Ryoga e Katsumi #52 (+18)


- Hey, mas que porra foi essa aqui? - Katsumi disse ao adentrar a casa e fitar o outro na cozinha, naquele dia havia ficado responsável por cuidar do restaurante, por isso ele estava em casa e a si não. - Por que a casa está com o cheiro do Haruki?
- Porque ele veio aqui. Demos uns pegas no balcão e depois ele foi embora.
- ... É sério isso?
- É claro. Muito sério. 
Ryoga disse, encarando-o, evidentemente sarcástico.
- ... Vou ligar pra esse filho da puta, não quero ele aqui quando eu não estiver.
- Não confia em seu próprio irmão? - Ryoga indagou e seguiu até ele, parando defronte. - Ele veio perguntar sobre o Ryoma.
Katsumi desviou o olhar a ele e arqueou uma das sobrancelhas. 
- ... Ryoma? O Ryoma sumiu?
- Não, sobre o Ryoma ser o... Akai ito... Dele. - Ryoga sorriu canteiro.
- Akai Ito? - Katsumi riu. - Haruki é uma criança mesmo.
- Por quê? 
O maior indagou e tragou da bebida que deixara no balcão.
- Mamãe chegou!
Dizia o filho mais velho, levando o caçula no próprio colo.
- Olha as palavras que ele usa. - Katsumi riu e desviou o olhar ao pequeno, sorrindo a eles e abaixou-se, beijando-os no rosto. - Oi meu amor, o que estavam fazendo?
- É muito comum que usem elas na verdade. Talvez seja a forma das pessoas entenderem porque um vampiro se liga a um único ser se viverá para sempre. 
Ryoga disse e pegou os dois, colocando um em cima do outro como estavam, no balcão. 
- Dormimos o tempo todo com o papai até sentir vontade de comer.
Katsumi riu e desviou o olhar ao outro, aproximando-se dos filhos e acariciou os cabelinhos deles. 
- ... Então... Você é meu akai Ito, hum?
- Olha as palavras que você usa. - Ryoga provocou o moreno e sorriu.
- Hum, já que estamos gays hoje.
- Você a essa altura ainda não sabe como é isso?
- Sei... - Katsumi sorriu. - Mas... É uma definição fofa.
- Você é muito contraditório. 
Ryoga disse e pegou um fiozinho de massa, deu ao caçula que parecia muito interessado nele. Katsumi riu e observou o pequeno a comer o macarrão. 
- ... Voltando ao assunto, não quero o Haruki aqui sozinho com você.
Ryoga voltou-se ao moreno, não fazia questão de receber ninguém ali, mas a forma como ele parecia ordenar, era o que não gostava e deixou isso claro diante da forma como olhou para ele.
- Que foi? Gostou quando o Ryoma veio me visitar sem você?
- Eu reclamei?
- Na verdade sim. E na verdade, reclamou também de eu o estar tatuando.
- Tem duas diferenças nisso, Katsumi. Primeiro é que você estava tatuando meu irmão, e segundo é que o Ryoma tem certo prazer em atividades dolorosas. Mas ainda assim, não reclamei dele estar aqui sem que estivesse fazendo isso, confio no meu irmão. No entanto, não faço questão de receber ninguém aqui.
Katsumi assentiu e suspirou. 
- Por que você não senta com seu irmãozinho no sofá pra ver desenho e espera a gente terminar o jantar, hum, Erin?
- Pra vocês fazerem as pazes, hum? 
Dizia o filho e o colocou no chão, junto de Natsumi que esticou a mão esperando por mais um fio de macarrão. 
- Ora. 
Ryoga disse e após lhe entregar o fio único que ele segurou com a mãozinha fechada e seguiu no colo do irmão mais velho, claro, sem deixar de oferecer um trago de seu macarrão. Katsumi assentiu ao filho, embora não tivesse realmente a intenção de fazer as pazes, ele era meio inflexível algumas vezes e não gostava disso. Não gostava do fato de ser o único que não poderia sentir ciúme. O maior continuou ao afazer. Não que não o autorizasse sentir ciúme, entendia que Katsumi era ciumento desde o início, mas não gostava da imposição dele e apenas isso.
