Masashi e Katsuragi #30 (+18)


O garoto sentava aos fundos da cama, confuso ao ver o acompanhante andando para lá e para cá pela casa, e chamava alto o próprio nome. Ele sabia que Katsuragi estava em casa, por isso mesmo se levantou e seguiu até o rapaz de cabelos negros e compridos, Masashi, segurando-o pelos ombros.
- Masashi... Katsuragi não está em casa. Ele disse que só ia chegar quando fosse perto do amanhecer e me disse para fazer companhia pra você.
Disse o pequeno, era um dos prostitutos, era novo, talvez ele não o conhecesse bem ainda, e fora o único que encontrou para avisar antes de sair, o pequeno não costumava dormir a noite, tinha seus dezesseis anos, e parecia uma boneca de porcelana, os cabelos negros e pele tão branquinha.
Masashi seguiu pelo bordel em busca do moreno, tinha algo a dar a ele. Voltara a pouco da aula, e aparentemente ele havia ido dar uma volta, imaginava o que ele faria se o fosse contrário, provavelmente seria buscado aos gritos ou aos prantos, era difícil dizer mas riu ao pensar sobre isso. No entanto se voltou para trás ao notar o rapaz por ali, não muito se lembrava dele, talvez tivesse cruzado o caminho consigo. 
- Ah sim. Sabe onde foi?
- Ele disse que ia ao médico. - O menor sorriu e deslizou uma das mãos pelos cabelos do outro a frente. - Eu fiz alguns bolinhos pra você...
- Ao médico? Por quê? 
Masashi indagou, tão curioso sobre o motivo de sua ida ao médico que sequer deu importância ao gesto do garoto. Automaticamente segurou o cabelo onde ele tocava, desvencilhando o toque. O menor uniu as sobrancelhas, embora não tenha desistido do pequeno toque e sorriu de canto.
- Ele não me disse, é um senhor amigo dele, aliás, é amigo dele faz uns vinte anos. Você... Não quer provar os bolinhos antes que ele volte? Estão na cozinha.
- Entendo. Parecia passar mal? 
Masashi retrucou ao garoto esperando a resposta, embora não realmente tivesse intenção de ignorar os bolinhos que oferecia. 
- Não...
- Você sabe onde fica?
- Ele já vai voltar, pediu que esperasse e eu não sei onde fica... Podemos conversar?
Masashi assentiu embora contragosto, imaginando se talvez fosse receber alguma notícia.
- Sim, diga, não sei seu nome.
- Yuki. 
O garoto falou a ele, sorrindo meio de canto e logo o trouxe consigo à cozinha, ajoelhando-se para fechar a porta logo após entrar e logo voltou a se levantar, e isso era indicação de que antes de estar ali, fora um empregado ou escravo de alguém. Fez uma pequena reverência a ele, observando-o ali sentado, e o achava tão bonito. Era novo, por isso, não sabia de fato da força que Katsuragi tinha, não sabia que era um imortal, muito menos ele. Sobre a mesa colocou as fatias cortadas do bolo feito com especiarias e parou em frente a ele, gostava dele, com malicia, é claro, e na casa antiga onde trabalhava, costumava agradar o próprio senhor e dono, então não achou estar fazendo nada demais se não constar o próprio serviço e também poder ficar mais tempo com ele. Puxou o obi do quimono, retirando-o e logo deu passagem aos olhos dele ao próprio corpo, pequeno, porém de pele branca e sem nenhuma marca.
- É um prazer poder servir o senhor...
Masashi adentrou a casa junto a ele, podia sentir o cheiro dócil do bolo, verdadeiramente agradável. Observou o garoto, era bonito e como a todos os outros, sentia pena por necessitar daquele tipo de serviço. Ainda que certamente sua estadia fosse passageira, jovens bonitos como ele costumavam conseguir amantes fixos, seu danas. Podia notar seus modos de criado, e que certamente seriam treinados para que não agisse desse modo, até sorriu ao perceber que era tão novo naquilo, mas que certamente tinha algum histórico familiarizado com aquilo, com o sexo. Ao se virar, viu-o se despir e revelar seu corpo bonito por baixo do quimono informal que trajava até então, fora de seu horário de serviço. Fitou-o um tanto atônito de início, encarando sua nudez, aparentemente já programada antes. Ao se dar conta seguiu para ele com rapidez e puxou de volta sua veste, cobrindo seu corpo. 
- O que está fazendo, Yuki... 
Masashi disse, não realmente buscando uma resposta, mas trajava as vestes em seu corpo.
- ... Eh? - O menor indagou ao vê-lo puxar as roupas, confuso e uniu as sobrancelhas, observando-o. - O senhor... Não gostou de mim?
- Não, não. Você é muito bonito, é um garoto lindo, mas não é pra mim que tem de fazer isso. - Dizia ao enlaçá-lo com seu obi.
- N-Não devo agradá-lo
- Não, você sabe que aqui é um bordel, terá seus clientes.
- Na minha casa antiga eu... Fazia isso com os donos...
- Não... Você sabe que está aqui como um cortesão, não sabe?
- Hai, mas... Achei que... Bem... Desculpe... - O menor murmurou, sentindo a face se corar sutilmente. - É que, o senhor é tão bonito e... Pensei que pudéssemos...
