Broken Hearts #33 (+18)


- Bom dia.
- Bom dia...
Yori disse a desviar o olhar a ele, meio de canto, tinha medo. 
- Não precisa ficar com receio, não vou te machucar, eu senti cheiro de café.
- Sim, eu fiz... Pode se servir. 
Hideaki sorriu meio de canto.
- E Hideki?
- Ele já volta, foi até a cidade. 
- Entendi. Você não sai muito, não é?
- Não, eu fico por aqui, ele não gosta que eu saia. 
- Hum, mas ele não devia mandar em você.
- Ah, eu obedeço porque quero.
Yori sorriu meio de canto, mas deixou o recipiente onde batia o bolo de lado, unindo as sobrancelhas. 
- O que houve?
- O bebê, ele está chutando muito ultimamente... Ele é muito forte. 
- Ah, o filho do Hideki. Posso... Posso sentir?
- Claro.
Yori sorriu meio de canto e virou-se em direção a ele, deixando-o sentir os pequenos movimentos da barriga.
- Sabem o sexo?
- É uma menina. - Yori sorriu.
- Ah... Ela será adorável...
- Você será o vô dela. Ela vai gostar de conhecer você. 
- ... Acha mesmo?
- É claro.
Yori sorriu, e ele sorriu de volta
Hideki chegou em tempo suficiente de ouvir a conversa breve dos dois. Yori como sempre parecia ter consideração, ter pena e por isso, ser dócil demais. Franziu levemente o cenho enquanto o via tocar a barriga do parceiro. As palavras saiam de sua boca, pareciam nada sinceras no fundo, ainda haveria de conhecer aquele homem, mas por hora, suas palavras eram apenas lábia. Quantas vezes ele tocou a barriga da própria mãe, ou pensou sobre a criança que estava ali? Não seria agora que ele faria isso. Yori aspirou o ar e desviou o olhar ao outro, sabia que ele estava ali, e seu cenho franzido denunciava que havia ouvido a conversa.
- Hideki.
- Estão se dando bem afinal.
- Só estamos conversando, não se preocupe.
- Eu sei. O que há, Hideaki, imaginando como é ter um filho?
- Não, como é ter um neto.
- Hum. Yori, precisa de algo?
Yori negativou e caminhou até ele, ergueu-se na ponta dos pés e selou seus lábios. Hideki deu um pequeno sorriso, inconsciente ao sentir o toque.



- Essa aqui é linda, Yori
-chan
Yori sorriu conforme ouviu Ophelia e assentiu, era um vestidinho rosa que havia comprado para a filha, tinha babados na barra e alguns lacinhos espalhados. 
- Foi o Hideki que escolheu essa. Ele tem bom gosto. 
- Nossa, nunca imaginaria que ele teria escolhido. É bem delicado pra ele.
- É, ele na verdade escolheu esse e um outro preto comprido que mais parecia uma roupa de funeral. - Riu. - E é claro que... Compramos os dois, porque ele é fofo demais escolhendo roupas de bebê, elas ficam enormes perto dele. 
- Você parece estar se divertindo com isso, não está? Parece estar se habituando ao Hideki.
- Eu gosto dele, Ophelia... É estranho... Eu sei que ele me fez mal, mas eu quero muito ficar com ele. Eu gosto de acordar do lado dele, gosto de ver o cabelo dele caindo no travesseiro meio bagunçado. 
Disse num pequeno suspiro e sorriu, dobrando as roupinhas que tinha nas mãos.
- Acho que você o escolheu como Akai Ito, hum?
- É... Eu tenho certeza. - Yori sorriu. - Ele está doce comigo agora, ele é ciumento, mas... Ele até me olha diferente. Olha, essa ele também escolheu. - Disse conforme mostrou a meia de gatinho e a viu rir. - Hiyori já é muito mimada. 
- E é mesmo!
