Broken Hearts #36 (+18)


Um suspiro alto deixou os lábios de Hideaki conforme fechou a porta do quarto, Mizuki havia adormecido, e Hideki estava com ele no quarto, em seu berço. Desceu em direção a cozinha e buscou um pedaço de papel, que levou até o rosto, limpando as gotas de sangue que escorriam do supercílio, mas buscou uma taça de sangue que seria mais efetiva, só não esperava ver a outra ali, com suas roupas de dormir.
- Ophelia.
- Hideaki.
Ela falou baixo e deixou a cigarrilha de lado, apagando a piteira que dispôs no bolso interior da roupa de dormir. Notou o sangue em sua pele que já trabalhava em cicatrizar a ferida, embora ainda pudesse ver onde antes tinha um machucado.
- Hum, nesse horário eu imaginei que já tivesse se recolhido.
Dito, não questionou algo qualquer sobre seu machucado, mas buscou servir seu jantar tardio ou apenas uma dose do que seria seu remédio.
Hideaki sorriu meio de canto.
- É eu já estava indo dormir. Tive uma briga com o Mizuki... Mas nada demais. Disse e limpou desajeitadamente o rosto, sempre era assim, nunca tocava no outro, mas ele tinha seus surtos de ciúme.
- E você está acordada por quê?
- Bem, já está amanhecendo. Nossos hábitos ainda são um tanto diferentes. Me deixe ajudar você.
Ophelia disse e após entregar a bebida a ele, buscou um lenço macio com que tirou a sujidade de sua pele. 
Hideaki fez uma pequena careta conforme ela apertou o tecido na própria testa e uniu as sobrancelhas.
- É, tem razão... Eu esqueço que é humana, me desculpe.
- Mas vou ajustar o meu horário, quero estar disponível pra vocês.
- Não, não se preocupe. É até melhor que não cruze com a gente.
- Por quê? Gosto de vocês. Agradecerei sempre.
- É, mas as coisas estão ficando meio loucas ultimamente...
- Eu entendo. Espero que vocês se resolvam e você é um homem forte, não deixe isso acontecer.
Hideaki sorriu a ela meio de canto e negativou.
- Não posso tocar nele da mesma forma como ele me toca, Ophelia. Ele é mais velho do que eu alguns anos e isso faz toda a diferença.
- Não estou dizendo que faça o mesmo, jamais diria para agredir seu parceiro. Estou dizendo que deveria impedir que isso acontecesse. Não revidar. Mas diga, quer algo? Quer beber algo além do sangue, precisa de algo para comer?
- Negativou conforme a ouviu, sorriu meio de canto e se sentou próximo ao balcão, estava cansado, mas não queria voltar para o quarto. Posso me deitar no seu quarto?
- É claro. Fique a vontade, trocarei as roupas da cama.
- Não, não quero que as troque. - Hideaki disse e levantou-se. - Gostaria que me fizesse companhia, se não se importa.
- Hum? Tudo bem.
Ophelia disse, embora estivesse surpreso pelo pedido, não deixou isso transparecer.
- Se você não quiser não tem problema.
- Eu vou se você quiser.
- Eu quero. - Hideaki sorriu meio de canto. - Você é a única pessoa que me deixa feliz.
- Hum, é porque você é um rapaz muito reservado, devia encontrar boas amizades, mesmo que tenha o Mizuki, talvez possam encontrar alguns amigos e tirar toda a tensão de vocês.
- Amigos? Moramos no meio da floresta, Mizuki me tirou da cidade pra não ter contato com ninguém, não posso ter amigos.
- Bem, eu não posso tirar o problema de você, mas posso ajudá-lo a dormir.
Ophelia sorriu enquanto cruzava os braços em frente ao peito. Tinha uma ideia de que Hideaki se martirizava demais, ele se fazia mais impotente do que realmente o seria. Sabia que a diferença de idade era expressiva mais do que a idade humana, mas ele era um homem inteligente, exceto, quando o assunto era Mizuki. 
Hideaki assentiu e seguiu com ela para o quarto, silencioso e ao entrar, deitou-se deliberadamente em sua cama, esperando por ela.
- Eu tenho tido pesadelos, acho que se sair de lá, pode melhorar.
- Bem, gosta de carícias nos cabelos? É uma ótima técnica pra dormir.
- Gosto... Você faz?
