Ryoga e Katsumi #55


- Tchau, Katsumi. Até amanhã.

- Tchau, Haruki, não se meta em confusão. 
Katsumi disse, desviando o olhar de volta ao tablet onde anotava o estoque das bebidas do bar antes de sair. Os empregados já haviam ido embora, só restara a si e ele. Ao finalizar, guardou o aparelho e seguiu para a cozinha, procurando-o já que seu escritório estava vazio e por fim, abriu um pequeno sorriso ao fita-lo com a doma, e os cabelos presos. 
- Hum, você fica sexy assim.
- Ah eu fico, ah? Gosta de cozinheiros, Katsumi? 
Ryoga disse,  apenas em provocação, não queria mesmo uma resposta.  Partiu e voltou pouco depois com uma garrafa ja aberta, serviu o vinho para ele. 
- Ficou até tarde pra seduzir seu chefe?
Katsumi sorriu. 
- Hum, tenho uma tara sim por cozinheiros bonitões. - Disse, brincando é claro e aceitou o vinho. - Sim, estava pensando em pedir um aumento, então acho que transar com você leve você a me dar um aumento.
- Na verdade não. Te leva a ter a mim como pagamento do salário.
- Hum, eu posso aceitar isso também.
- Ah, verdade? Então não vou mais pagar seu salário.
- Você não paga mesmo
- É claro que eu pago.
- Paga nada. Você só me fode, literalmente. - Disse num sorrisinho.
- Ah, não pago? Então tá bom, vai ter que me pedir dinheiro pra comprar as coisas agora.
- Não, preciso do meu dinheiro, não faça isso. - Riu.
- Vai ter que pedir pro papai aqui.
- Hum... Vai pagar pensão pros seus filhos?
- Não, eu cuido dos meus filhos, ora.
Katsumi sorriu e aproximou-se dele, selando seus lábios.
- Ou não? Sei que esse é meu maior atrativo pra você. - Ryoga disse e selou seus lábios em retribuição. - Posso fazer algo pra minha princesa? - Referia-se de forma ambígua ao bebê.
Katsumi sorriu novamente. 
- Hum, bem, quando te conheci não sabia que era pai, então o que me atrai em você é você todo mesmo. 
Disse e sorriu meio de canto novamente. 
- Diz a sua filha, certo? - Riu. - Hum... Ela quer bolo, disse que quer de chocolate com cereja.
- É, quem mais seria minha princesa? - Ryoga indagou, sorriu canteiro. - Então o pai faz.
Katsumi sorriu. 
- Hum, eu sou princeso certamente. - Disse a cruzar os braços, mas bebeu pouco do vinho depois. - Hum, quero ver o papai cozinhando.
- Não, você pode voltar ao trabalho. - Ryoga provocou ao soar autoritário.
- Não tem mais nenhum cliente, eu vou atender os fantasmas?
- Trabalhar não é só atender clientes. Mas vem. - Ryoga disse e o pegou sem dificuldade, colocando-o sobre a bancada. - Veja o papai fazer bolo.
- Eu já fechei o caixa e contei as bebidas. - Katsumi riu e sentou-se onde colocado. - Certo. Você está bonito demais pra negar ver.
Ryoga sorriu canteiro e após coloca-lo ali, buscou o que era necessário para fazer aquele doce. 
- Quem te deixou viciado nisso, ah? Aposto que foi o Ryoma.
Katsumi riu baixinho. 
- No bolo? Certamente, sempre sobravam dos que fez pra ele.
- É, aquela criança, tsc. 
Ryoga resmungou, embora não achasse realmente ruim. Katsumi sorriu. 
- Bem, agora eu sou uma criança também. 
Katsumi riu e aspirou o ar, era um cheiro estranho, já havia sentido antes e por um momento desviou o olhar a ele, sabia que ele também havia sentido.
- ... Um vampiro? Mas já fechamos.
- Tudo bem, você pode abrir. - Ryoga disse, não era ninguém perigoso. - A porta dos fundos.
- Dos fundos? 
Katsumi disse e desceu da bancada, seguindo para a porta indicada onde destrancou e abriu, fitando o rapaz com seus longos cabelos negros e era realmente bonito, estava impressionado com o rosto dele.
- ... Posso ajudar?
- Hum, transformado? Estou procurando o Ryoga.
Ryoga assentiu e continuou a atividade, embora talvez fosse bom recebe-lo, estava usando as mãos com o chocolate que felizmente não derretia nos dedos. 
- Claro... Ele está na cozinha. Você o conhece? Quer marcar um horário? 
- Não quero um horário garoto, me leve até ele.
Katsumi assentiu e se alguma forma, sentia que deveria obedecer o que ele pedia. O guiou até a cozinha e no caminho viu o sorrisinho dele. 
- Menina ou menino?
- Hum? 
- Seu bebê.
Katsumi desviou o olhar à barriga, estava com algum tempo, mas não tanto para aparecer nas roupas. 
- Como sabe...?
- Eu sou velho garoto, sinto seu cheiro há quilômetros, e também o dele em você.
- ... Menina. 
O homem sorriu. 
- Meus parabéns. Ter uma menina é adorável. - Ele disse e adentrou a cozinha, ajeitando os cabelos compridos sobre os ombros. - Boa noite, morceguinho.
