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julho 2019
Hiro deslizou as mãos por sua cintura e tornou puxa-la por ali, trazendo à beira, acomodando-se entre suas coxas, o que por consequência levava sua saia para cima e sentiu encostar algo no baixo ventre, sabia o que era, mas não deu atenção. Penetrou sua boca, beijando-a devagar mas com firmeza, contra o peito podia sentir seus seios. Haruna desviou o olhar a ele, deu um pequeno sorriso, agora se sentia sem um peso enorme nas costas, e assim podia ser mais leve com tudo. Ao beija-lo, fechou os olhos e apreciou o beijo enquanto o abraçava com ambos os braços ao redor de seu pescoço. Hiro beijou-a por um bom tempo, até que o toque se tornasse mais intenso. Ao pegar sua cintura, puxou-a e se levantou, pegando-a no colo e deitou-a no sofá de modo que pode se deitar em cima dela, entre suas pernas e empurrou a pelve contra a sua, mas não pôde exatamente insinuar a penetração, encontrou nela algo tão feliz quanto a si. Ao tê-lo entre as pernas, Haruna guiou as pernas ao redor de sua cintura, firme e tentava dessa forma fazê-lo tocar num lugar onde não sentisse a si, mas era difícil. Deslizou ambas as mãos pelo tórax dele, acariciando-o.
- Desculpe... É só fingir que ele não está aí.
- Tá tudo bem, Sensei.
O maior disse ao ouvi-la e sorriu, tênue. Deslizou ao pescoço e beijou-a ali, lambendo sua pele, mordiscando com cuidado e desceu ao peito, tocou seus seios e mordeu a pele, seguiu ao mamilo onde deslizou a língua e sugou-a devagar enquanto o outro acariciava com os dedos, massageando-a. Haruna deslizou uma das mãos pela nuca dele, acariciando-o e deslizou os dedos na nuca dele, ele estava desconfortável, visIvelmente, não queria fazer aquilo com ele daquela forma.
- Hiro... - Haruna murmurou, afastando-o sutilmente e selou os lábios dele. - Não, para. - Suspirou. - Você não quer, é melhor deixar pra lá.
Hiro ergueu a direção visual ao ser chamado. Lambeu seu mamilo, expondo a língua perfurada ao lambe-la.
- Hum?
Murmurou embora não precisasse e ela continuou, o que fez com que interrompesse e lhe desse a atenção. Olhava para ela e continuava a achando atraente, mas... Sorriu canteiro.
- Eu só estou um pouco confuso, é como se eu estivesse conhecendo outra pessoa então, voltei de algum modo a forma como conversamos nas primeiras aulas. - Foi sincero.
Haruna assentiu e sorriu a ele, deslizando uma das mãos por seu rosto e o afastou gentilmente, ele não estava mais ereto.
- Tudo bem. - Disse, embora soubesse que não estava. - Sabe... Vamos... Vamos comer e beber juntos, não precisamos fazer isso. - Disse num pequeno sorriso.
- Eu sei disso. - Hiro retrucou, baixo como estavam falando, por alguma razão. No entanto se afastou como ela mesma fez e então se sentou no sofá, pegou sua roupa do lado e entregou a camisa, sem sua lingerie. - Vamos conversar um pouco, você vai provar da pizza que eu queria que provasse, Sensei. - Disse a ela e ajudou com a roupa, abotoando os botões em suas casas, deixando alguns fora, criando seu decote. Queria uma pausa, para rever a professora. - Mas não quero que pense que isso me incomoda, você é linda.
Haruna colocou a camisa de volta no corpo e dessa vez, retirou a saia, mas antes, vestiu a roupa íntima colada ao corpo, a camisa esconderia o sexo de toda forma. Assentiu a ele e encolheu-se sutilmente no sofá, estava chateado, mas não diria nada.
- Não se preocupe, eu sei... - Disse e sorriu de canto. - Eu... Vou servir o vinho pra você. - Disse e serviu pouco da bebida na outra taça, entregando a ele.
Hiro ajeitou a boxer de volta no lugar, vestiu a camisa tirada a pouco tempo e amarrotou as mangas ao dobra-las até os cotovelos. Ia pegar o jantar para mostrar a ela, mas via em eu rosto que estava incomodada, mesmo que se esforçasse para não parecer. Esticou a mão e ia tocar sua perna desnuda, mas viu o celular vibrar no sofá, Miyuki. "Não vem a noite? Meus pais saem hoje..." Pensou se respondia ou não, não queria inventar nada, por hora deixou o celular do lado e se voltou para ela. Haruna desviou o olhar a ele e sorriu novamente, podia ver seu olhar preocupado para o celular, sabia quem era, e sabia que agora, não era bem uma prioridade para ele, agora que havia descoberto sobre si. Era um incômodo, ser um homem era um incômodo.
- ... Talvez seja melhor eu ir embora.
- Não vai embora. - Hiro disse, talvez um tanto afirmativo. - Você precisará vir amanhã mesmo, pode dormir aqui, se quiser.
Haruna assentiu, mesmo que estivesse desconfortável.
- Posso usar seu banheiro por um segundo?
- Hum, sim. É por ali.
O maior indicou, mesmo que ela provavelmente se lembrasse.
Haruna assentiu e levantou-se um pouco tímida, daria a chance dele responder no celular se ela quisesse, ou fazer qualquer outra coisa. Ao se virar, deu a ele a visão das nádegas marcadas pela roupa íntima, embora naquele momento isso não fosse mais importante. Ao entrar no banheiro, fechou a porta calmamente e silencioso se olhou no espelho, mordendo o lábio inferior, tentou se conter, mas as lágrimas deixaram os olhos, e teve que guiar a mão em frente ao lábios, tentando ser silencioso com o que fazia. Sempre que aquilo acontecia, se lembrava de como na verdade era feio, de como o corpo era uma armadilha para si. Mordeu o dedo indicador e abaixou a cabeça, não queria realmente se olhar, queria sair da sala porque sabia que não conseguia conter as lágrimas perto dele, havia sido muito rejeitado, e achava que ele também estava fazendo isso agora, não podia competir com sua namorada linda, e mulher. Após alguns minutos, limpou o rosto, ainda silencioso, e retocou a maquiagem que havia saído, usando a bolsa que havia levado consigo. Não disse uma palavra sobre aquilo quando voltou, e ajeitou os cabelos a se sentar no sofá, pegando o vinho novamente.
- Quer mesmo que eu fique?
Hiro esperou-a, na verdade não pensou sequer em responder a mensagem que recebeu, estava um pouco frustrado, havia tido o dia um tanto fora do eixo, fora como um trem em velocidade logo descarrilhando. Ela voltou algum tempo depois e já havia servido um pouco de vinho, como também havia tomado dele. Viu sua maquiagem refeita e embora estivesse bem desenhada, não escondia exatamente a cor de seu globo ocular, estava levemente vermelho, e quando olhou para suas iria cinzentas lembrou de que havia dito, de como não gostava de seu corpo e de que havia imaginado qualquer coisa que uma garota comum costumava não gostar, o dela era diferente.
- Eu quero.
Disse e embora quisesse soar fatídico para ela, imaginava que não ia acreditar. Ao se ajeitar no sofá, cedeu algum espaço nas pernas onde a chamou para se acomodar, dando de encosto para seu corpo o próprio peito e percebeu que não havia sido assim quando não sabia daquilo, imaginava se não pareceria ter pena, ainda que de alguma forma, sentisse uma certa pena da expressão que ela tinha no rosto naquele momento. Ao fita-lo, Haruna o viu dar espaço para si, mas achou melhor não se sentar ali, justamente porque não queria aquela pena dele. Era isso que parecia mesmo quando ele havia continuado a tentar o sexo consigo, mesmo já tendo perdido a vontade, até em seu sexo amolecido.
- Tudo bem, eu ficarei.
Disse e somente se sentou mais perto dele, bebendo alguns goles do vinho e abriu a caixa da pizza, tentando ser descontraída, mas não queria comer naquele momento.
- Haruna, não precisa se esforçar.
Hiro disse e buscou sua mão, tirando sua atenção da caixa com o lanche. Conhecia-a a pouco tempo, sabia que não deveriam estar naquela situação que parecia profunda demais para uma professora e um aluno qualquer, no entanto, diferente do que sabia, era o que sentia em relação a isso, já estava envolvido naquilo. Não se achava de fato importante para ela, não achava que estava especialmente magoada porque era a si, mas sim porque provavelmente já havia passado por aquilo antes, mas ainda assim, ainda que pouco conhecesse dela e da parte que reconhecia naquela hora, não queria que ela se sentisse mal e também não queria fazer parte de suas situações ruins.
- Eu não ligo pro seu... - Disse, um pouco confuso sobre como falar. - Seu menino.
Haruna deixou que ele segurasse a si e o fitou por um momento, ele não sabia, mas estava se esforçando somente por estar ali. Negativou conforme o ouviu.
- Sabe, Hiro, você não é obrigado a transar comigo só pra me fazer sentir bem comigo mesmo. Você não é obrigado a gostar que eu tenha isso, e nem é obrigado a gostar de uma pessoa que é parte homem. Eu... - Suspirou. - Eu sinto muito, sei que não temos intimidade pra isso e estou destruindo a sua noite, é que... Já me rejeitaram muito, muito muito mesmo. Desde a minha mãe até os garotos que eu achei que gostava. Um deles me deu um soco quando eu era mais nova.
