Midnight Lovers #12 (+18)


Tsukasa podia sentir o interior quente do garoto, e embora ele fosse somente passivo, ainda apertava a si em seu interior com certeza força, o que era curioso, não queria aquilo realmente, mas já que estava ali, aproveitou e um gemido sutil deixou a garganta e aquele era o jeito de se vingar do garoto pela outra vez. 

- Ah...
Kuro franziu o cenho diante do protesto vocal de Asami, encarou Tsukasa, evidentemente estupefato sobre a forma como o puxou, sabia que o garoto gostava de firmeza, só não sabia exatamente a que nível Tsukasa havia dado aquilo a ele. Sabia também que nunca havia sido tão firme consigo, não tinha certeza se ele era apenas tímido consigo ou doloso com Asami. 
- Não seja tão firme, Tsukaza. Ele é pequeno.
Asami uniu as sobrancelhas, porém apoiou-se firme no futon, observando-o abaixo de si, e ele não parecia maldoso realmente, apesar de saber que ele provavelmente havia feito aquilo para descontar alguma raiva que sentia de si ou do outro. 
- Tudo bem... Eu estou bem. 
Disse, guiando uma das mãos sobre o abdômen, dolorido e abaixou-se, beijando o pescoço dele algumas vezes, já que não podia se mexer devido a imposição dele na própria cintura e sentia-o pulsar dentro de si. 
- Posso... Posso me mexer? - Murmurou, embargado ainda.
- Sinto muito. 
Tsukasa disse e suspirou, embora dissesse a ele que sentia, havia gostado de seu interior tão apertado e das reações do corpo dele, estava estressado, era doloso com ele porque não gostava dele, com Kuro era completamente diferente. Soltou sua cintura, dando liberdade a ele para se mover.
- Você é quente... 
- Hum... 
Asami ergueu-se conforme o sentiu soltar a si e sorriu meio de canto, movendo-se devagar, e sentiu o local úmido, sabia muito bem o que era, mas foi silencioso sobre aquilo, mantinha-se a fazer o próprio trabalho. 
- Obrigado... Esta gostoso dentro? 
Tsukasa assentiu e as mãos deslizaram para as nádegas do garoto, apalpando-o. 
- Mexe...
Kuro observou o moreno, olhou para o garoto menor, achou a situação extremamente desagradável, não parecia um sexo gostoso. Suspirou e seguiu até o futon novamente, abaixou-se, ao lado dele e por fim, buscou a atenção de Asami, tomando seus cabelos, com mais gentileza que Tsukasa, que por sinal, parecia completamente diferente do homem com que lidava sozinho no quarto. Sabia no entanto, que muitos clientes agiam assim e era por isso provavelmente, que ele já nem se importava. Deslizou os dedos em seus cabelos, delineou sua nuca e tomou sua atenção. 
- Vem... 
Disse, sugerindo alguma atenção no sexo, sabia que aquela era uma preliminar que Asami gostava de fazer em si e que por sinal não era algo que Tsukasa queria fazer, era por isso que jogaria aquele gesto para ele olhar. Asami desviou o olhar ao outro, lado a si e assentiu conforme o chamado, havia se abaixado e agora dava atenção ao sexo dele, preferia do que ficar um pouco perdido sobre o que fazer. O lambeu, colocando-o na boca e sugou, firme, sabia que para ele a atenção seria bem diferente da que dava para Tsukasa. Abaixo do garoto, Tsukasa moveu os quadris, empurrando-se para cima a apreciar o corpo dele e viu o outro parar ao lado, estreitou os olhos a ele, sabia que ele estava fazendo de propósito, e teve que assistir enquanto o garoto o sugava. 
- ... Hum.
Kuro levou a mão nos cabelos longos de Asami, vendo os fios distribuídos por suas costas e sua pele alva. Deslizou com a ponta dos dedos por seu rosto, tocou seus lábios, sentindo a medida em que eles passaram a correr pela ereção, suspirou e tentou permanecer com os olhos abertos, ainda que tentassem se fechar. 
- Está gostoso? 
Indagou ao menor, e deslizou para seu queixo onde segurou seu rosto. Asami assentiu, desviando o olhar ao maior e sorriu meio de canto.
- Hum... 
