Yasuhiro e Yoruichi #23 (+18)


Yoruichi havia acabado de voltar da feira. Se misturou em meio aos humanos e por sorte conseguiu algo como cacau em pó, que diziam ser super gostoso para receitas no ocidente. Ponderou por um momento, que talvez seria legal fazer algo para ele, embora sempre de mal humor, gostava de agrada-lo nem que fosse com algo sutil. Na cozinha, fez uma pequena bagunça, juntou os ingredientes num pequeno bowl preto e logo, colocou na forminha que também havia comprado, e a achava engraçadinha, acendeu o fogo com o restante de lenha que havia guardado e lá colocou o bolo. Talvez, pudesse fazer algo mais pra ele, como um chá. Um longo suspiro deixou os lábios, queria realmente aquele bolo, realmente, mas já estava sentado em frente ao forno há umas duas horas e nada. Negativou consigo mesmo e abriu o local, observando a lenha que queimava e o pequeno bolinho desajeitado e torto, cerrou os dentes e irritado puxou a forma para si, não sabia ser uma esposa, não sabia nada. O que não havia notado, é que ao puxar, a forma estaria quente e sentiu a pele no mínimo toque, queimar como se fosse brasa. Soltou a forma do bolo rapidamente num grito irritado e uniu as sobrancelhas, vendo o bolinho agora se espatifar no chão e assim como ele, se ajoelhou no local, observando as próprias mãos a unir as sobrancelhas, e podia ver a pele queimando aos poucos, quase como se fosse um papel ou um plástico. Abraçou as mãos contra o peito e abaixou a cabeça, deixando os cabelos negros caírem como um véu sobre o rosto, era a primeira vez que chorava, mas por sorte, ele não estava em casa.
Por mais aliviador que pudesse ser para ele não estar por perto, Yasuhiro podia sentir suas sensação no entanto, tão logo era insignificante estar ou não naquele momento, para ele, quanto a si, já havia sentido que precisava voltar para casa e era isso que estava fazendo, havia levado consigo algumas aves, dos quais não sabia exatamente onde havia deixado na casa, mas havia deixado em algum lugar antes de sair. Sentiu o cheiro de fumaça, era suficiente ara saber de onde vinha a dor que se irradiava por ele e alcançava a si. Abaixou-se para o moreno, que aquela altura provavelmente já praguejava estar acompanhado, escondia seu olhar brilhante e marejado em seus cabelos negros que admirava. 
- Yoru? 
Murmurou e se abaixou junto a ele, tocou suas pulsos, buscando o que ele tomava junto ao peito. Ao ouvir os passos, o menor encolheu-se ainda mais, porém conforme o ouviu, a voz tão suave, parecia sutil demais, como se buscasse a sutileza consigo, o observou entre os fios de cabelo e desviou o olhar a ele, igualmente sutil, e uma lágrima escorreu de um dos olhos, nunca havia deixado ele ver a si como uma criança daquela forma, por isso estava tão nervoso.
- Oh, você é bobo. 
Yasuhiro murmurou e se levantou, procurou uma bebida, a mais fresca naquele dia. Levou para ele junto a seu cálice de estimação, onde ele costumava ter preferência por beber. 
- Aqui, tome. - Disse e guiou para sua boca, na impossibilidade de usar as mãos. - Vai parar de doer. 
Com a mão desocupada tocou seu rosto, limpou a lágrima sutil como quem sequer a via. Ao ver a taça, Yoruichi não protestou, golou a bebida algumas vezes, até limpar o cálice. Suspirou em seguida, vendo o bolo destruído, só seu último pedaço dentro da forma. Yasuhiro observou o bolo, os pedaços da sobremesa que restavam onde havia deixado, após dar-lhe o que beber, não deu atenção até então a sua sobremesa, antes disso, verificou sua mão. 
- Precisa de mais? - Referiu-se ao sangue.
O menor deixou-o puxar as próprias mãos, que não haviam se restaurado ainda, pelo menos, não estavam mais queimando e assentiu a ele conforme a pergunta.
- Hum. 
