Ikuma e Taa #73


- Ikuma, você devia ter me deixado colocar uma roupa melhor, todas as bandas do mundo estão aqui... Deus do céu. 
Taa falou a observar os cabelos coloridos que circulavam pelo local e também algumas pessoas de terno, se sentia um peixe fora d'água, fazia tempo que não participava de nenhuma banda e agora com a volta dele, era difícil voltar a lidar com isso. Usava uma camisa soltinha e calça preta e a roupa intima que havia ganhado do noivo dias antes.
- Não seja idiota. Está ótimo assim, alguns estão de terno porque são estúpidos. 
Ikuma deu de ombros, levando-o consigo pelo salão, buscando o número da mesa que informado no convite. Puxou o assento a ele e o permitiu se sentar. Fazendo o mesmo logo após. 
- Carne, carne, carne.
Taa sentou-se no local, notando mais pessoas de terno do que de roupa normal e desviou o olhar, envergonhado.
- Vou pra casa me trocar, Ikuma.
- Pare com isso, Taa. São agentes, eles precisam se apresentar assim, nós não.
- Ai, mas... Seu irmão está aqui e está todo formal... Deus, hoje é dia de passar vergonha!
- E daí o meu irmão?
Taa negativou e desviou o olhar ao prato.
- Onde está a Shizuma e o Takuan hein? Estavam logo atrás de nós. 
Taa falou a observar atrás de si, procurando-os.
- Devem estar com os amigos, eles também são músicos. Qual problema do meu irmão estar vestido formal?
- Que ele é sua família ora, e eu parecendo um mendigo,
- Minha família nem se importa com o que vestimos.
- Se bem que se eu irmão não se importa nem com a minha existência. Acho que ele tem raiva de mim porque eu era humano antes.
- Como se o pitoco dele não fosse. Por que você se importa com o que pensa o Yuuki? Ele não liga nem para o fato de estarmos aqui. Provavelmente nem se lembra.
- Ele é pai da Arisu, ele namora nossa filha, eu devia me importar nem que seja um pouco.
- Não deveria, ele não se importa com você. 
Ikuma aceitou a bebida servida numa taça. Não tinha sangue, mas ainda assim era saborosa. Taa assentiu e roubou o copo dele, experimentando a bebida que queimou a garganta.
- Ai, caralho. Que porra é essa? Forte. 
Murmurou e levantou-se para cumprimentar um dos rapazes que vieram em direção a mesa, conhecidos dele certamente.
- Forte? - Ikuma riu. - Só não é do gosto de um vampiro. 
Disse e cumprimentou os demais, porém sentou-se logo. Sorriu, voltando atenção ao pequeno controle no bolso. Aproveitando sua breve conversa, quando fez menção de se sentar, apertou o botão. Taa estremeceu antes de se sentar, quase caindo na cadeira e desviou o olhar a ele, disfarçando ao ouvir a conversa cessar atrás de si, dos rapazes que havia cumprimentado a pouco e sorriu, distraído, arqueando uma das sobrancelhas. Ikuma mordeu a zona interna do lábio inferior, evitando o sorriso ou alguma risada engraçadinha. 
- Ué, o que foi isso?
- Que porra foi essa...?
- O que? Eu que digo, está mole, caralho?
Taa arqueou uma das sobrancelhas novamente e negativou, achando estar imaginando coisas e tomou mais um gole da bebida. Com a mão desocupada, Ikuma pegou a taça e bebeu da bebida, dando atenção a qualquer outra coisa a apertar novamente o botão e fingiu não dar atenção ao maior. Taa ergueu-se rapidamente, incomodado com o objeto vibrando em si e uniu as sobrancelhas.
- Ai Ikuma! Tem alguma coisa nessa cadeira...
Ikuma fingiu-se espantar, num leve sobressalto. 
- Mas que... Espetou a bunda?
- Tem alguma coisa vibrando... 
Taa murmurou e averiguou o bolso de trás, buscando um celular, e nada, logo voltou a se sentar.
- Vibrando? Esqueceu algo aí dentro?
- Eu não, ora. O que ia esquecer? Nem fazemos mais nada com vibradores.
- Vai que você fez.
