Sagara e Azaiichi #8


Azaiichi suspirou, era um dia normal de escola, estava usando o uniforme, que era tão sem graça que não conseguia entender como a escola poderia exigir que todos vestissem aquilo. Desviou o olhar ao relógio, estava tarde, deveria ir pra casa, mas antes, decidiu passar numa cafeteria para comprar um copo de chá, especificamente o verde com chantilly que gostava. Ao entrar, fitou o cardápio e arrumou os cabelos acinzentados, assim como a mochila num azul pastel sobre os ombros e recebendo o chá, desviou o olhar para o interior do local, notando-o sentado numa das últimas mesas. 
- ... Saga? 
Murmurou e caminhou até ele, fitando-o enquanto lia algo qualquer e tomava seu café, estava sozinho. Devagar, abaixou-se ao lado dele e lambeu seu rosto, claro, sutilmente. 
- Oi dono. - Sorriu.
Quando Sagara deixou o estúdio, deixavam tudo pronto para ter aquele período de folga. Passariam pelo menos quatro dias descompromissados, embora tivesse mais tempo de férias pós turnê, provavelmente se envolveria em algum trabalho. Se sentou, acomodando-se dentro da cafeteria numa parte onde podia ter uma boa vista, mas era reservada. Usava casaco longo, as roupas eram habitualmente sóbrias. Os cabelos estavam amarrados e a máscara estava no queixo enquanto tragava o café. Absorto pela leitura porém não deu atenção aos passos, apenas ao toque úmido e sutil da língua na bochecha onde era aparente. Se virou, não foi abrupto, foi na verdade silencioso porém muito, muito indagativo.
Azaiichi sorriu, inclinando o rosto para o lado, como um gatinho curioso. 
- Olá. Estranho ver você aqui.
Sagara identificou porém o lambedor. Não era um bicho embora agisse feito um. Ergueu a mão o qual deslizou na parte tocada. Só então percebeu como ele parecia naquele momento, era como um típico estudante japonês, seus olhos até pareciam menores. Deixou claro que o estava identificando como agora ele parecia. O menor uniu as sobrancelhas. 
- Que foi? Estou feio, eu sei.
- Hum, parece que é a primeira vez que não vejo suas pernas à mostra. - Disse, não estava feio. - Fica bem assim.
Azaiichi sorriu meio de canto, um pouco envergonhado pelas roupas na verdade. 
- Posso sentar?
- Você lambeu meu rosto, perguntar se pode se sentar é um tanto irônico.
O menor riu e sentou-se em frente a ele, bebendo um gole do chá.
- Vem sempre nessa cafeteria?
- Não com frequência. Mas quando posso. Pela roupa eu suponho que não estava tentando ser um stalker, a coincidência me surpreende.
Azaiichi riu. 
- É... Ah... - Disse, um pouco envergonhado por não estar muito apresentável a ele e ajeitou uma mecha dos cabelos atrás da orelha. - Você está bonito.
Sagara voltou-se para vê-lo sob o típico olhar sonolento que apresentava, parecia sempre entediado, ainda que lhe desferisse um sorriso tênue. Bebeu o restante do café e formulou outro pedido.
- Hum, não tenho visto nenhum show seu anunciado. Parou por um tempo?
- Não, tenho uns dias de folga. Projetos em andamento.
- Ah... Quais?
- Da banda. 
Sagara não diria, a forma como o olhou em retruque já dizia isso. Azaiichi sorriu meio de canto. 
- Alguma vez já espalhei alguma informação sobre você?
- Você não é fã? É uma surpresa. Aguente.
O menor fez um pequeno bico, mas bebeu mais do chá em seguida.
- Está mal acostumado.
- Mal acostumado é?
- É. Quer entrar no camarim, saber o projeto antecipado. Obrigado. 
Sagara disse ao receber a segunda dose de café.
- Transar com o vocalista. 
Azaiichi disse e sorriu à moça que ainda estava ao lado. O maior fitou-o e mesmo sutilmente a jovem serviçal. Não se manifestou, não sabia exatamente se ela notava a si, portanto não se exasperou. Mas aquela altura seu rosto estava corado. O menor sorriu novamente conforme ela se afastou e bebeu pouco mais do chá. 
- Semana que vem é seu aniversário, podíamos sair e comemorar juntos, o que acha?
- Hum, e o que você sugere? 
