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maio 2019
Ao adentrar a sala naquele dia, numa sexta feira, como combinado com ele, Haruna estava diferente, queria chamar atenção dele, então, a saia era colada no corpo, em cima usava uma camisa social branca, tinha um decote bonito, modestia parte, e gostava de mostrar, ainda mais agora que queria que ele gostasse de si, claro que o salto alto preto não saía dos pés. Naquele dia, era a primeira vez que usava um batom vermelho. Queria que ele imaginasse os lábios bonitos ao redor de uma parte específica de seu corpo.
- Bom dia. - Disse a colocar os materiais sobre a mesa.
Hiro sentou-se num local diferente naquele dia, por alguma razão algum filho da puta havia sentado no próprio, talvez tivesse a ideia de que ali poderia ter atenção da professora, portanto se sentou do lado oposto, próximo a porta e sem a vista da janela, porém, percebeu ao ver a docente entrar, que não precisaria de uma vista melhor. Estava com roupas mais justas que o habitual, na verdade até se surpreendeu que no colégio ela não houvesse tomado uma advertência da diretoria, mas podia ver as formas dela e se lembrou de algo, o que causava um tênue rubor, por mais carrancuda que fosse a expressão do rosto, não era bem assim que estava. Mas teve de sorrir, mesmo atrás da mão onde apoiava o rosto, vendo-a sutilmente decepcionada ao não encontrar alguém em seu lugar costumeiro.
Haruna torceu sutilmente os lábios conforme fitou o lugar dele, ele não estava, mas tinha que fingir que não estava decepcionado, apenas quando fitou o restante da sala foi que pode vê-lo em outro lugar e sorriu, quase sem intenção, o fitou a tempo de ver um de seus amigos que haviam mudado de lugar para acompanhá-lo dar uma cutucada no ombro dele. Hiro deu um empurrada com o ombro ao sentir a cutucada, não olhou para trás, mas podia imaginar a cara de babaca que fazia Akai naquele momento. Não tirou a mão da boca, mas ela podia ver que sorriu em retribuição, pela forma como os olhos diminuíram. Haruna sorriu e mordeu o lábio inferior, de modo sutil.
- Bem, vamos começar a aula. Lembrem-se, que eu estou esperando os trabalhos na minha mesa até quarta feira que vem, se alguém tiver uma dúvida pode me procurar depois da aula.
- Ta ouvindo Hiro? Se tiver dúvidas, pode ir.
Dizia Akai, alto o suficiente para ser audível.
- Tenho uma dúvida sobre a sua mãe.
Hiro falou, baixo, para ele e viu Midori rir entre os dentes. Até agora não sabia porque estavam ali, não era aula deles. Haruna iniciou a aula, deixando os materiais sobre a mesa e escrevia no quadro o necessário para que eles anotassem, correu tudo tranquilamente como nos outros dias, ao fim da aula, despediu-se dos alunos e tirou apenas duas dúvidas, viu os amigos dele com as mochilas nas costas, junto dele. Devagar seguiu para ele com os próprios materiais e sorriu.
- Vai com eles embora hoje?
Disse, mesmo na frente dos outros dois. No fim da aula muito falada por Akai, enfim Hiro guardou os materiais da aula e se levantou, sentindo as puxadas na camisa.
- Caralh...
- Ó...
Interrompeu Midori antes que o palavrão fosse terminado, não entendia seu hábito de correção.
- Ta pai.
- Mas então, caralho, eu gostei da aula, vou fazer também.
- Se você tivesse feito, falou durante toda a aula, seu merdinha.
Dito, logo se voltou para ela, que parecia gostar da interação dos amigos.
- Não, acho que ele vai com uma garota hoje, ele disse que ia. Ficou falando da garota.
- Não falei nada, seu pirralho.
Hiro dizia ele, certamente inventando ideias para a mais velha.
- Ah... Vai encontrar a Miyuki? - Haruna disse a unir as sobrancelhas. - Achei que íamos comer pizza na sua casa, eu trouxe o vinho.
- Ele falou de você. Está tentando me provocar.
- Comer pizza? Na sua casa? - Disse Akai.
- Não se preocupe, um dia você vai ter uma garota pra comer com você.
Provocava Midori, dando um aperto incentivador no ombro de Akai, que resmungava a provocação.
- Ou um garoto, nunca que sabe. Vocês podem comer juntos.
- Ah, vai se fod...
- Ó...
- Vai se foder você também!
Haruna riu ao ouvi-los.
- Hum, um dia podemos comer pizza todos juntos, o que acham? Eu gosto de vídeo games. Mas hoje o Hiro é só meu.
Hiro pigarreou e fingiu não dar atenção ao detalhe, ainda assim ganhava umas cutucadas na cintura, não era nada sutil e nem tentava ser.
- Vai ensinar o Hiro com pizza e vinho, Sensei? E o que mais? - Disse Akai.
- E é assim que são os virgens, Sensei. - Respondeu Midori.
O riso soou entre os dentes de Hiro, contribuindo com a provocação do amigo. Haruna sorriu ao ouvir o garoto.
- Hum, talvez um pouco de biologia ou anatomia. - Disse, gostava de dar corda para a brincadeira de seus amigos e riu ao ouvir o outro. - Verei vocês mais vezes na minha aula? Não ficaram muitos alunos.
- Só verá se deixar Akai longe de mim.
Hiro alfinetou o amigo, provocando o garoto falante demais.
- Não brinque com o coraçãozinho dele, Mitsu.
- Vocês dois combinaram de me encher a porra do saco? Desculpe, professora.
Haruna riu e negativou.
- Não ligo que fale palavrão. Disse num sorrisinho e ajeitou os cadernos no braço. Vamos, Hiro-kun?
- Vai lá, Hiro-kun. - Disse Akai.
Hiro ergueu um dedo longo e imponente, mostrando para ele antes de então seguir o rumo.
- Vamos. Vocês podem ir lá em casa mais tarde.
- Bem mais tarde, ah?
Haruna riu baixinho e aguardou o outro, mordendo o lábio inferior. Hiro olhou para ela, que parecia não ter qualquer incomodo diante das ideias dos amigos. Bem, já havia ganhado um agrado de seus lábios tão vermelhos, não tentaria retrucar, não sabia exatamente o que ia acontecer. Ao vê-lo se aproximar, Haruna deu nele um beijo em sua bochecha, não sabia se seus amigos iriam ver, mas era um agrado e claro, deixaria que eles enchessem o saco dele depois.
- Eh...?
Hiro indagou, um pouco desprevenido pelo beijo. Claro que eles haviam visto, mas preferiu não olhar ou acabariam se prolongando por ali. Ao seguir com ele para fora da sala, Haruna abriu um pequeno sorriso, agora fora da vista dos outros.
- Não gosta que eu ajude a provocar você? - Riu. - Garotos acham legal sair com mulheres mais velhas, não?
- Hum, eu não ligo realmente, só gosto de ser maldoso com Akai, sei que ele gosta de ser provocado. - Hiro riu, sem altura.
- Ah sim. - Ela riu.
- Mas é, acho que os garotos costumam ter fantasias sobre mulheres mais velhas e experientes. As meninas costumam ser assim com os professores também, não?
- Hum, acho que sim. - Haruna riu. - Eu não tive fantasias com ninguém.
- Hum, verdade?
- Verdade.
Ela sorriu e no corredor agora vazio, o empurrou para a parede e selou seus lábios, ele era tão bonito que não podia se conter.
- Uso.
Hiro disse, mas quase não terminou a curta palavra ao sentir sua imposição. Encostou na parede e então retribuiu seu beijo, suave e superficial. Haruna deslizou uma das mãos pelo rosto dele, acariciando-o e logo se afastou. Hiro a pegou pela cintura, não deixou se afastar e tornou a selar seus lábios, uma, duas vezes. Ao senti-lo puxar a si, ela mordeu o lábio inferior e sorriu, retribuindo seus selos. O maior beijou mais uma vez, passou para a bochecha e aspirou suavemente o cheiro de sua pele, de sua maquiagem suave.
- Estou com batom agora?
Haruna sorriu e mordeu o lábio inferior.
- Um pouquinho. Melhor sairmos daqui ou seus amigos vão ver a gente.
Hiro assentiu e então a soltou, desencostando-se da parede. Ela sorriu a ele e limpou sua boca com o polegar. Hiro a deixou fazer e sorriu, sentindo seu dedo deslizar na boca.
- Vamos, sujo mais você em casa.
Hiro riu, baixinho, talvez nervoso, talvez tímido, ela sorriu e seguiu com ele para fora, tirando as chaves do carro da bolsa. Ele seguiu com ela tentando ser sutil até entrar em seu carro, era um problema se fosse visto com ela, não para si, mas para a docente e não queria perder as aulas com ela. Ao entrar, ela colocou o cinto e sorriu a ele.
- Ninguém vai ver você, os vidros são escudos.
- Sim, eu sei, mas o caminho até o carro não era.
- Acho adorável você tentando ser sutil. - Riu. - É uma graça.
- Tsc...
Hiro resmungou, quase para si mesmo, mas se acomodou no carro enquanto ela o ligava. Ela uniu as sobrancelhas.
- Eu disse algo errado?
- Iie, é só que falou como se eu fosse uma criança.
- Ah, não acho que seja uma. - Ela disse a unir as sobrancelhas ainda. - Ser adorável não é uma questão de idade. - Dito, ligou o carro e saiu do estacionamento, seguindo rumo a casa dele. - Quer pedir a pizza em casa?
- É, eu sei, veja você. - Hiro disse em retruque e sorriu canteiro. - Sim, vou pedir em casa. Tem um sabor que quero que prove.
Ela sorriu a ele.
- Ah, me acha adorável?
- Sim...
Haruna sorriu novamente, sentindo a bochecha corar. Hiro ficou em silêncio mas no caminho, agora, era diferente olhar para ela. Não tinha dado atenção demais, embora soubesse o quanto era bonita, mas agora, via-a dirigir e olhava sutilmente o movimento de suas pernas com a roupa justa um pouco erguida para dar liberdade. Ao estacionar, ela sorriu a ele lado a si, não havia percebido seus olhares, embora fossem atraentes.
- Vamos?
- Sim, sim.
Ele abriu a porta e desembarcou, percebendo que haviam chegado rápido, talvez ela tivesse ido mais ligeiro naquele dia, se perguntava se tinha alguma razão. Quando desceu, esperou-a e como de praxe, abriu a porta e lhe deu passagem. Haruna deixou os materiais no carro, levou para dentro somente a bolsa onde tinha o vinho e sorriu para ele conforme deu passagem para si, retirando o vinho da bolsa a deixar sobre a mesa de centro na sala.
- Estava ansiosa pra ficar sozinha com você.
- Estava? Por quê?
- Porque não gosto dos olhares. Não posso tocar você lá fora.
Hiro sorriu, sutilmente.
- O que você quer tocar?
Ela sorriu e o rosto tomou o tom vermelho.
- Hum, quer que eu toque você com a boca de novo?
- Hum, se você também quiser isso.
Haruna sorriu e assentiu.
- Peça a pizza primeiro e enquanto esperamos, eu agrado você um pouquinho.
- Vou... Pedir.