O loiro assentiu enquanto o segurava no pulso, beijou seu dorso e se levantou, buscando um pouco mais do que era seu remédio. Yoruichi manteve-se sentado no chão, observando o caminho dele pela casa enquanto trazia para si o sangue. Tão logo, o loiro se acomodou como antes, ajudou a verter o sangue em sua boca, até que completamente esvaziado o cálice. 
- E agora?
O moreno assentiu em agradecimento quando finalizada a bebida e viu a mão secar como uma folha no inverno, estava numa cor escura, como sangue pisado, mas não doía mais, ia levar um tempo. 
- ... Tudo bem.
- Agora parece melhor. - O maior disse-lhe a dispor mais um par de beijos, uma para cada e sorriu a ele. - Tome cuidado com o fogo, ele não é gentil embora seja quente como eu - Aproveitou para brincar com ele. 
Yoruichi manteve-se silencioso ao sentir seus beijos, as sobrancelhas unidas, porém estreitou os olhos conforme ouviu a última parte.
- Não foi proposital...
- Eu sei, mas tome cuidado. Tenha medo do fogo. 
Yasuhiro disse e se virou, até pegou uma lasquinha do que ele tentava fazer. Yoruichi desviou o olhar a ele e negativou. 
- Não, isso está horrível.
- Hum.. Do que é? É gostoso, cheira bem.
O menor uniu as sobrancelhas novamente.
- Cacau.
- É gostoso. - Yasuhiro afagou sua bochecha. - Vamos, vamos tentar de novo.
Yoruichi desviou o olhar a ele e negativou, levantando-se devagar, já que não conseguia se apoiar no chão. 
- Não adianta.
- Adianta sim, vamos fazer juntinhos, bem namoradinhos. 
O loiro brincou e o ajudou a se levantar. O menor o observou e abaixou a cabeça por um momento, limpando as lágrimas nos olhos com o dorso da mão.
- Vamos?
- Mas não posso mais fazer, minhas mãos estão queimadas.
- Elas vão melhorar e eu posso te ajudar com o que precisar.
Yoruichi assentiu e suspirou, indicando a forma no chão.
- Eu vou ajeitar de novo. Só me falar o que você precisa.
- Chocolate, farinha, ovos.
Após se ajeitarem, Yasuhiro buscou o que ele pedia, também um pouco mais de sangue para que acabasse com o que restava de seu desconforto. O moreno aceitou o cálice, segurando meio desajeitado, porém sorriu a ele, meio de canto.
- Beba tudo e assim vai parar de incomodar, hum?
- Onde você estava?
- Estava pegando algumas aves na casa dos vizinhos mais próximos.
- Estava roubando?! - Yoruichi disse a arquear uma das sobrancelhas. - Quantas você roubou?
- Não estava roubando, estava cobrando o aluguel. Duas.
- ... Podia ter pego pelo menos três né? Já que estava lá.
- Mas são enormes, devem colocar alguma coisa nessas aves.
- Hum... Pelo menos vão durar um tempo.
- Eu pego mais amanhã. É uma aventura.
Yoruichi riu. 
- Gostaria de ver.
- Você pode vir se quiser. Pode pegar umas também.
- Ah, eu não. Eu só observo.
- Ah, você precisa ir pegar as aves, é mais divertido.
- De kimono? Vou é levar um tombo.
- Vai nada, eu te seguro se bambear.
Yoruichi sorriu. 
- Hum... Certo.
- Vamos, vem fazer o doce comigo.
- Tá bem... Ah, leite.
- Quer leitinho?
- Não pra mim... Pro bolo.
- Oh, claro. 
Yasuhiro disse e pegou o necessário, ele já havia comprado todo o necessário e embora agisse como qualquer coisa, na cabeça imaginava sua rota a preparar ou selecionar tudo o que usaria. Era adorável.
- Precisa misturar isso tudo, acho que a farinha vai por último.
- Vem aqui, me ajude na quantidade.
O moreno assentiu e seguiu até ele, bebendo o restante do sangue e indicou a xícara para medir. O loiro indicado por ele, logo mediu com a xícara, aos poucos completava o recipiente com ingredientes. Yoruichi pegou o saquinho com o chocolate e entregou a ele, passando por trás de seu corpo, sutilmente.