Sagara indagou, achando graça em sua ideia embora não estivesse rindo. Comemorava geralmente numa boate com carnes, doces e bebidas, habitualmente com amigos de banda e, ou, outros músicos.
- Hum... Não sei, quer ir dançar um pouco?
- Dançar? - Sagara sorriu canteiro, evidentemente não favorável à ideia. - Não.
- Ah... Sei lá, comer então?
- Hum, você quer mesmo ir, ah?
- Quero, você... Não... Quer sair comigo?
- Hum, você ainda tem dezesseis anos. Você pode ser um problema pra mim.
- Hum, não quer ser visto comigo então.
- Você só precisa se comportar como um garoto de dezesseis anos e não tentar me lamber em público. Quer que eu acabe preso, ah?
- Ninguém viu. Gosta do meu uniforme?
- É um uniforme tradicional, é bonito. Você já está pensando em algo sexual, não é?
Azaiichi riu. 
- É assim que eu agrado você.
- Uh. - O moreno soou num riso nasal. - Devia se valorizar melhor, garoto.
O menor franziu o cenho ao ouvi-lo e deu um pequeno sorriso, não havia outro modo de prende-lo a si se não aquele. 
- ... Certo.
- Bem, pense no que fará para mim então, eu ligo pra você um dia antes do meu aniversário.
- No que... Eu farei?
- Sim, não queria fazer alguma coisa no meu aniversário?
- ... Quero. - Azaiichi sorriu. - Então vai mesmo sair comigo?
- Hum. - Sagara murmurou afirmativo. - Espero que faça algo bom.
- Hum, vou fazer. 
O menor sorriu e mordeu o lábio inferior, desviou o olhar para a mesa e em seguida, o próprio celular. 
- Então, o que vai fazer agora?
- Hum, pretendo continuar tomando umas doses de café ou vou acabar bêbado. E você?
- Bem, eu ia pra casa fazer minhas tarefas. Quer ir comigo?
- Ir até sua casa e ver você fazendo suas tarefas? - Sagara sorriu canteiro.
- Hum, claro que não, se você fosse eu não faria minhas tarefas. Vem, eu tenho whisky e vodka. - Sorriu.
- Por que tem whisky e vodka? Não me parece do tipo que bebe em casa.
- Não bebo, comprei pra vocês,estão lacradas.
- Comprou, hum, e como imaginou que me daria?
- Eu ia te chamar pra ir lá em casa, como estou fazendo agora. - Azaiichi riu. - Vem, meu colchão é muito confortável.
- Eu não tenho certeza se é uma boa ideia. Vai me mostrar seu quarto com pôsteres e jogos?
- Não tem ninguém lá, minha mãe nem mora aqui. - Sorriu. - ninguém vai te ver.
- Eu sei que mora sozinho, você mencionou.
- Então. Vem, eu dispenso os empregados. É melhor do que ficar bêbado sozinho, não?
- Eu gosto de ficar sozinho na verdade. - Sagara falou sincero, não em dispensa, mas gostava de estar a sós, justamente porque normalmente estava em meio a muita gente. - Bem, te levo em casa.
- Hum. - Azaiichi murmurou em compreensão, pensando estar sendo dispensado e suspirou, desviando o olhar a ele. - Leva? Ta bem
- Sim, você pega ônibus ou metrô, hum?
- Metrô. - O menor sorriu.
- Hum. 
O moreno assentiu. Após beber o café, reformulou um pedido pela terceira dose, pediu um duplo desta vez e também pediu uma sobremesa. Azaiichi desviou o olhar a ele e arqueou uma das sobrancelhas. 
- Você gosta mesmo de café hein?
- A dose é que é pequena. 
Sagara sorriu canteiro. Recebeu tão logo a dose junto à sobremesa, numa fatia de bolo macio e chocolate amargo, acompanhando o sorvete, havia vindo com dois talheres, dados pela atendente pouco a par do assunto. Azaiichi desviou o olhar ao bolo e sorriu, mordendo o lábio inferior.
- Own, ela acha que somos um casal.
- Provavelmente porque ela te ouviu falar sobre transar. Coma. 
O maior sugeriu, incentivando a comer da sobremesa. Azaiichi riu baixo e assentiu, pegando a colher e cortou um pedaço de seu bolo, levando aos lábios.
- Gostoso? 
O maior indagou e tomou o café, aproveitou para ler a última parte da leitura até então interrompida.
