Tsubaki e Izumi #25


- Mãe... 
Eu não vou levar ele pra te ver. Porque não. Vocês não me ajudaram em nada, absolutamente nada e agora querem ver o Hasui? Não, já disse, e já chega. Como assim não tenho condições de cuidar dele? Eu tenho um emprego. Isso não parecia importar pra vocês quando me colocaram pra fora, como se eu tivesse culpa. 
Izumi falava com os pais no telefone, estava na área dos funcionários, no próprio intervalo e sabia que não deveria falar alto, por isso estava no fundo da sala, para não atrapalhar os clientes lá fora. 
- Sim, eu estou trabalhando sim e pode mandar o seu advogado parar de me ligar porque eu não vou dar o Hasui pra você!
Tsubaki bateu à porta antes de seguir para o local, entrou durante sua ligação, mas já sabia, quer dizer, tinha ideia do que tratava, uma vez que a conversa tinha altura, mesmo que ele tentasse não fazer nisso. Ao sair, o esperou durante sua ligação. 
- Hey.
Izumi desligou o telefone após a última frase e desviou o olhar a ele, estava tremendo, agitado pela conversa. 
- Tsubaki... Oi...
- Oi. - O maior sorriu, quase riu na verdade e tocou o topo de sua cabeça. - Se acalme.
O loiro sorriu meio de canto e assentiu, num pequeno sobressalto conforme o toque. 
- Ela me intimou judicialmente... Disse que eu não tenho condições de cuidar do Hasui, vou ter que arrumar um advogado.
- Como ela te achou, hm? Não se preocupe, vou te ajudar com isso.
- Eu não faço ideia, ela tem dinheiro, deve ter mandado alguém me achar. - Izumi estava evidentemente irritado. - ... Não quero te envolver...
- Diga que tem um noivo rico.
Izumi sorriu meio de canto. 
- Eu não... Eu não vou falar isso, você não é nem meu namorado... E eu não ia dizer que você é rico.
- Qual é o problema? Vai machucar alguém?
- ... Mas você iria comigo?
- É claro. Não gosto de gente cretina, o passarinho não vai a lugar algum.
Izumi sorriu e segurou as mãos dele, apertando-as. 
- Eu vou procurar um advogado público amanhã, quando marcar eu te aviso.
- Não seja tolo, eu tenho um advogado, um bom.
- Mas não tenho como pagar você por isso...
- Eu sei, estou fazendo isso não como seu chefe.
O loiro sorriu e ergueu-se na ponta dos pés, selou os lábios dele. Tsubaki sorriu perto de seu rosto como estava e retribuiu seu beijo superficial. 
- Vai ficar tudo bem, agora pare de tremer como um pinscher.
Izumi riu. 
- Me desculpe... Eu... Estou com medo de perder ele.
- Não vai, meu advogado é ótimo. Qualquer coisa nós mandamos matar a sua mãe. - Tsubaki sorriu, canteiro. 
Izumi uniu as sobrancelhas. 
- Eh?
O maior riu entre os dentes.
- Que susto... Achei que estava falando sério
- Ah, claro que estava. - Tsubaki sorriu. - Você já fez seu desjejum? Pode tomar café aqui, você sabe. Diga ao Jin que te faça algo gostoso, ah?
Izumi sorriu meio de canto e entrelaçou os dedos aos dele. 
- Ah eu... Não queria abusar do Jin.
- Hum, não é abusar, ele está trabalhando. 
Tsubaki sorriu e podia ver o quanto ele parecia feliz consigo, quase como um adolescente. 
- Eu vou pedir então... - Izumi sorriu. - Ah... Tem... Vinho na sua camisa, ou... Isso é sangue? Disse, deslizando o dedo pela camisa branca que ele usava. Você está sangrando?
Tsubaki desviou a atenção ao lugar, suspirou incomodado com a mancha. 
- Ah, eu não faço ideia do que é isso...
Izumi uniu as sobrancelhas. 
- Isso é sangue... Tira a camisa, eu passo soda. As vezes você se cortou e não viu.
- Não, não é necessário, eu preciso ir em breve. No entanto, posso te buscar na hora de sair, hum
- Ah... Tá bem... Eu vou te esperar. Vou sentir saudade.
- Quer jantar um espaguete hoje, hum?
- Hum, eu vou adorar. - Izumi sorriu. - Mas... O Hasu pode ir? Quer dizer, eu não tenho com quem deixar ele... Desculpe, eu queria tanto aproveitar com você.
- É claro que ele pode ir, podemos aproveitar os três.
Izumi sorriu e assentiu, selou os lábios dele novamente. 
- Ta bom!
- Mas no final eu espero o passarinho adormecer.
O loiro mordeu o lábio inferior e abraçou-o, trazendo o corpo dele pra perto de si.
- Quando ele adormecer eu te compenso...
Tsubaki sorriu e o retribuiu no abraço. 
- Eu tenho certeza que sim. - Beijou sua testa, ele parecia realmente bem humorado aquela altura. - Estou te deixando feliz, hum?
Izumi suspirou, sentiu o coração bater forte no peito, gostava de verdade dele. 
- Sim... Eu gosto tanto de você...
Murmurou e sorriu, mas percebeu o que havia dito e corou, bem, não era mentira. Tsubaki sorriu sob sua breve declaração, claro que não levou tão romanticamente falando, também gostava dele. 
- Eu também gosto de você, passarinho maior. 
Tocou sua bochecha corada, estava fria, então segurou dos dois lados e as aqueceu com as mãos. Izumi sorriu a ele e roçou o rosto nas mãos dele.
- Não, é sério... Eu gosto de verdade de você...
Tsubaki suspirou, no sorriso afável que lhe deu. 
- Você é muito fofo, ah? - O apertou nas bochechas. - Eu também gosto de você. 
Era verdade, mas não sabia o que aquilo poderia influenciar no fim das contas afinal, não era totalmente verdadeiro com ele, então não queria ser um perigo para ele. Izumi riu baixinho e aproximou-se novamente, selou os lábios dele.
- Tem alguma chance... De um dia eu ser seu namorado?
- Está me pedindo em namoro, ah? - Tsubaki riu, na verdade sorriu.
- Ah... Eu... Acho que sim. - Izumi disse e riu baixinho. 
Tsubaki sorriu, como poderia dizer que não? Era como uma criança pedindo por atenção, como um gatinho pedindo carinho. 
- Hum...
- Ah, tudo bem se você não quiser... Eu só... Só queria saber se eu tenho chance disso acontecer...
- É  claro que sim.
Izumi sorriu e mordeu o lábio inferior. 
- Ta bom!
Tsubaki suspirou, se preocupava sobre como resolver aquilo.
- Vamos lá, passarinho maior, quero que coma algo gostoso. A noite terá mais coisas gostosas pra te alimentar.
O loiro assentiu e riu conforme o ouviu, seguiu para a cozinha, pediria o lanche ao amigo.

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