Midnight Lovers #4 (+18)


- Minha reunião terminou muito tarde.

Não tinha muito o que Kurogane pudesse fazer, não podia simplesmente dizer que o outro fosse embora, ele era como a si um cortesão e sabia que naquela situação deveria agir da mesma forma. Após entrar tocou as costas do moreno, apalpando suas omoplatas. 
- E por isso resolveu vir e não acordar sua esposa, hum?
Tsukasa suspirou, desviando o olhar ao outro. 
- Hum, é sim. Katsuragi me disse que poderia ficar com você, então eu vim. Quem é o garoto?
- É Asami, é meu amigo mais próximo aqui. Embora sejamos muito diferentes pra isso. - Disse quase reflexivo. - Hum, gostou dele, ah? - Indagou e lhe desferiu um sorriso sugestivo.
- Não. Só achei estranho que ele estivesse com você essa hora. Está meio desarrumado.
- Estávamos banhando, ele esqueceu das vestes limpas então veio com as outras, por isso desajeitado.
- Hum, entendi. Bem... Posso me deitar? 
Tsukasa disse, indicando a cama dele e abriu o obi, devagar, retirando o kimono.
- Fique à vontade. 
Kurogane disse e indicou o futon espesso, demasiado confortável, mas sabia que todo aquele conforto era justamente por ocasiões como aquela, clientes. Andou pelo quarto, buscando uma roupa de dormir. 
- Se eu soubesse que viria, teria me arrumado para receber você.
- Não se preocupe, sabe que não exijo que esteja com maquiagem, roupas novas, assim como está, está bom. Vim para dormir, não precisa se arrumar. Venha.
- Veio apenas dormir? Não veio se aliviar? 
Kurogane indagou e após pegar o quimono simples para dormir, preto e liso, tirou o que vestia, despindo-se mesmo em frente a ele, era até proposital na verdade e logo, sem tanta pressa substituiu pelo quimono pego a pouco. Tsukasa observou-o enquanto se despia e deu a ele um sorriso canteiro, negativando conforme pegou a cigarrilha no obi e levou aos lábios, preparando o fumo até tragar a essência. 
- Não. A menos que você queira. Vejo que, escolhi o melhor garoto da casa e não pretendo trocá-lo.
Kurogane passou o frouxo obi pela cintura, fechando a vestimenta. Sorriu a ele como ele a si diante do comentário apreciativo. Se sentou logo a seu lado e sua cigarrilha fez lembrar que havia deixado a própria na casa de banho. 
- Hum, espero que não troque mesmo. Gosto de atende-lo. 
Disse e ergueu a mão com gentileza por tocar seu rosto, sentindo a bochecha um tanto fria na palma da mão. Tsukasa negativou e assentiu, guiando a cigarrilha aos lábios dele. 
- Não irei. Gosto de te ver.
Kurogane aceitou um breve trago de seu cigarro, bem mesmo segurou a cigarrilha. 
- Quero o que você quiser. Se quiser descansar posso ajudar a dormir, se quiser ter sexo, se quiser reclamar. 
Disse, não que quisesse ouvir reclamações, mas sabia trabalhar e gostava dele, era um cliente agradável, bonito também, não deixou de conferir visualmente passeando por seu corpo deitado no futon. Pensou no menor no outro quarto, lamentou. Tsukasa sorriu meio de canto e tragou novamente a cigarrilha, desviando o olhar a ele. 
- Gosta do meu corpo?
- Certamente. 
Kurogane disse diante da pergunta, não era muito tímido e também não conseguia fingir que era, mas bem, ele não havia escolhido um cortesão muito delicado e teve essa opção. Ergueu a mão e levou à altura de sua perna, na coxa, porém apenas pairou. 
- Posso? 
Disse sobre tocar, não havia feito no rosto, mas sempre devia perguntar.
- Não precisa pedir minha permissão. Toque. 
Tsukasa disse a ele, estava confortável, estranhamente, confortável até demais, gostava muito de passar um tempo com ele, bem mais do que gostava de estar em casa. Apagou a cigarrilha após mais um trago, ele parecia interessado em si, daria atenção a ele. Kurogane abaixou a mão e tocou sua coxa, sentindo a pele macia sob a firmeza muscular, comparou à Asami, que era macio como uma mulher. 
- Suas coxas são bonitas. 
Apalpou conforme afastou delicadamente seu kimono, apenas para expor onde tocara. Tsukasa suspirou ao sentir o toque e sorriu a ele, sutil. 
- Sei onde quer tocar, toque.
- Ora, não sou impudico todo o tempo, gosto das outras partes do seu corpo. Suas pernas são mesmo bonitas.
O maior sorriu novamente, deslizando uma das mãos sobre a dele e tocou-a, sentindo seus dedos, e tinha a mão pouco maior que a dele, não tinha muita diferença, constatou. 
- Gosto da sua mão.
- Do toque ou do aspecto? 
Kurogane indagou, apenas interativo. Subiu de leve porém, tocando sua virilha, que era onde ele mencionava antes.
- Ambos. Gosto dela no geral. Gosto como parece delicada. Não que você seja delicado. 
