Kyo e Shinya #1 (+18)


O dia estava frio, mesmo assim mil pessoas apareceram para o show que ocorreria no centro da cidade. Os flocos de neve caíam lentamente sobre as cerejeiras, como se compusessem uma paisagem para pintura, o lado ruim era que a maior parte das flores já havia caído sobre o casaco de qualquer um que passasse pela rua no outono, poucas delas haviam sobrado para o inverno, uma pena, já que eram as favoritas do baterista que observava a paisagem do lado de fora com um pequeno sorriso torto nos lábios. A brisa suave balançava seus cabelos loiros e compridos, cobertos por uma touca preta, mas que ainda mantinha a franja no lugar, a maquiagem era suave em seus olhos e tinha nos lábios um batom de cor forte, estava se preparando para o show quando se dera conta de que o vocalista ainda não havia chego e fora obrigado a se retirar para procurá-lo, já que o sinal do lado de dentro era tão terrível que não conseguia nem iniciar uma ligação. 
Faltava exatamente uma hora para o show se iniciar, todos já passavam o som lá dentro, e não era muito comum que ele se atrasasse. Muitos membros de outras bandas tinham esse jeitinho esnobe de aparecer atrasado ou só na hora que quisesse, isso quando se lembravam de aparecer, quando não tinham uma overdose jogados em sofás de casas noturnas, não era o caso dele, é claro que tinha seus problemas, mas quase sempre era pontual ao lidar com os fãs. 
- Droga, Kyo... Atende!
Quanto mais tempo passava, mais impaciente o loiro ficava, e já havia roído todo o esmalte preto das unhas, culpando a si por não ter dado a ele uma carona na vinda, quando optou por passar na casa de um amigo para cumprimentá-lo, se tivesse passado na casa dele primeiro...
- Shin? O Kyo chegou. – Um dos staffs fora o responsável por avisar.
- Ah, graças a Deus, onde ele está?
- No camarim.
O telefone foi parar no bolso com a mesma rapidez na qual ele correu para dentro, quase mergulhando nos bastidores, e empurrou quem sabe uma dúzia de staffs até chegar ao camarim do vocalista como desejava, na verdade o camarim era de todos, havia um espelho e uma cadeira para cada integrante, junto da maquiagem e acessórios para os cabelos, é óbvio, ser de uma banda japonesa te dava um pouco de liberdade para escolher um visual mais despojado, o que não era o caso do vocalista, que mantinha os cabelos curtos e loiros e usava apenas uma camisa preta sobre o corpo na parte de cima, acompanhando uma calça de mesma cor simples e coturno, parecia ter jogado toda a roupa sobre o corpo. 
- Onde você estava?
- Em casa, onde mais? – Ele arqueou uma das sobrancelhas a observar o baterista pelo espelho.
- Quase matou todo mundo de susto, avise ao menos.
- Não se preocupe, eu só dormi demais. 
Qualquer outro dizendo aquilo teria colado, mas o conhecia bem, já há muitos anos, na verdade, bem demais e sabia de todos os seus problemas. Shinya Terachi era apaixonado por ele desde que tiveram a ideia de iniciar a banda juntos, o amigo era basicamente tudo em que pensava noite e dia, e se remoía toda vez que o via acompanhado de outra pessoa, principalmente se fosse alguma fã da banda, embora ele não tivesse aquela mania de sair com qualquer um assim. Esse era o lado bom, o tinha para si a maior parte do tempo, afinal, era seu melhor amigo, os problemas eram outros. Shinya era quase completamente mudo, era tímido desde o colegial quando os colegas diziam a ele que parecia uma menina devido aos cabelos compridos que sua mãe gostava, desde então, havia se isolado e não conversava com ninguém, mesmo entre a banda, era difícil arrancar dele uma palavra, mínima que seja durante as reuniões, geralmente sempre concordava com tudo que lhe impunham. Já o vocalista, bom, ele era tão problemático que fazer uma lista de três páginas não seria o suficiente para expor o gênio dele. Era sério na maior parte do tempo e escrevia a maioria das músicas, todas tristes ou com um final desastroso, era depressivo desde a infância já que tinha inúmeros problemas com seus pais, crescera uma pessoa triste, não era o tipo de pessoa que muitos gostariam de ter como amigo, mas para o baterista, tê-lo consigo era quase como tentar resgatar algo quebrado, esquecido dentro dele, e toda vez que o olhava de perto, gostaria de fazê-lo sentir o amor que nunca havia sentido por ninguém.
O show havia começado e finalmente as fãs se viram livres daquela espera sem fim que o atraso do vocalista havia causado, ali no palco não havia nenhum resquício de sentimentos além de companheirismo da banda, eram talvez uma das únicas bandas que não tinha muitos tipos de “fan service", e o único olhar que era sutil, mas presente era o do baterista vez ou outra sobre o amigo logo na frente do palco. A música era fria, causava uma sensação gelada na alma e algumas lágrimas em rostos perdidos pela plateia como gotas de chuva que lavavam a mente, que expeliam os sentimentos ruins para fora e a melodia parecia flutuar pelos ouvidos em notas invisíveis, impalpáveis. Até o cenário que compunha o palco era frio, o cartaz da banda com o nome em preto num fundo cinza era extremamente simples e chamava atenção para o que importava realmente: A música e nada mais. 
