Masashi e Katsuragi #26 (+18)


- Masashi...
Katsuragi murmurou, tão próximo de seu ouvido e deslizou uma das mãos pelo tórax nu do outro, não podia ver, já que estava vendado, tinha as mãos presas para o alto e estava em pé, com todo o corpo liberado para que o tocasse. Masashi sentiu a temperatura ainda morna de sua pele, o calor humano que não havia deixado o corpo completamente apesar de sua recente transformação e a guiar o pulso até os lábios, mordeu-o de modo certeiro, guiando-o a seus lábios onde deixou o sangue escorrer e sujar seu corpo, mas afastava-se sempre que o sentia investir contra si na tentativa de morder. Uma das mãos tocou sua nádega esquerda, apertando-o no local e o risinho soou baixo tão perto de sua orelha onde ainda mantinha os lábios. A língua deslizou por toda sua cartilagem e o gemido baixinho deixou os lábios ao ter o corpo junto ao dele, colado a suas costas e roçava-se a ele, obviamente sem roupas igualmente, porém não havia feito nada demais, embora ele pudesse sentir a ereção em suas nádegas. Deslizou uma das mãos abaixo em seu corpo e finalmente alcançou-o no sexo, apertando-o entre os dedos e com a outra mão, segurou seu rosto, inclinando-o de lado onde aspirou o aroma gostoso de seu pescoço e o lambeu até chegar a seu queixo, onde mordiscou.
- Você vai ser meu hoje...
Murmurou mais uma vez e aos poucos se colocou em meio as nádegas dele, ajeitando-se e num sobressalto sobre a cadeira desviou o olhar a ele na cama.
- Caralho, Masashi, quer me matar do coração?
Katsuragi falou, ajeitando os cabelos compridos e negros enquanto tinha a companhia do pequeno pássaro sobre a cômoda.
- Tive... Um sonho horrível.
Masashi disse em resposta, enquanto se sentava na cama, arrumando os cabelos suavemente separados em mechas sobre a testa. E fitou o moreno, e que com certeza tinha alguma culpa naquilo, ou talvez estivesse com sono suficiente para culpá-lo.
- Por que está aí? Não dormiu?
- Dormi e já acordei, são oito da noite. Bom dia, princesa.
- Princesa por quê?
- Ora, é jeito de falar.
- Não sou princesa.
Katsuragi arqueou uma das sobrancelhas.
- Certo, príncipe.
- Eu vou tomar banho e... Vou levar o Kuroi.
- Pro banho?
- Sim, vou dar banho nele.
- Hum, eu ainda não tomei banho, posso ir junto?
- Como não tomou se já está escovando os cabelos?
- Ora, estavam embaraçados quando estava dormindo.
- Pode vir.
Masashi disse e seguiu ao banheiro, e dada sua entrada em junção, encostou a porta de correr e deixou o pássaro sobre o móvel e aguardava, enquanto o moreno se despia.
- Pode fazer isso primeiro.
- Hum, o que foi? Está meio arisco.
- Nada, não dormi muito bem.
- Ah é? Sonhou algo ruim?
- Sim, nada de mais. - Masashi disse e indicou o chuveiro. - Entre.
- Hum...
Katsuragi sorriu e assentiu, retirando o quimono, deixando-o deslizar pelo corpo e logo retirou a roupa intima. Masashi encostou-se, esperando-o se despir para que fizesse o mesmo e quando terminou, deixou a luz apagada e acendeu as pequenas velas vermelhas próximas ao espelho no lavabo. O maior sorriu a ele ao observar as velas e mordeu o lábio inferior.
- Hum, quer algo especial ou só acendeu pra gastar vela mesmo?
- Gosto do clima.
Masashi disse e não tinha realmente pensado em nada específico.
- Hum, entendi. Porque se o corvo vai tomar banho com a gente, acho meio estranho. Zoofilia não é minha área.
- Ah, não, deixei você descobrir meu fetiche.
Katsuragi riu.
- Gosta de umas bicadinhas na bunda. Masashi arqueou a sobrancelha, sem entender.
- Por que na bunda?
- Ora, porque é o local mais ridículo.
Masashi buscou o emaranhado de pequenas redes que se uniam numa esponja de banho e junto ao sabonete, levou a lavar o corpo, observando o mais velho. Katsuragi sorriu a ele e aproximou-se, abraçando-o meio de lado e beijou-o no rosto. Masashi fitou-o diante do abraço e virou-se parcialmente, num beijinho rápido, mas continuou a lavar-se como podia.