- Eu pareço obrigado a transar com você? Eu não sei se você sabe, mas eu posso me livrar do que eu não gosto. - Hiro disse, um tanto diferente do habitual. - Eu quero que fique, quero continuar a noite com você. Eu... Nunca tive interesse em homens, mas... Nem consigo te ver como um homem. Não vou te dar um soco, se eu tivesse nojo, teria reagido antes.
Disse e esticou a mão, num gesto rápido e quase reflexo, tocou o meio de suas pernas como não faria pouco antes e não por ser um homem, tocou sua calcinha de renda e sentiu nos dedos seu sexo, estava recolhido, quase tão tímido quanto ela. Acabou um pouco envergonhado sobre aquilo, tinha típica sobrancelha curvada e quase carrancuda, mas um rubor tênue no rosto.
- Viu?
Ao sentir o toque, Haruna uniu as sobrancelhas, manteve-se parado conforme ele tocava a si e deu um pequeno sorriso, o primeiro que não era forçado. Uma das mãos levou ao rosto dele e o acariciou, aproximando-se e roçou o nariz ao dele, selando seus lábios.
- ... Eu prometi a mim mesma que eu nunca mais iria namorar ninguém, que nunca mais iria me aproximar de ninguém, porque... Eu sempre acabava sozinha e me odiando. Mas aí eu vi você... E eu não sei, eu sinceramente não sei o que eu pensei, mas você parecia diferente dos outros garotos. Sei que é clichê... Mas tinha algo especial em você. Eu entendo de verdade se tiver algo de errado em ficar comigo, mas eu... Agradeço por você ser tão carinhoso e não me machucar como os outros fizeram. Sei que não posso ser como a Miyuki.
Hiro ouvia o que dizia, mas não exatamente acreditava sobre o que dizia a respeito de si, não tinha nada especial e também haviam se aproximado por algum mal entendido. Negou no restante, em sua coloração final, eram distintas demais para que as comparasse. Aquela altura já havia parado de apalpa-la.
- Não comparei vocês duas, se eu estivesse procurando a Miyuki em você, eu estaria com a Miyuki e não traindo ela...
Haruna assentiu, na verdade, era a única tola que estava se comparando a alguém, por não ter tudo que ela tinha. Sentiu as lágrimas novamente nos olhos, mas não tenho se permitiria chorar em frente a ele.
- ... - Sorriu novamente, piscando algumas vezes. - Vamos... Vamos comer, hum? Comemos, jogamos vídeo game e posso fazer uma sobremesa pra você depois, o que acha?
- Hum. - Hiro assentiu e esticou o braço, tocou seus cabelos, passando a mecha de fios negros atrás da orelha, como ela tinha o hábito de fazer. - Eu pensei em comer e ficar com você.
Ao ouvi-lo, ela se aproximou silenciosa e encostou a face em seu ombro, ele era tudo que queria em alguém na vida, doía saber que ele não era próprio, mas naquele momento, talvez só por aquela noite, ele era.
Etsuo assentiu a ele, embora duas palavras causassem um arrepio em si, podia sentir o corpo pedir por ele, na pontada que sentiu no próprio baixo ventre.
- Ritsu... Ah!
Gemeu ao sentir a mordida, dolorida, mas não mais do que as que dava nele e assentiu, desligando ambas as mãos pelo corpo dele, acariciando-o. Embora estivessem de lado, no meio de suas pernas, Ritsu moveu a pelve, moveu a coxa e empurrou para ele. Beijou seu pescoço, de um lado ao outro até encontrar sua boca. Etsuo suspirou e ergueu a face, observando o irmão na pouca luz do quarto, o beijou, empurrando a língua para dentro da boca dele, e segurou sua camisa, apertando-a entre os dedos. Ao beijar o moreno, Ritsu tomou no toque o impulso para subir em seu corpo, tomar mesmo aquele espaço entre suas pernas que tanto pedia. Quando enfim se pôs junto a ele, o observou na breve interrupção do beijo, para tirar sua roupa, o observou e pensou num breve raciocínio, como cogitar a ideia de tratá-lo com menos que daquela forma? De não ter a ideia de poder fazer aquilo com ele. Após tirar sua roupa, despiu-se da própria, esticou-se para conseguir uma camisinha e apenas então voltou a beija-lo. Etsuo suspirou, dessa vez um suspiro pesado, estremecendo conforme o sentiu retirar as roupas e o ajudou, esticando-se para puxar sua camisa igualmente. O gemido baixinho deixou os lábios e aproximou-se do irmão, selando-lhe os lábios, observando seus movimentos em busca do preservativo.
- Vem, Ritsu...
Ritsu abriu a embalagem, rasgando-a nos dentes. Fez questão de formular a atividade de modo que lhe fosse percebido, se perguntava se parecia homem o bastante para ele. Após se vestir, abaixou-se na cama e no meio de suas coxas ainda que estivesse sentado. Tão logo se encaixou e se viu deslizar para ele, adorava ver aquela parte. A expressão de Etsuo se fechou, um pouco dolorida ao senti-lo deslizar para si, encaixando-se no próprio corpo. Estremeceu e agarrou-se a ele, deixando escapar um gemido dolorido.
- Hum...
- Você gosta disso?
Ritsu indagou. Sabia que doeria, não o havia preparado com os dedos. Ao se deitar sobre ele, beijou seu pescoço, subiu até a orelha, tocou o lóbulo sentindo seu pingente com uma pequena cruz. Se moveu então. Etsuo assentiu e encolheu-se, era um pouco dolorido, tanto que havia se calado se início, também estava um pouco chateado e apertou-o dentro de si.
- Ah... Ritsu...
- Você não me quer, hum? Não quer transar comigo?
O menor indagou, notando a suavidade do moreno. Lambiscou sua orelha e passou para o rosto, lambendo seus lábios. Se moveu, intensificando ritmo.
- Hum, Kimochi...
Etsuo assentiu a ele e mordeu o lábio inferior.
- Quero, eu só... Dói um pouco. - Murmurou e novamente gemeu, pouco mais alto. - Kimochi...
- Fala comigo.
Ritsu disse a ele, ergueu-se novamente, sentando-se entre suas pernas os quais segurou nas coxas e passou a se mover mais rapidamente, tirando o que restava de dor para substituir pelo prazer. Etsuo assentiu e puxou-o para si pelos quadris, firme, gemeu, prazeroso.
- Vem... Me fode Ritsu.
- Está gostoso?
Ritsu indagou e soou um pouco rouco, soprado, mas audível diante de sua audição apurada. Pressionou os dedos em suas coxas, puxando com firmeza. Podia não ser forte como um vampiro, mas tinha força.
Etsuo assentiu ao irmão, puxando-o para si e beijou-o em seu pescoço, rosto e segurou seus cabelos médios, deslizando os dedos em meio aos fios, sentindo-os, eram frágeis devido a sua condição humana, assim como tudo nele, mas nunca diria isso a ele, podia sentir seu corpo quente dentro do próprio, era gostoso, na verdade, era quase afrodisíaco, tudo nele era, podia notar seus detalhes, os detalhes de seu rosto, mas ainda se lembrava de suas palavras dizendo a si que iria embora, não podia suportar que ele fizesse isso.
Ritsu se debruçou para ele a medida em que puxado, sentiu os beijos dispersos e naqueles momentos podia sentir o irmão tragar o cheiro da própria pele, na verdade não era de fato da pele mas o que estava sob ela. Era um hábito, era como um pequeno animal. Ao interromper, por um instante apenas, se esticou e pegou em sua gaveta onde buscava antes a camisinha, lembrando-se do acessório que estava nela. O pequeno vibrador levou para tocar seu sexo, o masturbou sem muito empenho, com o vibrador entre ele e a palma da mão, não precisava de esforço, e onde ele de fato gostava, ali sim tinha atenção. Mexia-se para penetra-lo vigorosamente, seguindo o ritmo com a mão com que o acariciava até pegar a sua e indicar que continuasse em seu ritmo preferido. Etsuo desviou o olhar ao irmão, notando-o pegar o objeto e arqueou a sobrancelha, ele geralmente usava aquilo para brincar consigo, não em momentos como aquele, mas assentiu e segurou-o, deixando o pequeno objeto vibrar contra o sexo, claro, estremecia, sentindo os espasmos do corpo.
- ... Assim eu... Vou gozar mais rápido...
- E você não quer gozar?
Ritsu indagou ao moreno e daquele modo continuou. Estava gostoso e talvez pela sensibilidade do vampiro, ele se envolvia mais firmemente em si, tendo espasmos frequentes, o que consequentemente tornava mais vividamente sensitivo o prazer, não contendo a voz, que se envolvia com a dele enquanto gemia, ainda que pudesse ouvir mais presentemente seu timbre mais alto. O suspiro deixou os lábios do moreno, podia sentir a pele dele, podia senti-lo quente... Não era suficiente. Uma das mãos guiou entre as pernas, puxou-o para fora do corpo e retirou sua camisinha, rápido, não será tempo para que pensasse, é só então o colocou para dentro de novo, puxando seus quadris e agradecendo por agora senti-lo por inteiro.
- Ah... Vem... Vem dono... Me machuca.
