Kazuma e Asahi #74 (+18)


Asahi não tinha de fato muitas roupas quando fora pra lá, havia levado uma pequena bolsa com coisas que havia salvo da igreja conforme fora expulso, coisas pequenas que se lembrava que havia conseguido carregar, e agora podia vê-las ali no fundo da bolsa que finalmente resolvera finalizar e arrumar. Devagar puxou o conteúdo de baixo, retirando o pequeno terço preto e prateado e com ele, veio a lingerie que havia ganhado das garotas. Uniu as sobrancelhas, na verdade sentiu vergonha de si mesmo e escondeu a roupa embaixo da bolsa, desviando o olhar ao lado, tentando notar se havia alguém por perto primeiro para depois analisar a beleza da peça, se lembrava que havia usado para ele, se lembrava da noite, do espelho, podia se lembrar de tudo e sorriu para si mesmo, podia sentir um arrepio percorrer o rosto por pensar que havia feito aquilo com com ele usando aquela roupa, era estranho e engraçado. Devagar, caminhou até a cômoda e guardou a roupa, embaixo das outras roupas.
- Boa tarde, Padre. 
Kazuma disse-lhe da porta onde encostava-se no limiar, tinha o quepe abaixo do braço, escorado o observava. Lá fora o dia parecia laranja, um pouco azul e amarelo, era quase o fim dele. Via-o no quarto, mexer em algo que lhe causava rubor. Asahi desviou rapidamente o olhar ao outro e uniu as sobrancelhas, esperava que ele não visse a si antes de cumprimentar.
- Kazuma... De uniforme. - Sorriu. - Adoro seu uniforme.
- Sempre estou de uniforme, mas hoje ele ganhou alguma atenção, ah?
- Sempre ganha. 
Dito, o menor seguiu até ele e selou seus lábios.
- O que estava fazendo? Algum segredo? 
Kazuma indagou mesmo na proximidade de seus lábios. 
- Eh? Iie
O loiro sorriu e mordeu seu lábio inferior.
- Estava quase corado quando eu cheguei. Estava pensando em alguma coisa?
- Não... - Asahi sorriu novamente e afastou-se. - Eu só, estava tirando as coisas da bolsa.
- Hum. Já se alimentou hoje? Fez alguma atividade?
- Já sim, eu... Almocei com sua avó. Ela é um amor de pessoa.
- Não precisa dizer sua.
Asahi desviou o olhar a ele e assentiu.
- Eu... Encontrei algo.
- Hum, parece que resolveu falar.
Asahi riu baixinho. 
- Melhor eu falar do que você ir olhar.
- Eu não faria isso.
O menor uniu as sobrancelhas e sorriu.
- ... Você é o marido que toda mulher quer, não é? ... Era aquela lingerie que eu ganhei...
- Ah, eu sou, é? Só porque não sou um detetive? Oh, por isso o rubor. Você conseguiu guarda-la?
- Não, porque você me respeita. 
Dito, Asahi sorriu novamente e assentiu, seguindo até a cômoda e buscou a roupa, caminhando ate ele e novamente estava corado.
- Você quer vesti-la, não é? 
Kazuma indagou ao vê-lo voltar com a peça, mostrando-a para si com seu rosto cor de rosa.
- Eh? Eu não... Eu só queria te mostrar.
- Só?
- ... Acho que sim. - Asahi sorriu.
- Acha?
- Se você quiser eu visto.
- Você quer vestir, ah?
Asahi assentiu num pequeno sorriso.
- Então vista. 
Kazuma disse e seguiu a se sentar no futon, observando o menor, certamente constrangido. O menor sorriu meio de canto e suspirou. 
- Me diz que você não vai te que lutar nessa guerra... 
Disse, descontraído e deslizou uma das mãos pelo rosto dele. Kazuma ergueu a direção visual a ele ao sentir o toque afável do seus dedos. Esperava que fosse se vestir. 
- Por que está falando disso?
- Ouvi os militares falando... E... Eu fico preocupado. 
O menor murmurou, e conforme se afastou, retirou a camisa.
- Você não precisa se preocupar com isso. 
Kazuma disse a medida em que deixou o quepe de lado. Segurou sem qualquer dificuldade sua cintura, um pouco pequenas para as mãos, mas logo o deixou seguir e se despir, ia substituir as roupas. Asahi sorriu ao sentir o toque e virou-se, não queria evitar o toque dele, gostava quando ele segurava a si pela cintura. Beijou-o no pescoço e retirou a calça, junto a roupa íntima, um pouco corado conforme o fez. Vestiu a roupa íntima preta, rendada, assim como as meias que deslizaram pelas pernas até a coxa, presas pela cinta-liga. 
