Mitsuhiro e Haruna #6 (+18)



Hiro deslizou as mãos por sua cintura e tornou puxa-la por ali, trazendo à beira, acomodando-se entre suas coxas, o que por consequência levava sua saia para cima e sentiu encostar algo no baixo ventre, sabia o que era, mas não deu atenção. Penetrou sua boca, beijando-a devagar mas com firmeza, contra o peito podia sentir seus seios. Haruna d
esviou o olhar a ele, deu um pequeno sorriso, agora se sentia sem um peso enorme nas costas, e assim podia ser mais leve com tudo. Ao beija-lo, fechou os olhos e apreciou o beijo enquanto o abraçava com ambos os braços ao redor de seu pescoço. Hiro beijou-a por um bom tempo, até que o toque se tornasse mais intenso. Ao pegar sua cintura, puxou-a e se levantou, pegando-a no colo e deitou-a no sofá de modo que pode se deitar em cima dela, entre suas pernas e empurrou a pelve contra a sua, mas não pôde exatamente insinuar a penetração, encontrou nela algo tão feliz quanto a si. Ao tê-lo entre as pernas, Haruna guiou as pernas ao redor de sua cintura, firme e tentava dessa forma fazê-lo tocar num lugar onde não sentisse a si, mas era difícil. Deslizou ambas as mãos pelo tórax dele, acariciando-o. 
- Desculpe... É só fingir que ele não está aí.
- Tá tudo bem, Sensei
O maior disse ao ouvi-la e sorriu, tênue. Deslizou ao pescoço e beijou-a ali, lambendo sua pele, mordiscando com cuidado e desceu ao peito, tocou seus seios e mordeu a pele, seguiu ao mamilo onde deslizou a língua e sugou-a devagar enquanto o outro acariciava com os dedos, massageando-a. Haruna deslizou uma das mãos pela nuca dele, acariciando-o e deslizou os dedos na nuca dele, ele estava desconfortável, visIvelmente, não queria fazer aquilo com ele daquela forma. 
- Hiro... - Haruna murmurou, afastando-o sutilmente e selou os lábios dele. - Não, para. - Suspirou. - Você não quer, é melhor deixar pra lá.
Hiro ergueu a direção visual ao ser chamado. Lambeu seu mamilo, expondo a língua perfurada ao lambe-la. 
- Hum? 
Murmurou embora não precisasse e ela continuou, o que fez com que interrompesse e lhe desse a atenção. Olhava para ela e continuava a achando atraente, mas... Sorriu canteiro. 
- Eu só estou um pouco confuso, é como se eu estivesse conhecendo outra pessoa então, voltei de algum modo a forma como conversamos nas primeiras aulas. - Foi sincero.
Haruna assentiu e sorriu a ele, deslizando uma das mãos por seu rosto e o afastou gentilmente, ele não estava mais ereto. 
- Tudo bem. - Disse, embora soubesse que não estava. - Sabe... Vamos... Vamos comer e beber juntos, não precisamos fazer isso. - Disse num pequeno sorriso.
- Eu sei disso. - Hiro retrucou, baixo como estavam falando, por alguma razão. No entanto se afastou como ela mesma fez e então se sentou no sofá, pegou sua roupa do lado e entregou a camisa, sem sua lingerie. - Vamos conversar um pouco, você vai provar da pizza que eu queria que provasse, Sensei. - Disse a ela  e ajudou com a roupa, abotoando os botões em suas casas, deixando alguns fora, criando seu decote. Queria uma pausa, para rever a professora. - Mas não quero que pense que isso me incomoda, você é linda.
Haruna colocou a camisa de volta no corpo e dessa vez, retirou a saia, mas antes, vestiu a roupa íntima colada ao corpo, a camisa esconderia o sexo de toda forma. Assentiu a ele e encolheu-se sutilmente no sofá, estava chateado, mas não diria nada. 
- Não se preocupe, eu sei... - Disse e sorriu de canto. - Eu... Vou servir o vinho pra você. - Disse e serviu pouco da bebida na outra taça, entregando a ele.