- Não mexo na sua gaveta. - Taa murmurou e suspirou, observando a carne servida pelo garçom sobre o prato e sorriu. - Hum.
- Hum...
Ikuma murmurou assim como ele e pegou um dos pedaços servidos, por sorte, bem salgado e mal passado. Taa experimentou a carne e suspirou.
- Oishi. Eles vão perder.
- Perder o que? 
Ikuma retrucou e na primeira oportunidade, tornou a apertar o pequeno botão. Taa uniu as sobrancelhas, tentando fingir que nada estava acontecendo e mordeu o lábio inferior. Ikuma fechou os olhos, e fingiu estar apreciando imensamente a carne, já que não queria expor o ar risonho. 
- Hum, que delícia. Vou assar mais dois quilos em casa.
- Ah... 
Taa gemeu baixinho, suspirando e ajeitou os cabelos, na tentativa de disfarçar. Ikuma franziu o cenho, como quem não entendia nada. 
- O que foi?
- Alguma coisa está vibrando na minha calça, e eu sei que foi você quem colocou, nem adianta disfarçar.
- Eu? Não coloquei nada, deve ter brincado e esquecido das coisas.
- Não fiz isso, inferno.
Ikuma apertou novamente o botão. Taa fechou os olhos e cerrou as mãos, desviando o olhar a ele em seguida.
- Filho da puta.
- Mãe, o que nós perdemos? Fomos... Dar oi pro pessoal da banda.
- Takuan! Oi... Carne, tem carne. Deixei pra vocês.
- Venham comer, pirralhos. Sua mãe está tendo problemas com a cadeira, troque de assento com ele.
- Não é a cadeira. 
Taa estreitou os olhos e negativou, comendo mais um pedaço da carne.
- Que carinhoso papai, obrigado. - Takuan riu.
- Então é sua bunda. - Ikuma piscou ao filho.
- Minha bunda, pois sim, você que.... - Taa desviou o olhar ao filho e negativou.
Takuan riu baixinho e pegou um pedaço de carne, levando aos lábios da irmã. Ikuma desviou a atenção aos filhos, notando o carinho do mais novo. 
- Quanto amor com essa irmã, Taku.
- O que? É normal. É minha irmã, ora. 
Taa arqueou uma das sobrancelhas a observá-los e desviou o olhar ao marido em seguida.
- Takuan é sempre cuidadoso. - Shizuma brincou e sorriu.
Ikuma observou o olhar preocupado do maior, e riu, achando graça, sabia que em sua cultura isso não era nos padrões do que era considerado normal, mas não achou necessário dizê-lo, mas, novamente pressionou o botão teimoso. Taa estremeceu na cadeira, segurando-se para não gemer novamente e uniu as sobrancelhas.
- Ca...ralho...
Ikuma franziu o cenho, como se não soubesse de nada.
- Você está bem mamãe?
- Estou... Estou bem.
- A cadeira está desconfortável ou confortável demais?
- Confortável... Não se preocupe.
Ikuma sorriu ao companheiro. 
- Ora, amor, guarde melhor seus apetrechos.
Taa estreitou os olhos.
- Eu vou degolar você.
O menor riu baixinho, achando graça. 
- Ó... 
Ikuma disse e voltou a apertar o aparelho. Segurando-o desta vez. Taa agarrou-se a toalha da mesa e apertou-a entre os dedos, unindo as sobrancelhas mais uma vez e gemeu baixinho, sem poder conter.
- I-Ikuma...
Takuan uniu as sobrancelhas a observar a mãe e desviou o olhar à irmã.
- Credo mãe, para com isso.
- Eu não tenho culpa.... O filho da puta... Do seu pai colocou algo na minha roupa.
- Compostura.
Ikuma riu, divertindo-se e continuou a segurá-lo. Taa ergueu o tronco e desviou o olhar ao outro, unindo as sobrancelhas ainda e puxou a toalha, pouco, mas o suficiente para o filho errar o corte da carne.
- Ikuma... Para... Ikuma!
Takuan mordeu o lábio inferior ao ouvir o pai, rindo baixinho em seguida.
- Ó... Não vai bagunçar a mesa, sem zona. - E novamente, Ikuma apertou.
