Ritsu e Etsuo #16 (+18)


Etsuo voltou tempo depois para casa, e fez questão de ficar algumas horas fora, suficientes para que todos já estivessem entretidos com o que quer que fizessem, o pai estava trabalhando, a mãe, provavelmente junto dele e o caçula, não encontrou no quarto, então entrou e jogou a mochila de lado, seguindo ao banheiro, onde tomaria banho e retiraria aquela roupa.

Ritsu ouviu o barulho vindo do hall, estava estranhamente aderindo a parte daquele maldito mau humor do irmão, embora não demonstrasse, havia descoberto que ele era demasiado sensível em seus sentimentos, mas, de alguma forma, não pôde simplesmente ajuda-lo a contê-los visto que estava do mesmo jeito. Ao sair do quarto, encostou-se à parede, fitando os dois juntos e mesmo o menor alarmado pelo filho. 
- Brigou, bateu em um garoto quase do seu tamanho, humano, porque estava com ciúme. - Disse, sem evitar provocar o irmão. 
Etsuo desviou o olhar ao irmão quase automaticamente ao ouvi-lo ali.
- Vai pra porra do seu quarto!
- O que você fez? Etsuo! Você estava na escola do Ritsu?! O que foi fazer lá?
- Mãe, me dá um tempo! Bati no moleque, tá? Bati no desgraçado do moleque, joguei ele no chão e espero do fundo do meu coração que tenha arrebentado uma costela dele! Mas só porque o imbecil disse que queria pegar o Ritsu, e queria pedir a minha permissão, e eu não quero nenhum uke esfregando o rabo nele, você entendeu agora? Seu idiota.
O moreno falou, desviando o olhar ao irmão, porém sentiu sobre a face o tapa estalar, e não havia vindo dele, veio da mãe, bem menor do que a si, porém que havia deixado o vergão vermelho na face conforme virou a mão, era menor, mas também era mais forte, e só ele mesmo para fazer a si parar com a discussão e sentir alguma dor.
- ...
- Volte pro seu quarto e parem com essa briga infernal ou eu vou ligar pro pai de vocês e falar que estão dormindo juntos! 
- Não estamos mais. - Etsuo falou ao menor e logo seguiu em direção à saída, passando pela porta. - Volto em algumas horas, não se preocupe. - Falou a mãe.
Ritsu arregalou os olhos por um momento, pego de surpresa pela forma como aquele estalo ressoou sobre a bochecha do irmão, que de pele pálida, talvez tenha sido a primeira vez que viu alguma cor em sua cútis. Imaginava como aquele tapa talvez houvesse sido na própria pele, não sabia dizer quem era o causador daquilo, a si mesmo ou suas palavras afiadas. 
- Não dormimos! 
Disse, tentando retrucar o pai, mas a resposta do irmão contrariava o que pretendia dizer.



Já no banho, Etsuo lavou o corpo, livrando-se do suor que mesmo sendo vampiro, vez ou outra sentia devido ao esforço físico ou nervoso sentido. Negativou, sentindo a água cair sobre os cabelos e estava mais calmo do que quando saíra, mas não menos chateado com a situação. O tapa não estava mais no rosto, e isso se dava ao fato das roupas no chão estarem cobertas de sangue, mas havia escondido bem os corpos, e agora tirava um pouco daquela sujeira do corpo, certamente não precisaria se alimentar por dias. Ao sair, pegou a toalha estendida ali e secou o corpo, seguindo em direção ao quarto onde pegou a roupa íntima.

Após aquela situação desagradável com o irmão ou mesmo o pai envolvido, Ritsu preferiu se deitar depois do banho e passar o tempo até dormir, mesmo se assim fosse necessário permanecer algumas boas horas. Estava com o humor horrível, já não sabia se estava com raiva, triste, preocupado. Mas era atento aos sons, embora não tivesse a audição tão apurada, queria saber se ele voltaria.
O moreno suspirou e após vestido, deitou-se na cama, cobrindo-se com o edredom pesado e observava o teto do quarto, silencioso até que virou-se de lado e sentiu o sono atingir a si, já que o dia já voltava a surgir, e era vampiro, por isso, fechou os olhos.
