Akuma e Orochimaru #6 (+18)


Orochimaru sentiu o corpo pisoteado, como se tivesse sido atropelado por uma liteira, mas não havia. Abriu os olhos, devagar e fitou o quarto, era estranho porque estava escuro, mas podia ver nitidamente mesmo no escuro, podia ver as formas dos objetos, tudo estava no devido lugar, era a casa dele. Sentou-se na cama e deslizou a mão pelo rosto, tentando se lembrar o que havia acontecido, mas ao tocar a si, sentiu algo estranho na pele, era como escamas, o toque era bizarro, teve que tocar novamente, só então percebeu estar assim no queixo e nas bochechas, não sabia o que era, e foi quando sentiu o coração acelerar.
- Akuma! Que porra é essa?!
Gritou, chamando por ele embora não fizesse ideia de onde ele estava e sentiu a língua pesar na boca, era estranho, como se não coubesse nela, era grande demais. Expôs a língua, tentando vê-la e conseguiu, para a própria surpresa enxergar a língua, comprida, fina e partida na ponta, como a de uma serpente.
- Mas que... Que inferno!
Buscou lado a cama as próprias roupas e nu, achou apenas a espada deixada sobre o móvel, empunhou ela, firmemente entre os dedos.
- Akuma! Aparece logo! Tira essa merda de mim!
Akuma sorriu, do lado de fora como estava sentado à varanda, observava a paisagem escura e nublada, adorava aquele clima pesado e leve ao mesmo tempo, era quase sombrio. Soprou a fumaça da piteira, exalando o cheiro de cravo queimado. Dali ouvia seu surto, raiva e confusão, mas já esperava por isso. Se levantou e embora pudesse partir para dentro de casa sem muito esforço, apenas caminhou até a porta, encostou-se no limiar. Olhou para ele e suas escamas aparentes, ele saberia esconde-las em algum momento, com o tempo, mas gostava de como caiam bem em seu rosto, assim como o novo aspecto de seus olhos.
- Tirar o que?
- Você está me zoando, não está? Tira essa coisa do meu rosto, anda! Agora!
Orochimaru disse, estava puto e as presas compridas haviam esbarrado na língua várias vezes, sentiu o corte atravessado e estremeceu, cuspindo o sangue no chão.
- Mas que... Que merda é essa? O que você fez?!
Disse e empunhou a espada, em frente ao próprio corpo enquanto o fitava. Akuma r
iu embora soasse entre os dentes, guardado na garganta.
- Se acalme pequeno Orochi. Você só é o que deveria ser. Eu lhe dei sua nova forma.
- Nova forma?! Que nova forma?! Eu não te pedi isso! Mas que inferno, até falar é uma merda com essa língua. - Disse, irritado e estendeu a espada, guiando-a ao pescoço dele. - Você me matou, não foi?! Eles estavam certos, você é um demônio, não queria a mim, queria minha alma. Devolva!
- Não está morto, está aqui, não está?
Akuma retrucou e não se moveu milímetro sequer mesmo sob o manejo de sua espada, não tinha medo dele. Erguera a mão, levando a piteira entre os lábios.
- Seu maldito desgraçado! - Orochimaru disse a ele, irritado por sua posição, se quer havia se movido. - Vamos! Vai ficar fingindo que não posso te machucar?!
Akuma erguera novamente o olhar para ele, fitando-o sob a fumaça da cigarrilha que queimava entre os lábios. Sentiu dali o cheiro do tabaco, do cravo e de sua raiva.
- Eu te dei uma forma adorável, te fiz se tornar seu próprio medo, você ia ser meu parceiro, agora terá a eternidade pra isso.
Orochimaru cerrou os dentes.
- Você não perguntou se eu queria ser uma cobra!
- Você queria ser o que? Um coelhinho talvez? - Akuma sorriu canteiro e deu um passo a sua direção. - Eu sei o que você precisa, disse que seria meu parceiro, então aceitou a sentença.
Orochimaru estava puto, qualquer coisa que ele dissesse só faria piorar isso, e foi por isso mesmo que firmou a mão na espada e conforme o ouviu e o atingiu em seu rosto, sobre o nariz, num corte que pegou bem o meio de seu rosto, não queria mata-lo, mas queria lembrá-lo que não deveria mexer consigo. No minuto em que seus dedos se firmaram na espada, Akuma soube o que viria para si, no entanto, ficou ali como estava, não interrompeu, não o prendeu, se ele se achava forte o suficiente, não diria o contrário. Encarou o moreno enquanto a fenda faria expelir gotas densas na pele, um sangue que não era de fato próprio, era o sangue que ingeria, das pessoas quais roubava a vida. Ergueu a mão e tocou a pele, nos dedos rubros deslizou a língua e aproveitou o que ele tirou de si.
