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março 2018
- Cadê o vinho? Temos que beber vinho, senão não fica certo, tipo aqueles filmes.
Ryoma brincou o caçula enquanto se prontificava para ajudar com algo da massa, embora enrolasse para não alterar o sabor, gostava da que fazia o irmão. Viu Katsumi ir até a porta conforme soou o toque, podia ouvir dali os comentários e sorriu sem dizer nada enquanto olhava para as atividades manuais, se perguntava se o irmão teria disposição para aguentar o "gás" daquele garoto, era falante e quase efusivo. Ao vê-lo entrar, Haruki murmurava como se alguém ali não fosse ouvir nada daquilo, mas era mesmo um pirralho com fogo no rabo, concluía sem novidades.
- Haru, hum.
Apelidou, não gostava muito de apresentações, mas a julgar por sua expressão, ele parecia gostar. Haruki desviou o olhar a mão do outro, notando que segurava a massa e sorriu meio de canto, se sentia um otário.
- Ah... Você diz meu nome de um jeito tão fofo. - Disse num suspiro e franziu o cenho logo depois. - Eu disse isso alto?
Katsumi negativou e sentou-se novamente no balcão.
- Senta aí, Haruki.
- Fofo? Eu não quero ser fofo, eu quero ser bonitão.
Disse Ryoma, embora houvesse soado apenas para o irmão.
- Calma, você é bonito, parece um pouco comigo. - Ryoga brincava embora soasse visualmente muito sério. - Vá tentar alguma coisa, vai.
Indicou ao irmão, também ao irmão do outro, pareceram ambos dispostos e assim terminaria mais rápido o que fazia.
- Vem, Ryoma. Vamos conversar.
Katsumi sorriu meio de canto e negativou em seguida conforme viu o pequeno puxar o outro consigo até a sala, era um pequeno pervertido, sabia disso. Desviou o olhar ao outro logo após, num pequeno sorriso.
- Casado, é?
Ryoga o fitou de soslaio, vendo-o de olhos baixos sair junto a sua nova companhia, até parecia um pai, talvez fosse mesmo fraternal. Porém olhou o outro, não entendeu exatamente.
- O que? Ryoma não é casado se é o que quer saber.
- Disse a ele que era casado.
- Hum... E isso te animou, ah? - Ryoga sorriu de canto e o olhou do mesmo modo.
Katsumi sorriu e pela primeira vez, fora sincero a respeito de algo.
- Achei adorável.
- Então você quer casar, hum?
- Bom, eu já sou pai dos seus filhos, então...
- Eu sou pai dos seus filhos.
- Oh, desculpe, sou mãe dos seus filhos.
- Você é o papai.
- Hum. - Katsumi assentiu e riu. - É, papai.
- É, parece que sou casado sim.
Ryoga disse em resposta. Tocou sua cabeça, no topo, com a mão limpa, mas foi um gesto breve.
- Bem, se eles se derem bem, agora seu irmão vai ter alguém pra apagar o fogo no rabo.
- Hum... Eu não ganho nem um anel? Nem flores e nem pedido e nem um casamento lindo, vestido branco e etc? - Katsumi disse em meio ao riso e assentiu conforme o ouviu. - Parecem estar se dando bem.
- Vestido branco? Você vai se arrepender disso, Katsumi, sabe que eu gosto de jogar com você.
- Nem vem. - O menor falou a estreitar os olhos.
- Eu não vou, você vai.
- Não vou.
- Vai, você falou agora vai. Eu mando aqui.
- Vai ter que me levar de coleira.
- Não vou precisar. - Disse o maior e então entregou a ele a travessa com o monte de pequenas bolinhas de massa. - Pegue, coloque pra cozinhar, papai.
Katsumi assentiu a pegar a travessa e sorriu.
- Certo, pai.
Ryoga o deixou continuar com a massa enquanto preparava o molho e a carne que iria no fim, para que não estivesse cozida, mas também não fosse visualmente crua. Claro que provocou sutilmente o outro com os pedaços de carne. Katsumi colocou a massa para cozinhar, era terrível na cozinha, mas ele havia ensinado algumas coisas a si.
- Ai, sai daqui com essa carne.
- Você vai comer essa carne. - Ryoga disse até ergueu um filé, balançando a seu lado. - Katsumi, meu nome era Hamada.
O menor estreitou os olhos e empurrou-o sutilmente.
- Ryoga, é sério! Eu vomito em você!
- Vai vomitar nada, meu filho vai querer essa carne.
- Seu filho pode querer, eu tenho nojo.
- É, mas está na sua barriga, ele vai ter que comer através de você.
- Não sei se ele realmente está. - Riu.
- Está sim.
- Como sabe?
- Eu que fiz.
Katsumi sorriu e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele.
- Hum, sabe tudo.
Ryoga sorriu a ele, de canto, tirou por vez a massa da água, finalizaria os preparos com o molho e a carne, que como planejado, o deixou tão completamente, pelo menos visualmente, crua.
- Pronto, Hamada está menos corado.
- Não chame a carne de Hamada. - Katsumi estreitou os olhos.
- Hamada.
- Ryoga! Yuki, desgruda do Ryoma que ele deve estar achando ruim, senta aqui do lado.
- Hamada. Talvez amanhã eu traga a Hanada, irmã dele.
Katsumi estreitou os olhos e negativou, colocando a massa já pronta na mesa. Ryoga deu a ele uma piscadela, embora estivesse sério. Sentado a mesa àquela altura, serviu-se de alguma bebida e podia ver a animosidade do irmão caçula do outro para com o próprio.
- Ai, onii-chan, me deixa falar com ele, Ryoma é tão divertido.
Katsumi sorriu meio de canto.
- Já chamou ele pra conhecer seu quarto?
- Onii-chan!
Ryoga observou os dois, Ryoma não parecia falar nada que fosse mesmo divertido, Haruki era só como uma garota que tudo acha interessante se vindo de um cara bonito. Mas era por isso mesmo que havia feito o convite, Ryoma não namorava, Haruki parecia muito sozinho e pela personalidade dele, embora o irmão não fosse eufórico, sabia que se dariam bem. Katsumi sorriu meio de canto e prosseguiu com o jantar, servindo o próprio prato, após o namorado servir a si mesmo.
- Bem, vamos comer.
- Você sabe mesmo do que eu gosto. Agora falta doce.
Dizia Ryoma ao se sentar, por vez ao lado do garoto menor e até ganhou um breve afago na coxa, que claro, não pensava em recusar.
- Não abuse, Ryoma.
Disse Ryoga e pegou um pequeno pedaço de Hamada, quer dizer, provou a carne.
- Ah... Katsumi está grávido, precisa de um doce. Hey, sonequinha, vem com o oji-chan.
Ryoma dizia ao ver o pequeno que acordara recente, embora estivesse bem ajeitado, podia ver em seus olhos pequenos inchados.
- Oji...
Erin cautelosamente se aproximou e ganhou o colo que Haruki provavelmente desejava ganhar.
- Não vai se lembrar exatamente dele, Erin, a última vez que o viu você era um bebê.
Katsumi sorriu meio de canto ao ouvi-lo falar do doce, achava engraçado o modo como gostava de irritar o irmão.
- Hum, também quero doce, Ryoga. - Disse, tentando provocá-lo.
- O que? Você... Está grávido de novo, onii-chan? - Disse Haruki.
- Ah, eu não ia dizer até ter certeza, mas eu acho que sim.
- Ah, será que vai ser uma menina agora?
- Acho que sim.
- Hum, eu quero ser papai um dia.
Disse o menor, desviando o olhar ao seu novo acompanhante.
- Intuição feminina.
Ryoga disse e embora soasse sério, provocava o moreno. Sorriu no fim, meio de canto. Voltou-se para o garoto em seguida, principalmente ao perceber o olhar dele ao irmão, que o olhou com um ar risonho, achando graça. Katsumi estreitou os olhos ao ouvi-lo, negativou, não gostava de ser comparado a uma mulher.
- Acho que é um convite, Ryoma.
- Só praticando bastante.
- Papai...
Disse o pequenino ao ir até Ryoga, deixando seu tio recém conhecido a abrir a boca, pedindo uma das bolinhas de massa. O maior o acomodou na perna e deu a ele o que pedia.
- Ah, eu gosto de praticar.
Haruki deu um sorriso sapeca, Katsumi desviou o olhar ao pequeno, que também era o próprio filho, e sorriu meio de canto, gostava de ver o outro com ele.
- Gostou?
Ryoga indagou e o viu piscar um tanto preguiçoso enquanto mastigava e esperava outra bolinha.
- Oishi... - Murmurou, parecia tímido com a presença dos tios.
- Mais tarde podemos praticar juntos. - Disse Ryoma.
Katsumi desviou o olhar ao irmão e ao outro, haviam acabado de se conhecer e... Bem, havia conhecido o outro num lugar não muito propício para não soar hipócrita.
- Hum... Você quer praticar comigo? - Disse Haruki.
- Come as bolinhas, Haru-oji, depois namora.
Disse Erin, e foi quase um pedido para que o irmão do outro se acalmasse. Sorriu, para não rir, mas o riso estava impresso na feição. Ryoma riu no lugar do riso do outro, o achava adorável, e fora por isso que continuou a refeição, silencioso.
