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julho 2018
- Onii-chan.
Haruki disse, batendo na porta e conforme fora aberta, adentrou o local, nem deu tempo para que o irmão dissesse alguma coisa.
- Ai, ele é maravilhoso! O Ryoma, ele é lindo, gostoso, carinhoso, onde vocês estavam escondendo ele?
- Haruki....
- Calma, sério, a noite foi fantástica, o Ryoga é desse tamanho também? Se for você tem sorte, nossa, é enorme.
- H-Haruki... Cala a boca.
Conforme o irmão disse, Haruki a fala a unir as sobrancelhas.
- O que foi?
Dito, o maior virou o pequeno e só então viu o rapaz sentado no sofá, parecia tomar chá ou algo semelhante. Sentiu as bochechas fervendo e por um momento ficou mudo, apenas desviou o olhar ao irmão que guiou uma das mãos sobre a face, envergonhado por si.
Ryoma ouviu a metralhada de palavras conforme o cunhado abria a porta, o chá havia até parado na altura dos lábios ouvindo, mesmo sem intenção, cada informação.
- Boa noite. - Disse e só então tragou a bebida, olhando-o por cima do copo. - Acho que seu irmão não pode dizer já que nunca viu o tamanho do meu. - Só então sorriu a ele.
Haruki estremeceu conforme o ouviu e riu baixinho, meio desajeitado.
- Ai desculpe... Eu... Acho melhor eu voltar depois.
- Voltar depois, é? - Disse o maior e esticou o braço no encosto do sofá.
- Vai moleque, agora já está aí, senta logo no sofá. E me poupe dos detalhes. - Disse Katsumi.
- Espera, o que... Vocês estão fazendo sozinhos?
- Que sozinhos, o Ryoga está no quarto colocando o Natsumi no berço.
- Se estivéssemos sozinhos eu certamente iria querer outra tatuagem.
- Ah... Onde iria querer tatuar? Posso ver?
Haruki sorriu e caminhou até ele, não tinha realmente um pingo de vergonha na cara, mesmo depois de praticamente passar vergonha por ter dito aquelas coisas ao irmão, já estava em frente a ele de cara lavada.
- Ryoga não vai deixar agora, meu irmão é ciumento embora finja que não.
Ryoma deu um tapa breve no sofá, indicando que podia se sentar. Haruki riu baixinho.
- Ryoga ciumento? Isso é novidade.
Dito, Haruki sentou-se ao lado dele, aproximando-se a quase deitar em seu ombro.
- Pode encostar de quiser. - Disse o maior, percebida sua proximidade. O achava bem engraçadinho. O tocou no queixo. - Quer chá?
Haruki sorriu e assentiu a ele, esperando pelo chá.
- Ah, você está muito bonito.
Katsumi negativou e seguiu em direção a cozinha, buscaria uma xícara para o irmão.
- Estou, hum?
O maior disse não querendo realmente uma resposta. Se aproximou dele e deu um beijinho rápido em sua boca, apenas para agrada-lo, sabia que o faria. Haruki assentiu e conforme sentiu o toque, arrepiou-se, sorrindo meio tímido, não que o fosse, queria beija-lo em outro lugar, mas não ali.
- Parece que gostou do tamanho do meu Ryo.
Ryoma disse, apenas suficiente para ele ouvir, brincando.
- Hum, você é uma delícia.
O menor murmurou num risinho e selou os lábios dele novamente.
- Vou te levar pra ver ele outra vez.
- Vai? - Sorriu. - Então me leva.
- Depois do jantar, hum? Te dou ele de sobremesa.
Haruki assentiu e mordeu o lábio inferior.
- E onde vamos jantar?
- Hum, estou te devendo um jantar?
- Hum, está sim, agora que convidou, eu quero.
- Certo, tome o chá e eu te levo pra comer.
Haruki assentiu e ao pegar a xícara dele, bebeu o chá em longos goles.
- Ai, ai... Ta quente...
- O meu, é? Tem de ser quente, você sabe do que eu gosto. - Ryoma deu a ele uma piscadela.
- Sei, de dor.
Haruki riu e deslizou uma das mãos pelo ombro dele, sem apertar.
- Sh... - Ryoma murmurou, sentindo a carícia na pele. - Mais tarde.
- Mal posso esperar para colocar as mãos em você de novo. - Murmurou.
- Ah é? O que você quer fazer?
Haruki mordeu o lábio inferior.
- Quero seu Ryo na minha boca, e dentro. Quero roçar as unhas nas suas costas, de cima até embaixo, quero cavalgar em você a noite toda. - Disse num sorriso sapeca.
Ryoma o ouviu no que dizia e devia dizer, não imaginava que fosse fazer tão especificamente.
- A noite toda? Talvez possamos mudar de posição uma vez ou outra. - Brincou, mesmo que parecesse sério.
Haruki riu e assentiu a ele.
- Dessa vez eu quero aquele balcão da sua cozinha.
- Vai ser o quarto, tenho algo pra te mostrar.
- Ah, tem? - Sorriu. - Droga, jantar demora taaanto.
- Quer começar pela sobremesa?
- Quero. - Sorriu.
- Hey, sem pegação no meu sofá, Haruki.
- Vou levar seu irmão pra jantar, Katsumi.
- Ah vai? Ta bom. Comporte-se Haruki.
- Vamos, Haruki. - Ryoma disse e tragou o fim do chá para então se levantar. - Katsumi, obrigado pelo chá. Avise a meu irmão que volto amanhã e que o caçulinha quer um doce. - Disse e deu uma piscadela, brincando é claro.
- Hum, mais precisamente um pirulito.
Haruki disse e sorriu a ele, mordendo o lábio inferior.
- Não quero imaginar vocês fazendo isso, obrigado.
- Pirulito, é? Você quer que eu te chupe? Foi uma direta?
Ryoma indagou, mas já havia saído com ele, portanto não dizia em frente a seu irmão mais velho.
Haruki riu e negativou.
- Eu que quero o pirulito.
- Quer, hum? Você gosta de pirulito?
- Gosto do seu.
- Do meu, é? Aposto que gostava de outros também.
Haruki sorriu meio de canto.
- Você é ciumento?
- Não se não é meu. Já disse isso a você.
- E eu sou de quem? - Haruki sorriu. - Quer ser meu namorado então?
- Calma, não tenha pressa, baixinho.
Ryoma disse e prendeu brevemente seu nariz entre os dedos. Haruki uniu as sobrancelhas ao sentir o aperto no nariz.
- Ih, tomei um fora.
- Não tomou não.
- Ué, mas me recusou.
- Você está indo pra minha casa. Só estou dizendo pra ter calma, é só nossa segunda vez. Costuma ter pressa assim ou por acaso acha que sou seu parceiro?
Haruki sorriu.
- Eu nunca senti um cheiro tão gostoso quanto o seu, e eu já conheci uma quantidade razoável de vampiros, mas calma, não fui pra cama com todos. Seu sangue parece um doce, depois de anos comendo só coisas salgadas.
- E você bebeu pouco. Mas já havia bebido de um vampiro nascido e velho?
Haruki sorriu meio de canto.
- Eu não bebo sangue de vampiros, só humanos. Você bebe o sangue deles? Geralmente só bebemos dos parceiros, não é? Estou falando do cheiro. É sim, já sai com os mais velhos. Sinto até mesmo o cheiro do seu irmão mais velho. Mas não se preocupe, não estou realmente falando sério. Sei que não quer compromisso. Ainda mais com um garoto como eu. - Sorriu.
- Mas disse que era doce, deduzi que falava do sabor. Já bebi sangue de vampiro em brigas, mas nada significativo. Você pode beber desde que não seja uma porção muito grande ou um vampiro muito concentrado, velho no caso. Vou provar do seu essa noite, ah? Hum, você é manhoso. É um ótimo garoto, não terei problemas em cuidar de você se for meu parceiro, mas não tenha pressa, devagar vai ter muito mais pra descobrir.
Haruki desviou o olhar a ele e sorriu meio de canto, era a primeira vez que falava daquela forma com um vampiro, quer dizer, geralmente era só sexo, nada mais.
- Eu vou adorar descobrir você.
- É, vai começar com a roupa.
- Isso mesmo - Sorriu.
Ao chegar em casa, Ryoma deu vazão a ele, passou em seguida e fechou a porta. Deu um mordisco rápido na própria língua e o puxou por ali mesmo, na entrada de casa, penetrando sua boca, o beijou. Ao sentir o cheiro de sangue, fora quase como um afrodisíaco para Haruki, ainda mais quando sentiu seu gosto em meio ao beijo e encostou-se na parede, puxando-o para si e guiou as pernas ao redor da cintura dele, subindo em seu colo. O maior sentiu suas pernas, uma após a outra, colocando-o no colo mesmo sem tê-lo pego.
- Você é uma aranha, hum?
Ryoma murmurou embora não fosse tão nítido. Mas voltou a beijar o menor e agora dava sustento a ele no colo, acariciando suas nádegas mesmo sob o tecido. Haruki riu baixinho e assentiu, retribuindo seu beijo e mordeu seu lábio inferior em meio ao toque, num suspiro conforme sentia sua massagem pesada.
- Ah, Ryoma...
Ryoma tirou-o do encosto da porta, levando consigo pela casa até encontrar o quarto, o levaria para a cama. Haruki agarrou-se a ele, e se sentia feliz por estar com ele de novo, claro, também estava excitado. Mordeu o lábio inferior e arrancou uma pequena gota de sangue. O maior o lambiscou no gotejo que deu a si. Quando chegou no quarto, o desceu do colo, deixando na beira da cama.
- Vou te dar uma coisa. - Ryoma disse e caminhou até o guarda roupas, tirou de lá uma sacola cuja embalagem de papel era escura e fosca. - Feche os olhos.
- Ai meu deus. O que é isso?
Haruki riu baixinho e ao se sentar fechou os olhos, como ele havia pedido. O maior parou em frente a ele e guiou para se deitar na cama, suficiente para abrir sua calça e despir suas roupas, não era difícil. Quando finalmente o desnudou, tendo que repreender sua espiada, pegou da sacola o short de couro, era curto, quase como uma roupa íntima. Vestiu a parte de cima também, fazendo conjunto, era uma blusinha curta com acessório e adornou também sua coxa. Então o levantou e guiou até o espelho.
- Essa é sua roupinha de dominatrix. - Disse, logo atrás dele, fitando seu reflexo no espelho. - Uh... Acertei as medidas do seu corpo.
Haruki riu baixinho conforme o sentia desnudar a si e mordeu o lábio inferior, parecia divertido embora tivesse um pouco de vergonha. Sorriu a ele, levantando-se ainda de olhos fechados e observou a si no espelho, abrindo um sorriso sapeca.
