Midnight Lovers #9 (+18)


Ao voltar para o quarto, Kurogane ajeitava os cabelos como se nada houvesse se passado, embora estivesse novamente, emputecido. 

- Desculpe a demora.
- Hum, que barulho foi esse?
- Eu não sei, veio do quarto de algum garoto com cliente.
- Ah... Acho que foi um garoto meio infeliz. - Tsukasa sorriu.
- E você, você quer me fazer feliz hoje? 
Kuro indagou, estava um pouco impaciente, mas tentou não ser muito direto sobre isso.
- Hum, pode tirar a roupa.
Kuro assentiu a ele e o encarava, não sorriu porém, mas era fixo, mesmo enquanto despia as roupas, fazendo-se nu. 
- O meu não é pequeno pra você, é?
- Não, você é muito bom. - Tsukasa sorriu. - Venha. Trague a cigarrilha.
- Gosta do meu tamanho ou prefere que eu cresça um pouco mais? - Kuro indagou e seguiu até ele, pegou de sua cigarrilha e tragou, sentindo o gosto da essência que escolhia. - Hum, isso é um beijo indireto.
Tsukasa sorriu. 
- Você vai crescer mais. Ainda é muito novo. - Disse e indicou que se sentasse lado a si, deslizou uma das mãos pelo rosto dele, suavemente. - Não precisamos transar se você não estiver afim de fazer isso.
- Mas estou perguntando se você quer isso e não se vou. - Kuro somente então sorriu, embora fosse mais malicioso do que dócil. - Tem como alguém não querer você? Ainda mais quando você quer se entregar a mim.
- Não estou falando do seu trabalho, é porque você parece um pouco tenso. Se quiser, podemos só conversar e fumar. - O maior disse, e tinha empatia por ele, gostava de sua companhia. - Mas se você me quer, então tudo bem e não quero que você cresça.
- Eu não estou falando como um prostituto, estou falando como Kurogane que está interessado em pegar o Tsukasa. - Kuro curvou-se, tendo espaço em seus cabelos, beijou seu pescoço e mordiscou de leve. - Você vai ser passivo ou ativo? Quando toquei atrás, você me repreendeu.
Tsukasa suspirou ao sentir seu toque. 
- Não faça isso na frente dos outros, sabe que eu sou... Reservado.
- Mas ele é um prostituto, o que poderia fazer com isso? 
O menor disse e desceu, desabotoando novamente sua camisa, expôs seu peito onde passou a beijar e sugar seus mamilos, um após o outro.
- Eu sei que é, mas não é a pessoa que importa, eu... Só confio em você. 
Tsukasa disse a observa-lo e estremeceu conforme sentiu seus toques, finalmente deixando de lado a cigarrilha.
- Ele chupou você, foi gostoso? 
Kuro indagou e desceu aos poucos, após os mamilos, até o umbigo o qual delineou e assistia contrair os músculos diante das sensações. O maior assentiu, suspirando, e não poderia mentir, havia sido gostoso mesmo.
- Foi bom, mas prefiro a sua boca.
- Hum, não minta pra mim. 
Kuro disse e era exatamente naquele assunto que queria chegar, assim como chegou com a boca perto de seu ventre.
- Não minto. Gosto da sua boca. 
Tsukasa disse num sorriso e acariciou seus cabelos, empurrando-o para o sexo.
- Quer que eu namore você aqui? 
Kuro indagou e tocou sua calça, já estava aberta embora de volta a seu lugar.
- Quero. Me dá sua boca.
- Vou chupar você todinho. 
O menor disse e por fim o tirou da roupa, pegou sua parte ainda maleável o bastante para se esconder na roupa apertada, mas o enfiou na boca rapidamente, passando a mover em vaivém, tragando-o. Tsukasa inclinou o pescoço para trás e gemeu, prazeroso. Mordeu o lábio inferior e agarrou-o nos cabelos, puxando-os. 
- Ah!
