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setembro 2018
- Bom dia Ophelia.
Yori disse a se espreguiçar e seguiu para a cozinha, onde viu a mesa posta como de praxe. Naquele dia, não o havia visto na cama, o que para si foi estranho, ainda assim, por achar que ele estaria pela casa, seguiu com a camisa dele, que usava como pijama.
- Onde está o Hideki?
- Bom dia, Yori-chan. O senhor foi resolver alguns problemas, voltará em breve.
- Resolver problemas? Ah, tudo bem. Bom dia Haiiro! Disse a pegar o gatinho que já estava mais grandinho nos braços e acariciou a cabecinha pequena dele.
- Parece de bom humor, Yori. Aconteceu alguma coisa?
- Ah... Não realmente. - O pequeno sorriu. - Estou dormindo confortável no quarto dele e bem, posso transitar pela casa, assim me sinto melhor.
- Hum, deveria ser horrível ficar preso lá embaixo.
Ao ouvi-la, o sorriso se perdeu aos poucos dos lábios do menor e assentiu.
- Ah, não se chateie, Yori-chan, já passou.
- É, e ele é um psicopata.
- Vampiros são assim. Eles não entendem que humanos são diferentes e precisam de carinho, hum? Hideki aprendeu que tudo se resolve no tapa.
- Hum... Não sei se vou conseguir mudar isso.
Yori disse, e silencioso iniciou o café da manhã, comeu apenas duas torradas e bebeu um pouco de suco de laranja, tinha a casa para si naquele dia, então iria explorar, talvez cuidar do jardim, as plantinhas que havia plantado estavam um pouco estranhas, isso porque ele não tinha realmente um jardineiro para aquilo, o rapaz só cuidava da grama e flores ao redor da casa, mas aquele espaço era próprio.
- Só não desça as escadas, tudo bem? Hideki disse que você só tem permissão de ficar aqui em cima.
Yori assentiu, porém, era estranho que não pudesse descer, por qual motivo? Havia ficado trancado lá por dias. Talvez ele quisesse proteger a si das memórias, era um tolo, não tinha problema com isso. Observou toda a sala, os pequenos detalhes em mogno que ele gostava, era lindo, o lugar era lindo, e pela janela podia ver o exterior da casa, e as pequenas gotas de chuva que escorreram pelo vidro. Estava feliz, de uma maneira estranha e inesperada, todo aquele ambiente dava a si maior calma e tranquilidade. O gatinho roçou sua cauda peluda em si e sorriu para ele, mas observou que na cozinha sua água e comida estavam cheias, Ophelia sempre cuidava dele quando não estava ou enquanto dormia, não tinha de fato muito com o que se preocupar.
Conforme viu Ophelia seguir para a cozinha, Yori espreitou a escada dois cômodos depois, era uma casa grande, mas naquele dia só havia a si e ela, talvez Hideki tivesse achado melhor dispensar os demais empregados para que tivesse mais conforto, se sentia mais tranquilo somente com Ophelia do que com outras pessoas em conjunto. Devagar, seguiu para descer as escadas, e só então pôde ver o corredor já conhecido. De fato sentiu um arrepio na espinha, se lembrava de quando via os pés dele por baixo da porta e sabia que ele iria machucar a si quando entrasse no quarto, mas agora, podia ver nitidamente quem ele era, ele não era nada mais, nada menos do que alguém que precisava de amor, como a si, ou talvez fosse assim que pensava.
Os dedos delinearam a maçaneta do quarto, se lembrava da caminha pequena e desconfortável, do quarto sem janelas, escuro e das manchas de sangue que havia deixado na parede, até a televisão antiga que havia ganhado. Será que tudo estaria no mesmo lugar ainda? Ao abrir a porta, buscou fitar a cama, mas dentro só havia uma cadeira, e o que causou o próprio espanto é que não estava vazia. A voz morreu na garganta, sentiu um aperto imenso no peito, uma sensação de desespero invadir a si, mas tudo que conseguiu fora ficar parado, encarando a imagem que tinha em frente a si. Ali sentado, havia um garoto, era um pouco maior do que a si, tinha cabelos curtos, aparados na nuca, grisalhos embora ele não fosse um homem mais velho, estava vendado, mas tinha os lábios sujos de sangue, o que ela estranho, e parecia seco como se estivesse daquela forma há uns dias.
- ... Q-quem é você?
- Hum... Sinto cheiro de oferenda.
O rapaz dizia de onde estava, sentado e impossibilitado como estava das brincadeiras, embora pudesse se soltar das cordas entrelaçadas aos pés e braços, sendo mantido na posição. Yori uniu as sobrancelhas, não entendia o que ele estava falando ou quem era, mas ele não parecia um humano, só poderia confirmar se retirasse sua venda, e assim o fez.
- ... Você não é humano.
O outro arqueou a sobrancelha diante de seu movimento rápido, desfazendo da venda dos olhos e piscou algumas vezes para se adaptar à iluminação.
- Você não devia tirar minha venda, só o Hideki devia fazer isso. - Dizia e já estava desajeitado, colocaria culpa no garoto, soltou as mãos e também as pernas, as quais cruzou, sentado como estava. - Você acha?
Yori arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo.
- Hideki? Por que ele manteria um vampiro preso aqui embaixo? Vampiros se alimentam de outros vampiros?
- Hum, mas é claro, meu anjo. Mas esse não é meu caso, se nós trocarmos nossos sangues teremos emoções conjuntas. Você é mesmo tão puro, é a primeira coisa que vem à sua cabeça?
Yori uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo.
- ... Está dizendo que ele está mantendo você assim pra transar? Ele não faria isso!
- Ah, não? - O rapaz sorriu, canteiro.
O menor fechou a expressão ao ouvi-lo, não era possível que ele estivesse fazendo aquilo. Queria ter a si como parceiro, mas tinha outro vampiro preso no porão, nada fazia sentido.
- Mentiroso! Prove!
- Você quer tirar as minhas roupas? Talvez não seja tão puro assim. - Ele riu, entre os dentes. - Meu anjo, nós praticamos coisas que você não entende.
Yori negativou conforme o ouviu, estava irritado, queria sair dali correndo e de relance podia ver o quarto, tinha sangue no chão, tinha cordas, e acessórios que não conseguia compreender exatamente, preferiu não pensar demais, não era culpa dele realmente, ele não sabia sobre si.
- ...
Ao ouvi-lo, sentiu como um soco na boca do estômago, estava confiando nele, estava até mesmo gostando dele, estava se apaixonando por ele. Como conseguiu confiar num vampiro? Empurrou a porta e seguiu para cima novamente. O sorrisinho nos lábios do vampiro era a despedida dele, não disse nada. Não simpatizava exatamente com humanos, era o tipo Hideki, por isso gostava de atendê-lo, aquele tipo mimado de vampiro nascido e era por isso que o estava provocando.
Ao subir as escadas, o menor adentrou o quarto, estava furioso, e o pior, não sabia o que fazer. Por um momento permaneceu apenas dentro do cômodo silencioso e depois entrou no banheiro e fechou a porta, gritou e bateu na parede como se pudesse de alguma forma ser o rosto dele, onde queria bater e já estava chorando. Esperava somente que a serviçal não quisesse entrar no local, não teria como lidar com ela naquele momento. Sentou-se no chão e abraçou as pernas, era o que podia fazer, era o espaço seguro que tinha naquele momento e de olhos fechados tentava entender o que estava acontecendo, não acreditava, não tinha como acreditar que ele estivesse traindo a si daquela forma. Talvez fosse somente um humano tolo mesmo, e nunca pudesse dar a ele o que um vampiro poderia dar. Ponderou por um momento que no fim, deveria mesmo morrer, estava na ponte, e mesmo quem salvou a si, preferiu trocar por outra pessoa. Quão inútil poderia ser? Mesmo com o rosto molhado, tinha o vislumbre da banheira. Talvez, se a enchesse de água...
- Bom dia pessoal.