- Bem, não se oferece chá se não tiver chá. - Sorriu.
Hideaki sorriu e estendeu uma das mãos, esparramando os cabelos negros sobre seu travesseiro. Ophelia seguiu até ele e, bem, deitou-se, na verdade se sentou com a coluna. Esperou por seu movimento, imaginando como ele poderia se acomodar. O maior se aproximou dela, mas ao contrário do que ela podia pensar ou esperar, virou-se de frente a ela.
- Deita, não precisa se sentar.
- Não quer deitar, hum, nas minhas pernas?
-  Não, só quero me deitar com você.
- Não quer que o afague nos cabelos?
- Sim, você pode fazer isso deitada.
- Hum, tudo bem.
Ela disse e se deitou, não tinha ideia do porque ele queria que deitassem juntos mas o fez. Ao se acomodar se virou de modo que alcançou seus cabelos e os afagou sem delongas. 
Hideaki suspirou, estava de frente a ela e fechou os olhos, tinha um motivo para se deitar daquele jeito, queria só passar um tempo com ela, como se fosse um parceiro, sem que tivesse que brigar com ele. Suspirou e abriu os olhos, olhando pra ela, gostava dos olhos acinzentados dela. Ophelia retribuiu o olhar que ganhou e deu um sorriso de canto, era estranho ficar daquele jeito, era nada habitual, ele parecia muito diferente do que conhecera quando foi comprado dos antigos donos. Ergueu a mão e então tocou seus cabelos, os afagando suavemente. 
- Ophelia... - Hideaki murmurou, olhava pra ela com um pequeno sorriso nos lábios, estava tímido por pedir o que queria pedir. Eu posso te pedir uma coisa?
- Sabe que sempre deve me pedir as coisas.
- Eu quero fazer amor com você.
- Ah?
Ela se surpreendeu e reagiu evidentemente a isso, pouco depois tentou abrandar a reação.
- Hum, eu, bem, se é o que quer.
Estava mesmo surpresa, não esperava um pedido daqueles vindo dele, embora imaginasse que havia sido comprada para isso, desde a primeira venda feita pelos pais, com a família anterior não havia dado certo por uma pequena razão, agradeceu por não ser como eles esperavam que fosse, mas Hideaki, ele sabia o porque da venda ser fácil. 
Hideaki sorriu conforme a ouviu, mas em seguida afrouxou o sorriso.
- Você pode recusar se quiser, eu não vou te machucar.
- Hum, é que isso foi repentino. E você diz fazer amor, soa um pouco íntimo. - Ela sorriu num risinho breve. - Mas... Nós podemos, eu, só que eu não fui utilizada antes na verdade. Então eu não sei muito bem como te dar prazer.
- Se você não se importar de ter sua primeira vez comigo, eu quero ter minha primeira vez com você também.
- Hum.
Ophelia assentiu embora tivesse deduzido que a primeira vez que ele falava era a primeira vez consigo e não primeira atividade sexual. Nunca teve grandes expectativas sobre o sexo afinal, era um homem no fim de tudo e não uma garotinha idealizando qualquer coisa, mas ele era um homem bonito, era um bom homem então uma opção agradável. Hideaki era um homem forte, mas que parecia muitas vezes um grande bebê. A
o se aproximar, Hideaki beijou o pescoço dela, ou dele, o tocou com leveza, queria deixar claro que não o estava obrigando, e que não o havia comprado para aquilo, que o que queria fazer era somente porque tinha carinho por ele. Ao se esconder em seu pescoço, suspirou, queria dizer, queria pedir, mas estava tão... Confuso se deveria.
- Eu... Você pode fazer algo pra mim?
- Se for morder me avise antes... Ou não, não sei o que dói menos.
Ophelia disse a medida em que sentia sua proximidade, seus beijos que pareciam até muito cautelosos e a pele estava eriçada pelo toque frio de seus lábios. 
Hideaki negativou.
- Não vou te morder. - Disse num pequeno sorriso contra sua pele. - Você pode... Fazer comigo como se eu fosse sua mulher?
Ophelia havia certamente estranhado aquela pergunta, a forma como falava, não imaginava Hideaki daquele modo, então estava conhecendo ele de uma maneira completamente diferente, mesmo que já estivesse com sua família há algum tempo.
- Quer que eu seja ativo?