- ... Hey, o que foi?
- Nada... Por quê?
- Vire e me dê um beijo direito.
- Mas estou me lavando...
- Lava logo então. - Katsuragi fez bico.
Masashi fez bico a imitá-lo e lavou-se, sem muita pressa, mas sem enrolar. Ao finalizar, lavou-se com água e virou-se para ele.
- Hum. - O maior sorriu a ele e aproximou-se, selando-lhe os lábios. - Masashi...
O menor retribuiu seu suave selo e fitou-o conforme chamado.
- Oi...
- Eu vou dar uma festa para alguns convidados e dar mais dinheiro para os meninos. Quero que dance comigo.
- Dar mais dinheiro para quem?
Masashi indagou sem entender realmente.
- Os meninos, trabalho, hum.
- Ah, diz clientes para eles.
- Sim, claro
- Entendi. Mas dançar como?
- Vai ter música, ora.
- Que tipo de música?
- Lenta.
- Os clientes não vão querer música lenta.
- Eu vou.
- Bem, ta bem, como quiser.

♦ 


- Onde está o Masashi? 
Katsuragi falou a ele e arqueou uma das sobrancelhas, segurando na mão direita a máscara que usava no baile e havia convidado vários amigos vampiros para o local, com a promessa de ficar com os garotos e mordê-los, desde que pagassem um valor a mais e nenhum fosse transformado, claro que vários não concordaram, mas pelo valor que receberiam, muitos haviam aceitado. Observou por trás da cortina, procurando-o visivelmente e haviam tantas pessoas passeando por ali com aquela música alta tocando, que não conseguia de modo algum achá-lo. Resmungou e aspirou o cheiro dele, andando pelo bordel e até cruzou com alguns colegas, que cumprimentou e continuou seguindo, até encontrá-lo numa mesa ao canto, junto de alguns rapazes, e conversava, mas é claro que se incomodava com o fato. Fez um pequeno sinal com a cabeça, indicando que um deles se retirasse e os outros foram logo atrás, um por um, deixando seus copos sobre a mesa. Sentou-se sobre o colo do outro, com distância o suficiente da mesa e observou-o com os olhos estreitos.
- O que faz aqui?
Masashi observou-os se retirarem, porém não deu importância, não falava realmente com eles, mas gostava de sair do casulo vez e outra. Sentiu o cheiro do perfume alheio, visto que logo constou presença ao se sentar no próprio colo, chamativo como sempre. 
- Nada, estava só conversando.
- Conversando, é? Estava bebendo? 
O maior falou a ele e arqueou uma das sobrancelhas, puxando sua máscara a retirá-la e observá-lo finalmente.
- Não estava, bebi um coquetel não alcoólico.
- Sei. - Katsuragi aproximou-se. - Deixa eu ver. 
Falou a ele e averiguou sua boca, tentando sentir algum cheiro de álcool, porém a única coisa que sentiu foi seu perfume gostoso de banho, então adentrou sua boca com a língua.
- Não seja idi... 
Masashi disse enquanto averiguado, mas logo sentiu a imposição de seu beijo, o qual retribuiu. O maior sorriu a ele em meio ao beijo e obviamente o infernizava, já que estivera todo o tempo organizando a festa, não passou nem um minuto do dia com ele, e o deixara sozinho, nem mandara ninguém atrás dele, mas agora o queria. Desviou o olhar para o local cheio, porém os clientes nem desviavam a atenção a ambos, entretidos em seus afazeres ou nos garotos que dançavam ou tiravam as roupas na parte de cima apenas no salão. Beijou-o por um pequeno tempo e logo desceu a seu queixo e pescoço, beijando-o várias vezes no local.
- Hum... Que cheiro bom.
- Hum... - Masashi murmurou entre o beijo que logo estalou finalizado e sentiu sua suave descida até o pescoço, com o beijo. - Não morda...
Katsuragi sorriu contra a pele e já havia até preparado os dentes, então não iria escondê-los novamente e cravou-os em sua carne, sugando o sangue que escorreu em direção a boca e com os olhos abertos fitou os rapazes que farejavam o ar sentados próximos a si. Masashi encolheu o pescoço, e resmungou, evidentemente irritadiço pela mordida não autorizada. 
- Katsuragi...
O maior lambeu-o nos pequenos furos feitos e logo retirou as presas dele, afastando-se a observá-lo e sorriu, guiando uma das mãos a puxar o kimono dele e deu passagem para sua roupa intima, a qual empurrou para baixo sem delongas e deslizou a mão pelo local, segurando-o entre os dedos e massageou-o suavemente.
