Kazuma e Asahi #83 (+18)


- Kazuma... 
Asahi chamou baixinho, observou-o enquanto dormia, ele parecia nervoso mesmo de olhos fechados, o cenho franzido mostrava isso, sabia que lá fora estava tudo bem agitado, já fazia quase um mês que estavam ali, e ele não havia nem tocado a si. Subiu devagar sobre ele, puxou sua calça de pijama que usava, a porta estava fechada, ninguém iria ouvir, então poderia pelo menos dar a ele uma distração, um pouco de prazer, algo que ele pudesse aproveitar, que tirasse seu cenho franzido. Devagar, adentrou seu edredom e segurou seu sexo entre os dedos, aproximando-se e o lambeu, deslizando de sua base até a ponta, e podia vê-lo mesmo abaixo do cobertor, por uma pequena fresta.
Kazuma ouviu ser chamado, mas a voz era conhecida portanto, não se preocupou em despertar do sono, embora ele fosse facilmente consciente. Sentiu seus movimentos e num impulso quase enfiou a mão em sua cabeça, mas por sorte, ainda tinha consciência dele, portanto, apenas abriu os olhos e o fitou pela pequena fresta do cobertor, vendo seus olhinhos amendoados voltados para cima enquanto roçava sua língua morna na própria pele. 
- Bom dia, Padre. - Murmurou com a voz grave e rouca de sono. 
- Boa noite. 
O loiro disse, constando ainda ser noite e o sugou em sua ponta, firme, dando uma leve mordidinha em seu sexo. Kazuma ouviu sua voz abafada sob o cobertor, voltou então a fechar os olhos enquanto sentia seus movimentos. Provavelmente não havia dormido demais, sempre dormia pouco, portanto, sempre se satisfazia do sono com facilidade, era um costume. Enfiou um dos braços para dentro do cobertor, tocou seus cabelos, sentindo-os, como também sentia seu toque oral. 
- Relaxa... 
Asahi disse, baixinho e deixou escapar a respiração contra ele, claro, propositalmente. Novamente o havia confortado na boca e o sugou firme, logo após, iniciou os movimentos de vai e vem, colocando-o e retirando-o da boca, podia sentir que ele já endurecia para si.
- Estou relaxado, mas ele não relaxa. 
Kazuma disse, referindo-se ao alvo de sua boca, agora, respondendo no toque com a firmeza crescente. Asahi sorriu e assentiu, sugando-o em sua ponta mais uma vez e subiu, devagar se sentando sobre seu corpo e roçou as nádegas, já nuas sobre seu sexo. O maior deslizou nos dedos as mechas de seus cabelos curtos, a medida em que deixou seu posto e subiu com seu corpo já desnudo para o próprio colo. Deslizava os dedos não mais por seus fios loiros mas para suas coxas firmes, encarando sua nudez como já havia se colocado. 
- Se despiu enquanto eu dormia, hum? Uh, que ousadia, padre.
Asahi sorriu novamente e abaixou-se para selar os lábios dele. 
- Você parecia incomodado, não gosto disso... Quero que fique bem, que relaxe um pouco, que esqueça...
- Oh, claro. Não é porque você quer transar, é porque eu preciso relaxar. 
Kazuma disse e sorriu a ele, de leve e canteiro. Deslizou os dedos até suas nádegas e apalpou com firmeza, afastou-as encaixando a ereção entre elas. 
- Hum, também porque eu quero transar. - O loiro sorriu e mordeu o lábio inferior. - Isso não te lembra um pouco a igreja? Fazer enquanto o mundo explodia lá fora?
- Ah, isso te excita?
Kazuma indagou e arqueou uma das sobrancelhas, movimento breve. Com facilidade segurou sua cintura e o moveu no colo, o esfregando junto ao próprio sexo.
- Um pouco talvez. - Asahi murmurou num pequeno sorriso. - Só temos que fazer silêncio pra não acordar ninguém, dessa vez seus pais estão aqui pertinho.
- E quando é que eu fiz barulho? Não garanto você.
Asahi uniu as sobrancelhas. 
- Está me chamando de escandaloso?
- Não, mas eu faço o seu barulho.
- Não posso fazer nada se você é gostoso. 
Asahi disse com um pequeno sorrisinho embora ainda envergonhado por dizer.
- Hum, o que há com você, Asahi? Esteve lendo algum romance erótico? 
Kazuma indagou apenas provocando o menor. Pressionou os dedos em suas nádegas e deu um tapa sem força para que não soasse estalado. Asahi riu baixinho. 
- Não, desculpe. 
