Ritsu e Etsuo #38


Etsuo estava dormindo, e uniu as sobrancelhas, parecia um sonho ruim a quem pudesse ver a si, estava na cama, sozinho e parecia uma imensidão naquele edredom pesado. Os cabelos caíam sobre a face, não usava camisa, somente a calça do pijama, e resmungava, virando de um lado pro outro.
- ... Ritsu... Ritsu não... Não Ritsu, não... Não me odeie... - Dizia, baixinho, e até mesmo havia sentido uma lágrima escorrer pela face, mesmo de olhos bem fechados. - ... Hum... Onii-chan...
Ritsu acordou deveras incomodado pelos murmúrios, na verdade pela sensação aflita. Sentou-se na cama franzindo os olhos, mal humorado até perceber o que era e de onde vinha. Levantou e seguiu para o quarto do lado, entrou e observou o moreno. Gentilmente limpou seus olhos e de algum modo tomou o espaço a seu lado na cama, deitou-se e beijou sua testa ao acolher seu rosto levemente choroso entre os braços. Etsuo encolheu-se ainda mais conforme sentiu o abraço dele, porém não acordou, somente estremeceu a agarra-lo, ainda chorava.
- Ritsu... Não... Ritsu!
- Hey hey, bebêzão. - Ritsu disse, sonolento o apertou no abraço, queria desperta-lo o suficiente.
Etsuo uniu as sobrancelhas e abriu os olhos num sobressalto.
- ...? Onii-chan? Ritsu? - 
Etsuo disse, constando ser ele e só então o abraçou, forte. - Ritsu, não vá embora!
- Eu não vou embora, nii-chan. - Ritsu disse ao afagar seus cabelos, imaginando ser seu sonho ruim. 
Etsuo estremeceu e assentiu, limpando o rosto com a manga da blusa.
- ... Sinto muito...
- Está tendo um sonho ruim.
- Ah... Então você não vai embora?
- Pra onde eu iria?
- Eu não sei... Eu...
- Não seja bobo.
- ... Eu não estava pensando direito.
- Você sempre faz isso. - Ritsu riu baixo e sonolento.
Etsuo assentiu, um pouco choroso ainda.
- ... Eu não queria pensar essas coisas...
- Então pare, baka.
- Hai... Sinto muito, pode... Pode voltar a dormir.
- Iie, vou estar aqui até você adormecer e depois eu posso dormir.
- ... Hai, hai... - Etsuo disse e suspirou, agarrado a ele.
- Parece até que virou um bebê. - Ritsu beijou sua testa. 
- Desculpe dono... Eu... Tenho medo que aconteça algo com você.
- O que podia acontecer, já aconteceu. Está tudo bem, inu.
Etsuo assentiu e selou os lábios dele, várias vezes. Ritsu retribuiu cada um de seus beijos.
- Gostosinho.
Etsuo sorriu, limpando o rosto novamente.
- ... Quer fazer amor comigo?
- Eh? - O loiro disse, desprevenido. - Se você quiser...
- Não, eu quero que me diga que quer...
Etsuo disse e suspirou, estava pronto para ele, na verdade o corpo estava quente, embora fosse gelado, queria simplesmente sentar sobre o corpo dele.
- É claro que eu quero, sempre quero.
O moreno suspirou e assentiu, aconchegou-se junto do corpo do irmão, e sabia que ele estava cansado, por isso não o atacou como queria, talvez fosse suficiente ouvi-lo dizer que queria a si.
- Vem... Como você quer?
Ritsu indagou e ao abrir os olhos, ainda estranhava como podia vê-lo no escuro. 
Etsuo sorriu e negativou, acariciando os cabelos dele.
- Descanse. Tudo bem.
- Não, você sabe que eu quero isso. Você vai me despertar, não é?
- Você quer mesmo fazer? Eu posso sentar em você.
- Do jeito que você quiser. - Ritsu sorriu, de aspecto sonolento mas mordiscou o lábio inferior.
Etsuo sorriu e assentiu a ele, levantando-se e retirou a calça e a roupa íntima.
- Tira sua roupa...
- Não vai fazer isso por mim?
- Ah, você quer que eu tire sua roupa? Seu folgadinho.
- Hum, mas não é excitante assim?