Hiro disse e tirou o celular do bolso. Tinha uma mensagem nele o qual abriu antes, Miyuki. Quando ergueu o olhar para ela, se sentiu um pouco tenso ao responder a namorada, estava sendo um otário. Por fim abriu o aplicativo onde formulou o pedido, decidiu por si mesmo as opções e então enviou. Após isso, pensou sobre responder a outra, suspirou e tornou o celular no bolso. Haruna sorriu a ele e virou-se para colocar a bolsa sobre a mesa, nesse meio tempo, abriu a camisa com seus pequenos botões perolados e expôs o sutiã abaixo dela, e claro, os seios. Virou-se novamente para ele, fitando-o a guardar o celular no bolso.
Hiro observou seu movimento suave, o que constou quando se virou de frente, expondo o busto volumoso sob a lingerie, arqueou por um instante ambas as sobrancelhas, mas tornou afrouxa-las em seguida. Tinha impressão que ela gostava de mostrar os seios, e com certeza gostava de olhar para eles. Seguiu até a morena e tocou sua cintura. Haruna sorriu a ele, e ele estava certo, gostava de mostra-los, ainda mais porque da última vez que havia falado com ele, ele pareceu tão interessado e agora próximo, o beijou em seu pescoço.
- Hum...
Hiro sentiu no pescoço seu beijo suave, e por todas as poucas vezes que a sentiu chegar em si, tinha impressão que ela queria se aconchegar e ganhar um colo, algo assim, parecia se aninhar. Deslizou as mãos por sua cintura e envolveu-a num abraço, apertando-a contra o peito, o que fazia sentir os seios dela e era precipitado, mas quase já estava ereto. Haruna gemeu baixinho conforme o sentiu apertar a si e mordeu o lábio inferior, selando os lábios dele e empurrou a língua em seus lábios, o beijou, enquanto os braços abraçavam ele ao redor de seu pescoço.
Hiro abriu a boca, retribuindo seu beijo, era devagar, embora não demais. A apertou um pouco mais e desceu a mão a delinear sua cintura até os quadris e suavemente pressionou os dedos em suas nádegas. Haruna manteve-se a beija-lo e vez ou outra dava pequenas mordidinhas em seu lábio inferior. Conforme o sentiu tocar a si, suspirou contra seus lábios e deslizou a mão pelas costas dele, mas acabou por se abaixar também, ajoelhando-se em frente a ele e abriu sua calça. O maior deslizou a mão um pouco mais para baixo, porém foi interrompido quando ela deu fim ao beijo e também ao toque, ajoelhando-se como se pôs.
- Você quer ele?
Indagou, suave, embora sem intenção e segurou seu queixo pequeno.
Haruna o observou e sorriu, assentindo.
- Quer se sentar no sofá?
- Você gosta disso, sensei? Gosta de chupar?
Hiro indagou, sincero, embora não tivesse certeza se tinha aquele tipo de liberdade com ela. Ela sorriu meio de canto e assentiu, mordendo o lábio inferior e abaixou sua calça, indicando a ele o sofá.
- Gosto, mas gosto especialmente do seu...
Hiro se sentou, pouco após ter os quadris despidos, revelando o corpo.
- É? Por que gosta do meu? Gosta dos mais novos, Sensei?
Haruna sorriu a ele e puxou sua calça até retira-la, assim como seus sapatos. Queria o espaço livre entre suas pernas e conseguiu, se colocando ali e riu baixinho.
- Eu não costumo transar com ninguém, Hiro, nem mais novos, nem mais velhos, se é o que quer saber. Você é meu primeiro em alguns anos.
Ele deixou-a tirar a calça, ainda que estar apenas com a camisa fosse um tanto esquisito. Não era aquilo que estava perguntando, estava apenas querendo saber porque sua escolha, porque a si.
- Hum, não estou perguntando isso exatamente, estou querendo saber porque eu, ainda mais agora que diz ser após tanto tempo.
Ela sorriu meio de canto e o fitou silencioso por um pequeno tempo.
- ... Eu... Não sei, você é tão bonito. - Disse num suspiro.
Hiro sorriu, de canto.
- E você quer transar comigo?
- ... Quero. - Ela sorriu.
- Então eu posso fazer sua vontade, Sensei.
- Ah pode, é? - Haruna sorriu e mordeu o lábio inferior, abaixando sua roupa íntima e observou seu sexo, estava duro. - Hum, isso é pra mim?
- É...
Hiro disse e se moveu no sofá, indo mais a beira, mais perto dela com a pelve. Ela sorriu e mordeu o lábio inferior, segurando-o entre os dedos com as unhas pintadas de preto, e deslizou a língua por ele, lambendo-o desde sua base até a ponta. Hiro sentiu seu toque suave e ainda assim firme. Seus lábios quentes, não mais que o interior de sua boca e grunhiu, num gemido baixo e rouco. Haruna sorriu a ele e beijou-o em seu sexo, deixando a marca de batom vermelho que ele provavelmente imaginava e logo, afundou-o na boca, sugando-o firme. O riso soou entre os dentes de Hiro ao notar o beijo, o roçar de seus lábios na pele, sujando a si com seu batom carmim. Moveu a pelve tão logo ao sentir-se em sua boca, investindo suavemente para ela.
Ela o mordeu em sua ponta, ele era gostoso naquela parte, gostava de fazer aquilo. O sugou novamente, e mais algumas vezes, retirando-o da boca e colocando-o por inteiro novamente e desviou o olhar a ele num pequeno sorriso, ergueu-se por um momento e beijou-o no pescoço, mas ao se abaixar, roçou os seios em seu sexo ereto. Hiro sentiu o mordisco cuidadoso e ergueu a mão para tocar seus cabelos escuros, segurou-os junto ao topo da cabeça, ajudando embora não impondo seu ritmo. Soltou somente quando a viu se erguer e imaginou que ganharia um beijo, o que atingiu o pescoço antes de roçar em seus seios a própria ereção, e claro, pulsou em expectativa, mas habilmente alcançou o fecho frontal de seu sutiã, abriu e deixou escapar seus seios grandes, teve de morder o lábio inferior. Haruna sorriu a ele e mordeu o lábio inferior igualmente visto que ele havia soltado o próprio sutiã. Retirou a peça, deixando de lado, assim como a camisa e expôs os seios a ele, só esperava que ele não fosse muito analítico em olhar a si, apesar das pequenas cicatrizes serem perfeitas.
- Quer ficar no meio deles, hum?
Disse, embora se sentisse um pouco envergonhada, achava que ele pudesse achar idiota, era uma novidade para si ter seios.
- Quero.
Hiro sorriu, um misto de timidez ou malícia. Esticou a mão e tocou um deles sentindo preencher a mão mas deu atenção ao pequeno ponto sobre o volume, acariciando seu mamilo com o dígito polegar.
- Mas me deixe agrada-los um pouco.
Disse e expôs a língua, e claro, o piercing, sugerindo. Novamente ela mordeu o lábio inferior e assentiu, interessada. Subiu pouco e sentou-se sobre o colo dele, deixando seu sexo roçar contra as nádegas, deixando os seios na altura de seu rosto.
Hiro suspirou enquanto sentia roçar embaixo dela. Deslizou as mãos para sua saia justa e tocando na coxa, empurrou para cima sua roupa, mostrando mais de suas pernas embora quisesse mais revelar suas nádegas e realmente se esfregar nelas. Subiu com as mãos porém até seus seios, massageou suavemente e beijou seu decote, não se demorando para seguir aos mamilos, acariciando com a língua, endurecendo sob o toque. Ao senti-lo tocar por baixo da saia, Haruna manteve-se silenciosa, não diria nada, a menos que ele tocasse algum lugar estranho. Mas para a própria surpresa, ele subiu a tocar o próprio seio e gemeu, sutilmente, segurando os cabelos dele, numa pequena massagem na nuca.
Hiro lambeu sua pele, deslizando a língua por circula-lo, sentia uma tênue imposição de suas mãos, empurrando a própria cabeça junto a seu peito. Mordiscou com cuidado e desceu entre ambos os seios, até a altura do estômago antes de voltar ao mamilo e morde-lo. Ela suspirou, e era gostoso, adorava o toque nos seios, sentia a pele se arrepiar.
- Ah... Hiro, isso é tão gostoso...
Murmurou e mordeu o lábio inferior. Com a ponta da língua ele continuou a delineá-la, sentindo o gosto de sua pele um pouco adstringente, tinha perfume nela ou creme corporal. Desceu as mãos, conferindo cada centímetro onde podia tocar até que ela dissesse sim ou não, e alcançou as nádegas, deslizando as mãos sobre a roupa, puxando-a para cima, devagar. Haruna sorriu a ele e suavemente roçou as nádegas em seu sexo, movendo-se a rebolar em seu colo, e ele podia tocar as nádegas, desde que não tocasse a parte da frente, tudo bem.
Hiro não impôs seu movimento, mas sentia-a rebolar e esfregar a si contra seu corpo e sua calcinha de renda. Gemeu, baixo e entre os lábios ocupados, quando interrompeu ergueu o olhar para ela.
- Vo... Você quer fazer comigo, hum? Quer fazer amor?
Hiro indagou, não que fosse assim romântico, mas sabia que a delicadeza podia ajudar de alguma forma. Ela sorriu a ele e selou seus lábios, sabia que ele estava excitado, queria fazer, mas sentir-se desconfortável, talvez ainda não fosse a hora daquilo. Selou os lábios dele, acariciando seus cabelos e beijou-o na bochecha.
- Hum, eu quero muito, mas não devemos, Hiro... Me deixa chupar você um pouco mais, ou colocar você entre os meus seios.
- Por que não devemos?
Hiro indagou e bem, tinha a própria resposta sobre o porque não deviam, mas bem, embora namorasse, era apenas um namoro se escola. Queria sua boca, mas queria transar com ela e se ganhava um agrado de seus seios ou boca, não via porque não o restante.
- Está com vergonha?
Haruna sorriu meio de canto.
- Só acho que ainda não é a hora pra fazermos isso, hum? Tenha um pouco de paciência.
Disse a beija-lo no rosto e levantou-se.
- Hum, eu entendo.
Ele disse, embora tivesse um pouco de decepção na voz e a viu se afastar, não tentou interromper.
- Hum, não fique assim. Tenha paciência. - Haruna disse e aproximou-se dele novamente, entre suas pernas, deslizou a língua por ele. - Não quer mais minha boca?
Hiro assentiu e suspirou um pouco mais pesado com o toque de sua língua. Estava decepcionado talvez por não ter mais a esperança de transar com ela naquele dia, mas não tinha intenção de insistir.
- Eu quero.
Esticou a mão até seus cabelos e os acariciou, deslizou até a nuca e puxou-a suavemente por ali em direção ao sexo. Ela assentiu, entendia que ele estava chateado, mas ainda não podia se permitir fazer aquilo, sabia que o mais rápido que o fizesse, mais rápido ele tinha chance de recusar a si pelo que tinha para contar a ele. Devagar o colocou na boca mais uma vez, sugando-o firme. Hiro fitou seus lábios vermelhos, correndo na pele onde deixava os rastros da maquiagem. Sentia sua língua macia e quente, sua sugada firme o contrário do tato de sua boca. Movia-se embaixo dele, investindo. Haruna suspirou, estava um pouco chateada agora, mas continuou. Colocou uma mecha dos cabelos atrás da orelha e lhe deu uma pequena mordida na ponta. Soltou-o só então e ergueu-se, deixando-o se encaixar entre os seios, como havia dito a ele e sorriu meio de canto. Hiro pulsou entre seus dentes diante da mordida, por um momento imaginou quão dolorido seria aquilo se fosse mais forte. Sorriu em retribuição ao sorriso dela ao ver-se entre seus seios, ficou um pouco tímido à princípio, mas tocou-a, pressionando seus seios ao redor de si a medida em que a segurou moveu a pelve.