Tsukasa disse num suspiro ao senti-lo tocar a própria virilha. Estava começando a se animar, pensava no corpo dele a tirar o kimono, e droga, ele era bonito. 
- Vem por cima.
- Hum, espero que ache o toque delicado, mas ele também pode ser firme. Já o aspecto... - Kurogane disse e sorriu. - Prefiro pensar que são dedos de músico. - Completou. Era homem afinal, não queria ter a mão de fato delicada, mas gostava das próprias mãos apesar do comentário. - Você quer fazer? 
Indagou em retruque, havia dado um toque breve mas ele era um homem rápido, quase parecia um adolescente, perguntava-se se era o primeiro homem dele.
- Hum, e são, você toca muito bem. Katsuragi me disse que faz várias coisas extraordinárias. 
Dito, Tsukasa desviou o olhar a ele e assentiu, ele era de fato o primeiro homem que tinha transado, mas claro, não diria nada a ele, tentava manter a postura, no fim de tudo. Era a segunda pessoa que tinha relações, depois da esposa.
- Não está cansado? - Kurogane disse seguidamente à sua afirmação, afinal havia dito que estava para dormir. Sorriu-lhe com o canto dos lábios. - Katsuragi foi generoso quanto a isso.
- Não, estou bem. Meu dia só foi meio agitado. - Tsukasa murmurou, e a verdade é que não resistia aos toques dele, gostava mesmo de sua mão quente. - ... Venha, não me deixe esperando.
- Claro. Você quer sentir qual cheiro hoje? 
Kurogane disse, referindo-se ao lubrificante. Ao se levantar acendeu a vela essencial para ter pouca iluminação no quarto e deixar o odor um pouco mais agradável para a situação, estava trabalhando. Esperou-o dizer para então pegar o que de sua escolha e voltou já na baixa luz do quarto. Sentou-se e tirou apenas a parte superior do quimono, para expor o peitoral, o tronco, que embora não fosse volumoso em demasia, evidentemente tinha formas denotadas. Não o despiu, não iria fazer o que ele não dissesse, pouco conhecia daquele rapaz, embora fosse um homem agradável, não havia desenvolvido certa liberdade antes disso. Afastou o suficiente das roupas, apenas para expor o fato de que seu membro já estava viril, desse modo tomou o lubrificante nos dedos e usou para enluvar sua pele.
- Menta. 
Tsukasa murmurou, o observava curioso na verdade, era curioso pelo corpo dele, de algumas outras formas que preferia não entrar em detalhes, não pediria, era homem, não era gay. Ao vê-lo se sentar próximo, deslizou uma das mãos por seu tórax e quase gemeu ao sentir o toque no sexo, era macio, suave, gostoso. Teve que inclinar o pescoço para trás de olhos fechados, buscando senti-lo melhor. 
- Hum... Kimochi.
- Quer ter sexo rápido ou quer que eu faça devagar? 
Kurogane indagou enquanto sentia o toque igualmente delicado de seus dedos, passando no peito. Enquanto lubrificava, movia o punho em vaivém, o estimulando com leveza. Tsukasa suspirou novamente, não estava brincando sobre a mão dele ser gostosa. 
- Rápido... Quero descansar, mas ainda assim quero você, então.
O menor deu-lhe um sorriso canteiro em compreensão. Não havia de fato tentando ter sexo com ele, havia terminado com o outro há pouco tempo, mas não tinha intenção de recusa-lo também, gostava de estar com ele, ele parecia uma pessoa um tanto desanimada, então fazer sua noite um pouco mais atrativa era algo que gostava de ter o poder. 
- Com licença, senhor Tsukasa. - Disse, não soando verdadeiramente formal sobre o comentário, mas sim um toque mais brincalhão. - Sou macho, sou pesado hein. 
Disse, a respeito de seu pedido de estar por cima e foi o que fez após solta-lo, passou uma perna de um lado e outro de sua cintura e se sentou em sua pelve e se arqueou para ele, não se abaixou, apenas apoiou uma das mãos ao lado de seu rosto enquanto tomava seu sexo e o colocava para dentro sem delongas, se sentou e deslizou a mãos por sua base a medida em que ia sentando e o inserindo, até tocar as glândulas inferiores sabendo que havia colocado completamente. 
- Você podia ser um pouco menor. Fique menos excitado, faz o favor.
Brincou, na verdade tinha o hábito de descontrair com sutileza.
Tsukasa assentiu a ele conforme se colocou sobre si, num riso mudo com sua brincadeira e o gemido soou quase como um sussurro rouco da garganta. Havia inclinado novamente o pescoço para trás, ele era gostoso por dentro, quente, macio, já o havia sentido antes, e naquele momento era só o que queria sentir, seu corpo, de alguma forma. Desviou o olhar a ele e o agarrou pela cintura, apertando-o entre os dedos e empurrou-o contra o colo, fazendo-o sentia a si inteiramente dentro. 
- Hum... Talvez eu possa cortar um pedaço dele. 
Disse, claro, brincava assim como ele, embora não demonstrasse tão bem quanto o outro.
- Uh! - Kurogane murmurou entre os lábios cerrados, a medida em que ele deu aquela empurrada, parecendo averiguar se seu encaixe estava certo. - Talvez eu possa tirar com o dente. 
