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abril 2018
Ao abrir a porta, Ryoma deu logo passagem ao garoto, que não tinha de fato recato para entrar. Uma vez que o permitiu, viu partir diretamente até a sala de estar e nela, para a varanda.
- Ah, Ryoma, você mora bem no centro, aqui é lindo, tem uma vista ótima, não tem?
- É, gosto daqui.
Disse o maior e olhava aos arredores, verificando que tudo parecia muito bem por lá, era como se nunca houvesse ficado vazia. O irmão certamente havia mandado alguém tomar conta. Ao seguir até ele, observou a vista alta que tinha da cidade iluminada mesmo a noite. Ao seguir para a varanda, Haruki observou os prédios, altos, e era inteira iluminada, a cidade. Suspirou, era uma vista bonita, fazia um tempo que não via algo daquele tipo.
- ... Quantos anos você tem?
- Cento e algumas coisas. Por quê?
Ryoma indagou ao se aproximar um tanto mais dele, fitou-o de cima.
- Ah... Só curiosidade. Cem anos é muita coisa.
- Não de fato, depois de algum tempo parece passar muito rápido.
O maior disse e apoiou as mãos na pilastra da varanda, atrás dele, uma em cada lado de seu corpo o que consequentemente o colocou numa jaula braçal. Se abaixou pouco, suficiente para olha-lo mais de frente. Haruki sorriu meio de canto e observou o caminho dele até prender a si na coluna e o observou de mesmo modo, era bonito, por um momento sentiu vontade de morder o corpo inteiro dele.
- Hum, então levou a sério dormirmos juntos?
- Bem, você pareceu mesmo interessado.
Disse o maior a ele, e até deu um sorrisinho de canto. Haruki sorriu igualmente e deslizou uma das mãos pelo rosto dele, acariciando-o.
- Você é lindo.
Com um movimento rápido, Ryoma laçou sua cintura e o levantou no colo, levando para dentro de casa.
- Onde você quer?
O loirinho segurou-se nele conforme o sentiu erguer a si e mordeu o lábio inferior.
- Na sua cama.
- Hum, tradicional.
Ryoma disse e caminhou pela casa sem pressa, até que então chegasse lá, no quarto. Porém não o colocou no chão e nem na cama. Ergueu o olhar a ele. O menor sorriu meio de canto.
- Bem, achei meio pervertido demais pedir o balcão da sua cozinha.
- Onde você quiser.
Disse o maior e o colocou na cama só então. Desse modo tocou a camisa e tirou a peça, permaneceu com a calça porém. Haruki sorriu a ele e observou seu corpo, era bonito, sem dúvida nenhuma. Tinha a pele tatuada, e fora onde os olhos observaram primeiro. Deslizou uma das mãos pelos braços dele onde o desenho tomava forma e subiu até seu pescoço, suas costas. Deu espaço a ele entre as pernas, guiando as coxas as laterais de seu corpo, e apertou-o ali.
Ryoma suspirou, sob seus dedos a pele se arrepiava, sentia aquelas leves agulhadas. Abaixou-se a medida em que recebeu espaço e bem, unindo um gesto ao outro, teria uma ereção bem rápido.
- Como você gosta de fazer?
Haruki sorriu a ele, achava graça no modo como parecia uma criança perto dele, claro, de forma corporal. Era uma criança pervertida.
- Hum, eu gosto forte, mas não quebre meus quadris.
Riu e o apertou no ombro, sobre sua tatuagem, não fazia ideia.
- É? Gosto da sua sinceridade. Já transou com mais vampiros ou humanos?
Curioso, o maior o indagou. Aproveitou para se afastar suficiente e tirar sua camisa, tal qual fez em si mesmo.
- Hum... - Murmurou num leve gemido, mas era sutil.
Haruki sorriu, e era de fato, sincero mesmo.
- Vampiros. Na verdade, quando morri, ainda era virgem. - Murmurou num pequeno sorriso novamente. - Então... Acho que vai gostar de transar comigo. Eu costumava transar com humanos como passatempo, mas só quando era alguém muito bonito. A carne me rendia alguns dias de comida. - Disse ajudando-o a retirar a própria camisa e uniu as sobrancelhas conforme o ouviu gemer. - Ah... Dói? Mas... Já cicatrizou.
- Hum, parece muito sexy.
Disse o moreno, supondo que faria o mesmo. Soou um pouco rouco e lambeu os lábios.
- Essa tatuagem não é como a do seu irmão. Essa foi feita com sangue, tinta e agulhas quentes. Então ela sempre vai doer. - Sorriu-lhe com os dentes.
- É? Se quiser posso te contar algumas histórias.
Haruki sorriu a ele a expor as pequenas presas e selou seus lábios, pela primeira vez desde que o havia conhecido, ouvindo-o em seguida e soltou seus braços.
- ... Sinto muito.
Ryoma sentiu o beijinho, breve e superficial que ganhou.
- Eu não disse pra parar.
Sorriu-lhe canteiro e sugestivo. Abaixou a pelve e entre suas pernas empurrou a ereção, deixando sentir.
- Hum...
Haruki sorriu malicioso e apertou-o novamente no ombro, dessa vez pouco mais forte, e sentiu-o ereto a se empurrar contra as nádegas. Estremeceu e mordeu o lábio inferior.
- Ah... Está duro? Só por... Pensar em fazer comigo?
O moreno sorriu canteiro.
- Não estou só pensando.
Falou, um pouco mais grave ao sentir o aperto no ombro. Afastou-se novamente e puxou sua calça, arrancando com facilidade por suas pernas e lançou a qualquer lado do quarto. Tomou o elástico de sua roupa íntima, sentindo o tecido.
- Hum... Kimochi.
O loiro disse num sorriso mais uma vez e puxou também a calça dele, não era tão forte quanto ele, mas ainda era um vampiro, e o tecido deslizou facilmente por suas pernas, claro, com a ajuda dele. Ryoma cedeu modos suficientes para despir a roupa e fez-se como ele, unicamente com a boxer. Ajoelhou-se na cama, como estava, entre suas pernas e visível, levou a mão até a ereção, por cima da roupa mesmo, deslizou-a pela base escondida, embora visível através da roupa.
- Quer?
Haruki observou-o a se tocar, e deslizava a mão por seu sexo, subindo por ele, parecia que não ia acabar, até chegou a rir.
- Nossa... Isso tudo é você?
Murmurou num riso e abaixou-se, aproximando-se dele a tocar seu sexo, não com a mão, fora direto e o tocou com a língua, sobre sua roupa, umedecendo.
- Só vai descobrir se ver.
Disse o maior porém o viu se sentar e tao logo inclinar, suficiente para tocar não com a mão mas com a boca, umedecendo o tecido.
- Uh, está com fome?
- Estou sempre com fome.
Haruki disse a ele e e piscou, lambendo-o novamente sobre a roupa e puxou sua roupa íntima, abaixando-a a observar seu sexo ereto, era grande como pensava.
- Nossa.
Disse de novo e sorriu, deslizando a língua agora por ele, não somente na roupa.
Ryoga deu um sorrisinho torto, embora fosse para si mesmo, enquanto sentia os movimentos na pelve, não necessariamente os assistia, de um lado a outro e logo estava diretamente contra sua boca.
- Faz com força.
- Com força? Quer que eu te morda?
Haruki riu, não pretendia fazer isso realmente e pressionou a língua sobre ele, contra ele, afundando-o na boca.
- Com carinho eu aceito.
Disse o maior ao desviar para olhar para ele. Assistiu-se entrar em seu corpo, em sua boca. Haruki riu, contra ele e ao retira-lo, deu uma mordidinha sem força, brincando com ele, logo o empurrou para dentro novamente.