- Pronto.
Kazuma viu-o se vestir, de uma forma estranha esperou pelo que ele vestiria acima, se dando conta de que ele não tinha razão para ter uma peça superior, acabou sorrindo para evitar o riso diante do tolo raciocínio. 
- Você gosta de se vestir assim, não é?
O menor sorriu meio de canto e assentiu a ele. 
- Eu acho bonito, gosto da renda...
- Posso lhe dar mais algumas assim.
- ... Você gosta?
- Hum, combinam com você.
O loiro sorriu e aproximou-se dele, abraçando-o a repousar a face em seu tórax. 
- Quer que eu tire?
Kazuma cedeu-lhe a coxa, deixando repousar sobre ela tal como seu rosto junto ao peito. 
- Depende de que forma está falando.
Asahi sorriu e ergueu a face, quase juntando os lábios aos dele, podia sentir seu cheiro em seu pescoço, tinha cheiro de banho, e bem pouco de suor, havia tomado banho recentemente, talvez para voltar pra casa. 
- Estou perguntando se quer que eu tire quando estiver em cima de você. - Murmurou.
- Hum, desse modo certamente será necessário. - Kazuma disse-lhe quase no contato dos lábios com os quais ele se fez próximo. - Ou talvez possa apenas colocar a calcinha de lado.
- Como fez da primeira vez? - Asahi murmurou num sorriso, mordendo-lhe o lábio inferior. - Hum... E como quer que eu sirva você hoje, general?
- Por cima e com a calcinha de lado. 
Kazuma simplificou, usando do que falavam. Asahi sorriu. 
- Hum... Curto e grosso assim? 
Murmurou num pequeno bico e riu baixinho.
- E como deveria? 
O moreno retrucou a ele com um meio sorriso.
- Ah você é mais romântico que isso. Apesar de eu gostar quando é grosso assim mesmo.
Asahi riu e beijou-o no pescoço, sentindo o incomodo da farda e abriu-a, devagar, dando espaço apenas para alcançar seu tórax coberto pela regata branca e podia senti-la colada a seu corpo bonito, gostava de toca-lo, gostava de sentir o corpo dele, havia passado tanto tempo sem fazer aquilo que parecia sempre muito bom, sentia-se como se quisesse sentia cada pedaço dele, e sem a menor pressa. Moveu os quadris, suavemente, como havia aprendido a fazer, roçando-se no colo dele, deixando-o sentir a si sobre seu corpo. Kazuma não disse nada, voltou-se apenas para olha-lo, sentia suas pequenas mãos passearem no corpo, e era sempre daquele modo que ele tocava, como se quisesse sentir o quão justa a roupa poderia estar modelando no corpo. Sorriu, canteiro e para si mesmo na verdade, achava graça na forma como ele gostava tanto de visualizar o próprio corpo. Levou as mãos para suas coxas e seus quadris, sentindo na ponta dos dedos a maciez de suas nádegas e seu movimento. 
- Hum, então tome as rédeas hoje, Padre.
- Eu? 
Sorriu e mordeu o lábio inferior, mas fora sutil, nada muito exposto, não era realmente lascivo apesar de estar sem roupas em cima dele. Deslizou uma das mãos pelo rosto dele, em seguida por seus cabelos, sentindo os fios curtos onde era sempre raspado, gostava do penteado dele, gostava de tudo nele. Podia ver seus olhos acinzentados fitando a si, e eram sem dúvida os olhos mais bonitos que já havia visto na vida, embora ele sempre fosse grosseiro consigo, de alguma forma até meio estranha, podia ver nos olhos dele que tinha carinho por si, mesmo quando eles eram estreitos, quando ele tinha outras expressões no rosto, seus olhos não mentiam para si. Beijou seus lábios, um selo suave, colando a boca com a dele, sentindo sua respiração contra a pele, sentindo o toque da mão dele no próprio corpo, se sentia como na primeira vez na igreja, quase podia ouvir a chuva do lado de fora. Sentia os pequenos raios de sol que iluminavam a pele pelas frestas da janela, estava se pondo, logo ficaria escuro, por hora, conseguia ver ele, conseguia ver o próprio corpo sobre o dele e aproveitou o quanto pode. Deslizou a mão para o botão de sua calça, abrindo-a assim como o zíper, e ao adentrar, buscou seu sexo que apertou entre os dedos, mesmo sobre a roupa íntima, quase gemeu contra os lábios dele.