- Hum, esse é o cheiro gostoso, ah?
- Sim. 
O moreno sorriu, achava adorável como ele parecia uma criança.
- Hum. 
Yasuhiro murmurou em compreensão e adicionou à mistura que já feita até então, até provou antes. Ao se aproximar novamente, Yoruichi o beijou no rosto, sutilmente. 
- Agora a farinha.
O maior sorriu de canto diante de sua sutileza, sorriu para ele na verdade e adicionou o que pediu. 
- Pronto, sensei.
O moreno sorriu meio de canto e negativou. 
- Hum, mexe devagar até ela misturar e aí coloca na forma.
- Mexe devagar, hum? 
Yasuhiro soou ambíguo, mas fez como sugeriu.
- Uhum. 
Yoruichi disse conforme segurou os quadris dele, deslizando as mãos até seu baixo ventre, mas não o tocou, subiu novamente. 
- Pronto? Coloca na forma.
- Opa, opa, tem algo estranho acontecendo aqui. - Yasuhiro disse ao sentir seu toque, e que aparentemente a mão já estava melhor. - Só quer me ver cozinhando, ah? Vejo que essa mãozinha está bem.
Yoruichi sorriu. 
- Ainda dói um pouco, estou sendo sutil.
- Sei. 
O maior disse e por fim o tocou, acariciou levemente o dorso, foi gentil. Tão logo retomou a atividade. O menor sorriu novamente e encostou a face em seu ombro, por trás. Yasuhiro adicionou a massa à forma que comorara, e somente no fim da atividade se voltou para ele, que antes nas costas, agora estava de frente. O abraçou por sua cintura. Yoruichi sorriu conforme ele se voltou para si e guiou os braços ao redor dele, abraçando-o igualmente e repousou a face em seu ombro novamente.
- Estava com medo, hum? 
O loiro indagou e apoiou o queixo sobre sua cabeça, sem incomoda-lo no entanto. O moreno suspirou. 
- Com medo de que?
- Da dor.
- Não... Me achava um idiota por não parecer uma boa esposa. Nem um doce eu sei fazer.
- Não seja tolo, você cresceu cercado de pessoas que fizessem por você, não saberá fazer as coisas só porque deseja fazer, precisará aprender. E isso vamos aprender juntos.
Yoruichi assentiu, silencioso e virou a face de lado, sentindo o cheiro gostoso dele. Yasuhiro virou-se para ele como ele em direção a si, beijou sua bochecha fria. O menor ergueu a face a observa-lo. 
- Hum... Só te amo porque me trouxe frango.
- Só por isso. 
O maior disse e se aproximou dele, bem próximo, porém não chegou a encostar em seus lábios. Yoruichi assentiu e sorriu a ele, selando-lhe os lábios. Yasuhiro levou a mão até sua nuca, segurou com firmeza, embora soubesse ter cuidado, puxou com sutileza, o encarava ao expor a língua e roçar em seus lábios. O menor o observou tão perto de si e num sorriso retribuiu seu toque, beijando-o. O maior, devagar chegou perto de seus lábios, o beijou, mas não fechou os olhos para isso. Yoruichi uniu as sobrancelhas porém, sentindo o puxão nos cabelos e mordeu o lábio inferior, dele, porém sem força. Yasuhiro penetrou sua boca, devagar, resvalou a dentro dela. O beijou, mantendo os olhos por encarar os dele. Ao beija-lo, Yoruichi fez o mesmo, o encarou, fixamente e a língua buscava a dele, quase brigando com ela já que tinha os cabelos puxados. O loiro continuou porém, mesmo em seu retruque com o olhar ou com a vigorosidade com que o beijava. Já a mão desocupada, sem seus braços, deslizou por todo seu torso, desceu das costas até sua nádega e o empurrou na direção de si. Yoruichi uniu as sobrancelhas conforme fora puxado e agarrou-se no kimono dele, apertando o tecido de seda entre os dedos e gemeu suavemente contra os lábios dele.