- O que está tentando fazer?
Orochimaru suspirou conforme abaixou a espada, percebeu só então que mesmo que quisesse, mesmo que tentasse, não teria forças o suficiente para mata-lo, e não queria, o corpo recusava tentar usar a espada contra ele com aquele fim. Maldição, gostava dele.
- Não faça nada comigo sem a minha autorização de novo! Ouviu?
Akuma podia lê-lo, podia fareja-lo, sentiu dispersar seu odor furioso a medida em que empunhou a espada, a medida em que causou a ferida no próprio rosto, era como se houvesse se arrependido no minuto em que se manifestou, era um tolo, um tolo bondoso demais, era o que o tornava tão saboroso. O riso soou nasalado.
- ...
Orochimaru suspirou e caminhou até ele, tocou seu rosto quente, acariciou e deixou que a espada caísse ao chão, era um otário e sabia disso, mas não conseguia, não conseguia feri-lo. Estava frágil naquele dia, confuso e por isso o abraçou, apertado.
- Desculpe.
Akuma não se afastou conforme se encaminhou, ele não tinha qualquer intenção de tentar o que fizera antes, tinha de admitir, ou fora ou impulsivo, e corajoso ou apenas tolo. Seus dedos frios deslizaram na pele, aquela era sua nova temperatura e dali correu para um abraço, se apertou consigo, pobre criança, pensou e então tocou seus cabelos a que afagou brevemente antes de devolve-lo ao futon.
- Precisa descansar por hora, pequeno Orochi.
Orochimaru deixou-o deitar a si, estava assustado, parecia realmente uma criança, e quando ele chamava a si daquela forma, fazia parecer a própria mãe. Tocou o sangue no rosto dele e limpou com um dos dedos, mas era muito, então se sentiu mal por ver o que havia feito com ele, ele era um demônio, havia enganado a si, e ainda assim se sentia mal.
- Não, por favor... Por favor, não me deixa sozinho...
- Eu não vou te deixar sozinho, sabe que nunca esteve sozinho.
Akuma disse e sorriu, era um fato, nunca o havia deixado sozinho desde que se conheceram, talvez algumas poucas horas. Pegou sua mão, seu dedo sujo, lambeu o sangue em sua pele e cicatrizou a pele, cauterizando a ferida que embora estivesse lá, já se parecia com algo causado há muito tempo. 
Orochimaru assentiu conforme o ouviu, provavelmente estava apenas tendo um ataque de pânico, estava se vendo sozinho no mundo, abandonado por tudo e todos, e agora com aquela forma estranha, se achava grotesco mesmo sem ter se visto no espelho. Sentiu as lágrimas nos olhos e lutou para afasta-las, o coração batia acelerado e a respiração era descompassada, mas estava passando, estava melhorando, aos poucos, ficaria melhor, ele deixaria a si melhor, Akuma... Sentir as mãos quentes dele na pele, saber que ele estava ali, mesmo depois de tê-lo atacado, ele não havia se zangado, droga, nunca quis machuca-lo, não queria causar nenhum dano nele, só estava confuso. Segurou a mão dele em meio a própria e apertou-a.
- Me desculpe... Eu não queria te machucar... - Murmurou. - Eu não queria...
Akuma sentiu a euforia que tomou posse dele, seus pensamentos eram rápidos, pouco processados. Ao soltar seu dedo deslizou a mão para sua nuca e com o dedo indicador, pressionou sua pele e com ele irradiou vagarosamente uma onda de calor que se iniciou no ponto, mas seguiu por todo seu corpo, como uma dose de álcool, causando uma leve sensação em seu corpo, não ia interromper seus pensamentos, mas ao menos o tornou mais lento, mais brando.
- Você queria sim, mas não quis quando conseguiu, talvez não pensou que fosse conseguir. Mas tudo bem, sou uma criatura justa, eu te marquei. Você, minha pequena cobra, será eterno como eu.
Ao sentir a sensação estranha, mas confortável, Orochimaru suspirou e gemeu baixinho, um pouco dolorido por tudo que estava passando naquele dia. O fitou, piscando devagar, processando a informação.
