Akuma e Orochimaru #7


Cedo, Orochimaru já estava de pé, havia arrumado o kimono deixado de lado na noite anterior e a espada estava presa na cintura, iria embora, mas primeiro, achou que seria interessante testar os poderes que tinha. Deixou de lado a espada e se concentrou no que poderia fazer, até que o corpo humano desaparecesse e desse lugar ao se uma cobra, que rastejou pela cama até alcança-lo e o lambeu em seu rosto.
- Hum... - Akuma murmurou, recobrando estado de alerta, despertando do sono. Ao abrir os olhos, observou o corpo esguio, a língua fina que estalava no rosto.
- Ora, que animalzinho lindo eu tenho aqui...
Orochimaru sibilou como uma cobra e enrolou-se ao corpo dele, abraçando-o naquela estranha forma, não apertou de fato.
- Eu gostei disso.
O maior disse e tocou sua cabeça fria, era grande, era uma cobra grande. Orochimaru r
oçou a cabeça ao rosto dele ao sentir a carícia e a língua novamente percorreu o rosto dele, os olhinhos afiados o fitavam de uma forma meiga, não era ameaçador.
- Você gostou da sua nova forma?
Akuma indagou enquanto acariciava seu corpo longo, havia de fato ficado bem daquele jeito, sentia-se dono de um bicho de estimação.
Achei confortável, posso me esticar muito, meus olhos enxergam melhor no escuro. Gostei de ser uma cobra. Você gosta de mim assim? - Orochimaru Pensou, já que não poderia falar com ele.
- Eu achei adorável, pode ficar assim mais vezes. - Akuma roçou as unhas em seu corpo longo e furtacor, acariciando sem ferir sua pele delicada. - Eu sempre te vi assim, acho que sempre foi sua essência no fim das contas.
Ah é? Eu gostei, obrigado. Posso caçar pra você agora, acho que eu também me alimento de carne, não é?
Acho que vai ter que descobrir o que te dá fome. - O maior disse enquanto ainda o acariciava. 
Hum, saímos pra caçar depois que eu matar o meu pai, agora tenho compromissos.
Claro que tem. Talvez seja legal você dar um bote nele.
Num piscar de olhos, Orochimaru tomou a forma humana novamente e riu conforme o ouviu.
- Nah, eu vou lutar com ele. Talvez com um pouco de veneno na espada.
- Ah, mas ia ser legal ele ser asfixiado.
- Ia mesmo. Hum, mas e se ele levar os caras?
- Bem, se ele levar alguém não faz diferença a forma como você vai atacar ele.
- Bem, isso é verdade.
- Mas a mamãe estará lá.
- Hum, não sei se gosto muito dessa ideia.
- Por que não? Ele fica tão aflito, é tão excitante.
- Pra você, eu também fico aflito.
- Mas você sabe que sou eu, te farei ver diferente. Embora eu goste de te deixar aflito.
Orochimaru assentiu e uniu as sobrancelhas.
- ... Tá bem.
- Mas vou deixar que me veja, sei que gosta de apreciar.
- Você sim, minha mãe não.
- Eu sim? - Akuma sorriu.
- Sim, que eu gosto de... Enfim, vamos.
- De? De?
- De te olhar. Desgraça.
- Então olhe.
Akuma disse e ao se ajeitar, levantou-se desnudo e virou-se, dando uma "voltinha". 
- Akuma, pare com isso.
- Por quê?
- Porque sim. - Orochimaru riu baixinho.
- Por quê?
- Porque você é bonito, não quero ficar constando isso.
- Devia querer, sou seu Akuminha agora.
- Hum, já era antes.
- Hum, era, é? Vamos, viajante.
Orochimaru sorriu meio de canto.
- Vamos. Esta pronto? Vá vestir um kimono.
- Claro.
Dito, Akuma não precisou de toda atividade até projetar o quimono bem ajustado ao corpo. Era todo preto e o obi de couro envolvia a cintura sem curvas.
- Couro, ah? É bonito. Tirou se algum animal?
- Cobra. - Akuma provocou.
- Eu reconheço pele de cobra, e isso não é.
- Ah, tem certeza?
- Tenho.
- E agora?