- Oishi. Não vai comer comigo? 
O menor murmurou, pegando um pouco do sorvete a levar aos lábios. Sagara pegou a colher de sobremesa ao lado, preencheu com a pequena porção do bolo aquecido e levou até a boca, acompanhando o café. Azaiichi sorriu e bebeu pouco mais do chá, levando mais um pouco do sorvete para a boca. ... Isso é constrangedor, estou meio sem saber o que falar pra você. 
- E sempre tive tantas perguntas pra te fazer quando eu te conhecesse...
- Hum e você planejava me conhecer e me fazer perguntas? - O riso soou entre os dentes do moreno, quase não audível. - Não sou casado, nunca me casei, tenho dois filhos no entanto.
Azaiichi arregalou os olhos. 
- O que?
Sagara franziu o cenho, quase como se aquele gesto pudesse diminuir a altura de sua voz. 
- Um se chama Masami e outro Madara. São gêmeos, tem sete anos.
O menor uniu as sobrancelhas. 
- Está zoando!
O maior descansou o cotovelo sobre a mesa, a face junto ao punho cerrado e fitou seu rosto. 
- Talvez possa levar você para brincar com eles.
- Saga!
- O que foi? 
O maior indagou, com naturalidade.
- Pare de mentir pra mim.
- Não estou mentindo.
- Claro que está, você não tem filhos.
- Tenho dois.
Azaiichi estreitou os olhos e negativou, bebendo mais um pouco do chá.
- Queria entender fãs que pensam que a vida do artista vai ser de acordo com suas vontades.
- Você tem mesmo filhos?
- Por que mentiria?
O menor suspirou, desviando o olhar e sentiu os olhos marejados, piscando algumas vezes a espantar as lágrimas.
- O que há? 
O maior indagou, percebendo o brilho acentuar em seus pequenos olhos.
- Vou embora. 
Dito, o menor pegou a mochila ao lado de si, e deixou a nota sobre a mesa.
- Hey garoto, sou capaz de pagar minhas coisas, leve essa merda. Aliás, não precisa se magoar, estou brincando com você.
- E daí que você é capaz de pagar? 
Azaiichi falou a ele e abaixou a cabeça, emburrado ainda.
- E daí que é pra você guardar essa merda. 
Sagara enfatizou. Estava porém surpreso pelo comportamento do garoto em relação à brincadeira. O menor pegou a nota a guarda-la no bolso. 
- ... Acho melhor nos vermos outro dia.
- Não se magoe tanto, é apenas uma brincadeira. Sabe que eu nunca faço sem preservativo. Sente, coma o doce.
O menor assentiu, embora realmente chateado e desviou o olhar ao doce, não tinha mais vontade. Sagara olhou para o doce, incentivando a comer. 
- Não seja tão sensível, garoto.
Azaiichi assentiu e pegou mais um pedaço do bolo, levando a boca, o outro pegou um pedaço para si também, acompanhando apenas o bolo com o café, dispensou o sorvete. O menor tomou um pouco do sorvete ao contrário dele, até que finalizasse o doce no prato.
- Menos chateado agora? 
Sagara disse, tendo longos minutos até o fim do doce.
- ... Um pouco. Não brinque assim comigo.
- Já admirei pessoas e nem por isso quis idealizar suas vidas. Por isso não entendo. 
O maior disse e até afagou seus cabelos. O pequeno uniu as sobrancelhas. 
- ... Não é admirar... - Murmurou. - Ter um filho com alguém é algo muito íntimo, não quero imaginar você tendo um filho com outra pessoa.
- Você não me admira?
- ... Admiro.
- E por isso idealiza como vivo, não?
- Na verdade, eu idealizo como eu quero que você viva.
- E como você quer?
- ... Vai rir de mim.
- Hum, se isso incluir ter uma casinha ao estilo comercial de margarina, provável.
- Não. Na verdade, imagino que você more num apartamento como os hotéis que visitamos.
- E?
- ... Eu quero morar com você um dia.
- Me fale o que idealiza.
- Bem, eu imagino que nós dois vamos casar, que teremos filhos, na verdade uma menina e que eu vou poder viajar com você nas turnês.
- Oh. 
O riso soou entre os dentes e a boca ocupada de Sagara com um pouco de café. Na verdade pensar sobre os planos de alguém que não conhecia, era um tanto curioso, sabia de coisas da internet, fanfics e essas coisas, mas lidar diretamente com alguém daquele modo, era um pouco diferente. Azaiichi sorriu meio de canto. 