]Gemeu, indicando estar saboroso e o sugou firmemente, sentindo as investidas do outro abaixo de si e moveu-se, firme sobre o colo dele, mas ainda cuidadoso com o que fazia com a boca, era a primeira vez que cuidava de duas pessoas ao mesmo tempo. Ao lado, Tsukasa segurou os cabelos de Kuro, observando-o e deixou evidente que não gostava de ver o outro com ele, mas nada podia fazer naquele momento, somente empurrava-se para o garoto, sensível por seu interior apertado e quente. 
Kuro percebia a confusão de seus movimentos, tinha duas coisas para fazer daquela vez, mas conseguia e gostava da atenção de Asami no baixo ventre, gostava como ele parecia adorar aquilo. Afagou sua bochecha, acariciando-o e tocou seus cabelos os quais segurou, mas se voltou ao moreno ao sentir a puxada que fez com que o pescoço pendesse para trás, mas ainda tinha olhos entreabertos, e não era exatamente pelos cabelos puxados. 
- Hum... 
Gemeu, baixo, entre os dentes, um pouco misturado com o ruído do ritmo pélvico se Tsukasa. Ele era ciumento? Mas também era guloso. Tsukasa empurrou-se firmemente contra o garoto, ouvindo o gemido dele contra o sexo do outro e mordeu o lábio inferior evidentemente dessa vez, estava irritado pelo fato de não ter atenção de nenhum dos dois completamente, estava irritado pela expressão prazerosa dele, como aquele garoto podia fazer aquilo tão bem? Negativou e puxou o menor, empurrando-o em direção ao futon, de costas a si e agarrou suas nádegas, assim poderia se mover melhor, novamente se empurrou dentro dele.
Atencioso, Asami sugava o amigo, firmemente, sabia como ele gostava e o fazia sem cessar ou dar atenção a algo mais, porém fora obrigado a solta-lo quando fora empurrado para a cama e deitou-se, agarrando o travesseiro entre os dedos, usando-o para se deitar sobre ele, meio desajeitado enquanto era puxado pelo outro, sentindo-o novamente adentrar o corpo, porém dessa vez, o sentia mais fundo e até trincou os dentes. 
- Ah... Kuro... 
Chamou, indicando que viesse até si para que voltasse a suga-lo e lambeu os lábios.
Kuro ouviu o estalar da boca de Asami, tirando de si a boca do menor, Tsukasa o levou para a cama e puxou seus quadris naquela posição mais profunda, Asami gostava dela, sabia disso, e ele também. Observou o moreno, se perguntando se aquela atitude era para tirar a boca de Asami da possibilidade de atenção a si. Por um instante, seguiu logo ao dorso de Tsukasa e encostou-se com o peito junto de suas costas, consequentemente, a ereção em suas nádegas, mas nada além da mera expectativa. Levou a mão em seu peito e acariciou sua nudez parcial. 
- Você é mesmo guloso, não quer deixar nada pra mim hoje, não é? 
Sussurrou-lhe contra a nuca. Conforme Tsukasa sentiu o outro se ajeitar atrás de si, sentiu o arrepio percorrer o corpo, prazeroso conforme a expectativa de sentir seu sexo contra as nádegas.
- Entre... 
Murmurou em direção a ele e estou o garoto, mais forte. Kuro ouviu o moreno murmurar, pedinte soou mesmo com sua voz grave, ele parecia quase manhoso, para si é claro. Teria arqueado a sobrancelha se isso deixasse claro para ele a confusão em seu pedido. 
- Mas Asami vai saber, você quer isso? 
Indagou e imaginava o quão no limite ele poderia estar.
- Não me importo, desde que ele não conte pra ninguém...
- O que fazemos no quarto, fica no quarto.
- Então venha.
- O que? 
Kuro indagou, fingindo-se desentendido, ainda que soubesse exatamente qual era o pedido, o convite.
- Entre no meu corpo.
Kuro o ouviu pedir, tão polido, tão cortes, diferente se Asami, e gostaria de ter atendido o pedido do pequeno. Lambiscou o ombro de Tsukasa e o tomou pelos quadris, roçou o corpo viril e já dolorido em suas nádegas, roçando em seu âmago e sobre o moreno se inclinou, o suficiente para faze-lo pender e então com ajuda da mão, se levou para sua entrada, não precisou se muito estímulo, ele estava excitado, fosse por Asami quanto por sua expectativa em ser penetrado. Deslizou para dentro, esperava não fazê-lo gozar por isso, mas gemeu, baixo, em seu ouvido próximo.