Yasuhiro deslizou os dedos pela seda suave, fazendo o contorno do volume de sua nádega e por ali mesmo segurou o tecido, tão logo passou a puxa-lo e ergue-lo, de qualquer modo que desse vazão por toca-lo. Yoruichi desviou o olhar a ele, curioso conforme o sentia puxar as próprias roupas, dera um pequeno sorriso de canto. 
- O que está fazendo...?
- Estou conferindo se não queimou mais nada. 
Yasuhiro disse e soou muito sério sobre o que dizia. Mas o virou consigo e antes encostado à bancada, colocou ele dessa forma, porém, de costas e com isso uniu o peito junto a seu dorso.
- Ah, e como eu iria queimar aí atrás? 
Disse, porém, fora interrompido antes que completasse a fala. Estremeceu conforme ele colou o corpo ao próprio e fora obrigado a empurrar o bolo pouco para o lado na bancada, para que não se deitasse sobre a forma. 
- Hum...
O loiro amarrotou todo o tecido conforme o subiu até sua cintura, expôs sua roupa íntima que desceu abaixo das nádegas, e talvez ele não pudesse ver, mas já havia até mesmo se ajeitado, se colou em suas nádegas, roçando o corpo contra o seu. 
- Não sei, talvez eu veja isso agora.
Yoruichi suspirou conforme o sentiu se encostar em si, e realmente não fazia ideia de que ele á estava daquela forma, esperando por si, e parecia ereto. Estremeceu e mordeu o lábio inferior, mesmo silencioso. 
- Talvez eu esteja queimado por dentro.
- Não está, mas vou por fogo em você. 
Yasuhiro disse e pegou-se nos dedos, direcionando o sexo para ele, roçou firmemente entre suas nádegas, tocando a seu âmago e lhe cedeu apenas a expectativa da penetração, embora fosse, muito em breve, fazê-lo lidar com ela. 
O moreno arrastou as unhas pela bancada de madeira da cozinha, quase toda ela era tradicional, então não haviam peças de mármore, a madeira era quente para um vampiro, mas era agradável. Por fim, gemeu quase dolorido conforme o sentiu se roçar em si, e podia sentir agora o quanto ele estava excitado, era estranho, porque momentos atrás, não pôde, talvez não estivesse realmente concentrado nele para saber daquilo. 
- ... Hum...
O loiro pressionou o suficiente da ereção junto se seu corpo. Sobre o que ele pensava, não estava exatamente ereto alguns minutos atrás, afinal, estava atencioso sobre sei ferimento, mas só precisava de uma mão rápida sobre o baixo ventre e lá estava para ele. Ao soltar a si mesmo, empurrou-se, de início devagar mas resvalou, tão logo não se vou num impasse, o penetrou numa investida rápida até completar seu corpo. 
O gemido fora quase sufocado na garganta do menor, se não fosse sua insistência de deixar a si e escapou suave, quase manhoso, dolorido conforme o sentiu entrar, e outro pouco mais alto fora audível quando o outro se empurrou firme contra si, estremeceu, sentindo uma pontada dolorida pelo corpo, não menos prazerosa.
Yasuhiro sorriu, embora para si mesmo, gostava daquele gemidinho manhoso e podia sentir que embora dolorido, ele não parecia reclamar, mesmo com seu corpo. Arqueou-se e o quanto pôde, se encaixou nele. Yoruichi sentiu o corpo dele sobre o próprio e agarrou-se a mesa, firme, as mãos ainda ardiam levemente, e o corpo insistia em se fechar ao redor dele, apertando-o. Havia se alimentado recentemente, e talvez para ele fosse algo até melhor, para si, era um pouco mais dolorido, mas nada que não pudesse suportar. 
- Hum...
O loiro roçou a face junto de seu pescoço, mordiscou seu ombro sem perfurar a pele, como um gato. Moveu-se, reiniciando o ritmo, passando a se mover ainda que estivesse estreito. O moreno sentiu o toque no pescoço, gostoso para um vampiro, ainda mais por saber que ele era delicado e uniu as sobrancelhas conforme o sentiu se mover, podia sentir o arrepio percorrer a coluna e se sustentava sobre a bancada de madeira. 
- Ah...
