Kyo e Shinya #53 (+18)


Kyo voltou ao quarto, arremessando o cigarro pela varanda de porta aberta antes que o cheiro impregnasse o quarto onde o baterista, na cama, já dormia. Com uma toalha afagava os cabelos louros e úmidos, tirando o excesso de água dos fios lavados. Vestiu uma calça de tecido fino, cinza, e não vestiu camisa, sentia calor. Deitou-se, deixando no encosto da poltrona a toalha que antes usava. E se acomodou. Ele parecia bem levado pelo sono, parecia sonhar com alguma coisa, não era um cochilo. Por fim permaneceu algum tempo olhando o teto, outro tempo olhado a parte de fora de casa através da varanda aberta, da cama mesmo. E no fim virou-se para ele e suas costas aparentes sem camisa. Tocou-o no ombro, deslizou pelo braço, não queria dormir e não seria obrigado, ele que fosse obrigado a acordar. Deslizou a mão até suas nádegas, no cós penetrou a ponta dos dedos e deslizou empurrando para baixo com o dorso, tocando-o na pele e chegou mais perto dele, e sua orelha aparente pela falta do cabelo a cobrir a parte. 

- Shin. 
Falou, baixo, não o chamando, talvez fosse mais um aviso e ao deixar o tecido abaixado até suas coxas, voltou a mão para si mesmo e abaixou igualmente a própria, livrando de si o impasse a ter o toque direto de seu corpo. E colocou o sexo abaixo de suas nádegas, tocando-as porém sem nenhum movimento mais além.
Shinya estava dormindo há um tempo, obviamente, perdido em um sonho gostoso, sonhava com ele, ouvia ele cantar no próprio ouvido, sobre o próprio corpo, uma onda gostosa de prazer e certamente estaria ereto enquanto acordado, o que envergonharia a si se ele chegasse mais perto, mas deitou nas próprias costas e fora tirado do sonho ao sentir o toque sobre a pele, macio, com cheirinho de banho, ah, ele era tão bom, e vinha totalmente a calhar o fato de que havia acordado a si daquele sonho, queria fazer, não sonhar. Ouviu o próprio nome e resmungou baixinho, como um gemido, mas ainda no sono, não se moveu, somente o sentiu abaixar a própria roupa e sorriu a ele.
- K-Kyo...
- Acordou rápido. 
Disse o menor, no entanto sem muito interesse em formular com ele alguma conversa. Queria o que fazia ali embaixo e levou os dedos entre suas nádegas, onde o sexo já se acomodada indiretamente e tocou seu âmago, estimulando inicialmente com o toque, nada muito profundo. Shinya assentiu, mesmo sem entender muito bem o que ele falava e uniu as sobrancelhas, só então se dando conta de que a mão dele estava entre as próprias nádegas e suspirou, achando melhor não se virar.
- ... Hum...
- Dormiu rápido. 
Kyo disse e continuou a tatear suavemente aquela parte tão íntima. A essa altura, tinha o sexo ereto contra seu corpo, e ele sabia disso. Embora, não o penetrou tão imediatamente, continuando a afagar sua intimidade, provocando-o no tato.
- Estava sonhando com você... - Shinya murmurou e estremeceu com o toque, sentindo toda a pele se arrepiar até a nuca e mordeu o lábio inferior. - Está escuro...
- Hum... 
O menor murmurou e mordiscou seu ombro nu e aparente. Logo, friccionando seu ponto íntimo, levou o dígito a penetrar suavemente aquela região, porém não permaneceu por muito tempo. Shinya suspirou e deixou escapar um gemido dolorido ao senti-lo adentrar o corpo, encolhendo-se e agarrou o lençol da cama. Ao abandoná-lo com o toque manual, Kyo roçou-o numa última vez e voltou a atenção ao próprio sexo, segurou-se em meio a mão e roçou a glande em seu corpo, naquela parte íntima antes tocada pelos dedos e logo, vagarosamente iniciou um ritmo, aos poucos, o penetrando. O maior fechou os olhos novamente, apertando ainda o lençol da cama, puxando-o sutilmente a medida que o sentia investir contra si e gemia baixinho, só gemendo mais alto quando sentiu a penetração.