- Isso. Você faria dessa forma?
- Sim.
Ophelia deslizou a mão de seus cabelos ao pescoço, acariciando-o sob a ponta dos dedos. Na verdade estava um pouco perdida, quer dizer, estava surpresa e ansiosa
- Também será minha primeira vez, então podemos descobrir juntos.
Hideaki murmurou para ele e mordiscou seu pescoço, fora somente uma pequena fisgada, sentiu o gosto do sangue dela, e sentiu o sexo pulsar atrás da calça.
- Hum.
Ophelia murmurou, imaginando ainda que seria a primeira vez consigo e não de modo sexual geral. Sentiu o arranhão de seus dentes, mas não era nada além de ardido. Olhou para ele e seus olhos dourados e se aproximou, o beijou no queixo, não sabia se ele queria beijar de fato. Com a mão desceu até seu peito, ainda por cima da camisa. 
Hideaki sorriu a ele deslizou a mão pelos cabelos dele, acariciando, sentindo os fios macios e compridos. Ergueu seu queixo com uma das mãos e selou seus lábios, uma, duas vezes e devagar empurrou a língua para a boca dela, queria beija-la, mas era cuidadoso com as presas, então o beijo era um pouco contido. Ophelia abriu a boca e deslizou a língua em seus lábios, o penetrou de forma mútua, beijando-o um pouco menos devagar do que o beijo dele, ainda assim teve cuidado. Deslizou a mão para baixo, subiu novamente ao sentir o espaço de seu quimono e o tocou na pele, no peito, no mamilo que sentiu endurecer suavemente na ponta dos dedos, mas desceu, desceu devagar conforme ia seguindo o beijo, de modo que aos poucos sentisse sua empolgação tal como a própria. 
Hideaki fechou os olhos conforme a sentiu deslizar a mão para si, o toque dela era tão macio embora ela fosse uma empregada para si, mas afinal por que estava pensando no feminino? Sabia que não era a preferência dele. Ao cessar o beijo, desceu por seu rosto, o beijou na bochecha, pescoço, aspirou seu cheiro, pareciam flores de cerejeira, mas não mordeu, e suspirou conforme a sentiu tocar o próprio sexo, era a primeira vez empolgado com sexo realmente, estava ansioso. Ophelia deslizou os dedos para dentro da roupa íntima, tocando-o sem muitas delongas embora devagar, não estava tímido mas cauteloso sim. Sentiu que ele já tinha o início da ereção, já estava excitado, como se já estivesse bem preparado para transar. Envolveu ao redor dele e moveu a mão, massageando seu membro em vai e vem, correndo devagar por ele. Hideaki suspirou, mordendo o lábio inferior conforme o sentiu tocar a si, era tão gostoso sentir o toque quente da pele dele, tão quente que quase parecia derreter a si, aquele contraste de pele era muito bom, mas tinha que ter cuidado para tocá-lo, não queria machucá-lo com a força que tinha.
- Koji...
Murmurou, não costumava falar o nome dele, na verdade, nunca havia dito até então desde que ele havia contato para si. Ophelia j
á não era chamado assim há muito tempo, tanto que não soube dar atenção àquele nome quando dito. Imaginava que naquele momento o que ele queria era um homem mesmo, não algo com o que se parecia. Aos poucos se percebeu aconchegando nele, encaixando as pernas sob as dele, encostando a pelve contra seu quadril.
- Mizuki não vai descobrir isso...?
- Ele está dormindo... - Hideaki murmurou e segurou o rosto dele. - Quer que eu chame você de Ophelia?
- De quem você gosta?
Ele indagou em retruque à pergunta. Continuou a massagear seu corpo, correndo devagar por sua base. 
- De você, independente do seu gênero, só não queria te tratar como todos sempre fizeram. Não me importo de te chamar de Ophelia se você quiser.
Hideaki murmurou e suspirou, mordendo o lábio inferior.
- Me chame como você preferir. - Ele sorriu. - Só não tenho o hábito de ouvir esse nome, faz um tempo. Me diz o que você quer. Como devo tocar você, hum?
Hideaki sorriu e tocou os cabelos dele, talvez não devesse falar daquela forma com ele, não sabia o que devia fazer.
- Eu... Quero que fique entre as minhas pernas.
- Quer que eu fique em cima de você?
- Sim... Venha.
- Você quer me tocar primeiro?