- Dominatrix? - Riu. - Que gracinha, mas... Eu vou dominar quem?
- Quem você acha? - Ryoma sorriu a ele, pelo reflexo do espelho. Um sorriso canteiro e sugestivo. Só então o virou para si. - Vem fingir que vai me dominar.
Dito, deslizou as mãos até suas nádegas e rosnou levemente a ele, mostrando as presas longas.
O loiro observou-o pelo espelho e sorriu, mordendo o lábio inferior.
- Hum, você é muito bonito, isso é até um pecado. Eu quero te dominar, mas ia adorar levar uma mordida desses dentes. E o meu chicote?
Disse e guiou a mão ao pescoço dele, segurando-o.
- Eu disse que você vai tentar, mas eu não disse que sou tão obediente. Sou rebelde. Chicote, ah? Não precisa exatamente de chicote, mas você pode ter algumas coisas na sacola.
Ryoma disse e após solta-lo, seguiu até a cama e tirou a camisa. O menor sorriu a ele novamente selou seus lábios.
- Ah é? Então tá bom. - Seguiu até a sacola, fuçando a observar o que havia dentro dela, se tinha algo interessante. - Você é um menino mau ah?
- Eu sou mau ou você não é um dono bom?
O moreno indagou e se deitou na cama, na verdade se sentou.
- Ah, eu sou um dono bom, pode ter certeza. Se não se comportar eu vou ter que te castigar.
Haruki disse num sorriso, retirando um pequeno vidrinho, algo que parecia uma vela.
- Isso não é de verdade é? Vai te machucar muito...
- Não exatamente. É uma vela, mas menos dolorosa que uma vela de de cera.
- Hum, vai doer, mas não vai arrancar sua pele? - Dito, o loiro riu baixinho e assentiu, fuçando pouco mais na sacola e pegou um pequeno vibrador com cabo e formato redondo. - Ah, isso no seu pau deve ser uma delícia, incomoda na ponta, né? - Sorriu, malicioso. - Uma... Coleira? - Mordeu o lábio inferior. - Ah, eu vou mandar fazer uma plaquinha com o seu nome. - Dito, levou a coleira ao redor do pescoço dele e logo após, colocou a corrente, era uma corrente pesada, bonita. - Adorei.
Ryoma acomodou-se enquanto o deixava fuçar e criar a sacola, tinha um sorrisinho torto a cada descoberta dela. Permitiu que colocasse a coleira e riu entre os dentes.
- Gostou hum? Não me lembro de alguns desses itens mas espero aproveita-los com você.
Haruki riu e assentiu.
- Hum, não comprou pra mim então? Comprou pra quem ah? - Disse e segurou-o no ombro, firme. - Comprou pra outro dono?
- Não tenho dono.
Ryoma cerrou os dentes, sentindo seu aperto, não era muito, mas já podiam começar a brincar.
- Tem sim, eu sou seu dono.
Disse o menor a ele e livre, a mão agarrou sua calça, apertou-o sobre o sexo, e não fora generoso.
- Não tenho.
O maior disse, embora a voz soasse um pouco surrada na garganta. Mordeu o lábio, embora por dentro.
- Tem, quem está segurando sua coleira sou eu. - Haruki disse e novamente o apertou. - Tire as roupas, inu.
- Não sou seu e eu não sou um cachorro, seu pirralho de merda. - Ryoma disse, entre os dentes.
Haruki estreitou os olhos ao ouvi-lo e a mão estalou firme contra seu rosto, num ruído alto. O moreno ergueu a mão com destreza, impulsivo sobre o tapa que ganhou, era uma falta de respeito, segurou seu rosto, mas não o feriu, o soltou em seguida. O menor uniu as sobrancelhas ao senti-lo segurar o próprio rosto, até a respiração sumiu e ao observa-lo de perto, murmurou.
- N-não era pra te bater?
- É reflexo, vai ter de lidar com isso, sou um animal selvagem.
- H-Hai...
O loiro murmurou, e na verdade, tinha medo. Era um vampiro inexperiente em questão de idade, e bem mais fraco que ele, só esperava que ele não machucasse realmente a si.
- Hum, parece que realmente comprou um chicote pra mim. - Disse a olhar no fundo da sacola, estava junto com as algemas. - Se não tirar sua roupa, eu rasgo.
- Vá em frente. - Ryoma disse, desafiador, como se já não previsse o fim das roupas.
Haruki estreitou os olhos e por fim puxou-o, tão forte que ouviu o romper do jeans.
- Eu avisei. Agora deite, vamos.
O riso soou entre os dentes do maior, visto que o jeans havia rasgado, não gostava tanto daquela calça para se importar com ela.
- Me faça deitar.
Ritsu agradeceu ao carteiro após assinalar o pequeno pacote embrulhado, muito bem embalado e que provavelmente parecia ainda maior por ter sido envolto tantas vezes pela loja. O módulo de entrega expressa fazia ser mais fácil as chances de pegar por si mesmo ao invés de ser feito pelo pai ou mãe. Seguiu rapidamente de volta ao quarto em seguida e deu um pulo na cama para se aquecer. Ao se abaixar, beijou o irmão no pescoço, chamando-o baixinho.
- Etsu, aniki.
Etsuo uniu as sobrancelhas e franziu o cenho, estava com sono visto que havia dormido tarde na noite anterior, e ao sentir o irmão pular na cama, acordou no susto, desviando o olhar a ele, após piscar algumas vezes.
- Hum, que foi quentinho?
- Presente pra você.
O menor disse e entregou a caixa ainda embrulhada no papel sem detalhes. Etsuo desviou o olhar a caixa e arqueou uma das sobrancelhas, não era aniversário nem nada importante, então?
- O que é isso?
- Se você abrir vai saber o que é, eu acho. Veja.
- Hai...
O maior murmurou e sentou-se na cama, puxando a caixa com cuidado, e nem precisava de algo cortante para arrebentar as fitas. Por fim, observou o objeto estranho no interior, e desviou o olhar ao irmão, com um pequeno sorriso nos lábios.
- Comprou um...
Ritsu vira-o sorrir e bom, sabia o que ele queria porque havia ouvido a conversa com o pai através da porta, no entanto seu desejo de ser tocado não era algo expresso diretamente para si, nunca havia dito nada, mas de alguma forma, já haviam começado a ter aquele tipo de relação, mas tinha certeza, embora não soubesse, que aquele sorriso era pela ideia dele usar em si e não de que usasse para toca-lo, mas sabia que mesmo que fosse a vontade de ser penetrado que se passasse em sua cabeça, nunca diria, era orgulhoso demais. Mas, havia visto um site de variedades sexuais, e optou pelo vibrador comum, chamado "Personal", era como podiam começar. Havia imaginado de repente poder usa-lo no irmão, havia imaginado seu corpo, deveras másculo, mas com posições sexuais bastante comprometedoras, bastante entregue e embora tivesse aquele aspecto, depois do que o ouvia dizer ou mesmo suas atitudes sexuais, não conseguia imaginar o irmão de outra forma, senão passivo.
- Esse sorriso é de quem gostou?
O sorrisinho estava nos lábios do moreno a observar o vibrador, porém aos poucos fora sumindo conforme ele havia perguntado a si, era estranho, ele dar aquilo para si, não era um pedido que fosse próprio para usar nele, tinha certeza, e na verdade, pensava mesmo no contrário. Sentiu um arrepio percorrer o corpo com a possibilidade e negativou a ele, como ele mesmo havia pensado, orgulhoso demais e desviou o olhar.
- E-Eu vou usar em você?
- Não gostou?
Ritsu indagou, um pouco surpreso pela negação, que talvez não fosse para ser perceptiva a si, pelo menos não com o mesmo significado, até acabou por ignorar sua pergunta, curioso sobre a resposta.
- Eu gostei... Mas... Eu vou usar em você?
- Eu comprei pra usar eu em você...
- Ah... - Etsuo murmurou a observar o objeto, pigarreou.
- Vamos usar agora.
- Eh?!
- Vamos, papai e mamãe vão voltar em breve.
- ... M-Mas Ritsu...
- Tire a roupa, oni-chan.
O menor negativou a observá-lo, mas de fato não queria estragar a animação dele, até havia comprado o objeto para si e suspirou, retirando a roupa íntima.
- Você pode dizer que não quer.
Disse ao irmão, mas tentava pensar que realmente estava fingindo sobre a forma como agiu. Ao vê-lo se mover embaixo do cobertor, podia não ver mas estava desnudo agora.
- Você quer que eu coloque com preservativo?
- É-É melhor...
Etsuo murmurou a ele e desviou o olhar enquanto se ajeitava abaixo do edredom. Ritsu sorriu, achando fofa aquela breve gagueira do irmão. Ao se esticar, buscou no pequeno móvel ao lado da cama dele o preservativo. Sentado a seu lado, tirou da embalagem o presentinho erótico e também o fino látex que cheirava menta. Deslizou a fina camada lubrificada pela base alongada do acessório e por um minuto o deixou de lado. Acomodou-se ao lado dele.
- Deite de bruços, onii-chan.
- De... De bruços?
Etsuo murmurou a observá-lo, sentindo o cheiro de menta, gostoso e fora a si que escolhera aquelas camisinhas. Assentiu a ele por fim e logo virou-se na cama, deitando-se como ele havia pedido.
- Uhum.
O menor disse e novamente, era difícil não sorrir com aquela timidez. Ao se ajeitar ao seu lado, deslizou a mão sobre seu dorso, em suas costas nuas, delineando sua forma física, indo das omoplatas à espinha, seguindo a lombar e a curva alta de suas nádegas e suspirou, admirando o companheiro. O moreno desviou o olhar a ele, e não entendia porque estava reflexivo em relação a si, parecia só observar ao invés de fazer logo o que queria.
- Algo errado?
- Nandemo.
Ritsu retrucou ao moreno e delineou a curva até a coxa, seguiu entre as pernas mas sem tocar algo que fosse demasiado íntimo, senão a parte interior da perna, onde sentia em sua coxa macia a pele fina onde roçou as unhas. Etsuo suspirou ao sentir o toque, e sabia o que viria, era gostoso, estar a mercê dele, mas também estranho, e desconfortável, não estava acostumado.
- Você é lindo. Seu corpo é...
O menor disse e não sabia muito bem como dizer o que estava pensando, na verdade nem sabia colocar numa palavra, mas tinha um corpo incrível. Posicionou a mão sobre suas nádegas e pressionou o dígito médio a se colocar entre elas, tocou seu corpo naquela pequena entrada, sem adentra-lo. Etsuo sentiu a face se corar sutilmente, embora não quisesse parecer fraco perto dele, queria se sentir protegido por ele, queria ser passivo dele, o que era bem estranho. Suspirou e escondeu o rosto, enquanto relaxou o corpo esperando para recebê-lo.