- ... Bom, vou tomar banho. 
O menor disse e jogou as chaves sobre a mesa, seguindo para o quarto.



Katsumi s
uspirou, um suspiro longo e profundo, estava sozinho em casa enquanto o outro cuidava do restaurante naquele dia, as crianças estavam com Haruki, que insistiu querer levá-los para o parque de diversões, era uma criança mesmo. Nada tinha pra fazer, e olhava a parede do quarto. Como estava frio, usava uma calça larga de pijama e uma camiseta de manga comprida, estava um clima agradável até podia dizer, e fechou os olhos, visando descansar um pouco. No silêncio, alguma coisa não estava certa, pensava nele, no sorriso dele, e mesmo vampiro, começava a sentir calor, de uma forma estranha. Abriu os olhos, observando o quarto, sentia uma sensação estranha de que precisava de algo, até perceber o sexo dolorido abaixo da roupa, não podia estar no período fértil... Estava esperando um filho. Negativou, mordendo o lábio inferior e tentou afastar a ereção insistente, mas a cada vez que fechava os olhos, pensava nele sem roupas. Que maldição. Retirou a calça, assim como a roupa íntima, mas se manteve com a camiseta, estava quente assim, o cobertor ainda cobria as pernas, parcialmente quando por fim tocou o sexo, segurando-o entre os dedos, certificou-se por um momento de ter fechado a janela, ou teria o irmão ali dentro num momento como aquele, e preferia não recebê-lo naquele momento. De olhos fechados, tentava se concentrar nele, pensar no corpo dele, e embora fosse bom se tocar, algo ainda não estava certo. Mordeu o lábio inferior. 
- Ryoga... - Katsumi murmurou, porém cessou, soltando o sexo e suspirou. - ... Falta alguma coisa... - Dito, voltou-se para a a gaveta lado a cama e fitou-a por um pequeno tempo, não devia... Não devia, não devia... Foda-se. Abriu a gaveta dele, não queria fuçar em nada, mas buscou o pequeno objeto que queria, o anel que deslizou dolorido pelo sexo, apertado e quase não conseguiu colocá-lo. Gemeu, dolorido porém prazeroso e sorriu consigo, agora sim estava tudo certo.
Ryoga já estava no carro quando sentiu as sensações que transmitia o companheiro, certamente, não por intenção. Ele estava excitado, imaginava o que estava fazendo para se sentir daquele modo. O riso soou num sopro nasal, era para si mesmo. Continuou a direção, esperando ser capaz de pega-lo de surpresa. 
Katsumi fechou os olhos novamente, e o suspiro deixou os lábios, deslizava a mão pelo sexo, massageando-se e aos poucos passou ao ritmo de vai e vem. 
- Hum... Ryoga...
Ryoga entrou logo após estacionar. Tinha um cigarro entre os dedos e fumava, era o que podia usar a confundir o olfato do moreno, ainda mais por ser um vampiro jovem. Após descartar o cigarro, seguiu pela casa e "estacionou" junto a porta, observando o movimento que camuflada com o cobertor, mas bem sabia o que ele estava fazendo. Katsumi sentia o cheiro de cigarro, mas por um momento, achou que pudesse ser qualquer outra coisa, o quarto todo tinha o cheiro dele, então era fácil confundir. De olhos fechados ainda, mordeu o lábio inferior, e agilizou os movimentos da mão.
- Ryoga... Hum...
O maior caminhou devagar e sorrateiro como um gato prestes a dar um bote. Quando mais próximo, num movimento rápido puxou o edredom apenas para que pudesse ver com clareza o que ele fazia. 
- Ora, parece que não é assim tão ruim, ah? 
Disse referindo-se ao anel que pode ver claramente envolto em seu sexo, causando um leve inchaço na região estimulada, uma vez já excitado e contido. Ao sentir o edredom puxado, Katsumi arregalou os olhos e usou ambas as mãos para esconder a si ao invés de continuar o que fazia. 
- Ryoga! Porra, que susto!
- Não foi suficiente pra deixar o seu pau mole. - O maior retrucou sob seu protesto e sorriu, canteiro. - Ah, que vergonhoso, parece a porra de um adolescente.