- É sim. - Etsuo sorriu e puxou a roupa dele, retirando sua calça por suas pernas. - Hum, melhor?
- Me diz você, estou melhor? - Ritsu indagou ao se ajeitar na cama, acomodar-se para ele.
Etsuo sorriu e assentiu, ajeitando-se sobre o corpo dele e sentou-se em seu sexo, claro, sem deixá-lo penetrar a si e devagar se moveu, roçando-o ao corpo. Ritsu levou as mãos as pernas do irmão, se moveu contra ele como ele para si, se esfregando nele. Subiu porém a deslizar em suas costas e encontrar seus ombros, o trouxe para si e selou seus lábios algumas vezes, passou ao rosto e ao pescoço. Etsuo abaixou-se conforme puxado e sorriu ao irmão, selando-lhe os lábios e estremeceu conforme o sentiu se mover junto de si, estava com vontade, ele poderia ver pelo próprio sexo que já tinha um sutil volume. Ritsu subiu devagar até sua orelha e mordiscou levemente o lóbulo. Sentia no ventre sua leve ereção e depois de correr por suas costas, tocou suas nádegas mas não seu âmago. Etsuo sorriu a ele, de modo sutil e beijou-o igualmente em seu rosto.
- Posso?
- Todo seu.
O maior assentiu e segurou-o entre os dedos, guiando-o entre as nádegas e por fim o fez se encaixar em si. Devagar, abaixou-se e o deixou adentrar o corpo, mesmo sem proteção e sem o lubrificante. Foi difícil, mas tentou conter os gemidos. Ritsu sentiu-se tocado por ele, colocado entre suas nádegas e suspirou com expectativa. Impasse sentiu no entanto conforme seu corpo demasiado apertado. Fechou os olhos, sentindo-se difícil de entrar.
- Nii-chan... - Suspirou.
Etsuo uniu as sobrancelhas e gemeu, prazeroso, porém dolorido.
- ... Porra... - Murmurou e enfim o sentiu inteiro no corpo, pôde descansar.
- Você está guloso...
Ritsu disse uma vez ao sentir inteiramente dentro, com dificuldade por seus apertos e pelo cheiro, sabia que havia se machucado. 
Etsuo sorriu a ele meio de canto.
- Tudo bem, não se preocupe...
Disse e devagar, se moveu, apoiando-se na cama conforme movia os quadris, um pouco hesitante, já que estava dolorido. Ritsu p
egou-o pelos quadris e o parou no lugar. Contraiu os músculos, dando alguns espasmos dentro dele e sorriu.
- Espere. Está muito apertado.
O maior uniu as sobrancelhas e riu baixinho.
- Quer o lubrificante?
- Iie. - Ritsu disse, embora não estivesse realmente dolorido, estava mais por ele, sabia que estava doendo.
O moreno assentiu, podia sentir o corpo ardido, estava mesmo doendo, mas não disse nada. Segurou as mãos dele, apertando-as e entrelaçou os dedos aos dele, tomando apoio ali para se mover sobre o corpo do irmão. O loiro segurou suas mãos, dando apoio a ele, passou a se mover levemente abaixo de seu corpo, da forma que podia com seu peso, suficiente também para não incomodar seu corpo dolorido. Etsuo estremeceu conforme sentiu seus movimentos e sorriu ao irmão, movia-se devagar, tentando se acostumar com os movimentos, era dolorido, mas gostoso, então não reclamou.
- Ah...
Por suas mãos apoiadas, Ritsu o puxou, trouxe-o para perto e o beijou enfim. Apoiou-se nos pés onde se acomodou para mover, deu ritmo suave, embora continuo. Etsuo retribuiu o beijo do irmão, empurrando a língua para sua boca e suspirou só então, se sentia melhor agora, mais seguro de que ele de fato não iria deixar a si, estava feliz. Ao segura-lo com firmeza, o menor beijava-o e o penetrava no mesmo suave ritmo, ainda que fosse firme e podia aquela altura sentir seu alívio, sorriu ao pensar sobre aquilo. Etsuo deslizou a mão pelos cabelos dele, acariciando-o enquanto ainda se movia, e segurava a mão dele com a mão livre.
- Ritsu... Motto, kimochi...