Akuma disse e ao deslizar o dedo pelo obi criou o mesmo aspecto furtacor de sua pele. 
Orochimaru arqueou uma das sobrancelhas.
- Não... Não faça isso.
- Por quê? - O maior sorriu. - Teme por seu courinho lindo?
- Claro. Vai arrancar minha pele?
- Se você for malvado comigo.
- Por que eu seria malvado com você? - Orochimaru disse e riu.
- Nunca se sabe como são os humanos.
- Eu não sou humano.
- É, não mais, mas fazem apenas algumas horas.
- Mas você já pode me respeitar mais por não ser humano, ora.
Akuma riu, entre os dentes.
- Eu respeitei desde o início. Só não na cama.
- Bem, na outra noite você foi bem mais intenso.
- Você pediu, amorzinho...
Orochimaru sorriu meio de canto.
- Eu pediria de novo.
- Pode pedir quando voltarmos, podemos usar o sangue do seu pai.
- Hum, certo. Vamos precisar almoçar também.
- Olha só, está todo positivo e habituado à situação, parece nem que tentou fatiar meu rosto.
Orochimaru estreitou os olhos a ele.
- Por que você não curou ainda?
- Está curado.
- Não está, você pode tirar a cicatriz.
Akuma sorriu.
- Não posso.
- Pode, você sempre fez isso.
- Sempre fiz aonde? Eu posso camuflar, mas ela continua aqui.
- ... Então eu vou te deixar assim pra sempre?
- É, apesar de tudo ainda tenho um corpo que existe, então marcas são marcas.
Orochimaru uniu as sobrancelhas.
- Mas tudo bem, eu te dei uma marca, é justo eu ter uma sua.
- Mas essa é bem no meio do rosto.
- O que? Não sou mais atraente pra você?
- Ah não, perdi o interesse por causa de uma marca que eu mesmo fiz.
- Eu posso esconder. Mas não vou, quero que me agrade toda vez que olhar pra ela.
Orochimaru estreitou os olhos ao ouvi-lo, mas se aproximou e tocou o rosto dele, acariciando-o. Akuma riu entre os dentes sentindo seu toque mais frio do que o habitual.
- Hum... Minha mão é fria agora, não é?
- Um pouco fria, mas não me incomoda.
- Hum, espero que não mesmo. Já você ser quente é muito atrativo pra mim agora.
- Ah, eu sei, vai querer se enfiar em locais quentes.
- Hum, não como você pensa certamente.
- Não pensei em nada que eu não pudesse fazer.
Orochimaru riu.
- Eu nunca fiz dessa forma, então.
- Que forma?
Akuma indagou, fingindo-se desentendo, afinal podia ler seus pensamentos.
- Eu nunca fui ativo.
O maior riu.
- É, eu sei. Nem mesmo mulheres no fim de tudo. Que homem desinteressado.
- Hum, eu não sou desinteressado, eu só... Me concentrei em outra coisa.
- Agora eu te dou interesse, eu sei. Fiz direitinho.
- Hum, você sim, mas não sei se eu seria um bom ativo.
- Mas eu não estou querendo te dar nada quente e úmido.
- Hum, não é? Parecia que você gostava de dar quando me conheceu.
- Por quê? Quer comer?
- Eu não disse isso.
- Se você quiser, posso deixar bem úmido, você sabe. - Akuma sorriu e lhe deu uma piscadela.
Orochimaru sentiu a face se corar e desviou o olhar.
- N-Não...
- Hum, a noite, agora vou estimular minha umidade vendo você brincar com seu papai.
- Que coisa horrível. - Disse e riu.
- Mais tarde você vai gostar...
- Hum, vai dar pra mim, é?
Akuma sorriu.
- Eu sei que vou terminar por cima.
- Hum, certamente. - Orochimaru disse e riu.
- Você gosta de dar e eu gosto que goste disso.
Akuma sorriu.
- Por quê? É fetiche?
- É, acho que sim. Você tem essa aparência toda masculina, mas é dócil e todo delicado.
- Hum, eu não sou delicado...
Orochimaru disse, mas sabia que havia herdado aquilo da própria mãe, mesmo manias que havia aprendido com ela como algo de culinária e costura, havia crescido como uma menina deveria. Quando criança até mesmo provava alguns vestidos que ela costurava para vender.