- Quer que eu te masturbe ou quer que eu te coloque na boca?
Ophelia sorriu, talvez deixando claro que ficou um pouco envergonhado pela pergunta, o que era uma surpresa já que não era normalmente tímida.
- Quero que faça o que tem vontade...
Hideaki sorriu e assentiu a ele, gostava de suas bochechas coradas, era humano, e tudo era adorável. O empurrou cuidadosamente para a cama e se colocou sobre seu corpo, beijou seu rosto, seu pescoço, seu peito, sugou um de seus mamilos e desceu para sua barriga, beijou e mordiscou com os dentes da frente, cuidadoso com as presas. Ophelia deitou-se, acomodando na cama. Afrouxou a roupa de dormir já desajeitada no corpo. Sentiu seus beijos, no peito, no abdomen, imaginava se para ele o que via fazia algum sentido. Gemeu, baixo. Hideaki suspirou contra sua pele, a viu se arrepiar, era todo muito gelado, imaginou se isso não iria incomoda-la, parecia com frio, ao mesmo tempo que não parecia. Era realmente estranho ver seu rosto tão feminino, mas de certa forma, se atraía por ela, ou ele, não sabia como preferia ser chamado, mas o achava lindo como era. Ao pega-lo entre os dedos, apenas soprou a respiração fria contra seu sexo, depois deslizou a língua, era um choque de temperatura, mas não quis ir aos poucos, o enfiou na boca e sugou sua ponta.
- Hum...
Ophelia grunhiu ao sentir a pele fria, sua língua úmida dentro da cavidade oral igualmente lubrificada por sua saliva gélida. Ergueu uma das pernas e roçou contra sua pele, em qualquer parte cujo toque alcançou em sua posição atual. Levou as mãos em seus cabelos escuros e correu com as unhas por seu couro cabeludo até chegar na nuca, o segurou pelo pescoço. 
Hideaki fechou os olhos, o sabor dele era tão bom, o sabor de sua pele. Podia sentir suas veias pulsando dentro da boca, e tinha que se conter para não morde-lo ali mesmo, era como ter algo bem gostoso na boca e não poder de fato provar completamente. Desviou o olhar a ele, os olhos amarelos acesos e o segurou em seus quadris com uma das mãos, sentiu-se pulsar excitado quando pensou em tê-lo dentro do corpo.
Ophelia manteve os olhos abertos ainda que eles estivessem franzidos, tentando fechar, tentando dar atenção apenas ao toque úmido de sua boca. Pressionou os dedos em seu pescoço e moveu a pelve suavemente, empurrando em sua boca. Já havia gozado, já havia sentido prazer antes, mas era apenas por si mesmo, com a própria mão e não com outra pessoa, mas não podia reclamar, tinha sorte de não ter terminado como um prostituto.
- Hide...
Não havia dado o apelido a ele, mas a menção de seu nome terminou antes que pudesse completa-lo. 
Hideaki gemeu contra seu sexo, deixando-o sentir a vibração da voz, queria que ele estivesse tão ereto quanto a si para que pudesse se sentar nele, mas também queria que ele gozasse em si, na própria boca.
Ophelia sentiu que não ia ter muito tempo com um toque como aquele, inexperiente, não seria tão fácil de se manter. Apertou seu pescoço, logo pela nuca e em seguida desceu pelas costas, tocou seus ombros e o afastou de si, pelo menos fez o gesto para tal, em seguida, se sentou na cama, tomou um tempo para tirar o yukata e se deixar nu, sentia muito calor mesmo que ele estivesse frio. De joelhos se levantou na cama e sugeriu a ele que se deitasse. Do ângulo como estava, por mais estranho que ele talvez pudesse achar, agora sim podia ver o corpo que tinha, não era feminino e estava bem ereto. Hideaki suspirou conforme o sentiu indicar para si que se afastasse, levantou-se e devagar se deitou com a cabeça no travesseiro, separando as pernas para dar espaço a ele, e estava tão duro quanto ele, em expectativa. Ophelia olhou para baixo e sorriu de canto. Abriu espaço em sua roupa para então olha-lo, observando seu peito com mais músculos do que o próprio. Tocou suas pernas aonde deslizou as mãos mas apenas uma delas foi até o meio de suas nádegas, o tocou, massageando em movimento circular.
- Assim que quer?