Ritsu pressionou o dígito e o levou a dentro de seu corpo, vagarosamente, no entanto, não forçou muito a região, preferiu tomar posse do novo amigo de ambos, já lubrificado com a camisinha, de textura mais lisa e fácil de deslizar por seu interior. Ao leva-lo abaixo do cobertor, roçou a ponta afilada do vibrador que com facilidade deu vazão a seu interior e aos poucos o deslizou, colocando-o para dentro. E se deitava, ao lado dele, apoiando parcialmente o corpo contra o seu, quase debruçado como ele.
- Vire pra mim, Etsu.
O moreno uniu as sobrancelhas ao senti-lo empurrar o dedo para si e gemeu baixinho, agarrando-se ao lençol com ambas as mãos e mordeu o lábio inferior, tentando esconder as expressões dele e logo o sentiu empurrar o objeto para si, claro, encolheu-se e o gemido mais alto deixou os lábios. Ouviu-o chamar a si e pensou por alguns momentos, estava confuso, e devagar, virou-se para ele, agradecendo por estar escuro.
Ritsu chegou próximo ao moreno e selou seus lábios macios, estavam um pouco secos. Os umedeceu com a língua e beijou o mais velho, meio sem jeito, meio de qualquer forma. E na parte inferior da longa base do vibrador, acionou o pequeno botão que iniciou uma leve, quase nada, vibração.
Etsuo retribuiu o beijo dele, como ele queria, e não deu muita atenção aos lábios, a atenção de voltava a algo mais embaixo, onde ele estava concentrado, e era dolorido, tanto que ainda se agarrava aos lençóis e observou-o no escuro, com apenas um dos olhos, voltando a fechá-los logo após, perdido ao beijo, na gostosa troca de salivas, que foi cortada assim que sentiu o estranho movimento do objeto, vibrar dentro de si, e num sobressalto desviou o olhar a ele.
- Calma.
O menor sussurrou e moveu-se, empurrando o estimulador para dentro, iniciando aos poucos o ritmo de vaivém, tão gradativo quanto a vibração do aparelho, que também aumentou devagar.
- Ah!
O maior gemeu mais alto e uniu as sobrancelhas ao senti-lo empurrar o vibrador em si e mordeu-lhe o lábio inferior, sentindo o lábio deslizar pela presa que causou um pequeno corte.
- Ah...
Ritsu grunhiu, tal como ele mesmo, embora por diferente razão, sentindo a fina risca causada por seu canino pontiagudo e mesmo o líquido morno que gotejou na mucosa, e lambeu o lábio num gesto involuntário, entretido com o que fazia mais embaixo. Aumentou o ritmo do vibrador, assim como o do punho.
Etsuo uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo gemer e só então sentiu o gosto do sangue contra os próprios lábios, e fora o suficiente para acender os olhos em meio ao escuro e sugou o lábio cortado dele para si enquanto o sentia adentrar o corpo com o objeto, e já o sentia tocar a si onde gostava, embora tentasse não demonstrar, o corpo demonstrava.
- Calma...
O menor sussurrou contra seus lábios, sentindo o próprio entre os seus, sendo suavemente sugado e claro que podia ouvir a euforia respiratória do irmão, agitado pelo sangue, ainda que ele não precisasse do oxigênio. Moveu novamente o punho, sentindo um leve bloqueio do vibrador, denunciando o ponto encontrado com a fina ponta do vibrador e ao coloca-lo em nível mais potente, fez o mesmo com a mão, apelando naquele pequeno e específico ponto.
O moreno assentiu ao ouvi-lo e aos poucos soltou o lábio dele, contendo a vontade que tinha de arrancar os lábios dele numa única dentada, era vampiro, ainda tinha uns gostos meio questionáveis e suspirou, um suspiro longo e pesado, interrompido por mais um gemido ao senti-lo atingir a si ali e fechou os olhos, agarrando-se ao travesseiro.
- Ah! Ritsu...
- Fala pra mim como isso é gostoso, aniki...
Ritsu disse a ele, soando contra seus lábios, com os próprio ainda um pouco doloridos por sua sucção firme. Tinha de lambe-los para suavizar o desconforto, no entanto seguiu contra seu pescoço, mordiscou no ombro, seguindo até a nuca onde seus fios de cabelo escuros acariciavam a pele. Empurrou, mais vigorosamente e se aconchegou mais próximo a ele, quase por cima, encostando contra seu quadril, próximo a nádega, o sexo que embora não quisesse nenhum toque, denunciava a excitação, ereto.
O moreno encolheu-se suavemente ao ouvi-lo, nunca imaginou que ele iria falar consigo daquele modo, e agora falava, insinuando que se excitasse com seu dito, e somente o tom da voz dele, era uma delícia para si, chegava a arrepiar a pele por completo, principalmente ao sentir seu membro contra as nádegas.
- R-Ritsu... Ki... Kimochi...
O loiro mordeu o lábio inferior, ainda que já estivesse dolorido pela sugada do irmão, adorava aquele tom trépido e tímido em sua voz grave e rouca. Moveu o quadril, roçando-se nele, não que fosse proposital, fazia-o involuntariamente, embora a ideia de estimular sua mente com o feito, soasse excitante. A medida em que investia com o punho, embora mais devagar, movia o quadril no ritmo.
- Onii-chan... Onii-chan...
Etsuo murmurou, gemendo pouco mais alto conforme o sentia se empurrar mais forte para si, e iria gozar, estava perto, mesmo sem tocar a si na frente e estremeceu.
- Iku yo...
- Ah, vai gozar, onii-chan?
Ritsu indagou e soava baixo, próximo a ele, embora não fosse no intuito de provoca-lo. Por um momento, soltou o acessório erótico e deslizou a mão em sua nádega macia, gostosa, queria poder fazer as duas coisas, embora naquela posição não pudesse e assim se voltou a estimula-lo, retomando o movimento vigoroso, buscando trazer a tona o clímax do irmão.
O moreno uniu as sobrancelhas ao senti-lo cessar o toque e encolheu-se quase num pedido mudo que continuasse, já que não queria pedir, na verdade, queria outra coisa dentro de si além daquele acessório, mas mordia os lábios na impossibilidade de falar.
- M-Motto...
- Motto?
Ritsu indagou, pedindo indiretamente que fosse específico. Empurrou-se mais fundo, mais forte, tentando verificar se era aquilo o que queria.
- Ah!
Etsuo gemeu pouco mais alto ao senti-lo empurrar mais forte contra si e por fim gozou, sem avisá-lo novamente, o gemido alto deixou os lábios e fechou os olhos, sentindo as sensações gostosas do corpo, enquanto passava pelo ápice. Seu corpo tremulo denunciara o clímax, fechando-se num espasmo em torno do vibrador. Ritsu gemeu involuntário, excitado por excita-lo e ao invés de parar, continuou e mesmo intensificou o ritmo o quanto podia, tentando alcança-lo no ponto que queria insistentemente, tornando seu ápice mais intenso, até que finalmente passasse do êxtase à sensibilidade.
Etsuo encolheu-se num gemido pouco mais alto ao senti-lo agilizar os movimentos e escondeu a face contra o travesseiro, contendo também os gemidos que insistiam em deixar a garganta.
- R-Ritsu...
O menor suspirou e beijou o irmão em seu ombro, mordiscou de leve e a medida em que passava os lábios numa trilha de beijo de um ombro até o outro, e com isso é claro, ia vagarosamente se colocando acima do irmão, se ajeitando sobre seu tronco, esperando que não falasse nada, como sempre iniciava um questionamento sobre o que estava fazendo, embora fosse óbvio, queria vê-lo se deixar levar. Deitou-se, sentindo o ventre sobre suas nádegas macias.
O maior suspirou igualmente, sentindo-o se colocar sobre o corpo e mordeu o lábio inferior, sabia o que ele faria e de fato, estava tão cansado pelo ápice recente que não iria perguntar, apenas se agarrou ao lençol com ambas as mãos e fechou os olhos.
Ritsu ajeitou-se sobre ele, passando as pernas as laterais das suas, tomou e rasgou a embalagem laminada de preservativo, que diferente daquele primeiro, não era de hortelã, tinha cor rosa e verde, provavelmente melancia. Deslizou o fino silicone pelo sexo, encobrindo-se e com a mesma vagarosidade, aos poucos tornou se abaixar, revestir seu dorso contra o corpo e com a mão, se posicionou entre suas nádegas e por fim o penetrou, sem dificuldade, previamente estimulado pelo vibrador.
Etsuo uniu as sobrancelhas e logo sentiu o outro se empurrar para si, sentindo aquele cheiro gostoso de melancia, que fazia a si ter vontade de lamber aquela camisinha, talvez sugá-la como uma bala. O gemido deixou os lábios, porém não tão alto quanto o vibrador, agora que acostumado.
- Sei que provavelmente não será tão gostoso quanto o vibrador.
O menor disse contra sua orelha e mordiscou seu lóbulo. Moveu-se, iniciando um leve ritmo, saiu e entrou sem pressa, acostumando-se com o interior apertadinho do irmão.
- Hum...
- Vai ser mais gostoso. - Etsuo murmurou, meio contido ainda e gemeu, pouco mais alto ao senti-lo se empurrar para dentro. - R-Ritsu...
Ritsu ouviu-o dizer entre os dentes, querendo incentivar ainda com sua timidez o qual ele mesmo preferia taxar como orgulho.
- Hum..?
Disse ao ser chamado, não tinha certeza se era para respondê-lo e continuou a se mover, no mesmo ritmo, aos poucos no entanto, gradativamente aumentado.
- Ah! - Etsuo gemeu, pouco mais alto ao senti-lo se empurrar para si e mordeu o lábio inferior, desviando o olhar a ele. - Kimochi!
- Kimochi, oni-chan.
O menor disse-lhe ao pé do ouvido, e podia notar os fios eriçados em sua nuca, que mordeu, brincando com ele. No entanto, foi um pouquinho forte, assim como tomou vigor com os quadris, vigorosamente o penetrando.
Etsuo agarrou-se firmemente à cama, fechando os olhos a esconder a face no travesseiro e o gemido deixou os lábios, prazeroso, porém dolorido ao senti-lo atingir a si naquela parte específica do corpo, onde fazia todo o corpo se arrepiar.
