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fevereiro 2019
Haruna assentiu e sorriu a ele, seguindo até o local indicado e deu ao porteiro a própria identidade para que pudesse entrar com o garoto. Após passar com ela, Hiro indicou o caminho pela rua arborizada até a própria casa, num passarela um pouco menor, tão logo estacionou em frente a ela. Assim desembarcou e esperou por ela enquanto tomava as chaves e abria. Ao sair do carro, junto dele, Haruna pegou a própria bolsa e num sorriso, seguiu com ele para a porta de sua casa. Após abrir, Hiro deu passagem a ela, entrou em seguida e voltou a fechar a porta agora atrás de si.
- Bem, poderá se familiarizar desde agora.
Ao entrar na casa dele, Haruna observou o lugar, não era nada diferente de fora, era grande, nada sutil para um garoto morar sozinho.
- Nossa...
Hiro sorriu candieiro diante do comentário, julgou ser um elogio.
- Você quer chá?
- Quero. - Sorriu.
- De qual você gosta?
O moreno indagou e tirou o gakuran que pendurou logo na entrada, ficando com a camisa de baixo dele, encurtando as mangas ao dobra-las.
- Você pode colocar a bolsa onde preferir.
Haruna assentiu e deixou a bolsa sobre o sofá, analisando a sala de estar, tudo ali era bonito.
- Eu gosto do verde.
- Hum.
Hiro assentiu e pegou a louça de chá, tratou de preparar no bule e servir os copos pequenos e sem alça, esperando pela infusão. Durante a espera, seguiu até ela, se aproximou, talvez imaginando alguma continuidade, mas também não fez nada além de chegar perto. A menor ainda observava a sala conforme o viu se aproximar e virou-se em direção a ele, um pouco nervosa sobre a proximidade, era estranho por ele ser um aluno tão novo, bem, poderia ser presa, mas não se importava daquele momento, tanto que se voltou para ele e sorriu meio de canto.
- Quer fazer de novo?
Aquela pergunta soou quase como a uma criança pela forma como ela falava. Hiro sorriu canteiro, só isso. Haruna sorriu meio de lado igualmente e abaixou a cabeça, envergonhada.
- O que foi?
Ele indagou, pela primeira vez embora antes já houvesse visto em seu rosto aquela expressão.
- Ah, parece bobo...
Hiro sorriu e se abaixou na diferença que tinham da altura, selou novamente seus lábios mas não era demorado era só o início do beijo que deu em seguida, resvalando para sua boca. Haruna sorriu igualmente e os braços guiou ao redor do corpo dele, o abraçou e novamente podia sentir os lábios dele, eram tão macios, novamente teve que suspirar. O maior tocou-a nos braços ao sentir o abraço, apenas manteve ali. Deslizou a língua em sua boca, fazendo-a brincar com o detalhe nela, roçando o piercing em seus lábios os quais mordiscou e deslizou então, as mãos, dos braços até as costas por onde desceu até a curva lombar, mas ficou ali. Ela sentiu o deslize suave de suas mãos, era gostoso, parecia um suave carinho, não tinha segundas intenções até então, embora fosse uma mulher mais velha. A língua dele era gostosa, gostava dela, gostava de brincar com ela e a própria, mas podia sentir a respiração pesar, a medida que o beijo ficava mais intenso. Hiro sugou levemente sua língua, seu lábio inferior e quando a ouviu suspirar, só então interrompeu, tentando dar ar para ela.
- Desculpe...
Haruna uniu as sobrancelhas ao vê-lo cessar o beijo e negativou, não queria que parasse, só estava ofegante.
- Não... Não quero que pare.
- Não?
O maior murmurou, mas ainda estava perto e deslizou as mãos por suas costas, sentindo quão justa e alinhada era sua roupa.
- Não, eu só... Só estou... - Haruna disse num pequeno suspiro, quase podia dizer que estava excitado. - Me beija.
Hiro assentiu sem precisar, a beijou novamente, dessa vez iniciou pela bochecha e passou para os lábios. Deslizou as mãos por sua cintura e quando percebeu, a abraçou, mais firme. Haruna o abraçou, firme assim como ele e novamente o estava beijando, naquele momento não pensou em muita coisa, mas devagar o puxou para o sofá, onde se sentou e ele também, junto consigo, não cessou o beijou por isso, na verdade, intensificou, ainda assim, não o tocou com malícia. O maior pensou em interromper conforme ela se moveu, mas no toque imposto por suas mãos percebeu que queria continuar, caminhou com ela e se acomodou no assento consigo e após ajeitar-se, quase a colocou sobre a própria perna ainda que não tivesse intenção. Haruna não se importou sobre estar no colo dele, fora despercebido, tanto que colocou as pernas sobre o colo dele de toda forma, claro, não realmente sobre ele, mas parcialmente e continuava o beijo, apreciando sua boca e seu piercing interessante. Hiro deslizou a língua por seus lábios, mordiscando seu inferior quando enfim cessou o beijo. Beijou sua bochecha, beijou seu pescoço onde sentiu o cheiro do shampoo nos cabelos escuros, mas parou por ali. Ao sentir o toque no pescoço, ela suspirou e mordeu o lábio inferior sutilmente, mas cessou conforme ele havia se afastado e o fitou, só então ponderando sobre o que estavam fazendo, e sobe o fato dele ser o próprio aluno e ser bem mais novo que a si.
- ... Ah... Me... Me desculpe.
- Nani?
Hiro indagou ao olhar para ela e sorriu, bem, sabia das condições atuais, eram professora e aluno.
- Me desculpe, estou quase no seu colo.
Ela riu baixinho e afastou-se sutilmente.
- Tudo bem. Se você gosta.
Ele disse, sincero, mas se lembrou do chá e não só dele, também se lembrou de Miyuki. Haruna sorriu meio de canto.
- Quer ajuda com o chá?
- Não precisa, eu vou terminar.
Hiro disse e tocou a perna dela, foi um gesto descontraído na verdade. Se levantou em seguida e seguiu até a cozinha onde terminou o chá, dispôs nos pequenos copos e levou até ela. Haruna assentiu e ajeitou-se no sofá confortável da casa, encostando-se no local a espera do chá que logo veio.
- Vou dar aulas pra você aqui mesmo?
- Se você achar bom. Pode ser no meu quarto também ou no escritório lá em cima.
Ela sorriu meio de canto, não queria ser malicioso, mas era mais velho, e era inevitável.
- Vai me levar pra conhecer o seu quarto hoje?
- Se você quiser ir.
Ele disse num meio sorriso canteiro. O contrário dela, que pensava que a mente era um pouco mais a frente por ser mais velha, se esquecia de que era um adolescente, e sexualmente ativo, certamente ia pensar da mesma forma, deixou isso claro diante da expressão. Haruna sorriu, embora a face tomasse um tom vermelho, contrário do que realmente queria expor, ainda que fosse malicioso, era ainda tímido. Por hora, contentou-se em pegar a xícara e aquecer as mãos com o chá.
- Eu gostaria.
- Então eu te levo.
Hiro disse e não sabia se deveria levá-la agora ou esperar que bebesse o chá que acalentava suas mãos. Haruna sorriu canteiro novamente e assoprou o chá, parecia quente para beber agora então deixou-o novamente sobre a mesa, esfriaria até voltar, não pretendia realmente transar com ele, sabia que tinha algo que não seria bom que ele visse por hora.
- Onde fica?
- Lá em cima.
O maior disse e diante da pergunta se levantou, esperou por ela. Seguiu caminho até a escada e indicou o caminho a ela, no andar seguinte, alcançou a entrada do quarto, o qual abriu a porta e cedeu passagem para entrar. Embora fosse um quarto de solteiro, a cama era de casal. Tinha cores escuras. O televisor, vídeo game, o computador, nada muito especial, mas era bem organizado. Haruna levantou-se e seguiu com ele para cima, observou seu quarto bonito, bem arrumado como o restante da casa, se perguntou se ele mesmo arrumava ou se tinha uma empregada.
- Hum, é bonito. - Sorriu. - Você é bem organizado.
- É porque Akai ainda não veio essa semana. - Hiro sorriu canteiro.
Ela sorriu igualmente
- Ah, o outro garoto da sala. E onde vamos fazer? Na sua escrivaninha? Na sua cama?
Hiro sorriu, um risinho entre os dentes.
- Depende... Você está falando de que?
Haruna desviou o olhar a ele, não tinha segundas intenções, então riu, sentindo a face se corar e negativou.
- D-Da aula.
- Não que não dê pra fazer as duas coisas em qualquer um dos lugares.
Hiro disse, embora falasse com ambiguidade, tentou não transparecer a intenção. Haruna riu.
- Hum, você já não é mais virgem?
Hiro franziu o cenho diante da pergunta, não que não estivessem fazendo aquele tipo de brincadeira indireta, mas era justamente isso, indireta, coisa que a pergunta não havia sido. Haruna sorriu meio de canto.