Silencioso, Tsukasa esperou por ele, sabia que não ia recusar o pedido, e de fato não recusou. Conforme o sentiu entrar o arrepio percorreu a coluna e se empurrou firmemente contra o corpo do garoto, pulsou dentro dele, mas não atingiu o ápice, era dolorido também, o que causava uma sensação de dúvida em si, mas uma dúvida prazerosa. Era estranho se sentir penetrado enquanto penetrava alguém, nunca pensou que fosse ter aquele tipo de sensação, era um estímulo duplo 
- Ah... 
Asami agarrou-se firmemente no travesseiro e podia ouvir a ambos, sabia o que ele iria fazer ao outro e realmente esperava que ele não gozasse em si, ele fora o único a fazer aquilo dentro até então, mais ninguém. Mordeu o lábio inferior conforme sentiu o rapaz se empurrar para si, e sabia que aquela altura o outro já estava em seu corpo. 
- Hum... Kimochi...
Devagar, Kuro passou por todo caminho até completa-lo consigo, sentindo a pelve colar em suas nádegas que deveras, deliciosa. Envolveu o corpo de Tsukasa por um momento, o que fez com que ele parasse com o ritmo em Asami, o qual levou uma das mãos, acariciando seu traseiro, suas costas. Permaneceu no moreno, até que ele se acostumasse, mas enfim se arqueou para baixo, fazendo o encaixe ainda mais intenso, desse modo tão logo passou a se mover e consequentemente, fazê-lo formular o mesmo gesto no outro.
O gemido rouco de Tsukasa quis morrer na garganta, mas escapou ainda assim, ah e era tão bom, tão gostoso, que teve que estremecer conforme sentiu ele se encaixar em si, era aquilo que queria fazer o início. Conforme ele se empurrou para si, passou a investir no garoto, firme e sentia todo o caminho para dentro do corpo dele, ele era macio, apertado e apertava ainda mais a si a cada vez que o atingia onde gostava. 
- Hum... Kuro...
Asami sorriu conforme sentiu o toque sobre as nádegas e moveu-se contra o rapaz, prendendo-o assim como o outro havia feito com seus quadris, ele estava completamente penetrado e completamente dentro de si também, perguntou-se se a sensação era boa, devia ser. Conforme o sentiu investir contra si, desejou na verdade que fosse o amigo, mas estava gostoso e até empinou ainda mais os quadris para ele, deixando-o fazer do modo como quisesse, mas o sexo já não aguentava mais e sabia que iria gozar logo, era sensível.
Kuro acariciou o peito do moreno, tocando seu mamilo como antes em Asami, era um gesto copioso a fim de tirar seu ciúme, se funcionaria, já não tinha certeza, mas agora ele certamente já estaria menos aborrecido. Ao descer as mãos dele, segurou com ambas os quadris de Asami e ao invés de puxar Tsukaza, puxada o menor, que fazia com que movesse os dois, tanto ele quanto o garoto a sua frente.
- Kimochi?
Tsukasa apreciou o toque sobre o mamilo, era gostoso, até se arrepiou e conforme o sentia puxar o garoto, se arrepiava enquanto via as nádegas dele ao encontro dos quadris, além disso podia senti-lo a fundo no corpo, droga... Não iria aguentar. 
- Quero gozar... Preciso... Ah... Preciso sair do garoto.
Asami gemeu, prazeroso e agarrou-se firmemente ao travesseiro na cama, queria avisar, mas não conseguia, estava trêmulo, pensava em toda a situação, não só nos estímulos dele, as mãos do outro sobre os quadris, era excitante demais e por fim gozou, sem dizer nada, e o gemido prazeroso deixou a garganta, apertando o outro dentro do corpo. 
- ... Não! Garoto... Ah! 
Tsukasa gemeu, dolorido e prazeroso ao sentir o aperto e rapidamente se retirou dele, acabando por gozar mesmo em suas nádegas e sua pele branca, quase desmoronou, mordendo o lábio inferior conforme ainda sentia o outro dentro de si, investindo onde sentia prazer. 
- ... Ah!
Como em ordem, pela leitura corporal de Asami, Kuro soube logo se sua proximidade, e embora ele fosse sutil, podia ouvir seu gemidinho manhoso, gostava mesmo de ouvir. Tsukasa no entanto, talvez tomado por uma onde mais intensa de prazer, afastou-se, o que consequentemente tomou a penetração mais profunda, mas ao soltar Asami, tomou a pelve do moreno e insistiu em puxa-lo, se provendo dele, como intensificando seu prazer que veio sem demora, e somente quando extraiu cada gota de seu prazer, foi que saiu de seu corpo. Conforme ele se moveu, Tsukasa agarrou-se no garoto, firmemente e quase afundou as mãos nas nádegas dele, tamanho prazer que havia sentido e se deitou sobre o corpo do garoto. 