Haruna disse conforme entrou na sexta feira, o dia de aula seria muito mais interessante naquela ocasião, porque sabia que ele estava ali, e queria muito encontra-lo. Por isso, deu a ele um sorrisinho de canto conforme o viu em sua carreira e arrumou uma mecha dos cabelos atrás da orelha. Mitsuhiro sentou-se no local da aula anterior, perto da janela, ajeitou-se tipicamente com os óculos e daquele modo até viu seu sorriso canteiro, parecia verdadeiramente descontraído, e achava graça na forma como ela havia se adaptado consigo e facilmente se aproximado na tentativa de ganhar alguma amizade, embora ainda não entendesse sua escolha, já que não era tão divertido quanto Akai por exemplo. Ergueu suavemente a mão, na verdade os dedos, saudando-a e podia ver os colegas de classe tentando achar aonde seu sorriso havia sido direcionado, bem, não podia dizer muito, era um sorriso realmente bonito.
No decorrer da aula, algumas vezes ela teve a sorte de ter a participação dele, algumas vezes falou com ele durante a aula, mas nada realmente especial, esperava pelo fim, onde poderia sair com ele e finalmente, quando tocou o sinal, sorriu para ele, vendo seus colegas guardarem os cadernos.
- Hiro.
O gosto de Mitsuhiro pela matéria fazia com que o período da aula passasse rapidamente, mal havia se sentado e o sinal anunciava o fim dela. Felizmente não falava realmente com ninguém da classe, daquele modo podia evitar umas gracinhas, era bem o que pensava, mas ganhou um cutucada no ombro, um sorriso abobado que deveria ser malicioso e um movimento de cabeça que deduzia ser um sinal de afirmação, tão logo, que estava fazendo algo certo, não o conhecia, mas pelo jeito não precisava conhecer pra ganhar aquela graça. Deu um sorriso frouxo em retribuição e felizmente o viu partir assim como os demais alunos.
- Sensei.
- Como você está? Estão fazendo bullying por minha causa? Digo, seus amigos...
- Não é bullying. - Disse, num riso baixo. - É mais como um elogio.
- Ah... - Ela sorriu. - Entendi.
- Fantasias de adolescentes. Sensei já devia ter se acostumado, eles gostam de você.
Haruna negativou a ele.
- Ah, adolescentes...
Ele sorriu sem mostrar os dentes e então se levantou.
- E então?
- Hum, você quer jantar ou tomar outro café comigo?
- Bem, eu não sei. Sensei não gosta de café, então...
Haruna sorriu.
- Então, eu vou te levar pra almoçar. Quer comer o que? Sushi? Pizza?
- O que você preferir.
Mitsuhiro sorriu canteiro, achando estranho ser levado para almoçar ao invés de levar uma garota.
- Então vamos comer sushi. - Ela disse num sorriso. - Ah, eu... Não quero que você ache estranho, tudo bem? Eu só quero sua companhia.
- Não estou achando, imagino que queira um amigo já que se mudou há pouco tempo. - Ele disse enquanto já se encaminhavam fora da classe. - Mas por que não outro professor?
- Bem... Eu sou muito novo ainda e os professores meio que... Bem, eles meio que me excluem. - Haruna disse num suspiro.
- Ah, imagino. É como costureiras novas. Mas você é bonita, suponho que os professores seriam gentis.
- Hum, mais ou menos. - Ela dorriu meio de canto.
- Hum, então, onde vamos?
- Vamos comer sushi. Eu conheço um bom lugar com um bom saquê. Ah... Você não pode tomar saquê, não é? Desculpe...
- É, acho que não na presença de uma professora. - Mitsuhiro sorriu canteiro.
- Bem... Eu não conto se você não contar.
- Mas alguém pode nos ver, não quero que acabe perdendo as aulas. Além do mais, posso tomar chá e você toma o saquê.
- Bem, tudo bem então. - Ela sorriu. - Gosta de chá verde?
- Gosto sim. Mais gosto mais do vermelho.
- Ah, bem, pode tomar o vermelho.
- Vamos logo, ah?
Mitsuhiro disse, quebrando as delongas, esperaria-a decidir onde era o lugar. Haruna assentiu e sorriu, mostrando as chaves do carro e com ele seguiu para fora, ajeitando a bolsa no ombro. O outro seguiu com ela e sem muito saber o que dizer diante do silêncio, após entrar, deixou a bolsa sobre as pernas.
- Hum, e você mora sozinha?
Ao entrar no carro, ela ligou o veículo, colocando o cinto de segurança e deixou a bolsa no banco de trás.
- Sim, moro.
- Bem, e seus pais? Ficaram para trás?
- Sim, minha mãe e meu pai moram em Kyoto. - Sorriu. - São pessoas adoráveis.
Mitsuhiro assentiu em compreensão e sorriu canteiro.
- Não quiseram vir atrás de você? Quer dizer, é jovem.
- Não, meus pais gostam muito da casa, é algo quase religioso. Disseram que não querem sair de lá.
- Hum, eu entendo. Kyoto é muito mais bonito que Tokyo.
- Sim, eu gostaria de ter ficado lá, mas essa proposta de emprego foi boa pra mim.
- Bem, poderá voltar em algum momento.
- Sim, claro.
A morena sorriu e estacionou em frente ao restaurante. Quando chegaram sem demora, Mitsuhiro desembarcou junto dela, estacionados logo em frente ao restaurante, bem tradicional. Ao entrar, ela escolheu uma mesa ao fundo, no canto, ninguém veria a si e a ele ali.
- E aí, o que vai querer?
- Hum, eu quero sashimi de peixe branco. - Ele sorriu, canteiro.
- Tudo bem então, vou pedir o mesmo. - Haruna sorriu. - Eu gosto. Vai beber chá vermelho mesmo?
- Sim, eu gosto de chá. Mas você pode beber saquê, Sensei.
- Eu vou.
Haruna sorriu e chamou o garçom, fazendo o pedido. O celular de Mitsuhiro vibrou no bolso. Ele observou a mensagem a qual respondeu brevemente indicando a atividade atual, não eram os amigos daquela vez, deu um sorrisinho canteiro, achando a manifestação de ciúme graciosa. Desligou porém o celular, não gostava de dividir a atenção no que fazia.
- Ah... Problemas?
Ela disse num pequeno sorriso e bebeu a primeira dose de saquê servida a si.
- Não não. - O maior sorriu. - É que minha... Bem, quase namorada, estava com ciúmes porque disse que não deveria sair com uma professora tão bonita.
- Ah... Você namora?
Haruna perguntou, sem querer num misto de surpresa e desânimo.
- Hum, mais ou menos. E... você?
Mitsuhiro indagou, sem saber se deveria perguntar aquilo. Ela sorriu meio de canto e negativou, ajeitando uma mecha dos cabelos atrás da orelha.
- Solteira.
- Hum, difícil imaginar uma razão pra isso.
- Só não achei a pessoa certa, eu acho.
- Hum, relacionamento de pessoas mais velhas são mais responsáveis.
- É, a gente não fica com várias pessoas, não ao mesmo tempo, claro. - Haruna riu baixinho. - Mas eu só tive dois namoradinhos na vida. O restante das minhas relações foram mais rápidas.
- Mas acho que no fim são todos assim, não? Os relacionamentos são rápidos em boa parte até encontrar alguém firme ou coisa assim.
- Ah sim, é claro.
- Então.
O maior agradeceu ao serviçal quando recebeu o chá, embora o costumeiro fosse bebê-lo após o jantar, gostava de tomar antes e após. Haruna sorriu meio de canto e bebeu mais uma dose de saquê.
- Ah, e sua namorada é bonita?
- É sim...
Mitsuhiro disse e embora estivesse soando muito discontraido ao responder, não era o tipo de coisas que costumava falar, provavelmente teria algum rubor tênue e inevitável, nas bochechas. Ela sorriu a observa-lo, era adorável.
- Te incomoda falar dela?
- Não, só não costumo falar sobre isso. - Mitsuhiro sorriu-lhe canteiro.
- Ah... Entendi. - Ela sorriu.
- Ainda mais com uma mulher.
- Desculpe por perguntar.
- Não tem problema, não é nada de mais.