Ritsu sentiu seus dedos firmes, por um momento até o estalo do fino silicone da camisinha que rebateu na pele ao ser puxada, mas foi tão rápido que quando piscou já estava dentro dele outra vez. Sentiu seu interior úmido e frio, contrastando com a pele quente, embora aquela altura já devesse estar morna pela pele dele, não estava, era pelo fluxo sanguíneo na região ereta que continuava quente como ele queria sentir. Mordeu o lábio inferior e voltou a penetra-lo com força, sentido aumentar cada espasmo dele, iria gozar? Pensou e sentiu suas mãos tão firmes ao puxar a si, estava empolgado e se contagia com ele. Ao debruçar como antes, apoiou-se em seu pescoço, pressionando-o sem que pudesse de fato causar-lhe algum dano. Penetrou-o com força, sentindo a pele estalar junto a sua.
Etsuo estremeceu conforme o sentia atingir o ponto prazeroso do corpo, ele sabia exatamente onde tocar, sempre. Deslizou as unhas pelas costas dele, iria gozar, estava muito perto, sentia o cheiro dele, e os sentimentos estavam muito confusos, tudo se repetia dentro da própria mente a ponto de estar extasiado, tanto, que não notou nada do que a havia feito. Tocou os cabelos dele, macios, entrelaçou os dedos aos fios e a face permaneceu contra seu pescoço, e fora onde cravou as presas, bem a fundo na sua pele, sentiu a passagem rápida, quase nem sentiu barreira nenhuma, só o gemido dolorido do irmão, mas até ele fora amortecido pela própria cabeça e os próprios sentimentos. Havia gozado e avidamente golava o sangue do irmão, sentindo-o quente deslizar pela garganta, acendendo os olhos, alimentando o corpo, sentindo-o preencher a si.
Na tentativa do irmão de buscar mais força, Ritsu era puxado por suas mãos firmes enquanto ouvia-o pedir por ser machucado, movendo vigorosamente seus quadris, como se o que lhe dava estivesse insuficiente ou bom demais para ter um limite. Quando se deu conta havia com uma mão segurado seu nome pescoço e com a outra sequenciado pelo menos dois tapas no rosto dele, tentando satisfazer o vigor com que ele queria aquilo. Gozou, junto dele, dentro dele mas foi puxado e sem que pudesse protestar, apenas iria beija-lo mas ganhou um beijo de vampiro. Sentiu morder o próprio pescoço e não se importou embora tivesse doído, deixou beber e intensificar seu prazer, por uma razão sentia aquela sensação estranha deixar a cabeça aérea e de alguma forma dar um novo aspecto ao prazer.
- Ah... Etsuo...
Gemeu em sua pele, porém a leveza do corpo se tornava cada vez mais intensa de uma forma que aos poucos parecia esquecer de respirar.
- Não respiro... Onii-chan, não consigo... Respirar.
Disse a ele e levou as mãos para se afastar, tentando se erguer e tomar ar, mas ele não parecia querer aquilo. "Etsuo, não consigo respirar..." pensou dizer, embora provavelmente tenha ficado apenas na cabeça. Já não sentia calor, estava com um frio que não soube quando começou. Será que...
Etsuo estava agarrado a pele do irmão, não sentia nem a ardência de seus dedos na pele do rosto, nem seus movimentos firmes, somente podia sentir o íntimo aquecer com seu ápice habitual, bem a fundo no corpo, gostoso como sempre fora. Estremeceu, prazeroso, porém, não se atreve aquilo, estava mais concentrado em sugar o sangue dele. Sempre soube qual era o limite, sabia onde parar, quando parar de suga-lo ou poderia mata-lo, sabia disso, mas naquele dia, se agarrava a ele com muita força. Sentiu seu movimento, sabia que ele queria se levantar, ouviu até mesmo sua voz, mas havia fechado os olhos, fingindo não ouvir, fingindo não prestar atenção, mas prestava, as palavras dele ecoavam na cabeça e enchiam os olhos de lágrimas. As presas em sua pele, fraquejavam, os lábios tremiam, chorava, chorava contra a pele dele, chorava ao sentir o corpo do irmão perder a vida nos próprios braços, dentro de si, o tinha agora inteiramente para si, era dono dele, era dono de toda a essência dele, que veio para si junto de seu sangue e só parou de sugar, quando finalmente sentiu seu corpo passar de quente para frio, já não respirava mais, já não tinha mais vida, estava morto. Não o soltou de imediato, não conseguia, não conseguia soltar, estava agarrado a ele, agarrado ao corpo dele, e chorava, tão forte que chegou a soluçar, as mãos tremiam, as pernas tremiam, o corpo tremia. Nunca tinha chegado a ter sensações humanas, pensamentos estranhos, mas naquele momento, quis morrer. Havia sido egoísta o suficiente e sabia disso.
- Ritsu, me perdoe... Eu te amo... Eu te amo muito... Mas não posso suportar que você vá embora.
Disse, em meio as lágrimas, e se sentia uma criança novamente, lembrava-se do dia em que o encontrou, o dia em que o trouxe para casa e agora ele estava morto. Devagar, se afastou dele, embora não quisesse, e fitou seu rosto, delineou com os dedos, notando sua pele pálida como a própria, e fora quando cortou o pulso, usando as presas para rasgar a pele e sentiu o sangue escorrer, forte, frio, denso, fora quando o levou em direção aos lábios dele e virou-se, deixando-o na cama, abriu sua boca, delicadamente e deixou que o próprio sangue fluísse para ele, para dentro de seu corpo, era o único modo que podia salva-lo, que podia trazê-lo de volta a vida. Deixou o sangue por um longo tempo, escorrer para ele, a ponto de se sentir tonto se estivesse mal alimentado, sempre que as feridas se fechavam, rasgava a pele de novo, a dor era, como sempre, um castigo para si mesmo, por ter sido tão egoísta a ponto de fazer aquilo com ele, e em sua ferida do pescoço, também despejou do próprio sangue, não sabia como fazer uma transformação, nunca havia feito uma antes, tentou de todas as formas possíveis. Ao terminar, ainda tremia, e novamente abraçou o corpo do irmão, repousando a face sobre o peito dele.
- Volta pra mim... Volta pra mim por favor... Por favor, onii-chan, eu... - Suspirou, tentando falar em meio aos soluços. - Eu não quero te perder...
Aquela sensação havia começado logo ao acordar. Kaname havia ido trabalhar daquele modo, sabia que tinha um filho temperamental, sabia também que saberiam se resolver. No entanto, a abruptidão com que aquilo se intensificou foi suficiente para causar um mal estar voraz, nauseado se levantou e buscou na enfermaria o menor. Encontrou a ele como ele a si, buscando onde encontrar. Seu rosto estava tenso, tanto quanto o próprio, mas tocou seu ombro.
- Não é nada. Vá para o carro.
Disse e então constou saída, avisando para o rapaz que há alguns meses havia contratado por lá, por sorte, naquele dia ele estava ali. Foi assim que partiu ao rumo de casa, tão rápido quanto poderia. Shiori havia saído da enfermaria, após se sentir tão mal que não fora capaz de permanecer me pé parado no local, as sensações consigo e o filho eram sempre assim, ele era muito difícil de lidar, senti-lo muitas vezes era uma espécie de castigo, saber que estava mal e não poder fazer nada, mas aquilo, aquilo era diferente, era quase como se ele estivesse a beira da morte, eram sensações estranhas, que nunca queria ter. Agarrou a mão do moreno conforme o encontrou, firme e assentiu conforme seguiu para dentro do carro, e em um pulo, esperava que já estivesse em casa com ele.
- Kaname... Kaname ele vai se matar?!
- Não vai, não tem porque fazer isso. Ele deve ter brigado com o Ritsu. É por isso que eu não queria que continuassem.
O ponteiro do veículo indicava a rapidez com que dirigia, contraditória à expressão que dava a ele, não ia simplesmente dar corda a seus pensamentos ruins, embora estivesse preocupado, não o faria se preocupar ainda mais. Quando enfim parou na vaga, o carro mal teve tempo de ser bem estacionado, por sorte a trava de segurança era algo automático se em algum momento se distanciasse demasiado do veículo. Elevador não era opção, para nenhum dos dois, subiu com o companheiro e ao abrir a porta, não pode manter de fato a calmaria.
- Etsuo!
Shiori assentiu, sabia que ele estava dizendo para tranquilizar a si, e não porque realmente se sentia daquele modo, podia sentir o incômodo e o medo mesmo vindo dele. Ao abrir a porta de casa, viu a porta do filho mais novo aberta, eles não estavam ali, então empurrou firmemente a porta do quarto do outro, arregalando os olhos conforme viu os dois corpos nus na cama, o mais velho sobre o corpo do menor, e fitou bem o rosto do menor, estava pálido, estava morto, e seus lábios, tinham sangue. Não sabia se controlar, também era sentimental como o filho mais velho, fora por isso que o sangue quase havia deixado o corpo, sentiu uma sensação horrível no peito e a única coisa que conseguiu fazer foi gritar, sentindo as lágrimas nos olhos.
- Etsuo! O que você fez?!
Kaname seguiu tão abrupto quanto o menor. Ele podia ser mais rápido pelo tempo um ou dois anos de experiência, mas em compensação tinha um passo maior, foi desse modo que chegou no quarto e fitou o mais velho. Extasiado, o corpo já era frio, mas sabia a sensação humana de sentir ele fluir e descer por todo o corpo, era horrível, aquela cena toda era horrível, fosse os filhos já desenvolvidos demais para visualizar seus corpos, o sangue, os resquícios do que haviam feito e o aspecto débil do mais velho.
- Saia!