- Você. 
Kazuma retrucou ao ser indagado, sentindo ainda seu toque, fechou os olhos conforme passou no rosto, os reabriu quando ele chegou nos cabelos, percebeu-se encarado e claro que retribuiu a encarada como a mesma intensidade. Nos lábios sentiu a passagem muito suave,  mas não fez nada, deixaria-o fazer como disse que fizesse e enquanto ainda olhava diretamente seu rosto, sentiu enfiar a mão na calça, logo após abrir, não tinha certeza daquela vez se estava tímido ao fazer, mas sentiu um sopro leve na sua boca, indicando movimento da corda vocal, queria gemer, pensou e deu-lhe junto aos lábios um sorriso. 
Num suspiro, Asahi abaixou a cabeça a fitar a calça dele, seu sexo já parcialmente ereto, o que causou também um sorriso em si, gostava de saber que ele se excitava apenas olhando para si. Gemeu, sutil e massageou-o, adentrando sua roupa íntima, tocando-o agora diretamente e estremeceu, se excitava por toca-lo, se excitava por senti-lo, ele não fazia ideia do quanto o queria, talvez fosse visível dentro da própria roupa íntima, já que o sexo estava apertado dentro dela. Claro, era uma roupa feminina. Abaixou-se a repousar sobre seu ombro e devagar, o estimulava, em movimentos suaves de vai e vem, que aos poucos agilizaram e perto do ouvido dele, gemeu, baixinho, involuntário imaginando que aquele podia ser ele dentro do próprio corpo, até o apertava, daria a ele a impressão de que também pudesse estar em si e queria dar prazer a ele. Mordeu o lábio inferior e por fim, devagar, saiu de cima de seu corpo, ajoelhando-se no chão, em frente a ele, de quatro, deu a visão das costas e das nádegas adornadas pela nova roupa íntima, permaneceu assim, agarrando-o entre os dedos e entre suas pernas deslizou a língua por ele, lambendo-o da base até a ponta, e era algo que não costumava fazer com frequência, mas gostava.
Kazuma sentia seus estímulos, seus toques suaves, embora de algum modo estivesse mais atento ao qual absorto ele parecia ao fazer aquilo. De perto, ouvia-o murmurar seus sopros, imaginava-o fantasiando, era o que parecia fazer. Suas roupas femininas estavam apertadas, sua virilidade estava tentando fugir da peça, mostrando resultado de sua imaginação com seus feitos simples. Não era diferente dele, estava ereto e era por saber que transariam, logo, não eram diferentes. Num hábil movimento, teve de solta-lo, viu-o migrar entre as pernas e não o deteve. Apoiou as mãos um pouco atrás das costas, dando apoio ao corpo. Os olhos correram por sua figura dorsal, porém o interesse voltou em sua boca, observou cada centímetro em que fora colocado dentro dela. Mais uma vez, Asahi deslizou a língua pela pele dele, a língua era quente, mais do que seu sexo e logo o colocou na boca, sugando-o com vontade para si, como se só quisesse fazer aquilo e nada mais, fazia como havia aprendido, cuidava dele, dava prazer a ele e também se excitava com ele. O sugou, firme, forte e aos poucos passou a colocá-lo e retirá-lo da boca.
- Está com vontade, não é? 
Kazuma disse a ele, aquela altura já soava um tanto mais rouco que o habitual e uma das mãos deixou o posto para tocar seu rosto delicado, delinear seus lábios abertos e alcançar seus cabelos louros um pouco mais longos que o normal. Ao segura-lo, enroscando os dedos, passou a move-lo, incentivando seu movimento. Asahi desviou o olhar a ele, e esperava que os olhos dissessem tudo a ele, estava mesmo com vontade, sabia que não faziam muitos dias que haviam transado, mas olhar pra ele, fazia o corpo se arrepiar por inteiro, havia de certa forma se tornado aquele padre malicioso que ele taxava a si no início. Sentiu suas mãos nos cabelos, não eram gentis, tinha um toque pesado, gostava assim, não gostava de delicadeza, gostava dele do modo como era e como ele queria, passou a se mover, afundando-o na boca até onde conseguia na garganta, podia senti-lo tocar bem a fundo dela e unia as sobrancelhas, a vontade que tinha era suficiente para fazer a si se manter sem engasgar.
- Hum, parece que está se adaptando a isso. 