Ela sorriu igualmente a ele e bebeu mais uma dose de saquê. Ao receber os pedidos, o moreno por fim logo seu início ao almoço, estava mesmo com fome, mas claro, esperou-a iniciar. Ela sorriu a ele meio de canto, e por fim passou a comer junto dele, silenciosa, talvez houvesse feito uma pergunta idiota.
- Hum.. Está muito gostoso. Alguém apresentou o lugar a você ou foi um achado repentino?
Ele disse, sem assunto, ela parecia entediada, mas sabia que não era uma companhia interessante para uma mulher adulta falar.
- Hum? Ah, na verdade sim. Eu vi na internet alguns dias atrás. - Ela sorriu. - Resolvi vir comer aqui e bem, era muito gostoso.
- Veio sozinha antes?
Mitsuhiro sorriu canteiro, imaginando-a. Parecia tímida, desse modo, provavelmente era por isso que precisava da amizade de um aluno. Haruna assentiu e bebeu pouco mais, talvez fosse melhor parar, estava dirigindo. O maior continuou o almoço até dar fim a ele, acabaram pedindo um pouco mais e tão logo finalizou ao que completamente satisfeito. Gostava de olhar para ela enquanto comia, mesmo sutilmente, parecia comer com vontade e sem ter vergonha de fazer aquilo, embora tivesse delicadeza ao fazer isso. Ao beber uma última dose do saquê, Haruna deixou o dinheiro sobre a mesa.
- Você quer pedir alguma sobremesa?
- Eu posso pagar dessa vez, Sensei.
Mitsuhiro disse e agradeceu ao recusar também a sobremesa.
- Claro que não, eu convidei. - Ela sorriu. - Guarde seu dinheiro, na próxima aula, pode me levar pra tomar um sorvete, o que acha?
O sorriu soou entre os dentes do maior e assentiu.
- Tudo bem.
- Quer sair de novo comigo então?
- É, você nos convidou a sair novamente também.
Ela sorriu.
- Então tá bem.
- Devo saber de algum lugar legal.
- Então tá bem. - Haruna sorriu novamente. - Posso te dar uma carona até em casa?
- Não é preciso, eu posso ir de metrô. Na verdade, gosto das bicicletas. Você gosta?
- Gosto, mas... Eu queria mesmo levar você. Podemos conversar.
- Bem, tá bem.
Ele concordou, era a própria professora e não um encontro no fim. Haruna sorriu e assentiu, levantando-se e levou a bolsa consigo.
- Vamos.
Mitsuhiro levantou-se logo após ela e agradeceu ao serviços antes de então sair e ir de volta ao carro. Ao seguir para o carro com ele, Haruna colocou o cinto e ligou o veículo.
- Me guia, hum?
- Bem, não é longe do colégio, você pode ir como se estivéssemos voltando para lá e de lá só seguir reto.
- Ah, tudo bem então.
Ela sorriu, tomando o caminho indicado por ele, e vez ou outra, o observava de canto, ele era encantador, era bonito, gostava do modo como os cabelos pretos dele caíam sobre os ombros. Timidamente o encarou e fitou as pequenas argolas em sua orelha agora a mostra, sorriu meio de canto.
- Ah... Você... Namora com ela há muito tempo?
Mitsuhiro sorriu meio de canto, achando graça e estranha a forma como ela retomou o assunto, provavelmente, sem intenção, deixou isso claro diante da forma com que sorrira.
- Não realmente, mais ou menos, desde outubro do ano passado.
- Ah, faz um tempo... Quase um ano.
- O tempo é que passou rápido. Mas como nos vemos mais no colégio, parece menos.
- Entendi.
Haruna sorriu e trocou a marcha, perto dela, observava a perna dele com sua calça de uniforme, mordeu sutilmente o lábio inferior, hum, talvez fosse melhor não. Passou do colégio com o carro.
- Certo... Ah, onde é?
Ele se voltou para ela e tão logo para o local onde suavemente dirigiu o olhar, se um dia fosse ter amizade com ela, provavelmente diria o quanto ela parecia um cara olhando a perna de uma mulher naquela ocasião. Feito o caminho, indicou as quadras a frente, tão logo chegando no conjunto residencial. O condomínio tinha o aspecto tradicional e bem mantido, através da portaria bem se podia ver a continuidade das cerejeiras que adornavam as ruas, era quase como um pequeno vilarejo independente de toda Tokyo, aquela era uma das mordomias que ganhava do pai, morava sozinho e era bancado para que assim sustentasse notas altas e não fosse um delinquente, mas aquilo era algo que teria até concluir a faculdade. Indicou a ela confirme chegaram.
- Ah, é aqui? Nossa... A casa é bem bonita.
Haruna sorriu a observar o local por fora, era realmente bonita. Desviou o olhar a ele, não sabia bem o que dizer, mas os olhos cruzaram com os dele por um momento e sentiu a face se corar, ajeitou uma mecha dos cabelos atrás da orelha como uma adolescente no colegial.
- Eu também gosto.
Mitsuhiro sorriu e se virou para ela, não tinha certeza se era impressão mas ela parecia até um pouco mais perto, quer dizer, a direção de si. Encarou do mesmo modo, curioso em sua feição tímida, sabia que havia tomado algum álcool mas tinha certeza que não era suficiente para deixar sua pele corada, não de repente.
- Ah... - Ela sorriu novamente e pigarreou. - Nos vemos amanhã então? Quer dizer, amanhã não, amanhã... Amanhã é sábado, na quarta?
O maior riu, entre os dentes e assentiu no fim, passado e quebrado o silêncio repentino.
- Hum, se você quiser entrar, mesmo que provavelmente eu não tenha muito o que dizer. Posso oferecer chá.
- Ah, eu... Acho que não seria bom eu fazer isso. - Ela sorriu meio de canto. - Sou sua professora, vai parecer estranho, não é...?
- Mais ou menos, eu não sei muito bem o que conversar com a sensei. Mas talvez você deva tomar alguma coisa, parece que o álcool te deixou um pouco vermelha.
- Ah não, eu... Nos encontramos na quarta.
Haruna sorriu meio de canto e destravou as portas, o viu abrir a porta para sair, mas antes que o deixasse ir, segurou sua mão esquerda e lhe deu um selo nos lábios, fora sutil, estava corada ainda pelo álcool e o achava tão bonito, mas se arrependeu logo depois, tinha os olhos dele encarando a si, talvez confuso.
- ... D-Desculpe...
- Beleza.
Mitsuhiro disse e assentiu a ela, abrira a porta e se virou para se despedir.
- Até...
Falou, mas no toque de seus dedos, parou antes mesmo de ser interrompido pelo beijo que ganhou. Certamente tal como pensava ela, estava um pouco confuso, mulheres mais velhas talvez fossem menos recatadas sobre aquilo, ou sobre a rapidez com que davam um primeiro beijo, mas ao mesmo tempo, havia sido um beijo bastante ingênuo e tímido.
- Talvez devesse abrir a boca...
Haruna desviou o olhar a ele ao ouvi-lo, no início não entendeu, depois, sentiu o tom vermelho pouco mais evidente na face e assentiu, aproximando-se dele novamente. Mitsuhiro havia entendido, supôs por seu rubor, também pela iniciativa de volta, que embora pedisse desculpas, também não recusou, não deixou de ficar surpreso, mesmo que houvesse sugerido ou provocado-a de volta, por sorte, havia levado e bebido uma água tônica no meio do caminho e ganhado um chiclete que estava na boca embora não em movimento. Retribuiu a proximidade dela, sem muito recato na situação, ao pender suavemente o pescoço, encaixou os lábios de volta aos dela, e enquanto podia sentir seu cheiro de saquê e perfume, descerrou os lábios e suavemente roçou a língua sobre os dela, tocando-os com a pequena bola metálica que adornava, lambiscou antes de tentar penetra-la, mas antes que assim deslizasse, ouviu uma batida suave no vídeo do carro, o que serviu para afastar a proximidade, fosse dos lábios como o resto do corpo.
- Mitsuhiro?
Se virou para ele e abriu um pouco mais a porta, fitando-o.
- Pai, achei que viria amanhã.
- Pude vir um pouco antes. Quem é seu amigo?
- Não é um amigo, é a minha professora.
- Professora..?
- Fez alguma coisa para que um professor te trouxesse em casa, Mitsuhiro?