Ritsu podia ouvir os sons sutis do quarto ao lado. Não tinha paredes finas, mas se prestasse atenção podia bem ouvi-lo. O chuveiro já desligado podia denunciar o barulho. Levou algum tempo, mas se levantou e fora cauteloso para não encontrar os pais e entrar no quarto do moreno. Ao abrir a porta e tornar a fechar, encostou-se por lá e logo seguiu até ele, sentou-se em sua cama e sutilmente se ajeitou abaixo de seu cobertor, deitando-se com ele. 
Etsuo abriu os olhos assim que ouviu o barulho da porta, a audição fazendo seu trabalho como sempre, alertando a si da presença de algo se movendo além de si. E sabia que era ele, mas se perguntava como conseguia voltar para falar consigo depois do show ocorrido a tarde. Aconchegou-se abaixo do edredom, silencioso e de costas a ele ainda, e fingiu dormir.
O menor fez o possível para não tira-lo de seu sono, afinal, não tinha noção do quão sensitivas eram suas sensações, eram diferentes. Chegou mais perto e fechou os olhos, na verdade, sentiu até o sono demorado a chegar, chegara ali tão depressa. Ao suspirar, podia sentir o cheiro de sua pele, um perfume do desodorante que não precisava, mas usava. Tocou seu braço e fez uma carícia sutil, porém sem muito durar, o abraçou parcialmente, calou-se para dormir junto dele. 
Etsuo abriu os olhos, pouco tempo após o irmão deitar consigo, estranhando o fato de que havia adentrado o quarto para dormir consigo e virou-se, até estar em frente a ele, queria, mas não conseguia sentir raiva do irmão, estava magoado, mas raiva não tinha. Negativou, talvez para si mesmo por ser tão idiota, mas abraçou-o.
Mesmo na breve menção de seu movimento, Ritsu logo imaginou que havia acordado. Mas não disse nada, observou seus movimentos até estar defronte consigo e com isso, fez-se próximo o suficiente para acomodar-se consigo de frente. Beijou seu ombro, onde estava em altura. Por um momento quis que aquele abraço estivesse ao menos um pouco mais quente.
- Se estiver muito frio, pode me soltar. - Etsuo falou, ciente de que ele estava acordado.
Ritsu beijou-o em seu pescoço e negou, beijou em seu queixo posteriormente e suavemente expôs a pontinha da língua a lamber seu lábio, não muito bem entendia porque, embora não fosse nada sexual, queria trocar carícias com o moreno.
O moreno sentiu a língua do menor no lábio, e só pensou em perguntar a ele o que queria, já que havia terminado consigo mais cedo, estava reconsiderando? Mas achou melhor não perguntar e acabar com o clima e por fim segurou-o firmemente quando invadiu sua boca com a língua.
- Devagar. 
Ritsu retrucou ao sentir seu toque mais firme, ainda assim retribuir a invasão em sua boca. Erguera a mão e tocou seu pescoço, deslizando à nuca onde enroscou nos fios de cabelo. Suavemente sorvia os lábios do irmão entre os próprios, e suspirou se sentindo confortável com aquela ação calmeira diante do turbilhão mais cedo.
Etsuo assentiu, tentando se acalmar diante do dito e sentiu a língua do irmão roçar em um dos dentes, justamente porque o cheiro de sangue fora forte, por sorte, havia se alimentado mais cedo e sugou o suficiente para estancar o sangramento.
O loiro sentiu uma tênue fisgada na língua, mas a pressão da sucção do irmão interrompeu a ferida leve. Quando parou, interrompeu sorvendo novamente seu lábio de leve. Beijou sua mandíbula e desceu ao pescoço, sentindo o cheiro gostoso em sua pele. Mordiscou, mas parou sem muito continuar. 
O moreno suspirou, e desde que haviam feito sexo pela primeira vez daquele outro modo, dissera ao irmão que ele poderia pedir a si, mas ele não parecia muito interessado em si, o que só frustrava ainda mais. Faria de um modo ou de outro, ele querendo ou não. Puxou-o para si com a mão em sua cintura e apertou-o, firmemente contra o corpo, suspirando num gemido baixinho e o escuro tomava conta do quarto, mas tinha vergonha dele e de pedir aquilo a ele, então apenas se virou de costas, empinando o corpo e roçar no irmão.
Ritsu ajeitou-se, sentindo a proximidade do irmão junto de si, até mesmo aconchegou a face em seu pescoço, mas foi interrompido no entanto, sentindo seu dorso consigo ao dar as costas e direcionar suas nádegas junto ao baixo ventre, o que não bem havia entendido, pensava que talvez fosse dormir, até passou um dos braços em torno de sua cintura como havia se aconchegado antes.