Kuro gemeu diante da puxada nos cabelos, mas continuou, tragando-o, sorvendo vigorosamente seu sabor. E com a mão, tocou a parte logo abaixo da ereção que formou, massageando a pele tesa, sentindo delicadamente suas glândulas. Tsukasa suspirou e mordeu o lábio inferior, ele era tão gostoso, podia sentir a ereção já se formando aos poucos em sua boca, firme, dolorida. 
- Kuro... Droga...
- Hum, o trouxe bem rápido... - Kuro murmurou, junto a sua glande onde roçava os lábios. - Na verdade eu queria mesmo era enfiar a minha língua em você, bem atrás, mas eu sei que não vai me permitir. 
Disse e deslizou a língua por sua base, desceu até as glândulas e lambeu a pele, mordiscou com o cuidado de saber o quanto um homem poderia aguentar ali.
- Talvez quando eu estiver muito bêbado eu deixe. 
Tsukasa disse em meio ao riso baixo e gemeu dolorido, porém não realmente, agarrou os cabelos dele novamente em retribuição. 
- Chega, vem logo.
- Hum, terei que me aproveitar de você? - Kuro disse e mordiscou gentilmente sua ereção, mas puxado, ergueu a direção visual, fitando-o. - Vem o que? - Queria ouvi-lo pedir.
- Na verdade, estou te dando permissão para fazer isso quando eu estiver bêbado. Então não se aproveitará realmente. Me fode. - Falou, ao fim da frase.
Kuro observou-o, verdadeiramente surpreso pela forma como pedira, geralmente era muito sutil naquilo, mas foi mais além do que exposto. 
- Quer saquê?
Tsukasa riu. 
- Quer me embebedar é?
- Quero me aproveitar de você. - Kuro sorriu a ele. - Mas posso deixar pra provar seu gosto noutro dia, já que quer que eu foda você. Vou te foder.
- Hum, deixe o saquê para outro dia, hoje preciso voltar pra casa.
- Não dormirá comigo? 
Kuro indagou e se levantou, sabia que ele não tocava o próprio corpo naquela parte mas ao se levantar quase deixou a ereção de frente a seu rosto. 
- Vem, vem cá. - Estendeu a mão a ele.
Tsukasa uniu as sobrancelhas conforme o viu se levantar em frente a si e levantou-se em conjunto, negativando a ele. 
- Hoje não.
O menor assentiu e após se levantar, pegou o moreno por seus quadris, o virou de costas e indicou o móvel atrás dele, agora a sua frente. Com isso, vigorosamente empurrou sua calça até a metade de suas pernas. Costumava fazer do sexo um ritual, mas naquele dia faria com ele como dois rapazes prestes a serem pegos se não fossem breves. Feito isso, pôs-se atrás dele, roçou-se em suas nádegas e se guiou para ele. 
- Deveria enfiar meus dedos?
Tsukasa apoiou-se firmemente na cômoda, meio confuso sobre o modo como ele fazia, podia sentir um arrepio percorrer o corpo, gostava de tudo aquilo embora não fosse acostumado. Mas aquela posição era um pouco vergonhosa, ficar praticamente de quatro pra ele, se sentiu incômodo por ele olhar a própria bunda. 
- N-não... Não gosto disso.
- Você não gosta agora. 
Kuro disse e não arqueou muito de seu corpo, apenas o suficiente. Sem sua resposta, usou do lubrificante que alcançou previamente, despejou do óleo de canela que causaria a ele um certo calor e formigamento. Só então se voltou de modo que de fato fosse penetra-lo. Beirou seu corpo, observou suas nádegas como ele não queria que fizesse, gostava delas e ele sabia, não entendia porque a timidez sobre ela, devagar, embora não demasiadamente, o penetrou. Tsukasa abriu um pequeno sorriso, sabia do que ele falava, mas não se importava com a dor de fato, tentava manter a pose. Estremeceu quando sentiu o cheiro do óleo, gostoso, mas não sabia o que ele fazia, esperaria. Conforme o sentiu se empurrar para si, mordeu o lábio inferior e abaixou a cabeça, sentindo os cabelos compridos deslizarem pela face, cobrindo-a. Engoliu o gemido conforme cerrou os dentes.