Disse ao filho e puxou pelo braço, afastando-o do caçula, não tinha tempo, não tinha tempo para bater nele, brigar com ele, entendeu o que havia acontecido, não tinha tempo para nada. Tentou reanima-lo com impulsos em sua caixa torácica, estava frio. Estava com tanta raiva, que embora fosse um vampiro, conseguia estar vermelho. Pegou o lençol, cobriu o garoto e o pegou no colo, levaria-o para o quarto.
- Shiori, pegue uma seringa, tire sangue, precisa injetar nele.
Etsuo havia ouvido o grito dos pais, sabia que eles estavam lá, mas estava tão absorto no que havia feito, estava tão preso no irmão, não raciocinou nada, somente quando fora puxado foi que respondeu, se agarrou no irmão ainda mais, mas mesmo assim fora arrancado dele.
- Ritsu! Não! Solta ele!
Falou ao pai e correu em direção a ele, tentando pegar o irmão novamente.
- ETSUO!
Shiori gritou, segurando o filho mais velho, agarrando-o pela cintura e quase não conseguia conte-lo, podia ser forte por ser mais velho, mas nunca seria comparado a um vampiro nascido, a força que ele tinha naturalmente era grande e inclusive caiu, tentando segura-lo e o viu passar por si, correndo em direção ao pai.
- Shiori!
Kaname bradou, aborrecido pelo teatro, pela estupidez de ambos. Não ia dizer outra vez, esperava que dizer seu nome novamente fosse o suficiente. Ouviu o filho vir logo atrás de si e ao se virar, talvez o tivesse encarado como nunca antes.
- Etsuo, você é meu filho, não me faça te bater como um homem.
Shiori negativou e se levantou, seguindo rapidamente ao outro quarto e fez o que ele havia pedido, pegou a seringa e retirou o próprio sangue para ele, embora dolorido, voltou após um pequeno tempo e entregou a ele.
- Quer que eu tire numa bolsa?
- ... Pai, me devolve o Ritsu. Ele vai se transformar, eu não matei ele. Me da.
Etsuo falou, esticando a mão, tentando alcançar o irmão, e nem se dava conta de que estava nu no quarto com ele.
- Claro que você matou ele, Etsuo! Como foi fazer algo tão irresponsável? Eu não acredito em você. - Kaname disse e levou o filho para a cama, esticou a mão para o menor com a seringa. - Vem. - Não precisava dizer sobre o que fazer com o procedimento, ele iria saber.
- ...
Etsuo uniu as sobrancelhas, sentia novamente as lágrimas nos olhos e apenas permaneceu parado no mesmo lugar, vendo os pais se moverem pelo quarto, ainda tinha a mesma sensação, vazia.
Shiori aproximou-se devagar, observando o filho na cama e passou a mão pelo rosto dele, acariciando-o, claro que estava atencioso, havia visto sangue do filho mais velho nele, sabia que ele já estava em processo de transformação, isso é, se fosse se transformar. Segurou o braço dele e encontrou sua veia facilmente, aplicando do próprio sangue nele, em sua corrente sanguínea, que estava quase seca, não achava que ele tinha sangue suficiente. Sentou-se na cama, lado a ele e abaixou-se, beijando o filho no rosto e chorava.
- ... Kaname... Ele não vai conseguir...
Kaname deixou nas mãos do menor os cuidados, observava o filho, normalmente tendo alguma cor em seu rosto, normalmente com a expressão suave, agora parecia enrijecer pela frieza de seu corpo, era um cadáver. Felizmente seu corpo ainda tinha movimento, o que dava a si alguma esperança, não estava endurecendo. Teve de trancar a mandíbula, tentando conter a si mesmo. Suspirou, ainda tinha aquela maldita sensação humana de gelar completamente, mesmo que fosse naturalmente assim.
- Por que, Etsuo? Por quê? Ele pediu isso a você? Como puderam fazer algo tão estúpido e inconsequente? Ele pode não conseguir passar por isso, ele pode não absorver o sangue que demos. Você se sente muito forte, mas é só um vampiro jovem.
Etsuo desviou o olhar ao pai, e realmente, não sabia o que dizer, tinha a boca suja com o sangue do irmão, as mãos estavam sujas, os braços, o corpo. Estava ali parado e nem sabia o que dizer a ele, estava transtornado, e novamente, queria chorar, estava começando a entender o que havia feito.
- ... Ele tem pouquíssimo sangue no corpo... Não vai conseguir absorver o nosso sangue... Não vai se misturar ao dele... - Shiori disse, e queria agir como o maior, mas estava apavorado. Segurou a mão do filho mais novo, entrelaçando os dedos aos dele e beijou sua mão. - ... Ritsu...
- Eu não vou... - Kaname disse e era necessário engolir a rouquidão da voz. - Eu não vou nem te punir, porque se você está sentindo o mesmo que eu, então isso é punição o suficiente. - Dito, pegou um roupão pendurado o qual colocou em seus ombros, escondendo seu corpo. Voltou-se para o menor, fechou os olhos por um instante. - Precisa de mais, você prepara os materiais, vou fazer uma pequena transfusão, um pouco do meu, pelo menos por agora.
- ...
Do modo como Etsuo estava, permaneceu, observando o corpo do irmão na cama, desacordado, se sentia horrível.
- ... Eu não queria matar ele... Eu não... Eu...
- ... Não, eu farei, sou mais velho como vampiro... - Shiori disse, segurando o choro. - Kaname... Leve o Etsuo lá pra fora.
Kaname ergueu a mão ao filho, não para agredi-lo mas para pedir silêncio. Buscou o que precisou para confortar o menor, indicou o lugar ao lado do filho onde ele pudesse estar e assim, dar a ele um pouco de sua vitalidade. Shiori assentiu ao dito pelo outro, segurando a mão dele e beijou-a antes que ele pudesse sair, havia pego os equipamentos, faria a transfusão do próprio sangue para o corpo do filho, e esperava que pudesse ao menos dar certo. Ao se direcionar para a saída, Kaname pegou o moreno pelo ombro, levando para que deixasse o quarto. Ao seguir para o dele, levou para o banheiro e ligou o chuveiro.
- Tome banho, está sujo.
Etsuo seguiu com o pai, para fora do quarto e desviou o olhar ao menor sobre a cama antes de finalmente ter a porta fechada atrás de si. Negativou, unindo as sobrancelhas e novamente chorava.
- ...
Kaname olhava o filho, somava seu choro, eu comportamento e sua ideia imatura e só conseguia pensar que ele não havia crescido. Para um pai o filho sempre será uma criança, mas queria entende-lo, não conseguia. Após despir o moreno, ligou o chuveiro e o levou para baixo d'água, quisesse ele ou não. Etsuo seguiu com o pai, embora ainda silencioso e ao ser colocado embaixo d'água, sentiu-a levar embora todo o sangue e resquícios sexuais que tinha pelo corpo, tudo fora tão rápido, estava falando com o irmão a pouco, e agora não podia mais. Kaname fitou o moreno por algum tempo, até buscar a esponja de banho e lava-lo como quando era apenas uma criança, embora não tivesse certeza se havia deixado de ser uma. Etsuo uniu as sobrancelhas, desviando o olhar ao maior, e só então percebeu que ele não via a si daquele modo há anos, estava nu na frente dele.
- ... Papai... Me perdoe... Eu não sei o que eu fiz... Ele me disse que ia embora...
Por um instante, Kaname fechou os olhos, tentou ser empático, não sabia se devia ser. Não sabia de nada que havia entre eles, imaginava que por serem irmãos, a relação seria mais simples, mais amigável por todo ano de convivência, algo quase ingênuo como costumavam ser quando meninos. Ao reabrir os olhos, podia não estar com lágrimas neles, mas estavam vermelhos, e não era a iris. Continuou o banho, não ousou perguntar qualquer coisa. Etsuo desviou o olhar a ele, não era capaz de dizer nada, nunca o havia visto daquele modo, havia destruído a si e aos outros. Silencioso, apenas continuou no banho, sem se importar com ele de fato. Kaname o vestiu como havia tirado sua roupa. Trajou-lhe o roupão, colocando em seus ombros. Após tira-lo do banho o levou para seu quarto; a cama parecia péssima, negativou para tentar obter alguma paciência. Feito isso, voltou ao quarto, buscando o companheiro, buscando o filho.
- Shio...
Ao ouvir os passos, Shiori desviou o olhar ao outro na porta, estava com as sobrancelhas unidas, a expressão parecia um pouco frágil, estava passando o próprio sangue para o filho, então claramente, se sentiria fraco, ele estava sem sangue, teria que preencher seu corpo com boa parte do próprio.
- Kaname... Etsuo está bem...?
- Vamos, troque comigo.
Kaname disse ao se sentar na cama. Deu a ele uma pequena bolsa de sangue humano tipo O, era o mais intenso para ele. Não respondeu. Shiori negativou, segurando seu braço, porém aceitou a bolsa de sangue, beijando a mão dele em seguida.
- ... Já estou terminando. - Murmurou, pouco rouco. - Não... Podemos ficar com raiva dele, ele... É só uma criança.
- Ele é um pirralho. - Kaname cerrou os dentes. - Não estou com raiva, é meu filho. Mas estou puto pela imprudência. Veja isso. - Disse enquanto apontava para o filho desacordado na cama. - Ele vai fazer aniversário na sexta-fera e eu não sei sequer se ele vai acordar pra isso.
Shiori uniu as sobrancelhas.
- Eu queria saber o que aconteceu... Ele... Ele nunca faria isso. - Murmurou, e estava preocupado, segurava a mão do filho com a outra mão livre. - Estou com medo dele não acordar... Não sei o que vai ser de nós.
