Ikuma e Taa #70 (+18)



Taa deslizou uma das mãos pela coxa dele, acariciando-o e estava tão cansado que nem conseguia se manter sentado no banco, estava quase amanhecendo, faltava uma hora ou duas, no máximo. Fechou os olhos e encostou-se no banco, só por um segundo, e ainda falava com ele, mesmo de olhos fechados, porém aos poucos cessou e adormeceu.

Ikuma trocou com ele algumas palavras. Sentia-se igualmente cansado, passara algumas horas dirigindo, enquanto não houvesse sol, desde a noite já passada. 
- Lagarta? 
Disse sem sua resposta e fitou-o brevemente por um tempo, notando seu sono. Sorriu mais para si mesmo, e ainda que não estivesse mais a fim de dirigir, não estava com sono. Ao menos foi o que pensou e logo os olhos pesavam, e aos poucos as pálpebras escureciam um pouco mais a noite. Por sorte, estavam próximos de casa.
Taa ouviu o bagulho alto e o impacto do vidro contra o rosto, cortando a si em várias partes, se fosse humano, não teria sobrado nada de si, mas por sorte, a morte já havia levado a si há muito tempo. Arregalou os olhos, observando o carro, ou o que havia sobrado dele e a primeira coisa com que se preocupou, é claro, fora com ele, adormecido ao lado, que mais parecia morto, já que sem respiração e imóvel até demais.
- Meu Deus... 
Falou consigo e puxou o cinto, arrancando-o de si e puxou o outro, observando-o, igualmente machucado e parecia ter machucado feio o braço.
- Ikuma...? IKUMA?! 
Balançou o outro, quase chacoalhando-o nos braços e cortou o próprio pulso, mesmo cheio de feridas e deixou que o sangue escorresse aos lábios dele, esquecendo-se até mesmo de que sangue de vampiro não recuperava outro, mas seria o suficiente para acordá-lo, o problema é que estava em pânico, não conseguia ver fora do carro, mas certamente haveriam testemunhas. 
Ikuma vira-o gritar. Estavam brigando, só não entendia porque. Estava respondendo-o, discutindo com ele. Que até quebrou alguns vidros na cozinha, ou algo que resoou imensamente. Mas ouvia-o chamar o próprio nome, teria se machucado? Pensou e caminhou até o cômodo, onde ele fazia o jantar, como se nada houvesse acontecido, mas o cheiro era saboroso, sentiu sede. 
- Hum... Que cheiro gostoso. 
Disse, agitado e sentiu o sentimento de pavor vir de si, só assim deixou o sono, sentindo seu sabor gostoso na boca e um desconforto violento no braço. 
- Chegamos já? 
Indagou e abriu suavemente os olhos, notando os cortes em seu rosto, o que resultou em um... 
- Ah! Mas que porra?!
- AH! Ikuma! 
Taa falou a ele e uniu as sobrancelhas, selando-lhe os lábios, uma, duas vezes, quantas foram precisas para acalmar-se e ver que ele estava vivo.
- Deus, você pegou no sono enquanto dirigia... Não mova o braço, eu vou arrumar alguém pra você morder... 
Suspirou, tentando manter-se calmo, mas era quase impossível. Arrancou alguns pedacinhos de vidro do rosto com certa dificuldade e saiu do carro, devagar, observando o local e as pessoas que observavam a ambos ali. Uniu as sobrancelhas, maldição, como sairia sem ser visto agora. O pior não era isso, o pior era que sentia cheiro de algo queimando, então era melhor tirá-lo de lá. Voltou-se para o carro e puxou o outro.
- Ikuma, sai por aqui, não dá pra sair pela sua porta, rápido porque tem fogo em algum lugar. Me da o seu braço.
- Sh sh... Está tudo certo. Já sou vivo há mais de duzentos anos. 
Ikuma revirou por ali a busca do casaco que deixou atrás. E vestiu-o, escondendo o braço ferido, que doía, mas podia suportar. Saiu do carro, e afastou-se do veículo depressa, pelo odor, logo vazaria gasolina suficiente pra esconder rastros de quem portava o veículo.  
- Bora pra casa, quero voltar a dormir.