Hideki chegou alguns passos em direção, pretendia falar com Ophelia sobre o que precisava trazer para casa assim que retornasse, tinha que ir até o trabalho por um momento e portanto, trazer algo era um bom motivo para dizer nas entrelinhas e numa conversa baixa, para que ajudasse Yori a ficar longe do novo hóspede, quer dizer, ao menos alguns metros e sem toques, ela já sabia, mas sempre queria evidenciar. Chegou a tempo no entanto de ouvir a breve conversa, não era intenção, mas ouviu, quando chegou a proferir o nome da serviçal, tinha alguma falta de jeito estampada na cara, tímido é claro, sobre como parecia um bobo diante da filha prestes a nascer. 
- Ophelia.
Ela desviou o olhar em direção a porta e deixou as roupinhas de lado, seguindo até ele. 
- Sim?
Yori virou-se em direção a porta, podia notar em seu rosto o tom avermelhado e sorriu meio de canto, ele tinha ouvido? Era adorável ainda assim.
- Vou até o trabalho. Você precisa de alguma coisa? Hum, fique de olho no Yori e... Você sabe.
- Ficarei sim, não preciso de nada.
- Vai pra cidade? - Yori disse a dar um passo para frente em direção a ele. - Você pode me trazer bolo de chocolate...?
- Bolo? Você quer que eu traga um ou prefere feito em casa?
- Ah, pode ser um feito em casa. - Sorriu. - É que não temos chocolate e eu estou com vontade.
- Eu posso comprar as coisas que você tem vontade. Se quiser pode vir comigo.
- Eu quero ir sim. - Yori sorriu.
- Hum, então venha. Veste o casaco e vamos.
O loiro assentiu e seguiu ao quarto, buscando o casaco de tricô preto, vestiu sobre a roupa e estendeu a mão a ele. 
- Com o que você trabalha afinal?
- Hum, você quer conhecer o lugar?
- Quero.
- Hum, pode passar comigo e eu te levo em seguida pra comer algo gostoso.
O menor assentiu e segurou a mão dele, seguindo para fora em direção ao carro, e fora devagar, já estava no sexto mês de gravidez, e a barriga estava redondinha. Hideki levou-o consigo até o veículo, ele ainda tinha aquele hábito de dar as mãos, achava estranho e ainda assim agradável. O ajudou a seguir e se acomodar no banco. Feito isso, entrou no carro e deu direção. Quase nunca saiam juntos e nem sabia o porquê de fato, mas gostava, gostava muito. Yori sorriu quando entrou no carro e colocou o cinto, olhava pela janela e tinha um sorriso divertido no rosto, gostava de sair com ele também. 
- Ah... O bebê está meio agitado hoje.
- Está? Está querendo chocolate, não é?
- É, acho que ela quer bolo. - Yori disse e riu baixinho, tocando a barriga com uma das mãos. - Calma, Hiyori.
Embora desse atenção à direção, Hideki esticou uma das mãos e esperou para toca-lo também. Yori segurou a mão dele e guiou sobre a barriga, deixando-o sentir os movimentos do bebê. O maior sentiu cada chutinho, eram espaçados embora contínuos por um tempo. Acariciou-o quando cessou as pontadas. 
- Ela já é forte.
Yori assentiu. 
- Acho que ela quer sair pra ver o papai, hum? - Sorriu a ele e virou-se, encostou a cabeça no ombro dele.
- Papai também quer que ela venha logo. Apesar que eu gosto da sua gravidez.
- Gosta da gravidez...? Por quê?
- Hum, gosto de como parece feliz. Além de que, gosto da expectativa também .
- Ah... Entendi. Eu sou feliz agora com você. 
Yori disse, tocando a mão dele sobre a própria barriga.
- Não é fetiche sexual. 
Hideki disse e sorriu canteiro, imaginava se precisava constar uma vez que pareceu confuso sobre a razão. Após tocar sua mão no entanto, voltou a atenção à direção e logo seguiam pelo centro da cidade até onde pretendia levá-lo, tal como era o trabalho. 