- Hum.. - Ryoma murmurou, até contraiu a ereção sob seus dentes, fazendo sentir o espasmo em sua boca. - Você pode fazer com força. Finja que precisa muito me chupar.
Haruki desviou o olhar a ele e assentiu, sugando-o firmemente para si e o fez sentir a sucção até um pouco dolorida, enfiando-o na boca a suga-lo firme.
- Ah, assim.
Disse o moreno, sentindo-se preso em sua boca, sentindo a pressão na ereção, que pulsou entre sua língua. Pegou seus cabelos louros e pela cabeça o empurrou, investindo a si. Haruki desviou o olhar ao rosto dele, era estranho, como se ele gostasse de sentir dor, não era algo comum para um ativo. Por fim, continuou o que fazia, o sugava para si, firme e dolorido sempre que dava uma pausa no movimento da cabeça.
- Está gostoso?
Ryoma indagou ao ser olhado e em ritmo passou a puxa-lo, formulando um vaivém que não era demasiado apressado porém era firme. O menor assentiu, ajeitando os cabelos loirinhos para trás da orelha com uma das mãos. Deslizou ambas as mãos pelos quadris dele, apertando-o e suspirou, lhe dando uma pequena mordida na ponta novamente, dessa vez, raspou a presa propositalmente, claro, de modo suave, apenas lhe dando uma fisgada.
- Uh, você sabe fazer isso direito, hum? - O moreno disse a ele e soava um tanto rouco. Se arrepiou com a mordida cuidadosa. - Quer um pouco de sangue, hum?
Haruki sorriu ao ouvi-lo e lambeu-o onde havia arranhado.
- Hum... Quero, dizem que sangue de vampiro é melhor do que sangue humano... - Murmurou, provando do sangue dele que tinha na língua. - Ah, e eles tem razão.
- E você ainda bebeu de uma boa parte, ah? Hentai.
Ryoma falou baixo, porém audível. Ao puxar seus cabelos o afastou bruscamente e fitou seu rosto a medida que o postou defronte. E tão rapidamente imergiu em sua boca, o beijou com a mesma intensidade que gostava no sexo. Haruki sorriu meio de canto ao ouvi-lo e assentiu, observando-o conforme fora puxado, era meio estranho, mas gostava. Retribuiu o beijo dele, ou tentou, embora fosse muito rápido e gemeu conforme sentiu a sutil fisgada da língua ao roçar em uma das presas dele, o beijo era meio caótico, mas gostoso, o que machucou a língua e a boca não só uma vez.
- Hum...
Ryoma sorveu seus lábios, sua língua e tragou-o de leve antes de soltar.
- Você gosta de dor?
Haruki deslizou a mão pelo ombro dele, acariciando-o e suspirou.
- Existe um vampiro que não gosta?
- Certamente que sim.
Dito, o moreno o empurrou para a cama, terminou assim de tirar a boxer pelas pernas e fez o mesmo com a dele. Aproveitou para dar as costas a ele e mostrar a tatuagem extensa.
- Veja, essa tatuagem foi quase completamente feita com agulhas quentes, então, cuide bem de mim.
Ryoma disse e deu a ele uma piscadela embora parecesse muito sério. Haruki deitou-se, deixando-o retirar a própria roupa íntima e até riu baixinho, divertido. Observou as costas dele, era extensa, não sabia como ele havia aguentado, podia ver a parte tatuada pelo próprio irmão também, parecia mais escura do que o restante, certamente por ser mais nova, ou por ser uma técnica diferente.
- Hum... Você gosta de dor então? Isso, é inusitado. - Sorriu. - Mas eu gosto da ideia.
- É, eu gosto de sentir dor, mas não por ser dor. Eu gosto da ideia de ter alguém não mais forte que eu, tentando me conter. - Sorriu-lhe canteiro. - Principalmente se for tão adorável quanto você.
Haruki sorriu e por um momento, achou a ideia interessante. Na verdade, era do tipo aberto a tudo, o que ele quisesse tentar, certamente aceitaria, mas a última frase corou as bochechas suavemente.
- Acha que eu sou adorável...?
Disse num sorriso e selou os lábios dele, deixando-o sentir novamente o gosto do próprio sangue que ainda tinha na boca.
- Acho sim. - Ryoma disse e seguiu para ele, ganhando o beijo ligeiro com gosto de sangue, embora tão sutil. - Gosto de imaginar seu corpo pequeno tentando me domar.
Haruki mordeu o lábio inferior.
- Hum... Então me deixa domar você. Vem.
- Domar eu não deixo, mas você pode tentar.
- Hum, então me deixe tentar.
- E você tem que pedir permissão pra isso? - Deu uma piscadela a ele.
- Não. - Sorriu. - Então tá bem.
O loiro mordeu o lábio inferior e separou as pernas, dando espaço para ele entre elas.
- Você quer camisinha, ah?
Ryoma indagou embora já estivesse a roçar a ereção entre suas nádegas, movendo sinuosamente o quadril, dando a ele a ideia do que aguardava.
- Não, quero você sem ela. - Murmurou contra os lábios dele. - ... Cuidado, é apertado.
- É, eu imagino que vai ser bem apertadinho.
O maior tomou-se nos dedos e esfregou-se a ele com mais atrito. Podia sentir sua pele e aquela parte por ser deflorada, não se prolongou ao empurrar e ergueu o tronco antes que estivesse inteiro. Ao tomar seus pulsos e segura-los junto a cama, num solavanco se fez dentro dele, sentindo aquela parte realmente apertada.
Haruki estremeceu mesmo antes de senti-lo entrar, já era acostumado a perder a virgindade, afinal, sempre a perdia, e já havia feito aquilo algumas vezes, porém com ele parecia diferente, talvez porque não se lembrasse de ter tido um parceiro tão grande daquela forma, sabia que iria doer, mas preferiu fingir que não. Uniu as sobrancelhas ao senti-lo se empurrar para si e tentou relaxar o corpo, mordendo o lábio inferior na tentativa de conter um gemido que fora inevitável, dolorido, e podia sentir o cheiro suave do próprio sangue enquanto o sentia entrar. Sentiu as mãos presas e desviou o olhar a elas por um instante, notou seus braços, seu ombro, ele, era lindo, ah, que sorte tivera, e distraído, o gemido rasgou a garganta, rouco conforme o sentiu se enfiar por inteiro em si.
- A-Ah... R-Ryoma... Como... Como você coube inteiro aí dentro...?
Ryoma ouviu-o ruir no gemido, embora houvesse facilmente abstraído, de olhos franzidos e sua voz rouca ao indagar. Olhou para baixo e sorriu, ao deslizar os dedos por seu braço, apenas uma das mãos, seguiu até o ombro e de lá até a nuca, segurou e o puxou, suficiente para voltar seu olhar às próprias pernas, espaçadas e preenchidas e aquela parte onde havia se colocado inteiro, deflorando-o.
Haruki abaixou a cabeça, observando-o dentro do próprio corpo, aliás, tentou observar e o gemido baixinho novamente deixou os lábios, a onda de dor que percorreu o corpo de alguma forma, era boa. Mordeu o lábio inferior mais uma vez e tendo uma das mãos soltas, agarrou-o em seu ombro num aperto firme.
- Hum...
O murmuro do maior soou num misto entre gemido e sopro, era baixo mas a ele seria bem audível e também correspondido. Se empurrou para ele, num reflexo talvez, estimulado por sua ideia de retribuir a dor, o penetrou dando uma única estocada, seguiu logo uma segunda, mas não era rápido ainda que fosse firme.
O gemido deixou os lábios do pequeno, assim como o dele, colidiram conforme o sentiu investir contra si, droga, doía bastante, e teve que fechar os olhos por um momento, pressionando-os. Claro que novamente o apertou no ombro, dessa vez, com as unhas.
- Ah...
