si e o pegou no colo, beijando-lhe a face e observou o menorzinho a esfregar os olhinhos vermelhos. Aproximou-se e lhe beijou a face.
- Ta vendo? - Riu.
- O que?
Daisuke perguntou, ainda próximo. Uma das mãos levou aos cabelos finos do filho, tateando. Misaki sorriu ao namorado e aproximou-se a lhe selar os lábios, vendo o filho repousar a face sobre o próprio ombro, fechando os olhos.
- Está com sono, meu anjinho? - O pequeno assentiu apenas. - Tomou toda a mamadeira?
- Hai...
O menor beijou-lhe a face e caminhou com o menorzinho até a cama, colocando-o na mesma e o cobriu com o cobertor.
- Mamãe... Posso dormir com você e o papai?
Negativou, levando uma das mãos aos cabelos dele, acariciando-os e desviou o olhar ao maior.
- Iie, deixe meu menino dormir lá.
Daisuke empurrou o companheiro, falsamente grosseiro e pegou o pequenino novamente. Misaki estreitou os olhos, observando o maior.
- Vou te dar uns tapas aí você vai aprender a não me empurrar. - O filho riu, observando a mãe. - Não... Não vá ficar agitado, aí você não dorme.
Misaki murmurou e já via o quarto sutilmente iluminado pela luz do sol que adentrava o local com as cortinas abertas.
- Leve ele pro quarto...
Virou-se a puxar a cortina com ambas as mãos, fechando-as.
- Mamãe só fala. - Daisuke falou com o pequeno e caminhou a saída do quarto. - Não tem coragem de bater no papai, ele tem medo.
Tornou ao comentário bem audível, fingindo sussurrar ao menino e no caminho do quarto, logo o deixou repousar no meio da cama. Misaki voltou-se ao quarto de ambos, observando o maior junto do filho e deitou-se na cama ao lado dele, rindo.
- Mamãe tem mesmo. - Murmurou. - Dai, acho que vamos ter que trocar essas cortinas... Estão muito finas.
- Não, vamos para a outra casa. Tenho outra o qual você não foi, não se recorda? Aliás, foi e não visitou algo além da sala, tem instalações mais escuras na parte de baixo, não entra sol.
- Ah sim, aquela casa... - Riu. - Você tem bilhões de casas...
- Mamãe... Por que eu não posso sair pra brincar com as crianças?
- Já falamos sobre isso, hum... Só pode sair a noite.
- Porque nós somos seres especiais, não meros humanos fracos. - Daisuke brincou com o pequeno, lhe afagando os cabelos. - E você é pequeno ainda, quando ficar maior você poderá ir brincar.
Misaki assentiu e deu um leve tapa no marido.
- Eu era humano.
- Era fraco.
O menor estreitou os olhos.
- Hã.
O filho riu e puxou a si, beijando o próprio rosto. Sorriu, observando-o.
- Vou trazer doces pra você hoje, hum, meu pequenininho.
Selou os lábios do filho e riu.
- Hai! Boa noite, papai.
- Boa noite, Yuki.
O menorzinho ergueu o corpo a puxar o pai e lhe selou os lábios igualmente.
- Boa noite, mamãe.
- Boa noite, meu anjinho.
Daisuke retribuiu o pequeno selo do filho, e logo, fez o mesmo com o companheiro, lhe selando os lábios. Misaki sorriu, retribuindo o selo do outro e puxou o edredom a cobrir o filho.
- Vamos dormir também, hum? Senhor Daisuke.
- Ora, cadê minha linda esposa? Está diferente hoje, não estou gostando hein.
Misaki riu baixinho, observando-o.
- Por quê?
- Porque não. - Daisuke resmungou e se acomodou na cama.
- Own... - O menor deitou-se sobre o maior, selando-lhe os lábios e levou uma das mãos a acariciar a face dele. - Eu te amo.
O mais velho lhe estapeou suave uma das nádegas.
- Vá dormir, Senhorita Misaki.
Misaki fez bico, levantando-se e negativou.
- Vou tomar um banho antes.
Levou ambas as mãos a retirar a regata que usava, expondo o corpo bonito e deixou-a de lado, retirando o short em seguida.
- Vou te dar bainho.
- Não, disse que eu não era mais sua linda esposa.
- Oh, então vai tomar banho sozinho?
O menor negativou, chamando-o com um dos dedos e fez sinal de silêncio em seguida.
Breve, Daisuke fez carícia nos cabelos do pequeno e levantou-se após o beijo que lhe deu no topo da cabeça, caminhando a direção igual ao companheiro, ao banheiro.
Misaki adentrou o local e riu baixinho, observando-se no espelho e ajeitou os cabelos, apenas esperando o outro retirar as roupas, afinal, já estava sem as próprias.
- Ora, largou seu molequinho um pouquinho?
- Como você é uma mamãe malvada.
O menor riu baixinho.
- Só queria um pouquinho de atenção, hm. - Virou-se, observando o maior.
- Mas não deixou ele dormir lá essa noite. Uma noite não faz mal, se ele pediu, tem algum motivo.
- Você é um pai muito bom, sabia?
- Hum, é mesmo? Nosso banho não pode ser demorado, entra luz no banheiro.
- Hum... - O menor fez bico.
Daisuke despiu-se hábil. Ambas as mãos levou a cintura alheia, em seus quadris, trazendo-o próximo. Misaki abriu um pequeno sorriso a sentir o corpo dele junto ao próprio e lhe selou os lábios.
- Vai ser rápido assim, hum? - Riu baixinho.
- Sim, vamos logo tomar banho antes que o sol nos banhe, ao invés da água.
- Hai, antes que viremos cinzas. - O menor riu e virou-se a ligar o chuveiro. - Não pode fazer barulho...
- Ora, e faria barulho com o que?
- Hum? Não quer brincar um pouquinho?
- Oh, então estava querendo se livrar do nosso pequeno pra suprir suas necessidades sexuais, ah? Achei que era só um banho. - Fez-se de desentendido.
Misaki uniu as sobrancelhas.
- Isso me faz parecer tão ruim...
Daisuke riu, abafando a voz entre a boca cerrada. O beijou no pescoço, leves puxadas da pele com os lábios.
- Nós podemos fazer sexo mesmo com ele no quarto.
- N-Não, Dai... - Suspirou. - Ele é pequeno, não quero que veja isso.
- Ele tem três anos, não vai reclamar.
- N-Não quero que ele veja isso... Nem sabe o que é.
- Por isso mesmo não importa se ele ver.
Daisuke ditou contra pele, ainda beijada. Subiu na extensão do pescoço a direção de seus finos e poucos fios de cabelo na mesma região e desviou a orelha, deslizando-a com a ponta da língua, esta que introduziu suavemente em seu orifício auditivo. Misaki sentiu o leve arrepio pelo corpo ao sentir o estimulo do maior e abaixou pouco a cabeça, tentando evitar o toque na orelha.
- Hum... Vamos... Vamos entrar no banho.
No engrenhar de seus fios aos dedos, o maior o prendeu, impossibilitando de recusar o toque da língua em sua orelha, formulando-a num delinear vagaroso. Misaki gemeu baixinho, mordendo o lábio inferior e estremeceu sutilmente.
- D-Dai...
- Ah, aqui você gosta?
Daisuke sussurrou contra seu ouvido, ainda tão próximo, sem o aparte do estimulo.
