Thor e Loki #12


Loki deu pequenas batidas na porta do irmão, adentrando o quarto após fazê-lo e o observou em pé, usando apenas a calça do pijama, certamente iria abrir a porta para si. Fechou a mesma após entrar e o observou um pequeno tempo em silêncio, tentando buscar palavras.
- Achei que a mortal ainda estava aqui, ouvi a voz dela hoje mais cedo.

Thor elevou a mão ao alto da metade da porta, em menção de tocar a dourada maçaneta e abri-la a receber o irmão, já que somente ambos encontravam-se ali e antes mesmo que pudesse tê-lo feito, observou-o já se pôr dentro do cômodo, invasivo, o que não se importou.
- Ouviu, é?

O moreno assentiu a desviar o olhar a cama, tentando ser sutil. O loiro o observou silenciosamente, não havendo descrição ao se voltar igualmente para cama, expondo de fato, que havia seguido o mesmo caminho de seu olhar.
- Trouxe ela pra cá?
Thor virou-se para ele após a pergunta.
- Para onde? Meu quarto ou minha cama?

- Ambos.
- Por que quer saber?
- Porque eu quero.
- E por que quer?
Loki estreitou os olhos, Thor sorriu, somente.
- Bem, faça o que quiser. - O menor virou-se em direção a porta novamente.
- Não vai me dizer, Loki?
- Não quero ela aqui nessa casa.
- E por quê?
- Porque não, a casa também é minha!
- E por que ela te incomoda aqui?
- Ora, você sabe muito bem.
- Não sei, estou te perguntando por isso, meu irmão.
O moreno estreitou os olhos novamente, observando-o, sem saber o que dizer.  Silenciosamente, Thor ficou a observá-lo, porém voltou a sorrir.
- Essa cama não é só minha, Loki. E também não é minha e dela. Ninguém pode deitar nela ao meu lado, senão você, meu irmão.

Loki permaneceu a observá-lo por um pequeno tempo, o sorriso nem chegou a tocar os lábios e negativou.
- Sei.

- Você sabe que sim.
- Posso... Ficar aqui com você?
- É claro.
Thor falou baixinho, porém o suficiente para que fosse audível e convidativo. O menor a
ssentiu e seguiu em direção a cama, passando pelo outro, o loiro o observou, seguindo-o com os olhos e caminhou para si, igualmente se acomodando na cama. O moreno deitou-se ao lado dele, cobrindo-se com o edredom.
- Está frio...

- É difícil que sinta frio. - O maior tocou-o no rosto com o dorso da mão.
- É... Afinal, nasci em um lugar completamente coberto pelo gelo.
- Mas não viveu muito por lá.
- O suficiente para o meu coração congelar.
- Uh... - O murmuro denunciou a menção do riso. - É o que pensa. É o que busca acreditar.
Loki virou-se de costas ao outro.
- Por que quer acreditar nisso?
- Porque eu sei...
- Sabe o que?
- Que eu sou assim.
- Odeia nosso pai?
- Seu pai.
- Nosso pai.
- Seu. Ele não é meu pai. Eu não tenho um.
- Não seja ingrato.
- Thor, eu só fui criado por ele e ainda vivi na sua sombra a vida toda. Ele nunca nem considerou a ideia de eu ser rei, eu só cresci lá pra evitar conflitos.
- Ele amou você, Loki. Ele o ama.
- Ama, ama tanto que estou na terra sem meus poderes vivendo com o meu irmão imbecil de babá!
- Ah, e se esquece que fui expulso do reino por meu próprio pai, vivi sem meus poderes, sem entender o lugar e não ter nada pra ficar. E que eu o vi em minha frente, dizendo que meu pai não me queria mais? Ah? É desprezo suficiente pra você se sentir a criatura mais inferior possível?
Loki virou-se a observá-lo e uniu as sobrancelhas, aproximando-se do irmão e o abraçou.
- Eu deveria estar sozinho aqui.

- Você é estúpido, Loki. - Dito, Thor segurou-o com a firmeza em seus pulsos, o encarando. - Você me ama, está aqui porque quer que eu faça amor com você. Você sabe que no reino meu pai zelou por você, e se faz de estranho, se faz de intruso e finge não sentir por isso. Acorde.
O moreno estreitou os olhos e puxou os próprios pulsos.
- Acorde você, Thor. Você era tudo pra ele. Eu só era alguém sem importância. Agora me solte!