Logo após o show, saindo pela parte de trás do palco, os cinco integrantes se guiaram em direção ao camarim, onde se sentaram num longo sofá vermelho, aliás, Kyo se sentou no sofá, o baixista sentou-se sobre uma caixa de som estocada de qualquer jeito ali e os dois guitarristas, base e solo ficaram em pé mesmo discutindo alguns assuntos com as paletas do show na mão, tentando mostrar visualmente alguns acordes sem a ajuda do instrumento que havia sido deixado de lado. O baterista permaneceu em pé por alguns instantes, até decidir se sentar ao lado do amigo no sofá, mas como sempre, tão tímido que suas bochechas coraram só pelo olhar sutil dele em reconhecimento de sua presença ali. Kyo desviou o olhar ao local, observando os movimentos dos integrantes, mas em sua cabeça prevalecia um silêncio estranho, como sempre, nada o assombrava naquele momento, mas também, nada o agradava e observando por acidente sua camisa, puxou-a para cima num movimento sutil, escondendo uma pequena cicatriz aparente, de um corte feito na noite anterior, só então tirou o maço de cigarros do bolso, despreocupadamente e com a ajuda de um isqueiro o acendeu, oferecendo ao baixista sobre a caixa de som, que recusou com a cabeça enquanto mergulhava a mão num balde de gelo para pegar uma das cervejas e com a recusa, ofereceu do próprio cigarro ao loiro, já aceso, afinal sabia que ele não fumava. Tentando não destoar tanto dos amigos, Shinya pegou o cigarro entre os dedos e tragou-o, respirando fundo, porém fora justamente o que havia previsto, não fumava, então não sabia como tragar a fumaça, que ficou com a sensação desagradável em sua garganta até expeli-la de uma vez quando tossiu, tentando se livrar dos resquícios do fumo.
- Quer uma cerveja, Shin? – Disse o baixista ainda com a mão no gelo, para se refrescar.
- Ah, quero sim.
O problema era que ele também não bebia, era o ser humano mais estranho àquela banda, mas justamente para não ser passar por isso, ele abriu a cerveja com o abridor de garrafas, meio desajeitado ao ver a tampa pular e deu o primeiro gole, controlando-se para não fazer uma careta pelo sabor amargo da bebida.
- Se não quiser, não precisa beber, Shinya.
A frase veio do vocalista dessa vez, que o observava, sério , enquanto fumava e vez ou outra puxava a garrafa da mão do amigo em frente para roubar da bebida, sem se importar em beber no mesmo gargalo que ele.
- Não, tudo bem, eu quero.
A conversa se seguiu por alguns minutos, que pareciam longas horas, mas não havia se passado de uma, o guitarrista base agora estava sentado na cadeira giratória onde fazia a própria maquiagem e conversava com o mesmo guitarrista em frente, ainda de pé, o vocalista ainda estava sentado, porém de olhos fechados enquanto ouvia a conversa com risadas altas dos outros membros e praticamente ignorava a existência de todos ao redor, quando Shinya se aproximou dele, o suficiente para murmurar enquanto o baixista procurava outra cerveja.
- É verdade que você está saindo com o Toshi? – Disse ele, obviamente se referindo ao baixista pelo tom murmurante com que falou.
- O que? Não. As fãs acham isso, mas não é verdade. Somos só amigos, não é Toshiya?
- Ahn? Ah, sim, mas isso não é falta de vontade. Sabe que se quiser sair comigo eu estou disponível. 
- Ah vá se...
O baterista riu e terminou a única cerveja que tomou, suficiente para se sentir ligeiramente tonto e para ele, era sinal de que precisava ir para casa.
- Kyo, você pode me dar uma carona pra casa? 
- Ih, olha aí, pelo jeito perdi a companhia. Me leva pra casa também Kyo, a gente pode regravar aquele clipe... – Disse Toshiya.
- Cala a boca, Toshimasa. Vamos sim, Shin, eu já queria ir embora desde que cheguei mesmo.
- Calma Shin, o Kyo é assexuado, não precisa ter medo. 

- Eu só pedi uma carona, nada demais.
- Vamos logo, Terachi.
- Hai, o quanto você bebeu? - Disse o baterista, observando o menor.
- Pouco, prefiro o cigarro. 

O vocalista cumprimentou o amigo com um sinal de cabeça, e ele o retribuiu, ignorando os dois ao fundo, que pareciam super empolgados com o assunto, se retirou da sala, já o baterista, abaixou-se para beijar o amigo sobre a caixa no rosto e acenou para o restante da banda, que ignorou o aceno, mas era tão tímido, que não iria até lá para dar boa noite e seguiu para fora junto do vocalista, enfiando as mãos nos bolsos do casaco preto que usava sobre a roupa.