- ... Hum... Ficaremos juntos... Para sempre?
- É, é o que pretendo. Você é um homem amaldiçoado agora. - Akuma disse e podia notar o efeito relaxante que tomou seu corpo.
Orochimaru assentiu, um pouco confortável demais e suspirou.
- Deita comigo... Vem...
Akuma riu e se deitou, aproveitou para causar em si mesmo a mesma sensação que deu a ele. 
Orochimaru virou-se de frente a ele, os cabelos bagunçados estavam em frente ao rosto, parecia uma droga com efeito suave no corpo. O olhou com os novos olhos esverdeados de íris fina, era uma cobra agora e lambeu os lábios, mesmo sem intenção, a língua tocou o rosto dele, próximo a si e o lambeu no sangue que o sujava.
- Quero fazer amor... Fazer amor com você...
- Ora, te ponho relaxado e você fica ereto?
Akuma riu, sentindo a leveza que lhe provia, mas talvez por sua falta de força naquele momento, sua brisa terminava mais intensa. 
Orochimaru sorriu meio de canto, mas negativou em seguida.
- Não estou ereto... Eu preciso sentir você.
- Quer me sentir? Por quê?
Akuma Indagou curioso, embora pudesse descobrir, queria falar com ele.
- Porque eu me sinto vazio. Preciso que me preencha de você.
- Ah, meu pequeno Orochimaru, vai ter muito de mim em você.
Ele disse e o virou de costas sem mesmo tocar em seu corpo. O pressionou na cama, enfiando seu rosto junto a almofada sob sua cabeça. 
Ao se virar, Orochimaru agarrou-se no lençol com ambas as mãos e uniu as sobrancelhas com a pressão em si.
- Ah...
Diferente da rapidez dos movimentos quais o submeteu, devagar, Akuma subiu atrás de sua forma entregue no futon. Deslizou os dedos quentes em sua pele, sua coxa, suas costas, seu pescoço. Despiu-se, encaixou-se nele. Orochimaru fechou os olhos, a sensação que ele provia a si era tão boa, era leve, era uma droga boa. Mordeu o lábio inferior quando o sentiu se ajeitar em si e a língua deslizou pelos lábios, lambendo-os. Akuma observou o gesto, parecia se adaptar facilmente ou talvez apenas estivesse afetado demais. Riu, consigo mesmo, mas moveu a pelve, fez parte dele como ele pedia por fazer, preenchendo seu corpo estranho e novo, para ele. O menor gemeu baixo, dolorido e excitado ao mesmo tempo, agarrou mais firme no lençol e fechou os olhos apertado.
- Akuma... Ah!
- O que você quer, Orochimaru?
Akuma indagou. Sentia sua umidade, algo que não precisava mais influenciar, era parte de seu corpo agora, de seu preparo físico para ter o sexo. 
Orochimaru mordeu o lábio inferior e desacostumado com as presas acabou perfurando por acidente, por sorte, o veneno não afetava a si mesmo, então nem o sentiu. Estremeceu conforme sentiu as gotas de sangue pingarem na cama.
- Me... Me fode... Akuma...
Akuma levou a mão entre seus cabelos, puxou nos dedos e torceu os fios, o tirou do futon, pôs de quatro e se afundou nele, tão vigoroso quanto o puxou começou o ritmo, se queria foder, se tinha fome, o alimentaria e já não precisava intensificar suas sensações. Ao se erguer, Orochimaru sentiu as pernas fraquejarem, estava se sentindo leve, mas era tão bom, parecia que o efeito fazia sentir vontade dele ainda mais. Gemeu pouco mais alto conforme o sentiu se empurrar para si e contraiu-se ao redor dele, apertando-o em si.
- Você gosta disso, não é?
O maior indagou, não realmente esperando sua resposta. Com os dedos ainda em seus cabelos curtos, o agarrava e o puxava tal como a mão em seu quadril, puxando-o vigorosamente para si, ouvindo a pele estalar ao encontrar a dele e suas nádegas se contraiam junto a seu interior conforme se apertava ao redor do corpo.
- Hum, eu vou gostar disso, pequeno Orochi.
Orochimaru assentiu e estremeceu.
- Kimochi...
Murmurou, mas mordeu o lábio inferior mais uma vez, deixando o cheiro de sangue bem evidente a ele. Empurrou os quadris contra os dele e os encontrou de forma dolorida, gemeu mais alto conforme o fez.