- Ah, vai se foder, eu fiquei com vontade! E eu me acostumei com essa merda que você coloca no meu pau.
- Ficou com vontade de se masturbar feito um pirralho, ah? - O maior riu. - Não seja um mentiroso, não queria só o anel, queria pensar em mim, mas precisaria enfiar os dedos na sua bunda, Katsumi. 
Ryoga falava de modo grosseiro, mas a verdade era que estava provocando ele, não se importava de assisti-lo tendo prazer, ele era bonito e parecia uma atividade estimulante encarar seu corpo magro e bonito a obter prazer por si mesmo. O menor estreitou os olhos. 
- Não quero mais, seu estraga prazeres filho da puta. 
Disse e tentava cobrir ainda o próprio sexo, que ainda estava ereto.
- Quer, você quer. Vamos, seu adolescente de merda, continue esfregando seu pau. 
Parado, Ryoga ainda estava em pé ao lado dele na cama, tinha as mãos nos bolsos da calça, que por sinal tinha um volume específico em certa região. Katsumi arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo e tentava fingir que não, mas tinha um sorrisinho sutil escondido no canto dos lábios. 
- E por que você quer me ver esfregando meu pau? Seu pervertido desgraçado.
- Porque eu quero humilhar essa atitude ridícula e imatura. 
Ryoga disse, e tinha certeza que aquela altura ele também fazia parte da provocação. Num movimento rápido, segurou seu pescoço, o encarou de perto a ponto de sentir seu hálito de vinho e sangue fresco. 
- Anda.
Katsumi desviou o olhar a ele ao senti-lo segurar a si pelo pescoço, ele havia sido extremamente rápido, e podia ver seus olhos acesos. 
- Caralho, eu te excitei tanto assim, vovô? 
Disse retrucando o modo como ele chamava a si de criança e sorriu, ajeitando uma mecha dos cabelos compridos atrás da orelha e novamente tocou o próprio sexo, apertando-o sutilmente.
- Não se convença tão rápido, garoto. Um buraco pra enfiar meu pau é que me excita. Vamos, esfole seu pau, parece inchado querendo gozar, acabe com ele porque quer dar pra mim.
- Hum, não precisa ser tão idiota. 
Katsumi disse com um sorrisinho e segurou a mão dele no próprio pescoço, não o deixou se afastar e conforme o fez apertar a si no local, moveu a mão a estimular o sexo, cada vez mais rápido. 
- Ah...!
Ryoga era controlador de modo inconsciente, não gostava de ter suas mãos sobre a própria, fosse enquanto tocava seu corpo, quando penetrava-o com os dedos ou quando apertava alguma parte dele, não gostava de ter seu incentivo, portanto antes que sua mão terminasse sobre a própria, empurrou contra seu pescoço, desvencilhando o toque sem solta-lo porém. Katsumi uniu as sobrancelhas ao sentir o toque rude dele, bem, talvez só estivesse desacostumado, nos últimos dias estiveram em sexo um tanto... Romântico, e havia esquecido quem havia encontrado naquela sala de boate, ele era arisco daquela forma mesmo. Ao senti-lo apertar a si, gemeu, rouco e apertou o próprio sexo de mesma forma, quase sufocando-o e fechou os olhos, mordendo o lábio inferior.
- ... Hum.
- Hum, não toque minha mão, aperta o seu pau e eu vou saber o quanto você precisa "morrer". Estava chamando por meu nome, não era uh? Quer sentir o meu cheiro? Quer se enroscar em minha camisa ou quer mesmo o meu pau?
Katsumi assentiu ao ouvi-lo, já que não poderia dizer nada por hora e franziu o cenho em resposta, ainda se masturbava, rápido. 
- Você... S-Seu pau... - Murmurou, rouco ainda.
Ryoga podia ouvir o farfalho de seu toque, indicando a movimentação mais embaixo, ouvir o punho acertar seu ventre, indicando a atividade vigorosa que fazia. 
- Ah é, precisa ser meu pau, já que você é uma vadia necessitada. 