- Desculpe te pedir isso, meu carro quebrou semana passada e ainda não tive tempo de arrumar, vir pra cá hoje foi um inferno.
- Eu sei, não tem problema. 
Ao adentrar o carro ao lado do motorista, o menor colocou outro cigarro na boca, acendendo-o rapidamente com a ajuda de um isqueiro e o baterista quase tossiu os pulmões para fora até que ele percebesse que os vidros estavam fechados. 
- Opa, desculpa.
O rádio havia ligado automaticamente com a partida do carro, e tocava uma das músicas deles num CD, tão melancólicas que o nó na garganta atingiu os dois e nenhum deles disse uma palavra durante um bom tempo, até que alguém recuperasse a vontade de falar.
- Posso dormir na sua casa? Minha casa é mais longe do que a sua e bem, já está tarde, pode ser perigoso, ainda mais depois das cervejas, mas não quero incomodar.
O loiro ponderou por alguns segundos e assentiu com a cabeça, na verdade, dando de ombros, não faria diferença alguma para ele. O baterista sorriu e guiou uma das mãos até a cabeça, unindo as sobrancelhas com um gemido dolorido.
- Você é fraco demais pra bebida.
- Eu sei, eu não bebo mesmo, só bebi porque todos estavam ali e...
- Estava tentando participar, meio estúpido. Não tem que fazer porque os outros fazem isso.

Virando uma esquina, Kyo estacionou em casa e procurou as chaves dentro do bolso da calça, perdidas bem no fundo junto ao maço de cigarros levemente amassado, subiu as escadas e girando a chave na maçaneta, deu passagem a si e a ele.
- Consegue andar, certo?
- Consigo, claro. Só não garanto que não vou quebrar nada.
- Cuidado aí. - O vocalista o segurou, antes que tivesse um acidente e guiou-o até o sofá da sala, sentando-o ali. - Quer um café?
- Não, tudo bem.
- Chá? Eu vou fazer café de todo modo.
- Não, estou tranquilo, obrigado.
- Beleza, tem outro quarto lá em cima, pode dormir lá ou aí mesmo no sofá.
E levantando-se, ele deixou o baterista ali
 enquanto preparava rapidamente seu café e voltava em direção a sala, deixando a xícara sobre a mesa de centro e se jogou no sofá.
- Gostei do que fez na casa... É bonita. Acho que vou dormir no sofá mesmo. 
- Já vou buscar algum cobertor pra você. 
Disse o outro, porém ao invés de subir as escadas, permaneceu no sofá, preguiçoso demais para pensar em subir cada degrau até o andar de cima onde ficava o quarto, ao invés disso, desviou o olhar para o baterista e riu com um sopro nasal ao ver a expressão de perdido do outro, certamente estava bêbado.
- O que foi? – Disse o baterista.
- Estou vendo sua cara estúpida, está bêbado.
O loiro riu.

- Desculpe, não foi minha intenção ficar assim...
- Lógico que não, ninguém acha que vai ficar bêbado com meia garrafa de cerveja.
- Ora, não seja idiota, eu bebi uma garrafa toda!
Ao fim da frase, o maior fez uma pausa, observando o rosto do amigo e a expressão preguiçosa, sonolenta, e não parecia menos bonito por aquele motivo, era lindo em sua essência, a camisa suavemente aberta a expor o tórax com a pele branca, que por sorte naquela hora cobria a cicatriz antes evidente, os olhos castanho-escuros, os cabelos loirinhos e repicados.
- Você está bonito hoje.
O menor franziu o cenho, quase imediatamente, desviando o olhar ao rapaz e até se esqueceu do sono.
- Você está bem louco, Shinya.
- Claro que não, você é bonito.
- Eu vou pra cama. – Disse o outro, se levantando. – Sou feio e gosto de ser.
- Não! – Disse o maior, segurando-o pelo pulso num movimento rápido. – Não diga isso.
- Falo a verdade e não me importo com isso, Shinya. 
- Não é verdade. 
Fora um longo momento de silêncio, o vocalista negou coma cabeça como se o outro estivesse mesmo louco, o baterista observava o amigo que não tivera chance de se levantar, e encarava-o com olhar fixo de quem sabia muito bem o que queria, mas que não tinha coragem de executar, e por um momento, pensou que ficaria somente naquela vontade, mas já havia se passado tanto tempo que tinha aquele desejo enorme em si que alguns goles de álcool talvez ajudassem a sair. Numa investida, ele se viu com os lábios colados aos do outro num selo e como ele não havia afastado a si como pensava, empurrou a língua em seus lábios. O loiro nem se importou em empurrá-lo para longe, não seria muito honesto consigo mesmo se dissesse que não queria fazer aquilo com ele, também pensava há algum tempo, principalmente quando ele havia feito um novo visual de cabelos compridos, o achava tão bonito daquela forma, mas ninguém poderia saber, não admitia nem a si mesmo. Pelo menos o beijo fora mais fácil de admitir, e retribuiu com os lábios colados aos dele e os olhos abertos, observando seu rosto corado talvez pela bebida ou pela timidez. O sabor de cigarro invadiu a boca do mais alto, que não se importou muito com o fato, era o sabor dele de qualquer forma, suavemente mentolado e no sofá ele deslizou para mais perto do outro, tocando seu corpo de modo gentil, e parecia mesmo uma mulher o fazendo, era tímido e não sabia nem por onde começar, devia se dar ao fato de que era sua primeira vez com um homem, ou com qualquer pessoa.