- ... Ah...
Com ajuda da mão, aos poucos o menor se fez a penetrá-lo mais no fundo, até que completasse seu corpo acostumado com o próprio. E encaixou-se a ele de modo que sentiu o ventre acostar contra suas nádegas, sentindo sua pele macia, quente. E tocou-o na curva tênue do quadril, sobre a pelve, por onde o puxava.
- K-Kyo... 
Shinya murmurou entre um gemido mais alto e só sabia que havia prendido a respiração quando a soltou ao tê-lo no fundo, e não estava desacostumado, haviam feito há poucos dias, mesmo assim, sempre era dolorido de início, guiou a mão sobre a dele, apertando-a no próprio quadril e entrelaçou os dedos aos do outro. Kyo sentia o osso de sua pelve, pronunciado de modo que seus dedos apertavam os próprios, tornando o toque mais firme. Voltou a face contra sua nuca, e sentiu o cheiro de seus cabelos recém lavados, embora já secos. Mordiscou-o por ali, e não tinha costume, mas sentiu sua pele arrepiar de modo que pôde notar. Chegou até sorrir achando graça. Mas logo deu início a um leve vaivém, saindo e voltando para dentro de seu corpo. Shinya sorriu ao sentir a mordida na nuca, gostosa, uma carícia que não era muito tipica dele, mas divertida e riu baixinho em seguida, virando-se, somente a face em direção a ele e selou-lhe os lábios, meio de canto.
- I-Itai...
O menor sentiu o selo, o qual retribuiu com sutileza. E negativou sobre o breve resmungo do maior. No entanto continuou a se mover, achasse dolorido ou não. Mas o sentia estreitinho como sempre, e fazia ainda questão de apertar-se em torno de si, alguns espasmos eram involuntários, mas sabia quais eram propositais.
Shinya sorriu a ele, mesmo com a face coberta pelos fios loiros e tentava enxergá-lo, mas tudo era um borrão preto sem claridade nenhuma, mesmo assim imaginava as feições dele, o rosto bonito dele, seus cabelos bagunçados molhados pela água do banho e seus olhinhos estreitos, Deus, era apaixonado por ele, completamente, sentia mesmo o coração bater mais forte quando estava com ele, perto dele, e mesmo depois de tanto tempo, com ele, com dois filhos, tinha vergonha ainda, sentia os mesmos sentimentos do início, mas o entendia melhor e só o amava mais.
- Kimochi...
Kyo empurrou-o para cama, colocando-o com o peito sobre o colchão e sua face colada ao travesseiro macio onde antes se deitava. De modo que subiu em seu corpo, tendo-se já colocado dentro dele, apoiou as mãos a cada lateral de seu corpo e deu apoio ao próprio, iniciando a retomar o ritmo suave de vaivém que havia feito antes, e tendo liberdade para aumentá-los sem delongas. Shinya deitou-se como pedido e retirou os cabelos que ainda caíam sobre a face, repousando a face sobre o travesseiro e empinou sutilmente o quadril, deixando-o livre para os movimentos e mordeu o lábio inferior, tentando conter os gemidos mais altos devido ao quarto dos filhos que era ao lado.
- Eles não sabem o que é isso. 
O menor disse, notando sua atenção ao quarto ao lado. Apoiava-se sobre o colchão em suas laterais, e abaixa-se de modo que podia sentir sua pele contra o abdômen vez outra, exceto quando subia, antes de se voltar a penetrá-lo. E não o fazia rápido, mas era firme, e ia no fundo, sentindo o ventre bater contra suas nádegas macias, e ressoar o atrito da pele.
- Ah, mas se ouvisse... Sua mãe gritando não iria ver o que é? 
Shinya murmurou e riu baixinho, agarrando-se ao lençol novamente e optou por morder a fronha do travesseiro ao invés de tentar controlar os gemidos por si só, sentindo-o tocar a si no ponto sensível que ele já conhecia e estremecia a cada vez que sentia o toque.
- Não é como se eles fossem grandes. 