- Você é sim, eu gosto disso. Gosto do seu conflito.
O menor negativou, mas sorriu meio de canto. Se apronte, saímos em dez minutos.
- Estou pronto. Sempre pronto. Agora você se apronte, se recomponha, não fique pensando em vestidos.
- Eh? Sai da minha cabeça!
Akuma riu, travesso.
- Vamos, bonitão.
Orochimaru estreitou os olhos a ele, mas segurou seu braço, esperando que ele levasse a si para longe dali.
- Que segurada tímida. Pode abraçar.
Akuma disse e no fim, o envolveu, levando-o naquela viagem aflitiva para ele, talvez não tanto agora.
 Ao chegar, Orochimaru plantou os pés bem firmes no chão, estava tonto, mas tentava se situar um pouco melhor do que quando era humano.
- Hum... Eu vou ficar bem.
- Claro que vai, cobrinha.
Orochimaru riu e caminhou devagar, tentando se habituar com o ambiente, nem havia percebido, mas o rosto já havia voltado ao normal, as marcas se esconderam.
- Bem, eu vou me sentar na plateia. 
Akuma disse e se acomodou num lugar qualquer, claro que ele não podia ver, mas esperava pelo homem com as formas de sua mãe. Orochimaru assentiu e na estrada se colocou em espera, em posição ereta e segurou a espada firmemente nos dedos, ainda que estivesse dentro da bainha.
- Acha que ele vai aparecer?
- Hum, quem sabe. Se é um homem como você diz ser, ele virá...
- Não sei se ele virá depois do ocorrido na hospedagem. É capaz que ele pense que eu estou amaldiçoado e carregando um fantasma.
- Olha... Acho que ele não estaria errado. - Akuma riu.
Orochimaru desviou o olhar a ele e riu.
- De fato.
- Só não sou bem um fantasma, mas...
- Poderia ser. Ficaria legal.
- Ah, você quer que eu seja um fantasma?
- Não, só estou brincando.
- Quer que eu vá atrás do seu pai? Tá enrolado.
Orochimaru riu.
- Que horas são?
- Hum, não sei. Deve ser o meio do dia.
- Ainda falta um tempo.
- Hum, que tal eu treinar você enquanto isso?
- Me treinar, é? E como vai fazer isso?
Akuma se levantou, desencostando de onde estava e tão logo tinha uma espada à mão.
- E então?
Orochimaru arqueou uma das sobrancelhas conforme o viu pegar a espada e riu baixinho.
- Você já lutou alguma vez?
- Bem, normalmente não preciso de espada. Vou na mão. Mas você é tão formal, vamos lá.
Orochimaru estreitou os olhos.
- Ah, adoraria lutar com você na mão agora que eu posso te morder e te sufocar.
- Então vem.
- Ah, é?
Orochimaru riu e soltou a bainha da espada, deixando-a cair no chão e esperou que ele fizesse o mesmo.
- Não pode controle de mente.
- Não vou.
Dito, Akuma deixou de lado a espada que na verdade logo deixou de estar ali. Parado, esperou por ele, esperou por sua investida. 
Orochimaru sorriu meio de canto e silencioso se concentrou nele, estava em posição de luta, esperando, podia ver seus pés firmes no chão e sua respiração nem existia, não estava preparado para enfrenta-lo, era bem mais fraco que ele. Suspirou, tomando ar para os pulmões e num segundo a serpente subiu pela perna dele, não era a si, eram ilusões que aprendeu só então que podia criar. Elas se agarraram firme as pernas dele e o apertaram. Akuma sentia deslizar pela perna, correndo firmemente ao longo dela, porém, era alguém que lidava com ilusões, as criava, sabia muito bem se controlar. Moveu-se, andando mesmo com suas crias ilusórias.
- Achei que queria vir no soco.
Disse e como ele, em suas pernas foi o primeiro ataque, mas não eram cobras, eram cordas que se moviam como seu animal rastejante, subindo aos quadris, seguindo para dentro de seu quimono. 
Orochimaru arqueou uma das sobrancelhas conforme sentiu as cordas firmes que enlaçaram a si.