O maior disse, sentindo a longitude que conseguia em sua garganta. Já havia tomado maior profundidade do que costumava a via pela quantidade de si que ficava a fora de sua boca. Sua língua era quente e úmida, era quase como entrar em seu corpo, embora ele não tivesse todo aquele lubrificante natural. 
- Você quer que eu goze antes de entrar em você?
O menor desviou o olhar a ele, sentindo um arrepio percorrer o corpo ao ouvi-lo e o retirou da boca.
- Você quer gozar?
- Hum, é claro, você só precisa escolher onde.
Ainda a observa-lo, Asahi empurrou-o calmamente para dentro da boca novamente, sugando-o firmemente.
- Na boca? 
Kazuma indagou, buscando clareza no gesto. Asahi assentiu, dando-lhe uma pequena mordidinha em sua ponta.
- Não quer que eu goze dentro de você? No lugar onde quer me enfiar.
O loiro retirou-o da boca, sorrindo a ele conforme o ouviu. 
- Não quer gozar duas vezes?
- Uh... - Kazuma murmurou ao ouvi-lo, o riso soou baixo. - Não me importo com a quantidade. Me importo com a qualidade. - Sussurrou, provocador certamente.
Asahi sorriu e assentiu, levantando-se e sentou-se novamente no colo dele. 
- Minha boca não é boa?
- Claro que é, mas quero que você sinta também.
O loiro assentiu e beijou-o no pescoço novamente, deslizando uma das mãos pela própria roupa íntima ao erguer-se suavemente no colo dele e deixou que ele sentisse o que fazia, afastando a roupa íntima para o lado. Kazuma não sentia com exatidão seus movimentos, mas sabia o que eles faziam, afastando a roupa, colocando de lado, dava vazão a sua intimidade, em seu âmago, onde ele queria sentir a ereção sob suas nádegas, estava mais deliberado. Asahi deixou-o roçar as próprias nádegas, onde ele havia se acomodado com seu sexo endurecido, o segurou em meio aos dedos e levou ao próprio íntimo, sentaria sobre ele, mas primeiramente o deixou sentir a si, silencioso, apenas movia os quadris sem muita força e devagar, sentou-se sobre ele, deixando-o adentrar o corpo, e podia sentir cada milímetro dele a adentrar o corpo até que completamente dentro. Gemeu, dolorido e prazeroso, agarrando-se nos ombros dele.
O maior sentiu-o tomar a ereção entre seus dedos. Sentiu seu corpo, onde foi acomodado por ele, na glande pouco sentia sua entrada dar passagem, mas tão logo, tal como ele sentiu os centímetros do corpo a completarem o seu, e seu aperto gostoso enlaçar o membro viril. Asahi desviou o olhar a ele, era lindo, e prestava atenção a sua expressão enquanto sentava em seu colo, apertou-o nos ombros e mordeu o lábio inferior para sufocar os gemidos. Segurou suas mãos, guiando-as em direção a própria coxa, deixando-o tocar o tecido da meia. Kazuma encarou o menor, tal como ele parecia encarar a si. Fitava sua expressão a medida em que seguia para dentro, embora franzir os olhos fosse inevitável, ainda podia observa-lo. Percebia num reflexo que segurava o lábio inferior entre os dentes, e por suas coxas o empurrou para o colo, pressionando-o ao completa-lo, sentindo nos dedos a textura suave de suas meias femininas. 
- Kimochi.
Asahi sorriu a ele, meio tímido e assentiu, aproximando-se e beijou-o no pescoço algumas vezes, dando-lhe uma pequena mordida, sutil, e gemeu contra sua pele, movendo-se devagar sobre seu colo, deixando-o sentir a si conforme se levantou e voltou a se sentar, deixou-o entrar e sair de si, bem devagar. Kazuma deslizou as mãos em suas coxas, subindo das meias até as nádegas e delas até suas costas onde o enlaçou, o abraçou e ajudou a se mover, dando seu ritmo vagaroso, sentindo ainda sua respiração junto ao pescoço, tal como a mordidinha que ganhou. Ao se virar para ele, lambiscou seu pescoço, podia sentir o gosto do sabonete, o mordeu como ele a si e sugou a pele, marcando-a por onde passou. Enlaçado, ajudou a se mover, movendo entre os braços.
Asahi desviou o olhar a face dele, meio de canto, notando-o na pouca luz que agora adentrava o quarto e devagar passou a agilizar os movimentos, podia ter apoio nos ombros dele, apertando sua farda já não tão bem alinhada em seu corpo conforme o fazia e estremecia conforme o sentia tocar o corpo onde gostava, bem a fundo em si. 