Yasuhiro deslizou as mãos na curva de sua pelve, sentindo os ossos delicados de seu corpo magro, e era por ali mesmo que o sustentava no lugar, iniciado o vigoroso ritmo e vaivém.
- Ah! Yasu... 
Yoruichi gemeu conforme sentiu o ritmo dele, firme contra o corpo, e gostava, mentiria se dissesse que não, embora costumasse nega-lo na maior parte do tempo, aquele era um momento que simplesmente não conseguia dizer não a ele, desde que descobrira o quão bom era ter ele dentro do corpo assim, ou entre as próprias pernas. Talvez fosse aquela a primeira vez do maior a se impor contra o moreno sem que antes lhe fizesse alguma menção. A mão em sua pelve, apenas uma delas, subiu até o pescoço, deslizou por seu peito e tocou seu tórax, seu mamilo cujo peitoral sem volume e o acariciou até entumescer nos dedos, sensibilizando-o e sabia que ele gostava. 
Yoruichi afrouxou o obi com uma das mãos conforme sentiu a mão dele subir pelo corpo, sabia que ele iria tocar a si ali, e queria que ele tocasse o local sem impasse de tecidos. Sempre fora alguém delicado, mas naquele momento queria que ele fosse um pouco menos delicado consigo, estava um pouco chateado, e queria esquecer aquilo. 
- Ah! Me morde... Me morde Yasu...
O loiro roçou os lábios sua pele, onde já antes o mordia, a mordida porém se levou mais a frente e deu o que ele pediu com anseio, perfurou a intercessão entre seu ombro e pescoço e tragou-o como beberia de uma preza. Com firmeza continuou a se mover, vigorosamente. Yoruichi uniu as sobrancelhas conforme sentiu a mordida, e fora tão dolorosa que as pernas estremeceram conforme podia sentir seus dentes rompendo a carne. Rompeu também o próprio lábio inferior na mordida que havia dado nele, contendo o gemido que mesmo assim, rasgou a garganta. 
- Ah!
O maior pôde senti-lo vacilar na mordida, ainda assim continuou no que fazia, apenas o sustentou pela cintura conforme o enlaçou e continuou por fim a se mover, com firmeza. O menor sentiu as pequenas gotas de sangue escorrerem pelo queixo e gotejarem na mesa, os olhos que estavam vermelhos e acesos já pelo sangue tomado anteriormente ficaram ainda mais acesos e guiou uma das mãos sobre a dele na própria cintura, apenas segurando-a ali.
Yasuhiro firmou os dentes nele, como seu toque na cintura, só deixou de tragar antes que transasse com um corpo inanimado, ainda assim continuou nas perfurações, assim como embaixo, insistentemente entrando nele, tendo prazer, lhe dando prazer. Yoruichi sentiu o aperto dele, firme ao redor da cintura, e a própria firmeza já havia afrouxado conforme se sentiu fraco pela falta do sangue, não era o suficiente para desmaiar, mas para enxergar turvo e ter que piscar algumas vezes para voltar a enxergar sim. Firmou a mão sobre a mesa para o apoio e o gemido rasgou a garganta, dolorido, a mão doía novamente, e era como uma queimadura aberta contra uma superfície dura, o que era estranho é que o arrepio que percorreu o corpo fora extremamente prazeroso, mesmo tão dolorido, e apertou-o dentro do corpo, mesmo sem a intenção. 
- Filho da puta!
Yasuhiro sabia que nele alguma coisa lhe era dolorida, pela intensidade maior sabia que provinha mais da mão do que de seus quadris onde o tocava, uma vez estimulado, conseguia facilmente mudar sua dor para o prazer. Ainda assim continuou a segura-lo, puxa-lo em direção a si, assim como se empurrava para ele. Yoruichi esticou as mãos agora para fora da bancada, deixando ambas unidas, como se tivesse sido preso por ele, era melhor já que não podia tocar em nada, e assim não tocaria. Estremeceu conforme o sentiu atingir aquele ponto que tanto gostava, era tão bom que quase não conseguia gemer, a voz acabava presa na garganta. 
- I-Iku... Ah! Yasu!