Ao falar sobre aquilo, Kuro não falava da dor, falava sobre estar constrangido com q posição, aquilo ele logo perderia ao sentir prazer, sabia que naquela posição, a ereção insistiria exatamente em seu ponto de prazer. E após deslizar para ele, entrou em seu corpo, mesmo que pudesse ouvir seus suspiros dolorosos, encaixou-se por inteiro e se moveu tão logo, causando o atrito que embora pudesse ser dolorido para ele no início, faria o óleo ativar na fricção, intensificando seu calor. Tsukasa fechou os olhos e cerrou os dentes, podia sentir o corpo dolorido, a sensação dolorosa nos quadris, mas não disse nada a ele, se manteve firme a se apoiar no local. E conforme o sentiu se mover, agarrou-se ao móvel. 
- Hum...
- Quer que eu pare? 
O menor indagou, ouvindo seu murmuro, sabia que era um gemido dolorido. Deslizou os dedos por suas nádegas, pela coxa, subiu nos ossos pélvicos e logo vagarosamente pela barriga. 
- Você é gostoso, sabe disso, ah?
O maior negativou, desviando o olhar a ele atrás de si. 
- Não se preocupe. - Murmurou e estremeceu conforme sentiu o toque dele pelo corpo. - Hum... Você é o primeiro que me diz isso.
- Hum, a dizer, provavelmente não o primeiro a achar isso. 
Kuro disse e deslizou as mãos, sentindo todo caminho pelas costelas até o peitoral, tocou seus mamilos e delicadamente os friccionou. Diferente do ritmo dos quadris, passou a penetra-lo logo com insistência. Gostava de ter sexo com ele, ele era gostoso como bem havia dito, e aquela posição era ainda mais atraente, somado ao fato de que ainda estava frustrado com Asami, acabou num ritmo firme e vigoroso rapidamente. Tsukasa negativou num pequeno sorriso e por fim o gemido deixou os lábios, sem controle sobre ele uma vez que o prazer tomava o corpo conforme o sentia atingir o ponto várias vezes. Mordeu o lábio inferior e desviou o olhar ao próprio sexo que era apertado pelo móvel conforme se abaixava. 
- Ah... Kuro...
Kuro deslizou os dedos por sua pelve, dedilhando como um instrumento musical. Mas com firmeza o puxava tal quanto levava os quadris em direção aos dele. Já estava forte o suficiente, firme também, e ensinava a ele descobrir a profundidade daquela posição e como ela ajudava a prover seu prazer. Curvou-se para ele, mordiscou seu ombro e sua nuca. Podia sentir o calor do óleo, o formigamento que ele dava e o cheiro que gostava. Tsukasa uniu as sobrancelhas, já não era mais dolorido, e sim muito prazeroso, podia sentir o calor percorrer o corpo embora tivesse certeza que o óleo só fizesse efeito naquela região, eram as sensações do corpo que faziam aquilo, quase se sentia perto de gozar e ele mal acabara de entrar. Suspirou, um gemido baixinho e embargado.
- Se continuar assim... Não vou aguentar muito tempo...
- Então goze. Você não precisa durar, eu quem preciso estar duro pra você. - Kuro disse e apalpou firmemente suas nádegas, puxou-o num solavanco mais. - Quer ficar de frente? Quer olhar pra mim enquanto goza?