- Desculpe, eu não devia te perguntar isso. Bem, estudaremos na escrivaninha mesmo, é claro. Vamos para o chá?
O moreno sorriu e negativou, mais para si mesmo.
- Você quer descobrir? - Disse e embora ficasse um pouco tímido ao falar, timidez nunca era impasse. Talvez não fosse ao todo tímido, mas sim, educado. - Tudo bem, podemos alternar. Tem o escritório no cômodo seguinte, que é sala de estudo na verdade.
Ela desviou o olhar a ele e deu um pequeno sorriso, assentindo ao restante da informação.
- Acho melhor não. - Riu.
- Então tá bem. Vem, te darei o chá antes que esfrie.
Haruna sorriu a ele e assentiu.
- Vou te mostrar a biblioteca.
Hiro disse, levando-a para o cômodo seguinte, onde mencionada a sala de estudos, onde ao invés das paredes convencionais, era na verdade preenchida por prateleiras de livros. Tinha a mesa escrivaninha, uma poltrona de leitura. Um piano no canto, era tipicamente uma sala de estudos, fosse qual fosse o estudo.
- Ah que linda! - Ela disse a adentrar o lugar, fitando os livros e também o piano. - Você toca?
- Costumava, enquanto meu pai estava aqui. Mas depois que foi transferido, deixei um pouco.
- Hum... Deveria tocar, é um instrumento lindo.
- É sim. Também sei o violino. Você toca algum?
Haruna sorriu meio de canto.
- Não, eu gostaria, mas...
- Mas?
- Não tive chance de aprender.
- Qual você queria aprender?
- Piano. - Ela sorriu meio de canto.
- Você pode tentar aqui, se quiser.
- Ah, mas... Eu não sei mesmo tocar... Então...
- Eu posso te ensinar um pouco.
- Pode? - Sorriu.
- Se você quiser.
- Eu quero.
- Então vamos ter duas aulas no sábado.
Haruna sorriu.
- Tá bem.
Disse e ouviu seu celular vibrar em seu bolso, arqueou uma das sobrancelhas, curiosa, não sabia ainda, mas era sua namorada.
- Vem, deixa eu te dar o chá.
Hiro indicou e seguiu caminho a fora da biblioteca. Observou o celular qual tirou do bolso brevemente, respondeu a mensagem e voltou o aparelho para o bolso. Haruna assentiu e saiu com ele dali, fitando-o de soslaio enquanto o via responder a mensagem, naquele momento, se sentiu nervosa, gostava da companhia dele e queria ficar mais tempo com ele, mas... Era um adolescente, não sabia se só alguns beijinhos iam fazer ele ficar pelo menos um pouco interessado por si.
- Hiro, eu... Quero te dar uma coisa.
- Hum?
Ele indagou, confuso e se virou parcialmente a ela, esperando a continuidade. Haruna observou-o, estava com medo, mas segurou-o pela mão e o puxou para dentro de seu quarto, o indicou a cama, na verdade, o empurrou suavemente e sentou-se no colo dele por apenas um momento, não pretendia ficar, e os lábios novamente tocaram os dele, o beijou. Hiro franziu o cenho quando enfim se sentou, um pouco mais quando ela tomou a iniciativa e se acomodou ao próprio colo. Por consequência descansou as mãos em sua cintura, num reflexo, beijou-a, retribuindo o que ganhou, confuso ainda assim. Haruna uniu as sobrancelhas, tinha uma ideia na cabeça, mas... Achou melhor não fazer, ainda era cedo demais, ele ficaria confuso. Mordeu os lábios dele, suavemente e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, negativou para si mesmo em seguida.
- Me desculpe, eu não... Eu... Vamos descer.
Cessou o beijo tão breve e repentino como ele começou. Hiro fitou-a e estava certamente mais confuso agora do que quando puxado. Mas continuou com as mãos em sua cintura, como elas haviam repousado.
- Nani?
- ... - Ela sorriu meio de canto. - Eu só... Eu queria te dar uma coisa, mas não quero que me veja mal, vamos descer.
- O que quer? - Ele indagou em retruque.
- Nada.
Ela disse num pequeno sorriso e beijou-o no rosto.
- Diz.
Hiro disse, era um tanto impassível para os mistérios. Haruna riu baixinho e selou os lábios dele, levantando-se.
- Eu darei a você no nosso próximo encontro.
- Encontro?
Hiro indagou, percebendo o termo que usou.
- Sim, quando sairmos novamente. - Ela sorriu.
- O que você ia me dar?
- Ora, você é um rapazinho curioso, não é?
- É, eu não gosto de enrolação.
Ele sorriu canteiro, tentando ser claro.
- Hum... Bem, nesse caso.
Haruna disse e deslizou uma das mãos pelo corpo dele, seu tórax, abdômen, e em seu baixo ventre abriu o zíper de sua calça. Hiro sentiu sua mão no peito, e voltou o olhar para ela, percebendo como seus dedos eram delicados. Porém, não perdeu a atenção aonde se guiou e embora quisesse saber o que ela queria, não havia pensado no despudor em enfiar a mão na própria calça, abrindo-a de forma que mesmo Miyuki costumava ter recato para fazer. Haviam em fração de alguns minutos, ido de um beijo tímido no carro, ao mais firme no sofá e de repente àquilo.
- Eu posso?
Ela murmurou e selou os lábios dele, a verdade é que não tinha intenção de fazer sexo com ele de fato, queria toca-lo somente, e beijou-o em seu pescoço, abaixando-se entre as pernas dele e ajoelhou-se no chão, em frente a ele. Abriu sua calça, puxando-a sutilmente para baixo e fez o mesmo com a roupa íntima dele, era tímida ainda que fosse um pouco rápida.
- ...
Hiro deixou claro que estava surpreso, por um momento olhou o celular que estava agora caído na cama, não sabia bem como reagir ao lembrar de Miyuki, mas olhou para a morena em seguida.
- Pode.
Disse e ergueu levemente a pelve para permitir que afrouxasse a calça e puxasse a boxer, revelando o que ela procurou ali. Haruna sorriu, sutil ao ouvi-lo e fitou seu sexo ainda adormecido, havia gostado do que via. Devagar o segurou entre os dedos, massageando suavemente enquanto o fitava. O menor tentou imaginar o que ela estava pensando. Sentiu no corpo seus dedos enluvando o sexo, buscando a própria ereção e era algo não muito difícil de conseguir, já estava atento e sabia que o sangue corria rapidamente para aquela região.
Por algum motivo, Haruna queria que ele gostasse de si, porque havia gostado dele, mas sabia como a cabeça de um homem funcionava, e sabia que só beijinhos não o fariam pensar em si além de sua namorada. Por isso, havia se aproximado dele e a ponta da língua o tocou suavemente em seu sexo, deslizando por todo o comprimento dele, e assim como ele, também se perguntava o que ele pensava vendo a si, uma mulher mais velha, sua professora, fazendo aquilo, e aí lembrou-se de que era bem mais velha que ele, e que bem, estava cometendo um crime. Hiro sentiu a pele arrepiar sob o calor de sua boca, era visível nas coxas, tão perto dos arredores onde ela tocava. Suspirou, num protesto de prazer. Ergueu a mão e tocou seus cabelos escuros, deslizando nos fios lisos até sua nuca onde a segurou. Ela desviou o olhar a ele, e se preocupava se ele parecia não gostar, se ele parecia não querer, mas suspirava de prazer, não achava que ele não estivesse gostando.
- Se quiser que eu pare, me avise, hum?
Disse e só então o colocou na boca, sugou-o em sua ponta, firme e afundou-o na boca, quase inteiramente. O maior não a respondeu, não precisava fazer isso, tinha uma ereção bem evidente entre seus dedos. Deslizou os dedos em sua nuca, enquanto segurava seus cabelos e incentivou-a, manejando seu ritmo com cautela, embora ela parecesse saber fazer aquilo. Haruna fechou os olhos, dando atenção a ele e ao ritmo que ele parecia querer, ou gostar, o afundava na boca e retirava, sugando-o na ponta, ah e havia gostado dele, de toca-lo ali. O problema é que não podia ficar excitada, não podia. Hiro moveu o lábio, por dentro da boca, sentindo a umidade cálida de sua cavidade, teve de grunhir num gemido baixo, estava mesmo gostoso.
- Haruna... - Murmurou, quase num sopro.
Ela desviou o olhar a ele e sorriu meio de canto, havia gostado de ouvir o próprio nome, então continuou, mais firme do que antes.
- Hum...
Hiro murmurou e deslizou a mão por sua nuca, descanso pela gola da camisa, tocou suas costas, o fecho de seu sutiã, mas não o tirou do lugar ainda que tenha deslizado por ele. Haruna suspirou, havia sentido o toque no sutiã e por isso se arrepiou, mas fechou as pernas, apertando-se, não queria ficar excitada, não podia, e por isso afundou-o ainda mais na boca, era insistente.