- Hum... Kimochi.
- Eu disse pra não... O que está fazendo, pare... 
Masashi disse, sentindo-o desvencilhar o tecido e expor a si, porém coberto por seus dedos em torno dele.
- Sh, não vai querer chamar atenção, vai? 
Katsuragi falou a ele e sorriu, mordendo o lábio inferior e apertou-o entre os dedos, roçando-se em seu colo.
- Eles já vão ver de todo jeito. Não faça isso... 
Masashi disse, sentindo a carícia e mordeu o lábio.
- Ah, mas você está gostando... 
O maior sorriu e suspirou, atencioso as caricias que dava a ele até o sentir endurecer e só então abriu o próprio kimono e retirou discretamente a roupa intima que usava, deixando-a no chão a ajeitar-se sobre o corpo dele. Encaixou-o em si e devagar, sentou-se sobre ele, deixando escapar um pequeno gemido dolorido, nada muito alto a chamar a atenção de alguém, embora os vampiros tivessem boa audição.
- Meu corpo não pensa. - Masashi disse a ele, num sussurro. - Não! não, não deixe essa roupa aí, vão encontrar.  - Resmungou e no entanto, sentiu seu corpo deslizar sobre o próprio, colocando-se a dentro dele, por sua própria escolha e por algum motivo, ele parecia facilmente penetrado, imaginava se havia se preparado ou se estava lubrificado ou excitado demais. - Não, Katsuragi!
Katsuragi suspirou novamente e segurando-o pelo pescoço conseguia ver todo o espaço, mas sem muitas surpresas, ninguém parecia olhar para ambos ali no escuro, então passou a se mover devagar sobre o corpo dele num suave sobe e desce.
- Sh, ninguém vai ver, estamos no escuro.
- Não faça, Katsu... 
Masashi resmungou, mas sentiu o início do ritmo, suave e fitou todo o ambiente, no pouco que conseguia ver, visto que de costas a maior parte dele e suspirou, mordendo o lábio inferior a abafar seja os resmungos ou mesmo os gemidos.
- Kimochi, hum? 
O maior murmurou e aproximou-se dele, beijando-o no rosto e deu uma pequena mordidinha em sua orelha enquanto mantinha os movimentos, prazerosos embora meio dolorido e afastou-se pouco, abrindo o próprio kimono na parte de cima e expôs o tórax a ele.
- Não faça isso. 
Masashi disse e levou as mãos a novamente cobri-lo, preferia não ter risco de estar a mostra caso alguém se voltasse para lá, ao menos estivesse escondido. Desviou o olhar para baixo, sentindo-o se mover. 
- Sem vergonha...
- Só você consegue ver, ora. Não sou sem vergonha. 
Katsuragi riu baixinho ao ouvi-lo e mordeu o lábio inferior, gostava do modo como ele agia, sem dizer nenhum palavrão, era fofo, embora quisesse ser chamado de algo pior. Empurrou-se firmemente sobre ele e afastado, continuou a se mover mais rápido. Masashi mordeu o lábio inferior e voltou a erguer a direção visual para ele, fitando-o, forjadamente aborrecido e segurou-o pelas coxas firmes, suavemente voltado as nádegas.
- Você não está irritado. - O maior sorriu. - Está adorando, se não já teria me tirado daqui de cima. - Mordeu o lábio inferior e riu baixinho. - Quer que eu deite no sofá, hum? - Murmurou e rebolou sobre o colo dele, abaixando-se e beijando seus lábios em pequenos selos. - Kimochi...
- Pare! Seja discreto! 
Masashi disse, e desta vez sim falava sério, diante da possibilidade aberta por ele de se deitar no sofá e segurou-o no colo, até lhe dando uma puxadinha. Katsuragi riu baixinho e negativou com a irritação dele.
- Masashi, o sofá é aqui no canto, e não dá visão de nada que fazemos para o salão, não seja bobo. Gosto de ter você entre as minhas pernas. - Murmurou e mordeu o lábio inferior, empurrando-se novamente sobre o colo dele. - Ah...
- Eu disse não, seu depravadinho. 
Masashi retrucou, segurando-o bem sentadinho e bem em pé no sofá ao invés de deixá-lo se deitar sobre ele e aos pouquinhos até se erguia em direção a ele.
- Hum... - Katsuragi murmurou a ele e riu baixinho, adentrando o kimono dele com ambas as mãos e tocava-o no tórax, acariciando-o, sentindo a pele tão macia.