Ryoma murmurou e desta vez realmente se sentiu desconfortável, não pela dor, mas porque as unhas eram curtas e finas, normalmente depois de um tempo já não as sentiria, mas naquele momento sim. Se empurrou para ele e quis morder cada um de seus dedinhos. Haruki gemeu novamente conforme sentiu sua investida, e apesar de dolorosa, podia sentir o corpo todo se arrepiar, gostava do que faziam, gostava dele, mesmo que o tivesse conhecido há poucas horas.
- Ah! Ryoma...
Murmurou e as unhas deslizaram pelas costas dele, arranhando-o, e não tinha muita piedade de sua tatuagem dolorida, ele havia dito que gostava.
- Puta que pariu.
Murmurou, quase num sopro, e tal qual piedade lhe careceu, fez o mesmo entre suas pernas, se moveu, dando ritmo, passando a penetra-lo agora com frequência e podia se ouvir colidindo em sua pele, embora ainda tivesse controle no que fazia, ele era um vampiro, mas era jovem demais.
Haruki deu um pequeno sorriso ao ouvi-lo, porém levou pouco tempo para se arrepender do feito. Franziu o cenho, dolorido com os movimentos e agarrou-se a ele, soltando suas costas dessa vez, na tentativa de que ele não fosse tão duro com o próprio corpo, mas já podia ouvi-lo colidir contra a pele, firme, e o sentia diversas vezes a fundo no corpo.
- C-Caralho...
- Forte demais, bebê vampiro?
Ryoma indagou ao loirinho embaixo do corpo, usando o apelido para chama-lo de vampiro jovem, recente. Ao levar as mãos em seus quadris, segurou com firmeza e empurrou para a pelve, suavizou um pouco a força, mas não a rapidez. O menor desviou o olhar a ele e negativou.
- Tudo bem...
Murmurou, estremecendo e mordeu o lábio inferior conforme o sentiu puxar a si, observava o rosto dele, estava encantado, parecia uma adolescente apaixonada, quase riu por isso.
- O que mais você gosta? Ah? Eu... Faço o que você quiser.
- Faz, é? - Ryoma retrucou sua pergunta e embora não risse, achava graça. - Talvez outro dia eu te ensine mais coisas.
Disse, e sim, era um segundo convite. Deslizou a mão por seu tronco nu, só então reparou no fato de que seu corpo menor era bem bonito, a pele tinha um tom corado que gostava, era um traço humano, ainda que ele já fosse mais pálido que um. Levou a mão até a boca, umedeceu os dedos e os levou para seu corpo flácido, esfregou sua glande.
Haruki assentiu num pequeno sorriso, não era tímido, sabia que ele provavelmente acharia graça, mas queria agradá-lo de alguma forma. Abriu um pequeno sorriso conforme o ouviu, adoraria repetir aquilo, parecia bom, queria conhecê-lo um pouco mais. Observou seus movimentos, sua mão que descia até o sexo e gemeu, prazeroso conforme sentiu o toque, gostava de sentir ali, embora fosse passivo, era um local que gostava de tocar, claro, era sensível.
- Kimochi...
Ryoma mordeu a boca, perfurando a região do lábio onde se fazia visível para ele, e ao ferir a boca, cuspiu o sangue onde os dedos tocavam, o lubrificou com o próprio sangue, tingindo sua pele a medida em que passou a acaricia-lo. Com força vigorosamente continuou a entrar nele.
Haruki estremeceu conforme sentiu o sangue dele tocar o sexo, era ainda pior, e excitava a si ainda mais. Fechou os olhos mais uma vez e inclinou o pescoço para trás, ele sabia o que fazer, sabia onde tocar, e certamente, iria gozar logo.
- Você... Ah! É tão gostoso...
- Não feche os olhos.
O moreno disse, e deslizou como antes uma das mãos em sua nuca, segurou seus cabelos loiros e indicou a direção do ventre.
- Olhe, é gostoso.
Arqueou-se para ele e lambeu seus lábios, o beijou e não deixou de se mover.
Haruki assentiu e o observava enquanto se movia, era mesmo gostoso, podia ouvir o barulho de seu corpo batendo contra o próprio e gemia, prazeroso, rouco, a voz não era aguda ou irritante, podia considerar agradável, mesmo naturalmente a ele. Sentiu o beijo e sorriu, retribuindo-o e guiou ambas as mãos ao redor do pescoço dele, abraçando-o, tocando seus cabelos compridos com uma das mãos.
O beijo não era ao todo formal, vezes o lambiscando, vezes Ryoma sugava seu lábio ou a língua. Continuou o ritmo no entanto, em empurradas firmes e sinuosas, ao mordiscar seu queixo, desceu ao pescoço e tragou a pele, mordeu seu mamilo no breve encontro que lhe deu.
Haruki sorria a ele entre o beijo, era gostoso, aquela pequena brincadeira que faziam, se sentia bem. Ao senti-lo tocar o mamilo, deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, acariciando-o.
- Hum... Ry... Ryoma... - Murmurou.
- Você quer gozar? Está parecendo muito perto.
O maior disse a ele, soando junto de sua pele. Em seu sexo ainda acariciava, friccionando o dedo, massageando a glande com um leve toque úmido.
- Você quer que eu faça você gozar?
- Eu estou perto faz um tempo. - O menor murmurou num sorriso. - Mas não quero que saia de dentro, então estou segurando. - Dito, deslizou a mão pelo rosto dele, acariciando-o e assentiu. - Me faz gozar...
- Hum, eu entendo, você é só um adolescente, pode ser muito rápido.
Ryoma brincou, embora parecesse sério ao falar. Lambiscou seu queixo, foi ao pescoço, rosnou baixo, brincando com ele. Estava perto de gozar, assim como ele, continuou os movimentos sem dizer, imaginava que nele, onde entrava, ele poderia sentir cada pequeno espasmo denunciando a proximidade.
Haruki suspirou, um suspiro pesado ao sentir seus toques, e conforme o ouviu rosnar, riu baixinho, agarrando-o nos ombros novamente, firme e o arranhou no local, como se o advertisse.
- Não, cãozinho mal. - Falou e riu novamente, contraindo-se ao redor dele, propositalmente, apertando-o no corpo. - Iku yo...
- Hum...
O moreno gemeu, entre os dentes e boca fechada mas se era audível a ele, na proximidade em que estavam, se arrepiou diante da pele dolorida, mas incentivou os quadris, continuou rápido, continuou firme e o faria gozar antes que fizesse o mesmo.
Haruki fechou os olhos, apreciando os movimentos firmes dos quadris dele, era dolorido, e ao mesmo tempo gostoso, podia sentir um arrepio percorrer o corpo, sabia que estava perto. Num suspiro, gemeu mais alto, deixando claro que havia sido gostoso até demais para si e gozou, sujando os dedos dele já que estimulava a si, e claro, o corpo também denunciava em espasmos, o apertando dentro de si.
Ryoma sentiu seus espasmos denunciando a proximidade que chegou sem muito rodeio. Os apertos abraçavam o corpo fechando suas paredes a pressionar a ereção que o corrompia. Nos dedos sentiu seu clímax e ainda tinha certo calor, misturou ao que restava do sangue já não tão farto. Apertou seu sexo, não suficiente para conter seu ápice e extraiu cada uma de suas gotas. Só então se afastou dele e deixou-se atingir o ápice, que sujou sua pele como o seu próprio, despejado em seu abdome.
Ao senti-lo se retirar de si, o menor abriu um pequeno sorriso e mordeu o lábio inferior, assistindo-o deixar o prazer sentido sobre o próprio corpo, não se importava realmente, preferia que não fosse em si, tinha uma referência boa com o irmão.
No fim, satisfeito, Ryoma deu a ele uma piscadela enquanto defronte suas vistas terminava cada pequena gota de prazer. Só então se abaixou, deu-lhe um selo breve, uma, duas vezes e então se acomodou a seu lado.
