Ikuma e Taa #76


Taa adentrou a cafeteria com passos rápidos, era início de noite e sabia que logo o noivo estaria de volta da gravação do vídeo clipe, passara o dia todo fora, e sabia que a banda não era noturna, por isso tinha que ir. Achou melhor comprar um café para ele, porque tinha a impressão de que o próprio era horrível. Pediu o café e observou a vitrine, escolhendo dois dos doces também e pedindo para embrulhar, já o próprio café, disse para deixar que tomaria no local. Observou a garçonete que estava por ali, e a conhecia, é claro, tinha um grande curativo no pescoço o que fez a si sorrir e se estivesse tomando o café, teria engasgado. Pegou o próprio café a sorrir pra ela e experimentou um pouco, notando a temperatura um pouco quente e queimou os lábios, bem mais do que um humano comum porque uniu as sobrancelhas num sutil sobressalto. Virou-se a levar o café dele fechado junto dos doces em uma das mãos, quase um malabarismo e o próprio aberto na outra, quando esbarrou com alguém ou alguma coisa e sentiu o liquido quente se derramar na camisa.
- Ah! Caralho! Você não olha por onde anda não?
Taa desviou o olhar a pessoa ou quem quer que fosse o filho da puta e por fim uniu as sobrancelhas ao ver o loiro em frente a si.
- Puta merda, Ikuma... Caralho... 
Disse, abaixando o tom, xingaria qualquer um, mas ele era diferente. Ikuma seguiu até a cafeteria, e como já havia demorado demais, tentou acelerar os passos. Tão logo atravessou a porta, mas cruzou com um poste logo na entrada. Um poste bonito, com certeza. Mas seu cheiro tão logo foi ofuscado pelo café, adorava a bebida, mas gostava mais ainda do cheiro dele. Parou ao ser xingado, e até sorriu esperando-o terminar. Quando finalmente voltou a face para si, cheio de xingamentos, deu-lhe uma piscadela, mas o via amenizar o tom. 
- Oi, docinho.
- Oi. 
Taa falou e uniu as sobrancelhas, deixando de lado o copo já pela metade e alcançou um guardanapo, tentando limpar a enorme mancha na camisa.
- Eu comprei pra você... 
Falou a entregar o copo e a embalagem com os doces.
- Se quiser eu posso tomar o café no seu corpo mesmo. 
Ikuma disse e tentou ajudá-lo com a camisa.
- Iie... Não fale isso alto, ora. Estou mais preocupado com a minha pele queimada embaixo... Ah...
- Ah, está? 
Ikuma disse e mordiscou o próprio dedo, e levou a mão fronte seus lábios, somente dando um agrado. Taa observou o dedo em frente a si e desviou o olhar, notando se alguém observava e logo sugou-o ali, embora soubesse que o sangue dele não iria melhorar em nada.
- Hum...
- Está gostoso? 
Ikuma indagou, notando a chupada no dedo e deu-lhe uma piscadela sugestiva. Taa assentiu e estreitou os olhos, soltando-o em seguida ao notar a garçonete logo ao lado, a mesma que havia mordido há alguns dias.
- Oi. - Pigarreou. - Posso ajudá-lo?
Ikuma fitou-o ao se afastar e tão logo a garçonete ao lado. 
- Não, valeu. - Disse, sem reconhecê-la.
Taa arqueou uma das sobrancelhas.
- Com licença, ele está acompanhado.
- Eh? Mas então... Vocês estão namorando mesmo? Já faz uns anos, vocês vieram aqui... E... Ele foi um cretino com você.
- Cretino? Eu devia ter matado você.
- Eh?
- Nada...
- Nossa, você não envelheceu nada mesmo.
Ikuma franziu o cenho, tentando entender o comentário e tão logo se recordou.
- Ah! Lembro de você. O que? - Indagou, notando o machucado oculto.
- Só um presentinho pelo tapa que eu ganhei há uns anos. Minha filha, você tem quase cinquenta anos, sai de perto do meu noivo, por favor.
- Ora, seu grosso! Eu tenho trinta e sete!
- Grande diferença, sai fora.
- Opa, opa. Não precisa sentir ciúme, docinho. Como alguém pode trabalhar há tanto tempo num lugar assim? Você é dona? - Ikuma indagou, observando a mulher.
- Não, sou garçonete, ora. O que tem?