- Ah, eu não... Imaginei isso. - Yori riu.
- E pensou o que?
- Eu não sei... É que é tudo novo pra mim, então eu não entendi.
- Você fica muito bonito assim.
Yori sorriu e colocou uma mecha dos cabelos atrás da orelha.
- Ah... Sem estar grávido eu não fico?
- É claro que sim. Está sempre bonito.
O loiro sorriu novamente e conforme ele estacionou, tirou o cinto de segurança. 
- Ah... Eu vou conhecer sua empresa?
- É, meu local de trabalho. 
Hideki disse e após estacionar o automóvel, desceu do carro e ajudou ele a fazer o mesmo, talvez fosse cuidadoso demais a essa altura, fosse pelo que lhe causara quanto por sua gravidez. Feito isso seguiu por uma entrada discreta, que levou até uma arruela e deu vasão ao estabelecimento, era algo como uma cafeteria, embora o foco não fosse bem um café, ele era usado, porém em grande parte substituído, ainda assim, haviam elemento humanos ali e tinha uma razão para isso. Embora vampiros transitassem ali e fossem os serviçais, os clientes, em grande parte ainda que não todos, eram humanos. A luz era baixa, avermelhada, com mogno e confortável, aquele lugar era como um segredo, por assim dizer. 
- Isso é como um host café e bar, não como dos humanos. O foco aqui é atender os clientes que tem curiosidade sobre estarem se relacionando com vampiros sem que virem o jantar. Podem até querer as mordidas, mas com a segurança de que não serão comidos. Aqui eu tomo conta pra que ninguém faça bobagem, uma vez que meus clientes pagam muito, muito caro, pra estarem aqui. Como não é um bordel, a relação é apenas durante a conversa e refeição, lá fora eu deixo de me responsabilizar caso alguém queira sair com um vampiro e acabe numa vala.
Yori adentrou o local com ele, silencioso conforme observou as luzes, a decoração, era estranho, não imaginava que esse fosse o tipo de lugar onde ele trabalharia. Olhava os garotos que passavam por ali, e na verdade, fechou a expressão, estreitando os olhos, estava com ciúme.
- ... Eu quero ir embora.
Hideki sentiu aquela sensação, não disse nada, mas era como sentir o feito inflar de, talvez, satisfação? Não tinha certeza sobre que sentimento era aquele. Sorriu e se virou para ele. 
- Eu sou o dono do lugar eu não atendo pessoas.
- Não me importa, eu quero ir embora.
- Não gostou do lugar?
- Eu gostei, mas não quero imaginar esses garotos perto de você. Por que não me disse que trabalhava com isso?!
- Que garotos? São meus empregados, não fico me relacionando, apenas me certifico que aqui dentro ninguém faça diferente do que eu mando.
- Você nunca pegou nenhum garoto daqui? Nunca? Nem um beijo?
- Por que eu me relacionaria com um serviçal?
Yori estreitou os olhos, percebeu que estava com ciúme até de quem ele se relacionou antes e nem sabia quem era. Talvez fossem os hormônios, estava de fato diferente naqueles dias... Suspirou. 
- Certo...
- Sabe que sou apaixonado por você, Yori.
Yori desviou o olhar a ele e segurou o impulso de sorrir por um segundo.
- Hump.
Ele não havia mudado de feição, mas Hideki sentiu a sensação de satisfação que agora não era a própria. Sorriu com o canto dos lábios. 
- Quer beber alguma coisa?
Yori assentiu e se aproximou dele, segurando-se em seu braço. Hideki seguiu com ele pelo salão que continuou com o movimento habitual. O levou até a mesa aonde se acomodou. 
- Você pode ficar e escolher, eu vou dizer que alguém atenda você. Vou falar rapidamente com um funcionário e volto. Se alguém olhar pra você eu resolvo.