Disse e dessa vez um pouco mais sério enquanto suspirava. Havia por todo aquele tempo, aprendido o que era fazer um cliente se sentir desejado, embora alguns não fossem fáceis, felizmente a maior parte era passiva. Portanto o olhou logo em seguida, lambeu o lábio inferior com sutileza, porém era visto. Quando se afastou o suficiente, apoiou-se para sustentar o corpo nos joelhos e nos dedos que alcançam algo do futon. Se moveu, se ele queria rápido, seria rápido mesmo em começar; apoiando-se traçou um ritmo hábil de sobe e desce, as vezes um vaivém sem descolar de sua pelve, esfregando-se nele. 
- Hum... 
Murmurou e alcançou seus cabelos escuros, eram um pouco mais espessos que os de Asami, o segurou junto a nuca, fitando enquanto se movia.
Tsukasa sorriu, ingracioso e negativou a ele, podia sentir ainda o gosto do fumo nos lábios, estava frio, mas não realmente, era uma brisa gelada, então, se perguntou se ele não estava desconfortável por estar descoberto sobre o próprio corpo, puxou delicadamente o cobertor sobre o corpo dele, como se conseguisse cobri-lo mesmo estando sentado. Conforme sentiu o início de seus movimentos, teve que se ajeitar no futon, empurrando-se suavemente para ele, ajudando-o nos movimentos, embora nas outras vezes em que havia feito com ele, ele parecia daquele mesmo modo, parecia tomar o controle da situação mesmo sendo passivo, e de alguma forma, gostava daquilo, gostava de ser submisso dele, enquanto estava em seu corpo. 
- Hum... 
Murmurou e fechou os olhos por alguns instantes.
Kurogane movia-se ainda naquele mesmo ritmo, sabia ter algum prazer daquele modo, sabia onde devia colocar o outro, e era naquele vaivém em sua pelve que o conseguia, por isso já tinha uma ereção escondida pelo quimono, que fino, acabava marcando a existência da virilidade, que podia não estar nua, mas era demarcada. Ao descer o olhar pelo tronco, fitou o peitoral dele pouco exposto, aproveitou para soltar seu obi e abrir sua veste, deixando-o ver a penetração, porque gostava de ver, era um homem, se entendiam bem. Podia ver seus espasmos e podia ver os próprios também, cada músculo abdominal que contraia quando sentia ser penetrado. 
- Hum, você me faz querer gozar tão depressa... É tão gostoso. - Sorriu com malícia.
Tsukasa desviou o olhar a ele, um suspiro havia deixado os lábios, podia ver agora o modo como entrava e saía de seu corpo, e isso causava um arrepio gostoso na própria coluna, além do prazer que sentia em adentrá-lo, é claro. Ele sabia exatamente o que fazer, e também o que dizer, de algum modo aquele modo de falar incomodava a si, queria que ele fosse sincero. 
- Tudo bem, não precisa falar desse modo, apenas seja sincero. 
Disse com um pequeno sorriso, gostava de ser desejado, mas gostava de ser realmente desejado, não somente porque era o trabalho dele. O moveu no colo, mais forte, mais rápido, puxando-o para si, e sabia que estava perto. 
- ... Kuro, melhor você levantar.
- Estou sendo sincero. 
O menor soou um pouco rouco e pelos espasmos dele, já sabia que estava perto de gozar, o que era curioso, ele parecia um homem maduro, tão logo, sexualmente experiente, ainda que parecesse consigo um adolescente na cama, adorava isso, provavelmente era um homossexual enrustido. Levou a mão até o sexo, que tocava na roupa, roçando, acaba indiretamente estimulado, apertou-se mesmo sobre a seda. 
- Não estou mentindo. - Disse e sugeriu pela ereção. - Posso gozar até sem usar a mão.
Tsukasa desviou o olhar a ele, e só então notou seu sexo excitado, não reparava, tinha costume de transar com mulheres, e uma mulher não parecia tão excitada como ele estava naquele momento. Suspirou, mordendo o lábio inferior, embora de modo sutil e por dentro da boca, não queria admitir, mas gostava de vê-lo, gostava de pensar nele excitado, e se apertando, o sexo dele parecia gostoso, queria tocar, mas não o fez. Empurrou-se firmemente para ele, firme e franziu o cenho.
- Kuro... Se não sair, vou gozar em você
- Ah... 
Kurogane gemeu, embora fosse baixo, ele podia ouvir, diante de sua investida imprevista. Queria ao menos gozar antes, mas ele estava lá, não queria ter que se sujar. 
- Espere um pouco... Por favor. 
Disse, soou ainda grave e embargado. Moveu-se como precisava, apenas para não terminar frustrado, diferente do que lhe disse, precisava sim se tocar, sob o tecido passou a se mover, masturbando-se. 
- Você vai me deixar gozar hoje, hum? Você não tem nojo disso, tem? 
Indagou, como estava por cima, desta vez aquilo seria visível para ele, embaixo não costumava.