- Iie, foi só uma conversa sobre a aula.
O rapaz viu-o se abaixar e fitar a morena dentro do carro.
- É isso mesmo, professora?
Haruna timidamente podia se aproximar dele, observava seu rosto bonito, ah queria mesmo beija-lo. Observou sua língua, o cheiro de menta em sua boca e o piercing, que não fazia ideia que ele tinha, sentiu um arrepio quando pensou na ideia do adorno. Por um momento até fechou os olhos em expectativa, se poder beijar finalmente aquela boca, mas no fim, acabou não tendo chance. Arregalou os olhos ao ouvir o rapaz e ajeitou as próprias roupas, assentindo a ele em seguida.
- S-Sim senhor, muito prazer, eu sou Haruna, professora do Mitsuhiro. Ele é um aluno muito interessante.
- Interessante, hum? Eu vou precisar conversar com algum professor no colégio, quero que meu filho tenha aulas extras para o vestibular, se você estiver disponível.
Ele dizia, mas sabia que parecia desconfiado, provavelmente pela juventude dela, mas nunca seria indelicado com um professor. Atrás do pai, deu um sorrisinho canteiro, dê certo, quase travesso e não intencional é claro. Ela desviou o olhar ao rapaz, bem mais velho que a si e assentiu, bem, gostaria de dar aulas a ele.
- Claro, senhor, seria um prazer. Se o Mitsuhiro não achar ruim. - Sorriu.
- A senhorita estará no colégio amanhã? Prefiro conversar com o diretor sobre isso.
- Estarei sim, não tem problema, será um prazer receber o senhor.
- Certo, senhorita, muito obrigado.
- Bem, até logo, Sensei.
Haruna sorriu meio de canto.
- Até logo, Mitsuhiro.
Mitsuhiro despediu-se dela, acenou com os dedos e por fim, seguiu para dentro com o pai, não haviam falado sobre as aulas extras, mas podia imaginar que ele iria querer algo como aquilo. Mas... no momento estava um pouco pensativo sobre outra coisa.
Etsuo suspirou conforme havia chego da escola, deixando a bolsa sobre a poltrona no quarto e afrouxou a gravata, tomaria um banho antes do irmão chegar, os pais o haviam feito se encaixar no mesmo horário que o próprio, durante a noite, então não tinha problemas para ficar com ele mais. Tomou um banho rápido, lavando-se e logo seguiu para o quarto, secando-se com a toalha e vestiu a roupa íntima e uma calça, ficando confortável para vê-lo, talvez, pudesse fazer algo para ele comer, pesquisaria na internet.
Ao chegar da escola, Ritsu ainda tinha os olhos um pouco inchados, dormir durante o dia fazia com que sentisse o corpo pesado, dolorido mas já havia feito isso antes, portando se readaptaria na troca de turno. Ao chegar deixou a bolsa no quarto, tirou o casaco e posteriormente se despiu para ir tomar banho. Se perguntava se o irmão já estava em casa ao se lembrar que agora estavam vivendo no mesmo horário e provavelmente ele estava acordado. Finalizou rapidamente e vestiu as roupas para então seguir até ele.
- Onii-chan?
Ritsu chamou, tentando descobrir seu paradeiro antes de caçar pela casa. Etsuo ouviu-o de dentro do quarto e infelizmente já estava em casa, não poderia cozinhar para ele.
- Ritsu? Estou aqui.
O menor ouviu o irmão responder de seu quarto e no meio do caminho no entanto cruzou com um pacote sobre a mesa na sala, ao pegar encarou a caixinha e o que tinha escrito. Após pegar seguiu para o quarto onde a deixou e só então foi ao encontro do irmão.
- Oi. - Disse da porta após entrar.
Etsuo sorriu a ele ao vê-lo, e optou por ficar sem a camisa mesmo agora que ele já estava no quarto, não sentia frio e os pais demorariam a chegar.
- Oi. Nossa, seu cabelo está crescendo rápido. Você está tão bonito.
Ritsu tocou a ponta do cabelo, observando sua observação, talvez estivesse crescendo rápido mesmo. Mas se voltou para ele e como estava sem camisa, pareceu confortável abraça-lo, embora soubesse que não era quente, sabia qual a textura de sua pele. Seguiu até ele e fez, abraçando seu corpinho exposto.
- Devia por uma camisa.
O maior riu baixinho conforme sentiu o abraço e o apertou contra o corpo.
- Devia é?
- Sim.
O menor disse e beijou seu pescoço, logo na curva do lóbulo de sua orelha. Etsuo sorriu a ele, meio de canto e sentiu um arrepio sutil percorrer o corpo.
- Você é tão quentinho, da vontade de não te soltar nunca mais.
- Hum, não é como se você gostasse de calor, onii-chan. Põe uma camisa, põe.
Etsuo riu baixinho.
- Ora, mas que fixação pela camisa.
- Mas seu corpo parece com frio, Etsu.
Ritsu disse e deslizou rapidamente a mão em suas costas, esfregando como se fosse aquece-lo. Aproveitou para selar seus lábios, já que ainda não tinha feito. O maior riu baixinho e negativou, retribuindo o selo dele.
- Hum, você quem deveria colocar uma blusa. Quer que eu faça seu jantar?
- Ah, você vai cozinhar?
Disse o menor e deixou de esfregar as costas do irmão, mas continuou por acaricia-lo, desceu as mãos por suas costas e até tocou o cós de sua roupa, na verdade não havia sido com intuito sexual mas sim casual, assim como enfurnou as mãos em sua calça e apalpou sua bunda, o segurando por lá. Etsuo desviou o olhar a ele num sorriso e assentiu, mordendo o lábio inferior ao senti-lo tocar as próprias nádegas.
- Eu ia.
- Vai sim. Tenho algo da escola pra fazer.
O menor disse e queria na verdade saber da caixinha de correio, mas não diria nada a ele. Sentia ainda o toque de sua pele fria, mesmo sob o tecido da calça que usava.
- Hum, então o que quer comer?
Etsuo sorriu a ele e deslizou uma das mãos por seus cabelos loiros, bonitos.
- Não sei, o que você preparar estará bom. Claro, nada que venha de um corpo humano.
Ritsu disse a ele e sorriu, voltou a dar a ele um beijo no osso junto a sua orelha. Apertou de leve a curvinha de sua bunda e tirou a mão de sua calça.
- Me agrade com algo gostoso.
O moreno mordeu o lábio inferior e assentiu.
- Só porque eu ia fritar uns pedacinhos de carne humana, que sem graça.
Falou num riso e beijou-o em seu pescoço algumas vezes.
- Se vai mexer com fogo então se vista.
Disse o loiro a sentir seus beijos no pescoço, o retribuiu a beija-lo também em seu pescoço.
- Vai lá, estou com fome.
Disse e mordeu seu pescoço onde beijava, mas sem força demasiada. Etsuo assentiu e acariciou-o em suas costas por um pequeno tempo, queria ficar junto dele, mas também queria cozinhar para ele, então buscou uma camiseta na gaveta, vestindo-se e seguiu em direção a cozinha, talvez pudesse fazer alguns onigiris. Sorriu ao pensar que o irmão poderia gostar dos cogumelos e por fim, fritou-os com um pouco de manteiga, deixando o preparo do arroz para a pequena panela elétrica.
Ritsu viu-o relutar para se afastar, era adorável. Parecia um cãozinho dócil de grande porte. Após deixa-lo seguiu para o quarto, sentou-se na cama após fechar a porta e pegar a caixa, conferindo as encomendas, se perguntava como ele se sentiria com aquilo, mas ficaria bonito como sempre. Após guardar a embalagem restante já desfeita, o loiro pegou o presente que daria ao irmão. Estavam sozinhos, gostava de ser capaz de lidar com ele sem ressalvas pela casa. Ao sair do quarto após a falsa lição de casa levou o envelopinho de plástico cujo conteúdo era de tecido e preto.
- Nii-chan. Comprei pra você uma coisa. - Disse a ele e ao abraça-lo parcialmente, por trás de seu corpo, levou a frente a mão com a embalagem. - Tó.