- Eu quero treinar os meus poderes... Caralho, está apertado...
- É, então treine.
Akuma disse, embora tivesse intenções diferentes nos ataques. Passou as cordas por seu corpo, o apertando, no entanto, passou aos pulsos, os envolveu e quando os tomou, puxou-o pelas cordas para baixo, fazendo se ajoelhar. Orochimaru u
niu as sobrancelhas conforme se ajoelhou em frente a ele.
- Você não acha que se ele vir isso vai ser no mínimo vergonhoso?
- Hum, ele não vai ver, posso sentir o cheiro dele, não está perto.
Dito e ao se aproximar, Akuma tocou seu rosto, ao deslizar os dedos em sua bochecha revelou as escamas camufladas em sua pele.
- Lindo.
Disse e deslizou os dedos dali até seu cabelo curto, trouxe-o perto do ventre, apenas a provoca-lo. 
Orochimaru ergueu a face a fita-lo conforme ele fazia a própria face tomar o tom esverdeado com as escamas que havia recebido de presente. Sorriu meio de canto, mas estreitou os olhos ao ficar tão perto dele.
- Vai tirar a roupa aqui no meio da estrada, é?
- Poderia, mas alguém iria ver você fazendo sexo oral na sua mãe.
Akuma sorriu e então o soltou, fosse das amarras quanto de seu cabelo. 
Orochimaru arqueou uma das sobrancelhas assim que ele soltou a si.
- Que nojo.
O maior riu, travesso e no fim se afastou.
- Recomponha-se, homem.
Orochimaru assentiu e se levantou, mas se jogou acima dele logo em seguida, segurando-o ao redor do pescoço. Akuma sorriu para si mesmo, sabia que ia levar um bote. Caiu com ele em seu breve ataque, no entanto, antes que pudesse colidir ao chão, dispersou de seu toque, por consequência o fez cair sozinho, se sentou aonde antes esperava por assistir seu desafio.
- Testando o solo?
Akuma desviou o olhar a ele e estreitou os olhos.
- Hey, isso não vale!
- Vale então você se pendurar no meu pescoço de costas? É mesmo uma cobrinha. Só deixo você no meu pescoço em forma animal.
Orochimaru estreitou os olhos.
- Era pra ir no soco, não pra usar habilidades especiais.
Disse mas se levantou, estalando o pescoço ferido.
- Você me atacou com a sua cobra de mentira, eu só escapei do seu ataque surpresa. - Akuma riu. - Venha, me deixe ver meu animalzinho...
Orochimaru caminhou até ele e ficou em frente a seu corpo.
- Hum?
Akuma sorriu, achando adorável que realmente tenha ido.
- Venha, quero te dar carinho. Se enrole no meu colo.
- Como cobra?
- Bom, se você quiser se enrolar como ser humano...
Orochimaru estreitou os olhos e logo tomou a forma de cobra novamente, rastejou até o corpo dele e se enrolou ao redor de seu pescoço, expôs a língua comprida e o lambeu no rosto. Akuma levou as mãos ao rosto, observando o animal, como quem achava a situação muito adorável, provocando-o é claro, embora achasse fofo mesmo. Deslizou a mão por seu corpo não pequeno, afagou sua cabeça achatada e larga.
- Eu acertei demais nisso.
Palhaço. Mas eu gostei de ser uma cobra, é útil.
Aonde achou a utilidade?
Akuma indagou, dentro de sua cabeça mesmo, sem precisar falar. Deslizou os dedos logo abaixo de sua cabeça, no que seria seu pescoço talvez.
Hum, posso passar pelas pessoas sem ser visto, claro, se for muito bem camuflado, já que sou uma cobra de dois metros.
É, eu bem ia dizer isso, difícil alguém não ver seu tamanho.
Orochimaru riu, mas fora somente na própria cabeça, já que não podia fazer isso como cobra e sibilou para ele, o lambendo no rosto novamente.
- Quem é a cobrinha do Akuma, quem é? - Provocou e riu, deslizou a mão por ele.
