Yasuhiro e Yoruichi #35 (+18)


Na noite seguinte, um suspiro deixou os lábios conforme fora o primeiro a acordar, o marido e os pequenos ainda dormiam então se levantou e se vestiu para fazer o desjejum. Naquele dia, usava um kimono preto, em luto pelos pais. Fez o arroz, chá, peixe e alguns pãezinhos recheados que o loiro havia ensinado a si a fazer.
- O cheiro está bom.
Yasuhiro disse ao vê-lo da porta aonde se encostou. Fechou o kimono amarrotado, tinha olhos ainda inchados do sono recente, mas os cabelos estavam bem alinhados. Yoruichi s
orriu ao ouvi-lo e seguiu até ele, abraçando-o agora mais suave do que no dia anterior.
Yasuhiro o abraçou em retribuição, ganhando seu carinho, provavelmente mais intenso que em dias comuns, sabia o porquê.
- Boa noite, princesa.
O menor beijou-o em seu rosto e suspirou.
- Como você está? Ainda dói?
- Hum, é uma sensação de ardor. Como se sentisse choque na pele quando tocada. Mas não dói como ontem...
Yasuhiro sorriu e o beijou da mesma forma, em sua bochecha. 
- Hum... Vai passar. Venha, sente e eu vou trocar suas ataduras.
- Vai sim. - Yasuhiro disse e seguiu até a mesa, se sentou numa das almofadas e esperou por ele junto dos suprimentos. - Me sentindo amado.
Yoruichi riu baixinho conforme fora até a cozinha buscar o sangue e os tecidos. Ajoelhou-se em frente a ele e sorriu, puxando delicadamente as ataduras feitas na noite passada e substituindo pelas novas embebidas em sangue.
- Eu estava triste ontem, mas quando vi você entrar sem camisa daquele jeito, me deu até um arrepio aqui embaixo. - Disse e piscou a ele, não falava sério, é claro.
- Hum...
Yasuhiro murmurou ao sentir o toque não tão suave da atadura quado tirada, era realmente uma sensação estranha.
- Ah, verdade? Estava até lacrimejando de emoção, eu pude notar.
Yoruichi riu baixinho.
- Foi isso mesmo, pensei "nossa, que homem lindo, fiquei até emocionado".
Disse e ao fechar as ataduras beijou seu pulso ferido, que fora o último lugar a trocar.
- Sim, eu notei isso, mas não se preocupe, esse homem lindo é todo seu. Pode usar depois do jantar.
Yoruichi sorriu ao ouvi-lo e tocou o rosto dele, acariciando-o e selou seus lábios.
- Eu vou usar mesmo, ficou me devendo ontem.
- Claro, eu honro minhas dividas.
 Yoruichi sorriu.
- Hum, quer tomar café agora?
- Hum, vamos aproveitar e deixar os meninos descansarem.
- Vamos. - Sorriu. - Essa noite foi difícil, Yuuki ficou ressonando, eu quase não dormi, ele foi dormir só perto das quatro da tarde.
- Isso vai ser difícil pra ele, por um bom tempo
- É eu sei... Mas eu vou cuidar dele, então vai ficar tudo bem...
- Eu queria voltar lá... Eu queria matar aqueles malditos.
- Nós vamos cuidar. Por hora é bom deixá-los achando que acabaram com tudo.
Yoruichi suspirou e assentiu.
- Eu acho que minha mãe estava matando as crianças. Só isso teria deixado eles tão irritados. Meus pais eram meio sem noção, eles não se importavam se era adulto ou criança, acabavam que humanos tinham que morrer mesmo, e agora eu percebo que eles estavam certos.
- Bem, eu não posso falar muito sobre essas coisas, nunca tive problemas com humanos, até agora. Acho que assim como existem vampiros como eu, como nós, existem vampiros como seus pais, mesma coisa com humanos, existem os ruins mas também existem alguns bons.
Yoruichi negativou.
- Não consigo mais pensar assim, tentaram matar o meu filho.
- Você nunca pensou assim na verdade. Agora só é um fator pior.
O moreno suspirou e cruzou os braços.
- ... Não quero falar sobre isso.
- Tudo bem, não quero falar sobre, apenas citei. Mas não penso que esteja errado sobre seus sentimentos, você tem suas razões.
Yoruichi assentiu e deslizou a mão pelo braço dele, vendo as marcas vermelhas, acariciou suavemente. Yasuhiro sorriu, sentindo seu carinho. O tocou na bochecha com o braço livre, afagando-a.
- Eu te amo, Yoruichi.
O moreno repousou a face sobre a mão dele.
- Eu também te amo. Espero nunca mais passar por isso. Ter tanto medo.
