Kazuma e Asahi #69 (+18)


Asahi havia levantado cedo, tomou um banho quente e um pouco demorado, se dava ao direito já que havia passado tanto tempo tomando banhos sem chuveiro na igreja. Ao sair, vestiu-se, uma calça preta e camisa branca, um casaco quentinho de lã é um cachecol preto, estava frio, iria nevar mais uma vez e estava pronto quando ele vestia sua farda bonita, tanto que suspirou ao ver seu braços bonitos e fortes a entrar na roupa.
- ... Bom dia!
Kazuma sentava-se na cama enquanto sobre a regata branca vestia a farda, após se esconder de seus olhos admiradores, abotoou a roupa e então trajou o casaco por cima dela. Voltou-se ao menor, observando seu casaquinho de frio. Por um instante caminhou até ele, tirou seu cachecol recém colocado e no guarda roupas pegou a caixa de onde tirou o casaco sobretudo, não era muito longo, tinha cor clara, combinava com seus cabelos, o tecido era grosso mas era macio. Os pelos na gola eram igualmente sedosos. Após ajudá-lo a vestir, amarrou o laço do casaco na altura de sua cintura. 
- Achei que combinaria com você.
O menor uniu as sobrancelhas conforme o sentiu retirar o cachecol e acompanhou seus passos até o armário, fitando-o enquanto trazia um casaco para si e sorriu, deixando-o vestir o corpo, era macio, gostoso de vestir. 
- Obrigado...
- Acho que será quente o bastante. Venha. 
O maior disse após ajustar o casaco sobre o próprio corpo e então partir saída do quarto, levaria-o depois de tanta insistência para ver as enfermeiras na base. Asahi assentiu e quis segurar a mão dele, mas achou melhor não, então apenas seguiu atrás, um pouco colado a ele devido ao frio. Kazuma tocou seu ombro, por onde tinha hábito de guia-lo. Após seguir para a entrada, tomou o automóvel onde o deixou entrar e fez o mesmo. Na verdade não era muito longe, era aquela uma região ao arredores do quartel, porém com o frio, achou que talvez fosse melhor seguir caminho dentro do veículo isolado. Após dirigir por alguns minutos tão logo chegou lá, estacionou na vaga e desembarcou com ele, levando pelo percurso cruzando caminho entre demais militares e cumprimentos.
O loiro adentrou o carro, estranhando ainda, afinal, poucas vezes havia andado no veículo e seguiu com ele para o quartel, dando um pequeno sorriso no caminho, gostaria de conhecer onde ele trabalhava, onde ficava antes de encontrar a si, e desceu do carro quando por fim lá, abaixando a cabeça a caminhar pelos militares, pouco afastado dele.
Após o desembarque, o caminho que seguia a entrar no quartel, Kazuma puxou o rapaz que se demorava atrás de si e o levou pelo ombro até a ala médica. O caminho era um pouco firme, andava naturalmente em marcha e no quartel não deveria ser diferente. Após chegar na sala, encontrou as enfermeiras e alguns enfermeiros também. Chamou tão logo a aquela que já tinha conhecimento do garoto. Asahi assustou-se ao ser puxado por ele, porém seguiu em passos rapidinhos visto que estava atrasando ele, por fim, fitou a ala médica, grande, e branca, parecia tão bonita, como a igreja em que antes trabalhava. Sorriu, se sentia em casa. 
- Hana!
- Padre, é um prazer revê-lo!
Disse ela e Kazuma o entregou a ela. Já havia falado com ela antes, então sabia do que se tratava. O loiro sorriu e virou-se, segurando sutilmente a mão do outro, antes de se despedir. 
- ... Eu acho que... Vou trabalhar aqui né?
- Na verdade não, você por enquanto vai aprender, não vai trabalhar ainda. Mas não se preocupe, vamos com calma.
Asahi sorriu e assentiu, desviando o olhar ao maior.
- ... Você não vai ficar?
- Não, tenho coisas a fazer. Falo com você em algum momento, volto logo.
- ... Hai. - Sorriu. - Até logo.