- ... Ah... 
- ... K-Kuro... Quer... Quer que eu faça alguma coisa pra te aliviar?
O riso de Kuro soou entre os dentes, observando-os ambos exaustos. 
- Ora, Tsukasa, Asami tem apenas 40 quilos, vai mata-lo. - Brincou e se sentou no futon. - Vem.
- E-Eu não tenho quarenta quilos... 
Asami fez um pequeno bico, Tsukasa não estava realmente se apoiando sobre si, apenas havia encostado a cabeça nas próprias costas. Virou-se e beijou o rosto do rapaz com cortesia, que se deitou na cama em seguida. Só então seguiu para o amigo e sentou sobre o colo dele. 
- Assim?
- ... Não estou apoiando peso.
Tsukasa disse num suspiro e retribuiu o pequeno beijo do garoto, mesmo sem perceber, ajeitando-se no futon enquanto recuperava a respiração.
- Não, você já fez um ótimo trabalho hoje. 
Kuro disse ao segura-lo no colo como se pôs e acariciou seus cabelos enquanto o olhava de frente. Podia ver que Asami queria algum mimo, talvez um beijo, não podia fazer aquilo por ali. 
- Me ajude com sua mão ou sua boca.
O menor uniu as sobrancelhas a observa-lo e negativou, abaixando-se e beijou-o em seu pescoço, dando uma pequena mordidinha, e sentir a respiração dele contra a ele arrepiava a si. 
- Pode entrar...
- Iie, quero que descanse. - Kuro disse e com sutileza sussurrou pra ele. - Eu cuido de você outro dia. Está cansado? - O fim da frase soou um pouco mais alto, tentando algum disfarce. - Tsukasa-san, vou levar Asami ao quarto dele, tudo bem?
- Mas eu quero cuidar de você. 
Asami murmurou para ele e negativou, unindo as sobrancelhas. 
- Tudo bem, mas volte logo. Posso pegar sua cigarrilha?
- Não, quero que descanse. Vamos. 
Assentiu ao pedido de Tsukasa e permitiu tomar da cigarrinha. Já Asami, após pegar seu quimono, Kuro colocou sobre seu corpo nu e o levou no colo até seu aposento. Só lá fora lhe deu algum carinho,  beijou seu nariz. Ao sentir o kimono sobre o corpo, Asami segurou-se nele conforme fora guiado e novamente, uniu as sobrancelhas. 
- ... Não quer que ele me veja com você, é isso?
- Iie, não é isso. É porque está cansado e eu não sou um cliente, eu me importo com você. - Kuro disse e após entrar em seu quarto, o acomodou em seu futon. - Ele foi um pouco brusco, deve ter pensado que Seijuro usasse de sua força como vampiro, mas não é bem assim, hum? Vou pedir um chá para você. Quer um banho quente, hum? Vou te colocar num dos ofurôs.
Ao adentrar o quarto, Asami respirou aliviado por deitar em algo macio, algo que não podia fazer em frente ao outro e negativou. 
- Estou bem, não se preocupe... - Disse a observa-lo. - Pra mim... É um insulto deixar você terminar de fazer sexo comigo e não ter gozado, por isso eu queria te agradar.
- Eu estava em Tsukasa e não em você. Não se ofenda, você sempre me faz gozar, sabe disso. - Kuro disse a ele e tocou seu queixo. - Descanse, voltarei mais tarde.
- ... - Asami assentiu, repousando a face sobre a mão dele de modo sutil. - Tudo bem...
Após conforta-lo no futon, Kuro ajeitou suas roupas e lhe deu um chá, após pedir ao pequeno aprendiz que a si pertencia como subordinado, pediu que por hora ajudasse o garoto. Asami agradeceu pelo chá, embora não achasse necessário todos aqueles cuidados consigo, era um prostituto afinal, as pessoas costumavam machucar a si, não tanto quanto ele fez, mas estava acostumado. Algumas vezes, nem dizia a ele sobre os machucados no pescoço, alguns eram mordidas profundas que ficaram por dias doloridas, não havia muito o que pudesse fazer. Com a ajuda do garoto, trocou as roupas e deixou que ele ajudasse a si a limpar o corpo, queria descansar, e fora o que fez, na cama macia se acomodou e fechou os olhos. Kuro só então voltou para o quarto, onde observou Tsukasa, ainda estava nu, estava de costas e parecia absorto a paisagem da varanda. 