Masashi negou ao finalmente soltá-lo, já recompondo suas vestes em seu corpo. 
- Eu e o Katsuragi, nós somos companheiros.
O menor uniu as sobrancelhas, sem entender realmente, não estava acostumado aquele tipo de coisa, mas somente assentiu e notou de perto seus olhos vermelhos, que fizeram a si se encolher, amedrontado.
- Não ficamos com outras pessoas, somos como os casados. 
Masashi disse, notando seu recato, porém não entendia o motivo. O menino assentiu várias vezes.
- Me perdoe... Me perdoe eu nunca mais farei...
- Hey, está tudo bem. Só não diga ao Katsuragi, ele é ciumento.
- Hai... - Yuki murmurou. - Você vai me matar?
- Se estou dizendo para não dizer ao Katsuragi, como iria matá-lo?
- S-Seus olhos...
- Ah. 
Masashi disse, não imaginando o motivo dos olhos estarem coloridos daquele modo naquele momento, inclusive não podia vê-los, mas imaginava como estavam diante de seu comentário. 
- São olhos, eles não matam. - Brincou e sorriu num meio riso. - Vá se deitar.
Yuki assentiu, meio amedrontado ainda e fez uma reverência, quase tocando o chão e saiu rápido do local, cruzando com o mais velho que adentrava o local.
- ... O que estava acontecendo? - Katsuragi falou ao adentrar a cozinha, observando o outro. - ... O que estavam fazendo?
Masashi viu o rapazinho partir depressa, e ainda não havia se acostumado com aquilo. Virou-se abruptamente quando o ouviu falar e então seguiu até ele. 
- Onde estava, quem é o médico?
- Prioridades. Porque esse garoto acabou de sair com o obi todo torto, Masashi?
- Ele era um criado, provavelmente não sabe se vestir corretamente. Ia servir bolo, mas viu meus olhos e saiu correndo... Eu nem sei porque estão assim, não tenho fome...
- Sei... Vou cheirar esse moleque, você vai ver, mato você se sentir seu cheiro nele.
- Você quem mandou ele me avisar. E quem é o médico? Por que foi vê-lo?
- O médico é um velho amigo meu. - Katsuragi suspirou, retirando a cigarrilha do obi a dar um longo suspiro e de fato, parecia meio desanimado. - Só fui até lá porque me senti meio mal.
- Sentiu o que?
- Enjoo.
- Porque não falou comigo? Eu estou estudando, não precisa ir até os outros.
Katsuragi sorriu meio de canto.
- Ele é um amigo de longa data, é especialista em vampiros, por isso não falei com você.
- Ele é vampiro?
- O médico sim.
- Tem sua idade?
- Visualmente?
- Sim.
- Não, tem cerca de sessenta anos, já é um senhor.
- Quem iria transformar um idoso em vampiro?
- A esposa apaixonada. - Katsuragi riu. - Não queria que ele morresse. Ele era teimoso e não queria ser transformado. Como você.
- Hum... Bem, talvez esteja grávido de novo.
Katsuragi sorriu meio de canto, estava chateado por esse mesmo motivo, o médico confirmara que não com um exame e se sentia um lixo por isso, mas não queria chateá-lo com os próprios problemas. Havia começado a pensar que talvez ele não quisesse ser pai também devido a naturalidade e tédio com que falava aquilo.
- Vou... Tomar um banho, você me espera na cama? 
Disse e não esperou para que ele confirmasse para si, virou-se e seguiu escada abaixo, obviamente porque não queria chorar na frente dele e estava quase o fazendo. No banheiro que havia no próprio quarto, retirou as roupas, se livrando do quimono caro num puxão que o jogou ao chão junto do leque, dinheiro e tudo mais o que carregava e se colocou abaixo do chuveiro,  sentindo o cabelo pesar com a água e só então permitiu-se chorar, embora tivesse vergonha de fazer aquilo até sozinho e bateu contra a parede com uma das mãos, tamanha força que viu o punho vermelho logo após e negativou, era velho demais, o corpo humano era velho demais para ser pai, era a única explicação.
Masashi arqueou a sobrancelha ao perceber que fora deixado por lá antes mesmo de ter uma resposta para lhe dar. Fitou-o por alguns minutos enquanto sumia das vistas seguindo a seu aposento, e não se demorou para segui-lo até lá. Quando o alcançou já estava a se colocar no banho, pensou se deveria acompanhá-lo ou não, preferiu deixá-lo com maior privacidade e assim que saísse falaria com ele. Estava na verdade um pouco chateado pela forma como parecia inferior referente ao médico que pôde ajudá-lo, e falou descontraído, apenas numa provocação, não imaginava que fosse receber um sorriso como quem havia levado o comentário a sério. Sentou-se em sua cama e pacientemente o esperou por lá. Katsuragi saiu do banho somente quando se sentiu melhor, isso levou cerca de vinte longos minutos, os quais passara sentado no chão, deixando a água cair sobre os cabelos. Secou-se com a toalha, secando os cabelos logo em seguida e vestiu um kimono preto simples com um obi de mesma cor por cima, dormiria mesmo, já era quase dia e ajeitou a maquiagem antes de sair, não queria que ele visse a si tão despido.
