Yuuki e Kazuto #57


Kazuto sentava-se no sofá com o bebê pequeno entre os braços, a tv ligada para si não tinha nenhuma utilidade, apenas dava atenção ao filho com os olhinhos pequenos a fitar a si, a cor tão bonita dos olhos dele. Virou-se a direção da ruiva ao lado de si que observava o bebê e sorriu.

- Ele tem os olhos do pai.
- Não são lindos?
O menor sorriu a segurar a mãozinha pequena como tinha costume de fazer e logo ouviu o barulho da porta, desviando o olhar ao outro, já era tarde, vestia o pijama, mas não queria dormir enquanto o namorado não chegasse, aliás, o noivo.

Yuuki deu passagem a si mesmo, visto que recém chegado, deixando logo a mochila portada num dos ombros, sob o estofado conforme na sala tão próxima ao hall de entrada. Assistia à ruiva prontificada a guardar quaisquer coisas que lançasse pela casa, indagar sobre refeições que já não mais eram necessárias. Observou às duas crianças no sofá da sala, enquanto deixava um casaco, daqueles chamativos de serviço, em tom vinho, sobre a poltrona de couro escuro.
- O que faz acordado?

Kazuto sorriu a ele.
- Estava esperando você. Boa noite.

- Está empolgado com a criança. Ele já deveria estar no quarto, logo o sol começa a aquecer o clima.
- Ele me acordou ne... - Murmurou. - Estava agitado e não queria dormir de jeito nenhum.
- Mas agora já o leva. São seis e quarenta. 
- Porque chegou essa hora?
- Trabalhando.
O menor assentiu e desviou o olhar ao bebê novamente, sorrindo ao vê-lo levar o próprio dedo entre a mãozinha pequena, à boca.
- O que você quer, hum? - Sorriu.

- Fome aparentemente.
- Fome? - Kazuto uniu as sobrancelhas e desviou o olhar à ruiva que já caminhava até a cozinha para preparar a mamadeira. - Ele toma muito sangue...
- Ele é novo.
- Vampiros novos costumam comer mais?
- Verá quando ele tiver dois, três anos, vai ter que dar um jeito dele não sair mordendo tudo.
O menor uniu as sobrancelhas.
- Que horror.

- Terá que ensiná-lo.
- Eu ensino. Ele vai ser a coisinha mais linda quando for mais velho...
Kazuto sorriu e aceitou a mamadeira que a ruiva deu a si, ajeitando o pequeno bebê entre os braços e levou-a aos lábios dele, vendo-o colocar as pequenas mãozinhas aos lados da mamadeira e sugar o líquido.

- Vá fazer isso no quarto.
- Vem comigo?
- Já vou dormir.
O menor sorriu e levantou-se com cuidado junto do filho pequeno, caminhando em direção ao quarto. Kasumi observou o garoto a ir ao quarto e voltou-se ao mais velho.
- Ele disse que vão se casar, vão mesmo?
- Por que quer saber?
- Nada. Desculpe, senhor.
- Por que, ahn? Quer planejar minha despedida de solteiro?
- Se o pirralhinho deixar. - Ela sorriu.
- Desde quando a amizade de vocês é tão forte?
- Desde que eu soube que ia servi-lo pela eternidade. Afinal, não é nada agradável conviver brigando o tempo todo. 
- Yuuki! - O menor chamou o outro do quarto.
- Ora ora, desde quando se tornou tão compassível, Kasumi.
Yuuki indagou sem necessidade de sê-lo respondido, quando já lhe dera as costas ao caminho do quarto, tragando por fim um cigarro que tirou de um bolso qualquer. Kazuto a
baixou a deixar o bebê no berço e sorriu a ele, já havia bebido todo o sangue da mamadeira que deixou sobre a comoda e apenas o colocou para dormir. Os olhinhos fechados demonstravam o sono do pequeno e sorriu apenas a se levantar e observou o outro.
- Yuuki... Fumar perto do bebê?

- Ele nem pulmão funcionando tem.
O menor uniu as sobrancelhas e assentiu a se deitar na cama, ajeitando-se. Após o cigarro, um banho ligeiro, uma roupa qualquer sem calor ou peso, o maior deitou-se na cama a se enroscar novamente aos lençóis, como deveras costume de dormir. Acomodou-se no lugar, sentindo o bom agrado do banho, de olhos fechados, dormiria logo.
Kazuto aproximou-se do maior e lhe beijou o ombro, havia espero o retorno dele na cama. Sorriu apenas, fechando os olhos igualmente.
- Eu te amo... Boa noite.

- Boa noite.
Yuuki ajeitou-se na cama, deixando um dos braços simplesmente pousar sob a cintura alheia, sem um abraço realmente. O menor a
briu os olhos ao sentir o braço sobre si e sorriu, aproximando-se do maior a ajeitar-se junto a ele, encolhendo-se.

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