- Se fosse sem importância teria sido jogado em seu reino. - O loiro bradou ao irmão, num urro afetado, mesmo que soasse alto apenas o suficiente para dois. - E teria sua entrada bloqueada em nosso, antes mesmo que tivesse parado aqui nesse lugar, sem poder voltar pra casa. Você não é sem importância, você foi meu companheiro desde o início.
O menor puxou os pulsos novamente ao ouvir o irmão e estreitou os olhos a ele, se sentindo inútil por estar sem a própria força e apenas abaixou a cabeça a deixar a pequena lágrima escorrer pela face.
- Loki!
Thor tornou dizê-lo, rosnando em desagrado e sacolejou-o no rápido movimento que fez até alcançar seus ombros e colidi-lo ao peito, de perto o encarou. Loki u
niu as sobrancelhas a observá-lo de perto, mantendo-se em silêncio.
O loiro suspirou, e brevemente fechou os olhos, sentindo o toque morno de sua respiração a tocar os lábios e voltou as íris azuis a observar-lhe o par verde. Em quebra do pouco que se detinha afastado, enquanto tomava nos dedos seus fios negros e medianos, os entrelaçando.
- Loki...
Mordiscou o próprio lábio e suspirou ofegado de expectativa. Tomou posse dos teus, beijando a maciez, sentindo o toque salgado da lágrima que passou por ali.

A respiração do moreno podia tocar o outro de tão próximo e apenas manteve-se daquela maneira a observá-lo, unindo as sobrancelhas ao ouvi-lo dizer o próprio nome e fechou os olhos, retribuindo-o no beijo que ele buscou de si, relaxando a abaixar a mão ainda segurada por ele e a outra levou a seu ombro, apoiando-a no local apenas.
O loiro o prendeu no inferior entre os próprios lábios, sem uso dos dentes, sugando de levinho o pedaço macio que estalou quando o soltou. Loki o selou nos lábios ao senti-lo soltar o próprio e apertou-o no ombro, puxando-o para perto de si num pedido mudo.
Thor respirou pesado, quase passado a um leve ofego ante a sonoridade, e preciso movimento do peito. Investiu contra sua boca, encaixando-a e resvalou em sua língua com a própria, roçando-as devagar, porém com força. Loki uniu as sobrancelhas ao sentir o beijo do maior e o retribuiu novamente, como pôde, jogando o próprio corpo sobre o dele a roçar ambos os corpos juntos enquanto o beijava.
O loiro apreciou a colisão do corpo que teve em investida do irmão. Empurrou o quadril em sua coxa, a medida que posicionou a própria entre as pernas alheias, roçando seu membro escondido pelas roupas de dormir, e roçou-se ao irmão, impulsionando o falo, friccionando-o escondido acima de sua coxa em preliminares indiretas.
O moreno gemeu, apoiando-se na cama com ambas as mãos a permanecer sobre o corpo do irmão e lhe mordeu o lábio inferior, puxando-o entre os dentes a soltá-lo logo em seguida, erguendo a própria perna igualmente a pressioná-la ao membro dele, imitando-o nos estímulos.
- Uh... Ah...
Thor sibilou num gemido soprado e a medida em que tinha a coxa investida ao sexo, o impulsionava a ela, em ritmo de vaivém ameno, pressionando igualmente seu órgão.
- Loki...
Sussurrou novamente, a roçar de seus beiços já suavemente rubros pelo beijo.

O menor pressionava a coxa contra o membro do irmão, sentindo-o endurecer e sentiu um leve arrepio pelo corpo a lembrar-se da sensação de tê-lo dentro de si. Suspirou e desviou o olhar a ele ao ouvi-lo, lambendo o próprios lábios.
- Hum?

Thor afastou-se, apenas o suficiente para despir-lhe a roupa. Tirando de seu tronco magro a camiseta vestida para o sono que supôs vir, desnudando-o parcialmente a encarar a pele pálida e imaculadamente lisa, sem qualquer traço desagradável. Deslizou a mão na cintura, tateando a pele macia e morna, puxou o irmão sob o corpo, acomodando suas pernas a cada lado do próprio quadril.
O menor deixou-o retirar a própria roupa e ajeitou-se sobre o corpo dele, observando o irmão com o corpo bonito e ja nu da cintura para cima, a pele tão quente e tão macia.
- Imagino o que nosso pai pensaria disso...

-Você tem sempre o mesmo questionamento. Não importa.
Thor sussurrou e sentiu contra o peito a colisão suave de sua pele a própria, eriçando consequente do atrito gostoso que partilharam. E as mãos, ambas em sua cintura, deslizaram para suas nádegas, impulsionando-o pelo quadril abaixo, friccionando o membro ao seu, mesmo com impasse de roupas.

Loki gemeu sutil ao sentir o membro dele contra o próprio, mesmo que não o pudesse sentir completamente e mordeu o lábio inferior.
- Mas me diga, Thor... Se ele descobrisse, e lhe desse uma chance, de voltar pra Asgard e me abandonar ou ficar e perder tudo... O que faria?