- Não faz "sh" pra mim! Ora. 
Taa segurou-o pelo braço bom e guiou-o consigo para fora do carro, porém voltou rapidamente para pegar a bolsa da filha pequena que estava no banco de trás junto ao casaco dele. Passou pelas pessoas, que observavam a ambos de olhos arregalados.
- Tudo bem, não foi nada, estamos bem. Aconselho alguém a chamar os bombeiros.
Seguiu com ele, devagar até a boate e ao adentrar trancou a porta, por sorte, já vazia. Ikuma caminhou até em casa, processando todo o ocorrido, o braço doía como o inferno, mas riu, riu achando graça da situação. 
- Eu realmente gostava daquele carro...
- Compramos um igual. Como está o seu braço? - Taa falou a obervá-lo. - Vem, eu vou pegar sangue pra você.
- Meu braço? Daqui a pouco ele cai se a pele rasgar.
- Ai Deus. 
Taa correu até a cozinha e trouxe consigo a garrafa de sangue, que pegara na geladeira, servindo a ele ali mesmo, sem se lembrar que tinha que servir em alguma taça.
- Bebe...
Ikuma aceitou a garrafa, por sorte tinha o outro braço em bom estado e bebeu ali mesmo, no gargalo. Sentindo a dor se esvair aos poucos, dando um pouco de vitalidade a si. 
- Ah... Que sono. - Resmungou após lhe entregar a garrafa. - Beba, quero ver seu rostinho saudável.
- Acho melhor tirar os cacos de vidro antes... Não seria legal se eles cicatrizassem dentro da pele.
- Você já tirou antes. - Ikuma disse e levou a mão a conferir se ainda restavam pedaços do vidro, tirou alguns finos, e beijou-o na face posteriormente. - Ainda bem que já morreu, se morresse ainda humano eu teria que fazê-lo vampiro com esses cortes, ficariam aí pra sempre.
Taa uniu as sobrancelhas.
- Está brincando, não está?
- Hum, não. Mas sabe que você seria sexy mesmo com cicatrizes.
Taa sorriu.
- Então, se... Você me transformasse enquanto fazemos sexo...
- Você não voltaria a ser virgem.
- Eu seria largo pra sempre. - Taa riu.
- Você não seria largo, só se eu colocasse um braço ou sei lá, um copo.
- Não... Fale... Em enfiar vidros em partes do meu corpo. 
Taa disse e tirou o último pedaço de vidro da pele num gemido dolorido e bebeu alguns goles da bebida, sentindo aos poucos a face cicatrizar.
Ikuma riu. 
- Não diga nada as crianças.
- Acho que pela explosão que vai ter daqui a pouco, elas vão saber. - Taa deixou a bolsa de lado e suspirou. - Deus... Que susto, achei que você tinha morrido, de novo.
- Não vou morrer por ser amassado. Só queimado.
- O carro podia ter explodido.
- Sim, mas aí sim podia ter medo de eu morrer, do contrário...
Taa suspirou.
- Você quase morre quando dorme. - Riu e abraçou-o, apertando-o entre os braços. - Que susto.
Ikuma abraçou-o igualmente e lhe apertou a nádega, onde pousou a mão. 
- Sabe como é, sou trabalhador, vivo cansado.
- Ah sim, trabalhador.
- Claro, trabalho muito com você na cama.
- Então, eu ia falar, o único trabalho que vi você fazendo hoje foi com os quadris.
- Só hoje?
- Todo dia. - Taa sorriu. - Ah, Ikuma, antes de dormir, tem algo que eu queria te dizer...
- Diga, lagarta.
- Eu estou grávido de novo.
- Então desta vez o nome vai ser Ikuta.
Taa riu.
- Sempre uma reação excelente. Mas é brincadeira.
- Então vamos lá fazer ele.
- Espera, calma. Eu estou pensando em arrumar um emprego num hospital. Sabe que eu fiz medicina.
- Pra que?
- Ué, porque.... Eu gosto.
- Mas se fosse trabalhar a noite, sabe que passaria a noite toda lá e voltaria somente ao amanhecer, não sabe?
- Ah, mas eu não trabalharia toda a noite.