Yori assentiu conforme o ouviu e se ajeitou na mesa, esperando pelo atendente que chegou logo na mesa, era um garoto, pouco mais velho do que a si aparentemente, era bonito, sentiu ciúme novamente. 
- O que o senhor quer beber?
- Vinho e sangue, você tem? 
- Temos sim, vou trazer, só um instante.
Mesmo que já não estivesse ali, Hideki sentia a sensação dele e sabia que novamente estava incomodado, por um momento tentou se concentrar e descobrir o porque antes que tivesse de voltar e achar quem quer que o estivesse incomodando, mas era aquilo mesmo, ciúme. Era alguém que entendia bem o que era ser ciumento, e por ser assim, sabia a causa, tão logo, tinha satisfação em ter aquele sentimento vindo dele. Após falar com o gerente do lugar, verificou o que precisava no serviço, não era do tipo que ficava ali por muito tempo, mas ao terminar, ele parecia interessado em ficar por um tempo, então fez isso, seguiu até o menor e se sentou com ele. Ao receber a bebida, Yori bebeu alguns goles, distraído com as luzes e a música, não era um lugar que frequentaria mesmo como humano, mas apreciava ficar por ali. O garoto nem tocou em si, mesmo quando foi entregar a taça, ele provavelmente havia sido bem específico, até achou engraçado. 
- Já podemos ir?
- Sim, já resolvi o que precisava. Podemos ir buscar o que quer para o bolo ou então posso te levar para comer fora. O que prefere?
- Eu quero ir comprar as coisas do bolo e depois comer fora. - Sorriu.
- Então é melhor comer fora e depois comprar as coisas do bolo?
Yori assentiu e bebeu mais alguns goles do sangue, oferecendo a ele. Hideki assentiu e se esticou para aceitar a bebida, mas não de sua taça e sim um lambisco em sua boca. O menor sorriu a ele e virou-se, ao invés de apenas deixá-lo lambiscar, empurrou a língua para a boca dele, estava escuro, ninguém veria. Hideki se surpreendeu por um momento mas nada que impedisse de responder a investida, o beijou da mesma forma, mas claro, com a pitada de firmeza habitual.
O menor suspirou conforme o sentiu se impor para si, de alguma forma, gostava da firmeza dele, gostava do modo como ele segurava a si, havia aprendido a gostar. Mordeu o lábio inferior dele, só um mordisco e sugou o sangue que arrancou, estava excitado atrás da roupa, mas encolheu-se sutilmente, a gravidez fazia aquilo consigo. Hideki grunhiu no gemido resmungando a mordida, mas o deixou fazer, gostava de ser mordido, gostava que ele quisesse fazer isso. Sentiu tal qual sua satisfação pelo sabor, sua excitação, o que claro, fazia igualmente a sensação vir para si. 
Yori deslizou a mão pela coxa dele, subindo devagar por baixo da mesa e o tocou em seu sexo, apertou sutilmente, sabia que ele compartilhava a mesma sensação, e gostava, era estranho estar num lugar tão visível, mas ninguém parecia dar importância para si e para ele, era algo novo que estava aprendendo a gostar como vampiro. Hideki suspirou contra seu rosto, seus lábios, sentindo a apalpada que retribuiu, o tocou logo abaixo da barriga, deslizou entre suas coxas e então apertou seu sexo sem envolve-lo. 
- Yori...
Yori suspirou, estava tão concentrado no beijo que esqueceu de todo o resto.
- Hum?
- Está querendo que eu te toque em público? 
Hideki indagou contra seus lábios. 
Ao ouvi-lo, Yori cessou o toque e afastou a mão que o tocava, negativou, sentindo o rosto queimar. Hideki sorriu, num riso que soou como um sopro nasal. 
- Quer ir ao escritório?
- Não... Nós... Podemos ir...
- Podemos ir?
- É, embora... - Yori sorriu meio de canto. - Eu não queria... Eu só fiquei excitado.
- Não quer ir ao escritório?