Retrucou e por um momento buscou a mão desocupada, enfiou dois dos dedos na própria boca e os umedecera sob o toque do que deixava as feridas da língua, o qual ocasionou com os dentes; do próprio sangue levou a ele um lubrificante, tocou sua ereção, acariciando-a com um rastro do próprio fel. Katsumi assentiu, e embora quisesse xinga-lo, teria que esperar um pouco, não respirava, mas ser sufocado ainda assim não era tão fácil. Ao sentir os dedos dele, gemeu, apertando-se entre os dedos e pode sentir a pele se arrepiar na mesma hora. 
- Ah!
Ryoga abaixou-se próximo de seu rosto e ainda segurava firmemente seu pescoço, enquanto a outra envolvia seu sexo pelo toque do próprio sangue e que abaixado como estava, abriu a boca e deixou pingar gotas densas mas nada generosas do próprio sangue. Com o toque, Katsumi podia sentir o sexo firme ficar ainda pior, e o anel apertava ainda mais a si, o que forçava a fechar os olhos, tentando se concentrar em outra coisa que não fosse o sangue dele, mas o cheiro, o toque, era muito forte. 
- ... P-Para...
- Parar? 
Ryoga indagou enquanto pressionava a mão e os dedos junto de sua mandíbula. Ao se abaixar, lambeu seus lábios, o que consequentemente os tonalizou em vermelho, como se lhe desse alguma maquiagem. 
- O que foi, Katsumi? Esfolar seu pau não está sendo suficiente? 
Indagou e tocou sua glande, friccionando a pequena fenda junto a ponta de seu corpo viril. Ao senti-lo lamber os lábios, Katsumi tentou abrir a boca para lamber, embora ele segurasse a si na mandíbula e estremeceu, doía, a vontade de lamber, o sexo excitado, a garganta, tudo doía. 
- Ah! - Gemeu, alto, porém rouco e dolorido conforme o toque dele no sexo havia piorado. - E-Eu quero gozar... C-Caralho...
- Você não vai conseguir. - Ryoga disse e antes que ele tentasse trazer seu ápice a tona, o apertou, não o deixaria gozar tão logo, daria jus ao uso do anel que o envolvia. - Vamos, acaricie mais.
- Ah! Ryoga! 
Katsumi gritou e não sabia de onde havia tirado forças para fazê-lo, visto que ainda sem ar. A mão ao redor do sexo, permanecia ali, sem realmente se masturbar, dolorido demais para fazê-lo.
- O que foi, criança? Não queria se esfregar até gozar? Minha presença acanha você? Oh, não seja tímido, é vergonhoso mas não vou dizer a ninguém. 
Ryoga o soltou enfim, liberando seu pescoço para lhe dar o fôlego que sequer precisava. Após se afastar, despediu-se dele com um estalo no rosto, podia ser forte para ele, mas não era nada comparado ao que poderia ser se quisesse. Só estão recompôs a postura e em pé, pegou o celular no bolso. 
- Vamos, vou filmar você.
Ao ser solto, Katsumi tentou retomar o ar como um humano, era acostumado a respirar, então era difícil estar sem o ar, até tossiu, abaixando a cabeça por um momento, até receber o tapa dele sobre o rosto e o estalo fora forte para si, sentiu a pele arder. Piscou algumas vezes ao retomar o ar para os pulmões e desviou o olhar a ele, estendendo a mão para pegar o celular. 
- Não! Ryoga essa porra vai parar na internet, aí fodeu.
- Ah, você acha? - Ryoga indagou com sarcasmo. - Não estou pedindo. - Respondeu, impassível.
Katsumi cerrou os dentes, firme e suspirou, assentindo em seguida.
- Vai, recomece. 
O maior disse e mirou a câmera do celular em sua direção. Não exatamente usaria para algo senão para admira-lo em algum momento. O menor sorriu a ele e assentiu, lambendo os lábios sujos com o sangue dele e recostou-se na cama, acariciando-se com uma das mãos e encostou a cabeça na cabeceira atrás de si, o sexo doía tanto que chegava a se arrepiar, queria tanto gozar. Uma das mãos, guiou entre as próprias nádegas e roçou os dedos em si, só roçou, massageando o local é o observava, lascivo.
- Hum, está tentando me convidar, garoto? - Ryoga indagou, alternando o olhar por vê-lo pessoalmente ou através da tela do celular. - Vamos, eu já sei que você é um vadio, enfia logo os dedos.