- Claro que seria a noite toda. Mas tudo bem, se quer ir, vá e veja se consegue ficar sem mim.
- Esqueça.
- Ok, Doutor.
- Vamos.
- Onde?
- Cama?
- Vamos tomar banho. Estou cheio de sangue.
- Ah, vamos.
- Vamos, gostosa.
Taa sorriu e segurou a mão dele, levando-o consigo. Ikuma seguiu logo atrás dele e no banheiro, tirou o casaco que expôs a pele suja de sangue escuro e seco. Taa arregalou os olhos ao ver sua pele suja e uniu as sobrancelhas.
- Ai meu Deus.
- O que foi? Quer lamber?
- Não.
- Pode lamber. Ou tentar, já que secou.
- Não, se não eu teria que mastigar.
- É poxa, crocante.
- Ai, que horror.
- Vem cá. Dá um beijinho.
Taa aproximou-se dele e selou-lhe os lábios, sorrindo a ele.
- Agora um beijão.
O maior riu e empurrou a língua para dentro de seus lábios, beijando-o. Ikuma sorriu ao ouvi-lo rir e envolveu sua cintura enquanto deixava o espaço a que desse o beijo pedido e retribuiu o outro. E claro, o toque logo deslizou as suas nádegas e segurou-as, em cada lado. Mas ainda o beijava, e já tomava as rédeas do beijo, impondo-o. 
- Hum... 
Taa murmurou, sorrindo a ele e mordeu-lhe o lábio inferior, apreciando o toque, gostoso, ate mesmo de suas mãos sobre as nádegas, e ponderou sobre como o sangue era milagroso, sem ele, ele não poderia pegar em si daquele modo tão rápido. Ikuma brincou dentro da boca com a sua língua e uma das mãos ergueu levando-a por dentro do cós e tocou diretamente sobre a pele. O maior sorriu a ele e afastou-se sutilmente a observá-lo.
- Me diga a verdade, você não cansa de me comer?
- Canso, por isso durmo feito pedra depois.
- Hum... Depois acorda pra me foder mais.
- É porque é gostoso te comer enquanto está molinho.
- Diz o corpo ou o pau? - Taa riu.
- As duas coisas.
- Hum, e por que com o pau mole?
- Porque eu gosto de brincar com ele enquanto você passa vergonha.
- Ora!
Ikuma riu, evidentemente divertido. 
- Parece um doce... Aqueles moles e com duas cores.
- Ai que horror.
- Mas é grande mesmo mole. As vezes fico esperando você tropeçar enquanto caminha.
- Não seja exagerado.
- Ok, é pequeno. Fazer o que.
- Ah, desculpe se eu não sou que nem você. Afrodescendente.
- Como descobriu minhas origens? Espero que não tenha fuçado na minha vida.
- Claro, por isso você é negro.
- Tive vitiligo.
- Aham.
- Quer pegar no meu Ikuma da África?
- Opa.
- Então pega. 
Ikuma disse e levou uma das mãos em sua nádega, para o meio delas, tocando-o no ponto, e delineou com a ponta do dedo a região. Taa suspirou e sorriu a ele, deslizando uma das mãos por seu corpo até o cós da calça.
- Cadê?
- Enfia a mão, bonitinho.
O maior empurrou a mão adentro da calça dele e segurou-o entre os dedos, sorrindo a ele.
- Hum, aqui.
- Não é difícil achar. Ele está quase no limite da calça.
- Ah, então tá bom, está se achando demais.
- Por que está tão chato? Vai dizer que não estava mesmo? 
Ikuma disse e afastou-se, direcionando a vista a própria calça e lhe mostrou a ereção denotada na veste, um pouco afetada pelo acidente. Taa assentiu e mordeu o lábio inferior, observando-o e apalpou-o, apertando-o entre os dedos.
- Viu só? Parece gostoso pra você?
- Hum, claro.
- Quer que eu já coloque ou quer chupar primeiro?
- Hum... 
Taa ajoelhou-se em frente a ele.
- Hum, parece que está com fome.
- Claro, eu sempre estou. 
Taa puxou a calça dele junto da roupa intima, abaixando-a e observou-o de frente, abrindo um pequeno sorriso malicioso e sugestivo, lambendo os lábios em seguida.