Murmurou a abaixar-se e selou os lábios dele novamente, num leve sobressalto pelo tapa e ergueu-se sutilmente, guiando-o para dentro do corpo, devagar, sentou-se sobre ele, deixando-o deslizar para si. 
- Ah...
Kazuma arqueou a sobrancelha, o que não durou muito tempo. Retribuiu seu beijo breve, superficial, mas ainda tinha atenção no que fazia embaixo e como se moveu, colocando sem qualquer recato, o corpo junto do seu. Segurou-se, ajudando a posição então logo, completou-o consigo. O loiro estremeceu, sentindo-se dolorido e ah, ainda gostava, ainda era tão gostoso, que tinha que se segurar para não gemer. Contraiu-se ao redor dele, apertando-o e suspirou. 
- Kazuma... Hum... 
O menor moveu-se devagar, mesmo sem o costume, deixando-o entrar e sair do corpo e mordia o lábio inferior. 
- As vezes... - Murmurou, não podia ver direito o rosto dele no escuro, aquilo era bom e confortável. - Sinto saudade da sua mesa no seu escritório...
Kazuma sustentou-o nas mãos, ajudando seu difícil movimento inicial, sentia cada pequeno espasmo de seu corpo desacostumado, que já há algum tempo não tinha sexo, talvez receoso sobre como se comportar sobre sua gravidez. 
- Aprendeu a encontrar prazer no que te fazia mal, Asahi? 
Asahi indagou, referindo-se ao que ele falava, sobre a situação a que estavam quando o permitia encontrar com seu corpo a mesa de escritório, fosse do quartel ou do alojamento. 
- Hum... Essas lembranças especificamente não me fazem mal. - Disse num pequeno sorriso e moveu-se mais firme sobre ele, empurrando os quadris sobre seu colo. - Kimochi?
- Umai. - Kazuma falou baixo, num sopro, não que realmente precisasse. Se moveu embaixo dele, ajudando o ritmo que começou gradativo. - Está tentando cuidar de mim, padre?Asahi desviou o olhar a ele num pequeno sorriso que não sabia se ele podia ver.
- Sim... 
Murmurou e conforme se abaixou, mordeu o lábio inferior dele, movendo os quadris, agora pouco mais rápido.
- Por quê? 
Kazuma indagou embora não precisasse mesmo saber a razão, já sabia afinal. Soou contra seus lábios, do qual mordiscou em seguida, gentilmente. Deslizou as mãos por sua coluna, subiu até as omoplatas mas voltou a descer para a cintura sem curvas demais. 
- Porque eu sei que queria estar lá fora. - Asahi disse num pequeno sorriso. - E quero fazer você querer estar aqui dentro. - Murmurou, estremecendo conforme o sentiu tocar a si no ponto onde gostava, até estremeceu e empurrou-se firmemente para baixo. - Ah...
- Eu quero acabar com isso, antes que meu filho venha ao mundo. 
Kazuma disse, mas ainda assim o movia no colo, era magro, fácil de manejar ainda que começasse a mudar de peso agora que eram dois. Asahi sorriu conforme o ouviu e beijou-o em seu rosto. 
- Não importa, ele virá ao mundo de toda forma, e aqui ficará seguro.
- Eu sei, vocês estarão. 
Queria se virar, iria joga-lo para a cama, mas o deixaria, por algum tempo se movendo no colo, tomando as rédeas como ele fazia. Asahi moveu os quadris, firme, rebolando sobre ele, e gostava, gostava de estar por cima embora também gostasse dele se empurrando com força para si. Mordeu o lábio inferior.
- Ah... Isso é tão gostoso...
Kazuma estava um pouco perdido ou surpreso pela forma como passou a agir naquele dia, mas não desprezou sua atitude, continuou com ele, movendo-se sem impasse embora estivesse por cima. Mas o puxou para perto, beijou e mordiscou seu pescoço. Asahi sorriu contra os lábios dele num selo antes que sentisse seus beijos, podia sentir o arrepio percorrer o corpo, e embora soubesse do caos em que estavam, gostava de aproveitar com ele, era realmente como na igreja. O moreno roçou os dentes junto de seu pescoço e seguiu para cima, lambiscou seu lóbulo e sabia quão sensível era aquela parte. Tocava suas nádegas, empurrando-o para o colo. Asahi estremeceu conforme o toque no lóbulo, ele sabia exatamente onde gostava e agora se empurrava firme sobre ele. 
- Me machuca, Kazuma... - Murmurou, contra a audição dele. - Me deixa sentir você.