Taa riu baixo, observando-a e logo desviou o olhar a ele.
- Podemos ir?
- Vamos, lagarta. - Ikuma disse e deu-lhe um tapinha na bunda. - Me dá meu resto de café.
Taa sorriu a ela, sugestivo sobre o tapa dele e entregou o café tampado a ele, segurando a mão do outro.
- Ah, mas...
- Esquece, eles são gays, ora, não está vendo?
- Ora, eu não sou gay. 
Ikuma disse, e envolveu a cintura do parceiro, seguindo para fora junto dele. Taa arqueou uma das sobrancelhas e negativou, seguindo com ele para fora e beijou-o no rosto.
- Tem outra cafeteria aqui perto, não precisamos mais voltar ali. O café é horrível mesmo.
- Não seja ciumenta, lagarta.
- Não sou ciumento, ora. Não quero você lá.
Ikuma riu, negativando. 
- Pra casa.
- Uhum. Escolhi torta de chocolate com doce de leite. Não sabia o que queria. Ah, tem cookies também.
- Gosto dos dois, delícia.
Taa riu baixinho.
- Então ta bom. Está queimando razoavelmente meu peito.
- Tenho sangue no carro, vai ficar melhor.
- Hai... - Taa murmurou.
- Que manha é essa docinho? 
Ikuma indagou diante do murmuro e levou-o até o carro, estacionado a frente.
- Manha? Eu não sou manhoso... - Taa murmurou e seguiu com ele ao carro.
Ao abrir a porta, Ikuma esticou-se pegando a garrafa térmica com o sangue e abriu, levando, ainda segurando, até a boca dele. 
- Tó na boquinha, amor.
Taa estreitou os olhos ao observá-lo e riu por fim, aceitando a bebida.
- Bebe tudo. 
Disse o menor e entregou a ele a garrafinha, logo, voltou em direção ao banco do motorista, adentrando o carro. Taa bebeu quase numa golada só a bebida e logo seguiu com ele até o carro, adentrando-o e suspirou, deixando a garrafa vazia de lado.
- Vim atender um paciente.
- Com o que? - Ikuma indagou ao ligar o veículo e dar partida.
- Um garotinho que quebrou o braço.
- Como pode ter que sair de casa pra atender uma emergência? Não fica ninguém de prontidão?
- Eu estava perto quando ele quebrou, bonito. - Taa riu.
- Sei. Hospital inútil, vá pra outro. Abra um consultório.
- Não tenho tempo.
- Não tem tempo pra quê?
- Pra criar um consultório, menos para atender em hospital, eu apareço lá quando me convém pra ajudar um ou outro, ou pra roubar sangue.
- Com um consultório você faz seus próprios horários.
- É, eu sei, mas eu tenho cinco filhos e um bebê grande pra cuidar. - Piscou a ele.
- Hum... Não muito grande.
- O suficiente.
- Felizmente. - Ikuma sorriu-lhe com os dentes. 
Taa sorriu assim como ele e beijou-o no rosto, deslizando a mão por sua coxa.
- Vamos antes que chova.
- Eu gosto da chuva. - Ikuma disse e iniciou o caminho até o destino de casa.
Quando estamos em casa sim.
- No carro é bom também.
- Aí não podemos sair.
- Você é de açúcar?
- Meu cabelo é.
- Ah vá.
Taa riu.
- Vamos, tomamos um banho morno, porque quente não dá, e eu uso uma roupinha... Sexy... Pra você.

- Ah, roupinha sexy? O que seria uma roupa sexy pra você? - Ikuma indagou com um sorriso.
- Não sei... Alguma camisa e roupa intima? Não acho que vai me dar uma roupa de enfermeira pra usar.
- Vai usar seu blusão?
- Vou.
- Branco ou preto?
- Branco.
- Se molhar fica legal.
- Uhum, quer que eu entre no banho com ela?
- Não, prefiro que vista ela depois do banho.
- Sem me secar?
- Pode ser.
- Okay então.
Tão logo Ikuma estacionou o veículo em casa. 
- Pode sair, docinho. Cuidado com a juba.
Taa riu e assentiu, protegendo os cabelos com a blusa e saiu do local, correndo para dentro e passou pelas pessoas da boate, descendo as escadas. Ao desligar o veículo, O menor correu logo atrás dele, adentrando a boate e tão logo desceu à própria casa. Com suaves respingos d'água que tiraram o arrepiado dos cabelos. 