- Seu cheiro de sangue está me deixando louco.
- Hum, gosto da ideia. 
Ikuma disse a voltar-se para ele, já de joelho em frente as pernas, e com os lábios próximos ao sexo, tal como diretamente a sua língua. Taa expôs a língua e deslizou por ele, gostoso como sempre e por fim colocou-o na boca, sugando-o com vontade, sem desviar o olhar de sua face. O menor mordeu o lábio inferior e suspirou sem necessidade, sentindo o toque macio de sua língua, e com a fria umidade. Taa sorriu a ele e deu-lhe uma pequena mordidinha, esperando pelo gemido gostoso que adorava ouvir.
- Hum... - Ikuma murmurou, e embora não tivesse realmente gemido, sentiu o arrepio subir por toda a espinha. - Se masturbe.
Taa assentiu ao ouvi-lo e deslizou a mão por todo o corpo, tocando a si, devagar e sutil, apreciando os toques, enquanto o sugava novamente.
- Vamos somente fazer isso e dormir, hum? 
O menor disse, rouco e moveu o quadril, empurrando-se pra ele. Taa arqueou uma das sobrancelhas e retirou-o da boca.
- Não pare.
- Você vai transar comigo depois.
- Ah vou?
- Vai.
- Por quê?
- Porque se não eu arranco seu pau com uma mordida.
Ikuma riu. 
- Então me obrigue a te comer.
- Você gosta muito de ser estuprado, até acho estranho. - Taa riu.
- Por que estranho? - Ikuma sorriu.
- Porque é um fetiche bem esquisito.
- Não estou pedindo pra comer, e sim desejar ser comido. Isso não é excitante pra você?
- Bom, eu já estou fazendo isso. 
Taa colocou-o na boca novamente e sugou-o mais uma vez.
- Quer que eu faça isso hoje?
O maior assentiu.
- Posso mesmo?
- Pode.
Ikuma levou as mão de modo hábil a seus cabelos e puxou-os com força de modo que até fez o mais alto se levantar. Tocou sua roupa inferior e tirou-a como se fosse papel, rasgando o tecido, tal como sua boxer justa e despiu-o inteiro. Taa levantou-se rapidamente, até meio desajeitado e arregalou os olhos ao senti-lo puxar a roupa, desviando o olhar, agora vendo-se nu e uniu as sobrancelhas em desaprovação.
- Ah, mas eu gostava tanto dessa boxer...
- Vai gostar mais de estar sem ela.
Ikuma disse e terminou de despir-se das próprias roupas. Já nu, ligou a ducha e ajustou a água, dando aqueles minutos de sossego ao outro. Taa caminhou pelo local e retirou a camisa que ainda usava, deixando-a de lado, já também cheia de sangue por algum machucado que ocorrera no tórax, que agora já havia cicatrizado.
- Hum... Eu devia correr?
Ikuma sorriu ao outro e não respondeu mas puxou-o por seu pulso e jogou-o contra a parede fria do banheiro, fechando-o dentro do box de vidro fumê. Com facilidade enroscou seus cabelos e enrolou-os na mão, tendo-o de costas dadas ao próprio peito. Taa sorriu ao outro ao vê-lo se aproximar e por um instante pareceu confuso, até ter-se contra a parede. Gemeu dolorido e apoiou-se sobre o local, porém empinou o quadril, como de costume, já que achava que ele só iria fazer consigo o que sempre fazia, se não houvesse desistido, pelo puxão nos cabelos.
- Ah!
- Sh, não quero ouvir ruídos. Não vai por a mão no seu pau, se for gozar vai me pedir. 
Ikuma disse, e soou próximo a seu pescoço. E sem toca-lo inicialmente com os dedos, beirou-o já com o sexo e impôs a glande na intimidade. Ainda que fosse preciso e brusco, era consciente da sua virgindade reconstruída. Taa uniu as sobrancelhas e assentiu, calando-se, embora quisesse protestar e ser implicante como sempre, estava gostando daquele modo de agir, achava interessante. Sorriu, malicioso e mordeu o lábio inferior, louco para saber qual seria a punição se desrespeitasse alguma das regras impostas por ele. Gemeu, dolorido ao senti-lo adentrar o corpo, e fora proposital, fechando os olhos com certa força.