Ritsu sentia na ereção a parte encontrada de seu corpo, e fora ali onde insistiu no toque, movia-se sem muito sair, a firmemente adentra-lo, empurrando no ponto onde sentia-o se apertar em torno do corpo, arrepiar sua nuca onde continuou a morder. O loiro abriu um pequeno sorriso, sentindo os dentinhos grossos dele a morder a si na nuca, não era como os próprios, finos e afiados, não rasgavam a pele, mas era gostoso, aquela mordidinha que o fazia parecer um gato e ergueu os quadris, empurrando-se contra ele.
Ritsu sentiu erguer a pelve a medida em que subia seus quadris, dando espaço a seu membro contra a cama, já suja por seu ápice anterior. Mas mesmo o espaço para melhor penetra-lo, e ao invés de subir e descer, empurrava-se para cima, "enterrando-se" dentro do moreno, sem muito se afastar, mas "apertar-se" dentro dele. Etsuo suspirou, desviando o olhar a ele, ou tentando observá-lo de canto enquanto sentia seus movimentos e o pressionar do ponto sensível interior, prazeroso, e estremeceu, mordendo a fronha do travesseiro e puxando-a entre os dentes.
Foi naquele momento que Ritsu entendeu o termo "morde fronha", até se segurou para não comentar aquilo durante o sexo, mas logo imergiu-se no prazer, afundou o rosto em seu pescoço, sentindo seu cheiro de perfume, roupa limpa e um traço de suor. Ao deslizar a mão por sua lateral, passou abaixo de sua cintura por onde o envolveu e tocou seu membro, acariciando-o no fim de base.
Etsuo assustou-se com o toque diretamente no membro e gemeu, como se não bastasse o toque interior, bem naquele ponto prazeroso e empurrou-se para trás, deixando-o se afundar no corpo, sentindo-o pulsar dentro de si e abriu um pequeno sorriso.
- Kimochi, onii-chan?
- Honto kimochi, Etsu.
Ritsu disse por último contra sua pele mordiscada e por fim o soltou. Ao se afastar, virou-o pela coxa, empurrando seu ombro para o lado a tê-lo por fim defronte consigo. Segurou sua cintura sem curvas e por lá se apoiou, voltou a se mover e teve de se apoiar com a outra das mãos contra a parede, sustentando a firmeza com que se movia.
Etsuo desviou o olhar a ele finalmente de frente e uniu as sobrancelhas, era estranho estar daquele modo, observando seu rosto, embora soubesse que ele não podia ver a si como podia vê-lo, os olhos brilhavam e o via nitidamente em frente a si. Estremeceu, mordeu o lábio inferior e tentou não se concentrar em seu olhar, e sim em seus movimentos, prazerosos no próprio interior.
- E-Eu... Vou gozar onii-chan...
- Quero que goze de novo, Etsuo...
Ritsu disse, soprando, com fôlego comprometido, mas não se deixava abater por isso. Podia ver seus olhos suavemente aparentes no escuro e com isso preferia fechar os próprios e não parecer perdido no escuro. Abaixou-se, selou seus lábios que encontrara por intuição e continuou, até aumentou o ritmo que numa determinada altura passou a manter, buscando o segundo ápice do moreno, e segurava o próprio, esperando chegar com ele.
O maior assentiu ao ouvi-lo e retribuiu seu beijo. Esticou uma das mãos a segurar o ombro dele e apertou-o entre os dedos, sem muita força enquanto sentiu-o se empurrar para si até o fundo, e claro, não aguentou muitos de seus movimentos, gozou, deixando escapar um gemido baixinho contra seus lábios, porém prazeroso, assim como a respiração que não precisava, que se descompassou conforme a sensação gostosa percorria o corpo.
Ritsu sentiu o toque de sua mão no ombro, que assim como seu interior, embora frios, parecia senti-los aquecidos, provavelmente era psicológico, mas não conseguia sentir a frieza de sua pele enquanto transavam, talvez por estar muito mais quente do que normalmente estaria. E com a última estocada que deu, sentiu-o enlaçar o sexo com seu corpo, aperta-lo e com o espasmo de seus músculos que endureciam sob o toque, denunciava seu ápice e se deixou junto dele fluir e gemer a se conter, queria ouvi-lo, embora estivesse absorto demais nas sensações do corpo.
O moreno uniu as sobrancelhas, abaixando a cabeça e puxou o irmão, repousando a testa em seu ombro e ali, mordeu-o sem força enquanto ouvia seus gemidos gostosos, prazerosos contra o ouvido. Ritsu decaiu sobre ele, sentindo seus lábios úmidos contra a pele, quase se preparou para uma mordida, mas não veio, apenas permaneceu com ele por lá, até que o clímax se esvaísse.
Etsuo suspirou, por fim. Deslizando a mão pelos cabelos dele e quando o sentiu se acalmar abriu um pequeno sorrisinho contra sua pele e os dentes se afundaram, devagar em seu pescoço, ele certamente, nem devia ter percebido e sugou seu sangue em alguns poucos goles, suficientes para curar o corpo, e se fechar ao redor dele, apertando-o firmemente no próprio interior.
O loiro deu-lhe um breve selo e no entanto sentiu resvalar habilmente ao pescoço, ia resmungar, no entanto sentiu-o tão depressa, que não houve espaço. Grunhiu, num gemido abafado entre os dentes e lábios e a altura que tomou foi ao senti-lo apertar a si em seu corpo, consequentemente se afastou, retirando-se de dentro dele.
- Malvado.
Etsuo riu baixinho, os lábios sujos de seu sangue e lambeu-os, limpando-os enquanto o observava.
- Itai onii-chan?
- Não dói, é muito apertado.
- Hum, e isso é ruim?
- Prende a circulação do seu dedo e veja. Apesar que não sei se você sentiria alguma coisa.
- Provavelmente não. - Riu baixinho.
Ritsu sorriu e se afastou do irmão, deitando-se a seu lado.
- Oishi, Etsuo.
- ... Gostou?
- Claro que sim. Você sempre pergunta como se eu não gozasse.
Etsuo riu baixinho e assentiu.
- Ta bem.
- Por que pergunta, hum? Acha que não gosto de ser ativo?
- Estou querendo saber mesmo.
- Kimochi. Honto.
- Vem, vem descansar um pouco.
- Sim, descanse.
Ritsu beijou-o no rosto e ajeitou-se, dando um colo parcial ao irmão, acomodando-o para dormir, e percebia que ele parecia gostar daquilo. Etsuo ajeitou-se junto a ele, repousando a face em seu ombro e fechou os olhos, ajeitando-se para dormir.
Ikuma abandonou a úmida toalha no móvel ao lado, e após o banho não se deu o trabalho de levá-la ao banheiro, talvez até precisasse dela ali. Deitou-se na cama, usava apenas as vestimentas inferiores num tronco desnudo e sutilmente respingado pelo banho recém tomado e acomodou-se embaixo do cobertor em cima da cama e do companheiro que dormia dando as costas a própria direção, voltado ao lado da varanda de porta fechada e cortinas abertas. Deitou-se de peito para cima, sentindo o conforto agradável da cama e suspirou profundo, aproveitando a tal sensação de preguiça. No mais, encarou instantaneamente o teto e o lustre com luz apagada, mas o quarto não era de um todo escuro, visto que a claridade exterior trazia o mesmo para o cômodo, mas era da noite e não do dia, que o contrário do descanso, passara acordado com trabalho, assim como o outro. Virou-se, encarando seus fios cinzentos e já compridos que adornavam com sutileza sua costa nua, caindo em poucos fios desordenados na pele branca e sem marcas. Aproximou-se do corpo em frente, unindo o porte com o seu, revestindo sua figura dorsal, tendo contra o peito suas costas. E os dedos passearam em resvalos tênues de seu braço até a cintura com pouca curva e desceu num embalo até a barriga magra, assim como foi o feito e deslizar os dedos ao interior de seu short usado para dormir, não justo e nem largo, espaçoso na medida suficiente a mexer os dedos ali dentro, fora o que pensou consigo e talvez sorrisse internamente. O dedo médio passeou em sua curva, a virilha, tocando ao caminho para o meio de suas pernas previamente antes de tomar na mão seu órgão adormecido ainda. Tocou a pele suave da região, em apelo da zona mais sensível ali. A face afundou em seu pescoço, aspirando seu cheiro de banho igualmente recém tomado e mordeu num mordisco breve, arrancando uma solitária gota de sangue, que corou a pele num rastro rubro e tão agradável ao paladar, lambendo aquele suave gotejo, logo traçou o rastro de sua mandíbula até a bochecha, dela aos lábios e obviamente já o tinha acordado quando deslizou a língua exposta por seus beiços e entre suas extremidade, separando-as para enfim empurrá-la adentro.
Taa suspirou, dormia um sono profundo, cansado de tanto trabalho pela noite, teve que cuidar da filha pequena e quando finalmente a fazia dormir, tinha que subir as escadas para ajudar o marido com o bar, mesmo desgostoso com as garotas que o rodeavam e até chegava a se perguntar quando foi que adquiriu tanto ciúmes dele já que antes não era assim, talvez foi mesmo dele que herdou o mesmo. Notava pela quantidade de vezes que ele se aproximava de si na boate e afastava alguém com a voz alta, chegava a rir quando o outro o fazia, mesmo que não demonstrasse, gostava tanto daquele modo dele, tanto de como ele era ciumento consigo, de quantas vezes por noite ele agarrava a própria cintura, selava os lábios e dizia baixo que era só dele e sempre seria. Murmurou algo a ele antes que entrasse ao banho, disse que iria esperá-lo já entre um bocejo e fechou os olhos em descanso, sem ver mais nada logo após, estava tão cansado que nem pode esperar o outro voltar para falar consigo e rezou em silêncio para que a filha continuasse dormindo e não chorasse para que tivesse que se arrastar até lá. Cobriu-se com o edredom grosso do outro, ou até próprio já que dividia a casa com ele e manteve-se ali apenas a esperá-lo voltar. Sentiu a mão do outro deslizar o próprio corpo, longe no sono e resistiu por um tempo ao toque dele sem abrir os olhos até que finalmente o sentiu tocar a si no ponto sensível. Abriu os olhos aos poucos, abrindo um pequeno sorriso a deixar escapar o gemido suave com a mordida e virou-se a lhe retribuir o beijo, sugando-lhe a língua para si e levou uma das mãos a face dele, segurando-o junto a si a lhe morder sutilmente o lábio inferior, arrancando a gota de sangue que sugou para si igualmente e selou-lhe os lábios varias vezes.
- Como consegue ter tanta energia?
- Uh...
O murmuro soou num riso nasal e único. A face funda de Ikuma regressada em seu pescoço com movimentos hábeis, vagarosamente deliciava seu cheiro, seu sabor indireto em beijos acompanhados de um suave rastro úmido. Os dedos sutis delinearam a volta de sua zona sexual e acoplou as glândulas inferiores na palma, apertando-as com minúcia antes da ida à base, massageando-a enquanto estipulava-a, torando-o firme e maior.