- Já estou de volta. - Disse, aquela altura, já não tinha qualquer tensão sexual.
- Hum, demorou. Disse conforme observava fora do local e desviou o olhar a ele conforme entrou em seguida.
- Hum, o ajudei com as roupas, estava dolorido. Esse tipo de situação, sempre ajudamos uns aos outros. 
Kuro disse, embora não tivesse o costume de atender clientes como aquele tipo, uma vez que a maior parte deles era submisso, mas o faria refletir sobre aquilo. Tsukasa desviou o olhar a ele. 
- ... O que foi? Não gostou que eu tenha tocado o garoto assim?
- Hum. - Kuro murmurou a torcer os lábios, como quem dava de ombros. - A maioria dos clientes se comportam assim. - Sentou-se no próprio futon. - Só não esperava isso do meu Tsukasa.
Tsukasa desviou o olhar a ele e soprou a fumaça da cigarrilha, apagando-a ao lado.
- ... Não é como se eu tivesse agredido ele.
- Mas eu não disse que os clientes agridem os cortesões. Eles não agridem, só agem como homens sedentos precisando de um buraco pra meter o pau.
- ... E acha que eu agi assim?
- Não agiu?
Tsukasa estreitou os olhos. 
- Não.
- Como agiu?
- Ele atende vampiros, isso pra ele provavelmente não foi nada.
- Ele atente um vampiro. Eu atendo vampiros também, só não sou isca de mordida. - Kuro disse e se aproximou dele. - Vai foder com essa força comigo, hum?
- Não faço isso com você.
- Você sabe minha idade, hum? Asami é mais novo que eu, ele tem quinze ou dezesseis anos e embora ele não fale muito sobre si mesmo, ele não foi vendido como eu aqui no bordel, ele veio por escolha própria, mas é porque ele tem uma mãe enferma. Então, não o trate como um mero cortesão, ele é um bom rapaz. Eu não posso dizer isso a todos, mas eu sei que você entenderá.
Tsukasa observou-o por um pequeno tempo e suspirou, assentindo. Kuro tocou o rosto do moreno, acariciando sua bochecha. 
- Não tenha ciúme dele, estávamos apenas fazendo nosso trabalho.
Tsukasa desviou o olhar a ele. 
- Sei que tem carinho pelo garoto.
- E acha que não tenho por você?
- ... Não sei.
- Achei que fosse claro o suficiente sobre isso. - Kuro disse e deslizou a mão em seu rosto. - Você é o único cliente que não recebe desculpas para não dormir em minha cama. - Sorriu, canteiro. 
Tsukasa desviou o olhar a ele, segurando sua mão e apertou-a. Virou a face de lado e beijou-o em sua mão. Kuro deslizou os dedos em seus lábios diante do beijo que ganhou. 
- Deite-se, pode voltar a dormir agora.
- Peça desculpas ao garoto. 
Tsukasa disse num suspiro e deitou-se novamente, ajeitando-se junto dele.
- Talvez você possa fazer isso em algum momento. - Dito, Kuro deu-lhe espaço e conforto no futon. - Gostou dele?
- É um bom garoto.
- Hum, seja sincero, não estamos falando sobre caráter, estou perguntando se gostou de fazer sexo com ele.
- Hum... Eu não sou o tipo de rapaz que gosta de ukes, sabe disso, eu gosto de você, somente de você, por isso peço por você toda vez que venho. Mas, ele é gostoso se é isso que quer saber.
- Mas diz que não gosta de homens. 
Kuro disse, referindo-se ao corpo masculino. Sorriu canteiro porém, gostava de provoca-lo. E sobre Asami, sabia exatamente como era seu corpo, "gostoso" como dizia ele.
- Não gosto de homens. Gosto de você. 
Tsukasa disse, numa estranha revelação que não era só um simples gostar embora pudesse soar assim e buscou a cigarrilha novamente.
- Mas sou homem. Quer me provar? Quer saber se gosta dele?
Tsukasa desviou o olhar a ele. 
- Você quer que eu prove?
- Quero que sinta vontade.