A mão solta de Ritsu usou para segurar sua nuca, enquanto sentia-o próximo e falava contra os lábios. Mexia-se aumentando aos poucos a força tal como o ritmo. Etsuo suspirou contra os lábios dele e virou-se, deitando-se na cama e puxou o irmão para si, sobre o corpo. Separou as pernas, deixando o espaço livre para ele. Num rápido movimento, logo Ritsu se pôs entre suas pernas, acomodou-se quanto se moveu e sorriu ao olha-lo de cima.
- Hum, tão submisso, onii-chan.
- Hum... - Etsuo sorriu. - Quer que eu fique de quatro, mestre?
Murmurou com as sobrancelhas unidas e deslizou as mãos pelas próprias coxas, visivelmente, deixando-o ver a si segurar as pernas no alto.
- Hum, não agora. Agora eu quero que continue segurando as pernas. - Ritsu sorriu, achando graça, gostava de como ele parecia entregue.
Etsuo assentiu e mordeu o lábio inferior, esperando por ele. O loiro afastou-se pouco suficiente para criar maior distância a medida em que passou a penetra-lo, desse modo deu ritmo menos rápido, era mais forte porém. O moreno gemeu novamente ao senti-lo adentrar a si e mordeu o lábio inferior, inclinando o pescoço para trás e agarrava as próprias pernas firmemente. Tendo espaço, como ele segurou suas pernas, Ritsu tateou sentindo sua pele fria e macia onde apertou os dígitos e seguiu para as nádegas.
- Kimochi?
Etsuo assentiu e desviou o olhar a ele.
- Motto... Mas... Eu queria sentia você me tocar na sala, onii-chan, em cima da mesa do professor, quando não tiver ninguém na sala...
- Ah, é? Hentai.
Ritsu sussurrou-lhe audível o suficiente. Ao erguer a mão, ainda tinha medo de morder a si mesmo, mas fingiu não ter, mordiscou suavemente a mão e então respingou na palma que levou até a ereção do moreno, o acariciou, o sujou.
- Você não quer?
Etsuo murmurou e sorriu, mordendo o lábio inferior.
- Quero que brinque comigo, leve nossos brinquedinhos, vai ser divertido.
Falava, porém fora interrompido pelo cheiro forte do sangue dele, que levou o sorriso que tinha no rosto, substituindo por dois olhos atentos e brilhantes. Suspirou conforme o sentiu tocar o próprio sexo e gemeu prazeroso, estranhando o modo como ele havia se machucado sem rodeios, humanos transformados recentemente talvez pudessem ser mais medrosos.
- Por que brinquedos?
Ritsu indagou enquanto lambia a boca, como um gato após a refeição, tirou pouco do que tinha do sangue e pôde sentir o próprio gosto, era um tanto aflitivo. Enluvou seu sexo, passando a acaricia-lo, podia sentir que ganhava maior rigidez sob o estímulo complementar. 
Etsuo uniu as sobrancelhas.
- Por que eu... Sempre quis fazer isso na escola. Me excita imaginar você de uniforme. - Murmurou, ainda atento ao cheiro de seu sangue e estremecia a cada toque sutil. - ... Quero gozar.
Ritsu sorriu a ele, não tinha certeza sobre, mas talvez fosse pelo sangue.
- De repente, onii-chan?
Etsuo assentiu e mordeu o lábio inferior.
- De repente você enfiou a mão com sangue no meu pau.
- Oh, tão sensível. Eu não deixo você gozar, inu.
Etsuo uniu as sobrancelhas.
- Deixa sim...
- Não deixo não.
Ritsu sorriu, achando graça no pedido. Continuou a se mover e a acaricia-lo. 
Etsuo riu baixinho e agarrou-se a ele.
- Mas vai me machucar.
- Não vai machucar. Sei que você é um bom menino e pode segurar.
Etsuo assentiu e agarrou-se aos ombros dele, apertando-o. O loiro vigorosamente passou a estimular o moreno, encarando sua ereção entre os dedos e tentava parecer sexy ao olha-lo ou algo como isso. Não deixou de se mover porém. O moreno observou o irmão, via seus olhos bonitos, afiados e sentia uma agonia leve pelo corpo, já se sentia perto do ápice há um tempo, mas era tão gostoso que não teve problema em se segurar.