- Akuma!
Akuma arqueou-se para ele, ao soltar seus cabelos deslizou a seu rosto, virou-o para si e lambeu sua boca ferida, sentiu seu gosto, sentiu seu veneno. Não deixou no entanto de se mover, penetrando-o sem rapidez de fato, mas era firme. O menor sorriu a ele meio de canto.
- Que gosto eu tenho agora?
Murmurou e mordeu o lábio inferior dele, não perfurou, mas roçou as presas.
- Continua tendo seu gosto, agora um pouco ácido.
Akuma sorriu ao dizer, calou o assunto porém a medida em que lhe deu outro solavanco, tomando sua atenção ao sexo, ao que provia a seu corpo. 
Orochimaru gemeu pouco mais alto e sentiu as mãos fraquejarem, caiu sobre a cama, mas manteve as pernas erguidas, ajoelhadas.
- Ah! M-Mais Akuma, mais forte...
- Hum, que sede.
Akuma sussurrou e forçou mais contra seus quadris, atingindo-o vigorosamente. Cerrou os dentes, como se aquele gesto sustentasse a força com que o atacava. 
Orochimaru uniu as sobrancelhas, não era mais humano, percebia devido a força que ele se jogava contra si, sem tanto medo de machucar o próprio corpo, era dolorido, mas não menos gostoso por isso, parecia mais resistente. Cessou os dentes de mesmo modo, tentando não ruir, mas os gemidos deixavam a si de forma involuntária.
- Você quer gemer pra mim, geme pra mim. Quer mais, Orochimaru? Quer que eu te faça gozar?
- Quero, quero mais sim... Me fode Akuma, me fode com vontade, mostra pra mim que você quer me foder!
Orochimaru falou a ele, estava irritado ainda embora tivesse aquela pequena brisa no corpo, agarrou-se firme no lençol porque sabia o que viria. Akuma lançou a mão em seu cabelos curtos, tomou firmeza ali novamente mas correu a seu pescoço aonde o segurou, firme, não iria deixar de respirar por isso no fim de tudo. Aquela altura nem precisava sensibilizar o moreno e ele sabia disso, sabia que toda aquela libido pertencia a si mesmo e tal como disse a ele, ia mesmo gostar daquilo. O puxou mais vigorosamente, e se pretendia esconder a voz, não seria capaz de faze-lo, tiraria ou por prazer ou por dor. Com a face enfiada no travesseiro, Orochimaru tentou virar de lado, mas ele era tão forte que não conseguia se livrar, era sufocante, se fosse um humano, teria desmaiado, mas conseguiria aguentar um tempo mais daquela forma, e ele estava certo, os gemidos deixaram os lábios, altos, abafados contra o travesseiro e cerrou os dentes mais firme ainda, sentindo-se dolorido a cada investida grosseira dele contra o próprio corpo.
- A-Akuma... Meus... Quadris... Ah!
- Você não pediu pra foder? Estou fodendo você, cobrinha. Você está bem molhado agora, está gostoso afinal ah? - Akuma indagou e deslizou a mão desocupada em sua pele, dando calor a seu corpo frio. 
Orochimaru uniu as sobrancelhas, e apesar da dor que sentia, o corpo estava ereto, e podia sentir o arrepio percorrer o corpo a medida em que ele insistia naquele local que gostava, droga, ele sabia fazer aquilo ser bom mesmo sendo ruim ao mesmo tempo. Não conseguia respirar, teve que insistir em mexer a cabeça até achar um pouquinho de ar e tossiu quando o fez, mordendo a fronha do travesseiro dele, e sentiu as presas afiadas atravessarem o tecido.
- Ah!
Akuma afrouxou os dedos, dando espaço a ele em seu pescoço já dolorido aonde deixou marcas para descobrir no dia seguinte. Deitou-se em seu dorso, fazendo-o cair sobre o futon, recobrindo suas costas com o peito, acomodando o ventre em suas nádegas firmes e ainda macias. Penetrava-o sem precisar sair inteiro e daquele modo gostava da posição.
- Vou gozar em você.
Ao sentir o corpo dele sobre si, Orochimaru gemeu prazeroso, ele era quente, parecia tão bom, tão confortável e assentiu conforme o ouviu, virando a face de lado agora que tinha espaço pra isso.
- Goza... Eu... Vou gozar com você...
- Você quer que eu goze dentro de você, ah?