Ritsu voltou para cama um pouco depois, levando consigo o chá do irmão, feito pelo pai, era floral embora o tom vermelho não se desse pelas pétalas usadas por ele. Para si um pouco de matte natural, não sem antes ajudar a mãe a entrar no quarto junto do café da manhã que levava para o pai ainda deitado, em uma bandeja. Observou o moreno que ainda dormia, bem largado sobre a própria cama, não entendia como o pai não dizia nada sobre o fato de que ele sempre dormia fora de seu quarto. E desde o que fizeram, não falaram sobre, mas era bem o que pensava toda vez que olhava para o corpo do mais velho. Sentou-se na cama, e se cobriu após deixar de lado a bebida que não se demorou a ter de volta. Abaixou-se, beijando o pescoço do moreno e deu uma mordidinha em sua pele.
- Etsuo.
Etsuo suspirou e de fato, estava absorto no sono, sonhava longe e com ele, claro, ele era a única coisa que conseguia pensar e sonhar, todo o tempo desde que havia se declarado a ele. Moveu-se devagar, piscando algumas vezes ao sentir a mordida e resmungou, baixinho a desviar o olhar ao irmão, observando-o ali e o cheirinho gostoso de chá o acompanhava.
- ... Ohayou...
Murmurou, e virou-se devagar, visto que ainda sentia o corpo dolorido.
- Não é bem manhã, mas ohayo. - Disse o menor, baixo e esperou-o se sentar para entregar-lhe o chá. - Aqui, mamãe fez pra você.
Etsuo sentou-se na cama, devagar e observou o chá, assentindo.
- Tem sangue?
- Sim, pela cor eu acho que sim.
Ritsu disse e deslizou uma das mãos, já desocupada, em seus cabelos escuros, próximo a orelha, onde encaixou a mecha. O moreno sorriu a ele meio de canto, e estava silencioso no dia anterior, nesse também, não sabia como lidar com aquilo tudo, talvez houvesse se tornado um fraco? Não sabia dizer. Suspirou e bebeu um gole do chá, sentindo-se um pouco melhor.
- Quer comer alguma coisa?
Ritsu indagou ao moreno, e percebia-o desajeitado, provavelmente desconfortável com a situação. Mas havia gostado apesar de tudo, porque havia pensado nisso naquele dia. Será que o beijo íntimo havia sido a ele muito excitante? Pensou e quis sorrir achando graça, porém não fez. Na verdade porém, não o havia visto demonstrar muito interesse naquilo, havia atingido o clímax, mas nada que dissesse evidentemente que havia gostado, provavelmente não era bom fazendo aquilo.
Etsuo bebeu outro gole e outro, e só parou quando finalizou a xícara, no dia anterior não havia tomado sangue, queria sentir-se como o irmão se sentia, saber porque era tão ruim a ponto dele recusar a si um dia após, e de fato, era dolorido mesmo. Esperava que daquele forma, ele não procurasse outro garoto, mas se perguntava silenciosamente se seria somente uma vez ou se teriam próximas.
- Comer? Acho que sim.
- Mamãe fez panqueca doce, você quer? Ele levou pro papai. - Sorriu. - Foi todo cuidadoso com a bandeja maior que ele.
Etsuo sorriu.
- Que bonitinho. Quero sim.
- Você está bem? Parece desanimado.
- Estou sim, um pouco... Mexido.
- Mexido? - Ritsu arqueou a sobrancelha, sem entender o termo.
- É complicado.
- Ainda está com raiva por causa do Shiro?
- Um pouco.
- É só um colega, Etsuo.
- ... Eu sei.
- Então...?
- É complicado. - Riu ao dizer de novo. - ... Você gostou?
- O meu não era igual o seu. O meu é matte.
- Não estou falando do chá.
- Então?
- Do que fizemos... Antes de ontem.
Ritsu fitou o irmão e bem, não teria entendido se não estivesse pensando sobre isso, se não houvesse deixado de falar sobre isso antes. Assentiu com a cabeça.
- Sim, você não?
- ... Sim.
Etsuo murmurou e desviou o olhar, num suspiro, estava aliviado por ter falado.
- Gostou?
O menor disse e embora fosse sutil naturalmente em se expressar, podia se notar alguma surpresa na resposta.
- Gostei. - O moreno desviou o olhar a ele.
- Então por que parece que não?
- Porque eu tenho vergonha de ter gostado.
- Por quê?
- Porque não é algo que eu costumo fazer.
- Também não era algo que eu pensava em fazer.
- ... - Etsuo desviou o olhar a ele. - Você... Queria ser ativo?
- Bom, é natural que se pense que será... Sou um menino.
- Hum... Desculpe.
- Não estou reclamando, só estou dizendo que não é porque nunca fez, que precisa ter vergonha de gostar.
Ritsu deixou de lado a xícara com o chá, que diferentemente do irmão, não havia tomado ainda.
- Gosto de fazer.
- Tudo bem, eu entendo se não gostar. Você me recusa tanto.
- Não recuso você. Gosto de transar com você.
- Mas várias vezes me diz que não quer.
- É porque você quer na escola...
- Claro, você fica de shortinho e com aquele uniforme colado... Como não iria querer? Aliás, você respira demais na escola, isso me faz ficar ereto.
- Eu estava com aquela roupa porque peguei emprestado, não é como se eu quisesse ficar marcando as coisas.
Etsuo riu e assentiu.
- Hum, sei. De qualquer forma, quando quiser... É só... Me pedir.
Ritsu assentiu e sorriu a ele, acariciando novamente seus cabelos negros, notando como seu humor parecia um pouco melhor. Entendera como se falasse de ter sexo com ele, como normalmente faziam, não como se pudesse toma-lo outra vez. O moreno sorriu a ele, meio de canto, esperando que houvesse entendido e deslizou uma das mãos por sua face, puxando-o para si e beijou-o no rosto.
Ao terminar o trabalho, Taa havia voltado direto para a casa dele, ainda vestia as roupas da banda, de um visual que usara para um clipe, era engraçado chegar vestido como um médico, porque, na verdade, era para aquilo que havia estudado na vida antes de iniciar a carreira como músico. A diferença é que agora a roupa estava suja com sangue falso e nos bolsos da roupa haviam várias seringas que havia usado para as fotos.
- Cheguei.
- Olá largartinha, seja bem vinda. Nossa... O que aconteceu? - Disse o menor, claramente enchendo o saco.
- É só visual da banda.
- Eu sei, mas ainda posso te encher.
Taa estreitou os olhos.
- Eu queria entender pra que tanta seringa nos meus bolsos.
Conforme disse, o maior retirou alguns dos objetos do bolso do jaleco, deixando-as sobre a mesa da cozinha, e era no mínimo umas vinte, o problema fora que junto delas, retirou um pequeno objeto que havia comprado e rapidamente, voltou a enfiar no bolso, checando se o namorado havia visto.
- Vai ficar pra jantar?
- E eu tenho outro lugar pra jantar? - Disse o maior num sorriso.
- Ótimo, porque nessa noite teremos OB negativo que eu dei a sorte de achar.
- Hum... Parece tentador.
Ikuma sorriu.
- O que foi?
- Nada, eu só vou trocar de roupa e já volto aqui pra jantar.
- Ta. Ah, lagartinha tem roupas suas na segunda gaveta.
Taa assentiu num sorriso e no quarto, abriu a gaveta a procurar alguma peça de roupa, mas ao fazê-lo, descobriu que não tinha só uma peça, e sim várias, pijamas, roupas de sair, roupas íntimas. Nem havia percebido, mas de alguma forma... Estava passando a se mudar para a casa dele lentamente.