Kyo se virou, suficiente para se acomodar de forma propícia e beijá-lo. Sentiu um leve gosto de cerveja, ofuscado no entanto pelo próprio cigarro. O cheiro da fumaça da bituca que queimava no cinzeiro de vidro acima da mesa de centro. E até mesmo levou a mão a nuca do baterista, segurando seus cabelos médios a compridos e louros, não muito claros e num movimento rápido, o baterista o empurrou sobre o sofá, deitando-o e deitou o corpo sobre o dele, já havia perdido a linha de fato, estava bêbado, mas o suficiente para se lembrar de tudo depois, a bebida só dera coragem mesmo, mais nada, embora se preparasse mentalmente para o soco que podia receber. Ao invés do que ele pensava, Kyo se deixou cair junto dele, sentindo seu pouco peso sobre o corpo, ainda que fosse alto e tivesse firmeza com o trabalho braçal, era mais forte do que ele e deixou sua mão percorrer o corpo como quisesse, acomodando a própria em suas costas, onde não muito permaneceria.
Shinya interrompeu o beijo, beijando-o no rosto logo em seguida e descendo a seu pescoço com toques sutis, aspirando o aroma que o amigo tinha e que já conhecia e apreciava nos ensaios, principalmente quando precisava ficar perto dele, lembrava-se de perder o fôlego principalmente quando pediam que ele tocasse a si, mesmo de forma sutil em algum clipe. Com a coragem que tinha adquirido, puxou a camisa que usava até retirá-la, sem desacasalar nenhum botão e jogou-a em direção ao chão, rezando mentalmente para que ele não se afastasse. Kyo observou seu tronco esguio, magro, e que já havia visto, naturalmente, enquanto trocava de roupas no camarim, por um acaso. Claro que não realmente deu atenção sexual àquele detalhe, parecia-se como qualquer homem deveria ser, exceto se estivesse prestes a transar com ele, o que tornava a situação um pouco diferente e manteve-se com um dos joelhos sobre o sofá enquanto o outro pé pisava firmemente no chão sobre o macio tecido do tapete sob a mesa de centro 
e erguendo o tronco, guiou as mãos até a regata que vestia, despindo-se da peça, mesmo que de alguma forma, não imaginasse utilidade com aquilo, e expunha desnecessariamente algumas cicatrizes recém formadas sobre o peitoral tatuado e firme.
O baterista suspirou, podia sentir a respiração pesada, principalmente ao vê-lo retirar a regata, e Deus, o corpo era lindo mesmo, não tinha como dizer que não, o via nos shows, nas fotos, mas olhá-lo de perto daquele modo, pensando daquele modo, era outra coisa. Queria tocá-lo, 
porém não prosseguiu no que queria fazer ao ver o tórax nu do outro marcado pelas cicatrizes irregulares e bem evidentes pelo sangue que havia criado uma película sobre a pele, era assustador vê-lo daquela forma, sabia que ele fazia isso no palco, mas não que fazia até dentro de casa, achava que talvez fosse uma jogada de marketing, afinal, nunca havia conversado sobre aquilo com ele, não era algo que gostava de aprofundar. Suas cicatrizes eram conversas deixadas para outro dia na maioria das vezes. Ao vê-lo, o instinto era cuidar daqueles machucados que pareciam ter sido largados de qualquer jeito por baixo das roupas, mas se o fizesse, a noite acabaria ali, então investiu devagar contra ele e beijou-o sobre as feridas em sinal de carinho, ou pensava ser, quando fora segurado pelo ombro e empurrado com firmeza por ele, embora cuidadoso para não jogá-lo em qualquer lugar, foi suficientemente afastado e com o susto, o baterista acabou por morder o lábio, sentindo o gosto enferrujado de sangue invadir a boca.
- Não faça isso.