- Você quer ficar por baixo, ah? Achei que queria tomar as rédeas hoje, padre. 
Kazuma disse, contra sua orelha, fazendo-o ouvir bem pertinho. Asahi sorriu. 
- E quem disse que pra me machucar preciso ficar por baixo? Seja criativo.
- Você quer ser machucado com as minhas mãos ou com o meu pau?
Asahi sorriu, estava feliz de estar no escuro, mas ainda que sorrisse, o rosto estava corado.
- ... C-Com os dois.
- Escolha um só. 
O moreno disse e podia dar os dois a ele, mas queria fazê-lo escolher. Asahi uniu as sobrancelhas.
- ... Com a mãos.
Kazuma surpreendeu-se com a resposta. Deslizou as mãos por suas nádegas e coxas, deixado como ele estava, parcialmente, levou a mão entre ambos e tocou seu sexo e envolveu nos dedos, correndo até a glande e friccionou a pequena fenda por lá, tornando-o sensível ao toque. Asahi gemeu dolorido com o toque e estremeceu, negativando. 
- N-Não aí...
- Não aqui, hum? Por quê? 
Kazuma indagou e o apertou um pouco mais, sentindo seu músculo afundar levemente no aperto, como uma peça firme mas macia. Asahi gemeu, pouco mais alto, dolorido e uniu as sobrancelhas, apertando-o dentro do corpo. 
- Não... Aí machuca muito!
- Se você apertar aí dentro eu te aperto ainda mais aqui fora. Não esqueça que pra mim isso é gostoso, Padre.
Kazuma disse e o acariciou dessa vez, correndo os dedos por ele, mas tornou a apertar. O loiro negativou e mordeu firme o lábio inferior, não tinha noção de força consigo, não sentia dor e a fisgada não foi sentida, acabou por machuca-lo e abaixou a cabeça, guiando uma das mãos sobre a dele no sexo. 
- Para... Para Kazuma...
- Não, fica adorável com essa expressão manhosa. - O moreno disse e com a mão livre, tocou seu lábio, acariciando na região ferida. - Vamos, Padre. Não deixe de cuidar de mim.
Asahi assentiu e ao sentir o toque sobre o lábio, arrepiou-se, daquele modo doía. Moveu-se, devagar sobre ele e logo agilizou novamente, subindo e descendo em seu colo. O maior ergue-se na cama, sentando-se alcançou seu peito, lambeu seus mamilos, um após o outro onde o mordeu, com certo dolo, mas ainda cuidadoso. O loiro deslizou as mãos ao redor do pescoço dele, os braços e o tocou nas costas, fora igualmente dolorido, o arranhou ali, e gemeu conforme sentiu morder a si, sem perceber, alto demais.
- Uh. 
Kazuma murmurou, contra sua pele, era mais como um sopro nasal, ouvindo seu gemido um pouco mais evidente. Após suga-lo com igual força, subiu até seu pescoço e mordeu seu ombro. Com as mãos continuou a incentivar e tomar ritmo de seus movimentos. Asahi uniu as sobrancelhas em seguida e abaixou a cabeça, negativando a ele. 
- Desculpe, eu... Eu gemi alto?
- Não prestei atenção na altura. 
Kazuma disse e estava de fato distraído, não daria atenção a altura, tinha coisas melhores para pensar, para reparar. Asahi assentiu e encostou a face sobre o ombro dele, beijando-o ali, mordendo levemente, e por não sentir dor, não fazia ideia do que era leve para si, talvez tivesse sido um pouco pesado.
- Hum... 
O maior murmurou diante da mordida e uma das mãos levou a seus cabelos, puxou, firme, mas era cuidadoso. O observou no pouco que podia ver pela falta de iluminação. 
-  Quer me morder? 
Indagou, sobre o que ele já havia feito. Com a outra mão, após dar liberdade a seu sexo, passou por suas costas e enlaçou sua cintura, passando a move-lo no colo, mais vigorosamente. Asahi assentiu e mordeu o lábio novamente conforme o sentiu se mover abaixo de si, e puxava a si firme em seu colo, podia senti-lo tocar o local que gostava. 
- Kazuma!
Kazuma empurrou-o para cama, jogando-o ao futon, voltou a penetra-lo tão logo como tomou espaço em suas coxas firmes e deu ritmo, era aquela ritmo que ele queria, era forte, daria-lhe a dor e também o prazer. Asahi estremeceu conforme o sentiu se empurrar para dentro de si, ah e era gostoso, gostava tanto quando ele se empurrava tão firme para si, podia sentir ele bem no fundo do corpo, e sabia que não havia nada melhor do que aquilo.