Após separar o pijama, seguiu em direção ao banheiro, onde retirou o jaleco e as roupas mais extravagantes, guardaria elas para o estúdio no dia seguinte e trocaria pelas roupas casuais, mas antes, usaria o objeto que segurou em meio aos dedos, nunca havia usado então teve de ler a bula na pequena caixinha e esperou que tivesse usado corretamente ao deixar sobre a pia enquanto terminava de trocar de roupas, na verdade, até optou por tomar um banho para poder jantar com ele, e no banheiro, tinha sabonete para si, o shampoo que usava, até a própria escova de dentes estava ali. Quem queria enganar? Estavam quase casados, e era engraçado pensar no quão gradativo aquilo havia sido. E agora, estava olhando de dentro do box para o exame de gravidez na pia. Como ele iria reagir aquilo? Não sabia... Na verdade, não fazia ideia, era algo que nem a si havia imaginado na vida alguma vez, ter uma família, casar, ou até mesmo um namorado como ele era, de tanto tempo. Quanto tempo havia se passado, desde que iniciaram aquela relação? Quanto tempo fazia desde que o amava daquela forma, desde que... Quisera voltar para a casa dele depois do trabalho?
Ao sair, vestiu o pijama, uma calça de tecido macio e solta, e a regata. Suspirou, observava a pia, e onde buscou o exame que havia feito, não viu o resultado ainda, de olhos fechados fez uma pequena e estranha prece, amedrontado pelo ocorrido anteriormente. Ao sair do banheiro, podia ouvir o barulho dele a mexer em algo na cozinha, estava provavelmente preparando algo mais para o jantar. No pequeno objeto, notou as marcações, e só então havia percebido que mesmo ao vê-lo, não saberia dizer o que os resultados significavam. Buscou novamente a bula e leu, atentamente, comparando ao que tinha em mãos. Silenciou-se por um momento, até que largasse a bula e seguisse em direção a cozinha, observando-o ali, e tinha lágrimas nos olhos.
- Bom, como seu incrível marido não sabe cozinhar muito bem, ele fez... Espaguete e... Foi isso, só isso mesmo, espaguete. - Ikuma desviou o olhar ao outro. - ... O que foi?
Taa abriu um pequeno sorriso enquanto o observava com a travessa de macarrão e esperou que ele a colocasse sobre a mesa.
- Estou grávido.
Por um momento, o mais velho permaneceu a observá-lo, silencioso e abriu um sorriso nos lábios, aproximando-se do maior e abraçou-o, firmemente, até ergue-lo do chão.
- Parabéns, lagartinha!
- Parabéns loirinha!
Ikuma riu, afastando-se para observá-lo, não conseguia se ver agora naquela nova aventura, mas parecia interessante, como uma nova fase da vida.
- Está vendo? Eu disse que eu conseguia fazer um.
- Nunca duvidei de você.
- Acho bom.
Taa deslizou uma das mãos pelo rosto dele, acariciando.
- Não é estranho? ... Ser pai?
- Talvez um pouco, mas eu posso me acostumar com tudo de você.
Outro sorriso apareceu nos lábios do maior.
- Eu te amo.
- Eu também te amo. Agora sente e vamos comer minha macarronada.
- Hum, eu realmente acho que ele está com fome.
- Claro que está, você parece uma vareta.
Taa estreitou os olhos.
- Brincadeira, lagartinha.
Kazuto acordou num susto, tudo porque uma mão havia acertado seu ombro, sem força, numa batida única, mas para quem dorme, suficiente para assustar.
- Eh?
- Estou saindo, vem junto ou vai ficar?
- ... Quem vai cuidar do Suzuya?
- Kasumi. Você tem dez minutos.
- Mas onde vamos...?
- Jantar.
- Jantar... Tipo um encontro?
Yuuki arqueou uma das sobrancelhas a observar o garoto e assentiu, sem muito dizer. O menor sorriu e num pulo estava fora da cama, caminhando em direção ao banheiro onde tomou banho em um segundo, era incomum que ele chamasse a si para sair, ainda mais para jantar, parecia algo inédito de se fazer com ele. Ao voltar ao quarto, arrumou os cabelos e buscou roupas na gaveta, que por sinal, já era só própria. Vestiu-se e ajeitou os cabelos loirinhos com as poucas mechas coloridas num azul e rosa clarinho.
- Pronto!
- Hum, demorou bastante.
- ... Só sete minutos.
- É bastante.
O menor uniu as sobrancelhas e caminhou para fora junto dele, assistindo-o enquanto pegava as chaves do carro, o que levou a si a entender que o restaurante também não era tão próximo. No veículo, o menor colocou o cinto se segurança e sorria feito uma criança no natal.
- O que foi?
- Hum? Nada, só... Animado pra sair.
- Animado? Nunca vi alguém assim quando acaba de acordar.
- É que eu quero muito ir a um encontro com você.
- Hum... É só um jantar, não crie expectativas tão altas.
- Não criei. - Kazuto sorriu.
Ao chegar, Yuuki destravou a porta e saiu do carro, esperando o garoto do lado de fora. Kazuto esperou por um minuto inteiro para saber se ele abriria a porta do carro para si, mas era evidente que não faria aquilo, na verdade, não entendia nem porque ele havia chamado a si para jantar, quer dizer, ele podia sair sozinho se quisesse comer. O restaurante era escondido numa pequena rua, a placa era apagada, mas indicava algum R como letra inicial, nunca havia estado ali, e teve medo na verdade, de entrar no local, mas guiado por ele, sabia que estaria pelo menos seguro.
- É o restaurante de um conhecido, não se preocupe.
- Ah... Mas servem comida humana?
Ao entrar, Yuuki nem precisou responder, o cheiro da carne humana era evidente para Kazuto, assim como o cheiro de sangue, ali dentro serviam comida para vampiros, não para simples humanos, a menos que fosse um canibal, ou que quisesse virar o jantar da noite ao passar pela porta.
- Nossa...
- Escolha a mesa.
- Eu... Podemos sentar no fundo? Não gosto muito de ficar no meio.
Yuuki arqueou uma das sobrancelhas a observar o garoto e assentiu, também escolheria o fundo se acabasse ficando para si. Assim como a porta, ele se sentou em sua própria cadeira e não se importou em puxar a do menor.
- O que é bom pra comer aqui?
- Tudo. Mas o melhor é o coração.
- Não... Acho que eu conseguiria comer isso por hora.
- Hum, frescura.
- Bem, acho que esse prato parece bonito na foto.
O menor sorriu a outro a frente a indicar ao garçom o que iria comer e o viu preencher a taça para si com o vinho e o sangue. Yuuki formulou igualmente o pedido, deixando o servente se retirar dali após o servir das taças acima da mesa, o qual prontamente levou fronte aos lábios a provar a bebida.
- Acho que um pouco de vinho não faz mal, não é? - O menor falou baixo.
- Você é morto, o bebê é morto, bêbado ele não vai nascer.
Kazuto uniu as sobrancelhas e assentiu, pegando a taça a beber alguns goles da bebida.
- Ainda assim, terá que visitar o médico.
- Tudo bem. Você vai comigo?
Yuuki afirmou num maneio da cabeça, a mais um gole de vinho, o menor sorriu.
- Quando vamos poder saber que sexo tem?
- Isso já é como uma gravidez normal.
- Ah, então vai demorar...
- Depende do tempo que está agora.
- Acho que uns dois meses.
- No próximo mês, caso esteja correto.
- Hai. - Sorriu.
- No entanto sua barriga não parece muito grande.
- Eu não sou muito grande.
- Mas você ficou uma bola com Suzuya.
- Mas... Ainda é cedo. E pare de me chamar de bola.
- Ovo então.
- Também não.
- Codorna.
- Não!
- Hum... Pato.
- Yuuki!
- Sim?