- Isso se chama tesão, não energia.
Taa fechou os olhos ao sentir os estímulos do outro, inclinando o pescoço para trás sutilmente e gemeu baixo, sutil.
- Hum... Me mostre mais disso...
Os dedos do menor traçaram o contato pessoal num rumo já conhecido. Entre suas nádegas, o ponto estreito de seu corpo, já acostumado pela dor mas nunca pela sensação de ser corrompido por todas as vezes em que o possuía, engoliu o dedo que se instalou num resvalo vagaroso e contínuo até estar dentro por inteiro, tocando o tão conhecido lugar dentro de si e pressionou com a ponta, massageando com sutileza a região que provia o companheiro de prazer.
O gemido baixo deixou os lábios do maior ao senti-lo adentrar a si e manteve os olhos fechados a unir as sobrancelhas, apreciando os estímulos, mordendo o lábio inferior sutilmente e agarrava o lençol da cama com uma das mãos. Ikuma aspirou o aroma de sua cútis ao caminho que seguiu até sua orelha e lambeu-a no contorno firme da cartilagem com mordisco seguido, sugada do lóbulo e movimento num brando vaivém o dedo, dificultado pelo corpo seco, não lubrificado.
- Diga pra mim, "quero engolir seu pau, Ikuma."
Taa suspirou, sentindo o sutil arrepio pelo corpo ao ouvi-lo e sorriu, um pequeno sorriso malicioso.
- Quero engolir seu pau, Ikuma. - Murmurou.
- O quer todinho dentro, hum?
Ikuma indagou no mesmo tom sussurrado em seu ouvido, enquanto em movimentos vagarosos pela cama, arrastava-o de peito contra o macio e forrado colchão, novamente revestido seu físico com o próprio, acima de sua figura dorsal. O maior assentiu, agarrando o lençol entre os dedos a apertá-lo.
- Todinho, hum...
- Então me diga o quanto quer. "Ikuma, coloque o pau, foda minha bunda, me coma, me esfole todinho e então goze dentro, me deixe sentir seu gozo, suja-me de você."
O menor ditava ainda de tal modo, enquanto o dedo fora inicialmente acompanhado por um segundo, abrindo sua entrada que se apertava a volta de seus invasores.
Taa observou o outro a ouvi-lo e riu baixinho, malicioso.
- Nossa... Hoje tá foda hein? - Murmurou e o gemido baixo deixou os lábios novamente ao senti-lo adentrar a si com o segundo dedo. - Hum... Deixa eu sentir seu pau, Ikuma. Mete no meu cu, ahn... Sei que gosta que eu te aperte bastante pra me abrir todo e depois gozar em mim. Vem... Me fode.
- Gosto... Adoro meter nesse cu gostoso. Você fica todo molhadinho rebolando a bunda no meu pau e gemendo, cheio de espasmos, e ainda fica de pau duro.
Ikuma afastou-se, pôs-se de joelhos atrás de sua figura e arrancou de modo literal, seu short de tecido fino, passando por cada uma das pernas até tê-lo livre do impasse. O maior uniu as sobrancelhas ao senti-lo puxar a própria roupa, virando a face a observá-lo.
- Vai arrancar tudo então? Vou até apanhar hoje pelo visto. - O maior piscou ao outro.
O menor sentou-se na cama, levando a mão ao cós da peça e livrou o sexo do aperto da roupa, expondo o falo ereto e já previsível. Tateou o músculo contra o ventre, acariciou a zona ereta num sobre e desce e com movimento abrupto passou a masturbá-lo, estimulando-se. Com a outra, gesticulou com os dedos, chamando-o consigo.
-Vem cá, vem dançar pra mim.
- Dançar, hum?
Taa riu e virou-se a se ajoelhar na cama em frente ao outro, beijando-lhe o pescoço algumas vezes a morder sutilmente a pele, arrancando pequenas gotas de sangue a sujar os lábios.
- Espero que não se importe se eu sair da minha posição um pouquinho, hum...
Abaixou-se a observar a mão do outro a estimular a si, lambeu-lhe o membro e deu-lhe uma pequena mordida nele. Ikuma amenizou os movimentos de modo que fossem propícios de acordo com o feito alheio e sentia o úmido toque de sua boca pelo sexo. Encarou-o e mordiscou o lábio, delineando-o com a ponta da língua.
- Se fizer bem feito, te deixo me morder antes de gozar.
O maior abriu um pequeno sorriso ao ouvi-lo e afundou-o na boca a sugá-lo para si, repetindo o movimento algumas vezes a deslizar uma das mãos pela cintura do maior, apertando-o no local. Ikuma soltou-se, livrando a ereção do toque manual e em uso da mesma mão levou-a pouco atrás do corpo onde apoiou arqueação das costas. A esquerda direcionada a seus cabelos navalhados onde impulsionou a cabeça, passando a empurrá-lo contra o sexo, colocando-o inteiro dentro de sua boca em movimentos rápidos e despreocupados.
Taa uniu as sobrancelhas a concentrar-se nos movimentos que fazia, engolindo o membro do outro, algumas vezes a retirá-lo dos lábios, sugando-o a deslizar a língua pelo local.
- Uh...
Ikuma gemeu abafado contra os lábios cerrados e com firmeza agarrou seus fios de cabelo, os puxando num punhado de fios enroscados aos dedos.
- Que tal me dar outra coisa? Vem rebolar pra mim, lagarta. Estou com fome, me da seu cu gostosinho, sei que você quer.
O maior inclinou o pescoço para trás ao senti-lo puxar a si, unindo as sobrancelhas e sorriu a ele.
- Então sente direitinho, ahn... Quer que eu fique de costas ou de frente?
- Vem de frente, quero olhar você.
Taa assentiu e ajeitou-se sobre o colo dele, levando uma das mãos ao membro do menor já lubrificado pela própria saliva a o guiou entre as nádegas, levando a outra mão ao ombro dele a apoiar-se no local, sentando-se devagar sobre o colo do namorado a senti-lo adentrar o próprio corpo, deixando escapar o gemido baixo, dolorido.
- Hum...
Ikuma ajeitou-se, observando-o com inércia seus atos e a mão somente se dirigiu a sua nádega, apalpando-a e afastando-a enquanto sua mão no próprio sexo, fizera-o beirar em sua entrada, logo resvalando-a até o fundo de sua entrada virgem e não conteve calado o gemido, encarando-o enquanto num grunhido dispersava a voz.
Taa observou-o com o sutil gemido e aproximou-se do outro a lhe morder o lábio inferior, puxando-o entre os dentes a logo soltá-lo, rosnando a ele a mostrar as presas. Moveu o quadril, rebolando sobre o colo do menor e gemeu baixo novamente, iniciando aos poucos os movimentos.
- Ah, está rosnando pra mim, cadelinha? É?
O menor indagou sussurrado, por vez contra seus lábios enquanto de perto o encarava e sugou o inferior entre os próprios, lambendo e massageando com a língua tal região.
- Isso, isso... - Ditou com ambas as mãos guiadas em suas nádegas, nelas impondo seus movimentos de sobe e desce em ajuda ao companheiro. - É gostoso?
Taa assentiu e lhe mordeu o lábio inferior, rosnando novamente e riu baixinho, voltando a mover o quadril num sutil sobe e desce sobre o corpo do outro, agilizando aos poucos os movimentos a unir as sobrancelhas e gemia baixinho, levando ambos os braços ao redor do pescoço dele a abraçá-lo. Vez outra, dispersos iguais e baixos gemidos. Ikuma ainda o manejava por suas nádegas firmes, sentindo o trepidar de seus músculos em atrito ao corpo. O úmido toque de sua entrada pelo sangue, deslizando-a para dentro e fora, preciso.
O maior mordeu o lábio inferior a agilizar ainda mais os movimentos, inclinando o pescoço para trás a fechar os olhos e apreciar os mesmos, fortes, sentindo-o atingir a si a fundo e movia o quadril a rebolar sobre ele.
- Caralho, Ikuma... Você é tão bom... - Murmurou.
- Eu sei, lagarta.
Ikuma retrucou num meio sorriso, erguendo sutilmente o canto dos lábios e arqueou a coluna conforme deitou-se no colchão. Dobrou as pernas, apoiando os pés à cama e tornou lhe agarrar da cintura, onde o manejou a bel-prazer do que gostaria, erguendo-o sobre o colo o qual passou a empurrar vigorosamente para cima, estocando-o. Os gemidos baixos deixaram os lábios do maior a cada movimento do outro, não queria acordar a filha novamente e levou uma das mãos a apoiar no colchão ao lado dele, apertando o lençol com certa força entre os dedos, movendo-se a rebolar sobre o colo do menor e abriu um pequeno sorriso a observá-lo.
- Assim, hum?
O menor sorriu a ele em retribuição. A mão esquerda deslizou em sua nádega, apertando-a com indelicadeza enquanto a outra voltou em frente, tomando entre os dedos seu membro, passando a masturbá-lo, sentindo na palma o músculo duro e com espasmos que bem agradavam a si. Taa deslizou uma das mãos pelo tórax do outro a lhe alcançar o mamilo, apertando-o sutilmente entre os dedos e mordeu o lábio inferior.
- Quero morder, hum...
Riu baixinho a se deitar sobre ele, deixando-o continuar os movimentos por si e abaixou-se a lhe selar os lábios.
- O que quer morder?
Ikuma retrucou no desvencilho de seu toque e subiu as mãos, agora ambas por suas laterais, contornando a cintura onde novamente tornou pegá-lo com firmeza, enquanto precisamente o estocava de modo que bem notório o atrito contra seu corpo. O gemido pouco mais alto deixou os lábios do maior e mordeu o lábio inferior, observando-o a ouvir a pergunta e abaixou-se pouco a deslizar a língua por um dos mamilos do loiro, mordendo-o sutilmente.
O menor eriçou-se diante do toque concebido e riu quase sem som. Tomou impulso no corpo a levá-lo para cama, tomando lugar em meio suas pernas outra vez. Afastou-as mais que o necessário, e segurou-o por suas coxas bem afastadas. Observou instante o membro com tênue camada de brilho, lubrificado por seu corpo, entrando e saindo.
Taa deitou-se a deixar o gemido baixo escapar, observando-o sobre si a separar pouco mais as pernas, dando espaço a ele, levou uma das mãos aos cabelos do menor, puxando-os sutilmente entre os dedos. Ikuma pendera sutilmente a cabeça para trás, e abaixou-se pouco mais inclinado contra sua figura. Os dedos o seguravam no rosto através de seu pescoço e linha da mandíbula, e seus lábios delineou com a língua, selando-os de modo breve.