Era bem mais profundo do que parecia, e era a primeira vez que podia ver aquilo daquela forma, a verdade era que o outro não fazia aqueles cortes no intuito de receber piedade, se quer gostava da atenção que ganhava sobre aquilo, ele sabia que nenhum dos membros da banda seria capaz de comentar algo contra ou a favor, exceto o amigo que sempre chateado com os machucados o observava com olhos de cão perdido, mas preferia não comentar nada sobre o assunto igualmente aos outros. Tinha medo de receber uma reação como a que recebia agora. Shinya não sentia pena, ao contrário do que ele pensava, queria cuidar dele de alguma forma, embora ele não deixasse ninguém tocá-lo. O pedido de desculpas ficou preso na garganta, pensou que seria mandado embora, se tivesse pensado numa possível reação dele nunca o teria feito, mas o outro não parecia se importar com isso, já que ao contrário do que ele imaginava foi puxado logo em seguida pelos espaços de sua calça onde passava o cinto que não existia ali, chegou até a fechar os olhos esperando pelo soco que não veio e Kyo voltou os dedos em sua barguilha a descer o zíper tal como abrir o botão, notando sua roupa íntima justa e branca. O baterista se corou ao ter o corpo revelado a ele, principalmente pelo fato de que tinha algo tão exposto e íntimo. 
Kyo observou seu corpo e sua ereção denotada abaixo da roupa, visto que o dorso dos dedos tatuados tocaram e sentiram a firmeza tênue do músculo em desenvolvimento, soltando-o logo em seguida e puxou sua calça, retirando-a de seu corpo só então notando seus olhos fechados, suas bochechas expostamente tímidas pela cor rosada que adquiria. Pediu por aquilo e agora, ficava tímido. Shinya desviou o olhar, abrindo um pequeno sorrisinho a ele e não disse nada, observou seu corpo bonito, magro, mas não muito e deslizou a mão pela extensão de seu braço, passeando pela pele marcada pelas agulhas e tinta e logo desceu ao tórax, onde conseguia tocar e esperou pelo restante de seus toques, à mercê do que quisesse fazer consigo. Kyo sentiu o tato de seus dedos finos sobre o peito, e desviou a direção dos nipônicos a sua mão, esperando pela continuidade, tal como ele mesmo. Ao tocá-lo agora no cós elástico de sua peça íntima, adentrou a ponta do dedo que deslizou afrouxando a boxer sem realmente ir mais a fundo. Da lateral se voltou até a nádega, porém não foi além o tecido.
O maior suspirou, sentindo os pequenos machucados por ali, e não disse nada a ele nem fez nada além do toque sutil, onde buscava sentir apenas sua pele. Deslizou as mãos, devagar até alcançar sua calça, e era estranho o fato de que só trocava olhares com ele, nada além disso, nenhuma palavra além das últimas reprovativas dele sobre os beijos. Roçou a mão no cós, com receio de tirá-la, porém abriu o botão e puxou o zíper para baixo, abaixando-a aos poucos com ambas as mãos até ver sua roupa intima escura enquanto Kyo o observava em silêncio e não esperava por seus toques, tímido demais para fazer alguma coisa. Sem o impasse de sua calça que havia retirado junto de seus sapatos, deixando no chão, já podia notar o volume sob sua boxer branca, maior do que a pouco, certamente já totalmente formado. E antes que finalmente retirasse sua última peça, abraçou sua base com os dedos, apertando suavemente. 
Shinya sobressaltou-se, não esperava que ele fosse tocar a si daquele modo e deixou escapar um gemido baixo e dolorido, puxando sua calça logo em seguida a retirá-la assim como ele havia feito com a própria. Perguntava-se se ele realmente gostava de homens, ou de mulheres já que ninguém falava sobre isso, mas ele parecia descontraído com o toque e sentiu uma leve pontada de ciume ao imaginar outra pessoa com ele, o baixista, ou quem quer que fosse. Kyo deslizou a palma da mão a acoplar a região sob o tecido, deslizando por todo o comprimento antes de desviar mais embaixo, e fazer a menção de tocá-lo entre as nádegas, acima da boxer e Shin manteve-se em silêncio a tentar morder o lábio inferior, porém desistiu já que ferido anteriormente, também não se moveu ao sentir o toque íntimo, não tinha intenção de ser ativo desde que se deitou sobre ele e embora fosse estranho ser tocado por ele daquela forma, esperava tanto por aquilo que nem suspirou, nem desgrudou os olhos dos dele.
O menor tocou seu corpo daquele modo simples por algum tempo, suave embora firme, apertando-o nos dedos, sentindo o baterista como realmente não havia imaginado até então. Ele tinha realmente uma ereção, não imaginava Shinya como alguém que fazia sexo, pensar naquilo era engraçado, ainda que não estivesse a rir. E por fim, após tirar a calça com incentivo dele, tirou a própria roupa íntima, ficando nu e já igual e evidentemente ereto. Não tinha pudor sobre aquilo, e imaginava que era o que ele mesmo esperava. Àquela altura, já nem mesmo parecia bêbado. E levou a mão até sua boxer, tirando-a igualmente e finalmente. Shinya apreciou os toques de olhos fechados e quando finalmente livre da roupa, observou seu corpo nu e bonito, invejando-o por ser tão despudorado como era, já que estava corado só de olhar pra ele e... Com certeza era maior do que havia imaginado, mas não diria isso a ele, o problema viera depois, quando o vocalista retirou a própria boxer, e queria se esconder, mas agarrou-se firmemente ao sofá e esperou que ele não risse da vergonha que sentia.