Katsumi sorriu a ele e mordeu o lábio inferior. 
- Para de me chamar de garoto, seu pedófilo. 
Dito, empurrou dois dos dedos para dentro do corpo, de uma vez e gemeu, dolorido, sabia que era virgem novamente, mas queria excita-lo, embora acabasse se machucando.
- Você me chamou de velho, então você precisa ser um garoto pra que eu seja velho. - Ryoga retrucou e percebera o vigor com que entrou. - Ah, parece afobado, quanta fome, Katsumi. Gostou da minha mão não sua cara? Talvez eu possa fazer isso mais uma dúzia de vezes.
Katsumi suspirou e sorriu para ele de canto, contendo um riso. Após, ajeitou-se na cama, deitando-se melhor para que pudesse mover os dedos e manteve as pernas abertas, expondo a ele o que fazia, a outra mão acariciava o sexo, apertando-o entre os dedos vez ou outra. 
- Bate.
- Você quer isso? Quer que eu te mostre o quanto isso pode machucar você? 
O maior indagou e embora o sorriso fosse sutil, era um pouco perverso também.  Katsumi sorriu a ele, e estava tentado a dizer sim e não ao mesmo tempo.
- Hai... Vem, vovô.
- Ah é? 
Ryoga sorriu canteiro e bem, pela primeira vez, lhe daria um tapa mais firme, certamente no fundo, não tanto quanto poderia. Após deixar o celular ao lado, levou a mão aos cabelos escuros que tinha, enroscou aos dedos e ergueu levemente seu rosto enquanto a outra mão, desferia-lhe o tapa, pôde sentir sua pele aquecer nos dedos, mesmo que o sangue já não fosse cálido como onde um humano. Katsumi sorriu a ele, porém franziu o cenho ao senti-lo segurar os cabelos e fechou os olhos, embora ainda assim o rosto tenha virado com o tapa forte e por pouco, não mordeu a língua com as presas afiadas na boca, gemeu, dolorido e apertou o sexo entre os dedos, não era a própria intenção, mas estava tão excitado, que acabou por gozar após sentir o tapa e mordeu o lábio inferior, sem perceber a força que perfurou a fina carne do local e fez escorrer as pequenas gotas de sangue, o gemido prazeroso deixou os lábios e pode sentir o corpo estremecer, embora tão dolorido pelo anel peniano.
Tal como escorria de seus lábios, escorria também em seus dedos, denunciando o auge do moreno, que fez exalar o cheiro de sangue e sexo pelo quarto. Antes mesmo que seu aperto afrouxasse, antes que o êxtase passasse, Ryoga voltou a dar outro tapa em seu rosto, regredindo com a mão que foi de um lado ao outro e agora voltava, com o dorso dela, sentindo os ossos dos dedos atingirem sua maçã facial. Katsumi gemeu novamente conforme o novo tapa e mesmo no dorso dos dedos ele era forte. Teve de usar a mão para se agarrar ao lençol da cama para que não caísse, embora não fosse de fato já que ele segurava a si pelos cabelos. Um dos olhos havia mantido fechado e não abriu, mesmo ao voltar a se erguer, as gotas de sangue haviam pingado sobre a cama.
- ... Filho da... Puta...
- Oh, você gosta disso, seu depravado. Até gozou. 
Ryoga disse e lambeu seus lábios, friccionando a ferida. Katsumi estremeceu, dolorido ao senti-lo lamber os lábios e rosnou para ele, o mordeu em seu lábio inferior, e arrancou uma gota de sangue para si. Não que se importasse com o mordisco, mas o maior foi punitivo com ele e deu-lhe outro tapa. 
- Parece que hoje você está querendo um blush nas bochechas, ah?
Ao sentir o tapa, Katsumi uniu as sobrancelhas e fechou os olhos, firme, podia sentir a cabeça doer sutilmente pela pequena surra que levava dele.
- ... Porra...
Ryoga encarou-o com as sobrancelhas tensas, formando rugas temporárias e profundas entre elas enquanto enroscava seus cabelos, no fim, sorriu para ele, canteiro e agora, beijava seus lábios com gentileza, estava grávido, embora fosse um vampiro, tinha o hábito de lhe ser mais brando por isso, portanto, se policiava. 