O maior desviou o olhar a ele. 
- Eu tenho vontade, mas tenho vergonha. 
Disse, sincero e suspirou, abaixando a cigarrilha, não tentava nem sustentar o tom vocal firme com ele, até agora havia percebido que ele não conhecia a si de fato, nem a si a ele. Se quer sabia que ele havia sido vendido para lá.
- Vergonha de mim? - Kuro sorriu, na verdade como um riso mudo. - O que poderia ser vergonhoso nisso? 
Dito ajeitou-se na cama, buscou o lenços úmidos e sépticos, passou sobre a pele, no peito, desceu para o sexo, limpando-se, deixando o banho de gato visível para ele.
Assentiu e suspirou mais uma vez. 
- ... Venha, me deixe provar você.
- Vem. 
Kuro disse e se acomodou, após a breve limpeza, no futon. Apoiava o leve arqueio da coluna sobre os cotovelos apoiados no leite. Tsukasa aproximou-se dele conforme ele havia se ajeitado no local e abaixou-se em seu colo, segurando seu sexo entre os dedos, um pouco desajeitado e observou-o, sem saber por onde começar.
- Hum, foi bastante direto para quem não queria fazer antes. - O menor disse uma vez que sem delongas ele tocou logo o próprio membro. - Sua mão é quente, como dentro de você.
Tsukasa desviou o olhar a ele, embora ainda um pouco confuso e expôs a língua, tocando-o sutilmente, só a ponta.
- Você está com vergonha ou com nojo? 
Kuro indagou ao vê-lo tocar como a um gato tocando em água.
- ... Não costumo fazer isso. Só toquei mulheres até hoje. 
Tsukasa disse e conforme se aproximou novamente o lambeu, firme, da base até a ponta.
- Fez isso numa mulher, hum? - O toque antes incerto, ganhou um pouco mais de firmeza. Kuro queria que ele fizesse com a vontade de Asami, gostava da forma como o menor parecia falocêntrico. - Hum... - Murmurou, quase sem altura, mas perceptível.
- Na verdade, nem numa mulher eu fiz isso. 
Dito, Tsukasa lambeu-o novamente, dessa vez somente em sua glande, onde geralmente sentia prazer, imaginou que ele também sentisse.
- Oh, você é tão inexperiente... - Kuro disse, embora falasse em tom despojado, não era uma mentira. Suspirou, sob seu toque úmido. - Gosta do sabor?
- Não sei... Não tem nada especial. 
Tsukasa disse e sugou-o em sua ponta, um pouco desajeitado.
- Hum... 
Kuro disse e sorriu, mordendo o lábio inferior com seu comentário nada sensual. Deixou a ideia de interação com ele, deixaria-o se esquecer de que prestava atenção nele. Fechou os olhos e se deitou, levou as mãos em seus cabelos compridos, incentivando ao mover sua cabeça. Tsukasa uniu as sobrancelhas, certamente não deveria ter dito aquilo a ele, ah... Não tinha jeito fazendo aquilo, quis desistir, porém ao sentir sua mão nos próprios cabelos, o colocou na boca novamente, sugando-o e moveu suavemente a cabeça conforme empurrou-o pouco mais para a boca. Kuro foi gentil com a profundidade, não se enfiou profundamente em sua boca, evitando de lhe tirar o fôlego, no entanto passou a criar ritmo, tornando mais frequente o vaivém. Suspirou, deixando fluir um gemido grave amarrado na garganta. Havia transado com eles e não atingiu o clímax, era por isso que àquela altura, ainda que Tsukasa não fosse bom como Asami naquilo, facilmente estava chegando no auge. Tsukasa agarrou-se no lençol da cama, firme enquanto fazia aqueles movimentos, o gosto dele agora estava mais evidente e não era realmente agradável, era salgado, estranho, mas não cessou.
- Ah...
O menor soou num murmuro rouco, pensou em interagir e se lembrou que aquela não era uma boa ocasião, apenas olhou para ele, num momento breve, para não constrangi-lo, mas tinha evidente vontade de fechar os olhos, sentia prazer afinal, ainda que ele parecesse estar cumprindo uma obrigação. O cenho de Tsukasa estava franzido, ainda era estranho estar fazendo aquilo, se sentia constrangido, mas o baixo ventre indicava outra coisa, os gemidos dele eram gostosos de ouvir, e estranhamente respondia a eles, a ele, percebeu que não tinha aversão aquela parte dele realmente, na verdade, era bem prazerosa. 