- Enquanto o corpo dele não estiver endurecendo, vamos continuar dando nosso sangue a ele. Todos os dias. Ele faria isso, ele fez isso. O Etsuo é impulsivo quando se trata do Ritsu, ele disse que o Ritsu ia embora. Provavelmente é doente de ciúme e achou que quando mais rápido o Ritsu fosse um vampiro, menos chances de ter uma vida comum ele teria.
Shiori uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e desviou o olhar ao filho menor.
- Kaname... Ele não faria isso, não acho que seria doente de ciúme a esse ponto. Se ele ama o Ritsu, deveria deixar ele escolher o que quer... Se o Ritsu acordar, nunca mais vai querer falar com ele.
- Isso não foi ideia dos dois?
Kaname indagou ao outro, não pensaria na hipótese de uma atitude estúpida e egoísta vinda do filho.
- Não sei... O Ritsu não disse nada. Ele me diria.
- Eu não quero pensar na hipótese do meu filho ter morrido com medo do próprio irmão.
Shiori uniu as sobrancelhas e segurou a mão do maior, apertando-a, e mesmo o aperto estava fraco.
- Kaname... Pode abrir a bolsa pra mim?
- Hum. - Assentiu. - Quer que injete em você ou prefere beber?
- Vou beber.
Kaname assentiu e perfurou a bolsa médica, deu a ele junto de um canudo, era quase como um suco de criança. Shiori pegou a bolsa, bebendo o sangue, um tanto grosso demais para o canudinho e fechou os olhos.
- Quer um copo?
Kaname indagou, soava um pouco roupa. Se acomodou ao lado do filho adotivo, acariciando seus cabelos clarinhos, distantes do restante.
- Não, tudo bem... Você está bem?
- Estou bem. - Kaname disse e tocou o cabelo escuro dele, como o do filho.
Shiori assentiu e deslizou a mão pela mão dele, acariciando-o.
- Vai e descanse. Fale com aquele moleque. Vou trocar com você.
- Vai ficar tudo bem... Temos que esperar pra ver se ele vai acordar.
Shiori murmurou e devagar, retirou a agulha da veia, deixando escapar um gemido baixo.
- Vai sim. - Kaname disse e após sua saída, seguiu para substituir seu lugar. - Mas ainda assim vá e fale com o Etsuo. Ele está vegetando.
- Vou falar.
Shiori disse a ele e levantou-se, seguindo para fora enquanto levava a bolsa de sangue, secando-a em poucos segundos. Ao entrar no quarto do filho, já havia jogado fora e fitou-o em sua cama, sua expressão vazia.
- Etsuo... - Disse e sentou-se lado a ele, segurando sua mão. - Vai me dizer o que aconteceu?
- ... Eu matei o meu irmão, foi isso que aconteceu.
- Não sabemos se ele está morto ainda.
- Você mesmo disse que estava.
- Você sugou todo o sangue dele, não pode fazer isso.
- ... Não sei o que deu em mim.
- Ele concordou com isso? Porque não procuraram a gente antes? Eu teria ajudado.
- ... Eu não combinei com ele, mãe, ele estava falando com um garoto, o... O garoto escreveu uma carta de declaração pra ele, eu... Eu perdi a cabeça, ele me disse que ia embora, que não me queria mais como sendo algo além de irmão, eu... Não podia deixar ele ir embora.
- Você matou ele sem a permissão dele?
- ... Eu... - Etsuo assentiu.
- Mas que porra você estava pensando, Etsuo? Sério, que merda? - Shiori disse e era sempre tão calmo, não costumava falar daquele jeito, mas estava puto. - Se ele acordar agora, como acha que ele vai reagir a essa palhaçada que você fez? Você entende que ele pode nunca acordar e se acordar, vai te odiar?
Etsuo assentiu apenas.
- Vai fazer o que se ele acordar e não quiser mais te ver? Vai tacar fogo nele?
Etsuo negativou.
- Então?
- Eu me afasto. Se ele não quiser mais me ver eu vou embora.
- Não acha que devia ter feito isso antes? Seu ciúme não é normal, isso não é normal! Eu... Eu não vou... Não vou nem castigar você. Seu pai vai pensar em um castigo, e se o seu irmão não acordar, você vai ter que viver com o fato de que matou o seu irmão por uma porcaria, por um ciúme idiota.
Silencioso, Etsuo desviou o olhar a mãe, as lágrimas nos olhos mais uma vez, sabia o que havia feito, já havia entendido.
- ... - Shiori suspirou. - ... Vista uma roupa. Assim que se vestir, venha ao quarto do Ritsu.
Etsuo não fez o que a mãe mandou, na verdade ficou ali até que eles finalizassem a transfusão do irmão. Após seguirem para seus quartos, só então seguiu para o quarto do irmão, já com um pijama trocado e ao adentrar o observou ali, a pele pálida, o coração que já não batia mais. Averiguou o corpo dele e no banheiro buscou uma toalha, assim como água e o sabonete, limpou todo o corpo dele em silêncio, retirando os resquícios de sexo e até o próprio sangue que estava em outra parte dele. Por fim, o secou e o cobriu com o edredom mais uma vez, seguindo para o lado dele e repousou a cabeça em seu tórax, fechando os olhos.
Taa deslizou uma das mãos pela coxa dele, acariciando-o e estava tão cansado que nem conseguia se manter sentado no banco, estava quase amanhecendo, faltava uma hora ou duas, no máximo. Fechou os olhos e encostou-se no banco, só por um segundo, e ainda falava com ele, mesmo de olhos fechados, porém aos poucos cessou e adormeceu.
Ikuma trocou com ele algumas palavras. Sentia-se igualmente cansado, passara algumas horas dirigindo, enquanto não houvesse sol, desde a noite já passada.
- Lagarta?
Disse sem sua resposta e fitou-o brevemente por um tempo, notando seu sono. Sorriu mais para si mesmo, e ainda que não estivesse mais a fim de dirigir, não estava com sono. Ao menos foi o que pensou e logo os olhos pesavam, e aos poucos as pálpebras escureciam um pouco mais a noite. Por sorte, estavam próximos de casa.
Taa ouviu o bagulho alto e o impacto do vidro contra o rosto, cortando a si em várias partes, se fosse humano, não teria sobrado nada de si, mas por sorte, a morte já havia levado a si há muito tempo. Arregalou os olhos, observando o carro, ou o que havia sobrado dele e a primeira coisa com que se preocupou, é claro, fora com ele, adormecido ao lado, que mais parecia morto, já que sem respiração e imóvel até demais.
- Meu Deus...
Falou consigo e puxou o cinto, arrancando-o de si e puxou o outro, observando-o, igualmente machucado e parecia ter machucado feio o braço.
- Ikuma...? IKUMA?!
Balançou o outro, quase chacoalhando-o nos braços e cortou o próprio pulso, mesmo cheio de feridas e deixou que o sangue escorresse aos lábios dele, esquecendo-se até mesmo de que sangue de vampiro não recuperava outro, mas seria o suficiente para acordá-lo, o problema é que estava em pânico, não conseguia ver fora do carro, mas certamente haveriam testemunhas.
Ikuma vira-o gritar. Estavam brigando, só não entendia porque. Estava respondendo-o, discutindo com ele. Que até quebrou alguns vidros na cozinha, ou algo que resoou imensamente. Mas ouvia-o chamar o próprio nome, teria se machucado? Pensou e caminhou até o cômodo, onde ele fazia o jantar, como se nada houvesse acontecido, mas o cheiro era saboroso, sentiu sede.
- Hum... Que cheiro gostoso.
Disse, agitado e sentiu o sentimento de pavor vir de si, só assim deixou o sono, sentindo seu sabor gostoso na boca e um desconforto violento no braço.
- Chegamos já?
Indagou e abriu suavemente os olhos, notando os cortes em seu rosto, o que resultou em um...
- Ah! Mas que porra?!
- AH! Ikuma!
Taa falou a ele e uniu as sobrancelhas, selando-lhe os lábios, uma, duas vezes, quantas foram precisas para acalmar-se e ver que ele estava vivo.
- Deus, você pegou no sono enquanto dirigia... Não mova o braço, eu vou arrumar alguém pra você morder...
Suspirou, tentando manter-se calmo, mas era quase impossível. Arrancou alguns pedacinhos de vidro do rosto com certa dificuldade e saiu do carro, devagar, observando o local e as pessoas que observavam a ambos ali. Uniu as sobrancelhas, maldição, como sairia sem ser visto agora. O pior não era isso, o pior era que sentia cheiro de algo queimando, então era melhor tirá-lo de lá. Voltou-se para o carro e puxou o outro.
- Ikuma, sai por aqui, não dá pra sair pela sua porta, rápido porque tem fogo em algum lugar. Me da o seu braço.
- Sh sh... Está tudo certo. Já sou vivo há mais de duzentos anos.
Ikuma revirou por ali a busca do casaco que deixou atrás. E vestiu-o, escondendo o braço ferido, que doía, mas podia suportar. Saiu do carro, e afastou-se do veículo depressa, pelo odor, logo vazaria gasolina suficiente pra esconder rastros de quem portava o veículo.
- Bora pra casa, quero voltar a dormir.
- Não faz "sh" pra mim! Ora.
Taa segurou-o pelo braço bom e guiou-o consigo para fora do carro, porém voltou rapidamente para pegar a bolsa da filha pequena que estava no banco de trás junto ao casaco dele. Passou pelas pessoas, que observavam a ambos de olhos arregalados.