- Ah, Erin, deixa o titio namorar um pouquinho, seu outro tio é lindo. - Disse Haruki.
- Tio Ryoma parece um pouco o papai. Mamãe não tem ciúme?
Perguntou o pequeno enquanto mastigava devagar, um pouco sem noção da pergunta. E ele abriu a boca esperando mais da massa, que Ryoga distraído acabara não vendo, apenas quando sentiu o toque de sua pequena mão na própria, dirigindo-a para pegar mais uma das bolinhas e posteriormente até sua boca.
Katsumi arqueou uma das sobrancelhas ao observar o pequeno.
- Ciúme do Haruki com ele? Hum, não, eles fazem um casal bonito. - Sorriu. - Como eu e seu pai, hum?
- Mas porque oji-chan parece o papai aí tio Haru parece estar com o papai em outro mundo.
- Hum, então, Ryoma deveria ficar sozinho pra sempre para que eu não ache que ninguém está querendo ficar com o Ryoga? - Riu.
- Não, é que você briga com o titio Haru porque ele acha o papai bonito.
- Bem, não dando em cima do seu pai, pra mim está ótimo.
- Não me entregue, 'Rin.
- Ryoma sabe que sou mais bonito.
- Ah, eu tenho espelho em casa.
Ryoga sorriu a ele, canteiro. O filho nos braços deu umas apertadas.
- Você é fofo, não é?
- Uhum.
Katsumi riu e negativou.
- O Natsumi está dormindo ainda?
Ryoga indagou, talvez ao filho ou talvez ao moreno ao lado. Continuou a comer e compartilhar com o filho mais velho nesse meio tempo.
- Erin?
Perguntou ao pequeno, em seu colo, já que ele deveria tomar conta do bebê e logo teve a resposta com o choro fraco, mas sabia que ele já era grande pra chorar, estava na verdade tentando pular o berço. Levantou-se rapidamente e seguiu ao quarto do pequeno.
- Com licença.
Ao chegar, tirou-o do berço e trouxe consigo, guiando para a sala de jantar, arrumando seus cabelos negros e compridinhos. Seu tio está aqui, quer conhecer ele? Disse ao pequeno que assentiu apenas, visto que não falava ainda, só gesticulava algumas coisas.
- Tava dormindo. Natsu demorou pra dormir.
Respondeu o filho embora houvesse sido interrompido pelos resmungos do outro, que parecia ter um radar sobre seu nome. Ryoga viu o moreno se prontificar e trazê-lo em seguida.
- Ele já está espertinho assim? - Ryoga indagou ao ver o sobrinho. - Que pequeno, deve ter puxado o tio.
Disse na verdade provocando o loirinho ao lado de si.
- Hey, eu não sou tão baixinho assim, tá! Eu tenho um e sessenta e... Cinco. - Disse Haruki.
Katsumi riu e negativou, entregando o pequeno no colo de Ryoma e o viu encara-lo por longos minutos até abraçar em volta de seu pescoço, provavelmente achou muita semelhança com o pai. Ryoga observou o pequeno entregue no colo do irmão, não percebia mas tinha um sorrisinho torto no canto da boca, notando sua feição em estranheza até preguiçosamente se enrolar nele.
- Oi neném. - Disse Ryoma enquanto o encarava com a mesma seriedade até ser abraçado. - Certo, estou aceito.
Erin no colo de Ryoga parecia interessado mais no irmão do que interagir com o restante da mesa. Pegou uma das bolinhas de massa e cruzou o caminho para dar na boca de seu caçula, usou a mão mesmo, evitando talheres incomuns. O pequeno abriu a boquinha, aceitando a comida e por fim sorriu, soltando o tio, mas permaneceu em seu colo, mastigando a refeição. Katsumi riu baixinho.
- Vem comigo vem, deixa seu tio comer.
Erin riu, na verdade sorriu, parecia satisfeito ao assistir o irmão comer, achando graça. Natsumi esticou os bracinhos e não fora para sua mãe no entanto, foi ao irmão que o pegou como queria ser.
- Ta vendo, Ryoga, você podia ter sido meu Erin.
- Ah vá.
Katsumi estreitou os olhos ao irmão mais velho do outro.
- Acho que alguém vai ter que dormir na sua casa hoje e não aqui.
O riso soou entre os dentes de Ryoma ao observar o olhar estreito do parceiro do irmão.
- Ryoga não me dava bola. Eu tinha seis anos e ele tinha vinte e poucos, queria que ele fosse um irmão legal.
- Por isso você virou isso aí.
- Bom, Katsumi também não me dava bola. - Disse Haruki.
- Seu mentiroso do caralho, eu morri por você.
- Nossa, grande coisa!
Katsumi estreitou os olhos, e claro que sabia que o irmão brincava.
- Claro que não, uma morridinha não é nada de mais.
Brincou Ryoma, tal qual o irmão mais velho, parecia sério ao falar.
- Irmão mais novo é uma coisa difícil de entender.
- Eles tem atenção, e sempre querem mais.
- Nossa onii-chan, não precisa me destratar.
- É por isso que você é passivo, Ryoma.
Ryoga provocou o irmão, embora na verdade tenha feito isso para o irmão do moreno.
- Passivo? Você é passivo? - Hazuki ouviu o outro dizer, parecendo decepcionado.
Era incomum, mas o riso que iniciou entre os dentes de Ryoma logo se tornou um pouco mais audível. O irmão não era diferente, tinha um riso quase maldoso.
- Tenho gostos peculiares, você não entenderia. - Brincou ele.
Hazuki riu junto aos dois, apesar de não estar entendendo nada.
- Que susto. Eu não sei ser seme, ora.
- Qualquer um sabe usar o pau. - Disse Ryoga embora os filhos estivessem ali. Havia ensinado Erin a não reproduzir qualquer coisa que falasse. - Até você, não é?
- Já vou sozinho fazer xixi. - Disse Erin.
Katsumi riu ao ouvir o pequeno, imaginava que ele não entendia mesmo, e o outro tinha regras bem específicas para com ele. Ryoga tomou da bebida, finalizando do copo e se fez livre para pegar o filho que também estava com o outro filho no colo.
- Vamos, dê o Natsu pro Katsumi, assim você come e ele também.
Katsumi sorriu ao pequeno e pegou o filho no colo, ajeitando-o na própria coxa e passou a pegar pequenas bolinhas de massa e dar na boquinha dele. Após servir um pouco mais, Ryoga passou a dar ao filho enquanto o outro para o caçula.
- Não vou ganhar aquela torta? Ou melhor, não vamos? Além de você, é claro.
Disse Ryoma ao olhar brevemente para o irmão menor do moreno, fazendo aquela rápida observação. Katsumi desviou o olhar ao irmão menor que pela primeira vez na vida havia visto corar com um sorriso bobo.
- Ah... Devo jogar água em você, Haruki?
- Parece até um humano, Haruki.
Ryoga riu e viu o irmão rir também.
- Ne, Ryoma, quer dormir na minha casa hoje? - Disse Haruki.
- Ou talvez você possa ir comigo até a minha. - Respondeu Ryoma.
- Hum, sua casa? Eu quero...
- Até amanhã, Shiro.
Ritsu disse ao garoto, parado consigo já fora do colégio.
- Vai ficar no colégio?
- Iie, estou esperando o E... esperando o Yasu.
- Ah.. Vocês são amigos de infância?
- Sim.
O menor disse a ele, quase automático, por sorte não negou, ainda que achasse difícil que alguém não soubesse que eram na verdade irmãos afinal, Etsuo tinha costume de buscar a si por vezes ou outra.
- Ah, então são quase irmãos, né?
- Ah..? - Ritsu indagou, achando estranha a analogia, claro que tomou como uma indireta. - É quase isso.
Etsuo suspirou, estava frio, agradável o clima, e por isso foi andando até a escola do irmão para encontrá-lo, e o viu logo ali a espera de si, porém, não estava sozinho e aquele garoto irritava a si profundamente de todas as formas possíveis. Aproximou-se rapidamente, antes que alguém levasse um soco e ignorou o outro.
- Vamos Ritsu.
Em menção de prosseguir a conversa com o amigo, que na verdade já havia mudado o foco, Ritsu abriu a boca e não teve tempo de completar ao ouvir a voz do irmão, que para o outro, devia ser um amigo. Percebeu o tom de voz, estava de mau humor, pensou e fitou-o de soslaio.
- Agora você já vai, então até amanhã, senpai.
- Até amanhã, Shiro.
Disse, achando graça no termo, afinal, estavam no mesmo ano, talvez fosse a diferença de idade ou quem sabe simplesmente provocação para saber quem era mais amigo de quem por alí.
- Está de mau humor, hum?
Indagou ao irmão a medida em que iniciou caminho para casa.
- Senpai é? Eu vou quebrar o pescoço dele.
Etsuo falou a tentar seguir em mesmo caminho do rapaz, e não se importava com o irmão ali.
- Et... Yasu, pare com isso.
- Eu vou sugar todo o sangue desse filho da puta até ele ficar azul.
- Para. Você fala como se não fosse um estudante.
- Que se foda.
Ritsu segurou-o pelo braço e puxou consigo, seguindo o caminho oposto cujo irmão queria traçar. Etsuo estreitou os olhos e seguiu junto dele, mesmo contra a própria vontade.