Masashi ergueu a direção visual a ele após a longa espera, talvez não tão longa, mas como queria lhe dar algum tempo sozinho, espera-lo parecia um tempo eterno. Quando finalmente saiu, se levantou e seguiu até ele. 
- Por que foi ao médico? Algo está acontecendo?
Katsuragi desviou o olhar a ele, sem entender o porque da euforia em perguntar para si e desviou o olhar.
- Não, estou bem...
- Por que está triste?
- Não estou triste, estou bem, está tudo bem. O que quer comer?
- Está sim. - Masashi disse e afagou seu rosto. - Eu falei brincando sobre o enjoo.
- Não fiquei chateado... Está tudo bem.
- Responda logo, Katsuragi.
O maior arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo se impor e permaneceu a observá-lo, abrindo um pequeno sorriso de canto, gostava quando ele agia daquele modo, gostava muito e mesmo que estivesse chateado, deixou-se falar.
- Fui a outro médico porque queria fazer uma surpresa pra você quando estivesse de fato esperando um filho seu. Não estou menosprezando o seu trabalho, mas quando cheguei lá, ele me pediu pra deitar, me examinou... E disse que eu não estou grávido de fato, disse que talvez eu possa ter perdido outra vez um filho, que nem chegou a se formar. Estou começando a achar que meu corpo humano é velho demais para poder ter um filho, mas isso não importa pra você.
- Não seja absurdo. Você tem quarenta anos, acha que não existem pessoas mais velhas que tem bebês? Talvez somente precise de mais vitaminas, uma alimentação melhor ou talvez seja pelo fato de que eu sou muito novo nisso, talvez eu ainda precise perder mais vida?
Katsuragi observou-o por um pequeno tempo e sorriu, porém riu baixinho logo em seguida, negativando.
- Isso não tem a ver com você. Sei que não quer ter filhos também, esqueça.
- Eu... Na verdade nunca pensei sobre isso. Até porque eu nem tenho 21 anos ainda. Mas eu também não vou envelhecer e também teremos muito tempo pra fazer coisas novas, então, não me importo em fazer um bebê em você.
Katsuragi abriu um pequeno sorriso de canto e desencostou-se da parede onde encostado, ergueu o braço onde o kimono caía pelos ombros e acariciou sua bochecha com uma das mãos.
- Não vou exigir que você cresça logo. Sou só um velho querendo ter uma família. Talvez eu nem seja a pessoa ideal pra você... Sinto muito.
- Que papo é esse de ser ideal? 
Masashi indagou, esperando-o retrucar para prosseguir.
- Talvez você... Devesse ficar com uma pessoa mais nova...
- Eu devia, é?
Katsuragi desviou o olhar e assentiu, e ele não sabia o quanto era difícil admitir aquilo para si mesmo. Masashi fitou o moreno, e não conseguia se decidir sobre o turbilhão de pensamentos ou sensações que teve. Tinha que decidir entre dizer como ele soava absurdo, ou decidir se ele estava sendo dramático, decidir se lhe daria as costas a fim de fazê-lo refletir a merda que dizia, ou se devia simplesmente meter a mão em sua cara.
- Esqueça. 
O maior murmurou e caminhou pelo quarto, alcançando a cigarrilha sobre a cômoda.
- Vou lá fora fumar um pouco, já volto para dormir.
- Tudo bem Katsuragi. Faça o que quiser, passe o dia fora e depois volte pra fumar na porra da varanda depois de falar como eu devia arranjar alguém mais novo. É, vai lá fumar, eu vou caçar algo melhor pra fazer, porque eu poderia consolar sua crise de meia idade, se ela não estivesse sendo direcionada a mim. "Ah, devia ficar com uma pessoa mais nova". Ok, vou lá ver se acho um dos seus meninos, ver se um deles é mais novo e mais adequado.
Katsuragi desviou o olhar a ele meio de canto, e esperava ouvir qualquer consolo mesmo, ao invés de ouvir aquilo, então somente assentiu, desviando o olhar.
- Aliás, devia ter pensado nisso antes de me convencer sobre ser um vampiro. 
Masashi disse e talvez outro dia estivesse mais tranquilo para aquilo, infelizmente ambos foram pegos num dia não muito bom, não costumava se expor facilmente. Num movimento hábil, puxou seu pulso o qual segurou e jogou-o em sua cama. 
- Se você desiste de mim, não espere que eu lute por você.
Katsuragi arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo, e estava dando muita liberdade para ele mesmo, ou não se tocava que palavras podiam facilmente magoar a si, tinha várias coisas que queria jogar na cara dele, nenhuma delas era algo que diria para não magoá-lo, mesmo tendo dito que ele deveria ter alguém mais novo, não era para magoá-lo ou deixá-lo, e sim pelo próprio bem dele mesmo, não achava que o merecia, essa era a verdade. Sentiu o puxão pelo braço e logo fora jogado para a cama, sentindo o quimono cair ainda mais na parte do ombro, dando a visão do próprio tórax nu agora para ele.
- Não desisti de você, seu idiota. Quero só o seu bem. Vai fazer o que? Me bater?