- Shiteru yo...
Sussurrou num vocal lascivo, embargado de prazer, enquanto pausadas conforme estoques de solavancos empenhados em seu corpo.
Taa deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, acariciando-os ao ouvi-lo e sorriu a lhe retribuir o selo com outro, mordendo-lhe sutilmente o lábio inferior.
- Eu também te amo.
Sorriu novamente e puxou-o sutilmente para si a inclinar o pescoço ao lado, dando espaço a ele para que provasse do próprio sangue.
- Uh.
Ikuma riu num som nasal e apenas deslizou a língua em sua pele. Mordiscou-a em gotejos logo cessados e saboreou mínimo. Levou as mãos ao colchão, segurando descontraidamente o lençol. Ainda investia vigorosamente contra seu quadril ouvindo o atrito da mesma forma, em seu corpo com o próprio, na exposição igual do pescoço esguio, e livre.
O maior suspirou, aspirando o aroma prazeroso da pele do outro tão próxima de si, era mais que o cheiro de banho, era cheiro de sangue. Aproximou-se sutilmente a deixar escapar os gemidos baixos contra a pele dele, sugou-o no local, dando pequenos beijos e mordeu sutilmente a arrancar poucas gotas de sangue igualmente, hesitante em mordê-lo.
- O que foi, está com medo lagarta? - Ikuma indagou baixo a seu encontro auditivo.
Taa riu e assentiu.
- Já dormi por uma semana, não quero dormir de novo.
- Não foi uma semana, foram quase cinco dias.
- Disse que foi uma semana...
- Foram dias corridos da semana. Ora, se perdeu no tempo, Taa?
- Desculpe... - Riu.
- Não quer matar a sede, hum?
- Estou morrendo de vontade de te morder, você nem faz ideia...
- Então vem me estuprar um pouco, eu deixo você morder.
- Hum... Estuprar? - Riu. - Não faça essas ofertas, sabe que eu adoro te estuprar.
- Eu adoro ser estuprado.
- Ah é? Entendi porque anda me recusando tanto ultimamente...
- Recusando você? Jamais, estuprar também faz parte.
Taa riu e empurrou o outro contra a cama, sentando-se sobre ele a se ajeitar, deixando-o adentrar o corpo novamente e gemeu baixinho.
- Hum... Kimochi. - Taa murmurou.
Ikuma sorriu à mostra dos dentes bem alinhados e levou as mãos novamente pelos quadris do outro, movendo-se sem muito impulso, como podia fazê-lo de onde estava. O maior fechou os olhos, apreciando os movimentos que fazia a agilizar os mesmos aos poucos, mordendo o lábio inferior.
- Quero morder você... - Murmurou. - Quero morder você inteiro...
- Ah, mas que fome, lagarta.
Ikuma retrucou num riso que novamente soou nasal e a mão levou ao sexo alheio, acariciando o falo crescido, excitado, o apertando nos dedos porém com minucia. Taa gemeu baixo, sutil ao senti-lo apertar o próprio membro, deslizando o olhar ao local e abriu um pequeno sorriso. Abaixou-se, levando uma das mãos aos cabelos dele a puxá-los com força, inclinando o pescoço ao menor ao lado, roçou os lábios a pele dele e cravou as presas no local, sem dó, rompendo a carne a sugar o sangue dele para si, alimentando-se.
O menor descerrou os lábios, porém sem emitir algum som. Encarou-o visto que já nítida cor dos orbes a observá-lo e de mesmo modo encarar seu vulto no movimento abrupto e sentir os dentes penetrados num ato preciso, e abandonar o sangue a direção de sua boca.
O maior apertou com certa força o lençol da cama entre os dedos, sugando-lhe o sangue para si a dar goles longos, apreciando o sabor tão bom que aquele sangue tinha para si, porem não ouviu gemido algum vindo do outro e já sabia que alguma consequência ia ter depois. Fechou os olhos a apreciar o momento apenas e logo retirou as presas de sua carne a afastar-se, retomando os movimentos que fazia sobre ele.
Ikuma encarou-o visto que afastado seu corpo. E sentia o leve rastro deslizar pelo pescoço, corando um gotejo. Pressionou as mãos em suas coxas, subindo-as aos quadris. Os pés apoiados na cama e se acomodou de modo em que vigoroso, mesmo embaixo, estocou seu corpo. Taa uniu as sobrancelhas, deixando escapar os gemidos pouco mais altos com as investidas do maior e desviou o olhar a ele, mordendo o lábio inferior a arrancar a pequena gosta de sangue que deixou escorrer a manchar a pele.
Mútuo, o menor o encarava, no não desvio das íris de seu rosto, mesmo brevemente a seu corpo que cavalgava em movimentos bruscos no colo, e estalava com atrito seco na pele, mesmo que seu corpo estivesse úmido o suficiente. Taa fechou os olhos por um pequeno tempo, mantendo os gemidos e logo o gemido mais alto escapou dos lábios, pressionando o quadril sobre o dele a atingir o ápice, levando uma das mãos ao próprio membro a deslizar a mão por ele, sujando o corpo com o prazer que sentiu junto dele. Abaixou-se, selando-lhe os lábios e suspirou, rebolando sobre o colo do menor.
Ikuma abaixou-se conforme sentiu o peso veemente pelo colo, visto os leves jatos de sêmen, constando seu prazer no ápice, e um gemido mais grave. Selou-lhe os lábios no decair de seu corpo contra o próprio e sinuoso movimento do quadril, se provendo dos minutos restantes de prazer, permitindo-se gozar com ele. O maior sorriu a ele, selando-lhe os lábios algumas vezes e acariciou-lhe os cabelos com uma das mãos.
- Está bravo?
- Não. - O menor o mordiscou no lábio inferior já que próximo.
Taa sorriu, deitando-se sobre ele a se ajeitar.
- Gostoso. - Ikuma disse e pouco se moveu ainda em seu interior.
Taa gemeu baixinho e assentiu.
- Hai.
- Agora vou permitir que descanse, já que a Shizuka logo vai acordar.
- Hum... Tem razão... Boa noite...
- Boa noite, lagarta.
Um suspiro longo deixou os lábios de Kazuto, era sempre difícil nos últimos meses de gravidez, se movia de modo lento, dormia mal, comia mal, era péssimo, mas gostava, gostava da ideia de carregar um filho dele, e naquela manhã, viu o filho correr em direção a cama, com um sorrisinho nos lábios.
- Mamãe, mamãe!
- Oi meu amor, o que foi?
- Eu quero panquecas!
- Panquecas, é? E... Onde está Kazumi?
- Ela não está hoje...
- Yuuki deve ter dado o dia de folga pra ela... Eu já vou levantar.
Ao se erguer, Kazuto esfregou os olhos, desviando o olhar ao quarto, Yuuki não estava ali, mas não era novidade. Coçou a cabeça, e seguiu ao banheiro, onde escovou os dentes, lavou o rosto e penteou os cabelos, vendo o filho brincar na cama enquanto isso.
- Suzu, não faça bagunça, ah? Senta no balcão da cozinha que a mamãe já vai.
O pequeno assentiu e correu para o outro cômodo. Quanto a si, colocou um roupão sobre o pijama e seguiu para a cozinha com ele, mas cessou o caminho, antes que chegasse lá, fitando a porta da entrada após o longo corredor e uniu as sobrancelhas, com a pontada dolorida que sentiu.
- Mamãe? O que foi?
Disse o pequeno, que certamente havia sentido a sensação dolorida no próprio corpo.
- Não é nada, Suzu...
- Quer que eu ligue pro papai?
- Não, ele... Ele virá.
♦
- Pirralho. - Disse Yuuki a passar pela porta.
- Yuuki... Está doendo muito.
- Já liguei pro médico.
- Não... Não temos com quem deixar o Suzuya...
Yuuki permaneceu pensativo por alguns momentos.
- Quer fazer o parto em casa?
- ... Em casa?
- Sim, na nossa cama.
- Nossa? - Kazuto sorriu por um momento, mas gemeu dolorido em seguida. - T-Tudo bem...
- Não é hora pra isso, vem, sente-se.
- Papai! - Disse o pequeno a correr para a sala.
- Suzuya, agora não posso, papai tem que cuidar da mamãe, que está passando mal.
- Está...?
- Sim, Kazuto vai ter sua irmãzinha.
- Ah... Minha irmãzinha vai vir brincar comigo?
- Sim, mas vai demorar um pouco... Brinque com seus brinquedos, tá bem?
Kazuto uniu as sobrancelhas, se sentava no sofá, com as sensações doloridas. Yuuki tirou o celular do bolso e conversou com o médico, indicando a mudança de planos para chamá-lo para vir até sua casa. Em seguida, guiou o menor para o quarto, na verdade, o pegou no colo, embora fosse um pouco estranho.
- Está confortável?
- Sim... Obrigado. Ele vai demorar?
- Acho que não.
- Você... Vai ficar comigo?
- Obviamente.
- Eu digo... Vai sentar do meu lado e... Segurar minha mão?
Yuuki observou o garoto, era estranho porque, se lembrava no que havia pecado na primeira vez, com Suzuya.
- Sim, estarei aí.
Kazuto sorriu e assentiu, apertando o lençol da cama, firme, fora uma questão de pouco tempo até o médico estar ali na porta, era um vampiro, era rápido, e ele sabia bem a situação para não demorar quando chamasse, Yuuki pagava em dinheiro, e uma quantia alta, justamente por isso, ele estava sempre por perto quando solicitado.
- Certo, garoto, sabe como funciona, não é? Precisa tirar as roupas, Yuuki pode te ajudar.
Kazuto assentiu e com a ajuda do maior, tirou as roupas, substituindo-a pelo avental dado pelo médico.
- Não vai demorar, vou anestesiar você.
O menor estava aéreo, sabia muito bem que, se fosse humano, aquilo não aconteceria daquela forma. Vampiros agiam como se dor não fosse nada, como se fosse algo que é passageiro, tudo era muito passageiro, até mesmo as recuperações. Era só tomar um gole de sangue, que parte da ferida já recuava, era triste e bom ao mesmo tempo, gostaria de sentir as coisas como elas realmente eram as vezes, com pouco mais de intensidade. Yuuki não soltou a mão dele, como ele havia pedido. Embora se sentisse um pouco bobo por fazer aquilo, estava dando forças para o menor, que estremecia ao sentir o médico mexendo no corpo dele, não era algo muito agradável de sentir de fato, mas no fim, o pequeno corpo estava nos braços do médico, chorava, e era tão pequena, como o garoto.