- Iku
O maior indagou, achava adorável aquele grunhidinho. Ao deslizar a mão por seu corpo, passou entre suas pernas e tocou seu sexo, sentiu gotejo nos dedos, ele estava excitado e gostava de saber disso, friccionou sua ponta, esfregando a glande, tão logo passou a deslizar em vaivém, ajudando seu prazer, intensificando seu ápice assim que ele viesse.
Um gemido mais alto deixou os lábios de Yoruichi conforme sentiu o toque no sexo, e queria muito gozar, tanto que não precisou de um toque realmente pesado dele, mais uma investida, atingiu o ápice e mordeu o lábio mais uma vez, sem perceber, gemeu, prazeroso, deixando que a voz deixasse a garganta sem impasses e podia sentir o corpo trêmulo, contraindo-se ao redor dele. 
- Ah...
Ainda no abraço, Yasuhiro sustentou seu corpo leve e continuou a se mover, tanto atrás quanto a sua frente, o masturbando, intensificando seu clímax e tão logo, gozou, nele, dentro dele e beijou seu pescoço, onde o gemido soou suave e soprado. O abraço se tornava mais firme, o tomando conta o corpo conforme cessou ritmo, sentindo o clímax em seu auge.
- Ah... 
O menor gemeu novamente, sem poder se conter, e ele era excitante, como era. Naquele momento se lembrou da própria mãe dizendo a si quando mais novo que muito provavelmente o próprio parceiro não saberia dar prazer a si e só pensaria em seu próprio prazer, mas que não devia se importar com isso, já que servia unicamente para cuidar da casa e dar filhos de sangue puro a ele. Pensava em alguns momentos que ela havia tido realmente uma vida bem infeliz, porque com ele... Com ele era feliz. Ele se importava com o próprio prazer, ele queria que sentisse como ele, ele se importava consigo. E senti-lo dentro de si não era uma obrigação, era algo que ansiava e muito. 
- ... Você... É maravilhoso... 
Disse, e estava um pouco tonto pela falta de sangue, na verdade, não conseguia se levantar do balcão.
- Hum, foi assim tão gostoso que te faz sincero? - Yasuhiro indagou, soou um pouco mais baixo, soando ainda em sua pele e lambiscou as feridas já distantes. - Agora o doce vai ficar ainda mais gostoso.
- Hum... - Yoruichi suspirou e assentiu. - Me ajude a levantar...
- Hum. 
Yasuhiro murmurou em afirmação e por fim saiu dele,  devagar, sentindo cada centímetro com que o Deixou e após se ajustar o ajudou a se levantar, deu-lhe algum colo. O moreno sentiu-o pegar a si no colo e desviou o olhar a seu rosto, sentindo os cabelos caírem sobre os ombros, pesados. 
- ... Me dê sangue...
- Oh, vou amamenta-la, princesa.
Yoruichi estreitou os olhos.
- ... Minhas mãos... Vão explodir.
- Elas estão bem, continuam bonitas. 
O loiro disse e por fim se sentou, consequentemente o sentou no colo e somente após pegar do sangue. Desse modo o ajudou a beber. O moreno negativou conforme ele se sentou e segurou a si, se sentia péssimo por precisar ser manipulado daquela forma, não gostava de ser cuidado tão evidentemente, era orgulhoso. Conforme golou o sangue, parecia sedento, até engasgava conforme bebia, sentindo as dores do corpo amenizarem aos poucos.
- Calma, parece um gatinho esganado. 
Yasuhiro disse e tocou seus cabelos, sem impedir que continuasse sua bebida, passando a mecha para trás da orelha. Yoruichi suspirou, golando rapidamente o restante da bebida e ao finalizar fechou os olhos, descansando por alguns segundos.
- Ah...
O maior riu, entre os dentes. 
- Vou ter que privar você do meu colo delicioso, assim termino sua receita.
Yoruichi assentiu a observa-lo em seguida e sorriu.
- Quer alguma coisa? 
O loiro disse ao colocá-lo no chão, sentado junto a mesa da sala.
- Não, quero só olhar você.
- Quer que eu faça nu? Fica melhor se olhar.
- Hum, pode ser.

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