O maior arqueou uma das sobrancelhas e por fim, optou por retirar a calça para mostrar a ele o que queria, deixando a roupa de lado e roçou o corpo ao dele. Em seus movimentos leves, Ritsu logo sentiu deslizar nas próprias coxas a descida do tecido de seu corpo, e sentiu no encaixe a sua, suas nádegas. Era de fato tapado, por isso não percebeu que dadas suas costas era aquele tipo de sexo que queria, como não tinha costume. Mas visto que sem certeza, abaixou levemente a roupa e tirou igualmente a peça íntima, sentindo a pele fria do irmão tocar o calor da própria. 
Ao senti-lo retirar a roupa, o maior teve um pequeno sobressalto com sua pele quente contra a própria, sentia muito por ser tão frio, queria dar mais comodidade a ele, mas não tinha como. Suspirou, e ainda sentia vergonha, mas o irmão era lento, precisava lidar com ele devagar. Virou-se, observou o irmão, agradecido por ele não poder ver a si e estremeceu com a proximidade.
- Entra... - Murmurou.
Não que de fato tivesse algum problema de entendimento, o menor era apenas não acostumado com aquele tipo de coisa, com a entrega do irmão. Ao vê-lo se virar, fitou-o na escuridão de seu quarto, pouco podia ver, na verdade sua silhueta. Bem, não imaginava que fariam sexo, mas era difícil não pulsar sobre o ventre com seu pedido.
Etsuo suspirou e por fim empurrou-se contra o corpo dele, já sentindo-o endurecer, certamente fora o próprio pedido e era aquilo mesmo que queria, que ele se animasse consigo. Estremeceu e mordeu o lábio inferior, agarrando-se ao edredom, e esperou pelo irmão.
- Você quer de lado? 
O loiro indagou e chegou mais perto do moreno, encostando-se junto a sua nuca. No entanto, deslizou a mão por sua cintura, seguindo ao quadril, parou em sua nádega e apalpou de leve, sentindo a região macia, sua pele suave. Etsuo assentiu, meio tímido como sempre e abaixou a cabeça, deixando a nuca livre para ele.
- H-Hai.
O menor não entendera muito bem sua razão de pedir sexo daquela forma, deduzia que havia feito certo da outra vez e agora, pedia por isso. Segurou a si mesmo entre os dedos, embora não tivesse a ereção completamente formada, acomodou-se entre suas nádegas e moveu levemente o quadril, insinuando sem realmente penetra-lo. Etsuo suspirou e gemeu baixinho ao senti-lo entre as próprias nádegas, por fim, empurrou-se suavemente para trás.
- Você não quer?
Ritsu estava ainda surpreso pela liberdade do moreno em tomar aquela atitude, havia gemido com sua voz grave, sem deixar de ser suave, se empurrado para trás, tornando o contato íntimo mais firme, direto. Sem respondê-lo, tocando o membro, bem posicionou-se como antes, porém desta vez, preparou-se para penetra-lo e devagar passou a entrar, pensava que aquela era uma resposta suficiente. 
Etsuo gemeu novamente, porém dessa vez pouco mais alto ao senti-lo adentrar a si e era dolorido, sabia que era, ele era quase do mesmo tamanho que a si, mas também era gostoso, senti-lo dentro de si, se fundindo a si, era algo que não podia explicar, mas muito bom.
- Por que você... Não quis mais fazer isso?
- Mas nós fizemos... 
Ritsu retrucou ao moreno, e soou um pouco arfado, afetado pelo aperto que sentia num lugar tão sensível, desacostumado com aquilo.
- Pedi pra me pedir, quando quisesse... - Etsuo falou, cortado igualmente e gemeu novamente, dolorido. - ...
- Você não pediu, você pede o que quer. Quando veio, veio pra entrar. 
Ritsu disse e soou rouco, incomodado mas excitado e empurrou-se para ele, entrando um pouco mais de si. Etsuo mordeu o lábio inferior, contendo os gemidos e uniu as sobrancelhas, agarrando-se firmemente ao edredom.
- Coloca tudo Ritsu... Não fica me torturando...
- Torturando? Não vou fazer isso se colocar tudo de uma vez? 