- H-Hai... Para... - Murmurou.
- Parar por que, se você gosta, uh?
- Por que me arrepia...
- E é ruim?
- Um pouco... - Misaki riu baixinho.
- Por quê? - O maior insistiu no contato.
O menor abaixou novamente a face, suspirando.
- Por que sim...
- Hum, mas aqui embaixo já acordou, justo com esses toques ruins.
- E-Então toque aí embaixo...
- Em que parte.
Misaki segurou uma das mãos do outro, levando-a a tocar o próprio membro. Daisuke dirigiu-se ao ponto guiado, enlaçando o músculo entumescido em meio aos dígitos e acariciou num brando movimento da mão. O gemido baixinho deixou os lábios do menor e mordeu o lábio inferior, lembrando-se de que não podia gemer.
- Oh, não vai engolir esses gemidinhos, geme pra mim, ah. - O apertou.
Misaki suspirou e negativou ao maior.
- O Yuki...
- Ele nem vai saber do que se trata.O menor suspirou e assentiu. Daisuke afastou-se de seu pescoço, suficiente a encará-lo, delineou-lhe os lábios com a língua, tal como fizera em sua orelha. Misaki sugou os lábios do maior, mordendo-lhe o lábio inferior e sorriu a ele. Em vagarosa carícia, o maior estimulava o órgão vívido do outro, logo, dando maior ritmo ao modo como o fazia.
Misaki suspirou, desviando o olhar ao próprio membro, observando-o a estimular a si e mordeu o lábio.
- V-Vamos... Pro banho ne.
- Calma, façamos aqui, afinal... Ficará todo sujo.
Daisuke o virou de costas em movimento devagar, a mão esquerda e inerte pousou acima de seu ventre, com dedos a volta de sua ereção, ainda segurada pela direita que corria os finos dígitos o masturbando.
Misaki assentiu e virou-se de costas ao outro, apoiando ambas as mãos no local e abaixou a face a desviar a atenção do espelho grande em frente a si, deixando pequenos gemidos escaparem com os estímulos.
- Ah, mas não abaixe a cabeça, deixe-me vê-lo.
O maior sussurrou contra sua audição e ainda o estimulava, o apertando entre os dedos que o corriam em carícia pesada. Misaki suspirou e assentiu, erguendo a face a observá-lo pelo espelho e abriu um pequeno sorriso malicioso nos lábios.
- Não sorria, prefiro ver você sua expressão de prazer...
O menor assentiu, observando-o.
Daisuke continuava entre os apertos, sentindo a firmeza do músculo entre eles, pulsos sutis em espasmo, fosse de dor ou prazer, talvez os dois e lhe desferiu um tapa contra a nádega, de leve, visto que levava a mão livre sobre ela. Os gemidos baixinhos deixaram os lábios de Misaki com os estímulos do maior e uniu as sobrancelhas a observá-lo no espelho, fechando os olhos a sentir a dor dos apertos e o gemido pouco mais alto deixou os lábios.
- Hum, gosta assim, Misaki?
O maior indagou em sussurro contra sua audição, deslizando outra vez a língua sob ela e mordeu sutil, dando continuidade aos estímulos manuais.
- H-Hai... Ah...
Misaki assentiu, mantendo os olhos fechados a expor a expressão de prazer na face a cada movimento do outro, suspirando.
- Quer que eu entre em você, uh?
- Quero... - Murmurou.
Despido, o sexo de Daisuke já roçava meio suas nádegas, enfatizando o bom agrado diante de seu corpo e seu traseiro a roçar. A mão antes sem atividade, dado o tapa no outro, segurou o próprio membro o roçando em sua entrada.
- Peça pra coloca-lo.
Misaki mordeu o lábio inferior e observou o maior.
- M-Me fode, hum.
Sentiu a face levemente corada, rindo baixinho devido ao tom da própria face e abaixou a cabeça, cobrindo o tom vermelho com os cabelos compridos.
- Iie, implore.
- Não vai me fazer implorar. - Ergueu a face, observando-o.
- Ah, eu vou sim.
Daisuke roçava-o ainda, pressionando o sexo em sua entrada, porém sem invadi-la.
- Entra, Dai... - O menor murmurou, manhoso.
- Olha só, a claridade vai chegar daqui a pouco.
Misaki uniu as sobrancelhas, desviando o olhar a janela e logo após ao espelho.
- Por favor...
- Por favor o que?
- Por favor... Me fode. - Murmurou.
- Coloque-o dentro então.
Daisuke tornou o sussurro e com a mão que teve livre, retirou seus cabelos do ombro e o beijou em seu pescoço. Misaki assentiu, levando uma das mãos ao membro do maior a encaixá-lo no próprio intimo e mordeu o lábio inferior.
- Vem...
- Vem, Misaki, só empinar que ele entra.
Dizia o maior, ainda baixo, o mordeu no pescoço, de leve, roçando os pontiagudos caninos. O menor sentiu o leve arrepio pelo corpo e assentiu a empinar o quadril, empurrando-o sutilmente contra o do outro e sentiu-o se pressionar a si até adentrar o corpo. O gemido baixo deixou os lábios e suspirou, mantendo a expressão visível ao outro pelo espelho.
Daisuke teria o visto por sua figura lasciva no espelho, se não fosse por desejar sua pele enquanto a saboreava em beijos ou lambidas, mordidas leves em menção de mais fortes e sentiu seu toque corpóreo enlaçar o membro e aperta-lo em sua cavidade estreita, o tomando ao todo até que estivesse em sua funda intimidade.
Misaki levou uma das mãos sobre a dele na própria cintura, apertando-a e entrelaçou os dedos aos dele, deixando o gemido mais alto escapar ao senti-lo inteiro dentro de si, apertando-o no corpo com os espasmos do intimo.
- D-Dai...
- Oh, acordará nosso bebê assim... - Ditou, provocativo.
O menor levou uma das mãos aos próprios lábios, mordendo o dedo médio. Daisuke riu baixinho e impulsionou o quadril a ele, dando assim o início dos movimentos. Misaki manteve uma das mãos sobre os lábios a tampá-los e abafar os gemidos e com a outra, apoiava-se sobre o local, mantendo os olhos semicerrados a observar o outro no espelho.
Daisuke o encarou breve em seu reflexo no espelho, e quando por fim as vistas o ignoraram, escondendo as íris por trás das pálpebras a cerra-las, lambeu seu pescoço e desceu pouco a direção do ombro; onde traçou os orifícios, mordendo o parceiro.
O menor retirou a mão dos próprios lábios, levando a se apoiar no local e suspirou ao senti-lo morder a si, inclinando pouco o pescoço para trás e logo observou o outro pelo espelho, erguendo uma das mãos a levar aos cabelos dele e acariciá-los, empurrando suavemente o quadril contra o dele.
- Excitado?
Daisuke indagou a fita-lo novamente pelo espelho. Em vivacidade de vistas e lábios sujos de seu fel mórbido. Misaki assentiu, virando-se e lhe selou os lábios, sentindo o sabor do próprio sangue.
- Kimochi...
- Ahn...