- É nosso encontro, quer parar de me chamar de qualquer coisa oval ou circular ou seja lá o que for?
- Hum... Não quero.
- Por mim.
Yuuki o observou e logo voltou-se ao jantar servido, dada em seguida a retirada do serviçal que se pôs alguns metros distante, suficiente a ser chamado outra vez. O menor desviou o olhar a refeição posta em frente a si e a enorme quantidade de sangue, ponderou por alguns instantes se era seguro comer, por ser um humano antes. O maior buscou o talher à mesa, degustando o início da refeição.
- Se eu fosse humano isso me daria um nojo...
Kazuto murmurou e riu, buscando o pequeno pedaço de carne com o talher e levou aos lábios.
- Obviamente. Mas você não é, e ainda está carregando um alguém dentro de você.
- Como quer chamá-lo? - O menor sorriu.
- Não sei. Não sabe se é menino outra vez.
- Mas não tem algo em mente?
- Não realmente. Eu na verdade, nunca ponderei que teria filhos para escolher nomes.
O menor o observou por alguns instantes e desviou o olhar ao prato.
- Espero que seja uma menina.
- Por quê?
- Porque aí seria um casal com o Suzuya.
- E você quer ter um casal de filhos?
- N-Não dessa forma...
Yuuki riu num sopro nasal e o menor sorriu meio de canto.
- Gosto de Alice.
- Hum... Ocidental?
- Arisu?
- É bonito. Mas por quê?
- Ah... País das maravilhas?
Yuuki desviou o olhar ao menor, e tinha a expressão meio indagativa.
- O que?
- Moleque, quão gay você consegue ser ainda?
Kazuto riu e negativou, pegando a taça de vinho em meio aos dedos e o maior pegou a dele igualmente, batendo suavemente contra a taça do menor.
- Parabéns...
Por um momento, o menor fitou o rosto dele, sem saber o que dizer, se retribuía alguma fala ou apenas se mantinha em silêncio. Naquele instante ele entendeu que aquilo na verdade não era só um jantar qualquer, não era como se Yuuki só estivesse com fome, ele estava buscando comemorar, ou se redimir sobre sua postura no dia anterior e aquilo era com certeza um enorme progresso. Kazuto sorriu, suave e assentiu, guiando a taça aos lábios a beber alguns goles do vinho.
- ... Obrigado, Yuuki... Nós vamos chegar em casa e transar de novo?
- Como eu vou saber?
- É isso que fazem nos encontros.
- Você parece uma criança num parque de diversões.
- Mas é isso que os casais fazem...
- E você quer igual?
- Claro.
- Então não está é só o que os casais fazem.
- Mas não podemos fazer igual?
- Não disse que não faríamos.
O menor sorriu.
- Nós partiremos amanhã, ainda não busquei um aposento, vou ter seu quarto hum?
Asahi sorriu a ele.
- Acha que eu o deixaria dormir em outro lugar?
Kazuma sorriu-lhe canteiro a medida que seguia consigo pelo caminho de sua casa. O menor puxou-o pela mão, passando por um caminho longe das pessoas da praça, não queriam que vissem ele consigo ou poderiam falar maldades dele também e não só de si. Passou por três ou quatro ruas até chegar a pequena casinha, modesta que servia de estalagem para alguns viajantes. Adentrou o local junto dele, seguindo para um quartinho pequeno aos fundos, onde só havia um futon e um pequeno móvel, era tudo que cabia no quarto e sobre o móvel, tinha o quepe dele.
O maior entrou no local aparentemente reconstruído de forma recente. Era pequeno mas parecia bem cuidado e aconchegante, tal como seu quarto.
- Eu não vou caber nesse quarto. - Provocou.
Asahi riu ao ouvi-lo e negativou.
- Sei que é pequeno, mas... É o que eu tenho.
- Você não é muito grande mesmo.
O menor riu baixinho, ajeitando o obi do kimono.
- Nunca vi você sem uniforme... Fica bem.
- Já viu sim.
- Já vi?
- Sim, sem roupas é sem uniforme.
- Ah... - Sorriu e mordeu o lábio inferior. - Eu... Guardei pra você. - Falou e pegou o quepe dele, entregando-o.
- Eu dei a você. Quer o terço de volta?
- Iie... - Asahi uniu as sobrancelhas. - Então eu posso ficar?
- Sim, eu tenho outros.
O menor assentiu e sorriu a ele, abraçando o quepe.
- ... Está com fome?
- Bom, estamos aqui de passagem, talvez devesse aproveitar o festival.
- ... Só se você for comigo.
Asahi falou a ele, segurando sua mão, firmemente em meio a própria. Prestava atenção somente nele, porém desviou-se quando ouviu os passinhos rápidos, era a filha de Akemi.
- Aya?
- ... Quem é esse moço que está com você?
Kazuma ouviu ruir de passos quase saltados no piso, voltou-se para criança ao ouvir indagar, não respondeu e tornou se voltar ao rapaz, deixando por ele a resposta. O loiro sorriu à pequena, e não era comum fazer aquilo. Abaixou-se e pegou-a no colo.
- Esse é o Kazuma.
- Kazuma?! Mas... Não disse que ele tinha ido embora?
- Ele tinha...
Kazuma não se intrometeu na conversa, observando o menor junto à morena menor ainda.
- Ah... Você é o moço que o Asahi gosta?
Asahi sorriu a ela, acariciando seus cabelinhos negros.
- Hum, ele quem deveria responder isso. - Kazuma disse a ela.
- Sim, ele é. - O menor sorriu e por fim a deixou no chão. - Vamos comer, hum?
O maior fez silêncio ainda, não sabia se falava consigo ou a pequenina e sorriu a ela ao vê-la sorrir para si. A pequenina sorriu e ao descer, estendeu a mão ao moreno.
- Moço, quero que vocês casem e tenham muitos bebês!
Kazuma deu a mão a ela, passando a fazer a caminhada o qual a guiavam.
- Casar e ter bebês, é?
- Sim, muitos!
Asahi riu baixinho e negativou, seguindo junto dele e da pequena a descer a rua, em direção a feira.
- Por que muitos bebês?
O moreno indagou sobre que tipo de raciocínio teria um bebê.
- Pra vocês terem uma família beeem grande!
- E por que tão grande? - Tornou indagar à pequenina.
- Porque grande é bom.
- As vezes a família pode ser pequena mas com muito amor, o que acha?
- Hum, se tiver amor então tá bom!
- O que quer comer? - O maior indagou ao ex-padre.
Asahi desviou o olhar ao moreno num sorriso e segurou-o em seu braço.
- Minha mamãe!
Disse a pequena a soltar a mão do maior e correr.
- Quero takoyaki.
- Tudo bem ela correr assim? - Kazuma disse mas assentiu sobre seu pedido. - Parece bom.
Concordou e seguiu pelas pessoas até as barracas de comida, que exalavam o cheiro temperado dos alimentos. Embora já estivesse há um tempo a frente da guerra, estar especificamente naquela região fazia perceber as mudanças, boas mudanças.
- Hai, estamos numa vila pequena, todos se conhecem.
Asahi sorriu e por fim escolheu o espetinho, dando o dinheiro a moça e pegou dois. Kazuma agradeceu a ela, também a ele pelo que ganhava. Experimentou uma das bolinhas espetadas. O menor sorriu e desviou o olhar a ele.
- Oishi?
- Saboroso. - Kazuma disse a ele e voltou comer mais um dos bolinhos - O que mais gosta?
- Eu gosto de comer. Não podia fazer isso quando era padre, mas... Eu como de tudo.
- É por isso que estou perguntando o que gosta. No período de guerra também se limitava o que podíamos lhes dar.
- Hai... Eu gosto de massa, macarrão de arroz e missô.
Kazuma assentiu, concordando.
