Ikuma e Taa #64


Taa caminhou em direção a mesa carregando a bandeja com as bebidas, não era pedido próprio, era de outras pessoas. Deixou-as sobre o lugar, gastando um pouco do tempo na boate do outro, que agora seria própria também, afinal, seriam casados.

- Hey, esse é pra você. 
Disse o rapaz a sorrir para Taa. O maior observou-o sentado no local e ponderou, porém sentou-se junto deles e aceitou a bebida de abacaxi e coco, sem ser acompanhada pelo sangue nessa vez, ouvindo a conversa dos outros e vez ou outra comentava algo.
Certamente o desagrado fluía pelos poros de Ikuma, sendo exalado numa aura desagradável enquanto a ele se encaminhava, talvez o provesse até mesmo de ouvir cada passo do salto curto da bota que usava, tão enfatizado quanto soava no rumo que seguia, e encostou-se à mesa, observando o companheiro. Taa ouviu o outro, mas permaneceu ali sentado e em silêncio, desviando o olhar a ele após a chegada e do mesmo modo, permaneceu em silêncio. Ikuma estreitou as pálpebras ao demais, e mesmo assim continuou fronte a ele, esperando por alguma atitude. O maior deixou o copo sobre a mesa e levantou-se.
- Hey, aonde vai? Qual é, cara? Só estamos conversando. 
O cliente falou direcionado ao loiro em pé e estreitou os olhos.
- Acha que eu me importo? 
Dito num meio riso, Ikuma elevou brevemente uma das sobrancelhas e tornou suavizá-la posteriormente. Taa estreitou os olhos ao rapaz sentado.
- E qual o problema de conversar? Acha que é dono dele?
O cliente riu, cruzando os braços a observar a ambos.
- Não acho, eu sou o dono dele. Não vou discutir com você, não tenho tempo.
- Não tem tempo? Como assim não tem tempo? - O rapaz rosnou a ele. - Se é tão ocupado, deixa ele aqui conversando com a gente.
Ikuma retrucou o rosnado, sibiliando num gesto automático.
- Não, não tenho tempo. Tenho alguém pra comer. - Dito, ikuma desferiu um tapa contra a nádega do companheiro. - Uma boate pra cuidar. -Com o indicador apontou pelas paredes do lugar. - E o nosso bebê dormindo lá embaixo, acha mesmo que eu tenho tempo pra você?
Taa abriu um pequeno sorriso nos lábios, mesmo após o tapa e viu o outro rapaz voltar a se sentar, silencioso.
Ikuma assentiu num sorriso ingracioso.
- Aproveite a bebida. 
Passou o maior fronte ao corpo, seguindo com ele pela multidão até o balcão do bar. Taa seguiu junto do outro pelo local e logo se sentou.
- Você pode ficar com as meninas e eu não, hum?
- Você não estava com meninas, estava com um cara e tomando suquinho com ele.
- Tinham meninas na mesa.
Mas não eram elas que queriam a sua companhia, Taa.
- Eu não dou a minima pra ele.
- Não quero saber.
Taa estreitou os olhos.
- Eu já dei a mamadeira da Shizuka.
O maior assentiu a observá-lo e levantou-se, seguindo em direção a escada.
- Aonde vai?
- Pra casa.
Ikuma o segurou pelo pulso e tornou puxá-lo onde estava, no entanto, desta vez ao próprio colo.
- Eu vim pra ficar com você.
- Não, veio pra me mandar voltar pra casa. De onde nem devia ter saído pelo visto. Virei dona de casa.
- Não te mandei voltar.
- E o que quer dizer com "já dei a mamadeira pra Shizuka"?
- Que você podia ficar aqui comigo porque ela já dormia e já havia se alimentado...
- Hum...
- Ah, como é estúpido. Virou dona de casa, ah? É assim que pensa realmente?
- Não posso mais sair.
Ikuma aceitou a curta dose que posta à mesa e ingeriu num gole único como única bebida na noite, e se levantou.
- Você faz o que quiser, nunca te proibi de sair, e se pra você ficar em casa, comigo e com a Shizuka é ser dona de casa, deixa que dela cuido eu, e você pode aproveitar como achar conveniente.