- Não sente vontade de me colocar em você?
Ele disse e embora estivesse um pouco tímido, não era impedido por si mesmo de falar o que queria. Haruna desviou o olhar a ele conforme o ouviu, negativou.
- Não é isso, Hiro.
Murmurou e pressionou-o entre os seios, firme, ah, e ele não fazia ideia do quanto o queria em si.
- Quero te fazer ter prazer também.
Ele disse e se movia, esfregando-se em sua pele macia, estimulado não só pelo toque mas pelo que via também. Ela sorriu a ele.
- Mas você me dá prazer, só de me deixar fazer isso com você.
Dito, Haruna moveu-se igualmente, deixando-o se roçar em si naquela parte e suspirava, observando seu sexo excitado. Era estranho fazer aquilo, mas gostoso, embora o rosto tivesse o sutil tom vermelho.
- Eu quero tocar você. Tire a calcinha, eu não vou entrar.
Haruna negativou e sorriu a ele, cessando os movimentos.
- Iie, agora não.
Hiro assentiu, um pouco encanado com sua recusa, mas ela deveria estar receosa ou com medo, não iria forçar a barra.
- Mas, quando você quiser, saiba que eu gosto muito de fazer também, não só de receber os agrados.
Ela sorriu e assentiu.
- Escute, eu não quero que me veja sem roupa ainda, eu... Tenho um pouco de complexo e espero que você entenda. Eu preciso ter um pouco mais de intimidade com você pra me expor assim...
- O que? Você é maravilhosa.
- É, mas eu não acho...
- Eu posso fazer você sentir.
Haruna sorriu novamente, mas negativou em seguida.
- ... Espere mais um pouco... E eu prometo pra você que eu farei o melhor sexo que você já teve.
- Hum... - Hiro sorriu e assentiu apenas com um breve movimento da cabeça. - Eu prometo o mesmo.
Ela sorriu novamente e lambeu-o em sua ponta, mas cessou conforme ouviu a campainha.
- Uh, quem vai atender? Eu sem camisa ou você sem calça?
- Ah... Estava tão bom. Eu vou.
Hiro se levantou após ter espaço e vestiu a calça, rapidamente, sem a roupa íntima. Feito isso, deu uma ajeitada como foi possível. Haruna riu conforme o observou e o fitou do sofá enquanto pegava a pizza, não se intrometeu, já que ele disse que iria pagar dessa vez. Após pegar e pagar pelo pedido, meio de canto, evitando o entregador como um possível pervertido por receber a entrega com uma ereção. Após trocar umas palavras com o já conhecido motoboy, Hiro partiu de volta para a sala, deixou a pizza na mesa de centro e voltou o olhar para ela, vendo-a no sofá, sem camisa e a saia encolhida em suas coxas. Ainda estava em pé, admirando-a, teve de apertar a si mesmo, mesmo por cima da calça mal ajeitada. Não queria desrespeita-la, mas queria mesmo conseguir ela naquela noite. Haruna sorriu a ele conforme o viu voltar, havia servido o vinho numa taça e bebeu alguns goles pequenos a espera-lo, não fez nem menção de vestir a camisa de volta. Ao vê-lo voltar com a pizza, sorriu e estendeu a taça para ele, oferecendo.
- Vem.
- A pizza vai esperar um pouco, não vai?
Hiro indagou, esperando a resposta mas provou o vinho antes de colocá-lo na mesa junto da pizza. Haruna assentiu e riu baixinho.
- Vai sim, primeiro eu tenho que terminar o que eu comecei.
Hiro sorriu, curto, mas não se sentou onde estava, como agora ela havia se acomodado, abaixou-se em frente a ela, envolveu sua cintura e a puxou na beirada do sofá colocando-se no meio de suas pernas e empurrou a pelve entre suas coxas, tentando fazê-la sentir a ereção em sua intimidade, mesmo que fosse um pouco mais direto do que costumava até então. Ao senti-lo segurar a si e se empurrar, Haruna estremeceu, achou que ele havia entendido, mas ele havia segurado a si de uma forma, que jurou que ele iria ver o que tinha por baixo da saia. Estremeceu, unindo as sobrancelhas e segurou-o pelos ombros.
- Iie...
Murmurou e estava com medo, tinha muito medo que ele batesse em si, já havia apanhado e havia sido horrível. Ao olha-lo, tremia, as mãos estavam trêmulas quando tentou afasta-lo.
- Calma, estou com a roupa, não vou perfurar sua lingerie.
Hiro disse, percebendo seu toque trêmulo, havia a deixado com medo? Só havia roçado o corpo no dela.
- Só vou tocar você um pouco, quero sentir seu corpo, Sensei. Não vou entrar.
Disse e estava excitado, imaginando ter o sexo em seu corpo quente e úmido. Se aproximou, beijando seu pescoço. Haruna estremeceu novamente ao sentir os beijos dele, mas negativou, segurando-o em seus cabelos, estava tentando ser otimista.
- ... Você já fez com a Miyuki... Atrás?
Hiro estava surpreso com a pergunta, e embora quisesse mostrar isso, não fez, não queria parecer um adolescente inexperiente.
- Miyuki não faria isso. - Imaginava se ela não estava tentando ser agradável demais. - Eu gosto da frente. - Disse e deslizou as mãos em sua calcinha, nas laterais e tentou vagarosamente tirar, mas foi cauteloso. - Eu não vou ser mau com você, só quero te chupar como fez comigo.
Haruna uniu as sobrancelhas novamente e segurou as mãos dele conforme guiou as mãos para a própria roupa.
- ... Só me prometa uma coisa... Se você não gostar do que vai ver... Eu pego minhas coisas e vou embora numa boa, tudo bem?
- Impossível, você é linda. - Hiro disse e pegou a mão dela, levando-a até a ereção. - Está fazendo isso comigo.
Haruna tocou-o sobre a calça e sorriu a ele, meio de canto, assentindo.
- Pode... Pode tirar.
Hiro deslizou os dedos no cós da lingerie, sentindo sua pelve, mas não tirou tão logo, não ia se apressar agora. Quando voltou a enlaça-la, esfregou-se novamente entre suas pernas, tentando sentir no corpo excitado a maciez de seu âmago e porra, como queria sentir entrar em sua intimidade, queria-a sentir quente e úmida, mas sabia que precisaria de um preservativo. Mas claro, não havia sido autorizado a transar com ela, mas sim usar a boca, no entanto não estava impedido de excita-la até conseguir isso. Tocou a própria calça e se afastou, apenas o suficiente para expor o que fazia, tentando mostrar o corpo para ela e estava mesmo bem em pé ali embaixo, estava duro e perfeitamente pronto.
Haruna sorriu a ele, estava nervoso, estava visivelmente nervosa. Mordeu o lábio inferior, indecisa sobre aquilo, ele estava duro, mas... Também estava, e machucava, queria fazer com ele, mas tinha medo, tinha muito medo. O puxou para si, suavemente, fazendo-o se levantar e sentado ainda, guiou as mãos para a roupa, estava tímida e ainda tremia, ainda estava nervosa, ainda achava que ele iria bater em si por ter enganado ele ou algo assim, mas na verdade era só uma pessoa, não havia enganado ele, não fazia isso de propósito, gostava dele. Devagar, retirou a saia que usava, deixando no chão e só pela roupa íntima, não sabia se ele poderia ver, mas enfiou a mão dentro da roupa íntima, sutilmente, e ajeitou a si dentro dela, só então retirou a roupa, e ao contrário do que ele queria, expôs a ele o próprio sexo, ereto como o dele, e não o olhou nos olhos, tinha a cabeça pouco abaixada.
- ... Eu... Sinto muito.
Hiro afastou-se conforme ela sugeriu, ficou um pouco confuso já que ela ficou no lugar. Mas a assistiu se despir, sob o toque de suas mãos trêmulas tirou a saia justa e mostrou sua calcinha. Via suas pernas torneadas e não conseguia ver razão para timidez no entanto, seguiu com a mão para dentro da roupa e conforme se ajeitava, quase antes dela tirar a lingerie, pôde ver o que estava embaixo, o que deu volume em sua calcinha. Por um momento ficou com vergonha e colocou a mão em frente ao corpo viril, era um reflexo, nem sabia dizer a razão. Só não sabia com o que se impressionava mais, com o fato dela ter um pênis ou com o fato dele estar duro por si. Haruna desviou o olhar a ele, sutilmente, tentando notar sua expressão, e por algum motivo ele parecia assustado, já esperava isso.
- ... E-eu não quis enganar você, nem nada... É que eu... Eu realmente gosto muito de você, mas...
Hiro ouviu dizer, mas estava tragando a informação, olhava para ela, olhou para seu sexo, bem diferente do que havia fantasiado certamente, então, ela era um homem? Não soube o que dizer. Haruna o fitou, e viu ele parado por quase um minuto inteiro. Tinha pequenas lágrimas olhos, imaginou realmente que ele não fosse querer continuar, devia ter esperado, era uma tola. Pegou as próprias roupas no chão novamente.
- Eu vou embora.
Se muito pensava, Hiro não sabia exatamente o que fazer com aquilo, mas a viu buscar suas roupas e soar firme ao dizer que iria embora, mas ainda tinha um toque trêmulo na voz, tal como seus dedos amarrotando a camisa, parecia segurar com força. Bom, estava surpreso, muito mais do que se ela simplesmente houvesse dito, mas estava vendo. Se abaixou novamente, como estava antes, por alguma razão estava um pouco tímido sobre aquilo, mas não demonstrou de fato, exceto por algum rubor. Não tinha sentido raiva ou vontade de bater nela, por sinal, não havia sequer visto ela como um homem, ainda que houvesse algo inegavelmente masculino ali.
- Acho que... Tem que ser atrás.
Ela desviou o olhar a ele conforme o ouviu e uniu as sobrancelhas, então... Ele ainda queria fazer consigo?
- ... Você ainda quer?
Hiro estava tão surpreso, era repentino, mas olhava para ela e ainda a queria, ainda mais quando via seus dedos apertados na roupa e seus olhos pequenos marejados. Quer dizer, não era atraído por homens, mas não a via de uma forma diferente agora.
- Sim, você continua muito bonita.
Haruna sorriu meio de canto e limpou os olhos com o dorso da mão.
- Eu... Eu sou trans, estou mudando ainda, mas... Eu serei uma mulher um dia.
Hiro tocou seu rosto, limpando o rastro da maquiagem que borrou suavemente ao lado de seu olho. Estava ainda atônito, embora pudesse agir com normalidade para ela.
- Será? Você não é uma?
Haruna novamente sorriu ao ouvi-lo e assentiu, chamando-o com uma das mãos, ele era maravilhoso, não sabia como descrever como ele havia deixado a si feliz agindo daquela forma.
- Achei que ia me bater.