- Aproveitou enquanto eu estava fora, ah?
Katsumi o observou de canto, sem entender porque agora ele estava calmo e realmente não havia perdido o modo alerta do corpo, ainda se apoiava na cama, caso precisasse se segurar de mais um tapa que arrancaria a cabeça de um humano normal. Retribuiu seu beijo de todo modo, gemendo dolorido pelo lábio machucado e o rosto estava vermelho, era ainda pior nas maçãs do rosto, onde pareciam ter um tom arroxeado.
- ... Fiquei excitado.
- Sei. Resolveu ter sexo consigo mesmo aproveitando a ausência dos seus filhos também. - Ryoga o lambeu na ferida e por fim o soltou, seguiu até o celular, finalizou o vídeo. - Hum, terei algo pra assistir no escritório.
Katsumi desviou o olhar ao celular que nem se quer se deu conta de que ainda estava filmando, riu. 
- Não vá se masturbar no escritório. - Disse e sorriu a ele, deslizando uma das mãos por seu tórax. - Vem pra cama comigo.
- Talvez eu faça, quando você estiver em casa, pra atordoar sua mente. - O maior sorriu.
- Em dois pulos eu estou lá no escritório. - Katsumi disse e sorriu. - Vem...
Ryoga afastou-se, se sentando no batente da janela. Encarou o moreno, já sujo por seu clímax.
- Hey, o que está fazendo?
- Estou deixando você, literalmente, na mão.
- Ah, não seja chato.
- Vem aqui. Levante.
Katsumi assentiu e levantou-se, seguindo até ele e no caminho, puxou a blusa de frio, retirando-a. Ryoga ergueu a mão, tocando seus quadris quando enfim o alcançou. Num movimento hábil, virou-o de costas e guiou para a janela, colocando onde antes estava, porém de frente à vista, poderia ver o exterior e o movimento lá fora. 
- Gosta da paisagem? 
Indagou e abriu o zíper da calça, ajeitando-se para fora dela, ereto como já estava. 
Ao se apoiar na janela, Katsumi uniu as sobrancelhas a observar as luzes lá embaixo, ainda havia a sacada e era um prédio, então não podia ver bem. 
- Daqui de cima é meio difícil... Mas... Gosto.
- Bem, vamos ver se alguém gosta de olhar pra você por aí. 
Ryoga disse e roçou o membro viril junto de suas nádegas, esfregando entre elas, não penetrou.
- Hoje você está afim de fazer minha nudez vazar a público, não é? - Katsumi riu e mordeu o lábio inferior. - Entra logo.
- Hum, estou mostrando ao mundo como você é lascivo. Mas claro, não deixe de se equilibrar ou vai cair. 
O maior disse e quando o penetrou, foi com força, entrando numa estocada onde já iniciou o ritmo. Katsumi uniu as sobrancelhas e apoiou-se firme no local, sentindo o vento frio no rosto. 
- Porra... 
Dito, sentiu-o se roçar no próprio corpo, achou que ele iria devagar, porém fora forte e o gemido deixou os lábios quase num grito, agarrando-se firme ao limiar da janela embora o corpo fora para frente com o empurrão. 
- Ah!
- Oh, cuidado com a voz ou vão achar que é um suicida. 
Ryoga sorriu e com as mãos firmes em seus quadris ainda o puxava, vigorosamente continuo no ritmo. Katsumi mordeu o lábio. 
- Filho da puta, e vão pensar que eu estou pelado, daqui a pouco a polícia vai estar aqui. 
Disse, dolorido ainda ao senti-lo se empurrar para si, e havia esquecido de tirar o maldito anel, então apertava a si ainda.
- Não vão pensar, você está pelado. 
Ryoga disse e riu entre os dentes, se empurrando para ele, sentia com facilidade entrar e sair, não apenas pelo sangue que o adornava mas pelo estímulo de seus dedos pouco antes. Katsumi se inclinou para frente, empinando os quadris e agarrava-se firme no limiar da janela, agoniado com a altura, e embora fosse prazeroso, tinha um real medo de cair dali. 
- Ah... Ryoga... Que lugar péssimo pra me colocar...