- Ah, não? Então vamos lá, acho melhor você ficar com alguém mais velho, mais adequado. Isso soa como? Não era você o medroso que não podia me deixar sair por medo de ter que ir me caçar lá fora? Se eu um dia parar pra você e disser que é melhor alguém mais adequado pra você? Ou você prefere que eu diga que não importa se eu sou um velho, eu posso ser um maldito idoso e você vai ser meu se eu estiver a fim? Não vou te bater embora você precise de um tapa pra parar de frescura.
O menor manteve-se a observá-lo, impassível embora o ouvisse em silêncio, e quando cansou-se de ouvir porcarias, segurou o pulso dele.
- Cale-se, Masashi! Você não percebe que tudo que eu quero é que você me console e fique quieto?! Sou um velho, estou caindo aos pedaços mesmo, não presto pra nada, nem pra te dar um filho! E digo isso pra você porque estou sem nenhuma auto-estima e cansado de estar vivo sendo um inútil imbecil e você ainda fica gritando comigo?!
- GRITO! É absurdo. Você continua inteiro, seu... Idiota! Você não tem uma ruga na pele, você não tem pele sobrando, você tem músculos, você sobreviveu todo seu tempo até agora e conseguiu sobressair aos problemas que teve. Eu vim trabalhar aqui por você. Eu escolhi viver todo o tempo que eu tiver com você, pra você simplesmente ter uma crise por causa de um bebê que não veio? Katsuragi, temos uma eternidade pela frente pra poder ter um filho. Ele vai vir quando tiver que vir e não porque você está planejando. Já pensou que o problema pode ser eu e não você?  
Masashi retrucou sua puxada e despiu-o facilmente daquele leve tecido em forma de quimono e que mesmo em sua simplicidade provavelmente havia custado alguns "garotos" pela noite, e ao despi-lo, colocou-o na frente de seu espelho. 
- Olhe pra si mesmo e olhe para esse gente que mesmo nascendo de novo não seriam tão bons quanto você. Como pode se sentir inútil se você é minha única família?
Katsuragi ouviu-o em silêncio e não costumava fazer aquilo, ouvir. Era bom em falar, não em ouvir alguém gritando consigo, e agora estava de cabeça baixa, assentindo apenas e levantou-se como puxado, deixando-o levar a si e observou-se no espelho como dito por ele, mas acabou por observá-lo atrás de si e sabia que tinha sorte por tê-lo consigo, ruim como era, não o merecia, mas ele havia escolhido assim mesmo assim. Abaixou a cabeça logo em seguida, assentindo novamente e deixando os cabelos cobrirem a face e os olhos, já que chorava novamente e não queria que ele visse. Masashi levou a mão a seu rosto, segurou seu queixo e mesmo que as lágrimas dessem um leve brilho em seus olhos, constando que estavam por lá, obrigou-o a se olhar outra vez e deslizou a mão em seu tronco nua, do peito ao estômago, ao abdômen e os pequenos mamilos, e embora não dissesse a ele o que fazer, conseguia fazer com que seus olhos seguissem os lugares onde o tocava. O maior ergueu a face, meio envergonhado pelo choro e observou onde ele pedia, cada ponto onde tocava, seguindo-o e uniu as sobrancelhas, sem saber o que dizer. Com a mão que o segurava no queixo, Masashi deslizou o dígito indicador a seus lábios e penetrou sua boca. Queria excitá-lo, mas queria fazê-lo se excitar enquanto notava o quanto os toques em seu corpo, que até então dizia ser velho, podiam ser sensuais, o quanto podiam ser excitantes.
Katsuragi deu espaço a ele para adentrar a própria boca e gostava de tê-lo ali, era quente, macia, como algo que ele já conhecia e deslizou a língua em seu dedo, dando a ele alguma espécie de estímulo do mesmo modo. Desviou o olhar pelo mesmo local onde ele ainda tocava e percebeu então, que já estava se excitando. Ainda que tocasse sua língua, sentindo seu toque frio sobre o dedo, Masashi continuava a segurá-lo pelo queixo. Já embaixo, de seu peito seguiu novamente pelo tronco, deslizando por sua nudez até alcançá-lo no sexo, já dando a presença de uma suave excitação. O maior desviou o olhar ao local onde ele tocava, sorrindo de canto e nessa altura, as lágrimas já haviam cessado, concentrado nos toques excitantes dele e estremeceu, inclinando o pescoço para trás.
- Olhe para o espelho. 
Masashi disse ao vê-lo pender e ainda a segurá-lo, penetrava sua boca, gesticulando com o dígito um movimento sugestivo, o mesmo cujo os dedos formulavam em seu sexo, não ereto, mas já firme sob o macio tecido de pele. Katsuragi suspirou, unindo as sobrancelhas e continuou a olhar o espelho, ainda com o mesmo sorrisinho nos lábios, era malicioso, isso era óbvio, então o fato dele tentar excitar a si daquela forma, tornava tudo aquilo mais excitante ainda.
- Está vendo como isso é sensual, hum? Minha mão no seu corpo, ah? 
Masashi disse e continuou a olhá-lo, tanto seu rosto quanto seu corpo por onde passava o caminho da mão.
- Estou sentindo o quão sensual é esse volume nas minhas costas... 
Katsuragi murmurou e sorriu a ele, mordendo o lábio inferior. Masashi sorriu por falta do riso, mas servia por ele. 