O maior gemeu entre a cerração dos lábios enquanto a língua lhe encontrava a semelhante ou o delineava nos beiços mas não durou até que voltasse a se prover de seu sabor. Misaki suspirou a senti-lo sugar o próprio sangue e mordeu o lábio inferior com o cheiro forte pelo local. Esperou até que o outro tivesse se fartado do sangue e abaixou-se a se debruçar sobre o local, dando a visão do próprio quadril junto ao dele e os movimentos a adentrar e se retirar do corpo.
- Ah...
Um suspiro audível, Daisuke delineou dos lábios a limpa-los sem tirar seu tom rubro tingido por ele. As mãos, ambas, levou aos quadris de suaves ancas do demais, passando a guiar-se a ele, movendo o quadril a sua direção a segura-lo firme.
Misaki gemia baixinho, mas certamente seria audível ao outro, mantendo os olhos fechados a apreciar as investidas e uma das mãos deslizou pelo próprio corpo a alcançar o membro, passando a massageá-lo e fazia leves movimentos de vai e vem.
- Ah... Dai...
O maior gradativo fora abruptamente aumentando em ritmo, a ponto em que o encontro corporal era bem audível pelo cômodo que ecoava e estocava-o vigoroso, e o arfar bem notório por vezes abandonava um tênue rastro de voz.
- G-Gostoso...?
Misaki murmurou entre os gemidos, arranhando o local com a mão livre sobre a pia onde se apoiava enquanto a outra seguia o ritmo do quadril do maior contra o próprio, masturbando-se.
- Honto kimochi...
Daisuke tornou dizê-lo em voz baixa, porém em tom suficiente a ser audível mesmo entre as falhas de pronuncia diante dos agressivos movimentos contra seu corpo, o empurrando ao encontro do lavatório onde o tinha inclinado. Debruçou sem pesar, o mordeu no pescoço, ombros, um após o outro; porém sem fincar os presas. Misaki abriu um pequeno sorriso ao senti-lo se debruçar e colar o corpo ao próprio, virou a face e ergueu pouco a mesma a lhe selar os lábios.
- Quero ficar de frente...
- Uh, você gosta de contato visual, ah? - O maior ditou contra seus lábios e afastou-se, concedendo o espaço a que pudesse se virar. - Quer ir pra água?
Misaki virou-se de frente a ele, erguendo-se pouco e já via a luz a iluminar pouco mais o banheiro.
- Hai.
Daisuke o guiou fronte ao corpo em direção ao box de banho, a água já descia pelo chuveiro hora antes e pôde sentir o pouco de sua boa temperatura. Misaki adentrou o chuveiro a encostar-se na parede próxima antes que molhasse os cabelos próprios e chamou o outro, ajeitando-se a levar ambas as pernas ao redor do corpo dele, deixando-o pegar a si no colo.
O maior acomodou-se entre as firmes coxas do companheiro, enlaçadas a cintura. Agarrou-as a deslizar logo as mãos a suas nádegas e o sexo, prontamente a beirar sua entrada, resvalou ao fundo, e insistiu em região determinada. Misaki levou uma das mãos sobre o ombro do maior, e lhe deu um leve aperto ao senti-lo atingi o ponto sensível do próprio corpo, inclinando pouco a cabeça para trás.
- Ah... - Gemeu, soltando-lhe o ombro a levar a mão aos cabelos do outro, acariciando-os. - Isso...
- Ah, é aqui mesmo.
Daisuke comentou entre o corte de voz e tornou investir em tal, por vez; dando maior ritmo ao modo como se movia, assim como em proporção da força que empenhou contra ele, colidindo os corpos em sonoridade pelo cômodo fechado.
- Hum...
Misaki gemeu pouco mais alto com o movimento do maior contra o próprio corpo, mordendo o lábio inferior e fechou os olhos a apreciar as investidas, contraindo o intimo a apertá-lo em si e encostou a cabeça na parede, deixando bem visível ao outro a expressão de prazer na face.
- Hum...
O maior sentiu o doloso toque da claridade nas vistas, estas cujo firmou as pálpebras pelo leve incômodo. Abaixou-se, ainda com o companheiro no colo, mantendo-se em pouca distância do chão. Como podia, passou a manejá-lo, empurrando-lhe os quadris para a direção de si mesmo.
Misaki gemeu baixo ao senti-lo se abaixar e negativou ao maior, descendo do colo dele e deitou-se no chão, puxando-o consigo a lhe selar os lábios algumas vezes e levou ambas as pernas ao redor da cintura dele novamente.
- Eu só quero transar com você, não importa onde e nem como, mesmo que seja no chão do banheiro, eu quero sentir o seu corpo.
Silencioso, Daisuke se pôs como fora de vontade alheia. Ajoelhou-se no chão e se colocou sobre o demais, passando os braços abaixo de suas costas, acomodando-as sob eles e elevava-lhe os quadris, logo, dentro dele.
- Não machuca suas costas?
- Tudo bem... Não se importe. - Misaki murmurou e sorriu, selado-lhe os lábios e apertando-lhe o corpo entre as pernas. - Vem... Forte.
- Assim não dá, princesa. Vamos ao quarto.
- Não... Vem, pode machucar... O Yuki está lá.
- Não importa, as luzes ficam apagadas.
- Não amor... Não quero que ele veja isso...
- Ele não verá. Venha.
Daisuke levantou-se minucioso diante da boa claridade do lugar. Misaki levantou-se, sentindo a luz incomodar os olhos e levou a mão a face.
- Dai...
- Vem cá.
Daisuke o puxou fronte ao corpo, posando uma das mãos fronte suas vistas e seguiu em caminho ligeiro a saída do quarto, carregando uma toalha afim de não molhar demais o quarto. Misaki adentrou o quarto, esfregando os olhos a tentar observar o local e viu o filho na cama, dormindo. Abriu um pequeno sorriso nos lábios.
- Coloque ele na cama, amor. - Murmurou.
- Ora, como quer expulsar o Yuki do quarto.
Daisuke riu e se vestiu com um roupão qualquer. Caminhou ao filho, o tomando nos braços e seguiu em minucioso passo até seu quarto, onde o deixaria.
- Não quero que ele veja...
O menor murmurou e logo caminhou até a cama, deitando-se mesmo molhado, fechando os olhos e suspirou. O outro voltou ao quarto logo após acomoda-lo em sua cama, junto a seus monte de travesseiros e ursos comprados pelo companheiro. Observou o moreno na cama, fechou a porta atrás de si e caminhou a seu encontro enquanto se livrava do roupão, o deixando sob um móvel ao lado. Misaki abriu um pequeno sorriso ao ouvi-lo pelo quarto e manteve os olhos fechados, ajeitando-se na cama, apenas esperando o marido.
Minucioso, Daisuke postou cada perna em cada uma das laterais alheias; sobre a cama. Abaixou-se, o beijou no pescoço, clavículas, o peito, despreocupado e vagaroso.
- Hum...
Misaki sorriu ao sentir os beijos, arrepiando-se sutilmente e manteve-se parado apenas apreciando as caricias. O maior desceu na mesma lentidão a dispersar os beijos em seu abdômen, ventre e baixo-ventre. As virilhas em mordidas bem sutis, e já tomava-lhe o sexo entre os dedos, passando a traçar um lento sobe e desce.
O menor suspirou, sentindo o leve arrepio pelo corpo com os estímulos do outro pelo próprio corpo e deslizou ambas as mãos pelas costas dele a acariciá-lo.
- Que bom que nosso pequenininho dormiu...