- Gosto de peixe branco.
- Peixe branco? - Asahi inclinou a cabeça para o lado. - Bem, acho que não conheço muita coisa além dos muros da igreja... Vivi minha vida toda lá.
- São bem saborosos. O deixo provar em breve se quiser.
O menor assentiu e retirou algumas pequenas moedas do bolso, entregando na mão de outra moça da barraquinha ao lado.
- Ah, acho que isso dá, quero macarrão por favor, pra dois, pra levar. - Falou para a moça, com um sorriso e pacientemente aguardou junto do outro. - Quer algum doce?
Kazuma negou à pergunta. Também não queria discutir sobre o pagamento da refeição, se estava tomando frente o deixava fazer ainda que desconfortavelmente. Asahi desviou o olhar a ele, e até si mesmo estava estranhando o modo como agia ao lado dele, ainda era estranho, estar fora da igreja, estar fora da guerra, não ser mais um padre, estar com ele, tudo.
- ... Para onde vamos?
- Eu quem pergunto. - Disse o maior num sorriso lateral.
- Não... Para onde vamos viajar?
- Kyoto. É distante, bem distante.
- Ah... - Asahi uniu as sobrancelhas, amedrontado pelo que viria. - ... É bonito lá?
- Sim, é incrivelmente bonito. Acredito que o lugar mais bonito do Japão, para mim.
- Então... Acho que eu vou gostar, não? - Sorriu.
- Senhor, sua comida.
- Ah... - Asahi assentiu, recebendo os recipientes com o macarrão e agradeceu numa reverência. - Venha, vamos sentar num lugar que eu gosto.
- Também estarei lá.
Kazuma sorriu, canteiro e após seu aceite do pacote, pegou de sua mão, levando por ele. Com ele, Asahi seguiu o caminho, passando pelas pessoas até se afastar novamente da cidade.
- Não se preocupe, a caminhada não é longa.
Disse a ele e seguiu por entre as árvores, subindo novamente o caminho que ele havia feito de carro para descer até a vila. Passou por algumas árvores grandes, folhas, retirando-as do caminho e por fim, chegou ao local. Um imenso jardim, onde haviam crescido várias flores e grama verde, nascia agora na primavera.
- Gosto de vir aqui e passar algum tempo... Acho que não vai se lembrar, mas aqui era onde ficava sua base...
- Como não lembraria se passei alguns anos por aqui, hum? Parece muito melhor que antes. - Disse o maior a contemplar a nova aparência do lugar.
- Hai... É que a área foi coberta por algumas plantas. - Sorriu. - ... Passei um bom tempo sentado aqui.
- Não vai precisava passar tempo aqui.
Asahi negativou, sorrindo a ele, meio de canto.
- Vamos sentar e comer? Perto das árvores?
- Hum.
Kazuma assentiu à pergunta, seguindo com o rapaz. Talvez após um ano a interação entre ambos não fosse de fato a mesma, até que voltassem aos costumes. Asahi sorriu e com ele seguiu até uma das árvores ali. Sentando-se a repousar as costas contra ela. O maior fitou-o enquanto se ajeitava e somente então se sentou da mesma forma. Porém sem se encostar, acomodou-se a sua frente.
- Animado com a viagem?
O loiro observou-o sentado em frente a si e deu um sorriso a ele, assentindo.
- Eu quero ir com você.
- Mas eu digo pela viagem. Vamos levar um tempo até chegar, tão logo terá paisagens para ver.
- Claro que se estou... Vamos de carro ou de navio?
- Navio.
- Eu nunca entrei num navio...
- Você vai gostar. - Kazuma sorriu e pegou suas sacolas, entregando a ele seu macarrão. - Aqui.
Asahi assentiu e aceitou a sacola, observando o macarrão conforme abriu o pequeno recipiente.
- ... Pra dizer a verdade, Kazuma... Eu nunca fui a praia.
- Você vai conhecer o porto, tão bonito quanto a praia.
O loiro desviou o olhar a ele e sorriu, assentindo.
- Estando por perto também podemos ir até a praia.
- Podemos?!
- Sim, por que não?
Kazuma disse sem de fato pedir resposta. Por fim abriu a embalagem com o macarrão e passou a comer. Asahi sorriu e assentiu, usando o hashi para pegar pouco do macarrão ainda quente. Por um tempo, o maior permaneceu em silêncio com ele, formando a refeição, queria entender porque a situação ainda parecia surreal. O menor deu um pequeno sorriso a ele, meio de canto e igualmente, ainda se sentia estranho, como se ele não estivesse realmente ali, talvez estivesse sonhando.
Masashi observou seus olhos fechados. Ele dormia feito pedra durante o dia. Embora já houvesse se acostumado, ainda tinha alguns problemas de sono no período, sempre acordava pelo menos uma vez ao dia. E estava sempre silencioso lá fora, exceto pelas cozinheiros ou faxineiras do bordel, mas eram igualmente bem silenciosas. Seus cabelos formaram nós, bagunçados, mas facilmente desfeitos. O rosto amarrotado contra o travesseiro, não parecia menos bonito assim. Parecia tão adulto, e achava aquele detalhe excitante. Transava com um homem mais velho, e não pertencia a ele, ele pertencia a si. Riu entre dentes ao pensar sobre isso, mas ainda baixo. E arteiro, virou-se à almofadinha de agulhas espetadas próximo a sua cama, causando um furinho no dedo e deixou a gotícula de sangue exalar o cheiro, e que para ele, era aguçado. Aproximou-o de seus lábios e sujou-os como a tinta que usava para maquiagem e na menção de acordá-lo, logo escondeu a mão abaixo da coberta e caiu com o rosto no travesseiro, fingiu dormir.
Katsuragi aspirou algumas vezes o ar, como um cachorrinho farejando comida e abriu os olhos rapidamente, observando o local, a ele que dormia e uniu as sobrancelhas, confuso, estava com uma enorme dor de cabeça, e deslizou uma das mãos pela face, tentando amenizar, embora ainda atento, achando estranho o cheiro de sangue que exalava do local, talvez ele houvesse se machucado enquanto dormia, não sabia.
- Masashi? - Falou com ele, cutucando-o.
O menor revirou-se pela cama, fingindo ainda dormir e esfregou a face no travesseiro, escondendo-se entre os cabelos igualmente bagunçados.
- M-Masashi... Ah...
O maior murmurou e guiou a mão até a cabeça novamente, piscando algumas vezes, de fato a visão apurada era péssima com a ressaca.
- Droga...
Masashi ergueu suavemente o rosto, fitando-o entre os fios da franja em frente aos olhos. Katsuragi desviou o olhar a ele.
- Ah! Sabia que você estava acordado!
O menor riu baixinho, quase sem som, abafado pelo travesseiro contra o queixo e lábios. O que denunciava o riso era os olhos repuxados e estreitinhos.
- Pode levantar, já vi que está acordado, bonitinho!
- Levantar? Por quê?
- Porque sim... Nossa como minha cabeça dói. O que aconteceu?
- Você só bebeu demais por estar louco de ciúme de mim. - Disse e sorriu.
- O que? Desde quando?
- Não finja não saber. Bobo.
Katsuragi arqueou uma das sobrancelhas.
- Dessa parte eu lembro.
- Me pediu em casamento... Esqueceu?
- O que?!
- Você é um idiota mesmo...
- Eu sou? O que eu fiz?
- Esqueceu o que me propôs.
- Não, claro que não...
- Então lembra que pediu?
- Lembro...
- O que pediu?
- Você em casamento...
Masashi sorriu a ele, com os dentes e ajeitou-se, abraçando-o. Era realmente fofo, pensou consigo. Katsuragi retribuiu o abraço e uniu as sobrancelhas, apertando-o sutilmente entre os braços.