Akuma indagou, ele estava mais excitado que o normal, então arrancar as palavras de sua boca estava mais fácil. Deslizou a mão de seu pescoço até seu rosto, penetrou sua boca e tocou seus novos dentes, deu a ele um pouco de sangue, deixando sentir uma parte de si. 
Aos sentir o gosto dele, não era mais como antes, era como uma comida fresca, era como um suco saboroso, Orochimaru sugou-o e suspirou, retribuindo a gentileza conforme cortou a própria língua e deu do próprio sangue a ele. Gemeu, contra os lábios dele, talvez até um pouco manhoso, estava excitado, por isso agia daquela forma.
- Quero...
Akuma observou ao que se virou, tinha o rosto pedinte como o de uma criança, embora sua lascividade não pudesse ser vista num rosto angelical. Se aproximou dele e retribuiu o beijo que ele queria dar, trocou o sangue com ele, tragou o seu, seu veneno ácido e quando interrompeu, só então respondeu o que perguntava antes. Com movimentos firmes aos poucos o trazia e trazia a si mesmo ao clímax, logo, desfez-se nele, gozou e gemeu perto de seus lábios, num ruído e evidentemente satisfeito. Orochimaru fechou os olhos, sentindo os últimos movimentos dele contra si, estava leve, mas de sentia tão bem, não se lembrava de ter se sentido assim antes, e quando ele chegou, chegou com ele, gemeu, pouco mais alto quando atingiu o ápice. Ouviu sua voz ruir sem recato, diferente do habitual, daquela vez não estava se contendo, estava de fato se desfazendo e aproveitando isso. Quando enfim a sensação se esvaiu, Akuma deixou um tempo até então sair de dentro dele, entregando-o de volta ao futon e ao descanso que seu novo corpo precisava para se recompor. Ao senti-lo sair do corpo, Orochimaru se deitou, e sentiu o coração acelerado, batia forte no peito, não sabia se estava morto, de não estava, parecia que o corpo ainda se machucava como um humano comum, não havia se tornado um demônio como ele, então provavelmente ainda era realmente um humano com algo a mais.
- Akuma...
Akuma sentou-se no futon e ao lado dele, em suas costas nuas deslizou os dedos.
- O que, cobrinha?
- Kimochi...
Orochimaru murmurou, a respiração pesada e mordeu o lábio inferior.
- Você não sabe o que sente, não é mesmo? - Akuma riu, entre os dentes. - Você me intriga.
- Por quê? É claro que sei o que eu sinto.
- Você acordou furioso, me atacou e depois pediu pra eu ficar com você, transar com você.
- Tem razão, talvez eu não saiba o que eu sinto. - Orochimaru disse e suspirou. - ... Mas amanhã eu vou matar aquele homem...
- É, aposto que sim. - Akuma sorriu, canteiro. - Jogue veneno nele.
- Hum, falando nisso, o que meu veneno faz?
- O que o veneno de uma cobra faz?
- Mata. Mas o meu mata mais rápido? Já que eu sou uma cobra gigante.
- Bem, você deve descobrir isso em algum momento. - Akuma sorriu, canteiro.
- Hum. - Orochimaru assentiu. - Você vai comigo?
- É claro, como perderia isso?
Orochimaru sorriu.
- Obrigado.
- Como está se sentindo, ah?
- Destruído e agora, com dor nos quadris.
- Você vai se sentir melhor daqui uns dias.
- É, eu imagino... Até lá vou sofrer bastante
- Mas vai se sentir muito melhor depois, não vai ser mais um humano qualquer.
- É, eu acho que sim... O que eu posso fazer de especial?
- Hum, você pode virar uma cobra. Mas claro, você vai descobrir mais sobre você com o passar do tempo.
Orochimaru assentiu e suspirou, queria medir os próprios poderes, mas estava fraco, então não poderia agora.
- Deita comigo?
Akuma surpreendeu-se que não tivesse ficado curioso sobre sua forma animal, mas após se pôr limpo, deitou-se, confortando-se no futonAo se virar para ele, Orochimaru abraçou-o, não se importava em estar sujo, estava cansado.
- Hum, todo romântico hoje. Certeza que é porque me atingiu com sua espada.
- Hum, só porque eu te abracei?
- Você me deu carinho no rosto também. Pediu desculpas.
Orochimaru sorriu meio de canto.
- ... Eu não queria ter te machucado.
- Queria sim.
- Eu só estava com raiva... Mas eu agi no impulso...

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