- Hum... Depois eu arrumo seu cabelo. Vamos pro banheiro.
- Quer lavar as coisas, ah?
- Claro, ora. Como vou fazer você me chupar sujo?
- Quer que eu chupe, curtidinho.
- Ai, não diga isso.
Ikuma riu, e deu uma piscadela enquanto despia-se das roupas de serviço. Taa mordeu o lábio inferior a observá-lo e retirou as próprias roupas igualmente, devagar. O menor deixou as roupas sobre a cama e ao terminar, seguiu, já nu, para o banheiro. Sorriu a ele e seguiu ao banheiro, ligando o chuveiro e colocou-se abaixo dele. Ikuma seguiu junto dele, tomando espaço para o banho. 
- Quer que eu te dê banho?
- Não, tome banho pra eu ver.
- Quer me olhar, é?
- Quero.
Taa assentiu e pegou a esponja, jogando o sabonete sobre ela e deslizou pelo corpo. Ikuma afastou-se, o suficiente para vê-lo se banhar enquanto fazia o mesmo. Taa sorriu a ele, meio de canto e deslizou a esponja pelo tórax, abdômen e braços, finalmente alcançando o baixo ventre onde lavou com as mãos em vez da esponja e se demorou um pouco ali, deslizando a mão pelo local.
- Hum, que lavada deliciosa. - O menor disse, notando sua massagem de limpeza pessoal.
Taa mordeu o lábio inferior a observá-lo, sugestivo.
- Lava mais.
O maior riu baixo e deixou de lado a esponja, deslizando a mão agora livre pelo sexo.
- Ora, ia limpar agora vai sujar mais ainda.
- Hum, você que me mandou continuar.
- Continue, continue. - Ikuma disse com o sorriso aparente.
- Pervertido. 
Taa murmurou e apertou a si, sutilmente no comprimento e gemeu baixinho, prazeroso a encostar-se na parede, ajeitando-se, já que sabia que ele faria a si continuar.
- Não sou pervertido, só... Estou incentivando você a se lavar muito bem. 
Ikuma disse, enquanto esfregava-se com a esponja de banho, ensaboando o corpo sem que deixasse de encarar o maior. Taa sorriu a ele e mordeu o lábio inferior com um sorrisinho malicioso logo após.
- Kimochi... 
Murmurou e fechou os olhos, encostando a cabeça na parede e passou a agilizar os movimentos que fazia, masturbando-se.
- Ah...
- Gostoso tomar banho, é? 
Ikuma indagou, risonho. E chegou mais perto dele, enxaguando-se da espuma no corpo, enquanto continuava a fitá-lo, porém agora mais próximo.
- Muito... 
Taa murmurou a ele e sorriu, observando-o agora mais perto de si e chegava a sentir o arrepio percorrer o corpo, como uma presa ao notar o ataque que viria logo. Observou cada movimento dele, com cautela enquanto continuava a se masturbar, deslizando a mão por todo o comprimento do sexo. Ikuma chegou pertinho dele e aspirou seu cheiro, como um cão a farejar. Fez menção de tocá-lo mas não o fez. Seguiu por seu ombro, pescoço e orelha, perto, mas ainda sem realmente tocar o maior. 
- Tá gostando de transar com a sua mão?
- Hum, prefiro transar com a sua... - Taa murmurou ao ouvi-lo e desviou o olhar a ele, mordendo o lábio inferior. - Não quer me ajudar?
- Não vou ajudar. 
Ikuma disse, propositalmente não o ajudaria. No máximo tocou sua pequena fenda, provocou com a ponta do dedo sobre a glande e tão logo tornou se afastar. Taa mordeu o lábio novamente ao sentir o toque e observou-o, estremecendo sutilmente.
- Droga, Ikuma...
- O que, lagarta? Quer minha mão? Meu pau?
- Quero... Vem logo.
- Não.
- Por quê?
- Porque eu quero judiar de você.
- Filho da mãe, também vai ficar uma semana sem me tocar. 
Taa murmurou a ele e suspirou, ainda a estimular a si e passou a observar seu corpo, gostava dele, era gostoso até demais.
- Hum...
- Vou nada, se eu quiser eu toco.
- Não toca.
- Ah, eu vou tocar.
- Eu vou gritar hein?

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