- Se ele te chamar de senpai de novo, eu esfolo ele, ouviu?!
- Qual problema em falar senpai, Etsuo?
- Você é meu, ele não pode te chamar de senpai.
- Ta bom, ta bom. - Ritsu disse e deu-lhe um afago nos cabelos.
- Acha que falar manso comigo adianta?
- Vai ter que adiantar. Ele não fez nada de mais, provavelmente está com ciúme porque acha que sou mais seu amigo que dele, coisa assim. Apenas pare com isso, senpai não é algo como koibito.
- E você é mais meu amigo do que dele. Vou lá mostrar pra ele o quanto.
- Ta bom, Etsuo. - Disse o menor, impaciente com a teimosia do irmão. - Estou com fome, o que fizeram de bom em casa?
- Bolo de chocolate. - Falou, resmungando.
- Você gosta de bolo de chocolate.
Ritsu disse, segurando o riso com um sorrisinho, achando graça no resmungo.
- Sim, eu gosto. Também adoro sangue fresco em cima dele.
- Eu já entendi, Etsuo. Se não parar eu mesmo vou atrás dele pra levar ele em casa.
- Vai levar ele em casa é?
- Se você continuar ameaçando ele, sim.
Etsuo assentiu e estreitou os olhos.
- Vamos embora.
- É o que eu quero fazer, teimoso.
Disse o menor e continuou o caminho junto ao irmão evidentemente emburrado, felizmente não irritadiço. Etsuo cruzou os braços e seguiu o caminho com ele, claro, estava irritado, não gostava do garoto, mas faria o que contra o irmão?
Ritsu fitou-o de soslaio e seguiu o caminho, parecia um garoto birrento, o que não era realmente de seu feitio, mas era bonitinho, principalmente porque tinha um jeito todo agressivo, mas tinha uma feição de criança naquele momento. Ao chegar em casa, o maior tirou a chave do bolso que usou para abrir a porta do apartamento, e adentrando o local, deixou a bolsa em qualquer lugar.
- Vai comer o bolo?
- Eu vou tomar banho primeiro, bicudo.
- Hum, vou também
- Comigo?
- Sim.
- Hum... Não vai descontar raiva nenhuma, sabe disso, não sabe?
- Não vou, mas vou checar a limpeza das suas roupas.
- Ah, claro, mamãe.
Disse o menor, fingindo-se sério sobre aquilo e seguiu ao quarto, sentindo o cheirinho de bolo, provavelmente feito recentemente. Ao entrar no quarto buscou uma calça, uma blusa preta fina de linho para suprir o frio. Pegou o roupão de banho e seguiu na frente do irmão que pegava as roupas para substituir seu jeans escuro e jaqueta. Ao entrar no banheiro colocou a água quente, que por sinal já havia ensinado o moreno a se habituar depois de tantos anos. Ao entrar prendeu os cabelos com um elástico, evitando molha-los e se aqueceu sob a água de jatos firmes. Do box de vidro, tinha vista ampla do irmão mal humorado a despir suas roupas, era tão bonito que provavelmente, nunca havia percebido, mas morreria de ciúme se arrumasse uma namorada ou um namorado. Tinha um misto de feição semelhantes aos do pais, era alto como o pai, embora menor que ele, com traços firmes dele, mas tinha a leveza da expressão da mãe, era uma mistura harmoniosa. Imaginava se alguém podia imaginar que eram irmãos, ou que ao menos era filho dos próprios pais, assim como certamente deduziam ao olhar para ele. Afinal não era biologicamente filho deles. Tinha cabelos loiros não muito claros, mas nada escuro, principalmente comparado aos fios do irmão. Os olhos tinham um tom estranho, que puxava num castanho dourado, mel, qual quer que fosse aquela cor, mas nada vívido como os do irmão, ou rubros como os dos pais. Pelo menos era alto, uma hora chegaria na altura dele, pensava, afinal ainda tinha algum tempo até os vinte. Mas não se comparava por inveja, apenas apreciava as diferenças e se sentia sortudo por tê-lo.
Etsuo voltou-se ao próprio guarda roupas, pegando as roupas do pijama que vestiria, junto da roupa íntima e logo seguiu ao banheiro, observou o irmão no box e de fato, viu as roupas dele, notando qualquer resquício de sexo que poderia haver por ali, e não havia. Gostava dele, de uma forma estranha e até meio doentia, sabia que o próprio ciume era uma doença e se ele deixasse, realmente mataria o garoto. Ele era menor que si, mas não tanto, mas o fato de ser o irmão mais novo fazia a si querer protegê-lo de qualquer modo, era humano, poderia se machucar, poderia quebrar, não iria deixar, não iria deixar ninguém machucá-lo, e vez ou outra até sonhava em torturar alguns daqueles amiguinhos dele. Suspirou, agora mais calmo ao apreciar a beleza dele e adentrou o box, junto do caçula e era orgulhoso, mas suavizou a expressão carrancuda aos poucos.
Ritsu cedeu o espaço para entrar consigo no box, embora já fosse bastante espaçoso. Fitava-o ainda, observando seu corpo masculino enquanto preparava a esponja de banho, qual passou a usar para ensaboar sua pele. Nunca havia imaginado que em algum momento acabariam quase adultos, juntos, tomando banho, tocando um ao outro sem inocência, imaginava que em algum momento teriam namoradas, mas nunca pensou muito adiante naquilo. Mas havia descoberto o sentimento que ele havia percebido antes de si, fitar a seu corpo e sentir vontade de toca-lo, e podia fazer isso.
O moreno observou-o ali, e queria tocá-lo, queria abraçá-lo como nunca quis fazer com ninguém antes e deixou-o lavar o próprio corpo, como queria, tocar onde queria, dando liberdade a ele.
- Pronto, rabugento. Você já pode se enxaguar.
Disse o menor após lava-lo, tirando-se do raciocínio, da breve admiração do irmão. Deu uma conferidinha em suas nádegas conforme se virou para se lavar.
- Hum.
Etsuo falou e se enfiou abaixo da água, deixando-a cair pelo corpo e de costas ao irmão, limpou o corpo, porém não deixou de notar seu olhar sobre as nádegas.
- ... O que foi?
- Nada.
O menor disse, não que tivesse a intenção de disfarçar. Porém após enxaguar as esponja, preparou-a para o próprio banho e passou a se levar, evitando os cabelos presos.
- Vou sair primeiro.
Disse e após tirar a espuma macia do corpo, beijou-o na nuca, perto do ombro.
- Hai...
Etsuo murmurou a observá-lo e deslizou as mãos pelos cabelos, já molhados pelos respingos do banho e decidiu lavar. Deixou-o sair e rapidamente passou o shampoo e condicionador.
Após a saída, Ritsu vestiu-se ali mesmo no banheiro, observando o irmão e recente namorado enquanto terminava seu banho. Quando já vestido, soltou o cabelo do elástico que repuxou alguns fios e resmungou ao sair, massageando o couro cabeludo. Deixou o roupão de banho e por fim seguiu para a cama, esperando o mais velho.
O maior saiu do banho logo após a saída do menor. Pegando a toalha a secar o corpo e logo após, secou os cabelos de qualquer jeito, afinal eram curtos, não ficariam ruins se secassem sem ajuda de nada. Vestiu a roupa íntima e somente a calça do pijama, seguindo para o quarto em seguida. Ritsu ajeitou-se na cama onde já havia se deitado, dando espaço ao moreno.
- Vai pegar bolo pra mim, aniki?
- Hum, quem sabe depois, por hora quero sentir o seu cheirinho de banho.
Etsuo falou a ele e sorriu, deitando-se junto do irmão, aliás, sobre ele e engatinhou até alcançar seus lábios e beijou-o com selos sutis. Ritsu sorriu a ele e mesmo no espaço que lhe deu não se acomodou, mas deu jeito de acomoda-lo sobre o corpo, sentindo seu peso não demasiado, mas o retribuiu em seu selo. O maior sentou-se em seu colo, se acomodando e riu baixinho. em seguida.
- Parece que... Invertemos as posições, hum?
- Vai me amassar sentado aí em cima, Tsu. - Disse e deu-lhe um sorriso canteiro.
- Hum.
Etsuo sorriu, meio envergonhado e logo deitou-se ao lado dele, beijando-o no rosto. Ritsu ajeitou-se ao lado dele e sentou-se na cama, abaixando-se tocou a cintura do irmão e deslizou para baixo, suavemente, sua roupa íntima e calça, como únicas peças que ele estava a usar, fitando seu corpo a pouco já visto igualmente naquela parte, embora não houvesse dado atenção. Após tira-lo, passando por suas pernas, sua ajuda era um sinal positivo. Queria toca-lo, dar a ele atenção, já que sempre que tomava alguma atitude ele parecia se deleitar, parecia gostar da ideia, se sentir bem com isso. Ao se acomodar, afastou suavemente as pernas do mais velho, tomando algum espaço para se deitar debruçado e envolver suas coxas com os braços. Beijou-o na parte interna e macia de sua perna, mordiscou e subiu com os toques que aos poucos levavam a si em seu ventre, em seu membro.