Ritsu disse, e por um momento quis saber o sentido de tortura, se era dolorido ou se era torturante não ser completamente penetrado. Por fim entrou mais rápido, até estar completamente dentro do irmão.
- É porque assim... Dói de uma vez. 
O maior murmurou e o gemido mais alto deixou os lábios ao senti-lo se colocar em si até o fundo, por fim uniu as sobrancelhas a ajeitar-se na cama.
- Ah!
- Como você quer?
O loiro indagou e deslizou a mão por seu quadril ao soltar-se, subindo por sua cintura, arrastando para cima sua regata, expondo sua pele, subiu e dedilhou seu abdômen firme, tocou seu peito e acariciou seu mamilo macio que errigeceu no toque.
- Assim está... Está gostoso... Continue. 
Etsuo murmurou, e queria ficar por cima, mas era algo que faria assim que se empolgasse, por hora queria permanecer assim. O menor moveu-se, dando início de um ritmo contínuo, e embora não fosse tão ligeiro, era hábil. E coladinho no irmão, tocava ainda seu peito, estimulando seu mamilo, mordera seu ombro e continuou a aumentar gradativamente o ritmo. Sentindo-o por dentro, frio, suavemente úmido, gostoso. 
O moreno mordeu o lábio inferior, e não sabia explicar o quanto o irmão era gostoso, ousava dizer que até gostava tanto daquilo quanto gostava de pegá-lo e empurrou-se para trás assim como ele havia se empurrado para si, estremecendo e tentando não demonstrar todas aquelas sensações prazerosas do corpo.
Ao solta-lo do mordisco em seu ombro, Ritsu seguiu caminho até sua nuca, mordeu-o ali também. Beliscou seu mamilo e puxou entre os dedos, embora fosse sempre gentil com a dor. Não tanto com seus quadris, já que ali embaixo ele gostava da firmeza, ou era pelo menos o que pensava.
Etsuo gemeu sutil ao sentir o toque no mamilo e desviou o olhar, segurando a mão dele entre os dedos e guiou ao baixo ventre, deixando-o tocar a si no membro, que já bem ereto, ao contrário do que talvez ele pudesse esperar e empurrou-se outra vez, firmemente contra o corpo dele, e ele estava certo, gostava de firmeza, em todos os movimentos e atitudes dele, era vampiro, não se importava com a dor.
O loiro sentiu o toque de seus dedos frios, e levou a uma parte de seu corpo com a mesma temperatura. Estava excitado e refletia isso em uma ereção, mesmo quando recebia as investidas por trás, em seu corpo recém ferido pela penetração sem costume. Moveu-se em torno dele, masturbando-o, mas não durou e voltou a mão para seu quadril, segurando, puxando-o vigorosamente. 
- Ritsu... 
O maior gemeu, prazeroso e por fim, subiu sobre ele, virando-se e logo guiou-o a adentrar a si novamente, ficando por cima mais uma vez e movia-se rapidamente, subindo e descendo sobre o corpo do irmão.
Ritsu ouviu o irmão grunhir, num gemido grave mas quase manhoso, era gostoso de ouvir, principalmente por saber que ele estava gostando de pertencer a si. Puxou-o uma última vez antes de ter sobre o corpo toda voracidade do irmão, que claro, buscou retribuir à mesma altura. Tomou seus quadris contra as mãos, segurando-o na altura da pelve, puxando-o para si a medida que ele se sentava da mesma forma e assim se apoiava com os pés, tendo firmeza para subir contra ele e estoca-lo.
O maior inclinou o pescoço para trás, apreciando as sensações e tentando não se importar muito em estar por cima sendo o passivo dele, era gostoso, e era apenas nisso que queria se concentrar. O gemido mais alto deixou os lábios e havia se esquecido completamente de que os pais estavam em casa, e nem naquela hora se lembrava.
- I-Iku.... Iku yo, Ritsu...
O contrário dele, Ritsu precisava respirar e com isso, aos poucos a respiração ficava mais pesada, a medida em que vigoroso e mesmo excitado. Deslizou as mãos sobre suas coxas rígidas, dos joelhos até a curva na virilha, e podia notar o movimento vigoroso de seu membro excitado e mesmo gotas brancas em sua glande, expelidos da pequena fenda úmida. Agilizava, intensificante, e com isso não era capaz de sustentar por muito tempo, era recente naquilo, mas era o mesmo com o irmão, que anunciou o ápice mesmo antes que si. 