- Você tem que ver o quanto você é sensual.
- Você acha, é?
- Não acho, tenho certeza. Você quem precisa perceber. 
Masashi disse e mordiscou de levinho seu pescoço. Katsuragi suspirou e virou-se sutilmente, observando-o atrás de si e lhe selou os lábios, agarrando seu pulso em seguida, e novamente guiou seu indicados aos lábios, onde o lambeu e mordeu-o com um dos caninos, arrancando algumas gotas de sangue. O menor franziu somente um dos olhos, tendo-se ainda com os lábios colados a sua pele, na mordiscada que lhe dava, ao sentir seu igual mordisco, no entanto com o uso dos dentes. Acabou por fazer o mesmo e raspou o dente em sua pele, ferindo-a a sentir o sabor delicioso de seu sangue. Katsuragi uniu as sobrancelhas ao sentir a pele arrancada por seus dentes e sugou-o no dedo, suspirando em seguida a tirá-lo dos lábios e guiou seu dedo ferido sobre o próprio membro, onde tocava, deixando que as pequenas gotas de seu sangue caíssem sobre a ereção antes que a ferida se fechasse e obviamente pulsou entre seus dedos, demonstrando o quanto gostava daquele sangue.
Masashi levou a mão em sua pele, envolvendo sua quase formada ereção e que agora já bem disposta ao ser tocada por uma tão sutil gota de sangue, mas que era suficiente para acordar seus sentidos de vampiro, sensibilizando sua pele. O mordeu novamente, de levinho, riscando outra vez sua pele, mas aos poucos suavemente penetrou seu ombro, mordendo-o sem superficialidade. Katsuragi franziu o cenho mais uma vez, dessa vez, acompanhado dos olhos que se fechara aos poucos devido a mordida e droga, ainda era extremamente dolorido, só ele havia feito aquilo ali, e não sabia porque deixava, já que o orgulho era tão grande que quase chegava a desesperar. Suspirou, contendo o gemido, que mesmo assim escapou alto, dolorido e ao invés de diminuir a ereção, somente aumentou com o cheiro de sangue que sentiu. Masashi murmurou, tentando chamar sua atenção a fim de fazê-lo abrir os olhos e continuar a encarar o espelho como dizia antes. Ouviu seu gemido, parecia dolorido, mas mesmo o tom de voz afetado não fazia interromper o fazia e continuou a beber de seu sabor tão forte, sentindo o gosto de sua pele nos lábios e do sangue na boca, enquanto observava-o pelo espelho em frente. Katsuragi abriu os olhos novamente ao ouvi-lo chamar a própria atenção e observou-o atrás de si, o sorrisinho malicioso ainda estava nos lábios enquanto o rosto brilhava em frente ao espelho devido às lágrimas anteriores e indicou a ele, com o olhar o baixo ventre, ereto a descansar sem seus toques. Masashi sorriu contra sua pele ao indicar o sexo pedinte, e mesmo que os lábios continuassem a tocar, tomar de seu fel, passou a mover os dedos em torno de seu sexo, o masturbando. E aquela altura, como ele mesmo dissera antes, já estava igualmente ereto. Katsuragi empurrou-se para trás, roçando-se dele e sentindo ainda mais aquela sua parte ereta e que queria tanto sentir por baixo de suas roupas que chegava a arrepiar a espinha. Manteve o olhar em sua movimentação ao redor do sexo e gemeu, baixinho.
- Me faz gozar, Masashi...
- Faço. Depois que você assumir, que é lindo. 
Masashi disse e sorriu, já com os dentes sujos de sangue, meio manchados e fechou logo a boca, tentando limpar os lábios e se colocar mais apresentável. Katsuragi riu baixinho a observá-lo.
- Não limpe os dentes, eu gosto assim. - Murmurou, lambendo os lábios. - Certo, eu sou lindo.
- Não assim, quero que fale sinceramente.
- Mas eu não me acho lindo sinceramente.
- É claro que sabe que é lindo.
- Ah sim, eu sou extremamente sensual.
- Claro que é. Veja bem. 
Masashi disse e virou novamente seu rosto ao espelho. Aos poucos igualmente movia os dedos sobre o próprio corpo, dando espaço no quimono que usava, tornando a parte íntima exposta contra sua pele fria. 
- Veja a expressão que faz quando está excitado. Você quer ser bajulado, sabe que é lindo.
Katsuragi sorriu meio de canto e assentiu, observando a si no espelho, e sabia que era bonito, mas não tinha comparação da própria face em frente ao espelho e a dele atrás de si, ele era mil vezes mais bonito que a si, ainda mais com os lábios manchados de vermelho, dessa vez, pelo sangue. Sentiu seu corpo contra o próprio e estremeceu visivelmente, sentindo os cabelos que caíram sobre a face.
- M-Masashi...
- Olhe-se. - Masashi disse num meio sorriso, o incentivando. - Veja como está duro, e veja seu rosto excitado, olhe bem. Olhe também quando eu entrar em você.
Katsuragi mordeu o lábio inferior, assentindo a ele e inclinou-se pouco para frente, apoiando-se mesmo no espelho preso à parede.
- Você quer que eu faça isso agora? 