- Kimochi, inu?
Ritsu perguntou, sem deixar de mover mas desviou a direção visual a seu rosto, esperando sua resposta. 
Etsuo assentiu, puxando-o para si, sentindo-o atingir o local que gostava no corpo.
- Ah, mestre...
- Mestre está judiando de você, hum? - Ritsu indagou e se moveu como ele indiretamente pediu, o penetrou com firmeza, onde ele gostava.
Etsuo assentiu e encolheu-se ao senti-lo se mover, guiando uma das mãos ao próprio sexo e apertou-o entre os dedos.
- Hum, tentando se conter?
Ritsu indagou ao vê-lo se enlaçar, só apalpar. Abaixou-se para ele, deixando altura suficiente para que ele pudesse tocar a si mesmo, o beijou, penetrando a língua em sua boca, devagar. 
Etsuo assentiu e retribuiu o beijo, com a suave expressão dolorida na face, mas segurou como pode.
- Itai, onii-chan? - Indagou lambiscando seus lábios.
- Hai... Por favor, me deixa gozar mestre...
- Você pode, se continuar olhando pra mim mesmo quando gozar.
- ... Eu vou... Deixa...
- Vai, mostra pra mim.
O loiro disse e intensificou o ritmo, tentando dar maior estímulo para conseguir seu ápice e intensifica-lo embora não fosse necessário aquela altura. 
Etsuo assentiu e uniu as sobrancelhas, não aguentava mais e enquanto olhava o irmão, atingiu o ápice, tentava não fechar os olhos, mas o prazer que havia sentido fez a si semicerrar eles. Ritsu sorriu, encarando sua tentativa de olhar a si e também aproveitar seu prazer. Tão logo, permitiu-se gozar com ele, embora soubesse que dentro dele não era a melhor alternativa.
- Ah... Nii-chan.
Etsuo agarrou-se ao irmão, apertando-o junto a si e gemeu, prazeroso, até inclinou o pescoço para trás. Gemeu com ele, embora fosse mais como um sopro. O beijou no pescoço, lambiscando a pele e somente o deixou quando ambos satisfeitos. O moreno deslizou a mão pelos cabelos do irmão, acariciando-o e sorriu a ele.
- Kimochi.
- Kimochi, inu.
Ritsu dizia enquanto percebia que não precisava compassar a respiração. 
Etsuo latiu baixinho, suave apenas numa brincadeira com ele.
- Vai brincar comigo amanhã?
- Hum, vou pensar no seu caso. - O menor sorriu a ele.
- Hum, mas eu sou um cãozinho tão bom.
- Mas eu sou um dono exigente.
- Hum... Que medo. Ta bem.
Ritsu riu baixinho e mordiscou sua bochecha sem ferir.
- Se sente melhor agora?
- Sinto. - Etsuo sorriu. - Obrigado.
- Pode me pedir sempre.
- Deve ser um sacrifício enorme.
- É, mas eu posso me sacrificar um pouco por você.
Etsuo riu.
- Sei.
- Só um pouco.
- Uhum, muito difícil ainda mais agora que é um vampiro.
- É, eu fico muito cansado.
- Uhum, claro.
- Porque parece que nunca é suficiente. Isso é ruim, sabe? - Ritsu sorriu. 
Etsuo desviou o olhar a ele e sorriu meio de canto.
- Uma hora essa sensação vai passar. Esperamos.
- Hum, nunca vai passar.
- Você é recente.
- Mas sempre vou querer mais de você, inu.
Etsuo desviou o olhar a ele e sorriu.
- Você é maravilhoso.
- Você é. - Ritsu beijou sua mandíbula.
O maior negativou e beijou-o no rosto.
- Vamos dormir agora, hum? Ou você precisa tomar o remédio? Tem Ritsuzinhos em você.
- Só amanhã. - Etsuo riu. - Mas mamãe me deu uma cartela de um remédio, tenho que tomar todo dia.
- Hum, como um anticoncepcional.
- É, isso mesmo.
- Hum, então agora descanse e amanhã tem mais.
- Hai, oyasumi onii-chan.
- Oyasumi. - Ritsu beijou sua testa e o acomodou consigo.

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