- Você já fez isso alguma vez?
Kyo falou, constando se podia simplesmente penetrá-lo sem delongas, virá-lo de costas, ou se deveria ser menos inconsequente, deixá-lo de frente ou seja qual fosse uma outra posição confortável. O baterista o observou e negativou devagar, encolhendo-se abaixo dele, ainda envergonhado pelo fato.
- Hum. 

Murmurou a encará-lo, mesmo sua ereção deitada sobre seu plano ventre, mas tão logo seu rosto tímido, como se revelasse algo constrangedor. Levou o próprio dedo a boca, e lambeu a lubrificá-lo com saliva, antes de levá-lo a seu âmago e com cuidado penetrá-lo, mas não demasiado lento. Shinya separou as pernas, dando espaço a ele entre as mesmas e mesmo assim gemeu dolorido, unindo as sobrancelhas a observá-lo sobre si.
- J-Já fez isso antes?
- Sou assexuado.
Respondeu, levando a sério a brincadeira dos amigos e com 
a mesma suavidade penetrou o dedo até que finalmente inteiro dentro.
- Eu não acredito nisso...
Murmurou Shinya a ele e gemeu novamente, dolorido e o via ereto, o suficiente para saber que se excitava consigo, não podia ser assexuado. O outro o fitou e não respondeu sua pergunta, ocupado demais sobre trabalhar em seu corpo e moveu o dedo, empurrando-se para ele no início de um movimento. 
- Isso dói...
Falou o outro, abaixo dele e gemeu novamente dolorido, contraindo-se ao redor dele, percebendo depois que era melhor simplesmente relaxar e deixá-lo se movimentar.
- Você não queria fazer isso?
Indagou o loiro, notando seu protesto, não sabia como acalmá-lo, mas fez o possível para relaxar suas paredes íntimas, fortes e apertadas em torno do dígito mas que tão logo relaxou. E com a lubrificação de seu próprio corpo, passou a movê-lo, observando o baterista abaixo, suas feições tímidas e já conhecidas, era bonito a sua maneira. Sua longa franja cobria parcialmente seu rosto e um de seus pequenos e castanhos olhos. Era realmente bonito, e nunca realmente parou para percebê-lo. O problema é que o outro não entendera o porque do comentário e achara melhor se manter em silêncio do que reclamar, parecia que ele não gostava muito de reclamações, apenas fechou os olhos e mordeu o lábio inferior, dolorido pelo machucado.
- P-Pode... Colocar mais um se quiser...
- E quando é que posso colocar outra coisa?
Indagou ao baterista, e tocou o próprio sexo com a mão desocupada, sendo categórico embora não dissesse diretamente e visto que tinha tanta vontade, o baterista assentiu, dando permissão a ele e embora o vocalista soubesse que podia fazê-lo, podia ver o semblante receoso do outro, e fora por isso que optou por adentrá-lo com um segundo dígito antes, ainda que no ventre pulsasse a ereção impaciente, moveu o punho com a junção dos dedos e levou-os para dentro dele que respondeu num gemido alto.
- Por que quis fazer sexo?
- E-Eu gosto de você...
Sem ter um porque para continuar a conversa, Kyo se abaixou o suficiente para acomodar os quadris entre as pernas do outro e retirar os dedos de seu corpo, aconchegar-se entre suas coxas e roçar-se intimamente ao baterista, sentindo sua temperatura morna e arqueou-se sobre ele, apoiando as mãos no braço do sofá aonde descansava sua nuca. Shinya deu espaço a ele para se ajeitar e guiou as mãos ao redor de seu corpo, mais especificamente o quadril, sentindo a pele quente em contato com a própria e já podia sentir as mãos trêmulas pelo toque mais intimo, tinha receio da dor, era óbvio, mas havia escolhido aquilo como ele mesmo disse. Uma das mãos guiou sobre os cabelos dele e ao acariciá-los, puxou-o para si e lhe selou os lábios, tinha vontade de beijá-lo de novo desde que o vira sobre si, seus lábios eram atrativos, ainda mais com o suave gosto de menta do cigarro, o loiro chegou perto, e com as mãos nos cabelos e seu inicial pedido pelo beijo com algo superficial, retribuiu o contato, penetrando sua boca com a língua e o beijou tal como queria, enquanto com os quadris, cujo movia sem realmente penetrá-lo, sugestivamente acostumando seu corpo, e maltratando o limite do próprio.
Shin retribuiu o beijo, tocando seus cabelos como tinha vontade de fazer, e era receoso com todos os toques, embora não necessitasse ser realmente naquele momento. Suspirou, excitado certamente tanto quanto ele com seu toque, e sentia até que não seria tão doloroso agora que estava relaxado, por isso desviou o olhar a ele, interrompendo o beijo por um segundo.