- Estou aqui com você, não estou? Eu quero você, Loki.
O loiro subiu as mãos e resvalou os dedos ao interior de sua calça, tocando diretamente as nádegas firmes do irmão e as apalpou. Loki l
evou uma das mãos sobre a dele e segurou a mesma, observando-a.
- Ia me deixar, não ia?

- Loki, eu poderia voltar para Asgard hoje, se eu quisesse.
- Se ele pedisse pra voltar pra sempre e nunca mais me ver.
- Tem medo que eu o abandone, meu irmão?
- Iria. - Loki abriu um pequeno sorriso e soltou a mão dele.
- Claro que não, Loki. Jamais o deixaria.
- Mas se tivesse que escolher entre seu reino e eu... Jamais seria eu.
- Loki, me diga, meu irmão. Por que acha que eu vou para a cama com você?
- Não com os mesmos motivos que eu. Sou um passatempo, não é?
- Então tem motivos?
- Tenho.
- Então me diga.
- Não...
- Passatempo Loki, neste Reino eu poderia ter qualquer um pagando uns poucos dólares. Eu tenho cara de quem precisa de uma cortesã ou suprir necessidades sexuais, meu irmão? E é evidente que saiba que esse não seria um simples motivo, você sabe Loki. Meu lugar é onde você está, meu irmão. Se estou aqui é porque eu quero estar aqui, poderia estar assumindo meu reino no lugar de meu pai neste momento. O tomo como algo mais que um passatempo, esse termo é chulo e errôneo. O amo como irmão, como meu amigo de infância, independente dos problemas que me causou e do desprezo que me deu, eu sempre acreditei em você e eu sei que nunca quis me dar um verdadeiro desprezo, caso contrário estaria noutro lugar, não acima de meu corpo. Caso contrário, não estaria sempre me olhando de qualquer canto de nosso reino, como se me pedisse "Segure minha mão, irmão". E eu, não só como um irmão, eu te amo, Loki... - Silenciou-se, ponderando a um melhor termo. - Como companheiro, como meu amante.
Loki permaneceu em silêncio a ouvi-lo e franziu o cenho novamente, deixando que as lágrimas molhassem os olhos, porém, não queria derramá-las, não por orgulho, afinal, não o tinha mais. Selou os lábios do irmão, não somente uma vez, talvez por cinco ou seis vezes e sorriu contra eles.
- Eu também te amo.

Thor notou a tênue linha úmida sob suas linhas d'águas, e que morriam ali. Firmemente mantidas no lugar. Até que fosse obrigado a fechar os olhos pelo impulso automático enquanto recebia seus beijos múltiplos desferidos à boca. E os retribuíra, desenhando na feição um sorriso no fim.
- Me faz feliz, Loki.

- É?
O menor murmurou, pouco envergonhado por perguntar e deslizou uma das mãos pelos cabelos loiros do irmão, acariciando-os.

- É claro que sim.
O loiro cerrou as pálpebras em descanso as vistas e pendeu a cabeça ao lado de sua mão, onde sentia o toque nos cabelos. O menor s
orriu ao vê-lo fechar os olhos e lhe selou os lábios novamente.
- Fazia tempo que eu não o via tranquilo assim... 
Perto de mim.
- Sempre estive tranquilo, você quem sempre esteve inquieto e refletia em mim.
- Podemos ficar calmos agora...
- Hum, é mesmo? Por quê?
- Porque eu estou calmo.
- Ah, só por isso?
O moreno sorriu.
- Não quero mais te fazer mal, Thor.

- Eu sei disso, Loki.
- Então...
- Certo, ficaremos calmos.
- Desculpe... Não sei dizer nada bonito...
- Não pedi que dissesse. Era só um esclarecimento. Está calmo porque eu disse que para mim é meu amante?
- Estou calmo porque disse que me ama como um.
- Estava esperando por isso?
O menor desviou o olhar a ele, fitando-o e sentia um nó na garganta em assentir, mas o fez.
- E qual seu motivo? - Thor indagou referente ao que fora interrompido anteriormente.
Loki sorriu novamente, mesmo sem mostrar os dentes, como tinha costume.
- Eu te amo.

O loiro sorriu num gesto semelhante.
- Também te amo, Loki.

- Você é meu. Não é?
- Sou... - Thor falou baixo, porém suficientemente audível. - Eu sou seu.
- Me prometa.
- O que?
- Que sempre vai ser meu.
- Até quando desejar que o seja.
 Certo...
Thor suspirou e tornou observá-lo. Pressionou os dentes sob o lábio inferior e tornou sentir a colisão de seu oxigênio morno até a boca. Os dedos correram novamente a seus medianos cabelos negros, enlaçou-os na nuca e encobriu seus lábios, voltando a beijá-lo. O moreno retribuiu o beijo do maior, abraçando-o junto a si e virou-se na cama a se deitar na mesma, puxando-o sobre si.

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