Yasuhiro e Yoruichi #17 (+18)


Yasuhiro fechou os olhos naquele ruído contra a orelha, sentia-se desconfortável com o sopro aflitivo. 
- Não faça isso... 
Falou baixo e viu-o se afastar, sorrir com sutileza e então cessar toda aquela delonga, dando para si as costas. No entanto, diferentemente do que pensava ele, não resmungou, esticou-se rapidamente, suficientemente rápido para não deixa-lo nem mesmo ter distância e trouxe-o consigo novamente, agora, inversa posição de ambos, havia se sentado e encostado junto a beira da fonte, trazendo-o fronte a si, de costas para si a medida que o sentou entre as pernas, roçando o membro viril no início de suas nádegas e enlaçou sua cintura com os braços. 
- Você ainda não se lavou. 
Disse-lhe ao pé do ouvido, baixo, pouco atrás de sua orelha e então soprou, fazendo nele o mesmo que fizera em si e talvez, se insistia tanto naquele ato de sopro desagradável, era porque para ele, a sensação era diferente, excitante.
Yoruichi assustou-se com o toque e esperava que ele fosse segurar ou puxar, mas não guiar a si para seu colo, não tinha jeito para fazer aquilo, então ele poderia se decepcionar pensando que o faria. Negativou, sentindo o arrepio percorrer o corpo conforme sentiu o sopro e afastou-se sutilmente.
- Iie... Eu só queria te provocar, e sabe disso.
- Sei, mas sei que quer fazer sexo também. Mas gosta de joguinhos comigo, gosta de fingir que não me quer, mas você quer. E não se preocupe em me provocar porque eu também quero. 
O loiro disse-lhe ainda contra a orelha, junto ao osso atrás dela, onde roçou a língua e até tocou seu lóbulo. O moreno sentiu o arrepio gostoso percorrer o corpo, e o queria mesmo, não era mentira. Até a si mesmo, se irritava com os jogos que fazia, e fora somente por isso que ergueu-se e suavemente deslizou-o para as próprias nádegas, em meio a elas e devagar, empurrou-se para baixo, deixando-o adentrar a si.
Yasuhiro afrouxou o abraço e consequentemente permitiu o movimento do moreno, que se afastou suficiente para ter espaço no colo e com isso tomar posse do corpo junto ao seu. Sentiu beira-lo e dificultosamente resvalar para seu corpo, assim deslizando para dentro a completa-lo tão vagarosamente. 
- Ah... Sedento, meu esposo?
O gemido deixou os lábios do moreno, embora não tão alto quanto ele esperava que fosse, fora rouco, porém medido e mordeu o lábio inferior a tentar conter a dor que sentia percorrer o corpo, fazendo as pernas estremecerem. Era difícil encaixá-lo ao próprio corpo com aquela água.
- ...D-Demonstrando que também quero você...
- Não precisa demonstrar a ponto de ferir seu corpo, eu consigo sentir você. 
Disse o loiro e embora não tivesse clareza de seu sentimento ainda, tinha uma sensação leve, e quando ele estava excitado, era um tanto mais intensa. Ao falar consigo, tinha a voz rouca, afetado levemente pelos apertos de seu corpo, pelo toque sem costume, pela segunda vez que ficavam juntos e era difícil não gemer ou esmo se conter com o prazer crescente. 
- Desculpe... 
O menor murmurou, e sabia que ele podia sentir a si porque podia senti-lo também, na verdade, não sabia como fazer aquilo, então empurrar-se sobre ele era o modo que tinha de dizer que o queria, embora fosse dolorido. Ao tê-lo inteiro dentro, cessou os movimentos e suspirou, segurando os cabelos negros e longos entre os dedos a guiá-los sobre os ombros, expondo as costas bonitas do corpo suavemente definido a ele.