Tsukasa assentiu, podia se conter e esperar um pouco, tinha controle afinal. O tocou em sua cintura, era delicado, mas não era uma mulher, o corpo dele tinha boas curvas, não se cansava de olhar, o achava tão mais atraente do que uma mulher que era até estranho. Suspirou e mordeu o lábio inferior, dessa vez foram visível a ele conforme o viu se masturbar, agarrou-se ao futon com ambas as mãos, queria ajudar, mas não podia, não queria tocar... Não tinha jeito. Gemeu, prazeroso e negativou a ele, estava fixado no modo como ele se estimulava, parecia gostoso. 
- Goze.
Kurogane estava um pouco ocupado consigo mesmo, embora não deixasse de dar atenção a ele. Podia ver no entanto sua expressão, podia confundir com seu prazer próximo, seus dedos no futon, quis rir mas não riu, parecia ser um mantra para se conter e não gozar. Pressionava com o dígito polegar toda a base da ereção ao passar por seu comprimento viril até chegar na glande e voltar a descer, mas gostava com força, por isso apertava. Com sua licença, enquanto se movia para ele, movia a mão e percebera seu olhar um tanto interessado no que fazia, não tinha certeza se era medo de acabar com a pele suja pelo sêmen, mas com delicadeza empurrou o kimono, que pelos movimentos acabou de fato se afastando e agora ele podia ver a ereção e mesmo os dedos correndo sobre ela, até então, gozar, mas era hábil ao se cobrir suficiente para não suja-lo e ainda apreciar o clímax, que ficou evidentemente proveitoso. Contraiu cada músculo que lhe deixava à mostra, enquanto se pendia em direção a ele, mas não pesou em seu corpo, aproveitava a onda de prazer que acabava sendo dupla, tanto por dentro quanto por fora e gemeu sem altura, grave era um pouco mais arfado do que  realmente gemido,  não perdia porém a atenção nele, movendo-se de leve até que ele não aguentasse e só então se levantou, quando ele enfim chegaria lá.
O maior o observava curioso, gostava de ver seus toques, seus movimentos, tudo em volta dele era excitante, e não pensou que terminaria aquela noite assim, achou que iria somente dormir com ele e nada mais, mas ele era sempre uma surpresa. Quase gemeu ao senti-lo gozar, sentia mesmo, não só via, podia sentir no sexo seus apertos, os espasmos de seu corpo e realmente, não aguentaria mais. Por sorte, ele havia se levantado antes que acabasse fazendo dentro dele, e ao segurar o próprio sexo entre os dedos, gozou, contendo-se para não sujar o corpo, e era gostoso, lembrar-se dos movimentos dele, daquele vai e vem prazeroso, gemeu, satisfeito.
Kurogane se sentou ao lado dele, apreciando visualmente seu ápice enquanto terminava a leve onda de prazer que ainda sentia. Sorriu ao vê-lo, imaginando que provavelmente era daquele modo que ele parecia ao se tocar sozinho, em sua cama. 
- Hum, isso foi gostoso, ah?
- Hum... Hai... 
Tsukasa suspirou, estava excitado ainda, na verdade, sentia o corpo leve, era gostoso, queria poder sentir sempre. Desviou o olhar a ele num pequeno sorriso e parecia interessado numa parte de seu corpo onde antes visualizava, percebeu que ele ainda estava duro. 
- ... Não foi bom o suficiente?
Quando enfim se fez satisfeito, passada a leve brisa do ápice, Kurogane pegou um dos lenços higiênicos que usou para limpar o próprio corpo ainda firme, levaria um tempo para amenizar a tensão daquela parte. Achava adorável seu interesse por satisfazer a si, mesmo que provavelmente fosse para provar a própria capacidade, era um homem, sabia disso. 
- Foi muito gostoso. Mas você é um homem bonito e eu tenho 19 anos então a ereção vem com facilidade. 
Disse em conforto ao moreno, que parecia deveras interessado em olhar o próprio sexo, claro que desse modo também fez questão de deixar suficientemente visível. Kurogane sorriu a ele, meio de canto, não estava muito feliz de saber que ele ainda estava excitado, gostava mesmo de provar até mesmo para si que era capaz de deixa-lo satisfeito. Suspirou e pegou a cigarrilha nas mãos, iria acende-la, porém preferiu deixar de lado e uma das mãos, apertou-se no sexo, sutilmente, enquanto ainda o observava. Kurogane o observou e mesmo a forma como se apalpou, parecia querer buscar sua virilidade outra vez, sorriu sob a atitude, se perguntava se ele queria fazer novamente, mas percebia que ao se apalpar, novamente olhava o corpo, não ao todo, nas numa certa parte.
Tsukasa suspirou, o observava, tinha a respiração ofegante e ainda o queria, deixou aquilo evidente a ele conforme o olhava, apertava a si, firme, o problema é que de alguma forma, estranha, sentia atração por aquela parte dele, sabia o que queria, mas não queria admitir. O modo como seu corpo se contraía, se movia sobre si, parecia gostoso. Seus modos davam a entender ao menor que ele tentava continuar, o achava adorável e quis rir ao perceber que massageava seu sexo buscando firmeza, mas não o fez. Após se limpar então, ajoelhou-se no futon e cautelosamente seguiu para ele, deitando-se sobre seu corpo conforme tirou a mão de impasse.