- Não vai, não vamos deixar os meninos fora do nosso campo de vista, ao menos até que eles cresçam.
- Mas eu não digo só os meninos... Eu falo de você também...
- Ah, mas eu não vou sair do seu campo de visão nunca, meu amorzinho.
Yoruichi sorriu e acariciou os cabelos dele.
- Eu acho bom.
- Eu também. - Sorriu e então tornou abraça-lo. - Vamos papar nós dois.
Yoruichi sorriu igualmente e selou os lábios dele.
- Vamos.
Yasuhiro o beijou no dorso e no fim se ajeitou com ele, ajudou a ajeitar a mesa e também a se acomodar em seu canto. 
Ao colocar a comida na mesa, assim como o chá que havia feito, Yoruichi ajoelhou-se em uma das almofadas e sorriu meio de canto e beber um gole do chá enquanto ainda fitava seu peito nu sem a parte de cima do kimonoYasuhiro aceitou uma dose de chá, tragando a bebida morna, olhou para ele e sorriu.
- Está com fome, princesa?
- Hum, estou. Seus mamilos a mostra estão me deixando constrangido. - Disse e riu baixinho, mordendo o lábio inferior.
- Ah, é? Eu vou cobrir eles. - Yasuhiro disse e levou os dedos em frente aos mamilos, escondendo-os com os indicadores. - Melhor?
- Ah sim, agora me sinto menos violado.
Yoruichi sorriu novamente, bebendo mais um gole do chá.
- Aposto que adora ver meus mamilos.
- Também adoro me sentir violado. - Disse e piscou a ele.
Yasuhiro riu entre os dentes e tomou um pouco mais do chá.
- Isso, vai se atiçando pra hora da cama.
Yoruichi riu.
- Hum, estou achando que os meninos vão querer dormir com a gente hoje de novo, então vai se preparando pra ficar na mão também.
- Não, que isso. A gente pode ir ali no canto, como duas lebres.
- Ah, é? E por que não fazemos isso agora?
- Hum, percebi, está arrumando desculpas pra que eu faça isso agora. Não era mais fácil pedir desde o início?
- Hum, eu achei que seria mais interessante conquistar você primeiro.
- Ah mas isso você já fez há alguns anos atrás, meu amor.
- Hum, aposto que eu não conquistei você sendo tão desagradável daquele jeito. - Yoruichi disse num pequeno sorriso.
- Se sendo desagradável já conquistou, imagine com jeitinho, docinho.
O moreno riu baixinho e bebeu pouco mais do chá.
- Então... Vamos nos agarrar e transar que nem coelhos ou?
- Então vamos, coelhinho. Vai ali no cantinho, Yuuki já viu coisas traumáticas o suficiente...
Yoruichi riu e assentiu, levantando-se e esperou por ele, seguindo para a cozinha e saiu pela parte de trás, puxando-o para si conforme se encostou na parede ao fechar a porta e o beijou, empurrando a língua para dentro da boca dele. Yasuhiro o assistiu conforme se levantou, enquanto isso tragava mais do chá que deixou à mesa. Ao se levantar em seguida foi logo atrás dele e o encontrou na saída de casa, puxado como se fossem dois adolescentes fugindo dos pais durante um jantar. O beijou, sentindo e provendo o gosto do chá que tomavam.
- Hum... - Murmuro, ocupado demais para falar.
Yoruichi suspirou contra os lábios dele e levou as pernas ao redor dos quadris do loiro, deixando-o por a si no colo, e já estava encostado na parede mesmo, assim teria um apoio. Agarrou-se aos cabelos dele, firme em sua nuca e cessou o beijo para descer com os beijos em seu queixo e pescoço, sugando-o ali e mordiscou.
Yasuhiro levou as mãos em sua cintura, o ergueu no colo e sentiu suas coxas firmes ao redor dos quadris. Desvencilhando do beijo, sentiu seus lábios pelo pescoço, na pele dolorida, nas que podia lidar. Entre ambos ajustava suas roupas, as próprias, tirando impasse dos tecidos, aquilo era pra ser rápido, então não tentou ir devagar.
O moreno beijou-o delicado onde ainda estava vermelho, sabia que seria dolorido pra ele, já que tinha queimaduras nos quadris onde havia visto, mas o queria tanto, que não sabia se conseguiria esperar. O abraçou ao redor do pescoço com ambos os braços e mordeu o lábio inferior, mas afastou-se somente para levar um dos dedos aos lábios, e o fitou, de perto onde estava. Abriu a boca e o sangue escorreu pelos lábios, havia mordido a língua. Sorriu a ele conforme o líquido caía sobre a palma da mão e devagar guiou a mão ao sexo dele, podia toca-lo um pouco desajeitado, e sabia que quando o tocasse ali com o sangue, se não estivesse ereto, ficaria e se estivesse, ficaria duas vezes mais.