Tsukasa assentiu ao ouvi-lo e novamente a sua sugestão, sentindo o corpo estremecer conforme os toques dele naquela parte que gostava. O menor afastou-se e o fez bem vagarosamente. Saiu de dentro dele de modo que lhe desse toda ideia da passagem é só então o virou, por sua cintura. Tsukasa era um homem forte, provavelmente era pesado mas não por gordura, tinha um corpo grande por massa muscular, mas nada que tornasse ele um homem de aspecto rechonchudo. Conforme o virou para si, pegou pela cintura e colocou sobre o móvel, era madeira maciça portando não tinha problemas, Katsuragi tinha bom gosto. Foi rápido, suficiente para conseguir pega-lo, era homem, tinha força, mesmo que fosse mais jovem que ele, mas se surpreendeu como ele não parecia tão difícil de pegar, se sentiu bem por isso, mas fingiu ser um gesto qualquer. Só então o penetrou outra vez, agarrando sua cintura a ter um abraço involuntário. Escondeu-se em seu pescoço que cheirava a perfume amadeirado. Ao se virar, o maior admirou-se pelo modo como ele havia pego a si, mas não disse nada. Deslizou as mãos pelos ombros dele e separou as pernas, dando espaço a ele entre elas, num suspiro o sentiu adentrar o corpo novamente e inclinou o pescoço para trás. 
- Ah!
Kuro admirou-se ainda mais por sua falta de protesto, geralmente reclamava de tudo que pudesse fazer ele parecer mais suave. Porém se encaixou nele, tinha altura perfeita junto ao móvel e tornou penetra-lo vigorosamente com insistência, até um pouco rude talvez. Mordiscou seu pescoço, subiu para a mandíbula e lambeu seu queixo. 
- Quando chegar, vai transar com a sua mulher?
Tsukasa desviou o olhar a ele conforme ouviu sua pergunta. 
- Você não cansa de perguntar isso não é? Ela me pediu, mas eu não quero. - Disse ainda agarrado a ele e gemeu prazeroso. - Vou gozar...
- É porque eu imagino vocês. 
Kuro disse e sorriu ao morder seu queixo, percebeu então que não se incomodava dele transar com sua mulher, mas com Asami, era um pouco diferente. 
- Gosto de imaginar você se esforçando pra sentir prazer com ela. Olhando pra ela enquanto ela goza, se você faz ela gozar. Também gosto de imaginar você imaginando meu corpo enquanto está com outra pessoa.
- Ah é? Você é um pervertido. Se incomodou com o Asami não foi? Mas minha mulher não.
- Por que me incomodaria com Asami? Talvez você gostasse dele e não quisesse mais me chamar quando viesse. - Kuro disse, isso podia ser uma parte do que incomodava, mas não era exatamente tudo. - Vem, goza bem gostoso pra mim, Tsukasa.
- Não gosto dele, ou o teria tocado. 
Tsukasa disse e agarrou-o em seu ombro, apertando firme e assentiu, podia ver seu rosto bonito, sentia seus movimentos firmes e fora o que fez a si gozar finalmente. Fechou os olhos, inclinando o pescoço para trás e apreciou as sensações prazerosas pelo corpo. Quando lhe causou o ápice, Kuro continuou se movendo do mesmo modo que o fez até que ele o alcançasse. Pegou em suas nádegas com firmeza, puxava-o para si como se levava para ele. E bem, talvez não houvesse mesmo se importado com Asami, do contrário não teria ficado, era firme sobre o que queria, ainda que por vezes mais flexível consigo. Mordiscou seu ombro, intensificando o ritmo a medida em que se aproximava depois dele, e logo, atingiu o ápice, porém, saiu rapidamente dele, antes que se deixasse eu seu interior. Desfez-se mesmo ainda entre suas pernas, porém em sua pele nua, em sua própria ereção. 
- Uh... Kimochi.
Tsukasa sentiu seu movimento rápido e estremeceu, observando-o e sorriu a ele conforme havia sentido o jato de seu prazer na pele, quente, se incomodou um pouco por estar sujo, mas nada que um lenço não resolvesse.
- Hum...
- Hum, sujei você, ah? 
Kuro indagou e sorriu a ele. Um pouco leve diante do ápice recente, beijou-o em sua bochecha vermelha pela agitação do ato e deslizou no canto dos lábios, deixando-se levar pelo hábito com Asami, freou porém fingindo não perceber. Tsukasa uniu as sobrancelhas quando sentiu seu toque de lábios, porém não disse nada, deslizou uma das mãos pelos cabelos dele e retribuiu seu beijo com um selo breve.