O maior desviou o olhar a ele ao senti-lo sobre o corpo e sorriu meio de canto, beijando-o no pescoço a esconder a face em seu ombro, ele era bonito até demais, não conseguia resistir a ele, e sentir seu corpo junto ao próprio, colado, sua temperatura quente, estremecia. 
- Hum... Kuro..
Nos agrados que recebeu no pescoço, Kurogane deu o mesmo para ele enquanto sentia suas mãos mornas deslizarem pelas costas até as nádegas. Beijou e mordiscou a pele e subiu traçando um leve rastro até a orelha. Ao se mover, empurrou o pau contra o dele, roçando-os. Ele parecia gostar dos toques mais afáveis, mais íntimos. Se moveu de um modo talvez sugestivo, porém como se fosse apenas inocente, adoraria penetra-lo, pensou, e ele parecia querer, não tinha certeza mas queria ao menos instiga-lo para conseguir aquela oportunidade. Havia contado algo daquela forma para Asami e agora... Parecia que ele estava fazendo o mesmo que pensava, era estranho.
Tsukasa novamente o suspiro deixou os lábios, não queria pensar em nada naquele momento ou se daria conta de que aquilo não parecia coisa que um homem heterossexual faria. Podia sentir o sexo junto ao dele, era bom, a sensação era gostosa, e ele sabia, estava atento a si, e queria entender o porquê, o que ele queria, e se era o mesmo que a si. Sutilmente, deu espaço a ele entre as próprias pernas, mantendo os beijos em seu pescoço, e não disse nada a ele.
Kurogane deu a ele as mãos dos quais ele dizia gostar do toque. Passou por sua costela, por sua cintura, por seus quadris e nas coxas firmes que como também disse a ele, gostava. Conforme cedeu seu espaço, deslizou um tanto entre suas pernas, acabou por roçar a ereção no início de suas nádegas. Tsukasa desviou o olhar a ele, sutilmente, não observou seu rosto, estava um pouco ansioso, mas não se sobressaltou conforme o sentiu tocar as nádegas e segurou-o no ombro, apertando-o sem muita força.
Ao olha-lo em busca de consentimento, Kurogane percebeu que desviava o olhar, ele não queria lidar com aquilo, notou. Se moveu novamente, sentindo-se roçar em suas nádegas e claro, já estava mais viril por expectativa. Ao se esticar com um dos braços, foi sutil ao pegar uma porção do lubrificante, colocar nos dedos e então, leva-los ao meio de suas pernas. Sabia que podia acabar meio desconfortável naquela situação, mas se ele abria as pernas e não protestava pela ereção a beira-lo, não tinha mesmo intenção de recusar. Com o mesmo lubrificante mentolado o tocou, tocou o mais íntimo de seu corpo, massageando de leve. Queria falar com ele, mas por alguma razão não queria fazer antes de sentir que realmente ele queria aquilo.
Tsukasa desviou o olhar dele, realmente não queria encara-lo, observava a parede, chão, qualquer lugar do quarto que fosse melhor para não olhar seu rosto. Deixou-o pegar o lubrificante, suspirou em expectativa, e o sentiu, frio contra a própria pele, ele tocava a si, fazia exatamente o que queria, sem nem perguntar, e de alguma forma, ele parecia entender a si. Observou o próprio sexo ereto, estava evidentemente excitado, então aquilo, para si, já era uma resposta.
O menor juntou dedos médio e indicador, com a ponta dos dois passou a massagear em circular, pressionando de leve, queria pôr logo os dois, porém pelo visto, ele era virgem ali, queria dar a ele uma ótima experiência, já que não podia fazer isso pelo outro amigo. Vagarosamente empurrou o dedo liso para seu corpo, apenas o médio e não teve dificuldade, estava bastante lubrificado e ele, excitado.
Tsukasa inclinou o pescoço para trás, fechando os olhos conforme sentiu seus toques, e logo o sentiu se empurrar para si, era diferente de qualquer sensação que já tivera antes, doía, era incômodo, ao mesmo tempo que era gostoso por querer faze-lo, mas por um momento se perguntou como seria ter ele inteiro em si.
Kurogane ergueu a direção visual para fita-lo, queria saber que tipo de expressão faria, se sentia dor ou se ia interromper, mas o contrário, franziu o cenho e se fez silencioso. Tinha algum rubor, estava com calor ou envergonhado, provavelmente a segunda opção. Mas sabia cuidar de um homem, ao penetra-lo inteiro, buscou aquela parte, podia estar dolorido e recém penetrado, mas aquela parte faria aquilo muito mais fácil. O pressionou, leve como a um botão, uma, duas vezes até que o estímulo passasse a ter ritmo. Tsukasa gemeu, sutil conforme o sentiu empurrar o dedo para dentro de si, era estranhamente prazeroso fazer aquilo com ele, provavelmente porque sentia vontade, e mesmo silencioso, sabia que ele também sentia.
O menor deu aos poucos mais ritmo, empurrando-se naquela parte, esfregando para sensibilizar aquela região tão pequena mas tão sensível, porém logo estava a colocar um segundo dedo, unindo àquele já por dentro e olhava seu rosto, buscando visualizar seu desconforto. Aproveitou-se para roçar a ereção em sua coxa, queria que ele soubesse que estava pronto para penetra-lo tão logo.