Ele negou, não havia sequer passado pela cabeça, mas àquela altura, não estava exatamente duro. Não que não a achasse atraente, mas porque havia levado um baque. Olhou para os olhos pequenos dela, estavam cintilando, mas desta vez, não parecia ser choro. Haruna desviou o olhar ao corpo dele, e não estava mais ereto, o que foi de certa forma, decepcionante. Puxou-o para si pelos quadris e o beijou no abdômen.
- Ah, não... Não fique mole, eu... Eu ainda sou sua garota, não sou?
Hiro se aproximou ao ser puxado e sentiu o beijo que ganhou no peito, aproveitou para desabotoar a camisa que ainda usava e tirou-a, ficou apenas com a boxer. Sorriu, achando graciosa a forma como falou.
- Você é?
Haruna sorriu a ele e selou seus lábios visto que abaixado.
- Sou. Ainda podemos fazer atrás... - Disse, pouco tímida. - É... É apertado e quentinho também.
- Hum, te prometi um sexo gostoso.
Hiro disse e daquilo não tinha dúvidas, certamente era mais apertado do que seria na frente. Selou seus lábios e roçou com a língua, deslizando o piercing ao delineá-los, estava recomeçando. Haruna retribuiu o selo nos lábios dele, e retirou os saltos, deixando de lado, assim como a roupa íntima, mas manteve-se com a saia, puxando-a para cima novamente, achou que seria melhor que ela cobrisse o corpo naquela parte, ele não precisaria lembrar que tinha um pau.
- Eu também prometi.
Devagar Etsuo seguiu o rumo para a escola dele, sabia que ele estava em uma aula extra curricular, então, podia fazer exatamente o que queria, sozinho. Ao adentrar o local, silencioso, procurou alguns alunos por ali, era noite, poucos estavam no local, sabia onde o garoto estava, amigo dele, o garotinho que costumava segui-lo pela escola, ele era o alvo naquele dia. Seguiu rapidamente pelo corredor, como uma sombra e avistou-o no corredor, sabia exatamente a hora que acabaria sua aula. O pegou pelo casaco e carregou consigo para dentro de uma das salas, empurrando-o em direção a parede.
- Eh? Meu Deus, é uma assombração!
- Se gritar, eu arranco sua garganta.
- ... Você é o irmão do Ritsu?
- Eu vou falar só mais uma vez, não chegue mais perto do meu irmão.
- E-Eh?
Retirou do bolso o papel com a mensagem dele, uma carta que ele havia escrito a mão para o irmão, havia deixado em sua mochila, e por sorte, o irmão não havia visto, quem havia pego era a si, sempre mexia na mochila dele, sabia que era doente, sabia que o ciúme era muito grande, mas não podia evitar. Amassou a folha e jogou contra a face do garoto que se encolheu.
- Você me ouviu?! - Etsuo falou, firme e rosnou, expondo as presas. - Um garoto pequeno como você, eu posso facilmente beber todo o seu sangue em menos de dois minutos, pode sentir medo, ele deixa tudo mais gostoso, assim que esvaziar você, se eu pegar mas alguma coisa sua, eu vou cortar você inteiro, vou espalhar seus pedaços pelo quarto dos seus pais, e ainda faço questão de colocar sua cabeça bem na frente da sua casa, fincada na cerca, você me entendeu?
Observou os olhos dele, estavam cheios de lágrimas, era um maldito, tentava ter raiva do garoto, mas por dentro senti pena, podia sentir cada pequena gota de medo que o percorria, sabia que estava quase desmaiando, mesmo assim, mesmo conhecendo a si, ele era capaz de ferrar com a própria paciência sempre.
- E-Eu não quero magoar o Ritsu, eu só... Só queria...
- Você não quer nada! Você ouviu? Você não quer porra nenhuma, você quer ficar longe dele, você me ouviu?
- T-Ta bem...
- Ótimo, esse vai ser o meu último aviso. Saia, e vá direto pra saída, eu estou te observando.
Dito, Etsuo o viu assentir e seguir para a saída, devagar, com suas pernas trêmulas, e correu pelo corredor, passando mesmo pelo próprio irmão, e nem olhou para trás.
Ritsu guardou os materiais dentro da bolsa-carteiro, que após reunir todos os pertences colocou no ombro e despediu-se do professor. Ao sair da sala, se sentia um pouco cansado naquele dia, não sabia exatamente o porquê. Seguiu pelo corredor, imaginando se podia levar algum chocolate para o irmão, ele andava realmente atraído pela alimentação humana, sempre gostou, mas parecia cada vez mais presente, desse modo passava a levar alguns aperitivos novos para que ele provasse. Avistou no entanto o colega de classe, que imaginava que àquela altura já havia ido embora. Mas acelerava seus passos, parecia frouxo, quase atordoado e tinha o rosto vermelho, os olhos também.
- Haru... - Disse, mas ele parecia ignorar a si, o que consequentemente fez com que se virasse e segurasse seu pulso. - Haruki. - Disse e o puxou de leve, tentou ver seu rosto. - Oy... - Não tendo percebido do irmão alguns metros atrás de si. - Eu vou te levar pra enfermaria.
Etsuo sentiu o cheiro dele, sabia que ainda estava por perto e ao sair da sala, seguiu em direção ao corredor, observando-o dali, com os olhos amarelos brilhantes, ele poderia ver a si, saber que estava ali, e que sabia que ele estava com o outro, via a mão do irmão em seu pulso, o via olhar o irmão e estreitou os olhos.
- M-Me solta! Me solta!
O menor disse a Ritsu, estava com medo, ou nunca teria falado daquele modo com ele, soltou o pulso, com pouca dificuldade e novamente correu em direção a saída.
- Haru ...
Ritsu murmurou quase lamentando, não havia entendido nada. Chegou a tomar novamente seu pulso após o desvencilho e puxa-lo para si, tentando segura-lo para entender, mas após sentir seu corpo debater, deduziu que precisava ir. Esperava no entanto que nada se passasse de mal, sabia que sua situação familiar não estava das melhores, talvez alguma notícia ruim? Pensou, mas não poderia ajudar. Após a saída do garoto, Etsuo adentrou a sala de aula e deu a volta, saiu pela janela e adentrou a escola pela frente, esperando ali o irmão que sairia para ir para casa.
- Ritsu. - Falou, erguendo uma das mãos.
Após se ajeitar, Ritsu acabou mesmo se esquecendo de passar pela cantina, havia marcado de comprar um suco de uva verde que a mãe gostava e que havia pedido para levar. Deixou o colégio, tinha sono e também curiosidade de saber o que acontecera pouco antes.
- Aniki.
Disse a ele ao vê-lo então, seguiu para sua direção até encontra-lo. Etsuo observou-o conforme se aproximou, num sutil sorriso de canto, estava irritado, vê-lo segurar o garoto pelo pulso, puxá-lo, se importar, era irritante.
- O que estava fazendo até essa hora aqui?
- Eu tive aula extra, esqueceu? Tudo bem estar tão exposto nesse horário?
- São seis da tarde. Estava sozinho?
- Mas parece claro hoje. - Ritsu mencionou. - Estava em aula, mais pessoas estavam na classe.
- Hum... Entendi.
- Alguma coisa aconteceu?
- Vi você e o garoto.
- Que garoto?
- Que garoto, Ritsu?
- Que garoto, Etsu? - Ritsu o respondeu com ele mesmo a si. Porém ligou à reação perturbada do amigo minutos antes da saída. - O que você fez?
- Eu não fiz nada, você que segurou o braço do trouxa do moleque!
Por um momento, Ritsu tentou observar ao redor a fim de saber se virava alvo do olhar alheio diante do timbre do irmão.
- O que você fez com ele?
- Eu não fiz nada com ele, caralho.
- Então por que você estava lá?
- O vi daqui.
- Não está dentro do campo visual, Etsuo.
- Pareço ter sangue dele na minha boca?
- E você só sabe morder?
- Não encostei nele.
- E nem precisou.
Ritsu disse e por fim se pôs a andar, Etsuo andou, junto dele.
- Que porra? - Disse a segurar o pulso dele. - O que está fazendo?
- Estou indo embora.
Ritsu disse ao interromper o caminho, desvencilhando a segurada dele, que era habitualmente firme. Etsuo estreitou os olhos e segurou seu pulso novamente.
- Vai fazer isso de novo? Por causa de um garoto idiota?
- Estou fazendo o que, Etsuo? Estou indo pra casa. Você está falando alto, você veio atrás do meu amigo pra fazê-lo chorar.
- Por que será que vim fazer ele chorar, não é?
- Por quê?
- ...
Etsuo suspirou, sabia que se contasse sobre a carta, podia despertar interesse no irmão, e não podia fazer isso, o quão difícil era ser sempre o único pra ele?
- Por quê? - Ritsu indagou, enfático. - As pessoas não escolhem quem elas devem gostar, Etsuo. Elas simplesmente se apaixonam e você não pode dizer por quem. Somos amigos e ainda que ele sentisse qualquer coisa, ele nunca sequer disse a mim.
Etsuo arqueou uma das sobrancelhas, irritado e passou por ele, seguindo o caminho em direção a própria casa. Sem dizer nada, Ritsu o viu soltar o pulso. Detestava aquele hábito, porque ele nunca soube se controlar. Como ele, seguiu o caminho de casa, não trocou consigo nenhuma palavra, até se sentir farto o suficiente de curiosidade.
- O que você disse a ele, Etsuo?
Etsuo seguiu silencioso embora quisesse prende-lo no quarto e nunca mais deixa-lo sair, tinha consciência de que não podia fazer isso.
- Por que você quer saber?
- Eu quero saber. Você já tinha feito isso e mesmo daquela vez ele não ficou assim. Você tocou nele?
- Não encostei nele, já falei.
- Hum. - Ritsu assentiu, acreditando nele. - Me fale, ele estava tremendo, ele parecia querer desmaiar, achei que a mãe dele havia morrido.
- Não quero falar, não há porque você se importar tanto com um humano inútil.
- Ele é um amigo, aniki. Você tem amigos. Não pode esperar que eu conheça apenas você e nossos pais. Ele é apenas um garoto.
- Você também é apenas um garoto. Ele é passivo, bem mais do que eu, é humano, é jovem. Quanto tempo até me deixar?
- Que tipo de baboseiras está falando, Etsuo? - Ritsu disse, totalmente fora de sua linha de raciocínio. - Você é passivo e também é jovem. São três anos, não trinta anos.
- Eu sou vampiro. Não é a mesma coisa, eu não vou envelhecer com você, não vou poder te dar filhos, não sou fofo e pequeno.
- O que há de bonito em envelhecer? Eu nunca disse que queria tudo isso.
- Disse que não sabia se queria ser um vampiro.
- Quando eu disse isso? Provavelmente há tanto tempo que já não me lembro.
- É, pois é, eu me lembro! E é algo que eu faço!
- Ser paranoico também. Não fará isso novamente.
- Eu faço o que eu quero. - Etsuo disse e entrou em casa.
- Não faz, Etsuo. Você precisa me ouvir também. - Ritsu disse ao entrar em casa, logo após o moreno. - Você não vai fazer o que quiser.
- Vou fazer sim! Você não sabe de nada!
- Não vai, Etsuo. Eu sei das coisas, eu não sou burro ou inferior a você.
O maior estreitou os olhos e negativou.
- Ritsu, não me amole.
- Quer saber, não vale a pena.
Ritsu disse, aborrecido. Ele tinha aquele ar desrespeitoso, queria ser capaz de repreende-lo por isso, mas não podia.