Hiro ajeitou a boxer de volta no lugar, vestiu a camisa tirada a pouco tempo e amarrotou as mangas ao dobra-las até os cotovelos. Ia pegar o jantar para mostrar a ela, mas via em eu rosto que estava incomodada, mesmo que se esforçasse para não parecer. Esticou a mão e ia tocar sua perna desnuda, mas viu o celular vibrar no sofá, Miyuki. "Não vem a noite? Meus pais saem hoje..." Pensou se respondia ou não, não queria inventar nada, por hora deixou o celular do lado e se voltou para ela. Haruna desviou o olhar a ele e sorriu novamente, podia ver seu olhar preocupado para o celular, sabia quem era, e sabia que agora, não era bem uma prioridade para ele, agora que havia descoberto sobre si. Era um incômodo, ser um homem era um incômodo. 
- ... Talvez seja melhor eu ir embora.
- Não vai embora. - Hiro disse, talvez um tanto afirmativo. - Você precisará vir amanhã mesmo, pode dormir aqui, se quiser.
Haruna assentiu, mesmo que estivesse desconfortável. 
- Posso usar seu banheiro por um segundo?
- Hum, sim. É por ali. 
O maior indicou, mesmo que ela provavelmente se lembrasse.
Haruna assentiu e levantou-se um pouco tímida, daria a chance dele responder no celular se ela quisesse, ou fazer qualquer outra coisa. Ao se virar, deu a ele a visão das nádegas marcadas pela roupa íntima, embora naquele momento isso não fosse mais importante. Ao entrar no banheiro, fechou a porta calmamente e silencioso se olhou no espelho, mordendo o lábio inferior, tentou se conter, mas as lágrimas deixaram os olhos, e teve que guiar a mão em frente ao lábios, tentando ser silencioso com o que fazia. Sempre que aquilo acontecia, se lembrava de como na verdade era feio, de como o corpo era uma armadilha para si. Mordeu o dedo indicador e abaixou a cabeça, não queria realmente se olhar, queria sair da sala porque sabia que não conseguia conter as lágrimas perto dele, havia sido muito rejeitado, e achava que ele também estava fazendo isso agora, não podia competir com sua namorada linda, e mulher. Após alguns minutos, limpou o rosto, ainda silencioso, e retocou a maquiagem que havia saído, usando a bolsa que havia levado consigo. Não disse uma palavra sobre aquilo quando voltou, e ajeitou os cabelos a se sentar no sofá, pegando o vinho novamente. 
- Quer mesmo que eu fique?
Hiro esperou-a, na verdade não pensou sequer em responder a mensagem que recebeu, estava um pouco frustrado, havia tido o dia um tanto fora do eixo, fora como um trem em velocidade logo descarrilhando. Ela voltou algum tempo depois e já havia servido um pouco de vinho, como também havia tomado dele. Viu sua maquiagem refeita e embora estivesse bem desenhada, não escondia exatamente a cor de seu globo ocular, estava levemente vermelho, e quando olhou para suas iria cinzentas lembrou de que havia dito, de como não gostava de seu corpo e de que havia imaginado qualquer coisa que uma garota comum costumava não gostar, o dela era diferente. 
- Eu quero. 
Disse e embora quisesse soar fatídico para ela, imaginava que não ia acreditar. Ao se ajeitar no sofá, cedeu algum espaço nas pernas onde a chamou para se acomodar, dando de encosto para seu corpo o próprio peito e percebeu que não havia sido assim quando não sabia daquilo, imaginava se não pareceria ter pena, ainda que de alguma forma, sentisse uma certa pena da expressão que ela tinha no rosto naquele momento. Ao fita-lo, Haruna o viu dar espaço para si, mas achou melhor não se sentar ali, justamente porque não queria aquela pena dele. Era isso que parecia mesmo quando ele havia continuado a tentar o sexo consigo, mesmo já tendo perdido a vontade, até em seu sexo amolecido. 
- Tudo bem, eu ficarei.
 Disse e somente se sentou mais perto dele, bebendo alguns goles do vinho e abriu a caixa da pizza, tentando ser descontraída, mas não queria comer naquele momento.
- Haruna, não precisa se esforçar. 