- Sabe muito bem do que eu estou falando.
- Do que? Então é por que eu te transformei em vampiro, hum?
- Nunca mais saímos juntos. E toda vez que subo aqui te encontro com uma garota diferente. Mas agora eu sou o ruim.
- Tsc, não sei onde vê isso. E não te chamei de ruim. E sequer disse que não pode falar com ninguém, só não quis saber dos argumentos sobre não ligar pra ele. Eu falo com os clientes sem intenção alguma, ele sequer sabia que você era meu, ele queria foder com você.
- E não iria, porque como disse, eu tenho um marido e uma filha la embaixo. Eu não nasci ontem, Ikuma.
- Quieto. Cala boca, não disse que você é burro, mas você é meu e eu tenho direito de sentir ciume, ah?
Taa estreitou os olhos e o observou em silêncio. O menor suspirou.
- Quando sente ciúme pensa algo como "ele não nasceu ontem", pensa? 
Ikuma indagou e levou ambas as mãos em seu rosto, o segurando entre a palma das mãos. O maior negativou.
- Então... Só entenda. 
Ikuma deslizou os dedos em seus cabelos, os afagando na nuca e tocou-lhe com os próprios, seus lábios. Taa retribuiu o sutil toque dos lábios.
- Sou louco por você, sabe disso.
- Eu sei.
- E eu não sei o que ouve por aí, mas não fico grudado em mulher nenhuma. Vamos pro quarto. Sinto fome.
Taa segurou a mão do outro, mesmo ainda em silêncio e seguiu junto a ele ao andar de baixo. Ikuma desceu onde residia e entrou no hall onde encostou a porta, fechando-a e acomodou as costas contra ela, puxando o maior fronte o corpo. Taa aproximou-se do outro, observando-o de perto e lhe selou os lábios. Mútuo, o menor o observou, mordiscou-lhe o lábio, puxando-o indelicado e o penetrou da mesma forma. Taa fechou os olhos a permanecer em silêncio e o retribuiu no beijo, apoiando ambas as mãos ao lado dele na porta.
Não vai conseguir manter esse silêncio por muito tempo. 
Ikuma retrucou, e ainda roçava a língua em seus lábios e mesmo sua língua. Taa abriu um pequeno sorriso e estreitou os olhos a ele, porém continuou com o toque.
- Vai querer gritar, lagarta. Vai querer pedir mais, como sempre faz. E gemer bem levinho pra mim, "Ikuma"... - O menor riu baixinho.
Taa negativou e cruzou os braços, mantendo-se assim.
- Vai sim. 
Ambas as mãos, o menor deslizou por sua cintura, delineando o quadril e chegou as nádegas. Taa aproximou-se do outro e lhe beijou o pescoço algumas vezes.
- Bunda gostosa. 
Ikuma mordeu-lhe igualmente o pescoço. Taa abriu um pequeno sorriso e lhe mordeu o pescoço a causar um pequeno arranhão no local. O menor aspirou o cheiro que se fez mínimo, porém notório.
- Sede?
Taa afastou-se do outro, antes que lhe mordesse o pescoço e assentiu.
- Se me deixar morder sua bunda depois, te deixo me morder.
O maior arqueou uma das sobrancelhas e Ikuma riu.
- Morder minha bunda?
- Claro, sabe que adoro fazer coisas estranhas com você.
- O que mais estranho sente vontade de fazer?
- Morder na frente também.
- Na frente não pode.
- Então atrás pode?
- Já mordeu mesmo.
- Posso morder quantas vezes eu quiser.
- Só se me deixar morder você
- Mordo você mesmo que não o deixe me morder. Mas vou ser bonzinho com você.
Taa abriu um sorrisinho e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele.

- Você é fofo mesmo quando quer ser um filho da puta, não é?
- Hum? Por que diz isso?
- Você com ciume é a pessoa mais adorável que eu já vi.
- Hum... Obrigado lagarta.
- Estou falando sério. Foi adorável. 

Ikuma deu um sorrisinho e selou os lábios do outro, assentindo a ele.
- Agora me deixa morde a sua bunda.
- Ikuma! 

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