- Tudo bem, não foi nada, estamos bem. Aconselho alguém a chamar os bombeiros.
Seguiu com ele, devagar até a boate e ao adentrar trancou a porta, por sorte, já vazia. Ikuma caminhou até em casa, processando todo o ocorrido, o braço doía como o inferno, mas riu, riu achando graça da situação.
- Eu realmente gostava daquele carro...
- Compramos um igual. Como está o seu braço? - Taa falou a obervá-lo. - Vem, eu vou pegar sangue pra você.
- Meu braço? Daqui a pouco ele cai se a pele rasgar.
- Ai Deus.
Taa correu até a cozinha e trouxe consigo a garrafa de sangue, que pegara na geladeira, servindo a ele ali mesmo, sem se lembrar que tinha que servir em alguma taça.
- Bebe...
Ikuma aceitou a garrafa, por sorte tinha o outro braço em bom estado e bebeu ali mesmo, no gargalo. Sentindo a dor se esvair aos poucos, dando um pouco de vitalidade a si.
- Ah... Que sono. - Resmungou após lhe entregar a garrafa. - Beba, quero ver seu rostinho saudável.
- Acho melhor tirar os cacos de vidro antes... Não seria legal se eles cicatrizassem dentro da pele.
- Você já tirou antes. - Ikuma disse e levou a mão a conferir se ainda restavam pedaços do vidro, tirou alguns finos, e beijou-o na face posteriormente. - Ainda bem que já morreu, se morresse ainda humano eu teria que fazê-lo vampiro com esses cortes, ficariam aí pra sempre.
Taa uniu as sobrancelhas.
- Está brincando, não está?
- Hum, não. Mas sabe que você seria sexy mesmo com cicatrizes.
Taa sorriu.
- Então, se... Você me transformasse enquanto fazemos sexo...
- Você não voltaria a ser virgem.
- Eu seria largo pra sempre. - Taa riu.
- Você não seria largo, só se eu colocasse um braço ou sei lá, um copo.
- Não... Fale... Em enfiar vidros em partes do meu corpo.
Taa disse e tirou o último pedaço de vidro da pele num gemido dolorido e bebeu alguns goles da bebida, sentindo aos poucos a face cicatrizar.
Ikuma riu.
- Não diga nada as crianças.
- Acho que pela explosão que vai ter daqui a pouco, elas vão saber. - Taa deixou a bolsa de lado e suspirou. - Deus... Que susto, achei que você tinha morrido, de novo.
- Não vou morrer por ser amassado. Só queimado.
- O carro podia ter explodido.
- Sim, mas aí sim podia ter medo de eu morrer, do contrário...
Taa suspirou.
- Você quase morre quando dorme. - Riu e abraçou-o, apertando-o entre os braços. - Que susto.
Ikuma abraçou-o igualmente e lhe apertou a nádega, onde pousou a mão.
- Sabe como é, sou trabalhador, vivo cansado.
- Ah sim, trabalhador.
- Claro, trabalho muito com você na cama.
- Então, eu ia falar, o único trabalho que vi você fazendo hoje foi com os quadris.
- Só hoje?
- Todo dia. - Taa sorriu. - Ah, Ikuma, antes de dormir, tem algo que eu queria te dizer...
- Diga, lagarta.
- Eu estou grávido de novo.
- Então desta vez o nome vai ser Ikuta.
Taa riu.
- Sempre uma reação excelente. Mas é brincadeira.
- Então vamos lá fazer ele.
- Espera, calma. Eu estou pensando em arrumar um emprego num hospital. Sabe que eu fiz medicina.
- Pra que?
- Ué, porque.... Eu gosto.
- Mas se fosse trabalhar a noite, sabe que passaria a noite toda lá e voltaria somente ao amanhecer, não sabe?
- Ah, mas eu não trabalharia toda a noite.
- Claro que seria a noite toda. Mas tudo bem, se quer ir, vá e veja se consegue ficar sem mim.
- Esqueça.
- Ok, Doutor.
- Vamos.
- Onde?
- Cama?
- Vamos tomar banho. Estou cheio de sangue.
- Ah, vamos.
- Vamos, gostosa.
Taa sorriu e segurou a mão dele, levando-o consigo. Ikuma seguiu logo atrás dele e no banheiro, tirou o casaco que expôs a pele suja de sangue escuro e seco. Taa arregalou os olhos ao ver sua pele suja e uniu as sobrancelhas.
- Ai meu Deus.
- O que foi? Quer lamber?
- Não.
- Pode lamber. Ou tentar, já que secou.
- Não, se não eu teria que mastigar.
- É poxa, crocante.
- Ai, que horror.
- Vem cá. Dá um beijinho.
Taa aproximou-se dele e selou-lhe os lábios, sorrindo a ele.
- Agora um beijão.
O maior riu e empurrou a língua para dentro de seus lábios, beijando-o. Ikuma sorriu ao ouvi-lo rir e envolveu sua cintura enquanto deixava o espaço a que desse o beijo pedido e retribuiu o outro. E claro, o toque logo deslizou as suas nádegas e segurou-as, em cada lado. Mas ainda o beijava, e já tomava as rédeas do beijo, impondo-o.
- Hum...
Taa murmurou, sorrindo a ele e mordeu-lhe o lábio inferior, apreciando o toque, gostoso, ate mesmo de suas mãos sobre as nádegas, e ponderou sobre como o sangue era milagroso, sem ele, ele não poderia pegar em si daquele modo tão rápido. Ikuma brincou dentro da boca com a sua língua e uma das mãos ergueu levando-a por dentro do cós e tocou diretamente sobre a pele. O maior sorriu a ele e afastou-se sutilmente a observá-lo.
- Me diga a verdade, você não cansa de me comer?
- Canso, por isso durmo feito pedra depois.
- Hum... Depois acorda pra me foder mais.
- É porque é gostoso te comer enquanto está molinho.
- Diz o corpo ou o pau? - Taa riu.
- As duas coisas.
- Hum, e por que com o pau mole?
- Porque eu gosto de brincar com ele enquanto você passa vergonha.
- Ora!
Ikuma riu, evidentemente divertido.
- Parece um doce... Aqueles moles e com duas cores.
- Ai que horror.
- Mas é grande mesmo mole. As vezes fico esperando você tropeçar enquanto caminha.
- Não seja exagerado.
- Ok, é pequeno. Fazer o que.
- Ah, desculpe se eu não sou que nem você. Afrodescendente.
- Como descobriu minhas origens? Espero que não tenha fuçado na minha vida.
- Claro, por isso você é negro.
- Tive vitiligo.
- Aham.
- Quer pegar no meu Ikuma da África?
- Opa.
- Então pega.
Ikuma disse e levou uma das mãos em sua nádega, para o meio delas, tocando-o no ponto, e delineou com a ponta do dedo a região. Taa suspirou e sorriu a ele, deslizando uma das mãos por seu corpo até o cós da calça.
- Cadê?
- Enfia a mão, bonitinho.
O maior empurrou a mão adentro da calça dele e segurou-o entre os dedos, sorrindo a ele.
- Hum, aqui.
- Não é difícil achar. Ele está quase no limite da calça.
- Ah, então tá bom, está se achando demais.
- Por que está tão chato? Vai dizer que não estava mesmo?
Ikuma disse e afastou-se, direcionando a vista a própria calça e lhe mostrou a ereção denotada na veste, um pouco afetada pelo acidente. Taa assentiu e mordeu o lábio inferior, observando-o e apalpou-o, apertando-o entre os dedos.
- Viu só? Parece gostoso pra você?
- Hum, claro.
- Quer que eu já coloque ou quer chupar primeiro?
- Hum...
Taa ajoelhou-se em frente a ele.
- Hum, parece que está com fome.
- Claro, eu sempre estou.
Taa puxou a calça dele junto da roupa intima, abaixando-a e observou-o de frente, abrindo um pequeno sorriso malicioso e sugestivo, lambendo os lábios em seguida.
- Seu cheiro de sangue está me deixando louco.
- Hum, gosto da ideia.
Ikuma disse a voltar-se para ele, já de joelho em frente as pernas, e com os lábios próximos ao sexo, tal como diretamente a sua língua. Taa expôs a língua e deslizou por ele, gostoso como sempre e por fim colocou-o na boca, sugando-o com vontade, sem desviar o olhar de sua face. O menor mordeu o lábio inferior e suspirou sem necessidade, sentindo o toque macio de sua língua, e com a fria umidade. Taa sorriu a ele e deu-lhe uma pequena mordidinha, esperando pelo gemido gostoso que adorava ouvir.
- Hum... - Ikuma murmurou, e embora não tivesse realmente gemido, sentiu o arrepio subir por toda a espinha. - Se masturbe.
Taa assentiu ao ouvi-lo e deslizou a mão por todo o corpo, tocando a si, devagar e sutil, apreciando os toques, enquanto o sugava novamente.
- Vamos somente fazer isso e dormir, hum?
O menor disse, rouco e moveu o quadril, empurrando-se pra ele. Taa arqueou uma das sobrancelhas e retirou-o da boca.
- Não pare.
- Você vai transar comigo depois.
- Ah vou?
- Vai.
- Por quê?
- Porque se não eu arranco seu pau com uma mordida.
Ikuma riu.
- Então me obrigue a te comer.
- Você gosta muito de ser estuprado, até acho estranho. - Taa riu.
- Por que estranho? - Ikuma sorriu.