- Ela está bem? - Perguntou o menor.
- Ela é um vampiro, está bem. - Respondeu o médico.
Kazuto assentiu, se sentindo um pouco reprimido, e o médico levou um pequeno tempo, com a ajuda de Yuuki, para fazer a limpeza do corpinho da pequena, já tendo deixado tudo separado para aquilo previamente.
- Minha Arisu...
Disse o menor ao receber a filha nos braços, e teve que sorrir, acariciando o pequeno rostinho dela.
- Yuuki... Ela é tão linda.
Yuuki fitava o rostinho dela, e não podia evitar de ver seus olhos, já abertos, embora pouco franzidos, eram amarelos, como os próprios, sabia que Kazuto gostava daquele detalhe, e não queria, mas teve que sorrir ao ver a pequena.
- Oi pequena.
Kazuto desviou o olhar a ele e sorriu, estava emocionado, tão animado em ter la já nos braços. O médico já guardava seus instrumentos.
- Não se esqueça, bastante sangue e repouso nas primeiras horas, depois pode fazer tudo normalmente.
- Obrigado doutor.
Yuuki pagou o médico, e agradeceu o serviço, levando-o até a porta. Kazuto era incapaz de deixar a pequena, a abraçava contra o peito, vendo-a tão tranquila, mas os olhinho abertos, fitava a si, e queria saber o que ela estava pensando, se é que podia pensar algo. Riu, sozinho.
- Mamãe... Você está melhor?
Disse o pequeno que adentrou o quarto, mesmo sem autorização, e por sorte, a ferida estava coberta, e claro, já havia sido fechada.
- Mamãe está bem, Suzu. Venha, venha conhecer sua irmãzinha.
O pequeno caminhou até a cama, erguendo-se na pontinha dos pés e fitou o pequeno corpinho nos braços da mãe, sorriu.
- Mas ela é tão pequenininha, como vamos brincar?
Kazuto riu.
- Ela vai crescer ainda, meu amor, mas... Logo ela vai brincar com você.
- Hum... Quanto tempo? Um mês?
O menor sorriu ao olhar o filho e assentiu.
- É, talvez um pouco mais.
- Eu já... Já arrumei a mala. - Asahi falou num suspiro, colocando-a em cima da cama. - Já arrumou a sua?
- Eu sequer a desarrumei.
Kazuma disse e mostrou a ele a mala ainda fechada, agora sobre a cama onde haviam dormido.
- Ah... - O menor riu e assentiu, ajeitando as próprias roupas. - Então tudo bem.
- Quer algo mais?
Kazuma indagou e tocou seus cabelos mais longos do que costumava.
- Iie... Talvez uma tesoura para o meu cabelo. - Riu baixinho.
- Está bonito dessa maneira.
O maior disse e caminhou até ele, tocou seus cabelos louros e enlaçou, fazendo um penteado frouxo que prendeu no topo de sua cabeça. Asahi sorriu ao sentir o toque nos cabelos e fechou os olhos, deixando-o prendê-los do modo desajeitado.
- ... Está?
- Está.
Disse o moreno e se dispôs em frente a ele. Encarando o penteado desalinhado. Ficava bem. Asahi sorriu novamente e aproximou-se a lhe selar os lábios. Kazuma tocou seu queixo de leve após o breve beijo que recebeu.
- Vamos?
O loiro disse novamente num sorrisinho e acariciou os cabelos curtos do outro.
- Em alguns minutos. - Kazuma disse e tomou posse de sua mala nada volumosa.
- Hai. - Sorriu a ele e suspirou, ansioso.
Kazuma sorriu de canto, percebendo sua euforia. Quando em alguns minutos sentiu a agitação de estarem encostando o navio, parando enfim em terra, só então deixou o quarto junto a ele.
- Chegamos.
Asahi sorriu a ele e saiu junto dele da cabine, carregando, ou tentando, a mala dele.
- Vamos, vamos!
- Deixe que eu levo isso.
O maior disse tomando posse das malas que levou no caminho. Aquela altura já estavam a desembarcar no porto, e podia ver dali a praia que ele novamente queria visitar. O menor sorriu a ele, entregando a mala e seguiu, empolgado como estava para baixo, descendo devagar do navio.
- Vem, medroso.
Kazuma disse diante de seus passos muito recatados e deu a mão a ele quando enfim descera. O menor riu baixinho e seguiu com ele para fora.
- Tenho medo de cair.
O moreno caminhou com ele até a passarela na ala de desembarque. Havia estacionado o carro por perto, para onde seguiu com ele.
- Vamos de carro? Ah... Podemos voltar aqui na praia qualquer dia?
- Precisamos ir embora de carro. Mas podemos passar na praia antes de ir.
- Iie, já te fiz ficar muito tempo aqui.
- Não quer?
- ... Não, podemos vir outra hora. - Sorriu.
- Quer conhecer a casa, hum?
- Estou ansioso.
- Então estamos indo.
Kazuma disse após guardar as malas no veículo e dar passagem a ele para entrar no automóvel. Tão logo tomou posse do volante e passou a dirigir, levaria um tempo até chegar. Asahi sorriu a ele, animado com o passeio e adentrou o carro, estranhando o veículo novamente, não se acostumava a andar de carro, mas parecia divertido. Tinha uma boa paisagem em vista do percurso, como o moreno dizia a ele, era um lugar bonito, é provavelmente daria a ele uma nova lembrança de sua vida, ainda mais depois da guerra.
- Quer frutas? Quer parar numa dessas quitandas de estrada?
Asahi sorriu a desviar o olhar a ele, e achava aquele caminho, mesmo as pequenas quitandas, encantadoras, mas pensou que ele talvez fosse achar tudo meio supérfluo.
- Eu quero. - Disse, porém lembrou-se que consigo não tinha muito dinheiro, então negou logo em seguida. - Vamos... Vamos indo mesmo.
- Então vamos para que conheça. - Kazuma disse e beirou a parada, ouviu-o se contradizer em seguida.- Hum, o que há? Não precisa ficar tão ansioso, terá muito tempo para conhecer minha casa.
O loiro desviou o olhar a ele.
- Eu sei, mas... Não recebia muito trabalhando na estalagem...
Kazuma fitou-o, curioso.
- Está preocupado com dinheiro?
- ... Talvez.
- Eu fui busca-lo, logo me coloquei a ser responsável por seu bem estar, vou cuidar de você, Padre. E isso inclui comprar frutas pra você. - O maior disse e afagou seu cabelo.
Asahi sorriu a ele e assentiu, repousando a face em sua mão.
- Então vamos comprar algumas. - Kazuma beliscou sua bochecha e então estacionado o veículo desembarcou dele. - Venha, Asahi.
O loiro assentiu e saiu do carro igualmente, claro, não sem antes buscar a maçaneta quase inutilmente por alguns segundos. Kazuma abriu a porta para ele, que parecia preso dentro do veículo. Achou graça embora não estivesse rindo. Logo caminharam até as pequenas quitandas, de longe cheiravam as feiras. O menor sorriu a ele ao sair, meio desajeitado.
- Ah... As frutas parecem bonitas.
- Quais você gosta? - Indagou ao tocar as maçãs.
- Hum... Eu gosto de maçãs. Talvez... Bananas.
- Vamos levar algumas.
O maior disse e aceitou a pequena cesta que ganhou da mulher, separando as frutas que o deixou escolher. Asahi sorriu a ele e assentiu, colocando algumas bananas na cesta e pegou também algumas frutinhas pequenas, pêssegos.
- Hum, os pêssegos são bons. Gosto de pêssegos.
- Gosta? - Sorriu. - Que bom.
- O que mais levamos?
Kazuma indagou e entregou à dona da quitanda que sorria enquanto somava valores das frutas.
- Morangos?
- Morangos. Escolha-os, não sou bom com morangos.
- Ah? É só escolher o que não estão parecendo amassados ou podres. - Sorriu. - E bem vermelhinhos. - Disse, mostrando alguns a ele.
- Escolha os que gosta. - Kazuma disse e sorriu canteiro após a sua breve explicação.
Asahi assentiu e juntou alguns numa pequena cestinha, entregando em conjunto para a moça.
- O que pode se fazer com os morangos, Padre?
O loiro desviou o olhar a ele e por fim deu um pequeno sorriso.
- Bem... Várias coisas. Torta... Bolo, ah...
- O que você costuma fazer, Padre?
O moreno indagou, incapaz de imagina-lo a cozinhar de batina.
- Ah, eu sei cozinhar algumas coisas.
- Eu imagino.
Kazuma sorriu, achando graça do modo como ele pareceu tímido com o que dizia. Asahi sorriu meio de canto.
- Vamos?
- Não quer mais nada?
O maior indagou e higienizou uma das maçãs na roupa, sem demasiada atenção, mordeu-a em seguida.
- Iie, tudo bem. - Asahi sorriu e desviou o olhar a pequena barraca de frutas. - Ah... Aquilo são cogumelos? Posso?
O moreno assentiu ocupando-se com a maçã. Seguiu seu caminho até os cogumelos e ofereceu a maçã para ele. Asahi pegou a pequena bandeja de cogumelos, retirando do bolso as pequenas notas amassadas e entregou a moça da barraca, sorrindo a ele em seguida e mordeu a maçã.
- Vamos?
- Não faça isso. Eu vou pagar no fim quando ela terminar de fechar a cobrança. - Disse o maior e devolveu seu dinheiro. - Precisa de algo mais?
- Ah... Me desculpe. Eu... Não posso ajudar a pagar?
Asahi falou a ele unindo as sobrancelhas, mas negativou por fim.
- Guarde e compre algo quando não eu estiver por perto. O que estiver precisando.
O menor assentiu e guardou o dinheiro no bolso, assentindo a ele. Kazuma entregou a maçã a ele, embora na metade e seguiu a fechar as pequenas compras na parada, levou consigo a cesta de transporte das frutas e deixou-a no banco de trás quando voltou a pegar o volante, retomando a viagem. Assim como ele, o loiro seguiu para o carro e adentrou, sentando-se no banco do passageiro.
- Farei bolinhos de arroz pra você hoje.
- Hum, fará? Não chegará querendo descansar?
- Descansei por dois anos.
- Hum, você trabalhou lá.
- Mas não via você.
- Então agora quer cuidar de mim, ah?
- Hai. Como uma esposa faria.
Kazuma achava graça de seu ponto de vista, a forma como imaginava a interação, não disse nada a ele. Continuou a dirigir até que enfim chegassem em casa. Por trás das pesadas portas que passaram, tinha uma casa grande, um jardim espaçoso e tradicional, gostava de templos e era por isso que tudo ali ou boa parte lembraria um. Trabalhava há muito tempo, merecia o que gostava. Atrás de ambos as portas foram logo fechadas enquanto levava o carro pela passarela até a entrada, o estacionando.