- Vem...
- Vem o que?
O vocalista indagou, embora soubesse exatamente o que ele pedia, queria ouvir. E sentia os lábios roçados aos dele enquanto se pronunciava. Fitando seus nipônicos de perto, castanhos e claros. E em sua feição podia notar excitação, expressão esta que não imaginava ver no rosto do baterista.
- Pode entrar...
E após dizer, ele o puxou contra o corpo, guiando ambos os braços ao redor de seu pescoço, selando-lhe os lábios e se preparando para o que viria. O menor deslizou a língua sobre os lábios, não intencionalmente, umedecendo-os, o que fez o baterista se arrepiar, e logo retornou ao beijo, e perdurou superficialmente até que, assim como penetrava com a língua, fez com o movimento do quadril, entrando em seu corpo, quente, apertado, só não tanto pelo fato de tê-lo relaxado, mas certamente era muito mais fechado do que uma mulher. O gemido deixou os lábios do maior, abafado e dolorido contra os dele ao senti-lo adentrar o corpo e contorceu-se sutilmente sobre o sofá, apertando-o com as pernas ao redor de sua cintura.
- Relaxa. - O sussurro saiu roucamente da garganta, e suavemente abafado contra seus lábios colados aos próprios e sentiu a pressão de suas coxas em torno da cintura, o que não era um problema, contrário a seu íntimo, apertado demais. - Está me machucando, Shin.
- D-Desculpe... Está doendo...
O baterista murmurou e só então se deu conta de que não devia reclamar. Suspirou e relaxou pouco o corpo, ou tentou fazê-lo, porque ainda tremia, e era evidente com as pernas ao redor da cintura dele.
- Deve doer.
Disse o vocalista e deslizou a mão até a nuca do outro, segurando seus cabelos louros. E quando inteiramente dentro
, cessou, deixando-o se acostumar com a penetração e mesmo a si, apertado demais dentro dele. Suspirou, excitado, dolorido e encarou o rosto do rapaz que deu um meio sorriso, tentando fazer não parecer tão ruim ou dolorido enquanto deslizava as duas mãos pelas costas do outro numa leve carícia, embora quem devesse ser acariciado não fosse ele. Claro que o menor notou o sorriso em seu rosto, parecia tão sofrido que quis rir diante de sua tentativa de parecer à vontade com a situação. E se moveu, saindo dele e então voltando a penetrá-lo.
- Queria ser gentil o suficiente pra parar agora, mas não sou, sabe disso, ah?
O baterista segurou-se nele, em seu braço, apertando-o ali e uniu as sobrancelhas na expressão dolorida.
- H-Hai... Também não quero que pare...

- Não vou.
E ele voltou a se mover, impaciente com o vaivém tão suave e deu início ao ritmo que tornou gradativo e aos poucos rápido. A medida em que logo o corpo estava ressoando num ruído agradável aos ouvidos e fazia que, consequentemente quisesse se mover cada vez mais forte. O maior fechou os olhos, franzindo o cenho ao sentir os movimentos mais fortes do outro e sentia-se meio aéreo ainda pela bebida, ou talvez pelo ato em si e por não imaginar que faria aquilo com ele. Mordeu o lábio mais uma vez e não se importou em sentir o gosto de sangue novamente, talvez ele gostasse que compartilhasse com ele, e tomou os lábios dele novamente num beijo, que não se importou em retribuir e mesmo em sentir o gosto do fel em sua boca, um dos braços, cujo livre, passou abaixo do cintura do baterista, envolvendo-o de modo que dava certo apoio aos seus quadris e por lá, continuou o ritmo, penetrando-o já com firmeza.
- A-Ah...
O loiro gemia baixo, observando-o com os olhos semicerrados e repentinamente estremeceu, cessando o beijo a observá-lo, meio envergonhado pela reação do corpo. Pegou impulso, e coragem de algum lugar dentro de si e virou-se, porém esquecera-se de que era um sofá e ouviu o barulho seco do corpo dele caindo, ainda mais com o próprio sobre o dele. Uniu as sobrancelhas a deixar o cabelo cair sobre o rosto, cobrindo a expressão tímida e receosa a esperar pela bronca e a sorte fora que caíra sobre o tapete macio e não perdera o encaixe do corpo. Kyo desviou o olhar a ele e fechou os olhos por um momento, tentando não falar nenhum palavrão, mentalizou, somente e viu o baterista erguer-se, tentando disfarçar e passar a subir e descer sobre ele, meio tímido, tentando descontrair um pouco. Agarrou-o nos quadris, ajudando a se mover, investindo em 
direção ao maior, visto que já se movia em sobe e desce, mesmo com suas pernas trêmulas.
O loiro por cima, sorriu meio de canto ao perceber que não havia sido xingado e somente continuou com os movimentos, mesmo ainda pouco doloridos e só cessou ao sentir uma onda de prazer percorrer o corpo com o toque no local tão sensível que acabara de descobrir, estremeceu e agarrou uma das mãos do outro, entrelaçando os dedos aos dele.