- Opa. 
O menor disse, meio embaraçado, como se houvessem se acidentado com o toque. Tsukasa sorriu. 
- Achei que você não se importasse.
- O que? - Kuro indagou e tocou os cabelos, os ajeitando. Sorriu no entanto. - Quer mais? Quer que eu te faça gozar mais, hum? Ou precisa voltar pra casa?
- Não, tudo bem. - Tsukasa disse num sorriso sutil e procurou no quarto algum lenço para se limpar, e após fazer, vestiu a roupa íntima. - Estou falando sobre o beijo.
- Não quer? - Disse o menor, um pouco confuso diante do assunto. - Espere, estou um pouco confuso, tudo bem sobre o beijo. - Disse, não sabia se falava do próprio ou do dele.
Tsukasa sorriu. 
- Achei que não se importasse sobre o beijo, e estou satisfeito, você não?
- Hum, gosto de fazer com você, então, adoro quando você me quer. Se quiser mais, estou disposto.
Tsukasa sorriu a ele e deslizou uma das mãos por seus cabelos negros. 
- Tenho que ir, mas virei vê-lo amanhã, prometo. Estará aqui?
- Sim. 
Disse Kuro e tocou-o como ele a si, afagando logo atrás de sua orelha.
- Hum, está desanimado? Não quer que eu vá?
- Não, adoraria ficar te vendo transitar por meu quarto inteiramente nu a noite toda. - Sorriu. - Estou bem.
Tsukasa sorriu a ele e ponderou. 
- Hum, vou fazer uma ligação.
- Iie, tudo bem. Você pode ir e descansar, ver sua mulher. Não quero que ela seja tão infeliz.
- Não se preocupe, eu iria pra nada.
Kuro o observou, não o contestou, sorriu apenas.
- Prepare um banho pra gente, hum?
- Que banho você quer? Água rápida ou ofurô?
- Hum, ofurô parece interessante. Tem aqui?
- Uhum, temos a casa de banho para os clientes.
- Hum, então prepare, assim que eu desligar vou pra lá.
- Tá bem. - Kuro sorriu a ele e beijou seu pescoço, mordiscou e seguiu caminho até a orelha, puxou de leve o lóbulo. - Você quer alguma essência?
Tsukasa sorriu a ele e acariciou seus cabelos, sentindo um suave arrepio pelo corpo. 
- Escolha pra mim.
- Hum, tudo bem. - O menor falou baixo e próximo a seu ouvido. O lambiscou e só então soltou. - Venho te buscar quando tiver tudo pronto.
Tsukasa assentiu e selou seus lábios, havia gostado de fazer isso. Kuro havia tomado o pedido de desculpas como algo definitivo? Ganhou um novo toque e sorriu, meio de canto. 
- Ora, tenho um beijador aqui, hum.
- Hum, desculpe. - O maior sorriu. - Não faço mais.
Kuro riu baixinho, acariciou seu rosto, como se compreendesse uma criança e por fim seguiu ao afazer, prepararia o banho, e se segurou embora estivesse curioso sobre o que fazia Asami. Tsukasa assentiu e se retirou do quarto, pediu o telefone por um momento a Katsuragi para ligar para a própria esposa. 



Um suspiro deixou os lábios de Asami, enxergava um pouco turvo pelas lágrimas que manchavam o branco do rosto, estava fazendo as malas, havia falado com Katsuragi e ficaria uns dias fora, achou melhor não avisar a ele sobre aquilo, estava confuso, e não queria acabar prejudicando o amigo. Kuro s
eguiu pelo corredor até a casa de banho, ao passar por seu quarto, pode ouvir movimentos. Depois de aprontar o banho, decidiu ter algum tempo. Entrou no quarto de Asami, mesmo que achasse prudente deixá-lo pensar. Olhou sua cômoda já arrumada, mas algo nela havia se partido, era sua maquiagem. Seguiu até ele em seu futon, observou arrumar suas coisas mas não quis falar nada sobre. 