- É por isso que está aí. 
O maior disse e embora soasse risonho pela provocação, também estava rouco, evidentemente aproveitando o prazer. Katsumi observava cada centímetro até o chão, se perguntando se cair dali doeria muito, e a conclusão que chegou era que era meio óbvio, quebraria muitos ossos dali até o chão, e a recuperação seria difícil. Abaixou-se ainda mais, como uma tática e apoiou-se na janela, fechando os olhos por um momento e mordeu o lábio inferior.
- Ah...
- Confia em mim, Katsumi? 
Ryoga indagou a deslizar as mãos em suas coxas, subiu até a pelve e ergueu levemente, apenas para desestabiliza-lo por um instante, provocador. Katsumi uniu as sobrancelhas ao senti-lo segurar a si e firmou as mãos no local, apertando o apoio entre os dedos.
- Não! Não confio! Mas não iria machucar o seu filho... Então...
Ryoga riu. 
- Você amorteceria meu filho. - Disse e num movimento rápido o virou de frente para si, voltando a coloca-lo junto à janela porém agora estava sentado. - Não confia, é?
- Não faria isso. - Katsumi disse e conforme se virou para ele, arregalou os olhos a observá-lo e agarrou-se ao corpo dele. - Não! Ryoga!
Ryoga riu, entre os dentes e voltou a penetra-lo. 
- É melhor se segurar. 
Dito, colocou as mãos junto a parede, não o segurou, mas voltou a se mover. Katsumi aproximou-se dele, na verdade, quase se colou ao corpo dele e as unhas se cravaram em sua pele conforme o sentiu pender a si e continuar os movimentos, não conseguia se concentrar neles completamente devido ao medo que tinha de cair dali. 
- ... P-Para!
Ryoga fitou-o, perto como estava diante de seus braços firmes em torno do corpo. Sorriu, achando adorável seu gaguejo. O que ele não sabia, é que pularia para segura-lo se fosse preciso, mas nunca o deixaria cair. Selou seus lábios, um estalo rápido e continuou o ritmo. Katsumi sentiu o selo nos lábios e o retribuiu embora não entendesse exatamente o porque. Conforme o agarrava, encostou a testa em seu ombro e logo escondeu a face no pescoço dele, mordia o lábio inferior a cada vez que o sentia tocar o lugar que gostava dentro do corpo, e podia sentir a pele arrepiada pela agonia da altura. Conforme se inclinou, Ryoga roçou os lábios junto a seu pescoço livre e tragou seu cheiro, lambiscou a pele e mordeu, deu a ele o que sentia em ameaça-lo, em penetra-lo. O menor sentiu os lábios dele no pescoço, sabia o que viria, por isso estremeceu antes mesmo dele morder a si e encolheu-se quando enfim fora penetrado também por suas presas, gemeu, dolorido e novamente as unhas se cravaram a pele dele, sentindo o sexo pulsar dolorido. 
- ... Porra...
Ryoga teria o respondido, mas apenas deu a ele um riso nasal, tendo a boca ocupada, tomou dele enquanto o penetrava com força e agora o segurava, empurrando sua pelve a direção da própria, tenso força nos quadris e nos dele. Katsumi mordeu o lábio inferior, era agoniante sentir aqueles movimentos firmes, sentia o vento contra as costas, estava frio, podia sentir, embora não afetasse a si realmente. Agarrou-se a ele e fez o mesmo, mesmo que ele não houvesse dado alguma permissão, cravou os dentes em seu pescoço e sugou do sangue dele, gostoso, até fechou os olhos para bebê-lo e agarrado ao corpo do outro, não se conteve, principalmente quando podia sentir tão bem sua excitação, gozou, deixando o prazer no corpo dele e no próprio, e o gemido denunciou o ápice, prazeroso. 
- Ah!