Ao chegar, Asahi não achou que realmente fosse a casa dele. Haviam passado por um arco tradicional muito bonito, e ele havia mencionado que na região haviam muitos templos, pensou que poderia ser apenas mais um, mas era muito maior do que imaginava. Desviou o olhar para a janela. abrindo um enorme sorriso, assustado com o tamanho do local, e também com a beleza.
- Kazuma, esse lugar é lindo! Kyoto é aqui?
- Já estamos em Kyoto faz algum tempo, Padre. Venha, preciso mostrar uma coisa a você. - Disse e gesticulou com a mão a chama-lo.
- Senhor.
Cumprimentou o rapaz, que fez o mesmo movimento ao menor embora não soubesse como se referir a ele, um maneio com a cabeça e uma curva leve.
- Espero que tenham feito uma boa viagem!
Disse ele e seguiu em passos curtos porém rápidos para dentro de casa, em qualquer que fosse seu caminho anterior. Ao ajudar o menor subir as escadas, somente então deu passagem para dentro de casa e levou-o consigo para o outro lado dela, onde voltaram a sair para o jardim. De lá podia-se ver um sorriso leve, marcado de rugas suaves, gentis para a idade. Era pequena como ele, na verdade um pouco menor. Estava usando um quimono branco e rosa enquanto acomodada numa almofada macia tomava chá, que saia do copo em alguns fios de fumaça denunciando sua temperatura.
- Encontrou o que perdeu. Okaeri. - Disse ela, suavemente. - Deixe-me vê-lo, rapaz. Venha.
Asahi assentiu a ele e saiu, seguindo-o pelo que havia identificado ser a casa dele e daquele tamanho, dava quase o dobro da igreja! Arregalou os olhos, ainda assustado pelo fato de que ele morava ali e observou o rapaz que se colocou a frente, um serviçal, não sabia igualmente como reagir, então acabou por retribuir a reverência, de certa forma, sentia-se mais ou menos como um criado como ele, era tudo muito novo e estranho ainda, afinal, aquele era o movimento que as pessoas faziam quando adentravam a igreja pedindo pela própria benção. Calmamente, seguiu com ele para dentro, curioso e cessou os passos por um pequeno momento ao ver aquele belo jardim, grande, e sempre quisera ter um jardim, por isso, namorou as flores e o céu por um momento, era lindo. Ao dar-se conta de que havia ficado para trás, caminhou mais rápido, até ver a senhora que bebia seu chá, e confuso, seguiu até ela junto dele.
- ... Nani?
Kazuma seguiu até ela, guiando o garoto pelo ombro, atravessou a pequena passarela de madeira até o gazebo do outro lado, onde ela fazia seu horário de chá. Não disse nada após libera-lo. Enfiou as mãos nos bolsos enquanto os observava.
- Asahi, essa é minha avó.
- Olá Asahi. Quando olho meu filho, vejo um adolescente, olhar para seu jovem rosto então, é como ver um bebê. Fico feliz de conhecê-lo.
Devagar, o loiro seguiu até ela junto dele, estava um pouco tímido, mas gostava de conhecê-la, sabia quem era antes mesmo dele falar.
- M-Muito prazer, senhora. É um prazer imenso conhecê-la.
Disse e abaixou-se numa reverência, talvez até formal demais.
- Estou feliz que tenham se encontrado. - Kazuma disse ela e sorriu suavemente.
- Saber que conseguiram passar por todo aquele inferno. Seja bem vindo, filho.
Asahi desviou o olhar a ela ao ouvi-la e abriu um pequeno sorriso, sentindo algumas lágrimas nos olhos, se sentia emocionado por ser tratado como parte da família por ela.
- Obrigado...
- É, ele parece mesmo como um bebê.
Kazuma disse a ela ao vê-lo lacrimejar, usando de suas palavras ditas pouco antes. Asahi riu baixinho e negativou, desviando o olhar a ele logo após, ainda tímido.
- Ela... Sabe tudo sobre nós? - Murmurou.
- Sabe o que precisaria saber. - O maior disse a ele e não tentou soar silencioso.
- Sei que Kazuma encontrou algo bom dentre tantos turbilhões, filho. Sei que não são somente amigos.
O menor desviou o olhar a ela, e entendeu parcialmente o que ocorria, mas aparentemente, ela não parecia saber que anteriormente era um padre, preferiu não dizer nada sobre.
- Ah... Eu sempre espero uma reação de repulsa em relação a mim, das pessoas, me perdoe.
- Como poderia repudiar a felicidade, querido? Aqui está tudo bem. Tome chá ou descanse de sua viagem.
Disse ela que voltou a dar atenção a seu pequeno recipiente de chá. Asahi assentiu ao ouvi-la e se voltou a ele.
- Se a senhora puder me dar licença, gostaria de cozinhar para vocês hoje.
- Vou ficar feliz em participar.
- Hum, parece que estão bem. Asahi, vou levar as malas até o quarto.
- Eu ajudo. - Asahi sorriu a ele. - Com licença.
Disse a ela e por fim pegou uma das malas, a menor é claro, e era somente uma desculpa para conhecer o quarto.
- Desço em breve, oba.
Kazuma disse a ela que continuava seu ritual de chá, parecia animada. Sorriu para ela ou ele, talvez para si mesmo. E seguiu a levar o garoto consigo pela casa, passou pelo mesmo lugar até entrar e então se dirigir aos quartos no piso superior. Especificamente o próprio, onde imaginava que ele fosse querer dormir.
- Tem outros quartos aqui, caso prefira ter onde passar algum tempo a sós.
Asahi seguiu com ele, conhecendo a casa que ainda parecia grande demais para si, quase parecia uma formiga ali dentro, mas tudo era lindo, e rico em detalhes. Ao adentrar, fitou a cama espaçosa, não acreditava que ele pudesse dormir ali sozinho, era um futon, mas parecia tão macio e confortável que queria poder deitar nele.
- ... Hai. - Sorriu.
- E então? Quer suas coisas no quarto ao lado ou aqui?
- Aqui. - Asahi sorriu.
- Bem, você pode organizar como preferir ali.
O maior disse indicando o guarda-roupas cuja madeira escura era quase cor tabaco. Abriu-a e indicou onde poderia acomodar suas peças. O menor assentiu num pequeno sorriso, embora parado ainda atrás dele.
- ... Kazuma, será que eu... Posso tomar um banho?
- Sim, claro.
O maior disse e se dirigiu a leva-lo até seu banho. Abriu a porta a indicar o espaço.
- Também pode tomar lá fora, mas eu suponho que estaria tímido para isso por enquanto.
Asahi adentrou o local, reservado que havia mesmo em seu quarto, e o fitou de modo tímido, notando a banheira, e o local muito bem decorado.
- Nossa... - Sorriu.
Kazuma sorriu, sabia que ele estava desajeitado, talvez tímido.
- Ah... Obrigado.
O menor murmurou e desabotoou os primeiros botões da própria camisa.
- Vou pegar sua toalha. - O moreno disse por vê-lo despir de sua roupa, parecia tímido. - Seu banho foi um convite, padre?
Asahi sorriu meio de canto ao ouvi-lo e sentiu a face se corar, mas assentiu.
- Hum, mal chegamos. Quer marcar o território?
O loiro assentiu algumas vezes e riu baixinho.
- E você quer fazer isso no banho? - Indagou e se encostou no móvel ali.
- Fiquei com vergonha de pedir pela cama...
- Por quê? - Indagou curioso.
- ... Porque faz tempo que não nos vemos e parece que... É estranho pedir isso.
- Sabe que dormimos na mesma cama noite passada, ah?
- Sei, mas pedir para que ficasse comigo mesmo naquela época era complicado.
- Não posso entender, padre.
Kazuma disse mas ainda assim deu atenção com as mãos nas próprias roupas, desabotoando a camisa.
- Pedir para que você ficasse era complicado, já que você sempre tinha serviços a fazer. E eu... Bem, sempre fui muito tímido para pedir por sexo.
- Está com a memória um pouco afetada, Padre. Depois de um tempo você pedia facilmente para ir pra cama comigo. Pedia tapas, pedia força. Pedia dor.
Asahi estremeceu ao ouvi-lo e negativou, envergonhado, porém sorriu de canto.
- ... Ainda se lembra disso.
- Fazem quase dois anos, não quarenta.
O menor riu e assentiu a ele, abrindo toda a própria camisa por fim, porém manteve-a no corpo.
- Está tímido?
O moreno indagou enquanto com ele se despia. Diferente dele não tinha ressalvas para tirar as roupas e se fazer nu.
- Iie... - Sorriu meio de canto. - Acho bonito, a camisa assim...
Murmurou, embora tivesse outros motivos para não mostrar os braços. Por fim, abriu a torneira, deixando a banheira encher e retirou a calça, deixando-a de lado.
- Não pretende entrar no banho vestindo a roupa, hum?
Kazuma disse e após desnudar-se por completo, caminhou até ele, tirando o que restava de sua roupa. Asahi uniu as sobrancelhas e estremeceu conforme o sentiu puxar a própria roupa. Encolheu-se e escondeu os braços, cruzando-os em frente ao corpo.
- Quanta timidez.
Kazuma disse, despercebido de seus pulsos uma vez que tinha outras coisas a observar. O menor sorriu e assentiu a ele.
- Hai... Me deixa ver você... Se quer o vi ainda.
- É só olhar.
O maior disse a ele e estava nu, nada o impedia senão sua timidez. Asahi desviou o olhar a ele logo em seguida e por um momento somente o observou, estava bonito, na verdade estava lindo.
- ... Nossa.
- Gosta, Padre? - Disse o moreno, não era tímido e sorriu a ele, canteiro.
- Sabe que eu gosto... Você é lindo.
O riso soou soprado. Kazuma tocou seus ombros e deslizou pelos braços que roçou a fim e tirar seu bloqueio. Sentiu na ponta dos dedos sua pele danificada pela cicatriz e conferiu o que era aquilo. Fitou por um momento mas não disse nada, ele estava bem. O loiro sentiu as mãos dele que deslizaram pela própria pele e sabia que ele iria tocar a si ali, até fechou os olhos, esperando pela bronca que receberia, mas não veio.
- O que? Está esperando um beijo? - Disse o moreno e por fim estalou um tapa em sua nádega. - Entre.
Asahi uniu as sobrancelhas ao sentir o tapa, dolorido, mas gostoso e assentiu.
- Hai...
Virou-se, seguindo em direção a banheira redonda no chão, a qual entrou.