- Você.. Quer na sua boca? Eu vou chegar logo.
Hiro sussurrou, mas alto o suficiente para ser compreensível. Estava excitado e perto de gozar, na verdade, já queria ir além de gozar em sua boca. Vagarosamente subiu a mão, saindo de dentro de sua camisa branca e justa, e visto que não havia ganhado protesto algum, voltou a descer, mas pela frente, descendo pela curva de seu peito, até que alcançasse a renda do sutiã. Haruna desviou o olhar a ele e assentiu, sorrindo meio de canto e novamente o colocou na boca, deixando-o tocar a si no seio. Podia senti-lo pulsar entre os lábios então, arrepiava-se, pressionando-o na boca com os lábios.
- Sensei...
O maior murmurou e moveu levemente a pelve, com a mão em seu cabelos a impôs contra o ventre, não deixando de zelar pela profundidade com que adentrava. Deslizou dois dos dedos para dentro da lingerie, tocando seu seio macio, ainda assim era firme, bastante firme na verdade, e dentro da roupa alcançou seu mamilo, acariciando-o com o pouco espaço que tinha. Haruna sorriu conforme sentiu o toque e ergueu-se sutilmente, de forma que continuou a colocá-lo na boca, mas agora o deixava tocar melhor o seio, não se importava que ele pegasse, na verdade, até abriu a camisa enquanto o chupava, deixando-o tocar melhor o sutiã de renda preta. O maior gemeu, um tanto mais sensível e perto do ápice. Porém soltou seus cabelos e mesmo o toque cessou em seu seio volumoso, voltando as mãos para trás, tocou novamente o fecho de seu sutiã e então o abriu, queria vê-la sem ele, ao menos afrouxar por baixo da camisa e olhou para baixo, pouco além de seu rosto bonito, fitando a forma indireta com que seu busto aparecia. Haruna sorriu novamente conforme o sentiu soltar o sutiã, sentiu-o deslizar até abrir e devagar terminou de abrir a camisa, embora não tivesse retirado, nem o sutiã, manteve-se a dar atenção ao sexo dele, e se surpreendia como ele parecia demorar para chegar no ápice, talvez ele realmente não fosse virgem. Hiro deslizou a mão de volta a seu busto, tocou seu seio agora livre, apalpando-a com firmeza embora tivesse gentileza no tato. A mão esquerda e livre, retomou a seus cabelos, os segurou e empurrou-a ao ventre, encaixando-se em sua boca com insistência e agora, além de seu rosto ou sua boca, tinha o toque e a exposição de seus seios.
- Eu vou...
Sussurrou, não terminou por não achar necessário e ela sabia o que seria, porque pulsou entre seus lábios antes de então se desfazer e deixar o prazer invadir sua boca.
- Hum... Sensei...
Haruna suspirou, gostava do aperto, embora tivesse um pouco de agonia, já que os seios não eram realmente naturais, quase riu consigo mesmo ao pensar, mas não queria dizer a ele que tinha silicone nos seios. Deu uma leve mordida em sua ponta e novamente o afundou na boca até onde conseguiu, e apreciou o ápice dele, deixando escapar um gemido suave contra o sexo dele.
- Hum...
Hiro suspirou e sorriu a ela quando enfim se afastou e voltou o olhar para si. Moveu-se suavemente abaixo dela.
- Você sabe fazer isso...
Ao retirá-lo da boca, Haruna lambeu-o, limpando seu sexo dos restos de seu prazer sentido e sorriu meio de canto, conforme se afastou, mostrou a ele o corpo, com a camisa aberta ele poderia ver os seios abaixo do sutiã, mesmo sutilmente e o abdômen definido.
- Hum, você gostou?
O maior assentiu com a cabeça e pegou sua mão, ajudando-a a deixar o posto ajoelhado. Após se ajeitar, voltando para dentro da boxer, guiou-a ao colo, já estavam àquela altura de contato, coloca-la no colo não seria nada muito invasivo. Observou seu tronco despido, ou melhor, parcialmente revelado, deslizou as mãos em sua barriga, na cintura e ao alcançar a camisa, empurrou-a para baixo, suficiente a que pudesse abaixar seu sutiã e tirar o impasse visual. Ao se sentar sobre o colo dele, Haruna abriu um pequeno sorriso sutil e selou seus lábios, claro, não sem lamber os próprios e ter certeza de que estava limpo dele. Ao senti-lo abaixar a própria camisa, a retirou, junto do sutiã que jogou de lado, e deixou os seios expostos a ele, como ele queria.
Hiro fitou-a, percebendo que àquela altura parecia bem desinibida, também não tinha qualquer impasse, por isso tocou sem ressalvas seu corpo, segurando sua cintura, se aproximou e beijou seu colo, descendo devagar aos seios, inicialmente do lado direito onde vagarosamente delineou um dos mamilos, roçando o piercing ao circula-lo e sugou de leve.
- Oishi. - Murmurou e sorriu canteiro, talvez um pouco provocador.
Haruna sorriu a ele conforme o viu se aproximar e inclinou o pescoço para trás no toque suave dele no mamilo, tinha o local sensível, gostava muito do toque ali e teve que gemer, prazeroso.
- H-Hiro... - Murmurou e deslizou uma das mãos pela nuca dele.
Sob seus quadris ela seria capaz de sentir, Hiro já estava animado outra vez, enquanto tocava seus seios, fosse com os lábios e língua ou com a mão, apalpando-a.
- Eu posso fazer em você também.
Ao sentir o toque, Haruna mordeu o lábio inferior, porém, negativou a ele ao ouvi-lo, erguendo seu rosto com a mão em seu queixo e selou seus lábios.
- Hoje não, Hiro-kun. Na próxima vez.
O maior mordiscou-a no mamilo antes de soltar e erguer a direção visual. Queria mesmo tirar a roupa dela. Tocou seus quadris, tentando não deixar claro que insinuava a pelve contra ela.
- Tem certeza?
Ela suspirou, podia sentir o sexo dele duro abaixo de si, e ele não fazia ideia do quanto queria transar com ele, mas naquele dia, era melhor não.
- Tenho.
Disse e selou os lábios dele, tinha sorte de estar usando meia calça abaixo da saia, e uma roupa íntima apertava que até incomodava a si, mas esperava que ele não tocasse a si abaixo da roupa. Selou novamente os lábios dele, uma, dias vezes e rebolou suavemente sobre o colo dele, roçando as nádegas sobre seus quadris.
- Eu tenho que ir agora.
- Hum...
Hiro murmurou, quase num resmungo, sentindo suas nádegas friccionando o baixo ventre. Suspirou e retribuiu seus beijos, desceu porém ao pescoço e apertou-a nos braços, pressionando seus seios fartos junto ao peito. Haruna gemeu, prazeroso conforme o sentiu apertar a si e mordeu o lábio inferior, queria tanto, mas... Não, não podia, iria perde-lo.
- Você é tão bonita.
Ele disse, junto de sua pele onde a beijava, queria transar com ela, mas ao mesmo tempo não iria forçar a barra, ainda mais por não se conhecerem exatamente tão bem. Ela sorriu a ele e segurou seu queixo novamente, erguendo seu rosto e roçou o nariz ao dele.
- Você também é lindo... Mas não dessa vez, tudo bem? Quero que sonhe comigo essa noite. - Murmurou, era tímida, mas estava tão excitada. - Quero que se toque enquanto pensa em mim antes de dormir...
Hiro olhou-a evidentemente surpreso pelos comentários, mas negativou para si mesmo ao desviar o olhar enquanto sorria canteiro e tímido.
- E você, vai fazer isso?
Ela sorriu meio de canto.
- É claro.
- Vai mesmo?
- Vou sim. Pensando só em você.
- Na verdade eu não faço ideia do que aconteceu agora, mas tudo bem. Eu gostei, e estou gostando de ver seus seios.
Haruna riu e selou os lábios dele.
- Na verdade, eu queria muito transar com você, mas... Acho que ainda é muito cedo pra isso, então eu quis te dar um agrado. Não conte pra ninguém, hum?
- Você queria, é?
Hiro mordeu o lábio inferior, porém descontraído, não tinha conotação sexual. Ela sorriu e assentiu.
- Queria sim.
Disse e roçou os lábios aos dele, levantando-se em seguida e buscou o sutiã no chão, vestindo-o. Hiro ficou ali após ela se levantar, observando sua nudez parcial até que já não pudesse mais vê-la. Levou a mão até o próprio corpo, dando uma apalpada sutil na ereção. Se levantou em seguida.
- Quer minha boca de novo?
Ela disse num pequeno sorriso e abaixou-se em frente a ele para buscar a camisa, e é claro que a saia subiu sutilmente, não insuficiente para expor as nádegas por sorte.