O menor assentiu, um pouco envergonhado. 
- Sim...
- Então vem. 
Hideki disse e se levantou esperando-o fazer o mesmo ao que estendeu a mão para ele, como havia aprendido com ele a fazer. Yori segurou sua mão e sorriu a ele, levantando-se e seguiu atrás dele para seu escritório. Hideki seguiu o caminho, guiando-o até um corredor reservado e então a própria sala o qual abriu e deu passagem para ele. Ao entrar, o menor fitou os móveis escuros, ele gostava, achava adorável de alguma forma. Caminhou até o sofá que havia em seu escritório e sentou-se. 
- Eu... Será que não vamos machucar o bebê?
- Sofá não. Tem uma mesa ali.
Yori sorriu meio de canto e assentiu a ele, levantando-se e seguiu até sua mesa, sentando-se sobre ela. 
- Ficou pensando nisso enquanto trabalhava?
- Agora eu vou pensar. - Hideki sorriu, canteiro, malicioso. - Mas não penso demais, se penso, eu simplesmente vou pra casa te pegar.
Yori mordeu o lábio inferior, gostava da ideia de que ele queria fazer aquilo consigo. Abaixou a roupa, abrindo a calça e retirou, separando as pernas para dar espaço a ele. Hideki olhou para ele e fez apenas isso, uma vez que ele mesmo se prontificou, embora fosse normalmente afobado, apenas ficou ali, olhando enquanto ele fazia até o convite para o meio de suas pernas.
- Você não quer mais? 
Yori disse conforme o viu afastado olhando para si e uniu as sobrancelhas.
- Estou só admirando você. Eu sei que normalmente vou com pressa...
- Ah... - Yori sorriu. - Entendi... Eu... Não estou bonito com essa barriga enorme então escolheu um dia ruim pra me apreciar.
- É bonito sim. Mas eu faço isso sempre, hoje eu apenas parei pra fazer. 
Hideki disse e por fim seguiu até ele. Sem muito continuar aquele breve apreço brando, entre suas pernas desfez o fecho da calça, abriu o botão, abriu o zíper e desceu apenas o suficiente da calça. Yori suspirou e sentiu um arrepio percorrer a coluna, estava excitado, muito, então não se importava de fato para a preparação do corpo, deslizou as mãos pelo corpo dele, suas costas, seus quadris e firmou as mãos ali, puxando-o para si. Após abaixar a boxer, Hideki se aproximou dele e de seu corpo nu, puxado por suas mãos que pareciam ter a pressa que geralmente era a si quem tinha, mas sabia que era sua gravidez e sentia ele. O menor sorriu a ele, ele era maior do que a si, uma boa altura, então tinha que erguer o rosto para selar os lábios dele, e se aproximou da ponta, dando espaço para ele se encaixar no próprio corpo. Hideki curvou-se na menção de erguer seu queixo, pedindo silenciosamente o beijo. O beijou e seguiu da mesma forma na investida da pelve, apenas se esfregou nele no entanto. Yori retribuiu seu beijo, fechando os olhos, ele parecia delicado naquele dia, nunca o havia visto daquela forma, mas gostava da mesma forma que gostava de quando ele era firme. Suspirou contra os lábios dele e gemeu baixinho, mesmo que fosse só um roçar dos corpos. O maior expôs a língua durante o beijo e deslizou por seus lábios, penetrou novamente sua boca e tocou um de seus dentes, deixou sentir o gosto novamente. Desceu as mãos para sua cintura e então o puxou para si, esfregando o sexo contra o seu, o corpo ao seu. Yori suspirou novamente, gostava do sabor dele, era o melhor gosto que já havia sentido na vida, era como provar o melhor doce do mundo, era uma sensação que não poderia descrever se quisesse, e sabia que aquilo acontecia quando escolhia um parceiro, sabia que era ele porque sentia aquilo, sabia que era real. 
- Kimochi...