Outro gemido deixou os lábios de Tsukasa, ao senti-lo adentrar a si com um segundo dedo e desviou o olhar a ele, estava envergonhado, mas o queria e queria que ele soubesse. Sentiu o corpo estremecer e mordeu o lábio inferior. 
- Hum...
Kurogane encarou seus olhos nublados ao se voltarem para si, tinha vergonha e podia ver a timidez, mas parecia igualmente excitado. Devagar deixou de estar dentro com os dedos, ao se esticar voltou a alcançar lubrificante, moveu-se como pôde para se lubrificar, enluvou-se com ele, sentindo o cheiro de menta exalar e embora ele não visse, deixou claro que acariciava o próprio corpo para então se voltar para ele, roçando nele, usando do lubrificante na ponta da ereção para igualmente suja-lo e se tornar tão deslizante que facilmente seguiu para dentro, mesmo em seu corpo estreito, mesmo que ele fosse apertado e não pôde deixar de gemer desta vez, sentindo-se preso de uma forma tão gostosa. 
- Uh...
Tsukasa uniu as sobrancelhas pela primeira vez ao senti-lo se guiar para si, entre as próprias pernas, ele iria entrar em si, sabia disso, podia vê-lo se tocar, até mesmo sujar a si, e estremeceu conforme foi somente o sentiu seguir para dentro. O gemido mais alto deixou os lábios, rouco e um pouco dolorido. Mordeu o lábio inferior e agarrou-se ao ombro do outro, sem perceber, apertando-o até demais, embora não o tenha machucado. 
- Hum...
Kurogane murmurou, num baixo gemido conforme seus apertos, no ombro e no sexo, não em desagrado na verdade. Quando o completou, sentiu ser abraçado ao todo, o que causava uma gostosa sensação de circulação sanguínea pulsante naquela parte, suspirou e lhe cedeu algum tempo. 
- Itai, hum? - Disse, embora esperasse não tirar-lhe a vontade. 
Tsukasa desviou o olhar a ele, ainda um pouco envergonhado, porém assentiu, e não desistiu dele, sabia que era dolorido, mas aguentava, era forte.
- ... Tudo bem.
- Motto
Kurogane indagou, queria ouvi-lo e era naturalmente interativo durante o sexo. Apenas quando ele respondeu foi que se moveu, saiu e entrou, devagar, mas teve de morder o lábio inferior, era a primeira virgindade que tirava. O maior assentiu, somente com a cabeça dessa vez e novamente, se agarrava ao futon, apertando o tecido entre os dedos, tentando descontar da sensação dolorida que sentia, mas lembrou-se que tinha ele pra descontar a dor, claro, não o machucaria, mas guiou ambas as mãos aos quadris do outro e apertou-o ali.
Kurogane se voltou para ele, tinha algum espaço para observar seu rosto bonito, quase um tanto carrancudo, mas sabia que estava dolorido. Ele era bonito e talvez por ser demasiado masculino, fazê-lo passivo era muito excitante. Ao deslizar a mão em sua coxa, apalpou e seguiu até o seu quadril, apoiou levemente sob suas nádegas, sentindo a firmeza que tinham, desse modo então, deu início ao ritmo, passando a se mover, devagar e gradativamente passou a se tornar rápido, quando se deu conta, estava a penetra-lo com muito mais força.
Tsukasa puxou-o para si, seus quadris, seu corpo, o sentia junto do próprio, dentro de si, e não estava mais tão dolorido, não estava mais tão ruim de sentir os movimentos, estava ficando gostoso, principalmente quando o sentia tocar a si no ponto tão íntimo e tão gostoso dentro de si. O que estava fazendo? Estava ficando daquela forma com um garoto? Se sentiu um louco por um momento, mas só o apertou mais forte contra si, deixando escapar um gemido prazeroso. 
- Ah... Kuro... 
Murmurou, puxando-o com força contra si, manejando-o e o fez se enterrar por inteiro no corpo.
Suas mãos deslizaram no corpo, seu aperto era firme mas por alguma razão, não passava somente firmeza como também certa sede. Ele costumava gemer, costumava fazer uma expressão de prazer específica, mas naquele momento até seu gemido parecia diferente. Sobre as nádegas seus dedos tocavam e puxavam, Kurogane adorava ser puxado daquela forma, e era assim que terminava se enterrando nele, em movimentos profundos e firmes. Diante de sua vontade, permitiu-se voltar-se para ele, falar com ele, talvez dar a ele um pouco mais de prazer em sua nova experiência. 
- Hum... Você é tão gostoso, Tsukasa. Tão quente e tão apertado. 
Abaixou-se para ele ao falar e mordiscou seu queixo, lambiscando aquela parte, quase tocou sua boca e não tinha aquele hábito, havia ganhado com o outro garoto, Asami, e por percebe-lo se afastou logo, desceu para seu pescoço.