- Ah...
Kazuma soltou sua cintura, pelo menos de um dos braços e subiu até sua nuca, segurou os fios delicados da região e puxou suavemente apenas para afasta-lo, olhou seu rosto corado, seus lábios levemente corados, o beijou, tão firme quanto passou a incentivar seu movimento. Ao afastar-se, Asahi observou-o e o beijou do mesmo modo, retribuindo seu toque, tocando a língua dele com a própria e movia-se em seu colo, rebolando sobre ele, deixando-o sentir a si, e todo o corpo que o apertava. O maior abriu a boca, por um momento lambiscou seus lábios, seguiu para a bochecha e desceu até o pescoço, o mordeu, mordeu ali e passou para o ombro. Do modo como o segurava, pegou no colo e levou para a cama, pondo-se acima dele. Entre suas pernas voltou a se mover. Asahi sorriu ao sentir suas mordidas no pescoço, era gostoso apesar de sentir cócegas. Ao se deitar, deu espaço a ele entre as pernas e abraçou-o, apertando-o contra si. 
- Você é tão bom, Kazuma...
- Não sentiu dor hoje, hum? 
O maior indagou, soava um pouco rouco, afetado pelas sensações. Se afastou, erguendo levemente o tronco, embora a pelve continuasse abaixada, aproveitou para despir-se da farda e logo mesmo da regata, desnudando o tronco sem deixar de se mover entre suas pernas. Asahi desviou o olhar a ele e sorriu, negativando. 
- Eu... Estou muito excitado... Doeu, mas não tanto. 
Murmurou e estremeceu, observando seu corpo bonito e apertou-o ao redor da cintura com as coxas, mostrando a ele as meias e a roupa íntima que usava pra ele. 
- Ainda sente como se eu fosse um padre?
- Hum, parece que sim. Talvez soe como parte da sua personalidade. 
Kazuma respondeu em retruque e abaixou-se um pouco mais, fazendo a penetração seguir quase como uma enterrada. Pegou sua coxa, seguiu até a virilha e o apertou mesmo sobre sua calcinha. Asahi sorriu e mordeu o lábio inferior. Puxou-o sobre si e lhe selou os lábios, deixando escapar um gemido pouco mais alto contra eles. 
- Espera, me... Me deixa virar. 
Murmurou e conforme o viu se afastar, virou-se e apoiou na cama, ficando de quatro.
- Não. - Kazuma disse e pegou seus quadris, com firmeza o empurrou para onde estava, talvez até um pouco firme. - Eu não estava tocando você? Por que quer virar? 
Kazuma indagou e levou as mãos em sua calcinha, segurou-a de um lado e outro, puxou-a e partiu o tecido. Asahi uniu as sobrancelhas ao senti-lo puxar a si, sem entender e negativou ao senti-lo rasgar a roupa.
- ... Eh? Kazuma, não!
- Hum, ela vai continuar aqui, mas agora tem uma fenda. 
Kazuma tocou seu abdome e deslizou em sua barriga até alcançar novamente seu sexo, acariciou com a ponta dos dedos mas o tomou junto a palma da mão, massageando-o. Asahi uniu as sobrancelhas novamente e desviou o olhar ao local onde ele tocava, silencioso, não entendia porque ele parecia tão sério naquele dia, na verdade, havia ficado, e havia estragado a roupa que trouxera de lembrança.
- As meias estão inteiras. 
O moreno disse aos deslizar os dedos em suas meias suavemente ásperas, mas sedosas. Tocou novamente sua calcinha, tomou sua ereção parcial entre os dedos e passou a masturba-lo vigorosamente, tal como se mover entre suas coxas. Debruçando, alcançou novamente seu pescoço, desceu ao peito e mordeu um dos mamilos. 
- Te farei outra roupa.
Asahi assentiu e desviou o olhar aos movimentos dele no próprio sexo, estremecendo conforme o sentiu estimular a si e mordeu o lábio inferior, inclinando o pescoço para trás e gemeu, prazeroso. 
- A-Ah...
- Você quer mais calcinhas, Padre? 
Kazuma indagou, soando em seu peito, embora erguesse o olhar a fitar seu rosto e expor a língua ao lambe-lo. Asahi assentiu e mordeu o lábio inferior, desviando o olhar a ele. 
- Mas não rasgue mais essa... Ela... Ela me traz boas lembranças.
- As meias estão inteiras. Além de que, mesmo o rasgo na roupa será uma lembrança. E se você me agradar, todas as novas calcinhas terão uma lembrança. 