O maior desviou o olhar ao menor, estranhando seus atos, afinal, ele não costumava começar com os movimentos assim, era estranho, mas adorava quando ele agia daquele modo, tomando a si como fazia com ele. Deixou-o retirar as próprias roupas, ajudando-o e quase derretia nos braços dele, se não fosse tão masculino e quisesse ser ativo por uma posição estúpida da própria cabeça. Observou-o se abaixar e uniu as sobrancelhas, guiando uma das mãos aos cabelos do menor e acariciou-o ali, deslizando os dedos pelos fios.
As mãos de Ritsu sobre as coxas dele deslizou sobre a pele até os quadris, na cintura e uma permaneceu por lá enquanto a outra levou a tomar seu membro, acariciando-o enquanto adormecido sobre o ventre, sentindo o músculo flácido e macio. Deitou a face e tocou a pele suave com os lábios, o beijou e por fim umedeceu a pele de sua base sem firmeza.
Etsuo suspirou e fechou os olhos, apoiando um dos braços atrás da cabeça enquanto com a outra, permanecia a acariciar os cabelos do irmão, massageando sua nuca enquanto estremecia com seus suaves toques no membro.
O menor expôs a língua entre os lábios, lambendo seu comprimento até a ponta, sentindo a textura agradável de sua cútis naquela parte tão íntima e ao erguer o olhar ao irmão, levou-o até o interior da boca, envolvendo sua base com os lábios, passou a suga-lo, sorvendo-o, sentindo formular aos poucos sua ereção.
O moreno gemeu, baixo porém audível a ele e desviou o olhar ao irmão, notando sua boca ao redor de si e suspirou, um suspiro profundo, a boca dele era quente, macia, parecia seu interior, porém não apertava tanto, por isso gostava e empurrou-se suavemente contra ele.
Ritsu regrediu sutilmente, cuidadoso sobre a profundidade, mas não deixou de leva-lo para boca e iniciar o ritmo de vaivém. Sugava-o contra o céu da boca junto a língua, sentindo sua pele gostosa, seu sabor estranhamente agradável. E ao tira-lo posteriormente no entanto, desceu até as glândulas sensíveis abaixo da ereção, lambeu a parte macia, sugando de leve, e deu-lhe um mordisco na virilha.
Etsuo sentiu-o retirar a si dos lábios e gemeu baixinho novamente, desviando o olhar a ele. Estremeceu novamente, embora não fosse intencional, afinal, sentiu a face se corar com o toque mais abaixo e negativou.
- I-Iie... Aí não Ritsu...
- Não gosta aqui?
O menor indagou e apalpou a região macia, como uma pequena bolsa, onde podia sentir revestir as glândulas que podia simplesmente apalpar e lhe causar algum desconforto, embora o tratasse gentilmente, sabia como era afinal.
- Gosto, mas é... É vergonhoso.
Etsuo murmurou e suspirou, puxando os cabelos dele suavemente.
- Se somos namorados, podemos fazer coisas assim.
- ... M-Mas eu sou... Ativo.
- O que isso tem a ver?
Ritsu indagou e voltou a lamber aquela parte, entre o fim de sua base e início da região mais delicada, até deu um mordisco suave na pele, puxando-a.
- Que essa parte é coisa de... Uke.
Etsuo murmurou e novamente gemeu, apreciando os toques do menor.
- Se fosse assim, somente passivos teriam essa parte.
- E-Eu uso pra outra coisa... - Riu.
- Eu também posso usar pra isso.
- Pra fazer filhos é? - Riu.
- Sim, temos as mesmas funções corporais.
- Hum, e você quer fazer filhos com quem?
- O que estou dizendo é que nossos corpos são iguais.
Disse o menor e voltou a toca-lo, deslizando a língua em seu membro. Delineou seu membro com a ponta da língua, circulando da base até a parte onde ele se constragia. Ao erguer novamente o olhar, pôde ter vista do corpo do irmão. Suas pernas bem torneadas estavam separadas, cedendo o espaço entre elas. Sua típica feição fechada estava suavemente afetada pelo prazer, ao descer o olhar, pôde notar uma parte de seu corpo onde não costumava olhar, tocar, imaginava que ele não se dava conta de que parecia tão exposto daquele modo e com certeza não iria dizer. Abaixou-se, mordiscou sua pele, sorvendo ali enquanto com a mão estimulava seu membro, e descera, levando a língua a estimular o meio de suas nádegas, tocou-o a umedecê-lo com saliva, delineando seu âmago e pressionou com a ponta da língua.
Etsuo suspirou e de fato estava absorto em prazer ao sentir os lábios dele tocando a si, então, não se dera conta de seu olhar, muito menos quando ele desceu, só quando estava lá, tocando a si fora que quase deu um pulo na cama, unindo as sobrancelhas.
- Rtisu! Que.... Que porra?!
- É só sexo oral, Etsuo.
Ritsu disse e soou entre suas pernas, beijou-o em sua virilha, na verdade na delicada parte inferior de sua nádega e voltou para o meio delas, no intuito de continuar.
- Quero fazer, tenho vontade.
- Mas... Ritsu!
Etsuo falou e juntou as pernas, envergonhado ainda, e ponderou, por que ele fazia aquilo? Talvez porque queria fazer com alguém, o garoto, aquele maldito garoto pequeno de sua escola. Se não o deixasse fazer, ele poderia fazer com o outro, e nunca queria que aquilo ocorresse.
- ... Não posso...
- É só prazer, onii-chan.
Ritsu disse e segurou sua coxa com a mão livre, a outra tornou a mover em seu falo, estimulando a ereção, sentindo-o úmido pela saliva e voltou a enfurnar-se entre suas pernas e toca-lo naquele ponto, friccionando com movimento leve e rápido.
Etsuo uniu as sobrancelhas, agarrando-se ao lençol da cama e negativou, porém não havia como não achar aquilo prazeroso, a pele se arrepiava visivelmente, e embora quisesse fechar as pernas, acabava por abri-las mais, dando espaço a ele e sentia a face se corar, por isso, levou uma das mãos a cobri-la, deixando-o fazer consigo, devido ao ciúmes estúpido que tinha, e uma vontade reprimida.
- ... I-Iie...
Sem tensionar a língua, suavizando o toque, o menor deslizou-a por seu corpo, naquela pequena parte tão íntima e deslizou para a nádega, mordeu-a e voltou sem demora, sugou-o, fazendo estalar contra os lábios, imaginava que era assim como seria em uma mulher, mas era ele que gostaria de sentir, na verdade, era estranhamente prazeroso poder chupa-lo, e prover um prazer um pouco diferente, no entanto, acabava respondendo um pouco mais embaixo, sentindo formar a ereção, por um momento quis vê-lo de costas, lambê-lo no mesmo lugar, mas poder se deitar sobre seu corpo. E diante do desconforto, após uma sugada mais firme, por fim interrompeu evitando pensar mais adiante.
Etsuo desviou o olhar a ele, sentindo o corpo todo estremecer, mas observava discretamente, de canto de olho. O membro já pulsava no baixo ventre, doía, e queria gozar, mas estranhamente não queria gozar dentro dele, queria o contrário, queria senti-lo dentro de si, mas não diria.
- ... Ritsu, eu.... Ritsu!
- Hum..
Ritsu murmurou e lambeu os lábios a medida em que se erguia, sentando-se, deixando de toca-lo seu corpo onde antes fazia, mas continuou com o punho. Masturbando o irmão, sentindo seu membro tão duro e preferiu continuar pela frente. Arqueou-se e beijou sua ponta, voltando a afunda-lo. Teve no entanto de levar a mão em si mesmo e aproveitou a se masturbar enquanto o chupava, aliviando o desconforto no baixo ventre.
- Não faça... Não faça isso!
Etsuo falou a ele e estremeceu, e como era gostoso, nem sabia descrever, iria gozar na boca dele se não parasse e agarrou-se ao lençol na cama, puxando-o e arrancou um dos lados dele, tamanha fora a força que puxou.
- Eu vou!
O loiro ergueu o olhar a ele, no entanto, mesmo em seu anúncio agressivo, ao mover-se com a cabeça, leva-lo para dentro, sentiu-o ejacular na própria boca, frio e denso. Deu-lhe como consequência uma leve mordida, cuidadoso no entanto, a medida que aumentava o ritmo do punho, estimulando-se com ele, que já atingira seu ápice e por fim, interrompeu quando aliviado o moreno. Afastou-se, limpando a boca do gosto forte que a invadiu.
- Ah!
Etsuo gemeu quando finalmente atingiu o ápice em sua boca e estremeceu, apreciando a onda de prazer que percorreu o corpo, claro, que ainda pensava daquele toque dele atrás, e pensava também em invadi-lo, nele invadindo a si, pensava em muita coisa bagunçada, e esperava não falar besteiras.
- .... Vem, coloca seu pau na minha boca.
Ritsu não questionou, nem mesmo a forma libidinosa como soou o irmão, levantou-se e engatinhou próximo ao rosto do irmão. Abaixou a calça suficiente junto a peça íntima e expôs o membro ereto, denunciando a excitação ao chupa-lo. Bem posicionou os joelhos às laterais de seu rosto e por fim colocou-se em sua boca.
O maior sorriu a ele, segurando-o em seus quadris e empurrou-o para dentro dos lábios, sugando-o com vontade, tanta que até ouviu o estalo ao retirá-lo e gemeu contra seu membro, inciando alguns movimentos de vai e vem.