- O que não vale a pena?
- Fala! Fala pra mim o que não vale a pena!
- Falar com você, você acha que pode tudo. Mas deixa eu te dizer, não pode.
Etsuo estreitou os olhos e assentiu.
- Esqueça.
Ritsu fitou o moreno e por fim seguiu ao próprio quarto. Estava cansado e discutir com ele era ainda mais cansativo. Ele tinha gênio forte, mas sabia que era um bom garoto, ainda assim estava infeliz, se perguntava como estaria o amigo. Etsuo seguiu em direção ao próprio quarto, e na verdade, estava puto, pra dizer o mínimo, o que ele havia dito, que se apaixonar não era questão de querer, era ainda pior, o que significava que ele podia se apaixonar pelo garoto mesmo que não quisesse. Se sentia um lixo e fez questão de deixar isso claro pelo barulho alto do espelho que se partiu em mil pedaços no banheiro, compraria outro, era sempre assim, e a mão voltaria ao normal quando bebesse sangue. Nada daquilo teria acontecido se não fosse tão cabeça dura e se conseguisse manter a boca fechada, se odiava por ser tão ciumento, e por nunca pensar direito, se odiava, e aquilo já era algo comum. Adentrou o chuveiro, deixando a água quente cair sobre o corpo, e levar com elas os pequenos pedaços do vidro no punho, fazia questão que fosse quente, podia sentir queimar a pele, não se importava, queria se castigar de alguma forma.
O resmungo do vidro era uma evidência de sua fúria imatura. Ritsu se perguntava porque ele era assim, porque tão impulsivo e estupidamente incontrolável por si mesmo. Não tinha pais assim, eram na verdade tão diferentes, o irmão era diferente sendo apenas o próprio irmão, gostava dele mas era incapaz de compreende-lo em seus acessos de raiva. Negativou por si mesmo e trancou a porta, não queria falar com ele. Silencioso, Etsuo sentou-se no chão no banheiro e permaneceu ali, sentindo a água cair pelas costas, não se moveu. No quarto, ouvia o vibrar do celular sobre o móvel, e odiava o fato dos pais poderem sentir tudo o que sentia, não iria atender.
♦
Já era um pouco tarde quando Ritsu acordou após um cochilo não de fato tão breve. Imaginou que àquela altura o irmão já havia ido para aula, provavelmente iria sair com seus amigos, aborrecido como estava, era o que ele costumava fazer. Ao deixar o quarto, a casa estava escura, buscou o caminho na cozinha e por alguns minutos observou o celular, digitou uma mensagem de texto, na tentativa de tranquilizar o amigo. Não nutria sentimentos pelo rapazinho, eram simplesmente bons amigos, ele era um kouhai e era assim que o via, sem mais. Deixou o celular ao lado enquanto buscava utilitários para usar na cozinha, tomaria café. Etsuo não saiu, como ele achava que tinha feito, na verdade, estava em casa, e ao ouvir o barulho do irmão, levantou-se, estava um pouco irritado ainda com ele, mas queria vê-lo, sentia falta dele de alguma forma. Ao seguir junto dele, chegou silencioso, quando por fim viu a tela de seu celular e estreitou os olhos, pegando o celular dele a ler a mensagem.
Ritsu ouviu o barulho pela cozinha, havia vindo tão sorrateiro quanto um gato, virou num sobressalto, quase um pulo e viu-o olhar o celular. Não disse nada, observou o moreno, não constaria o fato de que ele estava em casa. Esperou que ao menos uma mensagem que evidentemente tranquilizava o garoto sem maiores cortejos fosse filtrado pelo irmão.
"Me desculpe pelo meu irmão. Não precisa ter medo dele, não fará nenhum mal a você, eu prometo".
- Não farei mal a ele? - Riu, sínico.
O sorriso de Ritsu soou quase copioso, embora fosse mais sutil e soprado que o dele. Virou-se para pegar a cafeteira, percebendo na verdade que rapidamente havia terminado sem fome.
- Não vai.
- Até quando você vai demorar pra entender que eu faço o que eu quiser?
- Não seja estúpido. Você não é um Deus.
- Sou sim.
- Ah, claro que sim. - Ritsu sorriu, imaginava que o irmão estava apenas provocando, se virou novamente para ele. - Não fará mal a alguém que eu gosto, fará?
Disse, na verdade quis dizer como diria sobre um irmão ou um pai, não o tipo de gostar que constantemente rondava sua cabeça. Imaginava que daquele modo diria que não daria nada que pudesse aborrecer a si.
- Você gosta dele?
Etsuo disse novamente sínico e negativou, jogando o celular dele no armário, que deslizou e foi de encontro ao chão. Ritsu viu o movimento do celular, deslizando na bancada, seguiu até o chão para pegar e esfregou gentilmente a tela no suéter desalinhado que estava usando.
- É um bom garoto.
Etsuo estendeu a mão.
- Me da.
- Não, pra você jogar de novo?
- Não, dessa vez eu vou quebrar.
- Vou quebrar ele em você, isso sim.
- Então quebra. - Etsuo disse a estreitar os olhos. - Não quero mais você com esse moleque!
- Etsu, você não é meu pai.
- Você que sabe, eu vou matar ele.
- Você não vai tocar nele, Etsuo.
Ritsu disse, não acreditava mesmo que o irmão pudesse, mas não daria vazão para ele achar que sim. Não nutria nenhum sentimento amoroso pelo amigo e era justamente por isso que colidia com o moreno, porque não existia nada de mais. Gostava dele, ainda que isso não se passasse em sua maldita cabeça.
- Vou tocar sim! Você não manda em mim e não pode fazer nada pra me impedir!
- Uh. - Ritsu murmurou quase risonho, sabia que não podia fazer nada além de dizer a ele. - É, não sou forte como você, fale na cara, Etsuo, ao invés de jogar indiretas. Você não vai tocar nele. - Disse e até se pôs defronte a ele.
Etsuo estreitou os olhos.
- É? Assista.
Disse e virou-se, seguindo em direção a porta. Ritsu o amaldiçoou por se sentir tão imponente.
- Devia se envergonhar de amedrontar um garoto como ele, Etsuo. Ele é pequeno e tão ou mais fraco que a mim.
- É por isso mesmo que eu quero arrebentar a cabeça dele!
- Se você fizer algo a ele eu vou embora daqui, Etsuo. Posso não ser capaz de te segurar, mas posso não estar aqui pra assistir você.
- Você vai me deixar por um garoto?
Ritsu não respondeu, não iria. Na verdade não apenas por um garoto, era por um amigo e não apenas por ele, mas pelo irmão.
- Você precisa voltar a ser o meu irmão. Ele não fazia isso.
- ... O que?
Ritsu negativou, maldição era gostar mesmo de seus piores defeitos. Virou-se para a cafeteira, prepararia o café, mesmo sem vontade.
- Não quero brigar com você.
Etsuo negativou, irritado e pegou da mão dele seu celular, atirando pela janela da cozinha em direção ao térreo do prédio, não disse nada, somente saiu e seguiu para o próprio quarto. Tão rápido quanto o tomou, atirou pela janela e então partiu para seu quarto. Ritsu o fitou, desta vez certamente aborrecido e marchou logo após ele.
- Caralho! Tinha coisas importantes naquela porra de celular, Etsuo!
Etsuo arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo.
- Foda-se, compra outro!
- Não tenho como comprar as informações do celular, seu filho da...
Por desencargo de consciência, Ritsu buscou mesmo o celular do irmão e jogou como ele jogara o próprio. Etsuo estreitou os olhos ao vê-lo jogar o próprio celular, porém assentiu em seguida.
- Foda-se, eu não tenho conversinha importante com amiguinho.
- Não tem conversinha, mas não vai se esquecer das fotos que tinha nele.
- Eu tenho backup no computador.
- Ah é?
Dito, Ritsu buscou o notebook do irmão, travaria uma batalha com ele se necessário.
- Para caralho! - Etsuo falou a ele e segurou o notebook. - Solta essa merda.
- Talvez eu devesse quebrar sua cabeça, não precisaria quebrar o celular ou o notebook.
- Quer saber? Vai tomar no cu. - Etsuo falou a ele e pegou o notebook. - Vai você e seu merda de amigo.
- Ah, você quer que eu vá tomar no cu com ele? Achei que estávamos brigando porque não queria que isso acontecesse.
Ritsu disse, aborrecido, deu de ombros, não tinha conversas com os outros, se ele tivesse um pouco mais de sanidade veria que na mesma aba de mensagem que ele viu, não tinha exatamente conteúdo além de trabalhos de escola. As mensagens do celular eram dele. O conteúdo de algumas das aulas, teria de pegar depois. Negativou, estava com dor de cabeça. Olhava pra ele e via o irmão como aquele pirralho de 14 anos que costumava ser quando a si tinha apenas 11.
- Eu não quero brigar com você. Você está agindo feito um louco por nada, me faz sentir que estamos num abismo.
Etsuo olhou o rosto do irmão, viu suas expressões, não era acostumado ao ouvi-lo falar assim não costumava ser tão drástico, só então notou que talvez estivesse novamente sendo um idiota e deixando o ciúme dominar a si. Silencioso, virou-se, e seguiu em direção ao quarto, e ao dar as costas para ele, naquela luz, talvez ele pudesse ver as marcas avermelhadas nas costas, onde havia queimado com a água quente do chuveiro, não eram simples marcas para um vampiro. Ao entrar, deixou o notebook de lado e deitou-se na cama.
Diferente dele, Ritsu não havia levado a um patamar tão profundo aquela briga, na verdade havia se sentido como meninos que eram como irmãos, embora não tivessem o hábito de discutir tão frequentemente. Não sabia medir a profundidade de fragilidade dele, afinal era normalmente agressivo, tentando se esconder em sua autivez por ser um vampiro, conhecia no entanto o fato de que era sensível, mesmo que não soubesse o quanto. Seguiu logo após ele, desligando a cafeteira, havia visto sua pele ferida e sabia que assim estava justamente por sua intensidade habitual. Ao entrar em seu quarto, não pediu licença para se deitar a seu lado, sabia que estaria ainda rancoroso, mas não queria continuar com aquilo, afinal parecia uma bola de neve, parecia que uma discussão estúpida havia tomado uma proporção desnecessária.
Etsuo suspirou, estava chateado, e não era pouco, sentia as lágrimas escorrerem pelo rosto e mesmo que ele achasse ser uma briga estúpida, não esperava nunca ouvir aquilo do irmão, por isso era tão doloroso. Ao vê-lo entrar, manteve-se em silêncio, limpando o rosto, sem se virar. Ritsu acomodou-se na cama, ajeitou-se como pode em seu espaço. Tentou dar a ele um meio abraço, como costumavam estar deitado. Por alguns minutos fez silêncio até estarem calmos no mesmo ambiente há algum tempo.
- Não quero brigar com você, não estava falando seriamente, tentei agir como fazíamos quando crianças. Não me dei conta de que as coisas nunca seriam como antes.
Etsuo desviou o olhar a ele, meio de canto, não virou-se realmente de frente para ele, não inicialmente. Suspirou, permanecendo assim por um algum tempo ainda, e só então se virou.
- Você não é mais só o meu irmão.
- Eu sei.