- Ore mo...
Etsuo suspirou, apoiando-se sobre ele e a cama, ajeitando-se enquanto tomava impulso para continuar com os movimentos enquanto sentia aquela sensação gostosa no corpo até chegar ao baixo ventre e formigava, prazerosa, pulsando, e quando chegou ao ápice, finalmente gozou, sentindo as pernas fraquejarem, quase caindo sobre o corpo do irmão, porém manteve-se com aqueles movimentos, esperando pelo ápice dele que veio logo após, coincidentemente no mesmo momento em que a porta se abriu e nela estava o pequeno, bem menor do que a si que quase parecia o próprio irmão mais novo, mas era a mãe e esfregava os olhos parecendo ter acordado do sono com o barulho que nem percebeu fazer, e agora estava de olhos arregalados observando a ambos.
- Ah... 
O gemido de Ritsu soou rouco, um pouco áspero, por sorte soou baixo, audível para o irmão e não para o quarto ao lado, ainda assim, aquilo não fora de fato de alguma ajuda, afinal, enquanto sentia o ápice fluir para o irmão e o peito ser umedecido por seu sêmen, pôde ouvir a porta ser aberta, mas era difícil conter o prazer, mesmo quando de repente sobressaltou por ouvir a chegada de um terceiro, mas aproveitou para se esconder atrás do irmão, que sobre o colo ainda estava.
O moreno desviou rapidamente o olhar à porta, geralmente teria percebido, mas estava tão absorto ao prazer que nem cogitou a ideia de alguém estar vindo, e ali viu a mãe e lutou para se esconder, puxando o edredom sobre o corpo rapidamente, e já podia sentir o tom vermelho tomar conta da face.
- ... D-Desculpe, desculpe! - Shiori disse a tampar os olhos. - ... Q-Que bom que vocês se entenderam, quer dizer... Ai meu Deus.
- M-Mãe, sai!
Àquela altura, Ritsu estava bem acomodado atrás do irmão, embora imaginasse que parte da ereção entre as nádegas, o pai pudesse ter visto, e ao pensar sobre isso, ficou tão vermelho quando o mais velho.
- H-Hai... B-Boa noite...
Etsuo permaneceu imóvel até ouvi-lo fechar a porta e uniu as sobrancelhas, negativando e cobriu a face.
- Ainda bem que está escuro... Sei que ele vê, mas é menos pior.
- Enxergamos no escuro como um humano enxerga numa pouca luz, ele viu.
- Eu sei, mas seria pior...
- ... Deus, ele acha que eu sou passivo...
- Você está sendo...
- Ritsu...
- Por que tão orgulhoso?
- Nasci assim.
Etsuo murmurou e deitou-se ao lado dele, sentindo-o se retirar do corpo e suspirou.
- Gostoso? - O menor indagou ao se virar e deitar-se defronte a ele. 
- Hai... Kimochi...
Ritsu sorriu a moreno e deu um mordisco em sua orelha. 
- Precisamos de banho ou podemos dormir?
- Hum, na verdade precisamos do banho, mas podemos dormir... Não ligo tanto pra dormir limpo.
- Então tomamos depois. 
Disse o menor e beijou-o no pescoço onde podia perceber ao menos um pouco de suor. Etsuo suspirou e assentiu, aconchegando-se junto ao irmão e ainda se lembrava de toda a confusão da tarde, queria ter esquecido, mas era difícil, o problema é que o mais difícil era saber que não havia quebrado nenhum osso do outro garoto.
- Não sei o que vou dizer pra mamãe amanhã... Acho que nunca mais vou sair daqui.
- Só fingir que não aconteceu...
- Isso é meio difícil... Será que o papai ouviu?
- Acho que não, senão alguma coisa pior teria acontecido.
- ... Espero que não.
- Oyasumi.
- Ohayo. - Ritsu disse, diante da claridade provavelmente lá fora. Beijou-o novamente no pescoço e acariciou seu queixo frio. - Eu te amo.
Etsuo desviou o olhar a ele, meio de canto, e sabia que aquele eu te amo não tinha mais a conotação que tinha quando eram crianças, por isso sorriu de canto.
- Eu também te amo. Não posso controlar a minha raiva, e espero que saiba disso. Vampiros não são muito amigáveis quando alguém tenta mexer com quem eles protegem.
- Eu sei... Tudo bem.

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