Ikuma sorriu, sabia que era de propósito. Puxou-lhe os cabelos já enroscado e seu pescoço exposto conforme pendido, mordeu com força, embora não quisesse seu sangue. E empurrou o quadril com maior força, penetrando-o pela metade enquanto outra mão tapava sua boca. Mais uma vez, Taa uniu as sobrancelhas, porém dessa for fora na expressão de dor que formou na face ao sentir a mordida, e o gemido, que mais parecia um grito dessa vez não foi proposital. Guiou a mão sobre a dele, livre sobre os quadris e apertou-a, ouvindo até o estalar de um dos dedos, e que raiva sentira dele por aquela mordida que latejava no pescoço numa dor insuportável junto ao sangue que escorrera das feridas abertas, era como se tivesse quebrado um osso. A dor percorreu o corpo igualmente junto a investida e mais uma vez gemeu, porém dessa vez impedido por sua mão sobre os lábios, que mordeu, perfurando-a com as presas e esperou que tivesse doido tanto quanto doía o corpo nos dois lugares.
- Gostou? Era assim que eu mordia as minhas vitimas e foi assim que eu matei você.
Ikuma disse e fora logo interrompido pela mordida na palma da mão, que como era um lugar do qual desacostumado, foi realmente desconfortável. Ao puxar o toque, a mão, mesmo suja de sangue, estalou-lhe num tapa vigoroso contra a nádega, que ardeu na pele e mais uma vez investiu, agora, colocando o sexo inteiramente dentro dele. Taa estreitou os olhos e sorriu vitorioso, e com os dentes cobertos de sangue.
- Não quero ser mordido como suas vítimas eram, eu sou diferente delas. 
Falou a ele e uniu as sobrancelhas mais uma vez ao sentir o tapa, dolorido como uma mordida, e o sentiu se enterrar em si ainda mais. Fechou os olhos e abaixou a cabeça, suspirando pesado em meio a um gemido.
- Nesse momento você é. 
Ikuma retrucou, com timbre pesado e rouco, apertado por seu corpo, úmido, provavelmente lubrificado de sangue e moveu-se, dando início ao ritmo que não era frequente mas era firme, ainda que disfarçadamente cuidadoso.
- Hum... Como dói... 
Taa murmurou a ele, como se ele não soubesse, já havia feito com ele, embora não tivesse boas lembranças e empurrou-se, devagar contra ele, porém voltou ao local de antes com o quadril, dolorido.
- Dói, é? Falei pra não causar ruídos e ainda me mordeu. 
Ikuma disse e roçou os lábios em seu ombro, ameaçando mordidas e puxou-o no cabelo, dando espaço em seu pescoço limpo, sua pele bonita e novamente se moveu, estocando-o. Estava excitado, bastante excitado. Taa gemeu novamente, dolorido pelo movimento e uniu as sobrancelhas, pela décima vez, ardia, e doía bastante, mas não reclamaria, estava acostumado à sensação, mesmo assim não se moveu, manteve-se em silêncio, esperando por ele.
- O que você é? De lagartixa virou uma cadela? 
Ikuma perguntou, sarcástico, e assim soava ainda mais provocativo. Sorriu para si mesmo, queria ouví-lo xingar, embora houvesse mandado ficar quieto. Estocou-o, com força e aos poucos, aumentou ritmo. 
- Sua mãe! Filho da puta! 
Taa falou alto, ainda mais pelo movimento forte dele contra o corpo e arrastou as unhas pela parede, batendo em seguida com um soco contra o local e apertou-o, já que era o único modo que tinha de revidar.
- Minha mãe? Talvez eu devesse trazê-la para vê-lo e deixar que fale isso na cara dela.
Ikuma disse, provocando-o, sabia que ficaria ansioso com aquilo e tentou conter o riso, que soou soprado das narinas, afastou-se, dando espaço a seu corpo, puxando-o pelos quadris, empurrando sua cabeça onde enroscado dos cabelos e tinha-o empinado, quisesse ele ou não. Fora aonde tomou ritmo hábil, firme e deu início a uma sequência vigorosa. Taa abriu um pequeno sorriso, debochado.