- Não... Não precisa. Já vai descansar. - Ele disse, referindo-se ao sexo viril. - Bem, vou refazer o chá, talvez acalme algumas partes.
Haruna sorriu e assentiu a ele, vestindo a camisa e fechou-a em seguida.
- Bem, vou tomar o chá e irei embora.
Hiro se levantou, ajudando-a com o fecho do sutiã. Deslizou os dedos pelos lados dele até alcançar os pequenos ganchos e prende-los. Deixou-a então colocar sua camisa.
- E tem mais alguma ideia de onde gostaria de ir?
Ela sorriu ao vê-lo fechar o próprio sutiã, ele era tão educado que estranhava, ainda existiam homens assim?
- Hum, quer sair comigo de novo?
Hiro sorriu canteiro diante da pergunta. Bem, já estavam quase criando um hábito, pra variar, a chamaria desta vez.
- Bem, e se fôssemos numa pizzaria dessa vez? Eu gosto de pizza.
- Eu também gosto. Parece bom, mas no jantar.
- Então vamos no jantar. - Ela sorriu. - Aliás, que tal se eu trouxer pizza e vinho?
- Quer comer aqui em casa, hum?
- Ah... Pode ser. - Ela sorriu. - Na sua cama, ou na sua escrivaninha. Ou no sofá, no tapete da sala.
Disse a ele e riu baixinho, sabia da ambiguidade, embora não tivesse um tom malicioso. Hiro sorriu canteiro, tomando a ambiguidade sem malícia.
- Então eu peço a pizza, espero você chegar pra saber as opções.
- Então tá bem, você gosta de vinho?
- Se for vinho bom... - Ele riu.
- Hum, temos isso em comum. - Haruna riu. - Você gosta doce ou seco?
- Tanto faz, gosto do suave desde que não seja muito muito doce.
- Hum, então vou trazer um suave gostoso.
Ela sorriu e beijou-o em seu rosto.
- Tudo bem. - Hiro sorriu diante do beijinho, que foi quase muito inocente perto do que faziam antes. - Vem.
Disse e indicou a porta por onde seguiu com ela, levando-a até o andar de baixo, onde o chá já frio e levou para reaquece-lo. Haruna assentiu e seguiu com ele para baixo.
- Posso usar o seu banheiro por um momento?
- Claro. Tinha o banheiro no quarto, mas no fim do corredor, após a sala de estar.
- Ah, tudo bem, obrigada.
Ela disse num sorriso e seguiu ao local, onde fechou a porta ao passar, e suspirou. Devagar ergueu a saia, fitando o próprio corpo excitado, mas pelo menos a roupa íntima segurava a si no lugar, e fazia questão de usar uma apertada geralmente, para problemas do tipo. Suspirou, estava tudo bem, podia voltar para ele e seu chá.
Após reformular o chá, Hiro serviu para ela. Da pequena janela da cozinha, podia ver, ia chover em breve. Deu a ela seu chá conforme regrediu, entregando o copo quente em suas mãos.
- Vai chover em breve.
Ao voltar para a sala, Haruna sentou-se com ele no sofá, e sorriu a receber o copo quentinho.
- Ah... Espero que não forte, não gosto de dirigir na chuva.
Hiro assentiu e se sentou com ela, bebendo igualmente a dose do chá. Não queria dizer, mas talvez fosse melhor que ela logo partisse, aquela altura, não só pelos riscos de chuva, também estava excitado, também teria que responder as ligações de Miyuki. Haruna sorriu a ele meio de canto, bebeu alguns goles do chá, também estava excitada. Quando enfim terminaram o chá, Hiro acompanhou-a até o carro, vendo o céu acinzentar, ia chover e por isso ela tomou o caminho com alguma pressa.
- Tchau. - Haruna disse para ele antes de sair e puxou-o para si, beijando-o no canto dos lábios. - Até sexta.
Hiro virou o rosto, beijou-a imaginando que faria aquilo embora sua mira tenha sido indireta.
- Até sexta-feira, Sensei.
Hideki o ouviu dizer e não precisava pedir muito, queria foder até seu último fio de cabelo. O virou de costas, firmemente, caminhou até a parede e tocou os ombros do garoto, desceu pelos braços até alcançar as mãos dele e as levou para a parede, indicando que se apoiasse. Yori seguiu com ele até a parede, mas não queria algo tão ríspido daquele jeito, embora soubesse que era o jeito dele. Apoiou-se como ele havia pedido.
- H-Hideki...
Ao soltar suas mãos, o maior deslizou de volta pelos braços e seguiu até os ombros, dali pelo tronco, das costelas até a cintura e então sua roupa interior, abaixando a calça, junto da roupa íntima, vagarosamente penetrando os dedos no cós a empurrar os tecidos. Silencioso, o menor sentiu seus dedos puxarem as roupas e mordeu o lábio inferior, como sabia que ele era daquela forma, sempre muito intenso, se excitava com gestos simples dele, se excitava por saber que ele estava sempre pronto para si, não importando quando pedisse, era sexy de alguma forma.
- Hum...
Hideki sentiu sua euforia, era um ânimo que não podia ver, mas sabia que estava lá. Atrás dele, com uma das mãos abaixou a própria calça e se aproximou, encostou-se nele e sua nova pele sem calor, quer dizer, tinha algum calor, mas era muito suave. Yori suspirou, não precisava mais, mas queria, mesmo sem perceber e ao senti-lo, estremeceu, ele era tão gostoso, e estava constrangido por pensar nisso, por pensar no corpo dele sem roupas, de certa forma, era a primeira vez que queria toca-lo, toca-lo além do que o comum, queria dar prazer a ele, e não sabia porque se sentia assim, talvez fosse parte da sede que tinha como vampiro. Estava curioso também, sobre o corpo dele, sobre um corpo como o próprio. Virou-se de frente a ele, mesmo sem permissão e o fitou, fitou seu tórax nu, era bonito, era realmente bonito, e mais embaixo, já podia ver seu sexo ereto. Talvez fosse uma ideia idiota, não sabia, mas ajoelhou-se no chão, em frente a ele e o segurou entre os dedos, fechando os olhos vermelhos e acesos e afundou-o na boca, rápido, antes que ele se zangasse consigo por algum motivo e o sugou, desajeitado, mas não menos prazeroso.
Yori estava excitado e Hideki podia sentir sua sensação de calor irradiando por dentro, era um calor que sabia sentir, foi por isso que não se aborreceu, porque sentiu o que ele sentiu ao observar a si quando se virou, tinha desejo, o que fez com que lambesse os lábios como quem estava prestes a saborear um prato. A mão pesada levou para sua cabeça, pressionou os dedos e desceu pela nuca, fazendo a curva onde tão logo enroscou seus cabelos, apertando nos dedos e imergiu em sua boca morna, talvez aquela altura ele já pudesse suportar a intensidade da firmeza. Ao senti-lo segurar a si, o loirinho não reclamou, pelo contrário, gemeu prazeroso contra o sexo dele que tinha entre os lábios e afundou-o em si até onde conseguiu, sentindo-o tocar a garganta e firmemente fechou os olhos, unindo as sobrancelhas. Passou a se mover, devagar, retirando-o e colocando-o na boca novamente, e foi a primeira vez que o fez, então era estranho, mas excitante, ele parecia gostar, embora não o conseguisse sentir com intensidade, ainda era muito novo.
Hideki sentia sua boca morna lubrificar todo o corpo naquela parte, cobrindo-o até onde podia chegar com sua garganta. Gostava, embora não entendesse sua vontade repentina de experimentar aquilo, não precisava realmente entender, ele parecia gostar e a si, bem, qualquer homem devia gostar daquilo. Ao cessar os movimentos por um momento, Yori o sugou em sua ponta, atencioso aquela pequena parte e lhe deu uma pequena mordida que por acidente raspou o novo dentinho afiado. Afastou-se a retirá-lo da boca e uniu as sobrancelhas.
- Desculpe.
- Uh...
Hideki murmurou ao sentir raspar na pele, era uma parte sensível. Franziu o cenho mas não reclamou, apenas o olhou, notando como ele fazia aquilo bem, parecia ter feito em alguém antes. O pegou pelo pescoço, o ergueu por lá, mas não era com força para machucar, segurando sua nuca, fitou-o de frente e enfiou a língua vigorosamente em sua boca. Yori uniu as sobrancelhas conforme sentiu sua mão no próprio pescoço e se ergueu, num gemido dolorido embora não fosse tão forte, tinha medo, e agora ele poderia sentir esse medo, que arrepiava toda a coluna. Ao vê-lo em frente a si, tinha a respiração descompassada, e retribuiu seu beijo, que arrancou mais alguns gemidos já que seus dentes mordiam a própria língua e os lábios. O maior sentia seu gosto distante, nos resquícios que conseguia de cada arranhada, não tinha intenção de feri-lo, mas tinha o hábito de ser muito firme, ainda mais quando excitado. O pegou pelas coxas, acomodando-o no colo logo após se desfazer de sua calça frouxa nos tornozelos. No meio do beijo, o menor sentiu o arrepio percorrer a coluna, ele era tão gostoso, pensou, é claro que não ousaria dizer, tinha vergonha, e estava talvez tão excitado quanto ele.