Hiro disse e buscou sua mão, tirando sua atenção da caixa com o lanche. Conhecia-a a pouco tempo, sabia que não deveriam estar naquela situação que parecia profunda demais para uma professora e um aluno qualquer, no entanto, diferente do que sabia, era o que sentia em relação a isso, já estava envolvido naquilo. Não se achava de fato importante para ela, não achava que estava especialmente magoada porque era a si, mas sim porque provavelmente já havia passado por aquilo antes, mas ainda assim, ainda que pouco conhecesse dela e da parte que reconhecia naquela hora, não queria que ela se sentisse mal e também não queria fazer parte de suas situações ruins. 
- Eu não ligo pro seu... - Disse, um pouco confuso sobre como falar. - Seu menino.
Haruna deixou que ele segurasse a si e o fitou por um momento, ele não sabia, mas estava se esforçando somente por estar ali. Negativou conforme o ouviu. 
- Sabe, Hiro, você não é obrigado a transar comigo só pra me fazer sentir bem comigo mesmo. Você não é obrigado a gostar que eu tenha isso, e nem é obrigado a gostar de uma pessoa que é parte homem. Eu... - Suspirou. - Eu sinto muito, sei que não temos intimidade pra isso e estou destruindo a sua noite, é que... Já me rejeitaram muito, muito muito mesmo. Desde a minha mãe até os garotos que eu achei que gostava. Um deles me deu um soco quando eu era mais nova.
- Eu pareço obrigado a transar com você? Eu não sei se você sabe, mas eu posso me livrar do que eu não gosto. - Hiro disse, um tanto diferente do habitual. - Eu quero que fique, quero continuar a noite com você. Eu... Nunca tive interesse em homens, mas...  Nem consigo te ver como um homem. Não vou te dar um soco, se eu tivesse nojo, teria reagido antes. 
Disse e esticou a mão, num gesto rápido e quase reflexo, tocou o meio de suas pernas como não faria pouco antes e não por ser um homem, tocou sua calcinha de renda e sentiu nos dedos seu sexo, estava recolhido, quase tão tímido quanto ela. Acabou um pouco envergonhado sobre aquilo, tinha típica sobrancelha curvada e quase carrancuda, mas um rubor tênue no rosto. 
- Viu?
Ao sentir o toque, Haruna uniu as sobrancelhas, manteve-se parado conforme ele tocava a si e deu um pequeno sorriso, o primeiro que não era forçado. Uma das mãos levou ao rosto dele e o acariciou, aproximando-se e roçou o nariz ao dele, selando seus lábios. 
- ... Eu prometi a mim mesma que eu nunca mais iria namorar ninguém, que nunca mais iria me aproximar de ninguém, porque... Eu sempre acabava sozinha e me odiando. Mas aí eu vi você... E eu não sei, eu sinceramente não sei o que eu pensei, mas você parecia diferente dos outros garotos. Sei que é clichê... Mas tinha algo especial em você. Eu entendo de verdade se tiver algo de errado em ficar comigo, mas eu... Agradeço por você ser tão carinhoso e não me machucar como os outros fizeram. Sei que não posso ser como a Miyuki.
Hiro ouvia o que dizia, mas não exatamente acreditava sobre o que dizia a respeito de si, não tinha nada especial e também haviam se aproximado por algum mal entendido. Negou no restante, em sua coloração final, eram distintas demais para que as comparasse. Aquela altura já havia parado de apalpa-la. 
- Não comparei vocês duas, se eu estivesse procurando a Miyuki em você, eu estaria com a Miyuki e não traindo ela...
Haruna assentiu, na verdade, era a única tola que estava se comparando a alguém, por não ter tudo que ela tinha. Sentiu as lágrimas novamente nos olhos, mas não tenho se permitiria chorar em frente a ele. 
- ... - Sorriu novamente, piscando algumas vezes. - Vamos... Vamos comer, hum? Comemos, jogamos vídeo game e posso fazer uma sobremesa pra você depois, o que acha?
- Hum. - Hiro assentiu e esticou o braço, tocou seus cabelos, passando a mecha de fios negros atrás da orelha, como ela tinha o hábito de fazer. - Eu pensei em comer e ficar com você.
Ao ouvi-lo, ela se aproximou silenciosa e encostou a face em seu ombro, ele era tudo que queria em alguém na vida, doía saber que ele não era próprio, mas naquele momento, talvez só por aquela noite, ele era.

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