- Hum, é?
Daisuke indagou. Permanecia de olhos fechados, saboreando a pele com o cheiro de banho, mesmo que mal tivessem o tomado e logo a língua guiou ao sexo, o lambendo. Misaki sentiu o maior se aproximar do próprio membro e a pele se arrepiou, agarrando o lençol da cama com uma das mãos enquanto a outra levou aos cabelos dele, puxando-os suavemente.
- D-Dai...
- Está sensível.
O maior falou baixo, quase não audível e deslizou novamente a língua em seu comprimento a sofrer sutis espasmos entre os dedos e focou a fenda pequena em seu início, podendo sentir o sabor de seu prazer.
- Só de você roçar a língua aí eu já sinto vontade de gozar... - Misaki murmurou e inclinou o pescoço para trás, gemendo baixinho com os estímulos. - Hum...Os dedos.
Murmurou, manhoso e levou a mão a lhe segurar os dedos e levou-os ao próprio intimo em seguida, roçando-os no local.
- Ah, não faça isso, queria ser um bom parceiro e lhe dar algum prazer aqui na frente, mas fazendo isso é um pouco difícil, uhn.
- Iie... - Misaki murmurou, manhoso. - Quero sentir os dois...
- Hum... Quer tanto assim que eu entre, é? Então vou entrar.
O menor estremeceu conforme o sentiu pressionar o íntimo, e por fim, quando estava na espera de que ele entrasse em si, ouviu o barulho da porta, uma batida baixinha.
- Mamãe? Eu não quero ficar sozinho!
Misaki uniu as sobrancelhas, desviando o olhar em direção a porta e observou o maior.
- Hum... Já era.
- Senhor! Seu kimono chegou!
- Saki, não grite, minha audição é bem delicada e quero socar você quando faz isso.
- Sim senhor... Quer provar sua roupa?
- Não.
- Mas senhor...
- Não estou muito afim. Talvez depois.
- Mas e se der problemas no dia...?
- Então não teremos casamento.
- Hum... Seu primo veio trazer o kimono, me pediu para chamá-lo.
- Meu primo? E ele agora trabalha na loja de kimonos?
- Não, mas ele passou para pegar o dele.
- ... Certo, já estou descendo.
Yoruichi disse e colheu a última flor, completando a pequena cesta com as florzinhas vermelhas, e desceria em direção a própria casa.
Yasuhiro sentou-se deliberadamente, acomodando-se num dos bancos do jardim. À mesa, era acompanhado pela própria tia, que se sentava consigo e aguardava pelo chá na ausência de seu filho, tentava sempre perceber quais feições esboçava sempre que mencionava seu primogênito, parecia querer aprovação ou saber se detinha aceitação para com seu garoto e próprio primo. Mas deixava claro que não tinha muitos agrados sobre ele, talvez fosse um pouco sádico por gostar de provocar a própria tia.
- Eu juro que não olhei o kimono, Oba-san.
- Não pode ver seu noivo com ele, ou mesmo ele antes do casamento, dá azar.
O moreno adentrou a própria casa, deixando as sandálias ali fora e tomou os sapatos usados no interior da casa, seguindo em direção a cozinha onde deixou as flores e logo seguiu para a sala, deparando-se com o primo ali e a própria mãe, conversando sobre algo que não ouvira.
- ... Bom dia.
- Sim, eu sei. Eu não vi, eu o trouxe bem escondido.
O loiro tranquilizou-a, já pela milésima vez. E em seu olhar ao dono dos passos e mesmo o cheiro, voltou-se em mesma direção, observando o moreno.
- Bom dia, Yoru-chan. - Brincou.
- Yoruichi. - O menor falou e suspirou em seguida. - Me disseram que trouxe meu kimono.
- Yoruichi! Que roupar são essas? Parece um camponês, vá se vestir!
- ... Eu estava colhendo flores, ora.
- Ora oba-san, é assim que você tem certeza se seu genro não pretende devolver seu filho, quando ele o vê com roupas sujas, sem adornos habituais e não encontra problemas nisso.
- Sinto muito, Yasu-san. Volte pra cima e se arrume, Yoruichi!
- Ta bem... Que inferno.
- Não é necessário, acabo de dizer. O vestido está aí, vim saber como está a noiva nesse período turbulento, mas não parece muito disposto. Não pretendo importuna-lo.
- Estou disposto, só não para lidar com os termos de beleza da minha mãe, estou indo até o rio, quer vir comigo?
- Você é de que tribo?
Yasuhiro indagou, provocando-o sobre seus modos de contato com a natureza. Ao se levantar, seguiu até ele, cumprimentou-o com uma reverência leve com a cabeça, mas na proximidade discreta, disse ao pé do ouvido.
- Posso lhe dar banho.
- Muito engraçado. - O moreno falou a ele e fez a mesma reverência, abrindo um pequeno sorriso nos lábios. - E o que acha que eu vou fazer no rio?
- Sei que vai tomar banho, mas estou sugerindo uma banheira com água morna e sabonete.
- Não tenho isso na minha casa. Nunca tomei banho quente.
- É só aquecer a água, meu primo. Colocamos no fogo, aquecemos de leve, colocamos numa banheira... E assim por diante.
- Você é um vampiro, como pode gostar de água quente? Venha comigo, vou pegar algumas toalhas.
- É só um pouco de temperatura, traz um bom relaxamento, algo confortável. Está pensando em ir pro rio?
- Sim, sempre tomei banho lá. Acha melhor ir para as termas então?
- Disse que nunca tomou banho quente.
- Sim, porque eu ia as termas só para relaxar, não... Tomar um banho.
- E não entrou na água?
- Sim, mas não pra me banhar.
- Você é vampiro, como poderia gostar de água quente?
Yasuhiro indagou, jogando as palavras usadas por ele mesmo.
- Ora, então vamos ao rio.
- Vamos até a fonte.
- Hai.
- Então vamos.
Disse o maior, baixo, audível somente a ele e não a tia, que continuava a beber de seu chá.
- Vou pegar as roupas e toalhas, me espere lá fora.
- Bem, estamos fora, Yoru. - Disse a ele, mas deu alguns passos para trás, estando mais fora do que poderia estar. - Assim está bom?
O menor estreitou os olhos e seguiu para dentro, no andar de cima onde pegou as toalhas e as roupas, assim como trocou os próprios sapatos novamente e voltou a ele.
- Toma insuportável, me ajude a levar.
- Não sei porque tantas roupas.
Disse o loiro, o provocando a medida em aceitava suas peças de roupa, as toalhas de banho e levava, visto que de limpeza, as roupas eram muito melhores que a situação atual do moreno.
- Hum, só pra te avisar, eu não tenho roupa de banho.
- Não estou esperando roupa de banho.
- Hum, ótimo.
- Ótimo.
Yasuhiro disse-lhe o mesmo e seguiu com ele em sua caminhada, ocultando as roupas dele ou mesmo toalhas de banho, de sua mãe durante o chá. O moreno sorriu a ele e seguiu junto com ele, seguindo pela estrada de terra, até as montanhas, onde haviam as termas.
O loiro traçou o caminho trilhado até a fonte, e bom, não tinha muito o que trocar de palavras com ele, senão uma provocação ou outra. E ao chegar, deixou ao lado, sobre uma pedra, limpa o suficiente, os tecidos para se secar ou para vestir. O moreno riu vez ou outra sobre o que ele dizia, e seguiu até a água, abaixando-se frente a ela e sentiu a temperatura, meio quente demais para suportar de início.