- Bom, se ela for mais velha que você, minha cabeça já estaria numa fogueira uma hora dessas. 
Tentou se segurar na parede ao senti-lo puxar a si e desviou o olhar a ele, com dificuldade já que sentia a parede fria contra a face. Moveu-se ou tentou e por fim desistiu devido à força do outro, deixando escapar os gemidos baixos e doloridos a cada movimento.
- Uh, provavelmente ele vem queimar você depois que eu terminar de foder seu rabo. Aliás, parece que gosta disso, ah? Seu pau está bem duro, chega estalar na sua barriga quando movo você. Depois ainda diz que eu tenho o fetiche estranho. 
Ikuma puxou-lhe os cabelos e o fez voltar-se para si, encarar a si.  Deu-lhe uma piscadela e lambeu os lábios. Taa estreitou os olhos a observá-lo e mordeu seu lábio inferior, ou tentou ao avançar contra ele e apertou a mão machucada do outro, abrindo um pequeno sorriso malicioso, e sabia que haveria consequência, é, tinha realmente um fetiche estranho.
O menor notou o sorriso desafiador de Taa ao apertar o que antes havia aberto na mão, mas já cicatrizava. O sorriso lhe deu da mesma forma, porém em tom de deboche, com a falha na lembrança do fato de que era um vampiro e que tinha sangue para cicatrizar por vezes. Moveu-se, estocando-o novamente com força, mais que antes e sentiu estalar dentro dele, tocando-o bem no fundo.
- Hum, tentando ser malvado, é? Acho que vou ter de lhe dar um novo piercing na orelha.
Disse e lambeu o canino alongado. Com uma das mãos lhe segurou firmemente o cabelo, ainda, e roçou os lábios em sua orelha, onde mordiscou suavemente, no entanto, transpassou logo em sua fina cartilagem, com a mordida. Taa gemeu alto novamente ao sentir o movimento dele e mais uma vez socou a parede, sem alternativa do que fazer, havia se esquecido que ele havia se alimentado a pouco, certamente o machucado já havia se fechado. Uniu as sobrancelhas, e embora fosse dolorido, a onda de prazer havia percorrido o corpo com o toque na região já conhecida por ele, e sabia até mesmo onde investir, o maldito. Ah, mas o amava, ao mesmo tempo que queria bater nele, queria beijar em seguida, e gostava daquela dor gostosa que ele dava a si em todas as vezes que transavam. Estremeceu, porém não durou muito ao ouvi-lo e puxou os cabelos a tentar se soltar.
- Ikuma! Ikuma, na orelha não! 
Arregalou os olhos ao sentir a mordida e no desespero puxou novamente os cabelos, tentando se livrar dele, o problema fora o rasgo que o canino havia feito na orelha pelo puxão, mesmo a tê-lo segurar a si firmemente. Gemeu dolorido, até meio manhoso e guiou a mão sobre a orelha, tateando o rasgo feito que deixava escorrer sangue pelo lado do rosto.
- Não faça isso, caralho.
- Oh, que gemido manhoso adorável. Acho que vou precisar morder você aqui mais vezes. 
O menor disse, satisfeito com seu timbre afetado e lambeu os lábios após soltá-lo, notado o orifício bem colocado em sua cartilagem. 
- Já podemos colocar um pequeno alargador aí. 
Sorriu e fez-se próximo a ele, a fitar seu rosto. Moveu-se mais forte, investindo especificamente dentro dele. 
- Vou arrancar sua orelha, vai ver só. 
Taa murmurou e pressionou o local que aos poucos se fechava pela alimentação recente, mesmo assim, doía demais, todos os piercings que havia colocado tinham doído e não queria reviver a experiência. Gemeu novamente, e já nem se lembrava mais que não devia fazer ruídos, abaixou a cabeça, encostando a testa na parede em frente e cerrou o punho, mordendo o lábio inferior vez ou outra para evitar alguns gemidos pelos movimentos dele.
- Você deve estar adorando, quase sinto você pulsar aí dentro só por poder me machucar, vou colocar um piercing no seu pau com os dentes.
- Quer por? 