Hideaki teve um pequeno sobressalto conforme sentiu o toque, mas fora sutil, era exatamente assim que queria, por isso não reclamou.
- Sim...
Ophelia o massageou, com os dedos médio e indicador, circulando seu âmago, pressionando suavemente até que sentisse que ali aceitava o toque, era assim que deveria fazer imaginava, provavelmente doeria se não estivesse relaxado. Hideaki suspirou e mordeu o lábio inferior, agarrando-se ao lençol da cama com ambas as mãos, era estranho, mas queria conhecer a sensação, na verdade, sempre quisera ser o passivo, mas o próprio parceiro não dava passe para si. Enquanto o tocava, massageando seu corpo que parecia realmente receptivo para aquilo, Ophelia nem o havia penetrado mas o sentia relaxado, desse modo tocou a si mesmo, movendo devagar os dedos ao redor no corpo mas na verdade estava se apertando.
- Você já quer gozar?
Hideaki murmurou, sentia de alguma forma que ele estava tenso.
- Não, mas estou excitada o bastante. - Ophelia mordeu o lábio inferior e franziu suavemente o cenho. - Eu devo colocar primeiro os dedos?
Hideaki sorriu a ele e assentiu.
- Coloque um, depois o segundo, mexa até me sentir relaxar pra você... Eu estou apertado, nunca fiz isso antes.
- Hum... Mizuki não faz isso pra você? - Ele disse e bem, improvisou, levou o dedos na boca e sugou, deixando a saliva umedecer o toque, em seguida foi até onde o tocava antes e, sem muita demora, seguiu, tentando ir para dentro. - E tem certeza que quer ter sua primeira vez comigo?
- Mizuki não gosta de ser ativo. - Hideaki disse e mordeu o lábio inferior, esperava por ele. - Sim...
Ophelia moveu o punho e então correu o primeiro dedo para dentro, sentindo o aperto de seu corpo quente, sendo apertado, sendo envolvido por ele.
- Hum, mas... É quase um desperdício.
Disse, divagando na verdade, ao olhar para ele, era um homem muito bonito. 
Hideaki sorriu conforme o ouviu e gemeu, dolorido conforme a sentiu adentrar o corpo, não era uma sensação habitual, mas sabia que ficaria melhor, sabia que não estava quente como ele seria, então não sabia o que ele achava do próprio corpo.
- Pra ele não...
- Talvez possa pressionar mais. Se ele gosta de você como eu sei que gosta, vai te querer de todas as formas.
Ophelia disse e moveu o dedo, dando a primeira investida quando chegou até o fundo. 
Hideaki negativou num pequeno sorriso, as pessoas de fora não sabiam como era a relação dos dois, sempre viam a si como um grande vilão ou algo assim, mas não era, só era uma pessoa que queria carinho como qualquer outra, que queria um amor real, não um falso. Gostava de Mizuki, mas ele não era o akai ito, mas não dizia a ele, não queria magoá-lo. Fechou os olhos por um momento, concentrado em seu toque e gemeu, dolorido e prazeroso, mordendo o lábio inferior um pouco distraído e sentiu uma fisgada sutil. Ophelia observou seu dentinho afiado surgindo entre os lábios, afundando na pele sensível arrancando uma gotinha brilhante e vermelha, que ficou no lugar como um pingo d'água na janela após a chuva. Moveu novamente o pulso, imaginava se Mizuki não chegaria a qualquer momento, estava sendo injusto com ele, mas estava ali por causa de Hideaki, então faria o que ele precisasse, era grato. Aumentou um tanto do ritmo, quando ganhou mais espaço, penetrou o segundo. Hideaki uniu as sobrancelhas, se perguntava o mesmo que ele, já que estava dolorido, não sabia se Mizuki acordaria ao sentir os próprios sentimentos, mas ele tinha sono pesado, provavelmente não viria. Gemeu, baixo ainda, contido e mordeu o dedo médio, cravando as presas afiadas na pele.
- Hideaki... Quer isso?
Ophelia indagou, e embora ele estivesse com sua feição dolorida, ainda que lhe perguntasse, movia os dedos dentro dele sentindo os suaves espasmos de seu corpo.
- Eu sei que vai ficar... Melhor... Não se preocupe. - Hideaki murmurou, contraindo-se ao redor dele, mesmo sem intenção e deslizou uma das mãos em sua coxa onde podia alcançar. - Entre...