- ... Hum...
Kuro suspirou, pesado e abriu um dos olhos qual voltou a ele,  evidentemente desatencioso. Observou a ereção que entrava em sua boca e mesmo a expressão dele, certamente se esforça para não parecer metódico demais. Sorriu para o moreno mas ia se desfazendo a medida em que se sentia perto. 
- Quero gozar... 
Murmurou e levou a mão até o corpo, envolvendo-se nos dedos, contendo antes que se derramasse na boca do outro, o que lhe seria demais para uma primeira vez. Tsukasa desviou o olhar a ele conforme o ouviu e lambeu os lábios. 
- Quer gozar... Na minha boca? 
Disse, um pouco receoso, mas faria como ele quisesse.
- Iie.. um pouco demais pra você. - Kuro murmurou e roçou-se em seus lábios. - Vem pra cá. 
Dito, após subir, tomou a mão do moreno e levou ao sexo, a sobrepôs com os dedos e masturbou-se em um ou dois movimentos, manejando a mão dele e tão logo, gozou satisfeito. Tsukasa assentiu e ergueu-se a deitar com ele, deixando-o manusear a própria mão e por fim o assistiu gozar. Mordeu o lábio inferior e suspirou, lidaria com o próprio sexo excitado. 
- Kimochi?
- Kimochi. - Kuro sussurrou, próximo como ele estava, não precisava de muito para ouvir. Virou-se para ele e lhe deu uma breve mordida no peito desnudo. - Como foi sua experiência? Não tão repugnante assim, hum?
Tsukasa negativou, deslizando uma das mãos pelos cabelos dele, acariciando-o. 
- Foi bom.
Kuro sorriu, canteiro. Ele era um pouco travado sobre aquilo, mas não tinha muito o que exigir, já era demais fazer com que um cliente desse prazer ao invés de ganhar.
- Desculpe, não sei o que dizer.
- Eu não estou esperando que diga. - Kuro disse ao arquear a sobrancelha, breve. - Você precisa de mais ou quer dormir?
- ... Quero descansar. Deite comigo.
- Hum. 
Kuro murmurou e se acomodou, assim como o ajudou a fazer o mesmo. Ao se deitar, Tsukasa puxou o cobertor sobre si, claro, já havia se limpado quando ele saiu do quarto, por isso estava mais tranquilo.
- Boa noite Kuro.



Naquele dia, Asami não iria trabalhar, ia se preparar para a viagem que faria para visitar a própria mãe, por isso, não estava arrumado, nem esperava pela visita de algum cliente, mas não fora realmente um que bateu na porta. Deixou de lado a pequena bolsa que levaria consigo e foi até a porta, abrindo-a. 
- ... Tsukasa...?
- Olá, será que eu posso entrar?
- ... Desculpe, eu não estou atendendo hoje, o Kuro... O Kuro não está no quarto? 
- Deve estar, mas vim para ver você, vai levar apenas um minuto.
Asami afastou-se da porta por um momento, dando passagem a ele e uniu as sobrancelhas conforme o vira adentrar o local.
- ... Eu fiz alguma coisa? Você... Quer alguma coisa? 
- Não, por favor, relaxe, eu não vou machucar você ou te agarrar, nada do tipo, eu somente vim para me desculpar. 
- ... Desculpar? 
- Sim. Eu sinto muito tê-lo machucado, eu não deveria... Não deveria ter feito isso.
Asami assentiu, embora para si fosse incomum aquele tipo de atitude. 
- Eu gostaria, de pagar você...
- Não! Por favor, Katsuragi me pagou, eu... Não precisa. 
- Não, não por isso. Eu gostaria de pagar... Para outra coisa, se você... Estiver disposto.
- ... Sim senhor, em que... Eu posso ajudar você? 
- Eu quero aprender... Quero aprender como agradar um homem. 
- ... Quer que eu... Ensine você? 
- Sim. Eu... Posso vir uma vez por semana, mas... Peço que seja um segredo, até mesmo de Kurogane. 
- É claro, tudo bem...
- Então você aceita?
- Sim. Tudo bem... 
- Ótimo, essa é a primeira parte. - Tsukasa disse a entregar uma quantia ao garoto.
- ... Mas senhor, aqui tem muita coisa. Eu não posso aceitar tudo isso. 
- Parte disso é pelo seu silêncio. Obrigado.

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