Ikuma riu e por um momento acariciou seus cabelos, mas tão logo voltou a tomá-los com força, assim como fez em seu quadril e passou a estoca-lo, com paradas, porém firme, saia devagar e voltava com força, e até o deixava gemer, assim como não podia evitar os próprios, sempre que os quadris arremetiam ao dele. Taa empinou o quadril, evidentemente esperando pelos movimentos dele e tão fortes teve que afastar a face da parede, antes que batesse contra ela, de qualquer maneira o teria feito pelo puxão nos cabelos. Inclinou o pescoço para trás e fechou os olhos, mantendo-se a apreciar os movimentos dele, rudes e mesmo assim gostosos, gostava daquele jeito dele, se não doía não tinha graça. Riu baixinho ao pensar nisso e foi cuidadoso para que ele não visse, ou pensava que não.
- Divertindo? 
Ikuma indagou e ao soltá-lo dos cabelos, levou a mão a deslizar por seu tronco, até que chegasse do peito ao abdome, barriga, os quadris e ao sexo, que sentiu duro nos dedos, um pouco vacilante talvez pela dor, mas que despertou facilmente com um toque e o apertou, com força, ainda que fosse cuidadoso e novamente retomou os movimentos com o ritmo vigoroso, rápido, e apalpava-o lá, sem estimulá-lo, mas sim sem deixá-lo gozar. Taa desviou o olhar ao próprio membro, machucado por ele e gemeu alto, dolorido com o aperto. Uniu as sobrancelhas e guiou a mão sobre a dele, deslizando até o pulso onde pousou e apertou-o ali, cravando as unhas na pele, por sorte, não muito compridas.
- Ikuma! - Falou alto e contraiu-se a apertá-lo em si. - Para... Eu quero gozar...
- Eu disse o que antes? 
Ikuma retrucou, e continuou a apertá-lo, sentindo na pele irritada, suas unhas, que por serem curtas pareciam ainda mais chatas, porém não soltou e continuou a se mover, a bel-prazer. 
- M-Me deixa gozar... 
Taa murmurou e uniu as sobrancelhas, desviando o olhar ao baixo ventre, observando-se entre os dedos dele, e era dolorido segurar daquele modo.
- Peça direito. 
Ikuma retrucou e até moveu os dedos em torno de si, em vaivém, embora o apertasse, ainda privando seu ápice. O maior inclinou o pescoço para trás e gemeu dolorido mais uma vez.
- Por favor...
Ikuma soltou-o e lhe tocou o queixo com sua face pedinte. Porém, não permitiu que se tocasse. Ambas as mãos levou em seus quadris e passou a puxá-lo mais vigorosamente contra si, estalando  a pele e adorava aquele ruído, tornou-se aos poucos mais frequente, e tornou-se ligeiro. Taa fechou os olhos, suspirando ao senti-lo soltar a si e nem precisou de muito, alguns movimentos dele foram suficientes para que atingisse o ápice, e finalmente deixou escapar o gemido satisfeito.
- Sem as mãos. 
Ikuma disse, notando um espasmo conhecido em seu corpo e diante do clímax atingido do outro, segurando-o com firmeza ainda, logo igualmente atingiu o ápice, fluindo mesmo dentro dele. 
- Hum... 
Taa murmurou e fechou os olhos, segurando-se a ele e suspirou, mesmo sem necessidade, porém teve que se segurar nele, porque as pernas trêmulas não sustentavam o corpo. Ikuma afastou-se, mesmo sentindo-o se apoiar em si, judiou de leve, mas virou-o defronte e o abraçou, sustentando-o na sua falta de força. Taa assustou-se ao senti-lo se afastar e achou que iria ao chão, porém sentiu-o abraçar a si em seguida e repousou a face sobre o ombro dele, fechando os olhos.
- Gostoso?
- Como sempre...
Ikuma sorriu a ele e lambeu-o na orelha, porém agora sem machucá-lo, mas sim como um conforto. Taa afastou-se, assustado com o toque na orelha, porém relaxou ao perceber que não iria morder novamente.
- Ah, que receio, já não sou o estuprador, voltei a ser marido.
- Hum... - Taa suspirou, abraçando-o e apertou-o contra o corpo. - Eu gostei.