- K-Kimochi...
Kyo desviou o olhar a ele, analisando sua expressão meio séria, de quem sentia dor e prazer ao mesmo tempo e continuou investindo contra seu corpo com mais facilidade, enquanto o baterista envergonhado pelo olhar tão direto a si, fechou os olhos e inclinou o pescoço para trás, concentrando-se em seus movimentos que agilizou.
- Gosta mais rápido?
O menor falou a ele, observando-o ainda e deslizou as mãos tatuadas até suas nádegas, esperando pela resposta positiva que veio logo após num maneio da cabeça do amigo sobre si que se abaixou e beijou o tórax, pescoço, arrepiando a pele desacostumada e logo lhe selou os lábios. T
endo sua afirmação de que gostava mais daquele modo, o empurrou, virando-o de costas para si e pegou-o pelos quadris, puxando-o novamente enquanto colou seu peito ao tapete felpudo e despreocupadamente se levou para cima de seu dorso, abaixando-se a novamente penetrá-lo e deu início deliberado aos movimentos rápidos e muito mais firmes. O maior não reclamou, manteve-se do modo como fora colocado, ajeitando-se melhor no chão e arrepiou ao sentir todo o caminho dele para dentro do corpo novamente até onde gostava de ser tocado e não era mais tão dolorido e sim prazeroso, agarrava-se firmemente ao tapete, mesmo assim, vez ou outra era tirado do lugar devido aos movimentos firmes demais do outro.
- Ah, Kyo!
- Dói?
Indagou a ele e soou cortado diante da continuidade, estocava-o e adorava o ruído do ventre colidindo às suas nádegas e enquanto fitava a própria ereção a deflorá-lo, notava cada espasmo muscular em seu traseiro, e aquilo causava em si um frio na espinha, excitado. Sustentava o peso do próprio corpo sobre os punhos apoiados no tapete da sala. Shinya 
gemeu novamente, prazeroso, não dolorido como ele pensava e negativou, sem conseguir dizer algo pelo corpo pressionado contra o chão e a voz rouca. Arranhou o tapete macio da sala, virando a face de lado e parcialmente conseguiu observá-lo mesmo com a posição difícil, estava perto, sentia sua respiração contra a nuca e isso excitava a si. 
- O que foi?
Perguntou, no mesmo timbre rouco e baixo, perto dele, ao ser observado. Com uma das mãos cujo fez livre, deslizou por seu corpo, tateando a pele macia e quente, e alcançou a nádega, apalpando-a enquanto sentia cada espasmo do músculo dele. E aos poucos sentia o clímax tão mais perto, o que tirava de si alguns suspiros evidentemente contidos do gemido.
- Nada... Só te olhando... Gosto de olhar seu rosto.
O baterista murmurou, igualmente rouco e suspirou, estremecendo novamente nos braços dele, e era virgem, ao contrário do outro, era óbvio que gozaria logo, mais rápido que ele.
- Kyo, eu... Não quero sujar seu tapete...
- Você pode gozar.
O vocalista disse, um pouco embargado, talvez ofegado e puxou os quadris do outro pela pelve, postando-o de quatro, dando maior firmeza ao puxá-lo, trazendo-o contra si. E gozaria logo, sem camisinha. As mãos deslizaram por sua cintura, voltaram para as nádegas e uma delas parou em seus cabelos medianos, segurando-os, o que fez o outro inclinar o pescoço para trás e gemer dolorido. E ao descer a direção visual, encarou o sexo lubrificado por ele, entrando e voltando a sair. O baterista estava tão quente, tanto no corpo por dentro quanto a pele e o vocalista 
não estava muito diferente, sentia em sua pele colada a própria. O menor moveu-se, já no limite, embora o outro não estivesse diferente, sentindo seus espasmos e seu corpo realmente apertado, duas ou três estocadas a mais e afastou-se, atingindo o clímax a expelir o fluído contra sua costas, gotejando, e o outro gozou junto dele, sujando seu tapete que não queria, mas acabou fazendo e deitou-se sobre o local logo após, cansado, embora ele fora quem fizera a maior parte dos movimentos. O vocalista se sentou no chão, ao lado dele, limpando mesmo com a mão o restante do ápice que ainda sujava a ereção, que aos poucos suavizava. 
Levou um minuto inteiro para que Shinya se sentasse ao lado dele, e mesmo assim, ainda permanecia a ouvir o coração acelerado e puxou a camisa sobre o corpo, escondendo-o.
- Foi... Muito bom...
- Aham, foi gostoso... - Disse Kyo 
e acendeu um cigarro que retirou do bolso da calça estendendo a ele. - Quer?
- Hai.
Murmurou e pegou o cigarro, guiando-o aos lábios e observou-o por um instante, tragando a fumaça para os pulmões e devolveu-o, tossindo em seguida, enquanto o outro o observava de soslaio, negativando em sua tentativa falha.

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