Yasuhiro afastou-se para olha-lo e notou seus lábios tingidos como se usasse tinta para adorna-los a medida em que o sangue se espalhou pela pele. Sorriu, mostrando-lhe os dentes, sabia o que estava fazendo e teve de morder o lábio inferior com aquele breve estímulo lubrificante.
- Hum... Parece que você quer algo muito duro hoje, ah?
Disse, não queria mesmo uma resposta. Grunhiu num breve gemido e então esperou ele soltar, se posicionar consigo, investiu num só solavanco, entrando pelo menos até a metade em seu corpo, o que completou minuto depois, sentindo o ventre encostar com o dele.
Yoruichi assentiu ao ouvi-lo e sorriu, tinha os dentes sujos de sangue, mas teve que inclinar o pescoço para trás ao senti-lo se empurrar para si, num gemido dolorido, mas tentou não ser muito alto, já que os meninos ainda dormiam. Agarrou-se no ombro dele, firme e as unhas o arranharam nas costas.
- Filho... Da puta... Ah...
- Hum...
Yasuhiro gemeu, daquela vez verdadeiramente dolorido, afinal, tinha suas unhas na pele já sensibilizada, mas mordeu o lábio inferior, contendo-se. O moreno desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas, recolhendo as unhas antes que acabasse por machucar mesmo a pele dele. Aproximou-se e beijou-o no rosto e no ombro onde havia ferido.
- Seu putinho...
Yasuhiro resmungou fazendo manha. Mas sorriu diante do beijo e sua feição preocupada. Se moveu, dando a primeira investida nele.
- Ah! - Yoruichi gemeu, dolorido e prazeroso e sorriu a ele conforme o viu sorrir. - Eu esqueci... Desculpe.
- Eu sei.
O loiro murmurou, ocupado com a atenção que dava mais embaixo. Tornou se mover, aos poucos criando ritmo que se tornou vigoroso rapidamente.
- Ah...
Yoruichi gemeu novamente, abraçando-o contra si e sorriu contra a pele dele, beijando-o no pescoço, rosto, sentindo o cheiro gostoso dele e suspirou, ah, gostava tanto dele, gostava muito mesmo.
- Eu te amo...
Yasuhiro sorriu sob cada um de seus beijos que retribuiu, beijou seu pescoço, sua bochecha, aonde alcançou.
- Também te amo.
Sussurrou, embargado. Podia ouvir a pelve ressoar ao colidir com a dele, gostava de ouvir.
- E isso... Não está doendo?
Yoruichi murmurou em meio a um gemido ou outro, prazeroso e dolorido conforme o sentia se empurrar contra si, e mordia o lábio inferior quando o sentia atingir a si onde gostava.
- Ah!
- Um pouco... Mas seu corpo sabe me recompensar.
Yasuhiro retrucou e ao que alcançou, lambiscou seus lábios, beijou-o sem muita atenção, era apenas um toque breve. Yoruichi retribuiu o beijo e fechou os olhos enquanto o fazia, ele poderia sentir o gosto do sangue que ainda restava na boca, que havia tirado há pouco, não havia se alimentado tão bem quanto gostaria, já que estava com o estoque de sangue limitado pra eles, então a língua ainda sangrava. Yasuhiro lambiscou seu sabor, podia não suprir as necessidades do corpo, mas era saboroso, era o melhor sangue que poderia ter. Deslizou os braços ao redor de seu corpo menor, envolveu firmemente no enlace e o empurrou para si a medida em que se empurrava para ele.
Yoruichi mordeu o lábio inferior, dele e puxou em meio aos dentes, podia sentir a vontade com que ele se empurrava contra si, e imaginou se no dia anterior ele teria feito da mesma forma, fechava os olhos, mas pensava no corpo nu dele em frente ao próprio e era obrigado a abrir novamente. Deslizou as mãos pelo tórax dele.
- Você é gostoso demais, sabia?
- Ah, você também é gostoso, docinho. Muito gostoso.
Yasuhiro disse e como ele, observava seu corpo, no pouco da exposição que tinha de seu quimono desajeitado, demonstrando sua pele alva aonde se arqueou e beijou, lambeu. Yoruichi sorriu ao sentir o toque e suspirou, inclinando o pescoço pra trás, podia sentir os solavancos dele que deixavam a si com cheiro de sangue, ele devia gostar do cheiro. Mordeu o lábio inferior e segurou-se nele, infelizmente com mais gentileza do que gostaria.
- Ah! Eu vou gozar em você...
- Goza em mim, Yoru...