- Porque é um fetiche bem esquisito.
- Não estou pedindo pra comer, e sim desejar ser comido. Isso não é excitante pra você?
- Bom, eu já estou fazendo isso.
Taa colocou-o na boca novamente e sugou-o mais uma vez.
- Quer que eu faça isso hoje?
O maior assentiu.
- Posso mesmo?
- Pode.
Ikuma levou as mão de modo hábil a seus cabelos e puxou-os com força de modo que até fez o mais alto se levantar. Tocou sua roupa inferior e tirou-a como se fosse papel, rasgando o tecido, tal como sua boxer justa e despiu-o inteiro. Taa levantou-se rapidamente, até meio desajeitado e arregalou os olhos ao senti-lo puxar a roupa, desviando o olhar, agora vendo-se nu e uniu as sobrancelhas em desaprovação.
- Ah, mas eu gostava tanto dessa boxer...
- Vai gostar mais de estar sem ela.
Ikuma disse e terminou de despir-se das próprias roupas. Já nu, ligou a ducha e ajustou a água, dando aqueles minutos de sossego ao outro. Taa caminhou pelo local e retirou a camisa que ainda usava, deixando-a de lado, já também cheia de sangue por algum machucado que ocorrera no tórax, que agora já havia cicatrizado.
- Hum... Eu devia correr?
Ikuma sorriu ao outro e não respondeu mas puxou-o por seu pulso e jogou-o contra a parede fria do banheiro, fechando-o dentro do box de vidro fumê. Com facilidade enroscou seus cabelos e enrolou-os na mão, tendo-o de costas dadas ao próprio peito. Taa sorriu ao outro ao vê-lo se aproximar e por um instante pareceu confuso, até ter-se contra a parede. Gemeu dolorido e apoiou-se sobre o local, porém empinou o quadril, como de costume, já que achava que ele só iria fazer consigo o que sempre fazia, se não houvesse desistido, pelo puxão nos cabelos.
- Ah!
- Sh, não quero ouvir ruídos. Não vai por a mão no seu pau, se for gozar vai me pedir.
Ikuma disse, e soou próximo a seu pescoço. E sem toca-lo inicialmente com os dedos, beirou-o já com o sexo e impôs a glande na intimidade. Ainda que fosse preciso e brusco, era consciente da sua virgindade reconstruída. Taa uniu as sobrancelhas e assentiu, calando-se, embora quisesse protestar e ser implicante como sempre, estava gostando daquele modo de agir, achava interessante. Sorriu, malicioso e mordeu o lábio inferior, louco para saber qual seria a punição se desrespeitasse alguma das regras impostas por ele. Gemeu, dolorido ao senti-lo adentrar o corpo, e fora proposital, fechando os olhos com certa força.
Ikuma sorriu, sabia que era de propósito. Puxou-lhe os cabelos já enroscado e seu pescoço exposto conforme pendido, mordeu com força, embora não quisesse seu sangue. E empurrou o quadril com maior força, penetrando-o pela metade enquanto outra mão tapava sua boca. Mais uma vez, Taa uniu as sobrancelhas, porém dessa for fora na expressão de dor que formou na face ao sentir a mordida, e o gemido, que mais parecia um grito dessa vez não foi proposital. Guiou a mão sobre a dele, livre sobre os quadris e apertou-a, ouvindo até o estalar de um dos dedos, e que raiva sentira dele por aquela mordida que latejava no pescoço numa dor insuportável junto ao sangue que escorrera das feridas abertas, era como se tivesse quebrado um osso. A dor percorreu o corpo igualmente junto a investida e mais uma vez gemeu, porém dessa vez impedido por sua mão sobre os lábios, que mordeu, perfurando-a com as presas e esperou que tivesse doido tanto quanto doía o corpo nos dois lugares.
- Gostou? Era assim que eu mordia as minhas vitimas e foi assim que eu matei você.
Ikuma disse e fora logo interrompido pela mordida na palma da mão, que como era um lugar do qual desacostumado, foi realmente desconfortável. Ao puxar o toque, a mão, mesmo suja de sangue, estalou-lhe num tapa vigoroso contra a nádega, que ardeu na pele e mais uma vez investiu, agora, colocando o sexo inteiramente dentro dele. Taa estreitou os olhos e sorriu vitorioso, e com os dentes cobertos de sangue.
- Não quero ser mordido como suas vítimas eram, eu sou diferente delas.
Falou a ele e uniu as sobrancelhas mais uma vez ao sentir o tapa, dolorido como uma mordida, e o sentiu se enterrar em si ainda mais. Fechou os olhos e abaixou a cabeça, suspirando pesado em meio a um gemido.
- Nesse momento você é.
Ikuma retrucou, com timbre pesado e rouco, apertado por seu corpo, úmido, provavelmente lubrificado de sangue e moveu-se, dando início ao ritmo que não era frequente mas era firme, ainda que disfarçadamente cuidadoso.
- Hum... Como dói...
Taa murmurou a ele, como se ele não soubesse, já havia feito com ele, embora não tivesse boas lembranças e empurrou-se, devagar contra ele, porém voltou ao local de antes com o quadril, dolorido.
- Dói, é? Falei pra não causar ruídos e ainda me mordeu.
Ikuma disse e roçou os lábios em seu ombro, ameaçando mordidas e puxou-o no cabelo, dando espaço em seu pescoço limpo, sua pele bonita e novamente se moveu, estocando-o. Estava excitado, bastante excitado. Taa gemeu novamente, dolorido pelo movimento e uniu as sobrancelhas, pela décima vez, ardia, e doía bastante, mas não reclamaria, estava acostumado à sensação, mesmo assim não se moveu, manteve-se em silêncio, esperando por ele.
- O que você é? De lagartixa virou uma cadela?
Ikuma perguntou, sarcástico, e assim soava ainda mais provocativo. Sorriu para si mesmo, queria ouví-lo xingar, embora houvesse mandado ficar quieto. Estocou-o, com força e aos poucos, aumentou ritmo.
- Sua mãe! Filho da puta!
Taa falou alto, ainda mais pelo movimento forte dele contra o corpo e arrastou as unhas pela parede, batendo em seguida com um soco contra o local e apertou-o, já que era o único modo que tinha de revidar.
- Minha mãe? Talvez eu devesse trazê-la para vê-lo e deixar que fale isso na cara dela.
Ikuma disse, provocando-o, sabia que ficaria ansioso com aquilo e tentou conter o riso, que soou soprado das narinas, afastou-se, dando espaço a seu corpo, puxando-o pelos quadris, empurrando sua cabeça onde enroscado dos cabelos e tinha-o empinado, quisesse ele ou não. Fora aonde tomou ritmo hábil, firme e deu início a uma sequência vigorosa. Taa abriu um pequeno sorriso, debochado.
- Bom, se ela for mais velha que você, minha cabeça já estaria numa fogueira uma hora dessas.
Tentou se segurar na parede ao senti-lo puxar a si e desviou o olhar a ele, com dificuldade já que sentia a parede fria contra a face. Moveu-se ou tentou e por fim desistiu devido à força do outro, deixando escapar os gemidos baixos e doloridos a cada movimento.
- Uh, provavelmente ele vem queimar você depois que eu terminar de foder seu rabo. Aliás, parece que gosta disso, ah? Seu pau está bem duro, chega estalar na sua barriga quando movo você. Depois ainda diz que eu tenho o fetiche estranho.
Ikuma puxou-lhe os cabelos e o fez voltar-se para si, encarar a si. Deu-lhe uma piscadela e lambeu os lábios. Taa estreitou os olhos a observá-lo e mordeu seu lábio inferior, ou tentou ao avançar contra ele e apertou a mão machucada do outro, abrindo um pequeno sorriso malicioso, e sabia que haveria consequência, é, tinha realmente um fetiche estranho.
O menor notou o sorriso desafiador de Taa ao apertar o que antes havia aberto na mão, mas já cicatrizava. O sorriso lhe deu da mesma forma, porém em tom de deboche, com a falha na lembrança do fato de que era um vampiro e que tinha sangue para cicatrizar por vezes. Moveu-se, estocando-o novamente com força, mais que antes e sentiu estalar dentro dele, tocando-o bem no fundo.
- Hum, tentando ser malvado, é? Acho que vou ter de lhe dar um novo piercing na orelha.
Disse e lambeu o canino alongado. Com uma das mãos lhe segurou firmemente o cabelo, ainda, e roçou os lábios em sua orelha, onde mordiscou suavemente, no entanto, transpassou logo em sua fina cartilagem, com a mordida. Taa gemeu alto novamente ao sentir o movimento dele e mais uma vez socou a parede, sem alternativa do que fazer, havia se esquecido que ele havia se alimentado a pouco, certamente o machucado já havia se fechado. Uniu as sobrancelhas, e embora fosse dolorido, a onda de prazer havia percorrido o corpo com o toque na região já conhecida por ele, e sabia até mesmo onde investir, o maldito. Ah, mas o amava, ao mesmo tempo que queria bater nele, queria beijar em seguida, e gostava daquela dor gostosa que ele dava a si em todas as vezes que transavam. Estremeceu, porém não durou muito ao ouvi-lo e puxou os cabelos a tentar se soltar.
- Ikuma! Ikuma, na orelha não!
Arregalou os olhos ao sentir a mordida e no desespero puxou novamente os cabelos, tentando se livrar dele, o problema fora o rasgo que o canino havia feito na orelha pelo puxão, mesmo a tê-lo segurar a si firmemente. Gemeu dolorido, até meio manhoso e guiou a mão sobre a orelha, tateando o rasgo feito que deixava escorrer sangue pelo lado do rosto.