- Hideki...
Murmurou conforme o sentiu entre as pernas e se segurou ao redor do pescoço dele, estava curioso, as mordidas já não eram tão dolorosas, e se fechavam na mesma hora, como seria quando ele entrasse no corpo?
Hideki deslizou as mãos por suas coxas, seguiu pelas nádegas e as apertou, firme. Levou-o até a cama onde caiu com ele ainda enroscado aos quadris. Pegou-se na mão, e a excitação se misturava com a dele, juntando-as acabava um tanto mais intenso.
- Sabe que vou foder você até te deixar desacordado, não sabe?
Ao se deitar com ele, o menor deslizou ambas as mãos pelos cabelos dele, acariciando-os e novamente, sentiu aquele arrepio na espinha. - V-Vai? - Murmurou e mordeu o lábio inferior, sutil. - Então... Então fode... - Disse e tinha o tom vermelho nas bochechas.
Ele podia notar o vislumbre de um sorriso no rosto de Hideki, não era gracioso, era quase maldoso. Pegou-se nos dedos, levou-se para ele sem recatos ou delongas e então sem esperar acomodou em seu corpo, aonde ele bem sabia. Estar com ele parecia a primeira vez de novo, agora, estava diferente. Ao senti-lo se empurrar para si, Yori gemeu, dolorido, mas não era só ruim, era gostoso também, porque estava excitado, e estava muito. Inclinou o pescoço para trás e novamente mordeu o lábio, mais forte, porém sentiu a fisgada das novas presas, ainda não sabia tomar cuidado com elas e sentiu o gosto do próprio sangue com as pequenas gotas. Ele havia entrado por inteiro no corpo, e não tivera um tempo para se acostumar com aquilo como ele fazia geralmente, mas de cima forma, o corpo não era mais tão fraco, e já o apertava, como se não quisesse deixar que ele saísse de si.
- H-Hideki...
O maior imergiu em seu corpo, se afundando, não era rápido mas foi continuo até chegar ao fundo. O completou, sentindo seu corpo cuja temperatura havia decaído, sentiria falta da anterior, mas havia gostado mesmo daquela e do apetite que sentia vindo do menor. Ao menos ali ia poder lhe dar uma primeira experiência melhor. Yori desviou o olhar a ele, ainda com os lábios manchados e puxou-o para si com a mão em sua nuca, e o beijou, empurrando a língua para os lábios dele como ele fazia consigo, firme, buscando sentir o gosto dele, como ele poderia sentir o próprio.
Hideki abaixou-se, sentindo seu gosto, sentindo seu beijo e retribuiu com o mesmo vigor, podia sentir suas mordidas e retribui-las com a mesma intenção. Tão logo se moveu, penetrando tão firme quanto o restante de qualquer movimento. Sabia que ele sentia dor, mas também sentia o prazer unido ao toque dolorido. Ao senti-lo se mover contra si, Yori gemeu dolorido contra seus lábios, mas ao contrário do que faria quando humano, separou ainda mais as pernas, dando espaço a ele e uniu as sobrancelhas, quase perdeu a concentração no beijo, devido aos gemidos contra os lábios dele. Hideki teria pensado no quão forçado ele pareceria se não soubesse de suas sensações, agora podia senti-lo transmiti-las para si e estava excitado. Deslizou as mãos por sua cintura, desceu para as coxas, apertou suas nádegas e então o puxou pela pelve, empurrando para si como se empurrava para ele e não mentia quando dizia que ia foder com ele, penetrava-o com força.
Ao senti-lo se mover, Yori fechou os olhos firmemente, agarrando-se aos ombros dele, e era dolorido, talvez aquela fosse toda a vontade dele de fazer aquilo consigo, que guardava há muito tempo. Estremeceu, mordendo novamente o lábio inferior e uniu as sobrancelhas conforme desviou o olhar a ele, de alguma forma sabia que se fosse humano, ele certamente já havia machucado a si e muito.
- H-Hideki!
Chamou e inclinou o pescoço para trás, doía tanto, mas era tão gostoso, podia sentir a força dos quadris dele, e estava tão excitado, na verdade, não se lembrava de ter sentido tanta vontade de fazer aquilo antes, sentia o cheiro dele, e era inebriante, ficou com vontade de sentir o gosto dele de novo.
- M-Meus quadris... A-Ah...
Ainda que o moreno fosse mais firme que o habitual, ainda não era toda a força que poderia usar com alguém, afinal, estava fazendo sexo e não brigando e de alguma forma queria que seu prazer fosse contínuo, queria dar prazer e não só a dor para ele, havia aprendido nesse meio tempo que fazê-lo se sentir bem era uma coisa que gostava, além de expor a ele o fato de que era capaz de fazê-lo. Sentiu seu cheiro aflorar, intensificando durante o sexo, agora não sentia o cheiro de seu suor, mas era o cheiro de seu sangue mais intenso, deslizou os lábios por seu pescoço e seguiu ao ombro, o mordeu e provou mais consistentemente seu sabor, suas sensações. Conforme o sentiu morder a si, Yori fechou os olhos, agora ele poderia fazer isso e não ficaria machucado por dias, talvez fosse bom para ele, mas percebeu que também podia fazer aquilo, ainda mais com seu corpo tão perto do próprio. Ao se aproximar, beijou-o em seu ombro e o mordeu, igualmente, cravando as presas em sua pele e sugou-o para si, e era tão gostoso, que sentiu todo o corpo se arrepiar.
- Hum!
Hideki sentiu seu beijo, foi quase um anúncio de sua boca, tão logo vieram os dentes, em reflexo deu uma mordidinha a mais em seu ombro, mas continuou a traga-lo. Não se importava com sua mordidas, na verdade gostava, era o que significava ter um parceiro. Com isso sentiu o que ele sentia e o deixou sentir o que estava sentindo também, fosse com seu gosto, fosse com o sexo, fosse com as suas sensações. Deitado na cama, Yori teve que se manter em silêncio quando enfim sentiu a sensação invadir o corpo, era ele, não havia sentido até então porque não havia se concentrado nele, mas naquele momento se concentrou em seu corpo, seu gosto e então pode sentir o que ele sentia. Não conseguiu nem sugar seu sangue mais, porque pelo corpo sentiu um arrepio tão intenso que teve que gemer mais alto, era quase manhoso. Não estava habituado a sentir o próprio prazer e o de outra pessoa, também não estava habituado para aquela sensação tão estranha e confusa que sentiu vindo dele, mas junto disso, veio também um sentimento que conhecia bem, e teve que sorrir, sentindo as lágrimas nos olhos. Desviou o olhar a ele e deslizou uma das mãos pelo rosto dele, acariciando-o, afastando-o de si e fitou seus olhos amarelos, mesclados com o vermelho e quis beija-lo, quis abraça-lo, quis fazer tudo ao mesmo tempo, e dos olhos escorreram as lágrimas, que não estavam nem perto de ser de tristeza, ou dor. Acariciou os cabelos dele, mas se concentrar em seus sentimentos bons traziam também o que ele sentia quando estava dentro de si e fora por isso que gozou antes do que deveria, sem aviso algum para ele e gemeu, prazeroso, inclinando o pescoço para trás e fechou os olhos, mas não queria que ele parasse, não... O corpo não queria.
- Não para... Não... Não para Hideki...
Hideki sentiu surgir no corpo a sensação emotiva, queria entender porque tudo lhe causava choro, porque era tão sensível. Mas sabia o que estava fazendo, estava vasculhando as sensações, mas não era novidade ainda que algumas partes, preferia não deixar tão descaradamente evidente, no entanto, agora eram parceiros, ou talvez ainda estivesse esperando que fosse, mas sentia algo nele que fazia crer que o que sentia, ele também sentia, embora fossem diferentes, era o mesmo sentimento, e por hora, se faria satisfeito embora temesse por quanto tempo fosse sentir isso, por quando tempo acreditaria que ele amava a si. Sentiu a intensidade de seu prazer se juntar ao próprio, intensificou as sensações dele e ele por consequência fez o mesmo consigo, teve de gemer contra sua pele enquanto se contia para não sugar demais, sedento talvez não por seu gosto, mas por seus sentimentos. Com ele acabou chegando ao clímax, mas não precisaria pedir para que continuasse, tão logo o fez, não afrouxou sequer ao se desfazer dentro dele.