- Mentiroso. - Masashi riu e beijou seus lábios. - Você nem me pediu em casamento.
- Ah, graças a Deus.
- É. - Riu.
O maior riu baixinho.
- Que dor.
- Hum, então você fica de ressaca?
- Ora, todo mundo fica.
- Ah, não sei, você não é humano.
- Fico, pior que fico.
- E com amnésia conveniente também. - Masashi deslizou a mão em seus cabelos longos.
- Não, sério, eu não me lembro.
- Ah, então ta bem. Eu vou voltar para o quarto, hoje vou me preparar para debutar para os clientes.
- Não, não vai!
- Por que não?
- Porque não, mato você antes.
- Mata mesmo?
- Mato.
- Mentiroso.
- Não sou.
- Possessivo.
- Eu sou.
- Quer um remédio?
O menor indagou e se voltou ao moreno, tocando-o na testa, acariciando-o. Katsuragi sorriu a ele.
- Está muito carinhoso comigo hoje, aconteceu algo?
- Só achei fofo seu ciúme ontem.
O maior sorriu a ele e beijou-o no rosto.
- Fizemos amor, eu me lembro disso.
- Bem, pelo menos a dor nos quadris te faria lembrar.
Katsuragi sorriu.
- Pra te dizer a verdade, estou é com dor por dentro... Preciso de sangue.
- Dentro?
- Uhum... Lá atrás.
- Hum... E agora?
- Preciso de sangue.
- Hum... Eu preciso chamar o garoto?
- Não o mordo mais.
- Hum... Adotou como filho? - Riu sem altura.
- Sim.
- Hum... Virou mamãe.
- Você é a mamãe. Quer o café?
- Não sou mãe.
- É sim.
- Você é a mãe. Sou seu homem.
- M-Meu?
- Sou, não sou?
- É... Eu... Só estou estranhando esse... Modo de você falar.
- Que modo? - Masashi ajeitou-se na cama, fitando-o.
- Carinhoso e fofo.
- É, talvez eu esteja um pouco exagerado.
- Não pare.
O menor fitou-o sem responder, mas deu-lhe uma piscadela. Katsuragi riu baixinho e chamou o garotinho, que dormia no quarto ao lado e correu para atender o chamado.
- Kaito, traga o café pra gente, por favor.
- Não precisava acordá-lo, eu posso fazer isso.
- Tudo bem, ele tratá.
Masashi assentiu e sentou-se na cama, penteando os cabelos com os dedos. O outro sorriu a ele.
- Na cômoda tem uma escova, pequeno.
- Já arrumei.
O menor disse e mostrou a ele, ajeitando por último a franja, acima dos olhos estreitos pelo sono recente. Katsuragi sorriu novamente e logo viu o pequenininho adentrar o quarto trazendo consigo a bandeja com uma garrafa e uma taça para si e para ele, pão, geleia ou manteiga, morangos, creme e alguns docinhos típicos, claro que dos mais caros, havia pedido que comprassem para ele no dia anterior.
- Hum, hum.
- Ah... Mas quanta coisa.
Masashi disse, observando a seleção de alimentos sobre a bandeja. E antes que o garoto saísse, lhe deu alguns dos docinhos e viu-o sair com a bochecha cheinha e boca ocupada enquanto comia. Mas serviu-se logo deliberadamente de chá verde com limão.
- Hum... Saboroso.
- Gostou? Eu escolhi pra você.
- Como você me vê, Katsuragi?
O menor indagou a ele e descansou o chá sobre a bandeja.
- Como meu menino.
- Um filho?
Masashi perguntou e fuçou na seleção até escolher algum deles. Optou pelo pão com a manteiga.
- Não, um marido talvez. Eu não dormiria com o meu filho.
- Mas diz que sou seu "menino" soa como se eu fosse um garotinho.
- O que tem? Posso ter um marido mais novo, ora.
- Não sou um menino, sou um homem.
- Hum, quantos anos tem?
- Já te falei minha idade.
- Fala de novo.
- Se esqueceu?
- Eu estou com dor de cabeça.
- Tome remédio.
Masashi retrucou e mordeu do pão, mastigando-o devagar. Já previa sua resposta a partir da própria. O maior estreitou os olhos.
- Diga!
- Não.
- Tsc.
Katsuagi pegou a garrafa de vidro e serviu na taça boa quantidade do líquido, bebendo um gole. Masashi mordeu mais um pedaço do pão e abandonou-o então. Mais um gole do chá morno e descansou o recipiente na bandeja outra vez. Observou o morango e comeu uma das frutas, sentindo vontade de saborear algo azedo.
- Qual é sua fruta favorita?
O maior murmurou e até a voz parecia mais bonita depois de beber o sangue, os olhos bem vermelhos em coloração e o tom mais corado da pele.
- Gosto de frutas cítricas.
Disse o menor e fitou, notando sua vitalidade renovada pela bebida.
- Hum, kiwi?
- Gosto.
Masashi disse e pegou um dos morangos e com creme, ofereceu-o ao vampiro que aceitou e sorriu a ele em seguida.
- Hum...
- Parece que acresceu um gosto pessoal ao desjejum.
- É a minha fruta favorita.
- Morango?
- Uhum.
- Gosto com açúcar. Prefiro abacaxi.
- Hum, abacaxi é gostoso, embora difícil de achar. - Sorriu. - Eu gosto de uma fruta muito mais difícil de achar por aqui.
- Qual?
- Manga, só cultivam em países tropicais, então.
- Que nome feio.
Masashi limpou o pouco do creme que restou em seus lábios e lambeu o dedo com o resquício. Katsuragi riu baixinho e deslizou a língua pelos lábios dele.
- Você é uma delícia.
- Colocar esse creme em você e chupar.
Katsuragi arqueou uma das sobrancelhas.
- Olha aí, quem está mostrando os dentes.
- Eh?
- Você sendo pervertidinho.
- Você gosta de salientar minhas atitudes?
- Adoro quando é pervertido.
- Pervertido, carinhoso...
- Gosto de tudo.
Masashi bebeu o restante do chá e tirou a refeição, deixando-a de lado.
- O que você não gosta?
- Bom, várias coisas, mas em você nada.
- Você é gay ou tem interesse em mulheres?
O menor indagou numa repentina curiosidade.
- Nunca fiquei com nenhuma mulher.
- Hey, - Sorriu a ele. - Me mostra o que sabe, hum. Fala algo pervertido pra mim.
- Eu não sei nada. - Resmungou.
- Sabe sim.
- Não sei. Me diz você.
- Ah, perguntei primeiro.
- Eu não sei...
- Acabou de me falar uma.
- Mas eu falei o que queria fazer.
- Então me diz, me diz onde quer meter o pau. - Katsuragi sorriu a ele.
Masashi fitou-o de olhos bem abertos e o maior riu baixinho.
- Aonde você quer que eu coloque ele?
- Ah, assim não dá.
- Me diz você. Me ensine.
O maior sorriu a ele.
- Na minha bunda.
- Só colocar?
- Não. Claro que quero que mexa. Mas quero ouvir você dizer.
- Mexer como? Como você gosta?
- Hum, eu gosto forte.
- Gosta de tapas?
- Uhum.
- O que mais?
- Hum... Gosto quando toca meus mamilos, você é bom nisso.
- Hum.. Gosta que os toque? É sensível por aí?
- Uhum... Nas costas também.
- Gosto de costas...
- Gosta?
- Muito.
Katsuragi sorriu.
- Nossa primeira vez foi parcialmente de costas.
- Gosto da sua. - Masashi falou baixinho, pra ele.
- Hum... Bem, precisamos levantar, mas eu quero saber mais sobre isso mais tarde, pense bem no que gosta, e depois me diga.
Masashi sorriu e assentiu a ele.
- Tudo bem...
- Isso, sua lição de casa.