O menor teve tempo de se apoiar antes que caísse com o quadril na face do irmão ao ser puxado tão abruptamente. Apoiou-se à parede, sentindo suas mãos firmes nos quadris, puxado para ele e não se conteve, passou a penetra-lo, movendo o quadril num vaivém rápido, porém cuidadoso sobre o limite sem faze-lo engasgar.
- Ah...
Gemeu, mas na verdade já havia se tocado, portanto, tinha pouco tempo até gozar e nem avisou, fluiu em sua boca, onde continuou a penetrar com ritmo, até por fim se fazer satisfeito e aos poucos ir cessando até parar completamente.Etsuo uniu as sobrancelhas, observando-o sobre si e manteve-se a segurá-lo ali, era gostoso, senti-lo adentrar alguma parte do próprio corpo, se meter na própria boca e fechou os olhos, quase gozou de novo com ele na própria boca e fora quando o sentiu gozar sobre a língua, apreciou seu gosto e sorriu a ele, meio de canto ao se retirar.
Ritsu suspirou e embora já houvesse saído de dentro dele, permaneceu um tempo no mesmo lugar, esperando se acostumar com o prazer, esvaído aos poucos. Quando se recompôs, puxou a calça a se colocar dentro da roupa, vagarosamente seguiu para ele e se deitou a seu lado.
- Hum, então foi só isso hum? Eu já estou duro de novo.
Ritsu sorriu a ele e suspirava ainda.
- Quer que eu chupe você de novo?
- Quero que sente.
- Iie, nós fizemos ontem.
- Não ligo, Ritsu.
- Não tem que ligar, Etsuo, estou desconfortável.
- Vem Ritsu... - Suspirou.
- Hentai.
O maior segurou-o pelo pulso e puxou, beijando-o no rosto.
- Vem onii-chan.
- Etsuo...
Ritsu suspirou e o retribuiu com outro beijo, do mesmo modo, no rosto.
- Não me quer mesmo?
- Meu corpo não é como o seu.
- Hum, então esquece.
- Não faça assim, posso te acariciar...
- Iie, tudo bem.
- Eu te toco. - Disse o menor e por fim deslizou a mão em seu peitoral desnudo, até novamente alcançar seu membro. - Nem está tão duro assim...
Etsuo segurou a mão dele e o observou, os olhos amarelos fixos em seu rosto, reprovando-o. O menor teimou contra o irmão, tocando seu membro, o outro apertou seu pulso e novamente estreitou os olhos.
- Já falei, pra não me tocar, Ritsu.
- Eu posso tocar você se eu quiser, Etsuo.
- Você não me quer.
- Quero tocar você, mas estou machucado. Sabe, não sou uma mulher.
Etsuo estreitou os olhos, e de fato, havia se irritado com ele, pensava no outro rapaz com o qual ele ficava na escola, de um lado para o outro, era uke, sabia disso, e quanto a si, era seme, era maior do que ele, e ele estava com algumas manias estranhas, como querer lamber a si atrás, talvez trocasse a si em breve, e não iria deixar, nunca iria deixar. Levantou-se, irritado, estava machucado? Sem problemas, iria fazer com ele de um jeito ou de outro, e por fim puxou o edredom sobre o corpo e o dele, dando a impressão a ele de que iria dormir, porém virou-se rapidamente e uma das pernas guiou entre as dele, encaixando-se de modo meio desajeitado enquanto agarrou seu membro com uma das mãos, dando-lhe sutis apertos, massageando-o e fazendo com que sua ereção voltasse aos poucos, esperava não receber perguntas enquanto o fazia e de fato, ele não o fez, talvez nem soubesse o que estava fazendo. Quanto a si, sabia que iria doer, preparava-se como ele costumava fazer, psicologicamente, mas o faria. Uma das mãos, mordeu o dedo do meio e fez questão que ele visse quando cravou o dente fundo o suficiente para que a linha de sangue escorresse pela mão e pulso e guiou ao próprio corpo, tocando-se naquele ponto íntimo que circulou, lubrificando-se com o próprio sangue e não se importava se iria se sujar. Devagar, sentou-se sobre ele, mesmo meio abaixado e segurou o membro do irmão entre os dedos, sujando-o com o próprio sangue e guiou-o diretamente para a própria entrada, não deu tempo ao irmão para processar, antes que ele decidisse reclamar, empurrou-se sobre ele, e não fora piedoso consigo, deixou-o adentrar o corpo de uma vez só até o fundo, e sufocou o gemido na garganta, fechando os olhos a pressioná-los com força e até chegou a vacilar com as pernas, porém manteve-se ali, acostumando-se.
- ... H-Hum...
Ritsu fez menção de se ajeitar na medida em que viu-o se cobrir e consequentemente fazer o mesmo para ambos. Iria se virar, no entanto, seu peso abrupto foi colado parcialmente sobre o corpo, com a perna entre as próprias e bom, já imaginava o quão teimoso era, como seria. Não deixava-se ser tocado, mas queria tocar, era egoísta ou talvez só não quisesse dar o braço a torcer. No entanto, sentiu seu toque rápido, porém era delicado como sempre. Resvalou e tomou o próprio membro, imaginava no entanto que iria tocar o meio das pernas, mas se ateu aquela parte. Fechou os olhos, mas voltou-se para fita-lo, encarando-o enquanto estimulava a si, e embora não estivesse a ver o sexo, podia ouvir seu punho bater contra o ventre, denunciando o sobe e desce, o estímulo. Observou-o sem entender, notando seu dígito ferido, até abriu a boca na menção de lhe dizer alguma coisa, mas não disse. Fitou as gotas singelas que expeliram de seus dedos longos, e viu sumir com o toque, que não veio em si na verdade, afinal imaginava que não trocaria sangue consigo. Encarou o moreno, no entanto não o viu esboçar nada em seu rosto, nada que denunciasse o que fazia abaixo do cobertor. Mas tomou postura sobre si num movimento hábil, como ele normalmente fazia, era rápido. E de repente estava sobre si, pôde sentir o líquido frio sobre a pele, em respingos que denunciavam onde estava seu sangue, da mesma forma como denunciou o que estava a fazer sobre si, grunhiu, num gemido que soou até um pouco manhoso, dolorido.
- Ah...
Era apertado, um pouco áspero, porém aos poucos tornava-se úmido, provavelmente por seu sangue, estava sentindo o que imaginara antes fazer, penetrar seu corpo e sentir suas nádegas macias, havia desejado sentir, mas estava surpreso.
Etsuo suspirou, tentou se levantar, porém teve de se apoiar na cama por alguns segundos e agora entendia a dor que ele sentia, e porque não deveria abusar do irmão e da boa vontade dele. Suspirou e aos poucos passou a se mover e ainda assim, segurava o gemido que insistia em querer deixar os lábios e negativou, para si mesmo, evitando fazer algum som, e aquela era a única forma de evitar ser mais passivo do que estava sendo, no próprio ponto de vista. Moveu-se, devagar inicialmente, sentindo-o se retirar e voltar a se colocar no corpo, estava inchado, podia sentir isso, talvez não tivesse que ter feito aquilo com tanta força e de uma vez, então agora machucava, mas era vampiro, ficaria bem.
De olhos semi-cerrados, o menor fitava o irmão. Embora não precisasse ver o sobe e desce de seu rosto para saber o que fazia embaixo e sentia se mover, tirar e colocar o corpo dentro do seu. Podia perceber da mesma forma seu desconforto, cuja mandíbula denunciava-se vigorosamente cerrada, não sabia se queria dizer algo, gemer, resmungar, mas continuava firme sobre o que estava a fazer, movendo-se com seu corpo frio e seu sangue na mesma temperatura. Já a si, podia sentir o prazer e a dor de perder a virgindade daquela forma. Estava sensível, haviam se tocado pouco antes, havia recentemente atingido o clímax e seu corpo era apertado. Estava confuso, será que havia excitado com a língua? Ou será que queria tanto a si que não se importava de fazer daquela forma? Talvez queria saber se mentia sobre a dor? Não podia deduzir, mas sentia seu corpo e sentia um dolorido prazer.
Etsuo suspirou, fechando os olhos e por fim quase despencou sobre o corpo do irmão, deitando-se devagar sobre ele e mesmo assim continuou os movimentos de forma vigorosa, não queria parecer fraco, embora naquele momento pudesse soar assim e escondeu a face sobre o pescoço do irmão, beijando-o ali, respirando ali.
Ritsu sentiu-o decair sobre o corpo, colar o peito ao próprio, ajeitar-se sobre si e continuar no entanto com aquela cavalgada, que embora a ele certamente fosse dolorido, era impossível para si simplesmente não aproveita-lo. Descansou as mãos em suas costas ao senti-lo cair no corpo, segurou sua cintura e aos poucos a textura de sua pele, sentindo-o sobre si também com as mãos e não somente o corpo dentro do seu. Na proximidade que teve consigo, beijou-o da mesma forma em seu pescoço nu, mordiscou a pele e subiu em sua orelha.
O maior desviou o olhar ao irmão, meio de soslaio, porém conseguiu ver seu rosto na pouca luz do quarto, e não parecia decepcionado, parecia gostar do que havia feito, então continuou. Agradeceu por não haverem palavras, ou estaria envergonhado a essa altura. Deu-lhe um pequeno mordisco na pele, não machucou, mas brincou com ele e voltou a se erguer quando aos poucos já se sentia melhor, também devido ao cheiro de sangue dele, se não levantasse, como estava machucado, o devoraria.