Etsuo ouviu o irmão sair do quarto, e ainda cozinhava o arroz, embora já tivesse terminado o cogumelo e por fim observou o outro, quer dizer, viraria, se ele não tivesse parado a si com a mão em frente a si.
- ... Ah... O que é isso?
Ao se afastar, Ritsu deixou-o se virar.
- Então feche os olhos.
- Uh? Ah... Hai.
O maior murmurou a ele e fechou os olhos como indicado. Ao guia-lo um pouco mais distante do fogão, Ritsu abaixou-se a pega-lo pelos quadris e abaixar sua calça.
- Deixe fechado.
Etsuo uniu as sobrancelhas conforme o sentiu abaixar as próprias calças e ainda assim manteve-se de olhos fechados.
- O que está...
- Vou fazer uma coisa.
O envelope, Ritsu que pegou de volta, abriu e tirou o tecido, esticou e dobrou, sanfonando a peça logo que tocou seu pé, é claro que ele já sabia o que seria àquela altura. Esticou a meia até cobrir parte de sua coxa, porém voltou a vestir o irmão antes que ele pudesse olhar.
- Vai ter que ir ver no espelho.
- ... - Após vestido, o moreno desviou o olhar a ele, estranhando o fato de que havia deslizado uma meia pela própria perna. - ... Isso é... Uma meia feminina?
- Não é nada muito feminino. É uma meia de tecido macio e vai até sua coxa. Mas só vai saber como fica depois que nós comermos. - Ritsu sorriu, divertindo-se.
- Ah... Hai... - Etsuo murmurou e uniu as sobrancelhas. - Acho que acabei de perder a fome.
- Ah, não é verdade...
Etsuo sorriu.
- ... Não acha que eu sou muito masculino pra usar uma meia dessas?
- Acho que você é lindo.
- ... - O maior sorriu novamente e assentiu. - Eu preciso fazer os bolinhos ainda...
- Tudo fica tão bonito em você. - Ritsu disse e beijou seu queixo, posteriormente seu nariz. - Vamos ver se a mamãe te ensinou uma boa receita.
O maior riu baixinho e assentiu, retribuindo o pequeno toque no nariz. Por fim, desligou a panela e retirou o arroz, deixando-o sobre a mesa.
- Hum... Mas vou ter que esperar esfriar para fazer os bolinhos...
- Você quer mesmo ir ver, não é?
- Quero. - Riu. - Mas não é só por isso...
- Então me diz. Algo te incomoda?
- Iie, só vou ter que esperar esfriar mesmo, a menos que queira comer onigiri recheado de pele de Etsuo.
- Ah, verdade. Tem mãozinha sensível. Então eu faço.
- Uh, ta bem. - O maior sorriu.
- Eu vou deixar você ver.
Ritsu disse e sorriu, segurou sua mão e o guiou ao quarto, sabia que estava curioso. O maior sorriu a ele igualmente e mordeu o lábio inferior.
- Certo. - Riu.
O loiro entrou em seu quarto, onde tinha o espelho de corpo e ao soltar sua mão, sentou-se na cama.
- Tire.
Ao seguir com ele para o quarto, o moreno observou o espelho em frente a si e de certo modo, estava constrangido, mas retirou a calça, dobrando-a a deixá-la de lado e só então, observou-se com a meia feminina em frente ao espelho.
- ... Hum.
Difícil era Ritsu não estampar o sorriso ao vê-lo, não somente porque estava bonito, mas porque percebia seu pudor.
- Hum. - Murmurou como ele.
Etsuo sorriu meio de canto e pegou novamente a calça.
- ... É, estranho.
- Ficou tão bonito. Vamos colocar a outra também.
- Ah... Iie.
- Vamos sim.
Ritsu disse e pegou a embalagem pequena do bolso, estendeu a outra meia a ele, esticando-a. O moreno observou a outra meia em sua mão e uniu as sobrancelhas, porém, pegou-a e observou-a por um tempo. Bem, faria o que o irmão queria. Vestiu-a, deslizando pela perna e por fim virou-se em direção a ele, envergonhado.
- Ah, kirei.
Ritsu disse e alcançou o irmão, abaixou-se alisando suas pernas. O maior sentiu a face se corar sutilmente e negativou a ele.
- Onii...
Ritsu ergueu a direção visual a ele e o encarou enquanto alisava suas pernas macias com o tecido.
- Venha... Levante, vamos terminar os bolinhos.
- Só um minuto.
O menor disse a ele, fitando seu desconforto e o achava adorável daquele modo. Subiu a mão até seu cós e abaixou sua boxer, encarando sua parte adormecida. Etsuo uniu as sobrancelhas a observar o irmão.
- O que está fazendo?
- Iie, só quero que se sinta bonito como está com as meias. - Ritsu disse a ele e tocou seu corpo ainda dormente e levemente o massageou. - Olhe pelo espelho.
Novamente, Etsuo sentiu o rosto queimar ao ter-se observado em frente ao espelho, e fitou-o enquanto tocava o próprio sexo, um pouco desconfortável.
- Continue olhando pelo espelho, vai poder ver as duas coisas. A mim e a você.
Ritsu disse e beijou sua virilha enquanto ainda o estimulava manualmente. Etsuo assentiu enquanto o observava e fitava-o em seus movimentos com as mãos, estimulando a si, e era tão bom, chegou a gemer.
- Olhe para suas pernas, Etsuo.
Disse o menor e então beijou novamente seu caminho até a base que aos poucos enrijecida. Abriu a boca e expôs a ponta da língua, lambeu gentilmente a ponta. Etsuo assentiu, observando as próprias pernas como dito por ele, porém se concentrava em observar o sexo e a língua dele a tocar a si, estremeceu na mesma hora e desviou o olhar a ele, abaixo de si.
- Onii...
Ocupado, Ritsu indicou a ele que visse pelo espelho, gesticulando, uma vez que a boca ocupou ao imergir na cavidade e sentir o gosto de sabonete ainda em seu corpo. Aos poucos iniciou o ritmo, passando a suga-lo. O gemido deixou os lábios do maior, prazeroso ao senti-lo colocar a si na boca e negativou, porém nada disse a ele, apenas agarrou-o entre os dedos e acabou fechando os olhos, inclinando o pescoço para trás. Com seus olhos fechados não tinha como ordenar, o menor se permitiu fechar os olhos também e intensificar a sucção, chupou-o com força e deslizou as mãos em suas coxas a fazer com que ele não esquecesse das meias. O suspiro forte deixou os lábios do moreno conforme o sentiu sugar a si, e percorrer as pernas, ele era gostoso, e sabia muito bem o que fazia, não podia negar.
- Ah... Onii-chan...
Uma das mãos de Ritsu continuou sobre o tecido e fazia o toque soar audível conforme o alisava. Já a outra subiu para sua glândula logo abaixo da ereção que sorvia vigorosamente, massageou e então deslizou o dígito médio para entre suas nádegas, tocou seu ponto íntimo. Etsuo sentiu seu toque sobre o local, e estremeceu, não sabia como agir naquele tipo de toque, gostava, mas ainda assim se envergonhava. Por sorte, o quarto não estava tão iluminado.
- Onii-chan... É melhor eu me deitar... Minhas pernas... Estão trêmulas.
Falou a ele, e era verdade, estava gostoso, e logo iria fraquejar. Ao ouvir, Ritsu vagarosamente o pôs fora da boca, dando a ele uma lambiscada breve na ponta.
- Mas onii-san, eu só quero fazer você gozar, não ia fazer o restante.
- Ah, é? - Etsuo suspirou, ainda envergonhado pela situação e agora pelo dito. - Ah... Então esqueça.
- Hum, por que, onii-san precisa de mais?
O menor indagou e soou soprado, falava enquanto roçava os lábios em seu corpo, naquela parte sensível.
- Eu sempre preciso de mais de você.
Ritsu murmurou, guiando uma das mãos aos cabelos dele e segurou-o ali, puxando seus cabelos entre os dedos.
- Hum.
O menor resmungou ao sentir o cabelo puxado e sabia que aquela era a intensidade de sua excitação, refletida em seu toque que não tinha intenção de ser doloso. Se virou suavemente, beijou seu pulso onde alcançou. Porém, ergueu a direção visual a fita-lo de soslaio.