- Até logo, rapaz. Boa sorte. Deixo com você, Hana. 
- Sim, general.
Asahi assentiu e fez uma reverência a ela. 
- É bom ver você... Sem guerra.



Kazuma já havia terminado o que precisava fazer por ali, na sala onde se acomodava havia recebido o almoço, no entanto imaginava o que estaria a fazer o ex-padre. Pediu então para um dos soldados por chama-lo na enfermaria.
A manhã de Asahi havia sido meio cansativa, mas ainda assim, divertida, havia aprendido várias coisas novas incluindo os primeiros socorros, agora poderia atendê-lo caso ocorresse algo com ele. Ao meio dia, recebeu um chamado de um dos soldados e assentiu numa reverência, seguindo atrás dele para a sala do outro, e ao ser deixado lá, ouviu o barulho da porta atrás de si. 
- General...
- Enfermeiro. - Kazuma disse, percebia como ele parecia ter gostado de ser intimado até lá, provavelmente uma nova sensação. Vestia roupa da enfermaria. - Venha almoçar comigo, rapaz.
Asahi sorriu a ele conforme o ouviu e assentiu.
-  ... Mande os soldados da porta embora...
- Não há necessidade. Eles não vão ficar ouvindo. Mas venha, sente-se. 
O moreno disse, porém se levantou e dispensou os homens para seu almoço. Asahi sorriu a ele e assentiu, virando-se em frente a ele conforme foi até a porta e ao retornar o segurou pela cintura, abrindo sua calça. Ao se virar, como costumava fazer, Kazuma acabou colidindo defronte consigo, feito isso, sentiu sua mão na cintura, pelo menos uma delas e logo a outra na calça. O fitou de cima, onde estava, não lhe disse nada. Asahi ergueu a face a observá-lo e por fim abaixou sua calça e a roupa intima, aproximando-se do sexo dele embora ainda adormecido. 
- Posso?
Kazuma sentiu a baixa temperatura atingir a pele conforme a calça pendeu no quadril. Fitou-o conforme buscava o que tinha acabado de revelar para seu toque. Não respondeu, já havia o deixado arrear a própria calça. O loiro assentiu e segurou-o entre os dedos, guiando a boca até ele e deslizou a língua por ele, lambendo-o e deu uma suave mordida em sua ponta de seu sexo ainda adormecido. O maior assistiu-o se ajoelhar, bem se acomodar defronte e então usar de sua língua morna no sexo entre a seus dedos, mordisca-lo, buscando a ereção que não tardou a vir. Asahi suspirou e rapidamente o colocou na boca, queria fazê-lo antes que alguém pudesse vir e sugou-o.
Kazuma encostou-se na porta, apoiando a coluna conforme sentia-se imergir em sua boca, sendo assim sugado por ela. Estava quente ainda que o clima estivesse frio no restante do que expunha da pele. Moveu-se, levemente, deixando o trabalho para ele. Asahi moveu a cabeça, devagar, retirando-o e colocando-o na boca, afundando-o até onde conseguia e fechou os olhos, sentindo o gosto dele nos lábios. O maior levou a mão até a cabeça dele, segurando seus cabelos louros um pouco maiores do que haviam crescido até sua chegada. Pressionou os dedos em sua nuca, roçando as unhas sem comprimento. O loiro desviou o olhar a ele, unindo as sobrancelhas e abriu um pequeno sorriso, afundando-o novamente na boca e sugou-o, firme.
- Hum...
- Achei que quisesse almoçar comigo e não a mim. 
Kazuma disse a ele, sobre o que fazia. Empurrou-o de leve e pressionou os finos fios de seus cabelos, puxando-os. Asahi sorriu a ele meio de canto e por fim o retirou da boca, devagar, lambendo-o na ponta.
- Eu quero almoçar com você, mas quero te dar um agrado primeiro.
- Por quê? Te chamar na minha sala te faz querer chupar meu pau?
Asahi riu baixinho e negativou. 
- Só fiquei com vontade.
- É porque eu te chamei. 