- Ah! General... Mais... Mais!
Kazuma ouviu seu modo fetichista de chamar, parecia absorto pela forma como proferiu, quase como se a intenção não fosse provocar a si, mas a ele mesmo, como se estivesse dentro de sua própria ideia e sorriu a si mesmo ao achar graça sobre  aquilo. Esticou-se e o tomou por seu pescoço, apenas segurou, não era no intuito de apertá-lo, mas encontrar sustento na firmeza do corpo, ao se empurrar para ele e trazê-lo para si. Asahi desviou o olhar a ele no pouco que podia ver, podia ver seu rosto, era tão bonito, e quis toca-lo, mas fora segurado pelo pescoço e arrepiou-se, excitado. Não é que fosse fetichista com ele, bem, era o próprio fetiche, assim como ele, era um padre, se perguntava o que ele havia pensado na primeira noite em que havia se deitado consigo, nunca havia conseguido ler aqueles olhos cinzas. 
- Estou perto...
Diferente do que podia pensar, Kazuma não havia de princípio partido à ideia de que era um padre, transar com ele de primeira, não incluía pensar em transar com um padre, menos ainda imaginar no interesse sexual de um padre consigo, mas era o que havia acontecido. Intensificou, aumentando ritmo, aumentando força, buscando a proximidade dele. 
- Então goze, garoto.
Asahi sorriu, havia gostado do apelido, embora não fosse realmente um garoto, já era um rapaz, quase um rapaz de meia idade, embora ainda se comportasse como um garoto realmente, por falta de tempo para ser um garoto. Assentiu e uma das mãos fora sobre a dele no pescoço, segurando-a ali, e quando menos percebeu, gozou, fechando os olhos a apreciar a sensação gostosa pelo corpo. 
- Ah... Kazuma...
Cada espasmo de seu corpo fazia denunciar a proximidade de seu clímax, cada vez mais perto até que chegasse no limite de aguentar, de sustenta-lo. Quando ele gozou, Kazuma sabia exatamente que havia chegado lá e se permitiu daquele modo, chegar com ele. Gozou, sem precisar se precaver sobre aquilo, sem precisar sair de seu corpo, completou-o com o próprio prazer e gemeu com ele, ainda que mais baixo, podia ouvir sua voz branda e extasiada. Conforme o fez, Asahi se agarrou a ele, firme, em seu pescoço, o prendia em si, mas não era proposital, fora reação do próprio corpo ao prazer que sentia e podia senti-lo aquecer o corpo conforme também atingia seu ápice, dentro de si. 
- Hum... Isso é tão bom...
Kazuma se moveu, mesmo na passagem apertada de seu corpo, gostava da forma como ele parecia sugar a si para dentro, e desse modo continuou até que satisfeito, até que ficasse todo dentro dele. 
- Kimochi.  - Falou baixo, um pouco rouco.
Asahi assentiu, segurando-o junto a si e se perguntava se havia feito ele esquecer por um momento do que acontecia lá fora. 
- ... Você é maravilhoso. 
Disse num pequeno sorriso e selou os lábios dele.
Kazuma retribuiu ao breve selo de seus lábios e o lambeu no lábio inferior. Bem como ele pensava, havia ganhado alguma distração, mas o contrário do que imaginava, não estava sempre pensando sobre lá fora, maior parte do tempo talvez, mas não sempre. Asahi sorriu e deslizou as mãos pelos cabelos raspados dele. 
- Gosto do seu cabelo assim...
- Ele sempre foi assim. 
Kazuma disse diante da observação. Desde que o conhecera, os cabelos sempre foram de tal modo.
- Eu sei, mas gosto. - Asahi sorriu.
- É, eu também. - O maior sorriu-lhe canteiro.
- ... Eu te amo.
- Eu também. Também te amo.
Asahi sorriu ao ouvi-lo, podia sentir as lágrimas nos olhos, mas não derramou nenhuma, puxou-o para si e abraçou-o contra o próprio peito. 
- Deita...
Kazuma envolveu por sua cintura e diante do pedido, se deitou achando graça na posição como terminaram uma vez que havia sido abraçado. Asahi riu baixinho e com ele no tórax, acariciou seus cabelos curtinhos. 
- Você pode descansar de novo.
- Estou bem. Sabe que durmo pouco.
- Eu sei, mas eu gosto muito de ficar deitado com você.
- Vamos ficar deitados então.
Asahi assentiu ainda no abraço. O riso soou entre os dentes de Kazuma diante do abraço dele. 

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