Hideki lambiscou seu lábio e desceu ao queixo, passou ao pescoço e arranhou sua pele, causando finas gotas de sangue que saiam das feridas superficiais que não duravam muito ali, mas tornava fazer quando queria. Tragou sua pele sem morder, manchando na sugada que lhe deu. Com a mão direita, correndo entre suas coxas, seguiu até o meio das nádegas ao segurar a si mesmo e empurrar contra ele, o penetrou, como sempre sem muita delonga. O gemido baixinho deixou os lábios do loiro ao sentir os arranhões na pele, ardiam, mas duravam só alguns segundos, o gemido mais alto veio quando ele finalmente adentrou o corpo e agarrou-se com uma das mãos em seu ombro, firme. 
- Hideki...
Hideki sentia a sensação dele e sabia que sentia dor, mas ao mesmo tempo, sabia que não estava temeroso por isso, podia lidar com ela, chegava até mesmo a aprecia-la. Yori suspirou e uniu as sobrancelhas, e realmente, gostava da dor que sentia, gostava porque podia sentir os sentimentos dele, e sabia que ele estava excitado, isso excitava a si também, fazia a si esquecer da dor. 
- Mais... Mexe...
Hideki mal o havia penetrado, mal havia dado aquela dose dolorida para ele e já queria movimento, mas era afobado e tão logo deu o que ele pediu, se moveu, passando a criar ritmo, inicialmente vagaroso mas gradativo, não demorou para ganhar ritmo maior e desajeitar completamente a mesa da trabalho. Yori gemeu dolorido e prazeroso conforme o sentiu se mover, agarrando-se firme a ele e puxou-o para si, deu uma pequena mordida em seu ombro onde as presas cravaram, perfurando sua pele, mas só lambeu, não sugou seu sangue, e mesmo quando ele tentava não ser firme, ele era firme, sabia disso porque a mesa andava centímetros a cada movimento contra o corpo, e os papéis e lápis já estavam no chão. 
Hideki deslizou as mãos que normalmente tentavam ter cuidado, mas falhavam quando o assunto era sexo, diferente do carinho, no sexo terminava afundando os dedos em suas nádegas enquanto puxava seu corpo junto ao próprio. Sobre a mesa, não dava atenção qualquer, porque quando estava com ele, era com ele e nada além. Yori fechou os olhos, de alguma forma, também não estava se importando sobre sua mesa, ou sobre alguém poder ouvir a ambos do lado de fora, estava absorto nos movimentos dele, em puxa-lo pelos quadris, firme contra o corpo. 
- Ah...
Hideki podia sentir seus dedinhos firmes junto aos quadris, descendo até as nádegas por onde puxava em direção a si, como se quisesse mais, gostava de ser puxado, gostava de sentir que ele querida mais daquilo, mais fundo, mais firme. Estava úmido e sabia bem porquê. 
- Kimochi... 
Yori murmurou contra a pele dele e beijou-o em seu pescoço, mordeu, tragando um pouquinho de seu sangue. 
- Eu... Eu quero gozar... Hideki eu... 
Yori disse conforme se inclinou para trás, apoiando as mãos na mesa. Com o braço direto, Hideki enlaçou sua cintura envolvendo com firmeza e puxou mais forte contra si, encostando o peito no seu, embora o volume da barriga quase não deixasse. Enfiou-se em seu pescoço, beijou sua pele diversas vezes e deu uma mordidinha que não seria tão delicada se ele já não fosse um vampiro. 
- Goza.
Yori gemeu dolorido ao sentir a mordida, mas foi sutil e agarrou-se a ele, estava tão excitado que nem notou que as unhas estavam cravadas no ombro dele. Inclinou o pescoço para trás, não avisou novamente, nem teve tempo, porque atingiu o ápice num gemido prazeroso, não havia durado quase nada, foram somente alguns movimentos, pouco tempo, droga... Queria tanto ter durado mais tempo, estava cansado daquela sensação, daquela afobação do corpo. ]
- Ah!