Ritsu sussurrou em resposta. Levou a mão para seu rosto onde repousou-a. Por um tempo ficou em silêncio, deu a ele um breve carinho na nuca, sentindo seus cabelos. Etsuo suspirou, abraçando-o e ali ouviu os batimentos do coração dele, calmo, sua pele quente, seu toque macio. O menor virou-se para ele, pouco via diretamente seu rosto, mas beijou sua bochecha e sua testa. Sentindo o cheiro que ele tinha depois do banho.
- Eu preciso tocar você, uh? - Disse baixo, mas audível na proximidade.
- Pode me bater.
Etsuo disse e suspirou, não se importava de fato, ele não faria muito diferente de si, se castigando.
- Não quero te bater, quero fazer amor com você. Quero te tocar.
Etsuo ergueu a face, observando-o.
- Quero transar com você. Quero fazer por cima, que abra as pernas pra mim, eu quero ver você as segurando, e quero que me sinta duro em você, pra saber que você não precisa ser pequenino ou frágil para ser meu e pra me excitar. - Ritsu disse e tomou a mão do moreno, levando-a para o próprio sexo. Desvencilhou porém conforme chegou mais perto e se acomodou entre suas pernas. - Quero que se sinta meu. Você é meu, não é?
Disse e beijou seu pescoço, o mordeu como se fosse um vampiro, ele gostava daquilo. Não falava apenas para tranquiliza-lo, ainda que fosse, falava porque era exatamente o que queria, queria ele e queria que ele soubesse o quanto queria.
Taa desceu as escadas da casa, adentrando a boate e procurou visualmente o marido, porém o cheiro fora mais forte, afinal, já estava acostumado a ele. Aproximou-se da mesa onde ele estava, mesmo que visse apenas seus cabelos loiros pelas costas e guiou uma das mãos aos olhos dele, tampando-os e puxou a cabeça dele para trás, selando-lhe os lábios e deixou gotejar poucas gotas de sangue dentro da sua, que pingavam da própria língua, em seguida lambeu os lábios e sorriu, mesmo com olhares de vampiros próximos, que pareciam estar morrendo de fome. Ikuma pendeu-se conforme o gesto e sentiu o deitar de seus lábios sob os próprios, o toque fel de seu sangue apenas num rastro sutil que não demorou a sê-lo esvaído. Seu sorriso que embora não visto, retribuiu.
- Hum, sinto cheiro de virgem.
Taa mordeu o lábio inferior do outro e soltou-o, dando a volta no sofá e sentou-se sobre o colo dele.
- Gosta de sangue de virgens é?
Ikuma passeou visualmente em seu caminho, até que no colo estivesse. Pousou a mão sob seu quadril, onde o apertou.
- Se gosto de sangue de virgem? Gosto de outra coisa virgem.
- Fala no meu ouvido porque estamos em público. - Taa aproximou-se e riu.
- Não, mais tarde eu te mostro.
- Poxa, nunca fala.
- Nunca falo, é?
- Nunca quando eu pergunto.
- Que mentiroso, está ficando um vampiro velho.
Ikuma deu-lhe um tapa sob o quadril e desviou ambas as mãos em sua barriguinha, acariciando-a. Taa riu baixo e sorriu a ele.
- Está aparecendo?
- Você é uma lagartinha, qualquer volume faz uma diferença. Se é que me entende.
- É que eu comi uma mosquinha. - Taa riu.
- Uma mosca, foi? Vou te falar o que você comeu. Foi maior que uma mosquinha.
- Olha o pessoal na mesa. - Taa riu.
- Já comeram?
- Estava esperando você.
- Quer sair pra comer?
O maior assentiu e sorriu a ele, porém o sorriso cessou ao ouvir o barulho alto do outro lado do bar, desviou o olhar ao local e uniu as sobrancelhas, aparentemente era um vampiro arrumando briga com o outro, porém havia empurrado-o sobre o balcão e cravado os dentes em seu pescoço de modo rápido.
- Isso é frequente por aqui?
- Não, mas geralmente acabam saindo juntos. Sempre acaba na cama.
- Ah é?
- Nada melhor, ah?
- Vamos?
- Depois que levantar essa bunda gostosa das minhas pernas, nós vamos.
- Hum...
Taa moveu-se sobre o colo dele, rebolando e logo levantou-se.
- Você adora dar uma rebolada, ah?
Ikuma deu-lhe um tapa visto que se levantou.
- Sabe disso. - Taa falou a segurar a mão dele.
- Eu estava lembrando do quão macho você era.
- Lembra quando transamos aqui, hum?
- É claro.
Ikuma seguiu entre os vampiros no salão até a saída dele, levando consigo o rapaz a frente.
- Hum, eu gostei de fazer na frente deles.
- Todos gostamos, exibicionista.
- Ah é?
- O que quer comer, hum?
- Hum... Não tenho muita ideia do que comer sendo vampiro. Mas seria legal se fossemos caçar.
- Já te levei num restaurante, não lembra do coração? - Ikuma riu. - Achei que não gostaria de me ver mordendo alguém.
- Lembro, mas... Não quero lembrar mais. - Taa riu. - É tem razão, vamos ao restaurante então.
- Pode comer bife mal passado.
- Só se for bem mal passado, estou morrendo de fome. Ah espera...
- Vamos, não posso deixar minha cria passar fome.
- Então vamos.
- Vem, vamos de carro.
- Ah, é longe?
- Não lembra mais?
- Vamos no mesmo?
- Lógico, onde mais você vai encontrar comida boa se não no Ryoga?
- Hum, você puxa muito o saco do Ryoga, não sei não.
- Nem insinue isso, ele é só um amigo.
- Sei.
♦
- Ikuma, estou cansado de você ficar na boate até tarde. Estou cheio, foi a gota d'água essa vadia ter descido aqui perguntando de você, eu vou expulsar todo mundo dessa porra!
Taa falou e pegou uma vassoura na cozinha, seguindo em direção a escada.
- Sh sh... - Ikuma disse, seguindo até o mais alto e tomou posse da vassoura que sequer sabia de onde havia tirado. Levou-a de volta a qualquer posto dali. - Hey, não seja louco, seu marido é sexy, só isso. - Brincou, provocando-o.
- Meu marido é sexy, tem que ser sexy pra mim no quarto! Não pra essas vagabundas! Me devolve essa vassoura.
- Eu não sei porque ela veio perguntar, provavelmente queria dedurar alguém, não seja dramático, Taa.
- Eu estou sendo dramático? Se entrasse alguma menina aqui me procurando eu seria dramático? A Shizuka estava aqui, fiquei com cara de idiota.
- Qual o problema? É nossa filha. Ela provavelmente sabe que eu não fiz nada errado.
- E você deve achar legal ficar entrando e saindo vagabunda daqui quando quer? Nós temos filha pequena Ikuma.
- Taa! Eu não entrei com ninguém aqui, não seja estúpido. Temos uma filha pequena? Não é como se ela fosse ver eu fodendo aquela mulher. E a Shizuka não tem mais cinco anos, ela já é adolescente.
Taa estreitou os olhos e virou-se.
- Certo, foda-se.
Subiu as escadas e bateu a porta quando saiu. Ikuma observou o outro a deixar o cômodo e franziu o cenho a processar o ocorrido. Não entendia o ciúme, ou quem sabe entendesse um pouco, mas já havia se justificado. Não entendera o motivo de sua saída, ou da forma drástica como lidou com a situação. Sentou-se, esperando um tempo, talvez uns dez minutos, ou não, cinco certamente e levantou-se a procurá-lo pela boate, o que não encontrou.
- O Taa passou aqui? - Perguntou ao barman que notificou sua saída. - Pff, mas que porra...
Taa saiu da boate, irritado, era um idiota, não entendia as próprias palavras que havia acabado de dizer, indelicado como sempre fora, e se irritou o suficiente, não ficaria ali, queria que ele entendesse. Andou por um tempo, ou até mais do que devia e um tempo depois parou numa praça, longe do bar, pelo menos ali ele não acharia a si e estreitou os olhos, cruzando os braços.
- Mas é idiota... Ciumento.
Ikuma disse, mas claro que sorriu sobre o fato, ainda que não tivesse paciência para as discussões, gostava de vê-lo enciumado. Esperou fora da boate um tempo mais e observou a filha que dançava mas parecia igualmente confusa. Pegou as chaves do carro um pouco mais tarde, sabia que se estivesse com vergonha mesmo assim não voltaria, ou talvez orgulhoso demais pra ver que não tinha nada de mau, do contrário a garota não teria ido lá. Filha da puta, pensou, seria a causadora da própria aposentadoria. E ao entrar no veículo, dirigiu devagar até encontrá-lo numa distância considerável. Era andarilho por acaso? Disse a si mesmo e encostou o carro.
- Quanto a hora?
Taa esperou ali e ao ouvi-lo parar nem pensou duas vezes, estendeu a mão e mostrou o dedo médio. O riso soou imediato em Ikuma ao notar o dedo bem a mostra.
- Hum, o de baixo é tão grande quanto esse?
- Vai pro inferno.
- Pra minha cama? Só se vier junto.
- Sai Ikuma, me deixa em paz.
- Vamos pra casa. Sabe que não fiz nada errado.
Ikuma disse e saiu do carro, seguindo até o mais alto.
- Não vou pra casa. Disse "não é como se ela fosse me ver fodendo aquela mulher".
- E não vai ver mesmo.
- Não seja escroto com as palavras quando falar sobre isso.
- Mas é o que você está pensando. Vamos logo, deixe de drama.
Ikuma disse e segurou-o em seu braço, puxando-o de onde estava. Taa levantou-se e puxou o braço, unindo as sobrancelhas.
- Ai, Ikuma!
- Vamos embora, sei que sabe que está exagerando.
- Solta, está me machucando.
- Então venha! - Ikuma disse ao soltá-lo.
Taa estreitou os olhos e massageou o braço, seguindo com ele ao carro. O menor entrou no veículo e seguiu-o visualmente esperando que entrasse. O maior adentrou o carro, e estava até com medo dele pelo grito, fechando a porta em seguida.
- Você sabe que exagerou, ah? Só queria um motivo pra discutir já que não podia bater na garota.
- Não quero mais ela ali.
- Então policie a entrada.
- Eu vou.
- Nem sei quem chamou na verdade.
- Uma loira que fica sentada no bar.
- Não sei. Depois sou eu quem reparo.
Ikuma disse e ligou o veículo, retomando caminho até a boate. Taa permaneceu em silêncio, observando a janela e ainda segurava o braço onde ele havia puxado antes. O menor observou-o de soslaio, pelo espelho no carro e seguiu no silêncio estranho que pairou entre ambos e que nunca havia ocorrido. Traçou o caminho e que só então notou ser um pouco mais longo do que imaginava, mas parou o carro antes da chegada. Taa uniu as sobrancelhas ao notar que o outro havia parado o carro e deslizou o olhar a ele e em seguida à janela, notando o local vazio e escuro, pela primeira vez sentiu o arrepio na espinha.
- Ikuma...?
Ikuma observou o maior, e no banco do carro, ao lado pressionou onde fez com que deitasse parcialmente seu assento, não demais e ajeitou-se no carro, pegando o outro pela cintura e virou-o de costas em seu banco, mesmo que o espaço não fosse generoso, e consigo compartilhou o mesmo assento. Segurou seus cabelos na nuca com uma das mãos e abaixou sua calça com a outra, sem problemas a fazê-lo.