Yasuhiro murmurou em incentivo. Tal como ele pensava, gostava do cheiro, sentia-o como um estimulante e não demoraria para chegar lá, com seu sangue, seu cheiro, seu corpo. Mordiscou seu queixo e esperou por ele, somente quando chegou, foi com ele também, em seu corpo. O moreno assentiu e mordeu o lábio inferior, estava tão excitado, se sentia tão bem e abraçou-o, escondendo o rosto no pescoço dele e quando gozou, deixou escapar um gemido baixinho, mas prazeroso contra a pele dele, e sentiu uma pequena lágrima escorrer pelo rosto e deslizar até o queixo.
- Ah... Kimochi...
- Hum...
Yasuhiro murmurou num grunhido de prazer, contiveram a voz, evitando dar sinal de que estavam ali para os filhos. O segurou nos braços enquanto sentia tremer suavemente e sorriu diante do detalhe.
- Kimochi...
Yoruichi suspirou, agarrando-se a ele, já que tinha medo de cair.
- Desculpe... Acho que estou no meu período fértil... - Disse, baixinho e beijou-o no ombro novamente.
- Hum, então fizemos um morceguinho. - Sorriu.
O moreno riu baixinho e afastou-se, roçando o rosto ao dele.
- Fizemos, mas eu vou tomar meu chá.
- Ah, você não quer mais um?
Yasuhiro indagou enquanto o afagava e o deixou no chão algum tempo depois, quando já não tremia.
- Quero, mas agora o Yuuki e o Ikuma precisam da nossa atenção, então... Precisamos cuidar deles, quando eles forem maiores teremos outro. Quem sabe uma mocinha?
- Hum hum... É, uma mocinha igual a mamãe seria bom.
Yoruichi sorriu e acariciou os cabelos dele.
- Com os seus cabelos.
- Pode ser com os seus.
- São muito comuns.
Disse e suspirou, ajeitando o kimono e ajeitou o dele também, embora ele ainda estivesse sem a parte de cima e ao se virar viu os pequenos olhinhos de Yuuki fitando a si, esfregava os olhinhos como quem havia acabado de acordar.
- Ah, oi meu amor... Não vai dormir mais?
- São bonitos como são.
Yasuhiro disse e se ajeitou com ele, dando meia volta ao caminho feito até ali, encontrou o filho, por sorte veio um pouquinho mais tarde. Yuuki negativou apenas com a cabeça. Havia dormido mal, mas não queria ficar mais tempo na cama. Yoruichi o pegou no colo e beijou seu rosto, ajeitando seus cabelinhos desalinhados.
- Você está bem? Ainda dói?
- Um pouco...
Yuuki respondeu um pouco rouco, para ambas as perguntas.
- Ah, mas fala pra mamãe que somos fortes e a dor passa logo, hum? - Yasuhiro disse e ele apenas balançou a cabeça em afirmação.
Yoruichi sorriu e roçou o nariz ao dele, era o jeito próprio e dele de dizer que o amava.
- Vem, mamãe fez o café da manhã.
- Eu quero café.
- Eu faço um pouco pra você. Mas só um pouquinho, hum? - Disse Yoruichi.
- Ta bom.
Yasuhiro riu, divertindo-se.
- Papai também quer.
- Ah quer? Ninguém vai tomar meu chá então?
- Eu tomei chá, mas os meninos demoraram pra acordar. 
- Eu quero chá, mamãe. - Disse Ikuma.
Ao ver o pequeno na porta do quarto, Yoruichi sorriu a ele e deixou Yuuki em sua almofada na mesa, pegou Ikuma no colo e beijou-o várias vezes em seu rostinho.
- Então vai ser chá pra você, hum? Espera aqui que mamãe vai fazer o café pro papai e o Yuuki.
Yasuhiro assistiu o outro dos gêmeos beijar tão vigoroso quanto a mãe, retribuindo seus beijos. No fim se acomodou ao lado de si na almofada. Enquanto ele preparava a bebida, fora servindo os pequenos, dosando seu arroz, seu peixe. Ao ferver a água, Yoruichi coou o café que não era comum, mas levou para eles em suas xícaras, deixando sobre a mesa e sentou-se numa das almofadas.
- Bem vindo de volta, amorzinho.
Yasuhiro disse e tão logo serviu a porção para ele também.
- Obrigado, mamãe. - Disseram os três, quase juntos.
Yoruichi riu baixinho e aceitou o próprio bowl com a comida.
- Não é nada.
- Itadakimasu!
- Itadakimasu.
Yoruichi falou, junto dos meninos e passou a comer, os fitava na mesa, era um café da manhã normal, mas não sabia expressar o quanto gostava de estar ali com eles.

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