Ainda com o enlace firme ao redor dele, Hideki puxava-o pela nádega aonde uma das mãos permaneceu enquanto a outra o envolvia. Praticamente o tirou da mesa e pegou no colo quando Intensificou o ritmo e assim, com o menor, chegou ao clímax, não que não pudesse conte-lo, mas com o dele, era praticamente puxado. Yori agarrou-se a ele, o mais firme que podia, queria abraçá-lo mais forte, mas a barriga não deixava e ao se afastar, selou seus lábios, uma, duas, três vezes. 
- Hideki...
O maior o retribuiu em cada beijo, do mesmo jeito, entre estalos breves, toques breves. 
- Gostoso, hum? - Falou baixo contra seus lábios.
Yori assentiu e tocou o rosto dele, acariciou e sorriu contra seus lábios. Hideki sorriu da mesma forma, era um sorriso genuíno, na verdade sentiu que era verdadeiro como não sentia há tempo.
- Vamos... Pro restaurante? - Yori disse num pequeno sorriso.
- Hum, vamos. Eu te dou mais disso depois... Você me dá mais?
Yori assentiu e levantou-se, arrumando as roupas, mas parou para selar os lábios dele. 
- Vai pensar em mim agora quando estiver aqui?
- Ah, eu vou sim. Mas então vou mandar alguém te buscar em casa.
Yori riu baixinho. 
- Você pode me ligar, eu venho. Quer dizer... Se você me deixar ter um celular é mais fácil. Eu posso te mandar fotos enquanto tomo banho.
- Hum... Celular... Não sei, vou pensar.
Yori uniu as sobrancelhas, mas assentiu em seguida.

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1 comentários:

  1. E eu estou num misto de ódio e amor ao Hideaki. O velho tem um passado meio triste e tals, mas não deixa de ter sido um pai fdp com o Hide-chan e agora quer dar uma de avó babão? hum... sei não... pode ser um sentimento genuíno? Pode, mas ainda assim fico cabreira com ele u_u

    E EU NÃO IMAGINAVA QUE O HIDE-CHAN TRABALHASSE NUM LUGAR DESSES! MANOW DO CÉU! Eu estava pensando num escritório de móveis ou até numa loja de roupa chique e tals, mas num pub? Essa me pegou de surpresa!
    Gostei da ideia de ter este lugar para humanos curiosos se encontrarem com vampiros para conversarem e talvez tentarem algo mais hohohohoho já to imaginando os casais que se conheceram ai, bem, prefiro pensar nos casais do que nas refeições que o vampiros fizeram por meio dos encontros neste local porque né, sou uma romântica que gosta de ver coisas fofinhas ahuahauhauahuahuahaauahuahu

    MAS GENTE DO CÉU! Yori-chan com ciuminho? Mal chegou e já queria ir, se não fosse pelo fato que ele estava bem animadinho. Um beijo virou um toque que virou o UEPA no escritório, mas este nosso menino cu doce tá que tá ficando assanhadinho, mas olha, nem adianta culpar os hormônios que a gente sabe que você curte essas coisas e se faz se santo no final u-u

    Agora fiquei na curiosidade, como que eles vão sair juntos numa cidade cheia de humanos para comprar as coisas e comer sem que ninguém ache estranho um menino baixinho como o Yori estar com uma barriguinha bem redondinha? Ou será que tem mais estabelecimentos como o pub por lá que são administrados por vampiros? Hum... ficarei aguardando na ansiedade para ver isso rolar!
    Hiyori será linda demais e já to querendo ao menos uma one dela se relacionando com um humano igual o Hide-chan *O* Ai como sou sonhadora, se bem que não custa nada sonhar né não? ahuahauhauhauhauahauhauhauahua

    Obrigada por mais este capítulo maravilhoso! Amo demais esses dois <3

    PS: Ophelia melhor empregada e vampira do mundo <3

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