- Ikuma eu não...
Taa virou-se, como ele queria, e com a facilidade que ele segurava a si não tinha como não fazê-lo, agarrou-se ao banco e uniu as sobrancelhas mais uma vez, desviando o olhar a ele ao senti-lo abaixar a roupa que usava.
- Aqui não...
- Aqui não?
Ikuma indagou, surpreso com a resposta que recebeu, ainda que não fosse um impasse e deslizou o dedo entre suas nádegas, tocando-o logo no meio e pressionou-o, penetrando-o em seu corpo novamente virgem. O maior gemeu baixinho, dolorido e uniu as sobrancelhas, virando-se a observá-lo.
- Não, Ikuma...
- Não, é?
O menor indagou e sorriu ao maior, gostava da manha, era bom vez outra e sabia que no fundo ele adorava aquela imposição. Do contrário, estaria se debatendo e negando com raiva ao invés de simplesmente grunhir. Taa fechou os olhos e abaixou a cabeça, agarrando-se ao banco.
- Vão ver a gente.
Ikuma riu, evidentemente divertido.
- Não é como se isso importasse realmente, é?
Retrucou e enfiou os dedos com firmeza, moveu-o sem muita delonga, preparando o que era suficiente ou o que considerava. E usou um pouco de saliva nos dedos a lubrifica-lo. Enquanto a outra mão desfivelava a calça, livrando o sexo preparado para ele.
- Não... - Taa falou a ele e novamente gemeu, dessa vez mais alto, encolhendo-se ao sentir o toque. - Ah! Você... Se excita me vendo com raiva, não é? Seu filho da puta.
- Pois é, meu pau já está durão. Desde a hora que te vi segurando a vassoura.
Ikuma riu entre dentes. E a ereção já livre do impasse, levou entre suas nádegas e esfregou-se no âmago, empurrando, sem penetrá-lo realmente. Taa suspirou e mordeu o lábio inferior, abrindo um pequeno sorriso ao ouvi-lo.
- Ah é? Porque já faz quarenta minutos que isso aconteceu, está segurando bem hein?
- Claro, enquanto eu não te pegar ele não amolece.
Com o polegar sob a base, Ikuma pressionou-a em sua intimidade, e penetrou inicialmente a glande, sentindo o orifício em torno da ereção, que logo penetrou completamente, escondendo-se no interior estreito de seu corpo. O gemido mais alto deixou os lábios de Taa, apertando o banco de couro entre os dedos e fechou os olhos, abaixando a cabeça ao senti-lo empurrar-se aos poucos para dentro de si, virando-se a observá-lo e estreitou os olhos.
- O que foi? - Ikuma retrucou diante da olhada que ganhou. - Está olhando pra mim? Seus olhos estão muito pequenos, não tenho certeza disso.
Disse e sorriu com os dentes. Moveu-se, estocando-o mesmo embora já estivesse inteiramente dentro. Taa mordeu o lábio inferior, abafando o gemido que queria escapar e uniu as sobrancelhas, sentindo o interior dolorido pelos movimentos dele, e embora acostumado, ainda era ruim.
- Você é um maldito...
- Por quê? Não tenho culpa se você fica virgenzinho. - Ikuma sorriu ao outro e debruçou contra ele, colando o peito contra suas costas e mordeu de leve seu pescoço. - Ou talvez eu tenha.
Disse novamente, com o mesmo risinho sem altura e voltou a se mover, saindo desta vez. Taa riu baixinho ao ouvi-lo e negativou.
- Claro que tem, foi você quem me transformou... Ah! Cacete...
Falou e abaixou a cabeça, escondendo a face sobre o banco do carro.
- O que tem ele, quer mais?
Ikuma disse ante o protesto e desceu ambas as mãos em seus quadris, apertando sobre a pelve evidente, penetrou-o, novamente com força. Taa gemeu mais uma vez, alto e uniu as sobrancelhas, negativando.
- Ah, IKuma...
- Hum?
O menor murmurou, sem realmente precisar da resposta e moveu-se outra vez. Iniciando por vez o ritmo de vaivém, ainda no aperto do carro, não suficiente para que não continuasse.
- Por que dentro do carro?
Taa ajeitou as pernas, doloridas pela posição e empinou sutilmente o quadril.
- Porque estamos nele. Quer ir na rua? Naquela pracinha onde estava?
Ikuma deslizou as mãos em suas coxas, sentindo a empinada. Tão logo voltou aos quadris por onde segurava e puxava suavemente contra si.
- Não!
Taa falou alto e riu baixinho, embora tenha achado interessante, tinha vontade de fazer aquelas loucuras com ele.
- No meio do asfalto então.
O menor sorriu e observou seu pescoço suavemente a mostra,por trás de alguns fios de cabelo que caiam de forma tênue sobre a pele clara. E beijou-o ali sem resisti-lo. Movia-se já com certa frequência, em ritmo, e ainda que não tivessem todo espaço, movia-se como queria, sem impasse. Taa sorriu e vez ou outra deixava escapar um gemido baixinho, dolorido por senti-lo tocar a si no fundo, mas igualmente prazeroso, inclinou o pescoço para o lado, dando espaço a ele e suspirou ao sentir o toque dos lábios. Ikuma roçou os dentes contra sua pele, várias vezes em pequenas riscas, até que finalmente se alimentasse de seu sangue, e bebesse do fel, sugando vigorosamente o líquido, ainda calmamente. Contrário dos movimentos fortes, estocados contra suas nádegas.
- Ah... - Taa gemeu baixinho, contrário dos gemidos anteriores e riu baixinho, com dificuldade para falar enquanto ele se alimentava. - Somos gatos? Tem que morder a nuca enquanto transa.
- Hum...
Ikuma murmurou e riu contra sua pele colada aos lábios, ocupada para falar. Uma das mãos tirou de seu quadril e levou-a ao sexo, o dele, e sentiu a ereção nos dedos, passou a estimula-lo no mesmo ritmo. O maior mordeu o lábio inferior ao sentir o toque e gemeu baixinho, apreciando os movimentos, que não negava por dentro, embora por fora dissesse não. Empurrou o quadril contra o dele e sentiu-o novamente tocar a si a fundo, gostoso, estremecendo o corpo.
Ao soltá-lo, o menor tomou o ar que não era necessário aos pulmões e fechou os olhos, sentindo um leve arrepio na pele enquanto lambia os lábios, limpando-os do sangue. Moveu-se, estocando-o com mais força, em solavancos e os apertos em seu sexo.
- Ah... Ikuma... Você... Você vai me matar.
Taa murmurou e empurrou-se novamente contra ele, entretido nos movimentos que ele fazia contra si.
- De tesão?
Ikuma sorriu, embora não fosse exatamente visto por ele. E o punho em seu ventre ressoou contra a pele conforme intensificou os estímulos em seu membro, masturbando-o com mais força, tal como as estocadas e cerrou os dentes, eriçado, excitado. Taa assentiu e mais uma vez mordeu o lábio, soltando ao sentir a fisgada que arrancou algumas gotas de sangue.
- Hum... - Lambeu o sangue e levou uma das mãos sobre a dele, segurando-a. - Para... Para eu vou...
- Coloque a mão na frente, lagarta, não vai querer lamber o banco, ah?
Ikuma indagou e continuou a masturbá-lo, firme, com o mesmo ritmo vigoroso do quadril, mordeu o lábio da mesma forma,tamanha força que sequer notou o quanto pressionava os dentes na região. Taa assentiu e fechou os olhos, levando a mão sobre o membro, que ajudou a masturbar com sutis movimentos, porém gozou antes de igualar os movimentos aos dele e de fato havia sujado parte do banco, mas se quer notou. Gemeu, prazeroso e apertou-o no corpo com os espasmos que teve.
O menor sentiu os espasmos que denunciavam seu clímax e consigo atingiu o próprio, incapaz de conter diante das contrações involuntárias e prazerosas de seu corpo, gozou, satisfazendo-se do outro, de seu corpo, e gemeu, embora baixo era audível e rouco. Taa sorriu a ele, de canto e mordeu o lábio inferior mais uma vez, lambendo os rastros de sangue por ali, limpando-o e suspirou, deixando escapar o ultimo gemido baixinho.
- Hum...
- Hum, parece que sujou realmente meu banco. Vai ter que lamber.
- Não vou.
- Vai lamber sim. Eu avisei, já não basta a bunda, a mão está furada também?
Taa estreitou os olhos.
- Pode lamber essa porra aí.
- Vai ter que me obrigar.
- Ah, vou?
Ikuma indagou e passou a mão no banco, logo o resquício dele mesmo esfregou contra seus lábios e riu, provocando-o. Taa virou o rosto, estreitando os olhos e acertou-o no braço com um tapa.
- Que delícia ó.
Ikuma riu, divertindo-o e pegou-o na cintura, apertando-o no abraço e beijou-o no pescoço, logo atrás da orelha. Taa lambeu os lábios, limpando o local sujo por ele e riu baixinho, virando-se em frente ao outro. O menor fitou-o de perto, visto que já ali antes e fitou seus lábios finos, achava-os adoráveis e selou-os.
- Boca linda.
Taa retribuiu o selo e desviou o olhar a ele, sorrindo.
- Eu quero me mudar.
- Dá uma chupada ótima. - Ikuma disse, como se raciocinasse consigo mesmo. - Oi?
- Quero me mudar. Com você.
- Só nós dois assim, e deixar as crianças pra trás.
- Óbvio que levamos eles.
Ikuma riu, mas levou a sério.
- Ok, mas não é somente pela desconhecida, ah?
- Não, é pelo caos. Ainda pode manter a boate, mas não quero você ali o dia todo.
- Você fala como se eu ficasse lá o tempo todo. - Ikuma disse ao ajeitar as roupas. - Eu tenho a banda também.
- É, mas não tocam lá.
- Ou seja, não fico o tempo todo lá. Achei que gostava de ficar na boate.
- Eu gosto, mas não quando você fica lá sem mim. Aliás, vamos, quero transar de novo com você por lá, na frente dessa vaca.
- Hum... Vamos. - Ikuma sorriu e ajeitou-se no banco, sentando-se. - Se ajeite pra eu ligar o carro, bundudo.
Taa riu e ajeitou-se realmente, erguendo as calças.
- Como pode ser tão esquelético e ter um rabo desse.
- Hum, fico feliz que pelo menos eu tenha algo que te agrada.
- Eu também.
Taa estreitou os olhos. Ikuma riu entre dentes e deu partida no carro.
- Sabe que gosto de tudo em você. Ou melhor, amo tudo o que há em você.
Taa sorriu a ele.
- Não vou desistir da ideia da boate, vai.
- Não me importo, vamos nos mudar. Já está na hora. Embora... Eu realmente tenha boas lembranças daquela casa. Como quando te levei pra lá. Como quando dormiu a primeira vez lá, como cuidei de você até que voltasse como um vampiro.
Taa manteve-se em silêncio por alguns instantes e desviou o olhar.
- O que foi? Alguma lembrança ruim?
- Não, não vamos mudar...
- Eu disse algo errado?
- Não, só me fez refletir. - Sorriu.
- Mas se você quer, podemos mudar. Desde que me proporcione lembranças igualmente agradáveis.
- Ficamos ali.
Ikuma sorriu e lhe acariciou a coxa.