Yori estava trocando aquele tipo de sensação com ele, uma sensação prazerosa, não só do sexo, mas de tudo o que sentiam e conforme sentiu seu ápice, sempre frio, gemeu prazeroso e beijou-o no pescoço, várias vezes, ainda que ele houvesse gozado junto a si, não cessará seus movimentos e estava sensível pelo ápice recente, mas não se importou, estava tão gostoso que agarrava-se a ele, como se ele não pudesse se soltar dos próprios toques, o segurava, firme, para que ele não parasse, ainda que soubesse que não iria.
- Ah!
O maior sentiu seus beijos e sua sequência de movimentos inquietos afetados pelo ápice, embora limitasse o ritmo, não tinha peso suficiente para cessar, continuou então tal como ele parecia querer, como queria por si mesmo, e ouvia a pelve bater contra a dele, como tapas na pele, desta vez já não lhe parecia fazer mal. De olhos fechados, o menor apreciava os movimentos dele, e teve que estremecer conforme o sentia tocar onde gostava insistentemente, já não sentia mais o corpo cansado como em um humano, e nem tão dolorido, o sangue que havia tomado mantinha sempre o corpo funcionando e as feridas se fechando, assim com o apertava no copo, firme, e era uma resposta do corpo ao sangue, queria se curar, mas em continuava sendo violado por ele. O mordeu novamente no ombro, mas não bebeu de seu sangue, mordeu várias vezes, perfurando com as presas afiadas, havia gostado de fazer aquilo, mas é claro, eram só pequenas picadas, não perdurava fundo o suficiente para expelir sangue. Hideki arqueou a sobrancelha, embora fosse mais para si mesmo, sentindo suas mordidas insistentes, uma vez que pouco antes dizia não querer ferir a si, agora, fazia do ombro uma peneira com suas mordidas. Deslizou a mão por sua cintura, apenas uma delas e seguiu até seu sexo, sentiu o toque pegajoso de seu clímax anterior, sentiu sua firmeza mesmo após gozar, o que ele não costumava sustentar anteriormente. O enluvou, massageou e apertou, tamanha firmeza quanto dos quadris. Ao sentir o toque firme, Yori o soltou e inclinou o pescoço para trás, apreciando o toque dele no próprio sexo, embora doloroso.
- H-Hideki... - Murmurou e desviou o olhar a ele, por um momento quis a posição que ele costumava usar consigo. - Posso... Ficar de quatro?
O menor não precisou insistir, na verdade era a intenção inicial, Hideki mal entendia como terminaram daquela maneira. O maior o pegou pelos quadris e aos sair dele, virou-o de costas, puxou e elevou sua pele, mas não entrou em seu corpo, apenas se pôs atrás dele, o resto esperaria dele. Ao se virar, o menor agarrou-se ao lençol como de costume e mordeu o lábio inferior sentindo os pequenos fios de cabelo loiro caírem sobre a face. Esperou por ele, mas aquele pequeno minuto pareceu um ano, e guiou a mão entre as próprias pernas até segura-lo pelo sexo e o guiou para dentro de si novamente, empurrando-o para dentro.
- Ah!
Hideki sorriu quase sem perceber, notando sua mão buscando encontrar o que queria atrás de si, se aproximou e permitiu se encaixar. O penetrou, deslizando para dentro. O pegou nos quadris e puxou para si, imergiu dentro dele e gemeu entre os dentes, com ele. Ao senti-lo inteiro no corpo novamente, Yori estremeceu e desviou o olhar a ele de canto.
- Hideki... Eu... Eu me sinto tão bem, isso é tão gostoso...
Murmurou e buscava ouvi-lo, ele estava tão silencioso que tinha um pouco de agonia.
- É gostoso, hum? Agora você sabe o quanto eu fui resistente pra você, ah?
Hideki indagou e sabia que não era bem uma justificativa, mas para si podia soar como uma. Deslizou as mãos por sua cintura, segurou-o com firmeza e puxou contra o corpo. Yori assentiu, silencioso, não havia pensado naquilo até então e era verdade de alguma forma, embora como ele havia pensado, não fosse bem uma justificativa para o que ele havia feito. Ao senti-lo puxar a si, estremeceu e gemeu dolorido, mas prazeroso, ele não parecia ter perdido nem um pouco da postura após seu ápice, era como se a vontade dele nunca diminuísse.
O maior deslizou a mão direita por sua lateral, da cintura até a coxa e então o meio de suas pernas confirme se debruçou para ele, encontrou seu sexo, o envolveu e passou a massageá-lo com firmeza, não perdeu no entanto a atenção atrás dele, continuando a penetra-lo, sentia seu prazer continuo. Talvez, ser um vampiro significasse aquele sentimento, Yori era acostumado a ver vampiros como uma coisa muito lasciva, mesmo a cultura que tinham por conhecer esse tipo de espécie era assim, mas nunca pensou que conseguisse sentir tanto prazer por estar com ele, a troca de sensações o sangue, era tão bom que não saberia descrever. Ao sentir o toque, mordeu o lábio inferior e estremeceu, desviando o olhar a mão dele que tocava a si.
- H-Hideki...
- Você gosta nele também, hum?
O moreno indagou, embora tivesse uma breve lembrança sobre aquilo. O massageou, o esfregou, tão firme quanto a pelve. E sua nuca aparente beijou, mordeu, furou sem muito invadir, assim como ele o próprio ombro. Yori assentiu, e na verdade havia reparado que gostava de ouvir a voz dele, seja gemendo, falando, qualquer coisa que pudesse ouvir seu timbre grave soando perto do ouvido apurado. Estremeceu mais uma vez, as mordidas eram de alguma forma, gostosas.
- Eu... Gosto da sua voz. - Murmurou.
- Gosta?
O ruído nasal de Hideki era uma risada soprada, baixa, mas audível. Segurou-o mais apertado nos dedos e já continuamente no ritmo, não demorou para chegar perto de gozar novamente, e ele ia sentir sem que precisasse dizer.
- Gosto. - Yori murmurou e arrepiou-se com a sensação de seu corpo, aquilo fazia a si se sentir da mesma forma. - E-Eu... Hideki...
- Gozar...
O maior sussurrou, completando, ia com ele. Intensificando o ritmo, soltou seu sexo sensível e pegou sua pelve por onde o puxou com maior consistência, só então se desfez, pela segunda vez e dentro de seu corpo. Yori assentiu a ele conforme o ouviu, o corpo estava dolorido pelas investidas insistentes, mas não fora menos excitante quando por fim, gozou junto dele, e a voz saiu da gargante, alta, e chamou por ele.
- Hideki!
Hideki sentiu o ápice por si e também sentiu por ele, certamente o fez sentir o mesmo. O protesto de voz soou rouco, porém ofuscado por ele que consigo atingia o êxtase. No fim se moveu até que tirasse cada gota dele e também de si. Yori agarrou-se na cama, no lençol e sentiu as pernas fraquejarem, não estava tão fraco quanto estaria quando era humano, mas ainda era um vampiro recente, precisava se acostumar a fazer aquilo.
- H-Hum...
Hideki o segurou antes que decaísse, mas o deixou se deitar enquanto sentia seus espasmos musculares, podia ver suas pernas bambearem. Empurrou-se uma última vez antes que saísse e com ele se deitou, deixando sentir cada último segundo até a sensação desvanecer. Yori suspirou e deitou-se na cama, fechando os olhos para descansar e aproximou-se dele, repousando a face em seu peito. O maior se deitou, sentindo o efeito de suas mordidas, de ser parte de seu aperitivo. Mas podia facilmente continuar, no entanto, era seu primeiro dia como vampiro, sabia que dormiria feito uma pedra naquela noite.
- Ah...
O menor gemeu, baixinho, um pouco extasiado ainda pelas sensações e sorriu a ele.
- Você esperou por mim muito tempo... Então, essa foi sua recompensa.
Riu baixinho, não que fosse de fato uma recompensa.
- Eh?
Hideki indagou, se perguntando se ele falava sobre o sexo, afinal, já haviam feito tantas vezes. Sobre ser um vampiro, praticamente o havia obrigado a se tornar um. Yori riu.
- O sexo...
Murmurou e virou-se a beijar seu pescoço.
- O que seria uma recompensa? Sempre é gostoso, mesmo quando precisa ser rápido por seu corpo frágil. Recompensa foi saber o que estava sentindo, sentindo prazer comigo, que estava com vontade de ter mais de mim, que não era só a dor do meu toque, embora eu goste de prover alguma dor a você, queria que ela seja prazerosa.
- Eu só estava brin...
Yori disse e uniu as sobrancelhas porém conforme ele continuou e sentiu a bochecha corar, era estranho ouvi-lo dizer, quer dizer, havia sentido os sentimentos dele, mas não deu atenção aos próprios e com ele foi o contrario.
- Eu sempre gosto... Não é só sempre dolorido.