Kazuma disse e tomou mais firmemente sua cabeça, o empurrou, cuidadoso mas não muito delicado, e podia dizer, transou com sua boca. O menor negativou, porém sorriu e novamente o afundou na boca, concentrando-se nos movimentos que fazia com a cabeça no vai e vem a sugá-lo. Kazuma continuou a mover e empurrar para ele. Ainda enroscava seus cabelos entre os dedos e puxava-o para o baixo ventre. Tinha a ereção mergulhando em sua boca, e agora já se aprofundava um pouco mais do que antes costumava. Logo, desfez-se a gozar em sua boca, sem aviso. O loiro uniu as sobrancelhas ao senti-lo se empurrar para si e sentiu-o gozar, quase na garganta, agarrou-se na farda dele, um pouco inesperado e engoliu os rastros dele sobre a língua, retirando-o da boca e tossiu, guiando a mão sobre os lábios. Quando enfim completou o seu agrado, Kazuma liberou sua boca o qual percebeu respingada. Com o polegar tocou seu lábio, o ajudou a limpar o gotejo, porém levou-o para sua boca. Asahi ergueu a face, observando-o e lambeu seu dedo polegar, assim como o lábio e sugou seu dedo, abrindo um pequeno sorriso.
- Almoçou? 
O maior indagou ainda o fitando de cima, em seguida no entanto ajeitou a própria roupa, colocando-se dentro dela, embora ainda fosse capaz de continuar.
- Iie, quero comer comida. - O menor disse e riu.
- Quer comida, hum? Qual comida, a da mesa ou a minha?
- ... - Asahi sentiu a face corar e riu baixinho, levantando. - A... Da mesa.
Kazuma segurou sua mão, o ajudando a se levantar. Então indicou a ele o caminho até onde pudesse se acomodar. 
- Então vamos comer.
- Você quer... Me comer? 
O menor falou, não de um modo pervertido, mas do modo como ele havia dito a si.
- Uh. - Kazuma soou nasalado num meio riso. - Quero que almoce e volte ao trabalho. Em casa certamente eu vou te comer.
Asahi sentiu um arrepio sutil percorrer o corpo e riu baixinho, envergonhado, por fim sentou-se em frente a mesa dele novamente. 
- Ta bem...
- Coma. 
O moreno disse a ele, indicando que se servisse. Sorriu-lhe percebendo o tom rosado de suas bochechas. Deu a ele uma taça com vinho. Asahi assentiu e experimentou a comida. 
- Iie, não posso beber.
- Por quê? É um pouco de vinho, não uma bebedeira. Além de que, são apenas aulas.
Asahi ouviu-o em silêncio e assentiu por fim, bebendo um pequeno gole de vinho.
- Mas é claro, apenas um trago. - Kazuma indicou a taça que de fato tinha apenas dois ou três tragos curtos de vinho. - Está gostando?
- É uma delícia, você... Mandou fazer pra mim?
- Estou falando das aulas. 
Kazuma disse e tragou do vinho, mas passou a comer com ele.
- Ah... - Asahi disse, envergonhado novamente e riu baixinho. - Eu gosto..
- Bom que esteja gostando. Quis tanto. - O maior disse e indicou a ele as batatas que ele gostava. - Ó.
O menor assentiu e sorriu, pegando uma das batatas assadas, que levou as lábios. 
- Hum... Que tempero bom.
- É, temos soldados que são ótimos cozinheiros. Coma bastante.
- Acho que bastante não, ou eu vou ficar gordinho. - Asahi riu.
- Uh, não vai não. - Kazuma sorriu. - Depois do almoço não tenho o que fazer, você pode terminar o que tiver com Hana e iremos embora.
- Ta bem. Sorriu. Serei a sobremesa então. 
Asahi falou, desviando o olhar a ele sutilmente.
- Parece que estamos lascivos hoje, hum?
O loiro sorriu e negativou. 
- Eu não...
- Não? Está oferecido. Tome cuidado, estamos num quartel. 