- Você quer dar, onii-san?
Disse e deslizou o dedo a acariciar seu ponto mais íntimo.
Etsuo mordeu o lábio inferior ao sentir o beijo no pulso e assentiu a ele, sentindo-o tocar a si entre as nádegas, onde gostava, e até arrepiou-se com a ideia de tê-lo dentro de si.
- Quero...
- De quatro?
O menor indagou prosseguindo e tocou seu sexo com a mão desocupada a massageá-lo de volta no sexo. O moreno sorriu a ele, meio de canto e assentiu.
- Especificamente.
Riu baixinho, sentindo um arrepio percorrer o corpo mais uma vez e gemeu novamente, baixinho conforme o sentiu tocar o sexo com sua mão quente, tão diferente da própria.
- ... Ritsu.
- Vai fraquejar, onii-san? - Indagou a respeito de suas pernas ansiosas. O beijou em seu ventre. - Quer voltar pra minha boca?
- Eu quero que você volte pra dentro de mim.
Etsuo falou a ele, num sorriso e mordiscou o lábio inferior, claro, por acidente e sentiu a fisgada dolorido, lambendo o sangue que escorreu, para ele aquilo não era atraente, é claro.
- Venha... Levante-se...
O loiro percebia o leve tom de seu sangue entre os lábios, como uma maquiagem suave lhe cedendo cor. Levantou-se como ele pediu e antes que então pudesse leva-lo para a cama se aproximou e lambeu seus lábios, fitando de perto, sentindo o gosto de ferrugem no sangue.
- Vamos. - Sussurrou contra seus lábios.
Etsuo sorriu a ele conforme sentiu o toque sobre os lábios, estremeceu mais uma vez e deu passos para trás, seguindo até a cama, com ele, segurando um de seus pulsos e sentia pelo corpo uma vontade enorme de simplesmente puxá-lo, agarrá-lo, jogá-lo sobre a cama, mas ele não era tão forte quanto a si, provavelmente se o fizesse com a força e a vontade que tinha, o quebraria. Ao alcançar a cama, sentou-se, sentindo-o se colocar entre as próprias pernas e retirou a camisa, que era a única coisa que havia sobrado da roupa. Ritsu seguiu com ele e por alguma razão gostava de perceber cada gesto de impaciência. Na verdade gostaria de saber porque o irmão era tão sensível com o sexo, não qualquer sexo, mas ser passivo, de ser submisso, mas adorava submete-lo.
- Não vai ficar de quatro, onii-chan?
Etsuo ergueu a face a observá-lo com um pequeno sorriso nos lábios.
- Eu quero ver você tirar a roupa, onii-chan.
- Hum, acho que só vou abaixar a calça.
O loiro disse a ele e se esticou conforme deitou sobre seu corpo. Moveu a pelve entre suas pernas e o deixou sentir sobre seu ventre o próprio, estava excitado, tanto quanto ele. Mas abaixar não fazia parte da provocação como fez, mas sim a se esticar e pegar embaixo do travesseiro o restante da encomenda. Trouxe na mão a coleira de couro, adornada com cadeado e finas correntes que os interligavam. Ao envolve-lo em seu pescoço, o colar estalou sendo fechado.
- Você é meu pet, onii-san. E agora eu sou seu mestre.
Etsuo sentiu o corpo dele sobre o próprio, e queria tocá-lo diretamente na pele, não queria suas roupas, por isso fez uma pequena careta em desaprovação, puxando a camisa dele, tentando retirá-la, quando fora surpreendido com o objeto ao redor do pescoço e franziu o cenho, sem entender. Arqueou uma das sobrancelhas, fitando-o e guiou uma das mãos a coleira que agora usava, tentando observá-la.
- ... Ah... Eh?
Ritsu sorriu a ele e se afastou, pegou a corrente pesada que levou até o colar e prendeu.
- Inu-chan. Vou ser bonzinho e te deixar tirar a camisa que se esforçou pra puxar.
Etsuo sentiu a corrente presa a própria coleira, se sentia engraçado, não entendia porque, mas era excitante de alguma forma, quer dizer, já era um animal, ser um vampiro era como ser um animal.
- ... Q-Quer que eu seja... Seu cachorro?
Disse a observar a corrente, ainda tentando entender alguma coisa e puxou a camisa dele, retirando-a, jogando de lado a expor seu tórax, bonito, gostava dele.
- ... Onde viu isso, onii-chan?
- Vi em minha vontade de fazer isso com você. É assim que eu aprendo, sentindo vontade. - Ritsu sorriu a ele. - Mestre, não é onii-chan.
Etsuo observou-o, ouvindo-o atencioso e assentiu.
- Mestre... Hai... - Sorriu. - Tudo bem.
- Você quer que o mestre coloque algo em você, Inu-chan?
O loiro indagou, ainda mais excitado com a brincadeira. Aconchegou-se entre suas pernas e selou seus lábios, desceu ao pescoço onde o namorou por um tempo.
- Quero... - Murmurou e suspirou, dando espaço a ele no próprio pescoço para tocar a si e estremeceu. - Ritsu... M-Mestre... Me fode, vem. Coloca seu pau dentro de mim.
- Eh... Parece que está ficando tão deliberado, Inu-chan.
Ritsu disse a ele ao ouvir seu pedido tão libertino, pareceu não se preocupar com o linguajar, tamanha fosse sua excitação. Ao se afastar, levantou e deu espaço para que ele se virasse.
- Vire.
O maior sorriu a ele meio de canto, e sabia que era a vontade que tinha que fazia a si dizer aquilo, por fim, virou-se de costas como pedido por ele, apoiando-se na cama com as mãos e os joelhos a ficar de quatro. Ao se ajoelhar na cama, o loiro tocou sua nádega e deslizou entre elas. Com o dedo o acariciou, aproveitou para dar uma boa olhada no moreno e perceber como ele ficava com aquela posição tão exposta. Conferiu até aquela parte tão íntima onde afundou o dedo. E ainda segurava a pesada corrente que volta e meia puxava levemente.
O gemido baixo deixou os lábios do menor, conforme o sentiu tocar a si com o dedo, arrepiou-se, porém o gemido mais alto veio logo após conforme o sentiu afundar no corpo. Encolheu-se, porém fora puxado pelo pescoço e ergueu a face, observando a parede em frente a si.
- Ah...
- Gostoso, inu?
O menor indagou e sentia sua entrada apertar o dedo que o violava, parecia querer impedir a entrada, assim como impedir a saída. Ainda assim investiu, sendo firme ao move-lo, curvou o dedo buscando aquele ponto de seu corpo tão sensível e que já conhecia.
- Ah... Hai...
Etsuo gemeu, dolorido e contraiu-se, apertando-o dentro de si e moveu os quadris, contra ele, deixando-o sentir a si por dentro e estremeceu ao senti-lo tocar o próprio interior, onde gostava.
- Você quer mais?
Ritsu indagou e voltou a puxar seu pescoço através da coleira, ouvir tilintar da corrente.
- Hai... Mestre...
Murmurou e inclinou o pescoço para trás, mordendo o lábio inferior ao senti-lo puxar a si e contraiu-se novamente, apertando-o em si.
- Hai o que, inu?
O loiro indagou e fitou seu rosto no pouco que se via do ângulo qual estava. Estava corado, estava lindo, como sempre. Empurrou o dedo naquela parte delicada e excitada dentro dele
- Kimochi... Ritsu... Ah, mestre...
Ao dizer, o moreno desviou o olhar a ele meio de canto e estremeceu com o toque.
- O que você quer mais?
Ritsu puxou vigorosamente a corrente, uma vez que distraído não responderam corretamente a questão. Tirou o dedo de dentro dele e o deixou sem o toque por um momento. Etsuo uniu as sobrancelhas e encolheu-se conforme o sentiu puxar a corrente, deixando escapar um gemido pouco mais alto da garganta.
- ...Quero você, quero seu pau...
- Como se diz?
O menor indagou e deslizou o sexo em suas nádegas, roçando sem penetra-lo. Etsuo arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo, estavam brincando, então deveria obedecê-lo.