Ophelia levou as mãos até as dele, segurou ao recobri-las e deslizar suavemente para os quadris nádegas, a intercessão entre as partes, queria que ele ditasse seu ritmo, no entanto pegou uma delas e resolveu levar até a própria excitação. Hideaki deslizou as mãos pelo corpo dele como ele queria que sentisse, mas queria mesmo era toca-lo naquela parte específica onde apertou, sabia que ele estava excitado e queria logo, ou não teria tirado os dedos de si. O guiou até o corpo, sabia que doeria, mas ficaria bom logo, e só encaixar o sexo dele ali, o puxou pelos quadris, devagar e mordeu o lábio inferior, sufocando o gemido ao senti-lo entrar em si. Ophelia sentiu sua apalpada que retribuiu com um espasmo embora involuntário. Abaixou-se entre suas pernas, suas coxas e sentiu seu corpo frio aonde se encostou e diferente dele, estava quente, ainda mais pelo fluxo que corria ali com a excitação. Arqueou-se para ele, empurrando a pelve a seu encontro, aos poucos passou a penetra-lo.
- Hum...
O maior fechou os olhos, estava excitado, por isso estava um pouco mais fácil, mas ainda assim dolorido e por isso se agarrou aos quadris dele, mesmo sem intenção, cravando as unhas em sua pele.
- Ah!
- Uh...
Hideaki murmurou dolorido com suas unhas que eram bem afiadas embora não fossem pontiagudas como seus dentes. Levou uma das mãos até o braço dele aonde deslizou até chegar em sua mão no próprio quadril, não tirou de lá, apenas segurou sua mão. Ao se encaixar até o final, Ophelia sentia um calor insuportável, mesmo que ele fosse frio, estava ansiosa afinal, era a primeira atividade sexual, as pernas estavam suavemente bambas ainda que pudesse facilmente sustentar o peso do corpo.
- Hum... Tudo bem? Parece ansioso, consigo ouvir seu coração bater daqui. Hideaki murmurou num pequeno sorriso e deslizou a mão livre pelo peito dele, tocando seu tórax sem volume.
- Pare de dar atenção a ele. - Ophelia sorriu. De joelhos firmes entre suas coxas, no futon que compartilhavam, moveu a pelve, dando a primeira investida. - Ah... Hide... É a primeira vez, claro que estou ansioso. - Disse, como ele parecia preferir.
Hideaki sorriu e assentiu conforme ele disse, tentaria parar de prestar atenção, mas o som, para si era bem alto, e de certa forma, era confortável. Puxou-o para si conforme teve a primeira investida e gemeu dolorido, selou os lábios dele, uma, duas vezes.
- Pode fazer como quiser.
- Hum...
Ophelia murmurou contra seus lábios, sob seus beijos pequenos e breves. Esperou um tempo, e ele ia sentir, dentro de seu corpo estava quente e cheio de espasmos, tentando contar o ânimo que tinha ali. Se moveu no entanto, dando a primeira investida.
- Hum, você está tão quente, Ophelia. Isso é bom... Parece estar me queimando por dentro.
Hideaki murmurou e mordeu o lábio inferior, deslizando as mãos até os quadris dela, puxando-a para si.
- Isso é gostoso, hum?
Ophelia indagou e sentiu que o corpo o penetrava cada vez mais facilmente. Deslizava por ele e sabia que o líquido que sentia no corpo, frio, não era algum lubrificante. De seus dedos nos quadris, gostava daquele toque, gostava de ser puxado para o meio de suas pernas, de algum modo se excitava mais com aquilo, era como se ele quisesse o próprio corpo. 
Hideaki assentiu e puxou-a para si, selou seus lábios, era estranho, era muito íntimo, era tão gostoso, e nunca havia feito aquilo com outra pessoa além de Mizuki, sexo, é claro. Mas agora fazia com ela, e estava sempre atento apesar de não parecer, estava atento sobre as sensações do parceiro, mas parecia apagado em seu sono.
- Mais... Mais...