- Sabia que ia rir.
- Bom, como devia agir ao pensar num adolescente querendo casar comigo?
- Hum...
- Mas obrigado. 
Novamente, o maior tocou seus cabelos curtos, ajeitando uma mecha atrás da orelha. Azaiichi desviou o olhar a ele. 
- Obrigado?
- Sim, pelo carinho. 
O maior apalpou sua bochecha, tentando não soar como sempre, grosseiro. O menor assentiu, sentindo a face corar sutilmente.
- Você quer mais alguma coisa?
- Iie.
- Então vou levar você.
- Hai. - Azaiichi sorriu. - Vamos.
Após pagar a conta, Sagara seguiu a se levantar com ele e ir ao estacionamento, prontamente em frente à cafeteria, que não tinha ali um espaço desnecessário. Desalarmou o veículo, denunciando sua posição no estacionamento. O menor saiu com ele do lugar, deixando-o pagar a conta e uniu as sobrancelhas ao ouvir o carro. 
- Não íamos de metrô?
- Não, eu apenas perguntei se você ia de metrô. Como te daria carona num metrô?
- Achei que tinha vindo de metrô. - Riu.
- Iie. Exceto os shows, não gosto de lotação. 
Sagara indicou a ele o veículo e lhe cedeu passagem a entrar no automóvel. Azaiichi assentiu e riu, adentrando o carro com ele. Após entrar, o maior rapidamente se retirou do estacionamento, tomando a direção neutra. 
- Diz onde é.
- Hai, não é tão longe, pela direita.
- Ah, ali é onde eu costumo tomar sorvete quando saio da escola às vezes, apareça por aqui, hum hum.
Sagara fitou de soslaio, não costumava ir por ali ou região muito frequentada por estudantes. Continuou no entanto o caminho, se perguntava o que passava na cabeça dele, se pensava mesmo que tinham algum tipo de envolvimento duradouro, se perguntava na verdade a si mesmo, como não havia tirado suas esperanças até então. Azaiichi sorriu meio de canto enquanto observava o local de dentro de seu carro, gostava de passear com ele, quer dizer, estava gostando. 
- Você gosta de sorvete?
- Hum, não é um doce que me faça vontade ou falta. Eu gosto mais de massas.
- Hum... Eu tenho massa e casquinhas em casa, gosto muito de sorvete. - Sorriu. - podemos tomar lá.
- Não, não o sorvete. Doces eu gosto de massa. Como pães, bolos.
- Ah, eu... Achei que gostava de sorvete de massa.
- Sabe que gosto de bolo de canela. Mas você deve saber. Conhecido como cinnamon roll.
- Eu sei. - O menor sorriu. - Eu já fiz pão pra você, embora você não tenha comido.
- Eu comi, estava bem gostoso.
Azaiichi sorriu e desviou o olhar a ele.
- ... Ah, que bom.
- É. Gosto com cravos também.
- Cravos... Anotado. - O menor sorriu.
- E isso você não sabia?
- Na comida não, só no cigarro e lubrificantes. - Riu.
- É, mas a última parte não deve falar pra ninguém.
- Claro. - Azaiichi sorriu. - Por que eu iria falar isso pra alguém? Eu quero você só pra mim.
- Diria pra falar que transou. Adolescente fazem isso.
- Hum... - Disse, o menor já havia falado e não queria mentir pra ele. - Ok.
- Você já falou, não é?
- ... Talvez.
O maior não disse nada, imaginava que nem todo mundo levaria aquilo a sério. Negativou no entanto. 
- Não esqueça de dizer a direção.
- Só contei pra minha amiga que foi comigo na festa, ela não vai falar pra ninguém...
- Não é a que está saindo com o guitarrista?
- É ela sim. - O menor riu.
- Então ela não tem muito o que dizer.
- É... - Azaiichi sorriu. - Bem, é aqui.
Após cruzar o caminho, na indicação da última rua, Sagara alcançou seu destino, parou à frente de sua casa, acomodando o veículo na vaga. O menor sorriu, e talvez não fosse uma casa do modo como ele pensava, era grande, mas bem tradicional.
- ... Era da minha mãe, então.
- Hum, parece aquelas mal assombradas. - Brincou.
- Eh? Claro que não. 