- Então quer de volta o estuprador?
- Não! Não... Prefiro você.
Ikuma riu. 
- Disse que gostou.
- De transar, mas o seu jeito, eu prefiro.
- Não quer piercing novo?
- Hum... Na verdade eu quero. Mas... Onde você quer furar?
- Já tem tudo furado. Orelha, nariz, umbigo. Vamos furar seu saco.
Taa estreitou os olhos.
- Hum, e se eu furar você?
- Não curto nada me penetrando, seja um pau ou um metal.
- Hum, então tá bem.
- Quer por um no meu pau, não é?
- Seria interessante, mas é bem possível que você perdesse ele na primeira vez que fizéssemos sexo.
- É, e depois você ia ter que fazer ele sair.
- Olha o comentário desnecessário.
Ikuma riu em sua evidente falta de jeito.
- Vamos sair, hum. A pequenininha já deve estar com sono, tenho que fazer a mamadeira dela.
- Hum, vamos lá pra eu cuidar da minha morceguinha. 
Ikuma disse e brevemente usou o sabonete a higienizar o corpo, e fez o mesmo pelo maior. Deixando logo o box usado mais para sexo do que para o banho. Taa lavou-se assim como ele e seguiu para fora, pegando a própria toalha a secar o corpo. Ikuma vestiu-se com um roupão, poupando por um tempo as roupas e permaneceu sem elas por baixo. Secou suficientemente os cabelos com um secador desagradável pelo calor e deixou o banheiro com o maior, procurando a pequenina pela casa. 
- Cadê, cadê meu morceguinho?
Taa deixou os cabelos mesmo molhados, saindo do quarto junto dele, a usar somente o roupão, embora tenha substituído por roupas no quarto e viu a pequenininha correr com seus passinhos desajeitados até o pai, pulando em seus braços.
- Aqui, ó aqui, aqui... - Ikuma disse, vendo-a correr até chegar e abaixou-se, pegando-a no colo e ergueu-a. - Oi meu docinho.
- Oi papai! Onde ce tava?
Taa sorriu à filha e acariciou seus cabelinhos loiros, beijando-a no rostinho.
- Papai tinha ido atrás de coisas pra boate. Mamãe também e depois nós tomamos banho pra ficarmos cheirosos pra você.
- É nada, ce tava machucando a mamãe de novo.
Taa arregalou os olhos a observar a filha e negativou.
- Nada, mamãe que pede pro papai fazer isso.
- Eh? É verdade, mamãe?
- Ah, é sim.
- Que feio, não pode.
Taa riu baixinho.
- Quem disse pra você que é feio?
- Eu que disse, ué.
- Mas não é feio. Estávamos namorando!
- Mas se machuca a mamãe enquanto namora ela?
- Quando for mais velha você vai entender, meu amor. - Disse Taa.
- Mas não machuca. Quem disse que machuca? - Respondeu Ikuma.
- A mamãe tava gritando.
- Mas quem disse que era de dor?
- Era do que então...?
- Ah, Ikuma, colocar a senhorita na cama.
- Mamãe estava gritando porque o papai não quer dar banho nele. É folgado, tenho que ficar esfregando ele.
Taa estreitou os olhos.
- Ce não sabe tomar banho sozinho, mamãe? Eu te ensino...
- Aham, vocês são o complô perfeito. Vamos toquinho, vou esquentar sua mamadeira.
- Vai ensinar, é? Vai como se o papai ainda te dá banho?
- Ce ensina ele.
- Papai vai ensinar já já, outra vez. - Ikuma sorriu a pequenina. - Vou deixar a mamãe te dar mamadeira porque ele parece ansioso pra isso.
- Logo amanhece, precisa dormir um pouco. 
Taa falou, mais ao marido que a ela e pegou-a no colo, seguindo em direção à cozinha.
- Tchau docinho. 
Ikuma disse, acenando a pequenina enquanto via-a partir no colo do outro. O maior sorriu ao outro e seguiu com ela para a cozinha, deixando-a sobre o balcão para esquentar sua mamadeira, o leite misturado ao sangue e estando pronto entregou a ela, colocaria ela na cama e logo, deitaria com ele.

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