Masashi indagou com o mesmo sorriso suave enquanto o roçava, fazendo sentir o próprio corpo. 
- Você não quer? Parece bem... Desconfortável aí atrás.
- Estou perguntando pra você. 
Masashi retrucou e o ameaçou, porém não penetrou. Katsuragi suspirou, observando-o no espelho ainda e sorriu.
- Eu sempre quero.
- Certo, quero que olhe. 
O menor disse e consigo entre os dedos e segurando-se empurrou-se ao meio de suas nádegas, com ajuda manual, cada vez mais dentro, até se soltar e continuar somente com os quadris, completando-o com o sexo, enquanto encarava igualmente seu rosto pelo espelho. Sentia prazer, mas não fechou os olhos, queria conferir se ele encarava tanto quanto a si. Katsuragi assentiu e apoiou-se mais firmemente no local, empinando o quadril para ele, e sentia-se meio desconfortável por estar nu em frente a ele e ao espelho, geralmente ficava de quimono, afinal, como ele mesmo sabia, tinha um pouco de agonia pelo fato de já ter uma certa idade, ainda assim, era capaz de se achar bonito realmente, comparado a alguns rapazes de mesma idade, estava bem, era sensual, era atraente como ele mesmo dissera. O gemido escapou dos lábios entreabertos que expunham as presas pontiagudas e sutis, prontas para rasgar a pele gostosa e macia dele e sentia-o entrar em si, milímetro por milímetro, dolorido como sempre, mas não menos excitante ou gostoso, por ser ele, por estar excitado, por saber que ele pertencia a si.
- M-Masashi... 
Murmurou logo após, observando-o ainda pelo espelho e uma das mãos segurou a dele, deslizando-a pelo próprio tórax, tocando os músculos suaves do local e logo o abdômen.
- Olhe pra si mesmo, não pra mim. 
Masashi disse a ele, enquanto permitia a mão ser guiada e tocava-o, sentindo em sua macia pele os músculos suaves e escondidos, evidenciados quando entrava nos espasmos doloridos de seu corpo. Ao penetrá-lo inteiro, gemeu junto dele porém não teve tempo de se preocupar em olhar para si mesmo, fitava-o, e via sua feição excitada e ao mesmo tempo dolorida, afetado pelas sensações mutuas de seu corpo, e era lindo, excitante. Katsuragi assentiu e uniu as sobrancelhas, desviando o olhar para si como ele havia mandado, observando o corpo, as marcas suaves e até pequenas cicatrizes regeneradas com o tempo, que podia ver com suavidade na pele, que parecia impecável mesmo assim. Arrepiou-se, não porque estava se excitando consigo, mas porque o sentira se acomodar dentro de si e tocar aquele lugar que gostava, mesmo sutilmente.
- ... Motto.
- Motto
Masashi indagou e soava baixo. Tornou a se mover, investindo para dentro dele, no mesmo ponto sensível onde fazia-o pedir por mais. Sabia onde tocá-lo, e cada vez mais conhecia seu corpo. Aos poucos tornou-se mais rápido, formulando movimentos gradativos, de modo que tão logo a atenção deixou de estar ao espelho e passou a fitar suas nádegas e o corpo pouco exposto, vigorosamente puxando o moreno, e esperava que não fizesse consigo, mas que continuasse a encarar seu reflexo. Katsuragi sorriu ao vê-lo desviar o olhar, sabia exatamente o que olhava, e era óbvio que eram seus movimentos a entrar e sair do próprio corpo. Empurrou-se firmemente contra o corpo dele, sentindo-o bater contra si e adentrar por inteiro no corpo e gemeu, inclinando o pescoço para trás e repousou sobre o ombro dele, virando-se pouco a lhe beijar o rosto e tocou-o nos cabelos, mesmo com dificuldade por estar atrás de si.
- Você é uma delícia, Masashi...
- Não deixei você olhar pra trás. 
O menor disse em retruque embora tenha aceitado e retribuído o beijo. Deu até um meio sorriso porém vigorosamente continuou a se mover, puxando-o para trás, empurrando-se contra ele. E com suavidade subiu uma das mãos em sua pele nua, alcançou seu longo cabelo negro e enrolou ao punho, passando a puxa-lo pelo espessos fios lisos que tinha.
- Ah não é? 
Katsuragi sorriu a ele, gostando do modo como falava e mordeu o lábio inferior, sentindo-o se empurrar contra si e até podia ouvir o som gostoso do atrito da pele, sabia que ele gostava, não achava tão atraente aquele som, até então. Sentiu-o puxar os cabelos, com um tanto a mais de força do que o normal, talvez não soubesse controlar bem sua nova força ainda e gemeu, dolorido, unindo as sobrancelhas e desviou o olhar a ele, quase suplicante.
- I-Itai...
- Pare de desviar sua atenção, é pra frente que tem que olhar. 