Kazuma disse, mas sorriu para ele no fim. Asahi assentiu ao ouvi-lo e suspirou, separando mais as pernas a dar espaço a ele e puxou-o para si, sentindo-o se enterrar mais fundo no próprio corpo. 
- Ah! Kazuma... Me faz gozar...
- Você quer gozar enquanto eu entro em você ou quer que eu te acaricie com a minha boca, hum? 
O moreno indagou, soando um tanto mais soprado, afetado pela proximidade do ápice.
- Não... Quero gozar enquanto faz amor comigo. - Asahi murmurou, puxando os quadris dele para si. - O que vai me dar... De recordação nas roupas?
Kazuma segurou ainda seu sexo, dando mais estímulo nos movimentos, embora gostasse de fazê-lo chegar no clímax sem tocar, queria intensificar sua sensação. Ao erguer o olhar para ele, estava próximo do ápice, desse modo passou a penetra-lo com mais força, trazendo o clímax cada vez mais próximo, até que enfim se desfizesse. Vigorosamente pegou sua cintura, empurrou-o para si e se enterrou nele, no fundo de seu corpo, onde se manteve até se satisfazer completamente, deixando-se dentro dele. Asahi uniu as sobrancelhas conforme o que recebeu fora somente o silêncio, porém prestou atenção aos movimentos dele, também queria gozar e por isso acabou fazendo assim que o sentiu se enterrar no corpo, bem fundo, o sentia onde gostava e gemeu, prazeroso, mordendo o lábio inferior. 
- Ah! Kazuma...
Kazuma não o respondeu a medida em que se aproximou do clímax, se desfez logo, sentindo-se acompanhado por ele, fosse pelos espasmos de seu corpo ou por sua voz. Em seu interior se sentiu firmemente apertado, até que ele igualmente estivesse satisfeito. Ainda assim ao saiu de dentro quando se ergueu de leve e voltou a fita-lo. 
- Não tenho como prever o que vai acontecer, rapaz. - Disse e tocou seu nariz, na pontinha. - Vamos ter que descobrir.
Os suspiros deixaram os lábios do loiro, estava cansado, mas o ápice havia sido tão bom, tão intenso que quase não conseguia respirar direito, e era engraçado, sentia tantas sensações juntas, um misto de sentimentos que não poderia explicar a ele. Sentiu lágrimas nos olhos e piscou algumas vezes, tendo que afastar-las embora elas haviam escorrido pelo rosto em pequenas marcas d'água.
- Ah... D-Desculpe... Eu... 
Murmurou, limpando o rosto com o dorso da mão e assentiu a ele, envergonhado pela reação do próprio corpo.
- Hum, embora chore não posso dizer que pareça ter sido ruim. 
Kazuma disse, confuso e tocou seu rosto. Asahi negativou e riu baixinho. 
- Foi tão gostoso... Eu... Não sei porque estou chorando.
Conforme murmurou, Asahi ouviu o barulho de pequenas batidas na porta e uniu as sobrancelhas, escondendo-se junto dele. 
- Senhor, não quero atrapalhar, na cidade disseram que haverá um furacão, por favor, fiquem no quarto e protejam-se da chuva.
Asahi desviou o olhar a ele, amedrontado e encolheu-se. Kazuma voltou-se para a porta, quase como se pudesse ver quem falava através dela, desnecessariamente. 
- Certo, recolham-se em seus quartos, levem sua alimentação e fiquem até que passe.
- Sim senhor, vamos trazer seu jantar e o de Asahi e vamos nos recolher. Com licença senhor. 
O menor suspirou, a respiração ainda alterada pelo que faziam antes e desviou o olhar a ele, deslizando uma das mãos por sua face num pequeno sorriso.
- Você é uma pessoa maravilhosa, sabia?
- Não seja tolo. - Kazuma disse, não sabido como reagir do elogio. - É apenas um senso comum.
- Um senso comum que quase ninguém tem. - Asahi murmurou e acariciou o rosto dele. - Você trata um empregado como um igual, é contra violência e estupro de inocentes, você... Praticamente é um anjo. - Riu. - Sem você eu já estaria morto há muito tempo.
- Contra violência eu não sou. 
Kazuma sorriu com os dentes a mostra, tirando sarro. Asahi riu. 
- Mas eu quis dizer violência desnecessária. Se fosse contra violência mesmo não me bateria nem eu pedindo.
- Mas eu não te bato com violência. Senão você não ia levantar de novo.