Ryoga pressionou ainda mais os dentes em seu pescoço ao sentir a mordida, não se importou no entanto, mesmo que o houvesse penalizado por isso. Deslizou as mãos em suas nádegas e apertou-as enquanto o jogava a direção de si, tornando o ritmo mais intenso, indo mais profundo. Sentiu porém seu prazer e deu do próprio a ele, gozou com ele, dentro dele e ao então cessou ritmo, desfazendo-se em seu interior apertado. Ao senti-lo gozar, novamente Katsumi se agarrou a ele, e bebia o quanto podia, é claro, respeitando o fato de que não podia tragar muito de seu sangue. Ao retirar as presas de sua carne, lambeu a ferida. Sempre que bebia seu sangue, sabia que era completamente apaixonado por ele, o corpo sentia, e sabia porque o coração pulsava firme no peito, e não era uma reação normal para um vampiro. O abraçou, firme e beijou-o no pescoço, silenciosamente repousando a face sobre seu ombro, lembrou-se do que o irmão havia dito, sobre almas gêmeas. Ryoga deslizou os braços em torno de sua cintura, segurando-o com mais firmeza. O lambeu, como ele a si, cauterizando suas feridas pelos dentes e bem, podia sentir exatamente o que ele estava pensando naquele momento, sorriu, achando graça, era fofo, por hora não o provocaria, o deixaria ser silenciosamente fofo. O apertou de leve e o tirou da janela. Ao sentir o abraço, Katsumi sorriu de canto e ao ser retirado do local, pôde então afrouxar o modo como se segurava nele, sentindo os braços doloridos, tamanha foda a força que se segurou por medo de cair. 
- Parece que teve um dia interessante hoje. 
Ryoga disse conforme o levou no colo, e esperaria de alguma forma para ver até quando ele não iria tentar ter postura sobre isso. Katsumi suspirou e assentiu, beijando-o no pescoço. 
- Pode me colocar na cama?
O maior sorriu meio de canto e por fim o moveu no colo, saiu de dentro dele e só então o colocou na cama. Um gemido baixinho deixou os lábios de Katsumi e embora quisesse fingir que não gostava, estava melhor no colo dele. 
- ... Kimochi. - Sorriu.
- Hum. Kimochi. - Ryoga disse e deu um breve afago em seus cabelos. - Trouxe vinho e saquê. - Dito, enfiou-se para dentro da boxer.
Katsumi sorriu e assentiu, vestindo novamente a própria camiseta, claro, após limpar o corpo com os lenços ao lado da cama e retirou o anel apertado, gemendo dolorido ao deixá-lo de lado.
- Quero vinho.
- Parece que esse já não é eficiente, preciso pegar um mais justo. - Ryoga ameaçou e seguiu até a cozinha, pegou a garrafa deixada por ali antes, serviu para ele e entregou. - Esse seria um vinho branco se não fosse pelo sangue nele.
- Hum, não, ele já é irritante o suficiente. - Katsumi disse num sorriso e vestiu a roupa íntima, aceitando a taça logo após e bebeu um pequeno gole. - Hum... É gostoso.
- Mas você já está conseguindo gozar mesmo com ele. Vou pegar um de ferro. São uvas verdes.
- Não... A pior coisa é me torturar aí, bate na minha cara, mas deixa meu pau em paz. - Disse num riso baixo e assentiu a observar a taça. - Você que fez?
- Na cara não tem graça. Mais ou menos, nas adaptações. Tenho um amigo especialista em bebidas, vinho e saquê.
- Hum, amigo é? - Katsumi disse, ciumento como era.
- Amigo.
Katsumi sorriu. 
- Estou te enchendo o saco.
- Ele é casado, sei que está com ciúme de verdade.
- Tudo bem.
- Você poderia ir até lá algum dia, gosta de mexer com as bebidas.
- É você pode me levar. - Katsumi sorriu e cobriu-se com o cobertor. - Deita aqui comigo.
- Eu vou tomar banho antes. Vou levar o celular junto.
- ... Palhaço, mais fácil me levar junto. - Riu.
Ryoga sorriu. 
- Não, não posso te frustrar se eu te levar.
- Ah, vai se foder. - Katsumi riu novamente e levantou-se. - Vem, vou te lavar.
- Ah, vai me dar banho, é?
- Vou. Esfregar bastante.
- Hum, vai esfregar pra mim?
- Uhum. Seu pervertido.
- Você quem está dizendo que vai. Ok, estou indo.
Katsumi levantou-se e retirou a camiseta, seguindo com ele. 
- Espera!

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