- Fatal frame. Casas tradicionais são bonitas, mas não é espaçosa demais para alguém tão pequeno?
- Hey, quem vai dormir aqui a noite sou eu! E eu... Não tenho uma câmera obscura. - Azaiichi disse num riso, mostrando a ele que conhecia o jogo. - Ah, pode ser, mas é muito bonita. Venha. - Disse e saiu do carro.
- É por isso mesmo que estou falando. - Sagara sorriu canteiro, quase frouxo, mas sugeria a travessura. - Não vou ter muito tempo. 
Disse a ele e tateou o bolso, pegou o cigarro que a ele mesmo já devia ter um odor familiar. Estava a ser queimado. Cravo.
- Não seja mentiroso. Não tem nada pra fazer numa sexta feira a noite. - Dito, Azaiichi puxou-o pela mão para dentro e cumprimentou a empregada brevemente. - Oi Irin, esse é o Sagara, ele vai comigo pro quarto, então... Não precisa servir nada por hora. 
- Sim... senhor.
- Você acha mesmo que numa sexta feira a noite eu não tenho o que fazer?
Sagara indagou, num sorriso, deveras sarcástico. Acabou deixando o carro e seguindo por fim, puxado. Ao entrar fitou a serviçal, não disse nada. Ainda tinha o cigarro nos dedos e tragou mesmo dentro de sua residência. Embora não tivesse dito nada, deu a ela um sorriso habitualmente curto, meio de canto, mas parecia bem humorado ainda que mantivesse o aspecto entediado pelo olhar. Seguiu porém ao outro andar, se sentia um pouco patético por estar na casa de uma criança.
- Bem, agora você tem o que fazer comigo. Não precisa procurar alguém pra transar se já tem alguém. 
Dito, Azaiichi seguiu com ele para cima e deixou-o adentrar o próprio quarto, que era bem mais reservado do que o andar inferior com as paredes de papel. Ao deixa-lo entrar, deu a visão a ele do quarto em tons de azul claro e branco, não era tão feminino quanto ele pensava que seria, embora fosse meio infantil. Tinha pôsteres somente da banda dele por toda a parede, e claro, tinha fotos dele também num mural. Tinha um computador, cama, armário e algumas caixas com as próprias coisas, uma mesa de estudos e uma grande estante de livros, assim como uma televisão e o vídeo game. 
- Vem...
Diferente do que ele pensava, Sagara não imaginava um quarto afeminado, imaginara como encontrava ali, um típico quarto de menino. Embora fosse mais claro, visto que embora desordenado não estava desajeitado ao todo, tinha sua organização específica imaginava. Observou os pôsteres, algumas fotos, não esboçou reação ainda que aquilo fosse um pouco estranho. Ele tinha mais fotos de si do que já havia tido na vida.
O menor sorriu. 
- Droga, acho que nunca sonhei que um dia ia ter você no meu quarto de verdade... Devia ter tirado as fotos.
Sagara sorriu meio de canto, jogou o cigarro em sua lixeira após apagá-lo. 
- Nem meu pai deve ter tantas fotos.
Azaiichi riu e observou o quarto, notando que a foto que havia tirado dele enquanto dormia estava no mural e arregalou os olhos, sutilmente, virando-se para cobrir o local e selou os lábios dele.
- ... Ah... Quer estrear minha cama?
Sagara virou-se, não gostava de ver fotos na verdade. Após alguns anos havia deixado de olhar. Porém fora puxado e pelos ombros, ao se curvar o beijou por seu bel prazer. 
- Talvez.
Azaiichi sorriu e beijou-o em seu rosto, pescoço e aproximou-se do ouvido dele. 
- Eu comprei um lubrificante que tem gosto de limão... Ele esquenta... Pensei em passar onde você gosta e lamber.
Sagara fechou os olhos e suspirou, não tinha certeza se devia se aproveitar daquilo ou indagar o nível perseguidor do menino. 
- Você quer? - O menor murmurou. - Sabe que eu não faria nada que você não gostasse.
- Ah, é claro. - O maior retrucou e levou as mãos em sua cintura, tomando espaço de seu grude no pescoço. - Limão, hum? Por que limão?
- Na verdade é uma bebida. = Riu. - Que vai limão.
- Saquê com limão?
- Acho que deve ser.
- Hum, é gostoso. Mas você quem vai chupar, então...
Azaiichi sorriu e mordeu o lábio inferior. 
- Senta...

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