- Não faça isso, caralho.
- Oh, que gemido manhoso adorável. Acho que vou precisar morder você aqui mais vezes.
O menor disse, satisfeito com seu timbre afetado e lambeu os lábios após soltá-lo, notado o orifício bem colocado em sua cartilagem.
- Já podemos colocar um pequeno alargador aí.
Sorriu e fez-se próximo a ele, a fitar seu rosto. Moveu-se mais forte, investindo especificamente dentro dele.
- Vou arrancar sua orelha, vai ver só.
Taa murmurou e pressionou o local que aos poucos se fechava pela alimentação recente, mesmo assim, doía demais, todos os piercings que havia colocado tinham doído e não queria reviver a experiência. Gemeu novamente, e já nem se lembrava mais que não devia fazer ruídos, abaixou a cabeça, encostando a testa na parede em frente e cerrou o punho, mordendo o lábio inferior vez ou outra para evitar alguns gemidos pelos movimentos dele.
- Você deve estar adorando, quase sinto você pulsar aí dentro só por poder me machucar, vou colocar um piercing no seu pau com os dentes.
- Quer por?
Ikuma riu e por um momento acariciou seus cabelos, mas tão logo voltou a tomá-los com força, assim como fez em seu quadril e passou a estoca-lo, com paradas, porém firme, saia devagar e voltava com força, e até o deixava gemer, assim como não podia evitar os próprios, sempre que os quadris arremetiam ao dele. Taa empinou o quadril, evidentemente esperando pelos movimentos dele e tão fortes teve que afastar a face da parede, antes que batesse contra ela, de qualquer maneira o teria feito pelo puxão nos cabelos. Inclinou o pescoço para trás e fechou os olhos, mantendo-se a apreciar os movimentos dele, rudes e mesmo assim gostosos, gostava daquele jeito dele, se não doía não tinha graça. Riu baixinho ao pensar nisso e foi cuidadoso para que ele não visse, ou pensava que não.
- Divertindo?
Ikuma indagou e ao soltá-lo dos cabelos, levou a mão a deslizar por seu tronco, até que chegasse do peito ao abdome, barriga, os quadris e ao sexo, que sentiu duro nos dedos, um pouco vacilante talvez pela dor, mas que despertou facilmente com um toque e o apertou, com força, ainda que fosse cuidadoso e novamente retomou os movimentos com o ritmo vigoroso, rápido, e apalpava-o lá, sem estimulá-lo, mas sim sem deixá-lo gozar. Taa desviou o olhar ao próprio membro, machucado por ele e gemeu alto, dolorido com o aperto. Uniu as sobrancelhas e guiou a mão sobre a dele, deslizando até o pulso onde pousou e apertou-o ali, cravando as unhas na pele, por sorte, não muito compridas.
- Ikuma! - Falou alto e contraiu-se a apertá-lo em si. - Para... Eu quero gozar...
- Eu disse o que antes?
Ikuma retrucou, e continuou a apertá-lo, sentindo na pele irritada, suas unhas, que por serem curtas pareciam ainda mais chatas, porém não soltou e continuou a se mover, a bel-prazer.
- M-Me deixa gozar...
Taa murmurou e uniu as sobrancelhas, desviando o olhar ao baixo ventre, observando-se entre os dedos dele, e era dolorido segurar daquele modo.
- Peça direito.
Ikuma retrucou e até moveu os dedos em torno de si, em vaivém, embora o apertasse, ainda privando seu ápice. O maior inclinou o pescoço para trás e gemeu dolorido mais uma vez.
- Por favor...
Ikuma soltou-o e lhe tocou o queixo com sua face pedinte. Porém, não permitiu que se tocasse. Ambas as mãos levou em seus quadris e passou a puxá-lo mais vigorosamente contra si, estalando a pele e adorava aquele ruído, tornou-se aos poucos mais frequente, e tornou-se ligeiro. Taa fechou os olhos, suspirando ao senti-lo soltar a si e nem precisou de muito, alguns movimentos dele foram suficientes para que atingisse o ápice, e finalmente deixou escapar o gemido satisfeito.
- Sem as mãos.
Ikuma disse, notando um espasmo conhecido em seu corpo e diante do clímax atingido do outro, segurando-o com firmeza ainda, logo igualmente atingiu o ápice, fluindo mesmo dentro dele.
- Hum...
Taa murmurou e fechou os olhos, segurando-se a ele e suspirou, mesmo sem necessidade, porém teve que se segurar nele, porque as pernas trêmulas não sustentavam o corpo. Ikuma afastou-se, mesmo sentindo-o se apoiar em si, judiou de leve, mas virou-o defronte e o abraçou, sustentando-o na sua falta de força. Taa assustou-se ao senti-lo se afastar e achou que iria ao chão, porém sentiu-o abraçar a si em seguida e repousou a face sobre o ombro dele, fechando os olhos.
- Gostoso?
- Como sempre...
Ikuma sorriu a ele e lambeu-o na orelha, porém agora sem machucá-lo, mas sim como um conforto. Taa afastou-se, assustado com o toque na orelha, porém relaxou ao perceber que não iria morder novamente.
- Ah, que receio, já não sou o estuprador, voltei a ser marido.
- Hum... - Taa suspirou, abraçando-o e apertou-o contra o corpo. - Eu gostei.
- Então quer de volta o estuprador?
- Não! Não... Prefiro você.
Ikuma riu.
- Disse que gostou.
- De transar, mas o seu jeito, eu prefiro.
- Não quer piercing novo?
- Hum... Na verdade eu quero. Mas... Onde você quer furar?
- Já tem tudo furado. Orelha, nariz, umbigo. Vamos furar seu saco.
Taa estreitou os olhos.
- Hum, e se eu furar você?
- Não curto nada me penetrando, seja um pau ou um metal.
- Hum, então tá bem.
- Quer por um no meu pau, não é?
- Seria interessante, mas é bem possível que você perdesse ele na primeira vez que fizéssemos sexo.
- É, e depois você ia ter que fazer ele sair.
- Olha o comentário desnecessário.
Ikuma riu em sua evidente falta de jeito.
- Vamos sair, hum. A pequenininha já deve estar com sono, tenho que fazer a mamadeira dela.
- Hum, vamos lá pra eu cuidar da minha morceguinha.
Ikuma disse e brevemente usou o sabonete a higienizar o corpo, e fez o mesmo pelo maior. Deixando logo o box usado mais para sexo do que para o banho. Taa lavou-se assim como ele e seguiu para fora, pegando a própria toalha a secar o corpo. Ikuma vestiu-se com um roupão, poupando por um tempo as roupas e permaneceu sem elas por baixo. Secou suficientemente os cabelos com um secador desagradável pelo calor e deixou o banheiro com o maior, procurando a pequenina pela casa.
- Cadê, cadê meu morceguinho?
Taa deixou os cabelos mesmo molhados, saindo do quarto junto dele, a usar somente o roupão, embora tenha substituído por roupas no quarto e viu a pequenininha correr com seus passinhos desajeitados até o pai, pulando em seus braços.
- Aqui, ó aqui, aqui... - Ikuma disse, vendo-a correr até chegar e abaixou-se, pegando-a no colo e ergueu-a. - Oi meu docinho.
- Oi papai! Onde ce tava?
Taa sorriu à filha e acariciou seus cabelinhos loiros, beijando-a no rostinho.
- Papai tinha ido atrás de coisas pra boate. Mamãe também e depois nós tomamos banho pra ficarmos cheirosos pra você.
- É nada, ce tava machucando a mamãe de novo.
Taa arregalou os olhos a observar a filha e negativou.
- Nada, mamãe que pede pro papai fazer isso.
- Eh? É verdade, mamãe?
- Ah, é sim.
- Que feio, não pode.
Taa riu baixinho.
- Quem disse pra você que é feio?
- Eu que disse, ué.
- Mas não é feio. Estávamos namorando!
- Mas se machuca a mamãe enquanto namora ela?
- Quando for mais velha você vai entender, meu amor. - Disse Taa.
- Mas não machuca. Quem disse que machuca? - Respondeu Ikuma.
- A mamãe tava gritando.
- Mas quem disse que era de dor?
- Era do que então...?
- Ah, Ikuma, colocar a senhorita na cama.
- Mamãe estava gritando porque o papai não quer dar banho nele. É folgado, tenho que ficar esfregando ele.
Taa estreitou os olhos.
- Ce não sabe tomar banho sozinho, mamãe? Eu te ensino...
- Aham, vocês são o complô perfeito. Vamos toquinho, vou esquentar sua mamadeira.
- Vai ensinar, é? Vai como se o papai ainda te dá banho?
- Ce ensina ele.
- Papai vai ensinar já já, outra vez. - Ikuma sorriu a pequenina. - Vou deixar a mamãe te dar mamadeira porque ele parece ansioso pra isso.
- Logo amanhece, precisa dormir um pouco.
Taa falou, mais ao marido que a ela e pegou-a no colo, seguindo em direção à cozinha.
- Tchau docinho.
Ikuma disse, acenando a pequenina enquanto via-a partir no colo do outro. O maior sorriu ao outro e seguiu com ela para a cozinha, deixando-a sobre o balcão para esquentar sua mamadeira, o leite misturado ao sangue e estando pronto entregou a ela, colocaria ela na cama e logo, deitaria com ele.