Tsukasa sorriu meio de canto ao ouvi-lo, era meio estranho receber elogios como aquele, geralmente ele ficava em comentários sobre o próprio corpo ou pau, nunca esperava que ele fosse falar do próprio interior, mas ele parecia gostar, podia senti-lo duro e pulsando dentro, por um momento percebeu que ele já estava duro há bem mais tempo do que a si, se sentiu envergonhado, ou com a masculinidade ferida, mas nada disse. Desviou o olhar ao rosto dele, havia sentido o toque suave perto do lábio, ficou confuso, ele nunca havia beijado a si, mas não perguntou e estremeceu conforme o sentia atingir a si no fundo, mordia o lábio para conter o gemido, que soava pouco mais fino, até chegou a pigarrear, desviando o olhar.
Kurogane deslizou a mão em suas nádegas, o apalpando. Ambas as mãos a cada lado de seus quadris, apertava-o como ele a si, o penetrava a medida em que puxado por ele, seguindo seu ritmo, penetrando com força, podia ouvir a pelve atingir ele, sabia que aquilo lhe renderia certa dor nos quadris no dia seguinte, mas lhe garantiria ao menos um ápice intenso. Sem intensificar a rapidez, aumentava a força, o penetrava com certa sinuosidade no quadril, até se afastou, dando espaço para encara-lo de cima e também ser visível a ele. Quando o soltou de suas nádegas, deslizou pelas coxas e subiu, tocou novamente seu quimono afrouxado, mas o abriu, dando espaço para ver seu peitoral e cada espasmo que ele teve quando atingiu sua próstata sensível.
- Hum, sempre quis fazer isso. Queria ser seu ativo.
Tsukasa suspirou, gostava da força dele, e embora quisesse dizer, não conseguia, estava tímido, na verdade, um pouco orgulhoso, não costumava ser passivo de ninguém, obviamente. 
- Ah é? E... E por quê? 
Murmurou, e inclinou o pescoço para trás conforme sentiu o corpo estremecer devido ao toque, podia sentir os músculos do corpo se contraindo. 
- ... Droga... Eu... Ah! 
Disse, agarrando-se a ele e ao futon, firme, assim como o havia apertado dentro de si igualmente, sem intenção, mas fora tão apertado que certamente o machucaria se não tivesse relaxado logo após, queria gozar, estava tão perto, e agarrou os cabelos dele com força, puxando-os, firmemente entre os dedos, mas não o machucou realmente.
- Por quê? Porque você é bonito, tem um corpo apetitoso. Já era gostoso mas queria provar sua bunda firme também. E ela é... Hum. 
Kurogane murmurou, sentindo-se apertado por ele, e gostava daquele toque firme, sentia a circulação contida e gostava de sentir a pressão naquela parte. Pendeu levemente a cabeça conforme puxado, fitou-o de cima como estava e mordeu o lábio inferior, provendo-o da expressão lasciva. Ao tomar de volta seus quadris, segura-lo na pelve, o moveu como podia fazer, roçando sua nádegas junto ao ventre. 
- Hum...
Tsukasa franziu o cenho ao ouvi-lo, não sabia como se sentir com aquele comentário, não sabia se ficava lisonjeado, se não gostava, então apenas assentiu e mordeu o lábio inferior. Um gemido mais alto deixou os lábios e sem avisar mesmo, gozou, sentindo os respingos sobre o próprio abdômen e o apertava firmemente dentro de si, as contrações que ele gostava, do modo como ele gostava. 
- Ah!
Kurogane se sentou entre suas pernas ao se erguer, pegou suas coxas torneadas e puxou suas pernas junto ao peito, sabia que ele provavelmente se sentiria exposto, mas sabia como conseguir dar a ele um clímax intenso, e queria que sua primeira vez fosse memorável. Agarrando suas pernas continuou vigorosamente a penetra-lo até por fim sentir cada espasmo dele, só não denunciou tão rápido quanto seu ápice propriamente vindo, viu-o jorrar sobre seu próprio ventre, sujar com gotas densas seu tronco e até que ele terminasse, continuou a penetra-lo vigorosamente, insistindo naquela parte que conhecia e apenas quando o satisfez, saiu dele e se satisfez igualmente, ajoelhado no meio de suas pernas, na própria mão, embora pouco se si houvesse escapado para sua pele. 
- Uh... Desculpe. - Disse, soprado, afetado pelo ápice.
Tsukasa franziu o cenho mais uma vez ao senti-lo puxar a si, sentia um arrepio pela pele, era estranho, mas aquela posição era gostosa, podia senti-lo bem a fundo no corpo, tocando onde gostava, e quase se revirava na cama, sem saber agir a tanto prazer em conjunto, era como se fosse explodir, como ele mesmo sabia, o clímax fora o melhor que já teve, até inclinou o pescoço mais uma vez para trás, fechando os olhos, e não se importou em estar realmente exposto. 
- Ah! Mais... Mais forte! 
Falou a ele, sentindo-o dar a si o que queria, e quando enfim chegou a vez dele, o viu gozar, em sua mão, mas parecia gostoso do mesmo modo, até desejou que fosse em si por um momento, mas não podia permitir aquilo. 
- Tudo bem... - Disse, rouco.
Ao satisfaze-lo, só então Kurogane saiu de sobre seu corpo, cuidadosamente se pôs ao lado e usou os lenços novamente, para limpar a mão e o próprio corpo, nos ápices recentes que atingiu. Após se fazer, limpou a ele, tirando seus resquícios de seu corpo, de seu abdome tocado pelo prazer. E ele, ainda tinha no rosto a expressão de prazer. 