- Você quis dizer morcegão. 
Ryoga brincou tão logo, mesmo que não houvesse desviado a atenção ao moreno e sorriu canteiro, quando se virou, também lhe ergueu uma fina fatia de chocolate. Katsumi sorriu a ele e caminhou em sua direção, aceitando a fatia do chocolate, mas o abraçou em seguida. 
- Como você está, querido?
Katsumi permaneceu parado, não estava entendendo exatamente, então preferiu não se envolver, mas estava com ciúme, então torceu os lábios. Ryoga sentiu suas mãos tocarem as costas, retribuiu tão logo que acomodou a faca e o ingrediente sobre a bancada.
- Muito bem e você? Bem, não vejo necessidade de resposta, parece ótimo.
- Estamos bem, seu pai e eu. - O homem disse e se referia daquela forma ainda que o houvesse adotado, ele era como um filho para si, nada menos do que isso. - E vejo que você também, quantos filhos já tem?
Ryoga achou adorável a colocação, embora não tivesse o hábito de chama-los de pai ou mãe diretamente. 
- Fico feliz. Tenho o Erin que já conhece e agora mais dois, embora uma esteja vindo. Esse é o meu parceiro, Katsumi. Katsumi, meu pai...
- Hum, você tem sorte, o garoto é bonito, apesar de ter sido humano. 
Ao se virar, o homem estendeu a mão a ele. 
- ... Mas você me disse que seus pais haviam morrido. 
Katsumi disse a apertar a mão dele.
- Os biológicos. Não cresci no mato. - Brincou, embora soasse quase sério.
- Ah... Desculpe. - Katsumi sorriu meio de canto. - É um prazer conhecê-lo senhor...
- Yoruichi. 
- Yoruichi. 
- Não vim realmente fazer uma visita, vim pegar o que eu pedi pra você no telefone, Yasuhiro não me deixa dormir a noite falando do maldito nhoque que comeu há dez anos atrás.
- Ora, por que ele não veio? 
O riso de Ryoga soou entre os dentes e buscou tão logo a embalagem congelada, trouxe a ele pouco depois já dentro da sacola e entregou em suas mãos.
- Porque ele iria alugar você durante quatro horas sobre como sentiu saudade e passando suas quinze novas receitas e eu não tenho paciência pra isso, marcamos um jantar e assim, eu conheço as crianças. Obrigado, querido. - Disse a retirar o dinheiro do bolso. - Quanto eu devo a você? 
Katsumi riu baixinho, o outro parecia uma pessoa divertida.
- Não me venha com essa. - Ryoga referia-se ao pagamento, mas sorriu ao pensar no loiro, quem havia sido bem influente na atividade que hoje exercia. - Marcamos, quero vê-lo.
- Hum, sabe que eu sempre pago você de um jeito ou de outro. Seja com dinheiro, seja com doces. - Yoruichi riu e agradeceu novamente a comida. - Direi a ele, ele ficará feliz.  Foi um prazer conhecer você, Katsumi.
- O prazer foi meu, senhor. 
- Yoruichi, não me chame de senhor que eu me sinto uma velha.
Katsumi sorriu. 
- Claro, Yoruichi. 
- Ate logo.
- Até logo. 
Katsumi curvou suavemente a cabeça, mas claro, terminarem em um novo abraço. 
- Foi bom revê-lo.
Ryoga abraçou-o firme, sentia falta dele e de seu irmão.
- Eu senti saudade. Quero ver seu irmão também, sei que ele está na cidade. Será bom ver os meus meninos de novo juntos. - Yoruichi disse e acariciou a bochecha do outro. - Deus, você ainda parece um bebê pra mim, melhor eu ir embora pra não te envergonhar na frente do Katsumi. 
- Ele certamente vai querer um jantar, provavelmente vai alugar o ouvido do Yasu. 
Ryoga sorriu porém diante do elogio breve, não era do tipo tímido, embora se esforçasse para devolver dignamente a afabilidade dos pais adotivos.
- Não tenho vergonha.
- Hum, somos todo ouvidos pra vocês. Estão todos os meus pequenos na cidade agora, por isso estamos vindo jantar com todos eles. Murasaki ainda come aqui?
- Sim, vejo todos eles com frequência. Ikuma e o parceiro vêm muito.
- Hum, fico feliz que eles venham aqui. Eles sempre falam muito bem da sua comida. - Yoruichi sorriu.
- Acho que sim. - Ryoga sorriu canteiro, tênue. - Comecei a gostar da cozinha por conta do Yasu, Katsumi. Deve conhecer ele em breve.
- Ah... Eu adoraria. - Katsumi sorriu. - Vocês parecem pessoas fascinantes.
- Bom, você vai ter que ter um bom ouvido pra ouvir quinhentos anos de histórias, e o Yasu vai contar.
Ryoga riu, entre os dentes. 
- Ele não é assim tão falador, eles apenas gostam de se implicar.
Katsumi sorriu. 
- É, eu gosto de implicar com ele. Mas ele é adorável. Sábado?
- Sábado. Avisarei o Ryoma.
- Hum, tá bem. Então até sábado.

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