- Você ainda é morno, hum. Que delicia, Masashi... Continua.
- Gosta disso? 
Masashi indagou e continuou, como pedido por ele. Devagar se movia, mas era firme. Penetrando-o até o fundo, se impondo.
- Uhum... 
Katsuragi murmurou e gemeu, aproximando-se do ouvido dele e deu-lhe uma pequena mordidinha na orelha, fechando os olhos a apoiar-se em seus ombros e com uma das mãos tocou-o no braço, em busca de se apoiar, porém acabou por tocar seus músculos e sorriu, mordendo o lábio inferior.
- Olha... Que isso? Nunca reparei que tinha o braço assim, que delícia.
- Meu braço... Ora... - Masashi disse diante do elogio e riu baixinho. - Vai dizer que nunca olhou meu braço... Engraçadinho. 
Disse, ainda com o pescoço retraído pela mordidinha que incomodava suavemente.
- Nunca reparei, agora vou ficar com fetiche por esse braço, puta que pariu. - Katsuragi riu e contraiu-se a apertá-lo dentro de si, beijando-o no queixo. - Ah... Masashi... Me faz gozar.
- Uso... - Masashi falou baixo, sabendo que estava sendo adulado, mas ria consigo mesmo porém negou, abrupto. - Não pode gozar aqui, vai sujar. 
Disse e claro que estava curtindo, porém estava extremamente desconfortável do mesmo modo, o que de certa forma certamente tornava aquilo mais excitante. Katsuragi sorriu e negativou.
- Eu gozo na mão, não tem problema. Vai, me fode Masashi. 
O maior murmurou no ouvido dele e observou novamente o local, não notando nenhum olhar ainda sobre ambos, embora soubesse que alguns poderiam ouvir ou até sentir o cheiro, mas estavam acostumados, e nem olhavam mais.
- Seus amiguinhos estão olhando a gente, Masashi, sabem que você está me fodendo, hum.
- Não tenho amiguinhos, não seja ciumento. 
Masashi disse, um pouco rouco, e continuou no entanto, empurrando-se para cima. Mesmo um pouco desajeitado, mas suficiente para continuar. Abaixou-se e mordiscou-o no pescoço, somente eriçando sua pele, sabia que ele tinha uma sensibilidade à possibilidade de mordida, portanto o deixava na vontade. Ainda não havia se acostumado com a sensação. Katsuragi arrepiou-se ao sentir a mordida e desviou o olhar de canto a ele, ainda não havia sentido uma mordida dele no próprio pescoço, e tinha um pouco de medo, já que fora daquele modo que fora transformado, na verdade, quase teve o pescoço arrancado a mordidas na época, então quando sentia aquele toque, se arrepiava por inteiro.
- Quer meu sangue, hum? - Murmurou e expôs o pulso a ele, passando perto de sua boca. - Morde...
- Iie
Masashi disse e desviou-se junto ao sussurro, continuando a se mover, subindo a tomá-lo, criando o ritmo aos poucos conforme mais sensível, no limite e bem, teria de gozar dentro dele. Penetrou-o com força quando no limite e segurou-o no colo, mantendo-o ali e por fim sufocou o gemido entre dentes e o lábio mordido. Katsuragi suspirou e sorriu a ele, mordendo o lábio inferior ao vê-lo negar. Gemeu em tom meio alto ao senti-lo puxar a si, desprevenido e desviou o olhar a ele em seguida, beijando-o no rosto, pescoço e mordeu o lábio mais uma vez, porém agora cortando a arrancar um pequeno filete de sangue, o qual roçou contra seus lábios.
- Todo mundo sabe que você é meu agora, hum.
- Já sabiam disso, baka
Masashi sussurrou, afetado ainda pela gostosa sensação de se ter dentro dele, atingindo o clímax, o que há tempos não o fazia dentro e lambeu os lábios, sentindo seu sabor, que quase fez com que lembrasse de um vinho, afinal tinha um sabor tão gostoso e era tão forte. 
- Eu te deixo morder se quiser.
O maior murmurou a ele e sorriu, beijando-o nos lábios algumas vezes, a descansar sobre ele e igualmente apreciava seu ápice que não sentia há um tempo.
- Vamos, se me morder, vai me fazer gozar.
- Não aqui... Vamos descer...
Katsuragi sorriu a ele e assentiu.
- Se não tivesse vindo pra cá, não me obrigaria a fazer isso aqui em cima.
- Tsc, não me culpe por você ser chamativo assim.

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