Ritsu segurou em torno da cintura, deslizando de sua cintura até seus quadris. Ao se deixar levar pelo prazer crescente, mais deliberadamente se revirou na cama e levou o irmão para ela, tentando na verdade, esperando o consentimento afinal, se ele não quisesse, não conseguiria coloca-lo no colchão, mas por ser inesperado, havia feito e agora estava por cima. Apoiou-se no colchão com as mãos e entre as coxas do moreno, passou a se mover, inicialmente contido, mas que aos poucos, ou nem tão aos poucos assim, já se movia mais habilmente, deliberadamente.
Etsuo observou-o e fora mútuo, autorizou ele a se colocar sobre si. Deitou-se na cama, levando as pernas ao redor do corpo dele e apertou-o entre as coxas, mesmo sem intenção, sentindo-o se colocar novamente no corpo e gemeu, pela primeira vez, meio dolorido, meio prazeroso, mas ignorou o que havia feito e deslizou uma das mãos pelo ombro dele, apertando-o ali e deixou-o se mover como queria.
Quando por fim o menor já sentia criar um ritmo fluído, afastou-se de seu pescoço e fitou a seu rosto de soslaio, não diretamente. Mas não demorou para voltar a cerra-los e encostar o rosto junto ao do moreno.
- É gostoso..
Sussurrou-lhe próximo ao ouvido, talvez de modo descontraído, enquanto continuava a se mover.Etsuo segurou o irmão junto a si e nada disse a ele, era prazeroso sentir seu corpo junto ao próprio, tão quente, aquecia a si de alguma forma, e se ele reparasse, iria encontrar pequenas gotas de suor em algumas partes do corpo, gostava do que fazia com ele. Sentiu-o se aproximar novamente e silencioso, sentiu o coração pulsar no peito numa batida forte, que certamente o assustaria se ouvisse, mas não sabia se ele havia sentido. Suspirou e assentiu, suavemente com a cabeça, dizendo o mesmo a ele, e deslizou uma das mãos em seus cabelos, segurando-o junto a si enquanto o sentia se empurrar para dentro do corpo.
Ritsu sentia os toques sobre a pele, e suas seguradas mais firmes, fosse nos cabelos e nas costas, mesmo suas pernas em torno da cintura, de modo que não poderia imaginar o moreno a fazer, de modo que ele certamente iria evitar, queria poder vê-lo. Mas já estava sensível outra vez, era uma nova sensação, e não precisava de muito para chegar perto do ápice, já estava quase. Aos poucos, desviando as mãos do colchão até as coxas do irmão que segurou e sustentou em torno da cintura, firmou os dedos em suas pernas onde segurou-se para ter mais impulso e penetrou-o mais rápida e profundamente, por fim não se apegou ao fato de informa-lo, adentrou até o fundo onde permaneceu junto a ultima estocada e gozou dentro dele.
Etsuo segurou-o perto de si e o fez até sua última estocada, porém não imaginava que ele fosse fazer como fez, ainda mais sem avisar a si, se ele mesmo não gostava quando o fazia. Por fim, não discutiria com ele, teria vergonha de fazê-lo e só iria se limpar e ignorar aquele feito. Agarrou-o nos cabelos, puxando-o entre os dedos e fora o único sinal de reprovação feito, mas não quis estragar o ápice do irmão, e claro, o próprio também não. Em suas últimas estocadas o sentia tocar exatamente o local recém descoberto, bem ao fundo, e tão gostoso que não evitou o ápice e gozou junto dele, sujando seu corpo.
O menor gemeu, denunciando o clímax, e embora estivesse absorto ao próprio prazer, não deixou de se surpreender com o ápice do irmão. Sentiu respingar com gotas frias e densas na própria pele, sequer deu importância em sua repreensão, mas claro que não era de proposito, havia ido muito rapidamente, tinha tanta vergonha da rapidez quanto ele do que faziam.
- Desculpe, eu não fiz de propósito... - Disse, meio soprado, afetado pelo clímax. - Kimochi...?
O maior assentiu apenas ao ouvi-lo, deslizando as mãos pelos cabelos dele e logo puxou o cobertor cobre o corpo dele, cobrindo-o, tentando mantê-lo aquecido, com aquela sensação gostosa pelo corpo e assentiu novamente.
- Kimochi...
Os passos de Taa a adentrar o local, eram calmos e na face, estava evidente a expressão chateada, talvez chegasse a pensar que nunca se sentiu tão triste antes, tinha um vazio no peito. Seguiu à cozinha, deixando a sacola como vinho e algumas coisas sobre a mesa.
- Cheguei, Ikuma.
Falou alto, pegando o gatinho no colo a observá-lo e acariciou, dando-lhe um pequeno beijo e logo o deixou no chão, caminhando ao quarto e abriu a porta a observar o outro deitado na cama, dormindo como sempre. Deu um leve sorriso que logo sumiu e aproximou-se a abaixar-se e lhe beijou a face.
- Já cheguei...
Levou uma das mãos aos cabelos dele, acariciando-os por um pequeno tempo sem dizer nada e logo levantou-se, seguindo ao banheiro e trancou a porta, atipicamente, afinal sabia que se o outro quisesse, podia entrar. Retirou as roupas, deixando-as de lado e logo ligou o chuveiro a adentrar box e deixar a água molhar os cabelos. Encostou-se na parede e suspirou, sentindo as lágrimas presas aos olhos, mas não as deixaria cair, mordia o lábio inferior ou qualquer coisa para tentar conter as lágrimas de descer a face.
Anunciava sua chegada, dizia a frase breve falada, junto ao afago suave que Ikuma recebeu nos cabelos. Largado sobre a cama, o menor permaneceu, mesmo silencioso, mesmo acordado sem dizê-lo. O trinco na porta fez seu suave eco, denunciando o indesejo da presença em seu mesmo cômodo. Era inevitável não ser percebido de seu estado emocional abalado, seja qual fosse seu motivo, quisesse esconder ou não, era evidente demasiado. Sentou-se à beira da cama, portando nas hábeis mãos um cigarro e um isqueiro, que estalou com suavidade quando deu brasa a ponta do cilindro de nicotina e tragou, não demorando a soltar o borrifo de fumaça pela boca.
O maior demorou pouco tempo no banho a logo sair do local e seguiu ao quarto com a toalha ao redor da cintura, observando-o a se sentar sobre a cama e sorriu fraco.
- Boa noite.
Seguiu ao armário, onde buscou as próprias roupas a vesti-las.
- O que foi?
Ikuma retrucou logo após sua saudação, poupando discrição.
- Ahn? - Virou-se a observá-lo.
- O que é que há com você?
- Ah... Nada.
Taa falou baixo e logo se aproximou do maior, abaixando-se a lhe selar os lábios.
- Me diga.
O maior tornou retrucar a frase objetiva, mesmo após o contato superficial e breve dos teus lábios aos próprios.
- Não foi nada. Vou fazer o jantar.
Taa virou-se a seguir em direção a porta.
- Taa, me diga. Vem cá.
O maior parou antes de chegar a porta e virou-se a observá-lo.
- Pode voltar a me chamar de lagartixa, está tudo bem.
- Vem aqui, seu porra.
Taa caminhou até a cama, sentando-se ao lado dele.
- Hum?
- Me diga, e não me faça pedir outra vez.
O maior suspirou, abaixando a cabeça a observar o chão, não sabia como dizer aquilo a ele, então achou melhor jogar a bomba logo.
- Eu... Estava esperando um bebê. - Murmurou.
Ikuma silenciou-se em torpor, ademais em demora a processar seu comentário e mesmo o cigarro continuou inerte a queimar entre os dedos.
Taa desviou o olhar a ele, unindo as sobrancelhas.
- Não se preocupe... Não vamos ter um bebê.
- O que aconteceu, como, quando, aonde e por quê?
- Eu descobri faz uns três dias mais ou menos... Queria te contar, mas precisava ter um momento certo, pra não me olhar como olhou agora. Hoje eu acordei mais cedo e fui comprar vinho e algumas coisas pra fazer um jantar pra você. Meio imbecil, mas foi o melhor que eu pensei e quando estava voltando pra casa... Eu senti uma dor enorme no abdômen, quase não consegui me manter em pé. Então eu fui ao doutor que me atendeu e fez meus exames, ele me examinou e disse que eu tinha perdido o bebê. - Disse numa pequena pausa, e era evidente estar confuso. - Eu perguntei porquê e como era possível se eu não fiz nada errado e ainda sou um vampiro e ele começou com um discurso sobre como as coisas acontecem inesperadamente, algo sobre luz solar e blá blá blá. Eu levantei e fui embora. - Taa suspirou mantendo o olhar ao chão, ainda segurando as lágrimas nos olhos. - Não que eu queira ter um filho sabe... Mas eu... Digo... É como dar esperança a alguém e depois arrancar de volta.
Ikuma tornou-se igualmente silencioso, o cigarro portado ainda sem uso entre os dedos e outra das mãos levou a sua face, deslizando-a em tênue carícia.