- Costumava ser. Você não sentia coisas boas. Parecia quebrar quando ia ser tocado.
- Você não sabe, você não me sentia. Era doloroso sim, mas gostoso, ou eu não pediria por você mesmo sabendo que poderia quebrar.
- Hum. Eu não quero conversar sobre isso.
O maior disse, era inflexível sobre as próprias ideias então, não queria se irritar depois do que fizeram. Yori estreitou os olhos, mas assentiu, achava ele um tapado na verdade, mas não diria, ou correria o risco de voar pela janela. Suspirou e se sentou na cama, sentindo o corpo bem melhor do que estaria quando humano depois daquela situação.
- Não me olhe assim.
- É que as vezes você é tapado. - Disse, finalmente.
- Não sou tapado, só não vou ficar ouvindo você tentando fingir que sempre adorou isso. Você me aceitou nas últimas vezes, mas não foi assim com frequência.
- Eu não disse que sempre adorei, até porque eu não tinha como gostar enquanto você me estuprava naquele quarto escuro. Eu quis dizer que eu pedi por você mesmo quando era humano, então não era só ruim.
- Claro, depois que eu espancava um vampiro é claro que faria sentido, afinal.
Yori estreitou os olhos novamente e cruzou os braços.
- Só era gentil comigo por que espancava alguém então?
- E você acha que era fácil segurar você? Você parecia um pedaço de vidro na minha mão. Tudo era dolorido, pesado. Não aja como se não soubesse disso.
O menor suspirou.
- E agora o que eu pareço? Um pedaço de vidro que se cola se você quebrar?
- O que? - Hideki indagou, não vendo sentido na implicância daquilo. - ...Você está afim de discutir, Yori?
- Não. - Yori disse novamente num suspiro. - Quero saber se me transformou porque quer ficar comigo pra sempre ou se era só pra aguentar o tranco com você na cama.
- Eu é quem sou tapado?
Yori uniu as sobrancelhas e abaixou a cabeça, era irracional, mas já havia sido deixado de lado por muita gente antes de ficar com ele, pessoas da família mesmo e no fim, havia acabado sozinho. Só esperava que de alguma forma ele não enjoasse de si. Levantou.
- Eu vou tomar um banho.
- Você sabe que desde o início eu quis você, e sabe que usei de outros artifícios pra não te ferir, se eu quisesse só alguém que desse conta de mim na cama, eu teria pego um vampiro qualquer, não teria transformado você, com risco de você não acordar ou não me escolher depois disso.
Yori desviou o olhar a ele, virando-se novamente para a cama.
- ... E quem eu escolheria? Você foi a única pessoa que me quis mesmo quando eu mesmo não me queria mais.
- Mas poderia não querer alguém que desrespeitou seu corpo.
Hideki esticou o braço, deitado como estava, alcançou a mão dele. Não que agora soubesse como lidar com ele, não havia conseguido uma noção repentina de respeito, apenas, gostava dele, e talvez por isso, soubesse o que não lhe fazia bem. Ao senti-lo segurar a si, Yori aproximou-se dele e novamente se deitou, mas permaneceu com o tronco erguido, fitando seu rosto.
- Você não tinha como saber... Você não é humano.
- Agora vou saber de tudo.
Hideki disse e subiu com a mão por sua coluna até a nuca, sentindo na ponta dos dedos sua pele carecida do calor que costumava ter. Yori assentiu e abaixou-se, selando os lábios dele.
- Agora vai sentir minha dor.
- Hum.
Hideki assentiu apenas com o murmuro e ficou daquela forma, aproveitando a companhia e o silêncio que se instalou.
- Etsuo.
Kaname disse ao ser chamado logo que entrou em casa. Pôde ver o olhar do menorzinho que entrava consigo, pareceu exasperar ao ver o filho, afinal, parecia acomodado à espera.
- O que houve, filho?
- Eu preciso... Conversar com o senhor sobre o que eu disse no outro dia. - Etsuo sorriu meio de canto. - Posso?
- Você, não gosto de senhor, já disse hum? Fale, Etsuo.
- Hai, tudo bem...
Etsuo Disse e desviou o olhar a Shiori, sorrindo a ele, e estava um pouco desconfortável, ele provavelmente havia percebido, porque deslizou a mão pelo braço de Kaname e seguiu ao quarto, deixando Etsuo sozinho com o outro.
- ... Papai eu gosto mesmo do Ritsu...
- É, eu sei disso, Etsuo. E aí?
Kaname indagou e se sentou no sofá, esperou prosseguir. Etsuo observou-o e uniu as sobrancelhas.
- Não está bravo?
- Na verdade eu estou preocupado com isso sim. Você é vampiro, ele é humano e você ainda começou a ter relações sexuais com ele antes mesmo de falar comigo. Mas você, sempre agiu como se o Ritsu fosse ser seu.
Etsuo abaixou a cabeça ao ouvi-lo.
- Me desculpe... Mas... Não posso ter filhos com ele...
- Não pode dar nascimento a um bebê, mas nada impede de que comece a gerar um que não suporte o estado físico de um ou outro. Não importa, prefiro que meus filhos estejam com namorados que eu conheço. Mas, sem putaria.
Etsuo uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo, desviando o olhar ao maior.
- Está dizendo que eu posso ter um aborto? Isso é horrível. - Falou a unir as sobrancelhas. - ... Ah, não quer que eu transe com ele?
- Hum, você? Bem, você abortaria e Ritsu acabaria sendo morto porque a criança tentaria consumir o sangue dele. Se já tem relações, duvido que possam evitar a essa altura.
Etsuo uniu as sobrancelhas.
- Eu sou... Uke.
Murmurou com um sorrisinho de canto, estava envergonhado. Kaname pigarreou, dispensando o detalhe ainda que estivesse de fato curioso anteriormente. Não que desacreditasse do potencial do filho caçula, era um homem afinal, duvidava porém que o mais velho assumiria a posição sem timidez.
- Hum... Eu vou falar com o Ritsu, e... Vamos usar camisinha.
- E não estavam usando?
- ... Estamos.
- Hum, acha que me engana, infeliz?
Etsuo riu.
- Está tudo bem.
- Vai ficar bem a hora que vocês não transarem. Ao menos use preservativo.
- Ta bem... - Etsuo falou e fez uma pequena reverência. - Me desculpe.
- Pode ir, avise sua mãe que está vivo.
- Hai, obrigado.
Disse e seguiu para o quarto, não sem antes informar a própria mãe que podia ir para a sala novamente.
♦
Etsuo sorriu consigo mesmo ao olhar o relógio, estava pronto, já havia saído do colégio e passaria no do irmão para pegá-lo. Em seu intervalo, havia deixado para ele o pequeno obento, contendo o omelete de arroz que havia feito enquanto ele dormia, ele quase nunca levava lanche, então esperou que ele dessa vez pegasse o pequeno pacote em sua mochila. Além do omelete, havia deixado chá verde e um pequeno bilhete "Boa aula, mestre". Ao parar em frente a seu colégio, ajeitou o casaco que usava, aguardando enquanto via alguns alunos já dispersarem. Ritsu havia sentido que por alguma razão a mochila havia saído mais pesada naquela tarde. Na escola no entanto acabou encontrando a razão do peso, uma vez que tão incomum resolveu verificar o motivo. Observou o pequeno pote e também uma pequena garrafa térmica, bem, o conteúdo iria ver mais tarde, mas o bilhete já havia fuçado e por isso sorria canteiro, não pelo recado em si mas por imagina-lo aprendendo a preparar algo como o que estaria dentro do obento. No intervalo, que aguardou curioso, optou então por subir ao terraço, sentou-se e finalmente pode abrir o embrulho, descobrindo o conteúdo amarelinho dentro do pequeno pote. Usou dos hashis que provavelmente eram conjunto, tinham a mesma cor da tampa. A sós passou a comer imaginando o que faria para retribuir o mimo. Serviu-se também do chá amargo e quente, acompanhando a refeição.
Com o fim da aula, Ritsu ainda pensava como não havia visto o irmão pelo caminho ao ir para escola, parecia dormir normalmente, havia sido talvez estratégico, mas agora o encontrava na saída.
- Ah, on... Etsu! - Disse em saudação, caminhou até ele e segurou os lados de seu casaco. - O que aconteceu? Fez algo errado e está tentando me agradar? - Brincou.
Etsuo observou o irmão e acenou a ele, vendo-o seguir até si e riu baixinho, negativando.
- Iie, só... Achei que seria legal fazer seu lanche. Estava gostoso? Acho que salguei demais...
- Eu gosto de sal.
Ritsu disse e levou as mãos a seu rosto. Selou seus lábios. O maior sorriu e assentiu, retribuindo o selo.
- O que houve, puppy? Não aguentou me esperar no tapetinho de casa?
- Falei com o papai. - Etsuo disse num pequeno sorriso.