- ... Por favor... Mestre.
- Isso. Se vou te fazer bem, então precisa pedir direitinho.
Ritsu disse ao moreno e sorriu embora não fosse ser de fato visto. Ao se roçar nele onde já estava, logo pressionou a glande contra sua entrada, insinuou a penetração, provocando o moreno para perceber se investiria. Etsuo uniu as sobrancelhas conforme o ouviu, era tudo novo para si, então estranhava agir daquele modo, talvez um pouco tímido, mas ao senti-lo contra o corpo, empurrou os quadris para trás, sutilmente.
O loiro sorriu para si mesmo, percebendo sua investida leve, embora não estivesse tentando parecer imperceptível, parecia fazê-lo. Investiu para ele, sentindo-se imergir em seu corpo frio e apertado.
- Kimochi, inu?
Etsuo gemeu, dolorido conforme o sentiu se empurrar para si e mordeu o lábio inferior, fechando os olhos.
- Ah! ... Itai...
Murmurou, e tentou abaixar a cabeça, porém fora impedido pela coleira que puxou a si.
- Hum, mas você queria tanto isso, inu.
Ritsu disse, porém sentia tão dolorido quanto ele, era bastante apertado. Ainda assim o penetrou de uma vez, amenizando toda aquela delonga. O moreno apertou o lençol entre os dedos, firme e assentiu conforme ouviu o outro, não queria mostrar a ele que estava doendo, então tentava agir normalmente. Por fim, arregalou os olhos ao senti-lo se empurrar contra o corpo e gemeu, alto, dolorido, mas prazeroso.
- Hum, gostei do grunhido, inu. Deixe seu mestre ouvir sua voz.
O loiro disse e voltou a se empurrar, embora estivesse preocupado sobre a possível dor, estavam brincando então tentou não dar atenção. Etsuo uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e ergueu a mão contra a parede, batendo contra ela num soco seco e gemeu novamente, mordendo o lábio inferior.
- Ah... R-Ritsu...
- Ah, isso dói, inu? Não se esqueça que está falando com seu mestre.
O menor corrigiu embora encarasse a liga do irmão com sua dor. Moveu-se no entanto, sabia que quanto mais rápido começasse, mais rápido o faria sentir prazer. Puxou a corrente que enroscou à mão com firmeza, por onde passou a puxa-lo conforme se movia. O maior assentiu ao ouvi-lo.
- M-mestre...
Murmurou, corrigindo-se e por fim gemeu novamente ao sentir os movimentos dele, doloridos, mas gostosos contra o corpo, e sentia-o tocar a si naquela parte interior que gostava, bem ali, e não respirava, mas era dolorido ter o pescoço puxado daquela forma de todo modo.
- Ah!
- Nani? Não está gostando de ser disciplinado, inu-chi?
Ao indaga-lo,Ritsu soltou a corrente e com cuidado a desferiu contra a bunda do irmão, acertando-o com o aço. O moreno encolheu-se sutilmente conforme sentiu a batida contra o corpo e rosnou a ele, baixinho.
- Ah, está rosnando para seu mestre?
Ritsu indagou e pareceu bem contrariado a isso, embora estivesse somente brincando. Voltou a acerta-lo com a corrente e também a penetração com a mesma força. Etsuo gemeu, dolorido e fechou os olhos ao sentir a investida, porém sorriu meio de canto e guiou uma das mãos sobre a corrente, sentindo-a, sentindo o pescoço a ser marcado por ela conforme puxado. O menor riu baixo, quase nasalado ao perceber a brincadeira igual para o irmão.
- Está gostosinho, inu?
Ritsu indagou e buscou seu braço qual trouxe para suas costas, usou a própria corrente para envolve-lo e prender enquanto abaixo continuava o movimento firme e sentia as pernas doerem com a insistência da posição e ritmo. Etsuo assentiu conforme o ouviu e sentiu um arrepio percorrer o corpo. Arqueou uma das sobrancelhas conforme o sentiu segurar uma das mãos e entregou-a a ele, não lutaria com o irmão e aquilo era excitante, podia sentir o corpo submerso no prazer que sentia, e nem reclamava, tudo que deixavam os lábios eram os gemidos, suaves, as vezes pouco doloridos conforme o sentia atingir a si onde gostava.
- E-Eu quero gozar, onii-chan...
- Hum, você precisa pedir ao mestre e não ao onii-chan.
Ritsu retrucou e apertou seu pulso atado. Ao se pender para ele, mordisco seu ombro e empurrou seu tronco para baixo, afundando seu rosto junto ao travesseiro. Etsuo uniu as sobrancelhas ao senti-lo empurrar a si e por um momento, sentiu uma pressão na própria cabeça, mas não respirava, não havia motivo, então nada disse a ele. Apoiava-se na cama ainda com uma das mãos e estremeceu.
- Q-Quero gozar, mestre...
- Quer, inu? O mestre deixa você gozar.
Ritsu disse e visto que tamanha intensidade com que se movia e mantinha ali, gozaria também, era humano e embora estivesse empolgado, estava cansado e dolorido na pelve. Aumentou o ritmo e procurou aquele seu ponto delicado, insistiu nele, e sabia que o acertava por suas reações, tremia e arqueava a coluna quando era atingido. O maior assentiu conforme o ouviu, mantendo a cabeça abaixada, os olhos fechados e por fim, virou-se, puxando-o para o meio das próprias pernas e conteve-se por um momento. Guiou ambas as pernas ao redor da cintura dele, puxando-o para si e gemeu, mais alto conforme agarrou-se a ele, apertando-o contra o próprio corpo, talvez com mais força do que havia previsto e puxou seus quadris contra si, fazendo-o comprimir o próprio sexo no abdômen, e por fim gozou, deixando escapar o gemido mais alto e uniu as sobrancelhas, apertando-o no corpo, e expondo a expressão de prazer a ele. Quase não viu quando de repente, o loiro se pôs no meio de suas pernas. Teve espaço entre elas mas foi abraçado com tanta força que sentiu a coluna estalar, gemeu, fosse de prazer ou desconforto mas voltou a penetra-lo com insistência, sentindo-se cada vez mais perto.
- Onii-chan...
Disse e por algum motivo apoiou a mão em seu pescoço. Mas não teve muito tempo além daquilo, o havia feito gozar logo que o tocou, talvez tivesse alguma sensibilidade no pescoço, pensou e quando sentiu seu aperto, sugado por seu corpo, foi inevitável o clímax, gozou com ele.
Um suspiro deixou os lábios de Etsuo junto a mais um gemido, prazeroso ao senti-lo gozar em si, aquecendo o corpo com seu ápice e fechou os olhos, inclinando o pescoço para trás e permaneceu por alguns instantes.
- Ah, você gosta disso?
Ritsu disse e soou contra seus lábios onde roçou os próprios. Deu-lhe por fim um selinho, tão leve como estava, sensível pelo clímax. Etsuo assentiu, mordendo o lábio a desviar o olhar ao irmão e sorriu a ele.
- Meu cachorrinho.
- Meu mestre.
O maior sorriu e o menor sorriu com ele, animado com seu ânimo pela brincadeira.
- Eu gostei disso. Podemos usar mais vezes?
- A coleirinha não é descartável.
Etsuo sorriu e assentiu a ele.
- Meu cachorrinho.
- Au. - O moreno latiu baixinho, audível somente a ele.
Ritsu sorriu e mordiscou seu queixo como tinha costume.
- Hum, me deixa fazer seus bolinhos, mestre.
- Hum, é, vai ser bom. Estou com fome. Agora o arroz não machuca suas patinhas.
Etsuo riu.
- É, minhas patinhas.
O menor riu com ele se levantou por fim, dando espaço para que ele se levantasse.
- Vem totó.
O moreno rosnou a ele novamente e levantou-se, seguindo a colocar as próprias roupas, mas manteve-se com a coleira.
- Vamos...
Ao sair, seguiu com ele a cozinha e cruzou com o pequenininho na porta, mas não ele somente, o pai estava na porta parado também.
- Eu disse pra usar uma camiseta.