- Não me assustei por esperar um filho, mas sim porque eu não sabia disso e o perdeu antes mesmo de falar para mim.O maior sentiu a lágrima escorrer pela face e levou uma das mãos ao local, limpando-a rapidamente.
- Assim é melhor... Você não se apegou a ele, nem a ideia então... Não tem novidade alguma... - Falou baixo. - Então... - Pigarreou. - Ainda posso fazer o jantar... Eu já comprei as coisas... - Levantou-se.
O menor elevou a mão ao pulso alheio, onde manteve-o em seu lugar. Virou-se o mínimo a apagar o cigarro no cinzeiro, antes que acabasse por se queimar com sua brasa.
- Vamos fazer outro. Talvez não seja a mesma coisa, mas, façamos outro.
- Não... Está bem assim... Não era pra ser e eu... Não gosto de planejar as coisas, é péssimo. Você tem o bar... Temos as bandas, ter uma criança estragaria tudo. Até mesmo nossa liberdade. Teríamos que ser responsáveis. Eu pensei demais nisso nesses três dias... Por isso não sabia como dizer, eu sabia que ia estragar tudo...
- Você não quer um filho?
- Não... Tudo bem. Temos o Kuma. - Taa riu baixo, desajeitado.
- Estou falando sério, Taa.
- Não precisa Ikuma... Temos tudo que precisamos aqui, eu... Tenho tudo que eu preciso... E se isso por acaso acontecer de novo, eu vou ficar muito feliz, mas não quero planejar nada...
- Certo. - O menor assentiu junto ao maneio da cabeça.
- Você... Deitaria comigo?
- Venha.
Ikuma soltou-lhe o braço, se ajeitando pela cama. Taa assentiu e deitou-se ao lado dele, aproximando-se do maior a repousar a face sobre o tórax dele. Uma das mãos, o menor levou aos cinzentos fios de seus cabelos, os acariciando.
- Eu queria chorar... Mas não consigo...
- Por que quer chorar?
- Porque me sinto triste...
- Não precisa chorar por se sentir triste. Ao invés disso, faça algo pra esquecer.
Taa assentiu, permanecendo em silêncio por um pequeno tempo.
- Vou fazer nosso jantar...- Desde quando precisa fazer o jantar, Taa? Não é necessário. Se quer ficar aqui comigo, fique.O maior assentiu, encolhendo-se. Ikuma o acariciou novamente, permanecendo em silêncio. Taa puxou o edredom sobre o próprio corpo a cobrir a ambos e segurou a mão livre do outro, entrelaçando os dedos aos dele.
- Vai dormir?
- Só quero ficar assim um pouco. Você me faz bem... Estou sentindo seu coração bater...
- Hum, não sei o que fazer.
Ikuma falou baixo, mesmo continuamente daquela forma.
- Quer subir, hum? Vamos beber um pouco.
- Não quero.
- Por que não?
- Porque não. Vai beber só porque está triste, ah?
- Ao menos eu vou esquecer.
- Pff. - Ikuma resmungou.
- Desculpe... - Murmurou.
- Então... Quer dormir?
- Se me abraçar por trás...
- Hum, certo.
O menor virou-se pela cama a espera do outro a se acomodar e como pedido, o abraçou. Taa deitou-se a encostar o corpo no dele e suspirou, mantendo-se em silêncio por alguns segundos e logo abriu um pequeno sorriso.
- Está excitado?
- Hum? Não por que?
- Queria que estivesse... - Querendo transar, é?
- Sim.
- Por que disse que queria dormir, filho da puta?
- Pra saber se estava com vontade de transar.
- É lógico que estou, quando é que eu não estou?
- Hum... Então me mostre, hum.
- Mostrar o caralho pra você. Vem, vamos encher você de bebês.
- Não da pra ser mais romântico não, ô filho da puta? Não ta vendo que eu estou triste?
Taa virou-se a dar um leve tapa no maior, sem força, claro, estava brincando e não queria machucá-lo.
- Me obrigue.
Ikuma ditou a encara-lo, igualmente o provocando.
- Se não vai ser romântico então não tem sexo.
Taa deitou-se a repousar o tórax sobre a cama e cobriu-se com o edredom.
- Oh, ele quer mesmo. Certo. Deixe-me fodê-lo sob a luz do luar, Lagarta.
O maior segurou o riso e virou-se a observá-lo.
- Como é?
O menor riu baixo, abafando a voz entre os lábios.
- Não seria mais bonito falar "vamos fazer amor"?
- Não, isso é clichê.
- Então fale "vamos fazer um neném." - Taa riu baixinho e virou-se de frente pra ele. - Ah foda-se, vem, mete logo.
- Parece que está realmente querendo consolo hoje, hum.
Taa negativou, retirando a própria regata.
- Vem.
- Vem você.
Ikuma o puxou por seu braço, acima do corpo. Taa sentou-se sobre o corpo do maior a pressionar o próprio quadril sobre o dele.
- Você realmente quer fazer amor? - Ikuma indagou em ênfase no fim da frase.
Taa observou-o por alguns segundos e assentiu.
- É mesmo? Não parece bem disposto.
- Por isso eu quero fazer amor... Quero algo delicado, não muito... Não sei explicar...
- Quer voltar ao banho ou quer na cama mesmo?
- Quero aqui... Gosto da nossa cama.
- Tire a calça.
Taa assentiu e puxou a calça do pijama a retirá-la e deixou-a de lado na cama.
- A boxer também, hum?
- É claro. Deixa-me te dar um beijo onde você gosta.
- Hum... - Taa riu baixinho e puxou a roupa intima, retirando-a a deixá-la junto da calça. - Pronto, hum...
- Agora vire, Lagarta.
Taa virou-se de costas ao outro, ajeitando a face de lado sobre o travesseiro.
- Ah, não mandei voltar pra cama.
- Hum? Como quer que eu fique, hum?
- Mandei só virar, não sair de cima.
- Ah, entendi.
Taa levantou-se a se ajeitar sobre o corpo do outro e apoiar os joelhos a cada lado do corpo dele na cama. Puxou a roupa intima do maior a observar a ereção e abriu um pequeno sorriso.
- Mas já está duro assim, hum?
- O que eu posso fazer? Você é uma lagarta sexy.
Ikuma ditou meio a um riso e levou ambas as mãos às coxas nuas do outro homem, deslizando-as até suas nádegas os quais dera tapas. Taa mordeu o lábio inferior e riu baixinho.
- Gosta de me bater, hum?
Taa roçou a língua ao membro do maior, segurando-o entre os dedos e afastou-se a movimentar levemente a mão, masturbando-o. O menor desviou-se, suficiente a observar o movimento de sua mão acima do próprio membro.
- Meu pau é gostoso, lagarta?
O fitou breve e logo ao falo entre seus dedos outra vez, recebendo os toques dos mesmo a volta do comprimento firme e voltou-se a tuas nádegas fronte ao rosto, mordendo-as sem força enquanto os braços se colocavam a volta de sua cintura, abraçando-a.
O maior assentiu, apertando-o suavemente entre os dedos e apenas observava os movimentos que fazia a estimula-lo.
- Bem gostoso... O que quer que eu faça com ele, hum?
- Faça o que tem vontade, contanto que não o morda.
Ikuma deslizou a língua em sua tez, saboreando a cútis de suas glândulas sexuais e destas, deslizou entre as extremidades de sua intimidade traseira e frontal, logo, a língua o provia de massagens no ponto mais íntimo de seu corpo, circulando a pequena entrada.
- Por que não?
Taa mordeu levemente a glande, cuidadoso e riu baixinho, deslizando a língua pelo membro do outro novamente e logo o colocou na boca, sugando-o.
- Hum...
Ikuma apalpou-lhe as nádegas, e entre elas, em sua intimidade ainda o provia das carícias da língua, contornando-a a sua volta a sentir de seus sutis espasmos involuntários. O maior suspirou a agarrar com certa força o lençol da cama com a mão a se apoiar sobre a mesma e fechou os olhos a tentar se concentrar nos movimentos que fazia, colocando-o e retirando-o da boca.
- Oh, como gosta de uma lambida, Lagarta.
O menor sussurrou a ele, tornando a delineá-lo, pressionando a ponta da língua em tal, massageando outra vez. Taa retirou-o da boca, dando-lhe um leve aperto no membro com a mão que ainda se mantinha a volta dele.
- Você nem faz ideia...
Murmurou e riu baixinho, sentindo o leve arrepio pelo corpo e gemeu baixinho, voltando aos movimentos a colocá-lo e retirá-lo da boca, lubrificando-o com a saliva.
- Hum, eu faço sim.
Ikuma retrucou e o sugou na pele, estalando no fim do contato. A mão esquerda deslizou meio suas pernas, massageando seu membro acordado, vagarosamente em vai e vem.
- Hum...
Taa uniu as sobrancelhas, retirando-o dos lábios apenas para deixar um gemido baixo escapar e continuou a masturbá-lo, deslizando as mãos em suaves movimentos pelo membro dele.
- Que gostoso, hum...
- Gostoso vai ser quando eu te rasgar em dois.
Ikuma falou baixo, ainda com o foco da língua em sua entrada.
- Hum... Como é? Me rasgar em dois?
- Bem isso.
O menor deu aparte no feito e outro tapa lhe deu sob a nádega.
- Hum...