- Vai suportar? - Yasuhiro indagou e ainda assim, desenlaçava o obi.
- Talvez...
- Ok, provavelmente vai suportar mais a água do que me ver nu.
Disse o loiro e por fim virou, caminhou até a pedra onde suas roupas e após se despir das próprias, deixou-as com conjunto. Claro que lhe deu algum tempo para processar o fato de que estava pelado. Até então o dorso a mostra, mas uma hora se viraria, e não era cheio de pudor. Imaginava, que além de seu próprio corpo, provavelmente não havia visto nenhum outro.
Yoruichi passou a retirar as roupas, e manteve-se virado de costas a ele, ao contrário do outro, tinha o próprio pudor guardado e queria que ele visse a si somente na noite de nupcias, quer dizer, a parte íntima do corpo, até então, ele só havia visto a si parcialmente. Após retirar as demais roupas, manteve-se com o kimono fechado de qualquer jeito sobre o corpo e virou-se em direção a ele, só então notando que ele estava nu, e sentiu a face corar suavemente, mas não deixou de reparar em seu físico bonito.
- Espero que não seja tímido, priminho.
O maior disse a ele e se virou, esperando não ter nenhuma reação exagerada, mas claro, antes que se voltasse ao moreno, tomou liberdade com uma de suas toalhas e rodeou nos quadris, escondendo o sexo, embora deixasse a região pélvica visível, cedendo a ele a possibilidade da imaginação, da curiosidade, sobre o que poderia existir mais embaixo, se é que ele tinha esse tipo de desejo, e se não tinha, bom, ajudaria-o a despertar.
O menor observou-o suavemente, meio de canto, e não queria demonstrar muito interesse, embora estivesse quase babando como uma adolescente na flor da idade. Quase nem notou que prendeu a respiração e soltou-a quando o viu virar-se com a toalha, e bem, queria ver... Ali. Suspirou e logo se encaminhou para a beira.
- ... Vamos entrar.
Yasuhiro quase podia jurar que havia visto a direção de seus olhos um pouco mais pra baixo. Mas ele era sutil, contrário de si, que se pudesse, olharia mesmo. Notava a pequena fenda de seu quimono, mas que estrategicamente escondia seu corpo tímido. Caminhou até a beira e ao lado do moreno, deixou a toalha de lado, com isso é claro que expôs o alvo de sua curiosidade, embora não tivesse certeza dele, e imaginava que ele não voltaria a cabeça na direção de uma forma tão descarada, mas claro que tentaria notar qualquer soslaio de seus olhos dourados. E assim, imergiu-se em água quente.
Yoruichi observou a toalha, que fora colocada ao lado, e como ele mesmo havia previsto, não era descarado, então, observou sutilmente, mas infelizmente nada pôde ver e até fez um pequeno bico com os lábios, retirou o próprio kimono, rapidamente e entrou na água junto dele, sentindo-a queimar a pele.
- ... Deus.
Ao vê-lo se despir, o contrário dele, o loiro voltou a atenção a seu corpo e pouco podia ver de sua intimidade que logo escondeu embaixo da água, mas bom, ainda que fosse turvo, alguma coisa dele ainda era capaz de ver, atrapalhado pela água ou pela fumaça úmida.
- Não precisava ser tão rápido. - Disse, brincando. - Se estiver muito quente, é bom sair.
- ... Eu aguento, tudo bem. O máximo que pode acontecer é minha pele derreter. - Riu. - Não seja tão pervertido, se eu te mostrar tudo agora, como vai ser depois do casamento?
- Não vai derreter, pode ser um pouco incomodo no começo, mas nada além disso. Além do mais o tempo está frio, o que torna a água menos agressiva pra nós. - Yasuhiro sorriu no entanto ao ouvi-lo com sua "ofensa". - Bom, vou descobrir um dia e em todos os outros eu vou continuar convivendo com ele, e é assim que será após o casamento.
- Pode perder o interesse por mim.
- Bem, e casado isso poderia ser diferente?
- ... Bem, impossível uma pessoa ter interesse por mim de toda forma.
- Cale a boca, não seja dramático. Tenha certeza que se fosse alguém tão desagradável eu já tinha fugido do país.
- Hum, já é?
- É claro.
- E iria pra onde?
- Não sei, talvez até a China.
- China é? E faria o que na China? Plantaria arroz?
- Não, sou um vampiro, não um humano.
- Boa resposta. - Riu.
Yasuhiro sorriu a ele, meio canteirinho.
- Trouxe seu sabão?
- Trouxe, está junto com as roupas.
- Hum, devia ter dito antes.
O loiro disse e bem, teve de se levantar e buscar o bloco de higiene com cheiro de flores, o que dava a ele ainda a vista dorsal do corpo, o que podia anular a possibilidade de render alguma exposição sexual ao moreno. Yoruichi observou o corpo dele, bonito e definido, mas infelizmente não conseguia ver a parte que mais queria, até desistiu, com um suspiro sutil.
- ... Pegou?
- Sim, está aqui.
Disse o loiro e imergiu-se em água ao regredir até ele, tornando-o incapaz de novamente ver algo, e claro que fingia-se desentendido.
- Hum.
Yoruichi assentiu e recebeu o sabonete, junto da pequeno tecido que usaria para ensaboar o corpo, e assim o fez, deslizando pela pele, suavemente enquanto o observava meio de canto. Após entrar, o maior bem se acomodou à beira da fonte, observando o moreno, não discretamente. Não que pensasse que fossem ter algum contato, mas podia ver alguma coisa, assim como provoca-lo.
- Quer que eu faça isso?
O menor sorriu meio de canto ao ouvi-lo e assentiu, meio descarado, virando-se em direção a ele e entregou o tecido. Embora houvesse se surpreendido com a resposta, o maior não esboçou, e de bom grado aceitou o tecido macio e ensaboado o qual levou primeiramente sobre seus ombros. Yoruichi uniu as sobrancelhas ao vê-lo se aproximar e sentiu um suave rubor se iniciar na face, mas deixou-o ensaboar a si.
Yasuhiro vagarosamente deslizou o tecido na limpeza de seu corpo, seguindo de um ombro ao outro, pelas costas, por onde logo desceu, limpando os resquícios de seu trabalho com as flores.
- ... Estou meio sujo, desculpe.
- É por isso que tomamos banho, porque nos sujamos.
O loiro retrucou e dos ombros e costas, passou para frente, ensaboando a seu peito plano, abdômen.
- Hum. - Sorriu. - Minha mãe daria um berro se nos visse assim.
- Hum, ela deve saber disso. Parece eufórica sobre a possibilidade do casamento dar errado.
- Hum, ela nem imagina que posso estar fazendo isso com você.
- Bem, não sei. Se estivesse preocupada estaria nos seguindo.
O loiro disse e desceu um pouco mais, ocultando de suas vistas o passeio da mão, embora pelo toque em seu corpo ele soubesse por onde andava. Yoruichi uniu as sobrancelhas ao senti-lo descer e sabia mais ou menos onde ele iria, até sentiu-o deslizar pela pelve, até segurar sua mão, e estreitou os olhos.
- Não.