O menor notou-o mordiscar o travesseiro, o que tornava a frase literal. Maneirou no ritmo, mas é claro que não o faria de modo que tornasse para si menos prazeroso, ou mesmo para ele. Aos poucos, a medida em que suavizava a força, aumentava o ritmo e prosseguiu a alternar daquele modo, mais forte e mais vagaroso, mais leve e mais rápido. O maior suspirou, soltando o travesseiro quando se sentiu sem ar e abaixou a cabeça, deixando escapar os gemidos suavemente como ele mesmo havia dito para fazer, não iriam ouvir de qualquer forma, os filhos tinham sono pesado, mas se o pequeno chorasse no berço, queria saber o que ele iria dizer ou fazer, até riu baixinho ao imaginar isso, mas estava concentrado demais para perguntar alguma coisa e apreciava o ritmo, deixando escapar os gemidos mais altos ao senti-lo atingir a si com mais força.
- K-Kimochi...
Kyo manteve-se num só braço e levou a mão até sua nádega, apalpou a região macia e deu um tapa leve, levando-se pelo prazer, e o fato de que cada vez mais rápido, e mais sensível ao ápice que não demoraria. Ao se afastar, rapidamente o puxou pelos quadris, tomando-o de quatro e deu reinício ao ritmo, onde sentia o ventre dolorido sob os ossos de suas nádegas conforme batia-se tão vigorosamente atrás de seu corpo. Era alto, mas era muito fácil de manejar. Puxava-o para si, a medida em que seguia para ele. Shinya sentiu o tapa com um leve sobressalto a sentir a pele aquecer, dolorida e levantou-se a ajeitar-se sobre os joelhos como ele pedia, sabia que estava empolgado com o ato e também estava, já que agarrava-se à cama na impossibilidade de puxá-lo para si ou tocá-lo de mesmo modo. Gemeu mais alto, já sem paciência para controlá-los e empurrou-se contra ele, mordendo o lábio inferior a tentar se manter em silêncio, mas por fim sentia a onda de prazer tão gostosa pelo corpo que não se importou.
- M-Me fode, Kyo... Ah...
O menor puxou-o com força, a medida em que achava suficiente para não machucá-lo ou mesmo se machucar com o maldito osso que sentia na pele. Arqueou a sobrancelha ao ouvi-lo, era incomum, porém não disse nada, absorto ao ritmo e ao ápice que cada vez mais perto e preferia não interromper. Deslizou a mão por sua nádega, apalpando-o novamente, deslizou por um minuto em sua coxa, mas interrompeu quando voltou as mãos outra vez em sua magra cintura, resvalando uma delas ao meio de suas pernas conforme se arqueou e tocou a seu sexo, sentindo sua excitação sem atenção o qual tomou entre os dedos e de acordo com o próprio ritmo, passou a masturbá-lo. Tão logo não se importou em atingir o clímax e deixar-se dentro dele. O maior sentiu-se corar após dito, havia escapado de fato e encolheu-se, porém fora puxado novamente por ele, que não parecia se importar muito com o que havia dito, pelo menos não agora e mordeu o lábio inferior a sentir as carícias que logo não existiam mais e no lugar tinha o sexo entre seus dedos, estimulado e mais do que já estava sendo atrás achou ser impossível, tanto que não suportou muito tempo e assim como ele, atingiu o ápice.
Kyo sentiu tão logo cada pulsada de seu membro nos dedos, denunciando a sensibilidade de seu corpo. Quando por fim seu espasmo se intensificou junto ao clímax que atingiu, sentia-se envolto por seu interior firme, levou os dedos fronte a seu sexo, mesmo embora ainda o estimulasse e sentiu no toque o líquido morno que denunciava seu clímax, tal como o gemido suave que saiu de sua garganta. E dentro dele permaneceu por um instante, deixando toda sensação de prazer se esvair até que finalmente saísse de dentro dele.
Shinya suspirou, mesmo ao senti-lo deixar o corpo e ainda sentia a sensação gostosa percorrer o corpo, deitou-se na cama, sentindo as pernas trêmulas e desviou o olhar a ele, agora conseguindo enxergá-lo ao menos um pouco já acostumado a escuridão do quarto, mas tinha vergonha pelo que havia dito, então agradeceu o fato dele não poder ver a cor da própria face.

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