Ritsu disse ao sair logo após ele. Já havia ajeitado as roupas no lugar. Fechou rapidamente a porta ao perceber a chegada dos pais. Sorriu aos dois.
- Olha que eu comprei pro Etsuo, mamãe. Ele não parece um lobo? - Disfarçou.
Etsuo permaneceu parado, e os observava silencioso, boquiaberto e até medroso demais, usava a coleira, e pior, ainda usava a corrente. Estremeceu, desviando o olhar ao pai em seguida, e sabia que provavelmente estava com o corpo marcado por ele.
- ...
- Hai... Ficou bonito...
Disse Shiori, e tremeu da mesma forma, desviando o olhar ao maior. Kaname fitou os dois, o filho mais velho e logo o outro, ao passar pelos dois negativou.
- Vocês parem de putaria.
Ritsu queria rir, não pelo pai mas pela feição pálida do irmão, era medroso e sabia. E não era pra menos, tinham um pai de quase dois metros e com os olhos prateados como uma faca polida.
- Estou só enchendo o saco do Etsuo, papai.
- ...
Etsuo engoliu em seco conforme o observou o maior, e sabia que era mais forte que ele, era vampiro nascido, mas era o próprio pai, se ele quisesse bater em si, sabia que apanharia em silêncio. Conforme o viu passar, uniu as sobrancelhas e desviou o olhar a mãe.
- ...
- Eu explico.
Etsuo assentiu ao pai menor, mas pensava que talvez o pai não estivesse aborrecido, ao menos não parecia tanto.
- Melhor tirar, onii-chan.
- Hai... Eu vou por uma camisa... Meu Deus.
Ritsu seguiu logo atrás do irmão, achava graça embora estivesse preocupado, mas deixaria nas mãos da mãe que ele já sabia e pelo comentário do pai, imaginava que ele também podia ter uma ideia.
- ...
O moreno seguiu ao quarto, retirando a coleira e a corrente, estava vermelho, envergonhado e até negativou consigo mesmo, colocando a camisa.
- Está com vergonha, inu? Mamãe vai resolver.
- Hai, eu sei... Mas o papai me mata de medo...
- Eu sei... Mas ele não parecia bravo.
- Eu espero que não...
Taa suspirou a adentrar a própria casa, afinal, havia fechado a boate essa noite, já estava amanhecendo e como não encontrou o outro no local, decidiu fazer por si mesmo. Observou a maçaneta da porta a pegar a chave no bolso e fechou-a.
- Isso esta virando um bordel se quer saber.
Falou baixo, achando que o outro ouvia a si. Virou-se e observou o outro na cama deitado, usando apenas a boxer preta já no sono profundo, e sobre seu peito a pequena filha dormia tranquila. Abriu um pequeno sorriso e aproximou-se da cama a selar os lábios do namorado.
Após o banho, Ikuma permanecido apenas com o tecido que não parecesse inoportuno quando pegou a filha no colo. Vestia uma boxer preta o qual julgou ser suficiente e após lhe dar a mamadeira e beber com ela do sangue, deitou-se na cama, assistia alguma coisa, cujo o televisor programado logo tratou de desligar, e com o carinho que lhe dava nas costas, logo adormecera junto a ela. De fato, um simples toque na superfície dos lábios, não suficiente para o aparte do sono qual continuou.
- Que coisinha mais linda.
Taa sorriu a observar ambos por mais um pequeno tempo e acabou por tomar a filha nos braços, beijando-lhe a face a caminhar pelo quarto carregando-a. Visto que o movimento, deixando o pouco peso que sentia sobre o peito ser esvaído, Ikuma acordou em menção de puxar o bebê, imaginava que poderia ter caído, mas ajeitou-se na cama ao vê-lo a carregando.
- Lagarta... Não me... Assusta.
Falou baixo, sonolento e abafado conforme se virou.
Taa arregalou os olhos a ver o movimento do outro e riu baixinho.
- Ora, assim você acorda, não é? Vou levar ela pro berço.
- Achei que estivesse caindo.
- Ah, mas se eu cair, você não acorda.
- Claro que eu acordo.
- Aham, claro.
- Acordo. Quando algo está em perigo eu acordo. Veja bem, quando toca minha bunda.
- Sua bunda nunca esteve em perigo. - Riu. - Então quer dizer que se eu cair de costas no chão você acorda? Porque minha bunda também estará em perigo.
- Eu acordo porque você caiu, não porque sua bunda foi pro chão. No caso eu acordo quando a minha está em perigo. A menos que alguém queira comer a sua, aí eu acordo e faço outro dormir.
- Ah sim, então ia deixar minha bunda amassada?
Ikuma deu de ombros.
- Você ia cair com ela, de qualquer forma eu ia acordar.
Taa acariciou a filha pequena que parecia nem se mover com a voz alta de ambos e riu baixo.
- Ela puxou você.
- Ah, é uma pena, queria ver ela escalar as paredes como você.
- Idiota.
Taa riu e levou a filha ao outro quarto, ajeitando-a no berço a cobri-la com o cobertor e ligou a babá eletrônica, voltando ao quarto em seguida a se ajeitar ao lado do namorado.
- Tire essa roupa pra dormir.
Taa assentiu e retirou a camisa e a calça que usava, deixando as peças de lado. Ikuma ajeitou-se com o outro, mesmo sem uso de cobertores, que por hora, embaixo dos corpos. Envolveu-o em sua magra cintura, tendo o contato bem vindo de sua pele e o beijou no peito, no ombro, no pescoço e nuca.
- Durma bem, lagarta. - Sussurrou.
Taa sorriu a ele ao sentir o abraço e o retribuiu com um selo demorado nos lábios.
- Durma bem, loira.
- Olha só, quem estragou meu momento bom marido foi você, lagarta.
- Eu estraguei? - Taa riu baixinho. - Você me chama de lagarta e não posso te chamar de loira?
- Mas lagarta é legal.
- E loira não é? Ou você é morena agora?
- Sou loiro.
- É nada, é minha loira.
- É. Se eu fosse uma mina ia te comer do mesmo jeito.
- Ia nada.
- Ia sim.
- Não ia, até sendo homem, se eu não quiser te deixar me comer, você não come,
- Ah, eu como sim. Você ia virar de quatro pra mim e falar "meta seus dedos em mim".
- Ah, mas não ia mesmo.
- Ia sim.
- Mas até que você ia ser uma mina gostosa.
- Eu ia mesmo.
Taa riu.
- Egocêntrico.
- Vamos saber quando a Shizuka crescer.
- Vamos.
- Mas eu ainda ia te comer.
- Nada. Eu queria saber agora. Quer que eu corte seu pau?
- Quer cortar?
- Não... Pior que preciso dele.
- Então quer dizer que se eu fosse uma mulher você não ia gostar de mim?
- Claro que ia. Mas eu ia te comer.
- Ah, não ia não. Você ia querer dar essa bundinha gostosa pra mim foder.
- Ah eu não ia. Mas não fale assim, se não meu pau vai ficar duro.
- Vê? Digo que ia ser uma mulher te fodendo com os dedos e ainda assim você fica duro.
- Não, eu fico duro por imaginar você fazendo isso, não uma mulher.
- Uma mulher que sou eu.
- Não, eu gosto do seu pau.
- E ia gostar dos meus dedos se eu fosse uma mulher, porque me comendo não teria o que precisa.
- Eu era ativo antes, esqueceu? Mas você... Eu gosto de você.
- Ah, não seja estúpido, se eu fosse uma mulher ia querer te comer do mesmo jeito, e claro que ia te dar prazer do mesmo jeito. Vou te mostrar isso agora.
- Vai virar uma mulher? - Taa riu.
- Vou te comer como uma.
Taa rstreitou os olhos.
- Ainda é homem, hum.
- Então se contradiz ao dizer que gostaria de mim sendo uma mulher.
- Não.
- Se contradiz. Mas eu sei, sei que daria pra mim.
- Ah, vai sonhando, Ikuma.
Ikuma riu-se, baixo, abafado e ajeitou-se na cama.
- Vou te dar um bom sonho essa noite.
- Hã. Vem, vamos dormir.
- Bom descanso, lagartixa.
- Boa noite, loira.