Orochimaru roçou o rosto a ele, mas tinha a pele um pouco pegajosa. O maior sorriu, percebendo que ele não se opôs à provocação, parecia até gostar. Continuou a carícia, correndo a mão por seu corpo extenso, mas gostava mesmo de afagar embaixo de sua cabeça, fazia-o erguer e mostrar o pescoço, como se incentivasse o carinho. Orochimaru havia até mesmo cochilado, por um bom tempo na verdade, quando acordou, estava deitado sobre o ombro dele, mas tomou a forma humana para de sentar ao lado dele, o sol estava se pondo, havia se passado tanto tempo assim? 
- Pelo jeito, ele não vem.
Akuma percebeu em sua imobilidade que havia dormido, muito facilmente na verdade, era uma cobra afinal, aquilo seria mais fácil para ele. Ficou a esperar no entanto, não precisava dormir e duvidava que o homem fosse vir. Invadiu o sono dele, descobrindo o que sonhava. Algum tempo depois já estava acordado.
- Oi dorminhoca.
- Naquele dia não havia sonhado com nada específico, sonhara que havia subido numa árvore alta e conseguia ver tudo lá de cima, todo o mar de árvores até o monte fuji.
- Desculpe, eu cochilei.
- É, um longo cochilo. Mas tá bom, eu fiquei acompanhado de uma cobrinha fofa.
- Por que não me levou embora?
- Porque não queria que ele achasse que você não apareceu caso ele resolvesse vir.
- Cinco horas depois? O sol já está de pondo.
- Nunca se sabe como é a determinação de um homem.
- Ele é um covarde desgraçado, isso sim. Deve ter fugido para outra cidade.
- Eu encontro ele se você quiser.
- Não, vamos viajar até achar.
- Ah, pra que essa fadiga?
- Porque é divertido.
- Tá bem, quer viajar comigo, dormir comigo nas estalagens, comer comigo nos bares, jantar comigo na floresta.
- Hum, por que não? Me parece maravilhoso. - Orochimaru sorriu.
- Hum, então esse viajante já não é solitário.
O menor sorriu novamente.
- É... Parece que não.
Akuma sorriu, mostrando-lhe os dentes.
- ... Obrigado por me fazer companhia.
- Bem, somos quase casados, preciso estar por perto.
- Quase casados? Eu não me lembro de ter passado pelo namoro e o noivado.
- Não me interessa, é consequência. Noivado? Querido, temos um pacto.
- Hum, não, vai ter que se ajoelhar.
- Você se ajoelhou.
- Hum, quando eu estava amarrado, ah?
- Exatamente.
- Ah, não é a mesma coisa. - Orochimaru riu, mas tocou a mão dele, ele havia esperado por cinco horas, consigo, não havia abandonado a si, achou adorável. - Vamos pra casa.
- É sim, pra mim vale cada distração.
Dito, Akuma se levantou, o tomou da forma típica nos braços e fez sua odiosa viagem. 
Orochimaru riu e com ele seguiu para sua casa, novamente estava tonto, mas não tanto de fato, apenas teve que se apoiar nele por alguns minutos.
- Lar doce lar, cobrinha. - O maior disse, sustentando-o por perto.
- Você precisa me ensinar a fazer isso, se não eu não vou conseguir voltar pra casa.
- Hum, eu vou precisar estar com você. Ninguém chega aqui sem mim.
- Ah, entendi...
- Mas vou me certificar de providenciar algo pra você, pequeno Orochi.
Orochimaru sorriu meio de canto e deixou de lado a espada, não precisaria mais dela.
- O que vamos comer?
- Hum, está com fome de que, cobrinha? Quer ovos ou carne?
- Hum, ovos me parece bom.
- Certo, então vamos conseguir alguns. Você quer comer na vila?
- Na vila? Mas acabamos de chegar. Eu posso caçar algum.
- Eu não sei, você ainda é meio humano, não sei como vai se alimentar. Vá em frente, tem muito material de caça por aqui. - O maior sorriu. 
Orochimaru sorriu meio de canto, mas assentiu, selou os lábios dele, rápido, preciso e num piscar de olhos estava rastejando para fora da casa. O riso soou num sopro nasal, Akuma achou graça do beijo de despedida, ou algo que se parecia com aquilo. No fim o viu cair pesado no chão e rastejar, realmente havia gostado daquilo.
- Traga um lanchinho pra mim também, pequeno Orochi.

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