- Asami. - Abaixou-se para ele. - Sei que ainda está chateado, mas eu quero conversar com você, quero que possamos nos entender, nunca brigamos antes.
Asami desviou o olhar a ele e negativou, limpando as lágrimas com a manga do kimono
- ... Não quero conversar, Kuro... Estou indo embora.
- Por quê? - Kuro indagou, preciso.
- Porque não quero. - Disse o menor, desviando o olhar a ele e suspirou. - Você não vai entender.
- Estou falando por que quer ir embora. Tivemos uma discussão estúpida, somos amigos, você não tem doze anos.
Asami negativou. 
- ... Você não entende, Kuro. - Disse e novamente usou o kimono para limpar o rosto. - Eu... Não quero atrapalhar seu trabalho.
- Não, não seja tão drástico. Está tudo bem, somos adultos e não dois meninos. Somos amigos e tivemos uma discussão boba, não penso coisas ruins de você, você é importante pra mim, não quero magoar você. Apenas fique, vou tentar fazer Tsukasa dormir e vamos conversar, certo? Você vai me esperar, não é?
- ... - Asami uniu as sobrancelhas e negativou. - Kuro... Eu não... Não consigo olhar pro seu rosto depois do que eu fiz.
- O que foi que você fez? 
O maior indagou, não sabia de fato o que ele falava especificamente.
- Dei em cima do seu cliente, transei com você na frente dele... Chupei ele. - Asami disse a abaixar a cabeça.
- No quarto nós estávamos trabalhando. Não fez nada de errado.
- ... - Asami suspirou. - Eu sinto muito.
- Está tudo bem. Me desculpe, não quis dizer nada que o ofendesse. 
Kuro segurou seu pequeno rosto e o beijou na ponta do nariz.
- Você não me ofendeu... Kuro... Eu gosto de você.
- Gosta? - O maior indagou. - Gosta romântico?
- Sim... Por isso eu preciso sair um tempo, pra... Esfriar a cabeça.
- Está apaixonado? 
Kuro indagou e franziu levemente o cenho, unindo as sobrancelhas como era hábito dele.
- ... Eu acho que sim.
O maior sorriu a ele, tênue e negativou embora mais para si mesmo. Selou seus lábios.
- ... Me desculpe. - Asami murmurou e retribuiu seu selo. - Eu não quis dar em cima dele, eu nem gosto dele...
- Tudo bem. - Kuro selou novamente seus lábios. - Eu volto pra ficar com você. Não vá embora, certo?
- ... Tá bem.
- Troque de roupas, fique confortável, venho te fazer uma massagem gostosa.
Asami negativou, não queria aquele tipo de atenção por hora, só queria ficar com ele. Pelo corredor, o garoto pequeno correu em direção ao outro, parando quando o avistou saindo do quarto. 
- Tsukasa-san teve que sair... Ele disse que sente muito e mandou isso. 
Conforme disse, entregou a ele uma pequena bolsinha de seda, dentro tinha dinheiro e fumo para a cigarrilha. Kuro aceitou a pequena sacola, pelo tato deduziu ser dinheiro. 
- Sabe se algo aconteceu? - Indagou, porém voltou logo ao quarto. - Eu tenho um banho feito. Vem comigo?
Asami desviou o olhar a ele conforme o ouviu e assentiu. 
- Ele disse que tinha que trabalhar, deve ter acontecido algo na empresa porque ele saiu correndo.
- Tudo bem, obrigado, Mitsuki. - Dito, Kuro afagou seus cabelos e deu a ele uma moeda. - Compre um sorvete pra você. - Deu-lhe uma piscadela. E então esperou pelo outro. - Vamos.
- Obrigado! 
Asami levantou-se conforme o ouviu. 
- Vamos.

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