Kazuma disse ao se levantar e cruzar o caminho em frente a mesa onde se encostou, agora defronte a ele. Tocou a ponta de seu nariz ao alertá-lo. Asahi uniu as sobrancelhas e assentiu, encolhendo-se a tomar pouco mais do vinho. 
- Eu sei, não quero ser fuzilado.
- É, e eu sou quase seu chefe, então se comporte.
- Hum... Sim senhor general. Eu... Me excita quando me dá ordens.
- Bem, você era reprimido. Nesse estado é como um adolescente.
Kazuma sorriu a ele. 
- Um adolescente... Acha isso legal?
- É, adolescentes que usam todo meio de se excitar.
Asahi riu baixinho.
- Como foi sua adolescência, padre? 
O moreno indagou curioso e pegou uma das batatas que levou até a boca, acompanhou com o vinho, mas embora estivesse a comer, não saiu de onde havia se acomodado. O loiro desviou o olhar a ele e sorriu. 
- Foi bem sem graça, eu... Fiquei na igreja todo o tempo.
- É, mas como foi lidar com a puberdade, curiosidades.
- Ah... Alguns padres falavam sobre garotas... Eu não me importava com elas. - O menor falou num suspiro. - Me assustei quando acordei com uma ereção pela primeira vez, achei que não era coisa de Deus. - Riu.
- Impossível que não tenha tido quaisquer pensamentos sexuais, Asahi.
- Eu não gosto de garotas. Nunca senti atração por elas nem por homens.
- Hum, então pensava em que?
- Ler, estudar e me tornar um padre. Houve algumas situações engraçadas, mas... Nada envolvendo a mim.
- Hum, tedioso. 
Kazuma disse, lamentando a carência de histórias. Voltou a comer no entanto, petiscando o almoço junto a ele.
- Desculpe. - Asahi murmurou e comeu mais um pedaço da batata. - Queria ter algo melhor pra te contar...
- Queria que tivesse algo pra me contar. - O moreno retrucou. - Mas não se desculpe, não é sua culpa. Agora ao menos está sendo capaz de se libertar.
O loiro assentiu e sorriu a ele. 
- E você... Com quem foi sua primeira vez...?
- Você não vai saber quem é mesmo que eu diga. Não estou falando sobre sexo, estou falando sobre conflitos.
- Hum... - Asahi deu um sorrisinho.
- Mas é provável que a primeira vez que eu me masturbei tinha em torno de doze ou treze anos.
Asahi desviou o olhar a ele ao ouvi-lo e estremeceu sutilmente.
- ... Hum... Eu... Uma vez... - A voz falhou e teve que pigarrear para voltar a falar. - Tentei fazer no banho...
- Tentou, hum? O que te impediu?
- Bem, no mosteiro o banheiro era compartilhado, então...
- Então?
- Um dos garotos entrou pra tomar banho e me viu. Eu nunca mais tentei fazer isso...
- Hum, ele fez algo? Contou a alguém?
- Iie, ele me viu e ficou com tanta vergonha quanto eu. Nunca contei isso pra ninguém...
O riso soou entre os dentes de Kazuma, podia imaginar a situação.
- Foi horrível. - Asahi riu baixinho.
- Não parece tanto. - O moreno terminou o conteúdo da taça. - Termine a aula na enfermaria.
- Acha? ... Quer dizer, eu ia ser um padre.
- Mas ele provavelmente queria ter as mesmas coisas.
- Como o que?
- Ele queria descobrir o corpo dele e como era sentir prazer.
- Hum... - Asahi riu baixinho e levantou-se. - Talvez, mas ele deve estar morto...
- Eu suponho. Ou quem sabe não.
- Nunca saberemos. - O menor sorriu. - Vou pra minha aula, general, obrigado pelo almoço.
- Não há de que, enfermeiro. Aproveite a aula.
Asahi desviou o olhar a ele e rapidamente aproximou-se, beijando seus lábios, um selo, mas pressionou firmemente a boca contra a dele, e logo o soltou.
- Até mais tarde.
Kazuma segurou seus ombros ao reencontra-lo e ganhar seu beijo superficial. Estalou contra sua boca em despedida.

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