Ophelia ouviu soar ofegante contra os lábios que antes beijava, lambiscando vez outra desatento ao gesto, mais interessado no que sentiam embaixo, mas podia entender. Era gostoso, mesmo que ele estivesse frio, podia balancear aquela troca de temperatura pelo calor que sentia e passava para ele. Não era de fato tão rápido, mas se encaixava firme sempre que encontrava sua pele, se empurrando como se pudesse ir além do que já estava. Hideaki era vampiro, então o mais forte toque dele não era suficiente para si, queria mais, mais dele, mais forte, mais rápido, queria senti-lo completamente, queria ter ele inteiro, por isso, as mãos afundaram em seus quadris e o puxou com força contra si, com a força que queria sentir, mas ouviu um pequeno estalo de seus ossos ao bater contra si e uniu as sobrancelhas, afrouxando o toque.
- Hum...
Ophelia grunhiu ao ser puxado, e embora ouvisse o estalo, a altura se deu na pele, que parecia ter ganhado um belo tabefe. Ainda assim negativou, queria sentir tão forte quanto ele, porque era gostoso, então quanto mais prazer pudesse ganhar, mais queria fazer.
- Hideaki...
- Desculpe... - Hideaki murmurou e fechou os olhos, estava excitado, o sexo endurecido pulsava a cada vez que ele se empurrava contra si, ele sabia o ponto onde fazia as pernas tremerem. - Eu... Eu quero gozar...
- Quer? Quer que eu te faça gozar?
Ophelia indagou baixinho contra seus lábios que lambeu suavemente, vários lambiscos leves e com uma das mãos o tocou no sexo, sentiu sua ereção e gemeu baixinho ao apalpa-lo. Com o ritmo pélvico, igualmente o acariciou, subindo e descendo os dedos ao redor dele.
- Mas... Você não precisa segurar meu pau pra me fazer gozar...
Hideaki murmurou, contra os lábios dele num pequeno sorriso e mordeu o lábio inferior próprio, puxou-o novamente com força contra os próprios quadris.
- Eu sei, isso é porque eu gosto de tocar...
Ophelia retrucou e se moveu mais firme, como ele queria, gemeu em seus lábios encostados aos próprios. Hideaki s
orriu novamente e assentiu, deslizou as mãos pelos cabelos dele, acariciando-os e deu uma leve puxada nos fios compridos, gostava deles.
- Hum... Mais... Eu vou...
- Gozar...
Ophelia murmurou e grunhiu diante da puxada nos cabelos. Deslizou os dedos ao redor dele, massageando devagar e firme desta vez, diferente da pelve, empurrando mais forte, aumentando o ritmo mesmo sem intenção. 
Hideaki uniu as sobrancelhas e assentiu, agarrando-se aos quadris dele e puxou-o com força para si, enterrando-o no corpo, e fora quando finalmente gozou, inclinando o pescoço para trás e fechando os olhos, mordeu o lábio inferior.
- Ah...
Ophelia o penetrou até o fundo, afundando-se nele como puxado, gemeu a cada investida, sempre que chegava nele, mas continha a voz, abafando-a, abaixando o tom e quando ele gozou, não pensou se devia fazer o mesmo, apenas fez, gozou com ele. O maior suspirou, ele aquecia a si por dentro como fogo, era muito gelado em comparação a ele e aquilo era tão gostoso. Mordeu o lábio inferior.
- Kimochi...
- Hum, Kimochi, Hideaki...
Ophelia murmurou e talvez um pouco empolgado pela sensação, lambiscava seus lábios, mordia, beijava, eufórico, embora soubesse se conter. 
Hideaki assentiu, estava da mesma forma, então tentava de certa forma um pouco inutilmente retribuir os toques dele.
- Podemos... Fazer isso mais vezes?
- Hum... Podemos. - Ophelia falou ainda contra seus lábios.
Hideaki sorriu e tocou os cabelos dele, queria ficar, mas Mizuki logo acordaria.
- Eu... Tenho que ir...
- Hum, tudo bem...
Ophelia murmurou e tocou o rosto dele, afagando seus cabelos nas laterais, mas percebeu que talvez estivesse "meloso" demais então apenas o beijou num selar pela última vez e saiu de seu corpo, tanto de dentro quanto de cima. 
Hideaki gostava do toque, não se importava de fosse ou não meloso, mas tinha que ir logo. Retribuiu o selo e levantou-se, buscando as roupas que antes usava e antes de sair, se voltou a ela e selou seus lábios uma última vez.
- Boa noite, Ophelia...
- Hum, boa noite, Hideaki...

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