Masashi disse baixo, contra sua pele, por um instante. E ao se afastar novamente, tornou a formular o vaivém mais vigoroso, estocando-o a ouvir a pele colidir a sua como gostava de ouvir, como se fossem suaves tapas, e gostava daquele som porque sabia o contesto no qual se encaixava, e sorriu ao pensar sobre aquilo, mas desviou atenção ao ouvi-lo gemer dolorido ao sentir a puxada no cabelo, que deu uma leve afrouxada, mas nada tão significante. Katsuragi assentiu, observando o espelho a frente e uniu as sobrancelhas novamente, sentindo-o afrouxar o aperto, mas nada tão significativo a ponto de parar a dor que sentia no couro cabeludo, e gostava daquilo embora fosse dolorido, esse era o problema, mas estava sendo humilhado por ele? Nunca havia deixado ninguém segurar a si daquele modo, mandão como era, tinha medo de que fosse inferiorizado, mas ele, ah, aquilo parecia ainda mais excitante. Mordeu o lábio inferior, observando a si enquanto era penetrado por ele, enquanto fazia sexo ou amor com ele, e era excitante, realmente, ver como estava excitado, como ele era excitante para si. Gemeu, mais alto e puxou a cabeça a tentar se soltar, porém só resultou no puxão mais forte que fez as pernas fraquejarem.
- Ah! M-Me fode Masashi!
- Hum, você quer mais forte? 
Masashi indagou um pouco confuso com a sua puxada, e igualmente puxou seus cabelos, tornando o toque mais intenso. E teve de segura-lo pela cintura e mantê-lo em pé ao fraquejar o peso em suas pernas trêmulas o que arrancou de si um meio riso, soando nasal, mas divertido com a reação, logo o olhou pelo espelho, notando sua feição tão sensível de prazer. E não estava diferente, porém estava tão atento em lhe prover aquela sensação, que não deixava de encará-lo pelo espelho. 
- Ah, você é tão lindo...
- Hai
Katsuragi falou a ele e inclinou o pescoço para trás com a nova puxada nos cabelos e mordeu o lábio inferior, evidenciando a ele o fato de que gostava que agisse daquele modo e empurrou-se contra seu corpo mais uma vez, ignorando seu risinho devido a reação acidental do próprio corpo e desviou o olhar para a mesma parte na qual ele olhava, com um sorrisinho nos lábios.
- Não seja tolo...
- Não sou tolo, mas você é cego ou falsamente modesto. 
Masashi retrucou-o e se moveu mais vigorosamente, dando a ele o que pedia, mais força. Puxava-o pela cintura envolta com o braço o qual continuava a segurá-lo e após soltar-lhe os cabelos, deslizou a seu peito nu, beliscou seu pequeno mamilo, sensibilizando a região que entumescia entre os dedos. 
- Quero que goze e quero que olhe a expressão que tem quando chega lá.
Katsuragi sorriu de canto ao ouvi-lo e negativou, falsamente modesto, talvez. Empinou pouco mais o quadril, dando espaço a ele para agilizar pouco mais os movimentos e por fim estremeceu, já estava perto do ápice, embora não quisesse fazê-lo, queria prolongas mais aquele toque gostoso que ele dava a si, e iria. Sentiu-o soltar os cabelos, e a dor sumiu aos poucos até desaparecer. Sentiu-o beliscar a si e gemeu dolorido, desviando o olhar à pequena parte no espelho, e gostava do toque ali, ele sabia disso.
- I-Iku...
Masashi sentiu o arqueio de suas nádegas para si, tornando o contato mais vigoroso, mais fundo. Continuava a se mover e penetrá-lo vigorosamente, mais ainda ao saber que seu clímax estava tão próximo, podia sentir em suas pernas trêmulas, em suas nádegas que em torno se apertavam e sorriu, pouco antes de fechar os olhos e adentrá-lo tão fortemente, logo em seu fundo deixou o prazer que ganhava dele, e franziu o cenho ao gemer e estocá-lo até o fundo, e no entanto, embora levasse algum tempo a retomá-lo, voltou a se mover até que o fizesse gozar e puxou seus cabelos outra vez, o direcionando a olhar o espelho antes que finalmente gozasse. Katsuragi sentiu-o se empurrar para si, insistindo em tocar aquele ponto que gostava do interior e droga, ele era tão bom que não conseguia manter o olhar no próprio corpo no espelho, o olhava ao invés disso. Fraquejou ao senti-lo se empurrar tão forte que atingiu o fundo e gemeu mais alto, teria ido ao chão se não fosse ele segurando a si, porém abaixou a cabeça, e logo voltou a erguê-la ao sentir o puxão firme nos cabelos, observando a si e sem aguentar, gozou, sujando-se com o próprio ápice, e ao espelho também com pequenas gotas.
- Ah...
O riso soou num sopro nasal em Masashi e mordeu o lábio ao vê-lo atingir o clímax. Continuou mas suavizou os movimentos, tornando-os mais vagarosos porém contínuos. Seguia a penetrá-lo devagarzinho, sentindo o sexo úmido por seu corpo deslizar até adentrá-lo inteiramente enquanto ainda o sustentava no abraço envolto em sua cintura. Sorriu ao vê-lo murmurar, evidentemente sensível pelo prazer. 
- Kimochi?
- Sempre... 
Katsuragi falou a ele e estremeceu, sentindo seu prazer, ainda quente no próprio corpo, ainda era recém-transformado, ainda era morno, quente como um humano. Suspirou e sorriu a ele no espelho, lambendo as presas com a pontinha da língua e contraiu-se, prendendo-o em si.
- Isso é pelos meus cabelos.