- Tudo o que envolve você é importante demais pra eu deixar pra trás.
Taa sorriu e colocou a mão sobre a dele, acariciando-a e entrelaçou os dedos aos dele, sentindo os olhos se encherem de lágrimas, mas virou a face e não expôs a ele.
- Então não se preocupe com piranhas porque minha puta é você.
O maior riu baixinho e assentiu.
- Eu tenho medo...
- Medo de que?
- De que você canse de mim... Temos uma eternidade, você pode cansar.
- Você vai se cansar de mim?
- Nunca.
- Então por que eu seria diferente?
- Não sei, eu tenho medo, pode ser irracional, mas ainda assim.
- Não seja irracional, lagarta. Sabe que sou louco por você.
Taa assentiu num movimento da cabeça. Ikuma piscou a ele e parou no sinal, embora desnecessário, somente para lhe tocar os lábios e beijá-lo, ainda que rápido. O maior sorriu a ele e retribuiu o beijo, sutil, mas gostoso como sempre e deslizou a mão pela face dele numa suave carícia. Ikuma deu-lhe uma piscadela, ainda próximo e ajeitou-se no assento, voltando a dirigir.
- Vai querer mais, ah?
- Claro, ainda estou esperando.
- Quer mais uma parada no carro?
- Eu quero a boate. Mas posso brincar um pouquinho com você no carro no caminho se quiser.
Taa disse e virou-se, puxando o zíper da calça dele e desacasalou o botão.
- Mete a boca em mim, lagarta.
Taa sorriu a ele, malicioso e assentiu, abaixando-se e puxou o outro para fora da calça, arqueando uma das sobrancelhas ao notar a parcial ereção dele já formada. Segurou-o entre os dedos e deslizou a mão por ali, massageando-o.
- Você tem problemas.
- Tenho. Um grande problema. Quem manda ter a bunda desse tamanho.
Taa riu baixinho e deslizou a língua por ele sem muita cerimônia, e era bom ser vampiro, pelo menos não tinha que se preocupar com o carro batendo e mortes acidentais. Se ele batesse o carro, o máximo que poderia acontecer é levar uma mordida no pau, ou ter um pedaço arrancado pelo susto, de qualquer maneira era bom ele prestar atenção. Colocou-o na boca, sugando-o com vontade e desviou o olhar a ele. Ikuma mordeu o lábio inferior, sentindo a umidade no sexo, sua língua fria e macia. Arrepiou-se da espinha até a nuca. E uma das mãos levou a seus cabelos desfiados, agarrando-os com força, deu-lhe até puxadas mais fortes. E moveu o quadril embaixo dele.
- Chupa mais forte.
- Hum...
O maior resmungou ao senti-lo puxar os cabelos e fechou os olhos, sugando-o mais uma vez, forte e com a força que podia, estalando ao tirá-lo da boca.
- Está gostoso, ah?
Ikuma indagou e gemeu, rouco. Empurrou os quadris para cima, investindo em sua boca. Taa arrepiou-se completamente ao ouvir o gemido dele, e não havia nada melhor, assentiu à pergunta e uniu as sobrancelhas, iniciando o vai e vem suave, colocando-o e retirando-o da boca. O menor esticou um dos braços até que alcançasse seu colo e apertou-o mesmo sobre a calça, sentindo sua leve ereção.
- Que foi, chupar um docinho te excita?
- Hum, o seu sim.
Taa disse a ele e fechou os olhos, retirando-o da boca e deslizou a língua por ele, apreciando o sabor do outro, e vez ou outra desviava o olhar a ele a observá-lo.
- Ah, já chupou outro?
- Bem, docinho pode ser... Qualquer coisa que tenha açúcar. - Taa riu.
- Estou falando desse aí que você está colocando na boca.
- Hum, esse é o único.
Ikuma dirigiu sem demora até a boate aonde estacionou no lugar costumeiro, e retirou-se de sua boca ajeitando-se na calça que parecia desconfortável.
- Vamos.
- Hum... - O menor resmungou e uniu as sobrancelhas. - Ta bem.
Ikuma saiu do carro e com ele seguiu entre tantos vampiros já na porta de entrada da boate, que embora não parecesse de fora, tinha uma música realmente alta lá dentro. Taa seguiu junto dele, de mãos dadas e riu baixinho, aproximando-se de seu ouvido.
- Está marcando a calça.
- Ah é? Está deixando todo mundo ver assim,é?
- Estou falando do seu. É meu mesmo, não ligo.
- Agora escolha o lugar pra gente dar uma acasalada.
- Eu quero naquele sofá. No vermelho, onde a gente faz da outra vez.
- Hum, em nenhum cantinho da parede como se fossemos desconhecidos querendo dar uns amassos?
- Hum... Gostei.
Ikuma sorriu.
- Preste bem atenção no que vê. Eu vou andar pela boate, e você também. Quem encontrar primeiro puxa e leva pro canto.
Taa riu e assentiu.
- Mas tem um pessoal de cabelo loiro, e se eu puxar a pessoa errada? Vou puxar pelo pau.
- É, pelo tamanho vai saber que é o meu.
- Exatamente.
- Preste atenção na roupa, filho da puta. Vai pegar no pau alheio por aí.
- Não se preocupe. - Riu.
- Vai. - Ikuma disse e deu-lhe um tapa na bunda, seguindo caminho oposto ao do maior. - Sem mudar de piso. - Disse, alto o suficiente entre a música alta demais.
Taa assentiu e riu baixinho, mordendo o lábio inferior a se misturar ao pessoal, embora fosse difícil, já que estava tão duro quanto ele e o queria logo. Ikuma riu para si mesmo enquanto se perdia entre os vampiros da boate. Passeando por todo ao redor, deu tempo até para uma bebida rápida no bar e voltou a transitar pelos clientes. Taa pegou sobre a mesa uma bebida qualquer, bebendo alguns goles e sentiu o álcool queimar a garganta, porém cessou e deixou o copo no local ao avistar o outro e caminhou devagar até ele, esperando que ele não visse a si. Ikuma deixou o posto e dispersou-se novamente entre o grupo de vampiros por ali, dando novamente a volta por todo o piso da boate. Taa andou atrás dele, como pôde em silêncio e por um momento o havia perdido, ergueu a face, procurando-o por ali e uniu as sobrancelhas.
O menor sentiu o cheiro dele, que era tão fácil, apurado pelo sangue dele tomado a pouco. Caminhou um pouco mais e notou a silhueta, os cabelos repicados, o cheiro de sexo feito a pouco,o perfume da pele e do sangue meio humano. Empurrou-o por suas costas e levou-o a qualquer parede mais próxima. Abaixou seu jeans um pouco abaixo das nádegas e sacou para fora a ereção já pronta pra ele.
- Sabe como achei você? - Indagou, sussurrando contra seu ouvido.
Taa assustou-se com o toque e sentiu a parede dura e fria em frente, apoiando-se com ambas as mãos e abriu um pequeno sorriso ao senti-lo abaixar a calça, mas nem quis desviar o olhar para ver se alguém havia notado a ambos.
- Como?
- Pelo tamanho desse rabo.
Ikuma disse e riu baixinho, ofuscado pela música. Tomou o membro entre os dedos e logo o penetrou em seu corpo já fácil de adentrar, visto que na falta da alimentação, já havia feito sexo com ele a pouco. Deslizou e correu fácil para dentro, junto do rastro de prazer que havia deixado antes. Taa riu junto dele e deixou escapar o gemido baixinho, dolorido ao senti-lo se empurrar para si, ardendo o interior machucado pela penetração anterior, mas não menos prazeroso. Suspirou e ajeitou-se na parede, empinando o quadril. Uma das mãos, o menor levou em seu rosto e virou-o ao lado, beijou-lhe os lábios, e penetrou-lhe a boca com a língua, beijou-o de modo tão firme quanto iniciou o movimento dos quadris. Deu ritmo, de inicio tão logo abrupto. O maior sorriu a ele e virou a face, retribuindo o beijo do outro, gostoso e com uma das mãos agarrou a dele, guiando-a à própria cintura, apertando o local, gostava do toque, ainda mais quando ele puxava a si por ali. Mordeu-lhe o lábio inferior e arrancou algumas gotinhas de sangue, que lambeu.
Ikuma deslizou a mão em sua cintura, sentindo a região afinada. Puxava-o por lá, pelos quadris, tomando-o com força, a medida em que mutuamente colidia o quadril contra suas nádegas, causando atrito a pele e adorava o som que fazia, embora com a música alta, o som era somente imaginário. Sentiu a picada de seus dentes, e o sangue fluir sutilmente em sua boca, prosseguiu com o beijo, tal como a penetração.
- Você... Ah!
Taa gemeu contra os lábios dele, unindo as sobrancelhas e empurrou-se contra seu corpo, sentindo-o atingir a fundo o interior do corpo.
- Tem alguém olhando?
- Eu o que, ah? Sou bom demais?
Ikuma sorriu, mais para si mesmo. E ambas as mãos levou em suas nádegas, segurando cada lado, afastando-a e pouco se afastou do maior, fitando a ereção como podia, notando-se a penetrá-lo, e até amenizou o ritmo para encarar a deslizada.
- Como se eu não tivesse coisa melhor pra reparar, ah? Veja você, estou olhando algo melhor.
Taa riu ao ouvi-lo e mordeu o lábio inferior, fechando os olhos com certa força a apreciar os movimentos e empurrou-se vez ou outra contra o quadril dele.
- Amanhã aparecemos no youtube.
- Você quis isso. Estava louquinho pra mostrar a bunda no youtube.
Ikuma riu e curvou-se, mordendo-o no ombro, sem beber do sangue, apenas a perfuração dos dentes. E um estalo ressoou o tapa em sua bunda, que apertou em seguida, estocou-o com força e sentiu a pele estalar com o encontro à sua.
- Ikuma, não arranca sangue aqui dentro não, se não daqui a pouco a gente morre.
Taa falou a ele e sentiu os olhares estranhos de alguns vampiros que dançavam perto, abaixou a cabeça, ignorando e gemeu baixinho com o tapa, e mais alto com a estocada.
- Ah!
- Eles se bebem aqui o tempo todo, acha mesmo que vão voar pra cima da gente? É uma boate de vampiros, o que não falta aqui é sangue.
Ikuma retrucou e puxou com a mesma força, estocando-o numa sequencia tão vigorosa quanto a acometida inicial e novamente, satisfez-se dele, gozando em seu corpo sem delongas. Taa fechou os olhos e assentiu, abaixando a cabeça a apreciar os últimos movimentos, gostosos, e estremecia a cada vez que sentia tocar a si no local específico, não tinha forças nem para respondê-lo mais, as pernas trêmulas, até as mãos a se apoiar na parede e gozou junto dele, porém dessa vez bloqueou rapidamente com a mão.
- Ah, mas agora você podia ter deixado. Com certeza alguém encostaria aí mais tarde. Seria bem interessante.
Taa riu baixinho.
- Não na sua boate.
- Alguém só iria pra casa com algo grudado na roupa.
- Ainda quero o sofá.
- Está com fogo no cu hoje?
Taa riu e negativou.
- Vou te dar uma folga.
- Folga? Quem pediu?
- Ué, falou até que eu estou com fogo na bunda.
- Perguntei se está com fogo, não disse pra parar de fogo.
- Bem, nesse caso... Estou, vem apagar.