Taa mordeu o lábio inferior e levou a mão livre a soltar o membro dele e levou as próprias nádegas, tocando a si no ponto tão pequeno.
- Gosta daqui, hum?
- Ah, não faça essas coisas. Vire-se, aproveite que está lubrificadinho.
- Não gosta de ver, hum?
- Não combina com você. Vem pra cá.
O menor tornou lhe desferir o tapa, que estalou e enrubesceu a pele. O maior assentiu e retirou a mão do local, virando-se e o observou.
- Hum?A mão, o menor levou a seu quadril, fê-lo descansar o traseiro sobre o próprio colo e sentir em suas nádegas o volume criado por si mesmo. A direita, guiada em sua nuca, puxando-o a si, mordidas sutis lhe deu nos beiços e tomou posse de sua boca, o beijando. Taa suspirou a se deitar devagar sobre o corpo do outro e retribuiu o beijo, levando as mãos a apoiar-se ao lado dele na cama e fechou os olhos, apreciando o sabor dos lábios do maior.
Feito a outra mão, de sua nuca Ikuma deslizou igualmente ao quadril do outro, onde pousou apenas a sentir a textura da pele e continuamente a roçava para cima e para baixo num tipo de carinho. Taa sorriu, deslizando uma das mãos pelo lençol até lhe alcançar os cabelos, acariciando-os suavemente enquanto apreciava as caricias.
O menor suspirou, pesado, compassado no descanse dos orbes atrás das pálpebras que escureciam o ambiente enquanto apenas lhe degustava a boca em beijo. Deslizando vagarosamente as mãos em sua pele sem sentir muito calor, mas o pouco suficiente a sê-lo agradável e continuar a se manter de tal forma.
O maior moveu sutilmente o corpo sobre o dele a sentir a pele fria do maior junto a própria, suspirando entre o beijo com o leve arrepio pelo próprio corpo.
- Deixa-me entrar agora, hum?
Ikuma indagou baixo, mesmo entre o beijo, por vez apartado.
Taa assentiu, cessando o beijo apenas para respondê-lo.
- Entra...
Murmurou e moveu sutilmente o quadril sobre ele, selando-lhe os lábios algumas vezes. O menor o retribuía nos selos, resultados em brincadeiras contra seus lábios ou língua. A mão direita desceu entre suas pernas, puxando o sexo antes deitado sob o ventre junto ao alheio descansado meio aos corpos. O roçou em sua entrada, beirando-a; impudicamente a contornando até dar o impulso suficiente a penetrar a glande.
Taa suspirou a apreciar os estímulos do maior e o gemido baixinho deixou os lábios ao senti-lo adentrar o corpo, cessando o beijo nos lábios e desceu a lhe beijar o queixo e logo o pescoço, sugando-o a deixar uma pequena marca no local.
Ikuma arrepiou-se, sutil, sentindo o prover de seus beijos na pele, enquanto o membro lhe rompia as barreiras íntimas, vagarosamente entrando em seu corpo, até o fundo. O gemido pouco mais alto deixou os lábios do maior, mordendo o lábio inferior a contê-lo e logo lhe deu uma sutil mordida no pescoço,cuidadoso a não perfurar o local e apertou o lençol entre os dedos.
O menor dobrou as pernas, dando apoio aos pés acima da cama, e estes em apoio para o quadril, passou a movê-lo abaixo do outro rapaz, dando o início das investidas amenas em seu corpo. Taa afastou-se pouco do outro, observando-o e movia levemente o quadril a ajudá-lo com os movimentos, deixando que o outro tomasse conta do ritmo sem alterá-lo e o observava com os olhos semicerrados, mordendo o lábio inferior.
- Bom... - Murmurou.
- Hum, uhum.
Ikuma murmurou igualmente, o observando em retribuição e movia-se sem pressa, mesmo em aumento dos movimentos, porém não demais. Aos poucos, Taa passou a mover o quadril sobre o outro a levantar-se e voltar a se setar sobre ele, devagar, seguindo o ritmo dos movimentos do menor. Deslizou uma das mãos pelo corpo dele, acariciando-o e observava a pele tão fria e tão branca, tão atrativa para si.
As mãos do menor deslizaram a toma-lo firma pela cintura, impondo maior impacto corpóreo contra si conforme passou a puxa-lo consigo. Os orbes, em desvio as íris nítidas ao membro, resvalando a sua entrada; explorando a cada ida e vinda contra seu corpo.
Taa levou uma das mãos sobre a dele, acariciando-a no local e sorriu ao maior, mordendo o lábio inferior a inclinar o pescoço para trás e suspirou, fechando os olhos a apreciar as investidas.
Ikuma levantou-se, desencostando a coluna antes repousada sobre a cama. O beijou no pescoço, passando um lado a outra e a esquerda em seu peito, desceu o tocando com suavidade, acariciou um dos mamilos, o apertando entre dedos até que a boca os substituíssem.
O maior levou uma das mãos sobre os cabelos do menor, acariciando-os e puxou-os levemente entre os dedos a desviar o olhar a ele e observá-lo enquanto fazia os leves estímulos. Passou a se mover sobre ele, erguendo-se e voltava a se sentar sobre o colo dele, mantendo o ritmo lento a deixar escapar baixos gemidos.
- Gostoso...
Ikuma sussurrou ao encontro de sua pele, erguendo apenas a direção visual a fitar-lhe o rosto e lhe sugou o mamilo, o mordendo, o puxando e o jogou a cama, voltando-se tão ligeiro entre suas pernas onde bem se acomodou. Taa riu baixinho e mordeu o lábio inferior, observando-o.
- É?
Murmurou a sentir o leve arrepio percorrer o corpo e ajeitou-se na cama ao ser jogado sobre a mesma, separando as pernas a dar espaço a ele entre elas. O menor abaixou-se, porém sem peso ao outro. Segurou-lhe as pernas, agarrando-lhe as coxas e continuou ao movimento, deveras vigoroso, o estocando sem rapidez, mas forte.
Taa fechou os olhos ao sentir a primeira investida do outro contra si e o gemido alto deixou os lábios, unindo as sobrancelhas a expor a leve expressão de dor na face, tão boa junto ao prazer enorme que sentia.
- Uh...
Ikuma deu sutil rastro de voz, junto ao bom suspiro; sugando ar. Abaixou a cabeça, onde os louros fios de cabelos encobriam o rosto, escondendo-o meio ao monte de fios descoloridos e encarava ao próprio corpo, junto ao outro, que sofria espasmos a cada investida.
Taa levou uma das mãos sobre a dele novamente, apenas apoiando-a no local e abriu os olhos aos poucos a observá-lo, mas encontrou apenas os cabelos dele em frente a face e abriu um pequeno sorriso.
- A vista... É boa, hum?
- Muito boa.
O menor o respondeu rouco e embargado, deslizou a mão; uma delas entre corpos, o tomando entre os dedos, acariciando seu membro que expunha excitação, duro, o masturbando sem muito ritmo, sem muita atenção. Taa estremeceu sutilmente ao senti-lo tomar a si entre os dedos, levou uma das mãos sobre a dele, ajudando-o nos movimentos em si e inclinou pouco o pescoço para trás a gemer baixinho pelo prazer que sentiu no toque, logo voltando o olhar ao local.
- Ah...Ikuma afastou-se do outro, erguendo somente o torso. A vista ampla teve de seu corpo abaixo, tal como o proveu do mesmo, o ritmo do quadril a sua direção em cada vez que o estocava, e lhe dava os mesmos espasmos no abdômen. Taa observou o corpo bonito do outro sobre si e mordeu o lábio inferior a deixar o gemido mais alto escapar ao senti-lo tocar a si no local tão sensível e levou uma das mãos ao quadril do outro, puxando-o para si novamente.
- Assim... Assim é gostoso...
O menor guiou ambas as mãos ao colchão, em cada lado do outro, engrenhando os dedos entre os lençóis na cama, tomou maior impulso nos estoques providos a seu corpo, vigoroso e agora igualmente rápido, estalando no contato brusco a cada impacto veemente. A expressão de prazer se fez presente na face do maior ao sentir os movimentos do maior e levou a mão livre a cama, agarrando o lençol entre os dedos e apertou-o com força, puxando-o enquanto a outra mão mantinha-se no próprio membro a estimular a si mesmo, movimentando-se rápido a dar leves apertos na ereção algumas vezes.
- Ikuma...
- Esse...
Ikuma abaixou-se, descansando o peito ao demais, deslizou a língua em sua orelha, contornando-a, adentrando-a em seu orifício auditivo, enquanto roçava sua tez a própria conforme cada uma das investidas impostas a ele.
- é pra ver se eu te dou outro bebê.
Ditou em sussurro contra seu ouvido, sugou seu lóbulo na conclusão da frase, e por fim o ultimo estoque em seu corpo, gozou, dispersando o prazer em seu interior e suspirou pesado, num gemido sem voz.
Taa levou uma das mãos aos cabelos do outro, acariciando-os suavemente e abriu um pequeno sorriso nos lábios ao ouvi-lo e logo a sentir o líquido a invadir o corpo. Estremeceu sutilmente e apertou o próprio membro entre os dedos a gozar junto dele, virando-se e lhe beijou a face, talvez em agradecimento, não pelo filho, mas pelo fato de se importar consigo.