- Hum, tão gostoso..
Tsukasa permaneceu imóvel, deixando-o limpar a si e por fim sorriu, meio de canto, embora ainda estivesse envergonhado pelo feito. 
- Kimochi.
- Hum, suponho que agora será capaz de descansar. 
Kurogane descartou os lenços e pegou a cigarrilha dele o qual adicionou da própria essência, preparando-a, queimou e deu a ele antes que pudesse usar. O maior assentiu, observando-o enquanto preparava a cigarrilha e acendeu quando entregue a si, tragando-a. 
- Hum...
- Gosta? - O menor indagou e após ajuda-lo com isso, ajudou a se fechar em seu quimono. - Ou prefere dormir nu?
- Dormirei de quimono. 
Tsukasa disse num suspiro e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, colocando uma mecha atrás de sua orelha.
- Não gosta de dormir sem roupas? - Kurogane indagou e sorriu para ele, canteiro. - Nani? 
Indagou ao ter a mecha ajeitada, aproveitou para tocar os cabelos na zona frontal e joga-los para trás. Tsukasa negativou e ajeitou-se em sua cama. 
- Você é muito bonito.
- Hum, você é um homem bonito. 
Kurogane disse e tocou sua mão, pegando a cigarrilha que tragou. Tsukasa sorriu e negativou com sua gentileza, entregando a cigarrilha. 
- Deite-se.
- Não quer nada mais? Talvez chá ou toalhas quentes. 
Kurogane disse e tragou uma vez mais antes de entrega-la de volta a ele.
- Não, só você me é suficiente. - Tsukasa disse num pequeno sorriso e tragou novamente a cigarrilha. - ... Poderá dormir até mais tarde.
- Mais tarde quanto? 
O menor indagou ao que dito e bem se acomodou ao lado dele. A cama pertencia a si, mas achava graça da forma como ele fazia parecer que pertencia a ele.
- Até a hora que quiser. Quando acordar, irei embora.
- Dormirá junto a mim enquanto isso?
- Sim. 
O maior murmurou e entregou a cigarrilha a ele novamente, estava dolorido, mas não diria.
- Posso perguntar?
Não que fosse tímido ou demasiado recatado, mas era um cortesão e estava trabalhando, não falava com um amigo, portanto mesmo uma pergunta devia ser feita antes de de fato perguntar. Tsukasa arqueou uma das sobrancelhas, e na verdade, a expressão não parecia severa, era suave, gostava de ficar com ele. 
- Sim.
- Quantos anos tem? 
O menor indagou e esperava a resposta sob um trago do fumo. Tsukasa sorriu meio de canto. 
- Vinte e seis.
- Uh, é bastante jovem. Já tem uma esposa, eu suponho.
- Sim, sou casado. - Disse, dessa vez não tão gracioso.
- Já tem filhos?
- Não. Ainda não. - Tsukasa disse, e na verdade, não pretendia ter de todo modo. - Quantos anos você tem?
- Eu disse há pouco, tenho dezenove. - Kurogane sorriu ao dizer.
- Ah, me desculpe. Eu... Estou meio aéreo.
- Hum, significa que foi gostoso. Sua esposa não vai se incomodar que passe a noite até a hora que eu acordar?
- Não, disse a ela que estava na empresa.
- Trabalha com o que, Tsukasa?
- Sou dono de uma fábrica de saquê.
- Oh, parece divertido. Me deixará provar do seu saquê um dia?
- Claro que vou. Trago pra você.
- Será ótimo. Podemos beber juntos enquanto fazemos sexo, hum?
- Hum, parece gostoso.
- É, vai ser. Sempre vou fazer você se sentir bem. 
Kurogane disse e acariciou seu peito, deslizou até o sexo e deu uma apalpada firme, nada duradouro. Tsukasa sorriu a ele e puxou-o para si, abraçando-o. 
- Eu sei. Escolhi bem você.
O riso soou entre os dentes cerrados. 
- Agradeço por me escolher, é um prazer servi-lo.
- Não seja tão certinho, tudo bem? Pode falar comigo fora do serviço, não me peça permissão pra me perguntar algo, só... Só fale.
- Se é o que quer, serei informal. Mas não se arrependa, não sou tímido.
- Não espero que seja, é um cortesão, não um político.
- Mas eu não agi tão polido. Mas por ser um cortesão, alguns clientes querem ter relação sexual e não falar sobre o casamento, por isso vou devagar. Quando querem falar, vêem apenas para falar.
- Entendi. Não quero entediar você com a minha vida.
- Você não me entendia. Pode falar o quanto quiser, enquanto isso eu aprecio sua beleza.
Tsukasa sorriu e negativou, acariciando-o em sua perna por baixo do cobertor que havia puxado sobre seu corpo. 
- Durma.
- Hum, após você. Posso faze-lo dormir.
O maior sorriu meio fraco, assentindo a ele e aconchegou-se junto ao outro, silencioso, e dormiria daquele modo. Kurogane se acomodou com ele e tocou seus cabelos, os afagou até que não conseguisse mais e adormecesse. 

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