- Ah isso eu sei. - Asahi riu. - Eu... Sempre vou me perguntar porque isso acontece. Será que algum médico é capaz de dizer?
- Quem sabe. Talvez seja neurológico.
- Acho que isso significa que você é o amor da minha vida. - Asahi sorriu, meio tímido.
- Ah, e seu amor devia te causar dor?
- Não... - O loiro riu. - Mas, você é o único que consegue me machucar.
- Amor é dor, hum?
- Sempre foi. - Asahi sorriu, porém agarrou-se a ele ao ouvir o barulho do lado de fora, fora um trovão. - ... O que vai acontecer durante a tempestade?
- Vamos ficar aqui, jantar sob as velas e ouvir os barulhos. Mas eu gosto.
Asahi sorriu. 
- Parece romântico. 
Murmurou num sorriso e deslizou a mão pelo tórax nu do outro.
- É, é bom. - Kazuma afagou seus cabelos como afagaria os de uma criança. - Eu vou ver se está tudo certo lá fora. Deveria correr para se aquecer enquanto puder com a água, em minutos não será possível.
- Hai, vou tomar um banho rápido. - Asahi sorriu. - Obrigado.
- Vou em alguns minutos. Trago o jantar.
- ... Se proteja.
- Você é um fiel, deveria saber, estou protegido. 
Kazuma disse e se levantou, feito isso se ajeitou com as roupas, ainda usava calça de uniforme, mas apenas vestiu a regata, se trocaria após o banho. Saiu suficiente para conferir as coisas por lá, toda a casa já havia sido fechada. O serviçal servia o jantar na bandeja. Aproveitou para buscar bebidas e indicar a retirada dos demais na casa, recolhidos em seus aposentos ou mesmo que jantassem na sala de segurança embaixo da casa. Feito isso voltou, levando consigo a bandeja com o jantar e alguma bebida. Se perguntava se os avós estariam recolhidos. Entrou no quarto ouvindo todo alvoroço fora de casa, para alguém acostumado como todo barulho da guerra, aquilo, ironicamente parecia reconfortante, talvez gostasse da sensação de perigo? Bem, não tinha certeza. Deixou o jantar no leite e seguiu com ele para se banhar rapidamente. Ao levantar-se da cama, curioso, Asahi olhou pela janela do quarto, notando o vento forte nas cerejeiras, derrubando folhas, galhos e negativou, não gostava de pensar em tanta destruição, mas era preciso, era o que Deus queira, ele havia dito a si sobre isso e então ponderou, era verdade, não imaginava que ele ainda pensasse daquela forma, na verdade, havia evitado falar sobre religião com ele, era um assunto que até si mesmo, preferia se abster, ainda estava meio confuso por ter sido jogado para fora da igreja pelo próprio "pai", como ele costumava se chamar. Não achava que aquilo fosse uma atitude de amor que tanto fora ensinado, somente porque agora era homossexual. De cabeça baixa, retirou a roupa íntima, deixando-a dobrada sobre a cama, colocaria pra lavar depois e seguiu ao banheiro, observando-se no espelho, era grande, como o do próprio quarto na igreja, se fechasse os olhos, poderia se lembrar dos detalhes do próprio quarto, da chuva batendo na janela, da própria cama nada confortável, da penteadeira, único móvel que tinha ali, das lâminas pelo chão, e o sangue, em pequenas gotas atingindo a madeira do chão. Abriu os olhos, negativando e piscou algumas vezes. O banho... Ligou o chuveiro, suspirando e colocou-se abaixo da água, estremecia por pensar em um dia ter que voltar pra lá.
- Sonhando, Padre? 
Kazuma indagou ao encontrar seus olhos fechados. Devagar se desfez das roupas que usava, o banho, queria formular rapidamente. Asahi desviou o olhar a ele e riu baixinho, negativando. 
- Tudo bem.
- Pode me falar se quiser. Vou te ouvir. 
O moreno disse a ele, à distância que tinha de seu banho e quando inteiro nu, só então seguiu para ele. Asahi observou seu corpo bonito, o suspiro era quase inabitável.
- ... Eu só estava lembrando do quarto na igreja.
- Sente falta? 
Kazuma disse e tomou lugar a seu lado.
- Não, na verdade, fico feliz de ter saído de lá.
- Hum, então isso é bom.
- Hai. - Asahi sorriu. - Só queria não ter feito tanta besteira antes de ir embora... Nunca vou poder tirar as marcas do meu braço.