- Calma, priminho, não vou tocar nessa parte, você mesmo poderá lava-lo.
O maior disse e por fim, após em suas coxas, finalmente entregou a ele o tecido, deixaria-o na vontade e curiosidade. Yoruichi aceitou o tecido e suspirou, tinha receio, por isso mesmo se aliviou ao fazê-lo e passou a lavar a si mesmo, ignorando-o ao lado.
- Hum, eu poderia ter dar uma boa experiência de banho.
- "Experiência de banho?"
- É, um banho gostoso.
- Hum, esse banho está bem gostoso.
- Se eu lavar todo seu corpo pode ser ainda melhor.
- Não pode me tocar na parte íntima, sabe disso.
- Por que não? Se o toco nos ombros, se beijo com a língua, somente tocar seu sexo não fará nada drástico.
- Só depois do casamento. Já lhe disse.
- Ah, quanto charme.
- Não é charme, são as regras. - O moreno falou a ele e suspirou. - Acho que já vou sair.
- Como sempre... Tsc.
Alguns minutos depois, Atsushi havia parado o carro em frente ao chalé. Era certamente grande, mas não por isso deixava de ser aconchegante. Tinha cores mogno, a iluminação era cálida, fosse pelas cores das lâmpadas ou mesmo a lareira que poderia ser acesa. Buscava no chalé um aspecto de conforto para o inverno e ainda que não estivesse num tempo tão frio, aquela região era sempre muito fresca.
- Bem vindo, meu amor. - Brincou e o abraçou, apoiando o queixo em seu ombro.
Kaoru saiu do carro junto dele, seguindo para fora a observar o local e era lindo, estava animado para ficar ali. Sentiu-o repousar a face no próprio ombro e desviou o olhar a ele, sorrindo.
- É lindo.
- Temos uma fonte logo atrás. Acho que vou relaxar você um pouco por esses dias, ou não.
O menor riu baixinho.
- Bem... Eu vou relaxar no seu colo de toda forma.
- Vai sim. Vou te fazer ficar muito leve, todo dia.
- Hum... Vou gostar disso.
- Hum, então estamos combinados. Vem, vamos entrar e você pode ver como é por dentro.
Kaoru assentiu e segurou a mão dele, adentrando o local, esperando por ver o que mais ele iria mostrar. Atsushi o levou pelo lugar até o interior do chalé, onde tal qual já observado tinha a decoração que era bonita e ainda que estivesse sofisticado, tinha um bom aconchego.
- O que acha?O menor sorriu a ele conforme observou o local, era realmente lindo, e não tinha outra coisa que pudesse dizer.
- É lindo...
- Gosto de como ele faz parecer que o tempo está frio e aí dentro é quente.
- Sim, é... Confortável.
- Então entre e pode dar uma olhada no que quiser. Eu vou pegar as malas.
- Ah, prefiro não mexer em nada realmente, vai que eu quebrou alguma coisa. - Riu.
- Pff, você é criança? - Atsushi disse já saindo em busca das malas que levou de volta ao chalé. - Vá até o banheiro, tem uma boa vista.
Kaoru riu e assentiu, seguindo para dentro do local e assim como indicado, foi até o banheiro. O maior ajeitou as coisas pelo chalé, deixando a mala no sofá da sala tão aparente quanto o hall de entrada. Do banheiro que indicou a ele a direção, tinha na banheira uma boa abertura, dando visão do que tinha do lado de fora, a região montanhosa e verde, normalmente nublada, principalmente durante as manhãs. Era noite ainda, na verdade madrugada, pouco poderia ver, mas pela manhã estaria visível.
- Quer um banho quente na fonte?
Kaoru sorriu conforme observou a bela vista, embora não pudesse ver muito e desviou o olhar a ele, assentindo.
- Hum... Fim de semana sem celular?
- Hum, tem sinal por aqui, você pode usar se precisar. - Atsushi disse e tocou seu cabelo.
- Mas quero ficar só com você.
- Então vamos. Fique peladão e vamos pra fonte.
- Peladão? - Riu. - E se alguém mais vir aqui?
- Quem viria? É por ser isolado que gosto daqui.
- Aqui é seu?
- Uhum. Tem alguém que vem e cuida da manutenção a cada dez dias. Como avisei que viria então está tudo certo e já tem a alimentação.
- Ah... -Kaoru sorriu. Devia ter investido meu dinheiro bem assim.
- Ah, eu aposto que tem suas reservas. Não tem investimento algum?
- Tenho alguns, mas a maior parte quem controlava era a esposa. - Kaoru falou a revirar os olhos. - Bem, pelo menos agora tenho meu dinheiro de volta. Acho que me sobrou só uma casa na praia.
- Hum, praia não parece algo que você goste muito.
- Eu odeio. - Riu.
- Hum, a noite pode ser bom. Mas eu com certeza prefiro as fontes.
- Hum, quentinha e tomando uma cerveja gelada.
- Uhum.
O maior disse e seguiu até a cozinha, que era visível no restante do cômodo e pegou a garrafa que mostrou para ele.
- Hum... Você finaliza os meus sanduíches, sabia?
- Você finaliza os meus. Cerveja e termal precisam estar juntas.
- Da pra melhor isso? - Kaoru riu.
- Da, sendo com um amigo que posso transar depois.
- Hum... - O menor sorriu, um pouco desajeitado. - Tem razão.
Atsushi seguiu até o moreno após deixar a cerveja no balcão. Tocou sua camisa e desabotoou.
- Vamos lá.
O guitarrista assentiu e deixou-o desabotoar a camisa, observando suas mãos hábeis a retirar a roupa de si.
- Quer ajuda pra tirar as suas também?
O maior negou e sorriu a ele, desafivelou seu cinto logo depois.
- Porra. Eu te acho fofo.
Kaoru assentiu num riso baixo e retirou a camisa, deixando-o abrir o próprio cinto para retirar a parte de baixo.
- Fofo?
- É, parece esquisito, mas te acho fofo. Seu corpo. É bonito, também é gostoso, mas as vezes parece fofo.
Atsushi riu baixinho e negativou.
- Ah... Espero que isso não seja ruim.
- Não é ruim. - O maior disse e se abaixou para seu pescoço onde o beijou. - Vamos.
Kaoru sorriu a ele e mordeu o lábio inferior, beijando-o no rosto em seguida.
- Hai, vamos.
- Você quer cerveja escura ou clara? Saindo da casa pela porta de trás, já pode ver a fonte. Tire a roupa e pode entrar, vou pegar as toalhas.
O menor assentiu e retirou a calça, permanecendo apenas com a roupa íntima, pelo menos até chegar fora do local.
- Clara mesmo.
- Tá bom.
Atsushi deu um tapa suave em sua bunda e seguiu a buscar as toalhas, deixou separada a cerveja e saiu como ele, quase já sem as roupas. Kaoru sorriu a ele e seguiu para fora de casa, estava meio frio, o que seria bom estar dentro das termas. Por fim, retirou a roupa íntima e adentrou a água, quente demais de início, que logo acostumou.
- Ah...
- Está gostoso?
O maior indagou ao fita-lo onde estava. Como ele despiu o restante da roupa, e já desnudo entrou com ele após acomodar as cervejas na beira. Kaoru sorriu a ele, assentindo e fitou seu corpo conforme havia se despido.
- Hum...