Yasuhiro suspirou, sentindo a sensação de prazer aliviar, a medida em que bem se acomodou no colo e parou por lá, certamente até que seu corpo se acostumasse e consigo houvesse o mesmo. Apertou-o na cintura, ainda enlaçada. Beijou suas costas nuas quando expostas, mordiscou seu pescoço mesmo com os cabelos suavemente a cobri-los. E ao solta-lo da cintura, desceu até a pelve e sentiu os ossos sutis na região, por lá moveu sutilmente seu quadril.
- Ah... 
O moreno gemeu, mordendo suavemente o lábio inferior e deixou-o segurar a si pela pelve, até moveu-se suavemente em seu colo, rebolando sobre ele e devagar, passou a se erguer e sentar-se novamente sobre ele, sentindo-o se retirar de si e voltar a adentrar o corpo.
Yasuhiro deixou-o se mover, iniciando seu ritmo leve, inicialmente cauteloso, mas era suficiente para causar um prazer crescente, assim como o vaivém, aos poucos mais hábil, mais fácil, ainda que a água tirasse tudo o que poderia lhe ser lubrificante, mesmo o sangue que podia farejar, mas sempre ia embora.
Yoruichi femeu novamente, prazeroso e dolorido, era vampiro e a dor as vezes poderia ser prazerosa, principalmente naquela ocasião. Entregou os cabelos em uma das mãos dele, deixando-o segurar a si de alguma forma e aos poucos, passou a agilizar os movimentos sobre o corpo dele, sentindo-o adentrar a si até o fundo, tocando exatamente onde gostava.
O maior deslizou os dedos pela espessa mecha de seus cabelos, o qual tomou com o toque e segurou com firmeza, dando a ele sem delongas, o que queria. E a medida em que intensificava seu ritmo, ajudava-o, movendo-se como podia embaixo dele, manejando-o no colo a segura-lo por seu quadril e agora também seus longos cabelos negros, parcialmente molhados. A beijar seu pescoço, mordiscou seu ombro, feriu superficialmente a pele, sem invadir seu corpo senão com a parte que entrava e saia vigorosamente em seus movimentos.
O moreno inclinou o pescoço para trás conforme puxado os cabelos e estranhamente, sentiu um arrepio percorrer a espinha, que causou o gemido prazeroso e mais alto, mesmo os sutis toques dele sobre a pele os beijos e carícias não faziam aquilo consigo, gostava dos machucados e dos puxões de cabelo, gostava quando ele era firme consigo. Desviou o olhar a ele e logo, virou-se de frente ao outro, levando as pernas as laterais de seus quadris e voltou a se mover, subindo e descendo sobre ele.
Yasuhiro tomou-o defronte conforme se moveu e segurou-o com firmeza a vira-lo para si, o ajudando a se acomodar. Ao erguer o olhar a ele, deixando de dar atenção a seu corpo, fitou seu rosto bonito e traços ambíguos, femininos ou masculinos. E pendeu-se para toca-lo, mordeu seu queixo, desceu ao pescoço, passou para orelha onde soprou como ele mesmo já havia feito e no riso se afastou. Vigorosamente passou a maneja-lo, puxa-lo para o colo com força, mas sem muito demorar, se virou e moveu-se para cima, colocando-se entre suas coxas e pôde enfim se mover com força e agitar a água tal qual os movimentos.
Yoruichi observou-o em frente a si, e tão perto podia notar o quão bonito ele era, na verdade, era lindo, e tinha uma certo orgulho de tê-lo como marido, certamente daria a si lindos filhos se fossem como ele. Os pensamentos que tinha, foram varridos conforme sentiu os movimentos dele, firmes contra o próprio corpo, e ele não tinha delongas em fazer o que queria. Ao tê-lo sobre si, guiou as pernas ao redor de seus quadris e gemeu, inclinando o pescoço para trás a apreciar suas investidas e não tomava muita conta das próprias expressões, que mostravam o quão prazeroso era fazer aquilo com ele.
- É gostoso, hum? 