- Hum, mas passou por isso e sobreviveu. Como as marcas que tenho, seja no ombro ou em qualquer outro lugar.
Asahi desviou o olhar a ele e sorriu, assentindo, o abraçou, repousando a face em seu ombro. 
- Tenho uma marca no ombro no mesmo lado que você.
- É, sentiu inveja e fez uma igual. 
O maior brincou e tocou sua nuca, afagando de leve. O menor riu e beijou-o no pescoço, várias vezes. 
- Eu tinha que sair, eles iam matar você.
- Não iam, eu sempre dou um jeito, Asahi. Quando você achar que não, eu dou um jeito.
- Você estava desmaiado.
- Sempre fico bem.
- Você estava no meio de um tiroteio, eles teriam atirado em você. Não pode me dar crédito só uma vez por ter salvado sua vida?
- Oh, tudo bem. Obrigado por isso. 
Kazuma disse, ainda massageava de leve sua nuca. Asahi estreitou os olhos.
- Hum... Você não quer admitir que eu sou um soldado incrível também. - Riu.
O maior riu, entre os dentes. 
- Só não quero que fique preocupado.
- Não estou, eu tenho você e você é o meu herói.
- Me faz parecer seu pai.
Asahi riu baixinho. 
- Podia ser, eu não conheço meu pai. Brincadeira, calma.
- Ah, eu nunca transei com uma mulher loira e de olhos claros. Nem com um homem.
O menor riu e negativou. 
- Claro que não.
- Ninguém que fizesse um rapazinho bonito assim. 
Kazuma brincou e lhe deu uma piscadela. Asahi sorriu, sentindo a face corar ao ouvi-lo e deslizou uma das mãos pela face dele numa carícia, sentia o coração bater forte no peito. 
- ... Gosto demais de você.
- Hum, também gosto de você.
Asahi sorriu, abraçando-o e apertou-o junto ao corpo, fechando os olhos, queria que aquele momento nunca terminasse. Kazuma apertou-o de leve, mas soltou sem demora. 
- Vamos, o jantar está esfriando e a água logo também irá.
Asahi uniu as sobrancelhas e assentiu. 
- ... Tudo bem. 
Sorriu, sentindo o frio na barriga e lamentou-se por ter que soltá-lo.
- Não quer purê de batatas? Achei que você gostasse. 
Kazuma disse, brincando após se lavar e deixá-lo para trás.
- Quero sim, é que... É difícil soltar você. Eu não quero dizer essas coisas românticas, sei que você não gosta, mas não consigo evitar, desculpe.
- Mas vai jantar comigo, então, vai estar perto. - Kazuma disse enquanto se secava e vestia a roupa. - Rapazinho romântico.
O menor riu e assentiu, pegando a própria toalha e usou para secar o corpo, enrolando-se nela, e fora somente esse tempo para ouvir um barulho alto, e as luzes se apagaram.
- Pronto. 
Kazuma disse quando enfim escurecia o banheiro e quase nada se via nele até abrir a porta e dar vazão ao quarto onde as velas já iluminavam. Asahi uniu as sobrancelhas, aproximando-se dele rapidamente e seguiu para fora conforme a porta aberta, não gostava muito do escuro.
- Hum, quão rápido você pode ser? Senti até a brisa quando passou por aqui.
Asahi riu. 
- Desculpe... Eu tenho medo de escuro.
- Faz parte de uma das coisas que eu gosto com a chuva.
Asahi desviou o olhar a ele, procurando por uma roupa íntima para si. 
- Ah, eu gosto, mas se estiver na cama com você.
Já vestido, Kazuma logo se encaminhou ao futon, sentou-se por lá e serviu a bebida, aproximando as velas da bandeja. 
- Quando terminar de se vestir, venha.
O loiro assentiu, vestindo uma camisa, e era dele, não tinha muitas roupas consigo. Sentou-se na cama, ao lado dele e sorriu. 
- Pronto.
Kazuma estendeu para ele a taça com a bebida, logo após um trago. 
- Está com fome? 
Indagou e não teve recato e a se servir com um filete da carne. 
- Um pouco, fico com fome depois de... - Dito, Asahi bebeu um gole da bebida.
- É, eu também. 
Kazuma concordou com sua frase interminada. Ocupou-se com mais do jantar e indicou a ele que se alimentasse também. Os ruídos ainda eram bem audíveis, o vento era um intenso assovio, mas era indiferente a ele. Asahi assentiu, pegando o próprio prato e experimentou a comida, silencioso a ouvir os barulhos da chuva.

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