Atsushi acomodou-se a seu lado e entregou até então sua garrafa de cerveja já aberta. O outro aceitou a garrafa e sorriu, bebendo alguns goles.
- Hum... Delícia.
Como ele, o vocalista deu um longo gole na cerveja. Via-o ser nublado pelo vapor da água tão quente.
- Posso... Me aproximar de você?
- Claro, vem cá.
O menor assentiu e devagar foi até ele, encostando-se a seu lado. Atsushi sorriu ao fita-lo do lado, curvou-se brevemente para beija-lo.
- Apetitoso.
Kaoru riu baixinho e mordeu o lábio inferior, retribuindo seu beijinho.
- Você é que é.
- Quase uma lua de mel, hum?
- Hum... Quer ter uma lua de mel comigo?
- Hum, todos os dias.
O maior sorriu e aconchegou-se junto ao ombro dele, beijando-o no pescoço.
- Vem cá.
Atsushi disse e o pegou pelo braço, puxando de costas ao peito, no meio das pernas. Kaoru apoiou-se rapidamente é quase mergulhou, rindo baixinho e ajeitou-se junto a ele, sentindo-o nas próprias costas.
- Opa, está querendo nadar? - O vocalista brincou e encostou o queixo em seu ombro.
O menor riu e negativou, deslizando ambas as mãos pelas coxas dele.
- Amanhã te levo pra dar uma volta. - Atsushi disse e pegou a cerveja, voltou a tragar vigorosamente.
- Hum... Não parece estar interessado nessa volta agora.
- Na verdade só estou feliz.
Kaoru desviou o olhar a ele.
- Feliz?
- É, você me faz feliz.
O menor sorriu e beijou-o em seu pescoço, virando-se de frente a ele e sentou-se em seu colo, abraçando-o.
- Que bom...
- É. Você é bonitão, é agradável.
- Ah, eu sou? - Riu novamente.
- É. E ainda parece apaixonado demais por mim.
- E eu sou. - Kaoru falou a ele e deslizou uma das mãos em seus cabelos, selando-lhe os lábios.
- Nem tentou negar. - Atsushi disse e acariciou seu rosto, massageando seu lóbulo. - Me pergunto se teremos alguma briga algum dia.
- Não preciso negar isso mais, estou no seu colo de um modo que eu acho ridículo pra poder olhar pra você e não me importo com isso. É... Talvez um pouquinho. - Riu. - ... Bem, não sei.
- Acho difícil. Mas duvido que mesmo uma briga não seja boa com você.
- Hum... Talvez possamos transar depois pra ficarmos bem de novo. - Riu.
- É, parece bom. - Atsushi mordeu seu queixo e lambeu sua pele áspera no queixo. - Será que consigo te penetrar estando nessa água quente?
Kaoru sorriu e inclinou o pescoço para trás ao sentir o toque, engraçado, mas gostava.
- ... Que pergunta.
- O que? - O maior indagou, sorriu sem realmente entender.
- Que pergunta lasciva. - Riu e beijou-o no pescoço.
- Hum, não quer descobrir?
- Talvez... Vem.
Tsubaki tomou posse do próprio veículo e assumiu direção ao percurso que deveria. Não tinha um horário fixo o qual deveria chegar e por isso, poderia dirigir desapressado como gostava de fazer. No entanto, ao curso percorrido, não muito distante de onde morava, num pequeno congestionamento, dando vazão ao pequeno parque ambiental, tinha algum jardim, areia e mesmo aqueles brinquedos desconfortáveis feitos de ferro com a pintura um pouco descascada e que as crianças não costumavam se importar. Lá, podia ver um pequeno grupo de crianças, algumas separadas e um pouco mais distante, fios curtos e louros sob um tamanho tão insignificante, vestindo uma calça de moletom e um casaquinho de frio que imitavam roupas de marinheiro numa versão infantil de inverno, e embora sujasse suas mãos com a areia que brincava, parecia desanimado. E ainda assim, mesmo alguns dias passados, podia reconhecer aquela pequena criatura o qual havia colidido numa feira, e por sua pequenez, mais parecia uma pedra no meio do caminho. Chegou a rir enquanto mordiscava a unha sem arranca-lo, como um gesto descontraído e de passatempo. Ele olhava as crianças, mas não parecia ter intenção de ir até lá. Por um instante olhou o relógio marcado no aparelho de som desligado e não demorou para alarmar o veículo estacionado, seguindo até o pequenino, que pela segunda vez encontrado, estava sozinho, mas assim como as demais crianças, talvez alguém por ali fosse responsável pela segurança deles. Abaixou-se ao lado, voltando o olhar ao mesmo ponto o qual ele fitava, tentando visualizar o que ele olhava, até que ele se desse conta de que estava ao lado.
O pequeno se mantinha ali, sentado no chão, aliás, quase jogado nele, estava triste, queria ir pra casa, queria ver o pai e estava com fome também, tudo junto. Não gostava das crianças, não gostava da mulher que cuidava de si, não gostava de quase nada, mas tinha que ficar ali, então manteve-se a passar as mãozinhas na areia, sabia que o pai precisava do emprego ou dormiriam na rua, como ele falava, e gostava da cama macia e quentinha. Hasui permaneceu ali a observar o chão, porém logo se dera conta, de que tinha alguém ali lado a si, já que a sombra cobriu todo o local.
- Ah! Que susto! Tsubaki? É você?!
O moreno riu sem conter a voz, embora o tom fosse naturalmente baixo. Fez-se forjadamente igualmente surpreso.
- Ora, quem é você, rapazinho? Nos conhecemos?
- Claro que nos conhecemos, não lembra de mim? Poxa, até meu ursinho tem seu nome...
- Hum, qual nome do seu ursinho?
O maior indagou, embora ainda se admirasse com a boa educação precoce do pequenino.
- Tsubaki.
- Mas meu nome não é Tsubaki.
- Não...?
- Não, meu nome é Batsuki.
Hasui estreitou os olhos ao ouvi-lo e negativou.
- Usotsuki!
- É sim, Gasehawa Batsuki.
Disse o maior e tentou não rir sob o olhar estreito de seus pequenos olhos cinzentos.
- ...
O loirinho uniu as sobrancelhas e levantou-se devagarzinho, afastando-se alguns passos.
- Hey, onde vai?
O maior indagou, notando os passos recatados e preferiu revelar a brincadeira antes que alguém por lá pensasse que era um estranho.
- Sou eu, sou eu. Tsubaki.
- ... Quem é você afinal?!
- Tsubaki. Não lembra de mim, ah?
- ... Mas você disse que se chamada Batsuki.
Tsubaki tentou conter, mas não evitou o riso, teve até que massagear a ponte nasal.
- Eu só inverti o nome.
- Ah... - Hasui murmurou, abaixando a cabeça e caminhou até ele. - Então você é o Tsubaki mesmo?
- Não lembra do meu rosto? Eu lembro de você e do seu urso gordinho.
- Sim, foi você que me deu! Então você é meu papai mesmo?
- Eu? - Tsubaki indagou, um pouco surpreso pela análise. - Seu papai é outro papai. Eu não tenho filhos.
- Mas vai ser meu papai, não vai?
- Podemos ser amigos.
- Ah... Mas minha mamãe disse que você era lindo, achei que ia ser meu papai.