- Hum, por isso está me agradando? - O menor indagou, confuso.
- Iie, só... Só falei. - Riu.
- Como foi? Parece que está animado.
Ritsu disse e ao solta-lo, pegou sua mão a medida em que passou a caminhar.
- Bem... Ele me mandou usar camisinha. De resto tudo bem. - Etsuo riu. - Disse que eu posso engravidar mesmo sendo vampiro.
- Vocês falaram sobre esse tipo de coisas?
Ritsu disse e franziu o cenho, estranhando o assunto.
- Ele falou... - O moreno falou e riu. - Aparentemente, eu posso ter um aborto. Fiquei meio preocupado, então...
- Hum... Ele não ficou bravo com isso? Então? Não quer mais fazer?
- Iie. Quero, eu não disse que não.
- Então o que? Vamos usar camisinhas.
- Hai, eu... Vou comprar alguns remédios.
- Vão funcionar pra você?
- Acho que sim.
- Mas seu organismo não funciona direito, Etsuo. Deve falar com a mamãe.
- Hai, eu vou conversar com o papai. Não quero pensar na ideia de ter um aborto...
- Hum, parece cruel.
- É... Você não pode mesmo me engravidar, um bebê vivo não pode viver em mim.
- Hum, você não parece tranquilo sobre isso. - Ritsu disse e voltou-se para o moreno. Sorriu. - Está preocupado porque quer um bebê?
Etsuo desviou o olhar a ele e negativou.
- Não, é que... Isso não é bizarro?
- Sim, é triste. Mas é algo que eu já havia imaginado antes.
- Hum... Bem, vamos mudar de assunto.
- Não se preocupe, Etsuo. Se você quiser um bebê nós podemos ter, um dia serei como você e assim será capaz de gerar um. Porque eu não quero gerar. - Ritsu resmungou e sorriu, num riso nasal. - Também podemos adotar um, e dar oportunidade a uma criança, como eu tive.
Etsuo riu e assentiu.
- Iie, eu... Não sei se tenho jeito para ser mãe sabe... Eu acho que adotar seria bom. Quero criar alguém como fizemos com você, meu Onii.
- Não é questão de jeito, é questão do que você quer. Mas claro, isso é um assunto para alguns bons anos. - Ritsu sorriu-lhe de canto.
- Hai, não agora.
Etsuo dorriu e desviou o olhar ao garoto que corria em direção ao irmão, um sorriso nos lábios até ver a si. Freou e estremeceu. Ritsu se voltou ao moreno, ao perceber seu andar diminuir. Não havia percebido o amigo, encarava a direção diferente da dele.
- O que houve?
Etsuo indicou a ele o garoto que agora disfarçava.
- Estou perdendo alguma coisa?
- Ah? Não, acho que não. - Por um momento o loiro acabou soltando sua mão, sem intenção na verdade e seguiu até o colega. - Precisa de alguma coisa?
O maior estreitou os olhos ao senti-lo soltar a si e aproximou-se atrás do outro, como um guarda costas e rosnou.
- ... Eu só ia te dar tchau...
Ritsu sentiu a presença do irmão junto a nuca, o que fez com que se voltasse para ele.
- Se comporte, inu. - Disse-lhe em altura pessoal, apenas para ele. - Hai, até segunda, Haru.
Disse ao garoto e sorriu, dispensando antes que o irmão o fizesse desmaiar.
- Não quero você perto do meu irmão, garoto, achei que eu já tinha te dito isso!
Etsuo falou, ignorando-o.
- S-Sim senhor...
- Haru, pode ir. Não se preocupe.
Ritsu disse ao garoto e tocou seu ombro, incentivando a partir. Se virou para o irmão, antes que pudesse dar partida. Etsuo observou-o de olhos estreitos e os olhos queimavam em vermelho.
- Que porra?
- Não é comida, Etsu. - O menor disse ao fitar seus olhos enrubescerem.
- Vai virar. Mandei ele parar de falar com você, vou ter que vir te buscar todo dia?! Caralho!
- Etsuo, você não está falando com seu amigo.
Ritsu disse, tinha um brando, embora irônico sorriso. Etsuo estreitou os olhos e ficava facilmente puto com qualquer coisa que se dizia respeito ao irmão, era extremamente ciumento.
- ...
O loiro pegou seu rosto, segurou e se impôs ao moreno. Ao tocar sua boca, penetrou-a com a língua e o beijou, ao menos aquilo tentaria para acalma-lo. Etsuo ainda tinha as sobrancelhas unidas e o beijo não era realmente satisfatório, tentou não fazer nada e por fim mordeu a língua dele, sem muita força, mas sentiu cheiro de sangue. Ritsu deslizou as mãos para a nuca do moreno, entrelaçando os dedos aos seus cabelos negros e puxou de leve, mais ainda ao sentir a mordida, o que causou um gemido baixo em sua boca, dolorido. Porém, tentou não fazer a cena tão sexual visualmente quanto com o que fazia de fato em sua boca. Etsuo suspirou e estava um pouco mais calmo, aos poucos relaxou a face e guiou ambas as mãos aos ombros dele, apertando-o ali.
- ...
Ao abrir os olhos, o menor percebeu seu cenho menos tenso. Desviou de seus lábios e beijou sua bochecha, passou ao pescoço, mordiscou seu lóbulo e então o abraçou.
- Inu, você feriu minha língua.
- Você feriu meu orgulho. Não me faça ficar quieto quando alguém está claramente querendo dar em cima de você na minha frente.
Etsuo falou a ele e acariciou suas costas.
- Etsuo, ele me deu tchau. - Ritsu mordiscou seu pescoço. - Você gritou comigo em público. Vou te deixar de castigo.
- Eu vou matar ele de verdade dessa vez.
- Você vai?
- Vou.
- E o que você acha que vou fazer com você depois disso?
- Não ligo se me deixar na chuva, pelado de coleira, eu quero arrancar o pescoço desse menino.
- Acha que é só isso que vou fazer?
- O que você vai fazer?
- Não vai mais ganhar beijos, não vai ganhar coleira, não vai ter sexo e nem falar sobre ter filhos.
- Vai me deixar por causa de um humano babaca?
- Eu sou humano também. Ele é um colega, não pode ameaçar meus colegas porque tem ciúme e não percebe que você tem tantas qualidades que eu jamais buscaria em outra pessoa. Mas um dia vou ser forte e vou poder bater na sua bunda quando eu não gostar do seu comportamento.
Etsuo estreitou os olhos.
- Se me deixar matar ele, vai provar que me ama mesmo.
- Tsc.
Ritsu resmungou e por fim o soltou, reiniciou a caminhada. Etsuo desviou o olhar ao outro e segurou-o em seu braço.
- Ta, não mato seu coleguinha.
- Vou falar com meu pai sobre isso.
Ritsu resmungou novamente, fingindo falar para si mesmo.
- O que?
- Vou falar pro seu pai. Malcriado. - O menor disse, claro, provocando o irmão. Desvencilho do toque no braço. - Hum.
O moreno estreitou os olhos.
- Fale!
- Ah, que porcaria.
Ritsu disse e deu a ele um tapa na bunda, claro, foi discreto.
- ... Eu vou arrancar um pedaço de você!
- Vem. Arranca.
Etsuo rosnou para ele, indicando que corresse.
- Não vou correr, eu sou seu dono. - Ritsu disse e parou em frente a ele, cruzou os braços. - E você está sendo um garoto mal. Sabe que vou te abandonar numa caixa na rua se me encher o saco?
- Ritsu, já te disse pra não fazer essa brincadeira.
- Por quê? Se não me dói, por que deveria doer em você?
- Eu não gosto... Isso me magoa um pouco.
- Bem, se não fosse por isso eu não teria encontrado você.
O maior uniu as sobrancelhas e assentiu, puxando-o para si e lhe selou os lábios.
- ... Posso vir te buscar todos os dias?
O menor segurou sua cintura ao ser puxado, retribuiu o toque.
- Hum, não estava ameaçando me arrancar um pedaço, hum?
- Não resisto a você. Seu... Malditinho.
O menor riu baixo e por fim deu um tapa leve em seu quadril. Na verdade podia não dizer nada e saber que estavam brincando, que podia chantagear o irmão, mas no fundo se sentia infeliz de não ser capaz de causar sequer um pouquinho de medo nele, era mais fraco que ele, por isso não o amedrontava, e provavelmente não seria capaz de fazê-lo mesmo se virasse um vampiro. Etsuo sorriu.
- Vamos pra casa. Quero colocar minha coleira.
- Hai hai.
Ritsu disse a ele e assentiu igualmente com a cabeça. Caminhou de volta para casa junto ao moreno. Etsuo segurou a mão dele e aproximou-se dele, beijando-o em sua face novamente. O menor fitou-o de soslaio e sorriu, pegou sua mão de volta e levou consigo, caminho a casa.