Shizuma franziu o cenho, notando o irmão. Beliscou-o na coxa. 
- Pare com isso.
- O que eu fiz? 
Takuan uniu as sobrancelhas ao sentir o beliscão na coxa e observou a irmã.
- Ikuma... 
Taa murmurou e tentou colocar a mão na calça de algum jeito, porém arregalou os olhos ao notar o membro já duro no interior da roupa intima.
- Cara...lho...
- Hum hum... Crianças, vão passear.
- Não... A carne está tão gostosa.
- Isso, a carne. - Takuan disse, sem realmente dar atenção.
Taa estreitou os olhos e apertou a própria roupa intima, tentando esconder.
- Está louco? Pare de ser nojento, é seu pai. - Disse Shizuma.
- Que isso, lagarta, vão achar que guardou uma linguiça aí dentro.
- Filho da puta, vem pro banheiro e me ajude a resolver isso!
- O que eu fiz? - Takuan riu, observando a irmã. - Estou achando engraçado.
- Não, vou nada. Só em casa.
- Pelo amor de Deus, Ikuma, como vou cumprimentar alguém desse jeito?
- Fique sentado, calabresa.
Taa deu um forte tapa na coxa dele e negativou.
- Vou resolver sozinho então.
- Não vai nada, fique aí.
- Fico um cacete. - Taa levantou-se.
- Fica aí, porra. - Ikuma resmungou e ligou novamente o vibro. 
Taa uniu as sobrancelhas e voltou a se sentar, batendo nele novamente.
- Filho da puta!
- Tapas de amor não dói.
- Me dá esse controle!
- Iiiiee...
- Dá!
- Não.
Taa aproximou a cadeira dele e bateu em seu braço, sua coxa e enfiou a mão em seu bolso.
- Dá essa merda!
Takuan riu e negativou a observar os pais, bebendo pouco da própria bebida.
- Para com isso amorzinho, não quer que eu fale para as garçonetes que sou molestado em casa, quer?
Ikuma segurou o controle e voltou a fazê-lo vibrar.
Você tem cinco filhos, eu que gerei e você que é o molestado é? - Taa estreitou os olhos e abaixou a cabeça, fechando os olhos com certa força. - Caralho Ikuma, vai me fazer gozar... - Murmurou perto do ouvido dele.
O riso soou numa boa gargalhada em Ikuma, divertindo-se, numa altura medida, certamente. 
- Dá logo essa porcaria.
- Não.
Taa uniu as sobrancelhas, quase chorando de raiva e afastou-se dele.
- Ah, não, vai chorar? Vai acabar com a brincadeira.
- Brincadeira só se for pra você, eu estou sofrendo. Vai sujar minha calça, e esse filho da puta fica rindo da minha cara. - Taa chutou o filho por baixo da mesa.
- Sou seu filho, ora.
- Porra que nojo, pai. Não quero te imaginar sujo de porra. - Disse Shizuma.
- Engraçado, foi assim que eu acabei grávido de você. - Taa sorriu a ela.
- Foi, mas eu não tive que ver sua calcinha molhada. Do meu namorado eu até gosto de ver. - Shizuma brincou, a fim de provocar repulsa no pai.
- Ai que horror. - Disse Taa.
Takuan riu novamente, porém cessou ao ouvir a irmã e arqueou uma das sobrancelhas.
- Eh?
- Viu que delícia pensar na porra alheia?
- Takuan, não se meta. - Ikuma piscou ao filho.
- Eu nem disse nada...
- Mas que culpa eu tenho, caralho? - Disse Taa. - Chega, vou embora. 
Disse e levantou-se de verdade dessa vez, ajeitando as roupas e vestiu o casaco, se afastando da mesa, mas Ikuma estendeu a mão e riu, puxando-o de volta para a mesa.
- Ta bem, ta bem, parei. 
- Seu maldito, o que você fez aqui?
- Foi a roupa que eu te dei ontem.

- Então me deu a roupa de propósito pensando em fazer isso? Você não tem vergonha?!
Disse o maior a estapear Ikuma em seu ombro.
- Ai ai! Amorzinho, era só brincadeira! 

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