O loiro disse, soando um pouco rouco, estava excitado, mas não deixou os olhos fechados, encarava as feições dele, dignas de serem consideradas eróticas e com isso, sabia o quão prazeroso estava a ser, ainda assim indagava, ainda assim queria ouvi-lo dizer que sentia prazer, assim como a si mesmo.
Yoruichi assentiu, num manear de cabeça a observá-lo sobre si e mordeu o lábio inferior, fora a última coisa que havia feito antes de gozar, e nem havia avisado a ele, somente deixou-o perceber pelos apertos do corpo ao redor do seu e pelos olhos fechados e o pescoço inclinado mais uma vez, imerso no prazer que sentia.
Yasuhiro notou-o afirmar, mas soou inconsistente, denotou no entanto suas sensações transferidas ao corpo e denunciadas por seu próprio, apertou-se em torno de si como quem nunca deixaria aquilo sair de dentro dele, e fez com que gemesse pelo leve desconforto, era naturalmente apertado e ao se fechar em torno de si, sentia-se quase asfixiado lá embaixo. Mas não desconfortável, investiu ainda mais para ele, penetrando-o vigorosamente, intensificando seu prazer e assim igualmente atingiu o clímax, gozando com ele, dentro dele, e embora houvesse amenizado uma vez que no auge, amenizou ritmo, não força.
- Ah! 
O moreno gemeu, pouco mais alto conforme o sentiu se mover firmemente para si e agarrou-se a ele, as unhas afiadas se cravando em seu ombro, rompendo a pele mesmo sem intenção em algumas partes e uniu as sobrancelhas, sentindo aquela sensação prazerosa crescente no baixo ventre, descompassando a respiração que nem precisava. Levou um tempo até finalizar o ápice e identificar o local, desviando o olhar ao rosto dele conforme cessou as sensações prazerosas e lhe selou os lábios num pequeno sorriso tímido.
O loiro resmungou sentindo a fincada de suas unhas doloridas e virou-se rapidamente para mordiscar sua mão como um gato que não quer o toque do dono, apenas como brincadeira é claro. Quando por fim interrompeu os movimentos, penetrou-o por um último com um solavanco firme e então o libertou dos toques, sem no entanto se afastar. 
- Hum, que sorriso adorável, nem parece que transa.
Yoruichi suspirou, ouvindo-o em sua pequena brincadeira e pressionou ainda mais as unhas em sua pele, retirando logo em seguida e assim que puxou, viu os filetes de sangue que escorreram em direção a água, e como um gato assim como ele, guiou as mãos aos lábios, lambendo as unhas manchadas por seu sangue.
Yasuhiro arqueou a sobrancelha, não entendendo a reação dele, como sempre um pouco exagerada. Fitou-o a medida em que limpava suas unhas, que cortaria em algum momento. O menor sorriu a ele, mordendo o lábio inferior em seguida.
- Seu sangue é uma delícia.
- É, o seu também é. 
O maior retrucou e por fim se afastou, não demasiado, sentou-se a seu lado como antes estava e agora sim, tomaria o banho.
- Hum... - Yoruichi murmurou a medida em que percebera que ele havia silenciado. - Desculpe pelo ombro, eu não estava pensando muito quando o fiz.
- Não estou aborrecido. Estou habituado com o fato de que você reage de forma intensa.
- Hum, então?
- Então? - Yasuhiro indagou de fato sem entende-lo.
- Parece meio quieto...
- Estou satisfeito, é diferente.
- Hum... 
O menor murmurou e assentiu, ainda o estranhando, mas nada disse. Observou-o de soslaio, e não parecia se interessar por si ou ficar junto a si, então, novamente se voltou para sair do local.
- Vou para casa.
- Iie, vamos terminar o banho. Embora não tenhamos trazido toalhas ou sabão. 
O loiro disse ao segura-lo no pulso e refletir sobre o possível banho. Yoruichi sentiu o toque sobre o pulso e desviou o olhar a ele, assentindo e por ali permaneceu, ainda um pouco confuso, porém sentou-se junto a ele.

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