- Hum... - Masashi murmurou mas sorriu a dar de ombros. - Como se isso fosse muito ruim. 
Disse e deslizou a mão em seu rosto, acariciando e então finalmente o soltou de quaisquer toques.
- Hum... - Masashi murmurou dolorido, mas ainda assim sorriu e deu falsamente de ombros. - Não é ao todo ruim... 
Disse num resmungo e mesmo assim acariciou seu rosto a soltá-los dos toques, mesmo sem ser liberado por ele. Katsuragi estreitou os olhos a ele e logo o soltou, puxando o kimono novamente, caído no chão a cobrir o corpo sujo.
- Ah... - Masashi suspirou, aliviado. - Se eu não puder te dar um filho depois dessa apertada, a culpa é sua.
Katsuragi riu e negativou.
- Se eu tivesse apertado seu saco... Digo.
- Saco? ...
- É... Suas bolas.
- Bolas.
- É, caralho.
- Saco e bolas, novas coisas que nunca havia escutado de você.
Katsuragi riu e negativou.
- Seus testículos então.
- ... Nossa, acho melhor não falar dessa parte.
- Só coisa boa.
- Saco. 
Masashi falou consigo mesmo, claro que para provocá-lo.
- Para, moleque.
- Moleque?
Katsuragi sorriu de canto a observá-lo e assentiu, prendendo o obi e correu em direção a escada.
- Sou velho e quero brincar, tente me pegar.
- Eh? 
Masashi indagou sem realmente entender qualquer coisa de sua atitude no último minuto. Mas caminhou até ele ao pedir por ser pego. Katsuragi riu baixinho e negativou, correndo escada acima a erguer o kimono, cuidadoso para que não tropeçasse.
- Vem Masashi, está mole!
Por um tempo, o menor permaneceu parado, sem entender o motivo da corrida, mas deu de ombros e correu até ele, imaginando que aquela era uma típica brincadeira de crianças, pega-pega. Subiu logo após ele, esperando não ser atrapalhado pelo quimono. Katsuragi riu novamente, passando pela mesa da cozinha e até por alguns garotos que ali tomavam café e saiu de casa, seguindo para a parte de fora, onde havia um pequeno jardim.
- Katsuragi! É dia! 
Masashi disse e embora corresse até ele, parou antes de chegar ao lado de fora. O maior uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e só então se deu conta de que os raios atingiam a pele num som seco como uma queimadura de sol e novamente, correu para dentro, cobrindo-se, ou tentando fazê-lo com o quimono e fechou a porta num baque quando por fim se fez dentro do local novamente. Masashi esperou-o ali até que voltasse para dentro de casa, e isso não era algo que se recordaria facilmente, afinal, era tão recente como vampiro, lembrava-se somente por ter que cuidar dele mesmo, lembrava-se de não sair porque lembrava de não deixá-lo sair. E quando ele finalmente se acalmou ao fechar a porta, pegou-o em sua distração e o puxou pela cintura, no colo, levando-o dali com o peito contra suas costas. Katsuragi uniu as sobrancelhas ao senti-lo pegar a si e ainda escondia a face por um pequeno tempo.
- Itai!
- Quem manda sair desgovernado por aí, hum? Peguei você agora.
- Iie! 
Katsuragi falou alto e riu, meio dolorido e moveu-se, tentando se soltar. Masashi deu-lhe uma apertada, levando-o ainda escadaria abaixo, sob o olhar dos meninos da cozinha, tentando entender a situação. O maior riu novamente, tentando se mover e por fim se deu por vencido, sendo carregado por ele até o andar de baixo e quando ouviu a porta se fechar desviou o olhar a ele.
- Melhor me soltar, estou sentindo algo escorrer pelas minhas pernas...
- Não ligo, deixa pingar no chão, mande limpar. 
Masashi sorriu e o lançou para sua cama ao chegar em seu quarto, tão logo fechou a porta atrás de si. Katsuragi riu novamente ao sentir a cama abaixo de si e mordeu o lábio inferior.
- Hum, não liga é?
- Não ligo. - Masashi deu de ombros e fez um bico meio torto.
- Vou sujar você de porra então.
- Já suja sempre.
- No rosto?
- Pare de falar de porra.
Katsuragi riu.
- Você é mesmo bem... Envergonhado.
- Não sou tímido, já passei dessa fase. - Masashi riu. - Só não quero falar de esperma.
- Esperma, esperma e testículos.
- Oh, princesa está perdendo a postura?
Katsuragi sorriu, meio de canto e negativou.
- Não me chame de princesa.
- Princesa.
- Para, Masashi.
- Então pare de falar de esperma.
O menor riu e Katsuragi assentiu. Masashi caminhou então até a cama e se deitou ao lado do moreno. 
- Agora precisa de outro banho.
Katsuragi sorriu meio de canto.
- Eu vou tomar.
- Agora não. Podíamos comer alguma coisa.
- Hum, o que quer comer?
- Não sei, algo que você goste.
- Hum, então vamos comer gente.
- Hum, quero algo doce.
- Doce? Que tal se eu fizer uma torta de morango pra você?
- Hum, parece bom.
- Vou fazer então. Vou só expulsar os garotos da cozinha.
- Vamos lá, vamos.

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