- Ah, sua mamãe disse, é? - Tsubaki sorriu, imaginando em que momento da vida um adulto diria coisas como aquela a uma criança. - Você também é lindo, mas não vira papai de ninguém por isso.
Hasui sorriu, meio de canto.
- Eu sou?
- Claro que é.
- Obrigado. - Sorriu.
- De nada. - Tsubaki disse, soando cortês como ele podia soar. - Onde está sua mamãe?
- Está trabalhando.
- E você não tem babá?
- Sim, eu estou com a moça, ela é da creche onde meu papai trabalha.
- Hum, sua mamãe dá aula na creche?
- Iie, mamãe trabalha numa fábrica. Mas lá tem creche... Ele disse que é onde os filhos das pessoas ficam.
- Hum, entendi. E que horas vocês vão pra casa?
- Só meia noite hoje...
- Meia... Noite? Mas a moça fica com você até lá?
- Não, sete horas tem outra moça.
- Hum, como você entende bem esses horários, ah? Você é bem espertinho.
- É que a mamãe me explicou... Disse que eu não posso ficar sozinho em casa.
- Vocês moram perto daqui?
- Hai, na frente da feirinha, lembra?
- Ah, verdade. Deve ser chato ficar aqui, hum?
- Hai... Eu estou com fome...
- Eles não dão seu lanchinho?
- Iie... A gente almoça, come o lanchinho da tarde e janta, mas meu lanchinho da tarde já foi...
- E está com fome de novo?
Tsubaki sorriu ao perguntar, embora não esperasse realmente uma resposta.
- Hai... Comer é a melhor coisa do mundo ué.
- Ah é? Eu não posso levar você pra passear, a tia vai achar que estou roubando você. Mas posso ir comprar um lanchinho pra você.
- Verdade?! - Hasui sorriu.
- Sim, mas se alguém perguntar diga que sou amigo do seu papai, hm? O que você quer comer?
- Ta bom. Sanduíche.
- Sanduíche de que?
- De... De atum.
- De atum? Não gosta de queijo?
- Gosto! Pode "cê"!
- Queijinho cremoso e derretido, hum? Eu já volto. Fique perto da babá.
Tsubaki disse e deu-lhe uma beliscadinha indolor na bochecha fofa e macia, sentindo-a fria. Por fim se levantou e tomou posse do veículo até então deixado estacionado noutro lado da rua. Dirigiu-se a loja mais próxima onde pediu pelo lanche do pequenino, pensando sobre o serviço que tinha de fazer, consequentemente o que dissera o garoto sobre seu pai, seu serviço de fábrica o que sabia não ser algo fácil, pelo que sabia, trabalhavam em torno de 12 horas ou mais com horário extra. Tentou não se demorar, até comprou um chocolate quente para ele e buscou-o visualmente quando de volta.
- Hasui? - Chamou, buscando o pequenino onde o havia encontrado antes.
O menorzinho assentiu e levantou-se, permanecendo ali perto e claro, ficava atento a cada pessoa que passava, esperando ser ele a voltar e falar consigo, por um minuto até imaginou que ele não fosse mais voltar e sentiu o nó na garganta, porém logo ouvira sua voz e correu em direção a ele, abraçando-o na perna.
Tsubaki observou o pequenino, que parecia ter o rosto tão vermelho, que imaginava ter passado algum tipo de situação vergonhosa, mas agarrou-se a própria perna, por sorte, tinha tampa no copo que levava.
- O que foi, peixinho?
Disse e tocou seus cabelos, afastando-se sutilmente de modo que pôde se abaixar e fitar seu rosto. Hasui ergueu a face a observá-lo, a expressão chorosa e uniu as sobrancelhas.
- Achei que não ia voltar mais.
- Não chore, fui buscar seu lanchinho. Não está mais com fome, hum? Eu nem demorei.
- Estou sim...
- Aqui, tem até um chocolatinho pra você, não pode chorar. - O moreno disse e entregou o copo térmico a ele. - Bebe por aqui. - Disse, indicando a pequena abertura de saída pela tampa da bebida.
O menor assentiu a estender a mãozinha e pegar o copo e bebeu um pouquinho do chocolate pela abertura, fazendo biquinho.
- Oh, agora estou em dúvida se você é um peixinho dourado ou um passarinho com esse bico. - Tsubaki disse e não esperava que ele fosse entender no entanto pegou da embalagem o lanche pedido por ele, e ainda tinha uma boa temperatura. - Vamos, vem sentar pra comer.
Hasui desviou o olhar a ele ainda com o biquinho e encaminhou-se ao banco, sentando-se a seu lado, com um pouco de dificuldade. Ao se sentar no banco sem conforto, o moreno pegou por baixo dos braços e o colou ao lado,sentadinho enquanto ajeitava o lanche em sua embalagem, entregando em suas pequenas mãos.
- Eu vou ter que ir antes da sua mamãe chegar, sabe disso, hum?
O loiro pegou o lanchinho e mordeu logo um pedaço, desviando o olhar a ele.
- Eh? Por que?!
- Porque eu não posso ficar até meia noite.
- Ah... Tudo bem... - O menor disse e mordeu novamente o lanche.
- Eu também trabalho, como sua mamãe. Mas, falando em pai, seu papai não ajuda vocês, hum?
- Eu não tenho papai. - O menor murmurou, bebendo alguns golinhos da bebida.
- Claro que tem um papai.
Tsubaki disse, mas pôde deduzir pelo comentário que não conhecia seu pai. Hasui desviou o olhar a ele.
- Mamãe disse que ele foi embora antes de eu nascer. Ele disse que ele viajou, mas eu sei que ele não queria me ver...
- Ah é? Ele provavelmente não sabia que você era tão legal, hum?
- É. Não sabe o que está perdendo.
- É, ele não sabe.
Tsubaki disse e sorriu ao pequenino, acariciando seus curtos cabelos cor de champagne enquanto comia o lanche, cuidadoso, delicado, continuava a notar sua boa educação. Hasui mordeu mais alguns pedaços do lanchinho e logo desviou o olhar a ele, erguendo-o na mãozinha como havia feito noutro dia.
- Quer um pedacinho?
- Não, obrigado. Come tudo. Tem outra pra sua mamãe aqui, você entrega pra ele.
O moreno disse, fechando o pacote que deixou em seu colo. O menor desviou o olhar a ele e assentiu, olhando a embalagem enquanto mordia o lanche.
- Ta bom!
- Não vai comer tudo, hum? - Disse brincando com ele.
- Iie! Esse é da mamãe. - Falou, indicando.
Tsubaki sorriu ao pequenino e ficou com ele até que finalizasse seu lanche.
- Vou precisar ir, pequeno. - Disse embora não estivesse realmente feliz em deixar aquela criança. - Se estiver aqui amanhã eu passo pra brincar com você.
- Vou pedir pra vir! Mamãe queria ligar pra você, mas ele tem vergonha... Então você liga pra mamãe?
- Hum, amanhã eu venho e pego o telefone da sua mamãe.
O moreno disse a ele e para sua insistência. E após um breve afago em seu fios lourinhos como os de seu pai, levantou-se e se despediu.
- Até logo, Hasui. Vá se sentar junto da babá, aqui é perigoso.
- Ta bom. - O menor falou e sorriu, mordendo mais um pedaço do lanchinho. - Boa tarde, Tsu!