Masashi e Katsuragi #21


- Aonde paramos?

- Numa confeitaria.
- Hum, vamos comer doces.
- Hum, que doce quer?
- Não sei, talvez um bolo, ou uma torta. Algo sem frutas.
- Hum, frutas não. - Katsuragi riu baixinho. - Ficou frio, né? Coloque o casaco.
Masashi buscou o casaco e vestiu-o sobre o quimono após limpar-se e ajeitar-se com ele. Desceu primeiro, e tão logo estendeu a mão para ele. Katsuragi segurou a mão do outro após colocar o casaco e sentiu as pernas estremecerem devido ao ápice.
- Me segura.
O menor puxou-o com rapidez, como se o fosse deixar cair e riu ao segurá-lo nos braços, abraçando-o. 
- Seguro.
O maior riu baixinho e agarrou-se a ele, selando-lhe os lábios. Masashi apertou-o em torno da cintura e retribuiu o beijo, colocando-o no chão. 
- Vamos.
Katsuragi sorriu a ele e suspirou ao ser colocado no chão, segurando a mão do menor a seguir com ele para dentro. Masashi seguiu consigo até a confeitaria. Sentindo o cheiro doce invadir as narinas, espalhado pelo ambiente. 
- Ah, que cheiro gostoso.
O maior riu baixinho, e observou o local, nada muito sofisticado, nada o era naquela época, algumas vendedoras simples vestidas com kimonos de verão e entregando amostrinhas de biscoitos, o qual pegou um pedaço para si e para ele.
- Hum?
Masashi experimentou o biscoito, mas não gostou muito. Não gostava de nada muito seco, mas talvez com um chá fosse bom. Chegou perto das vitrines, observando os confeitos bonitos que a enfeitavam. Katsuragi sorriu a ele, observando-o enquanto via a vitrine e pediu para si um pedaço de bolo de chocolate que havia visto na vitrine, embora no Japão fosse bem difícil achar lojas que vendiam coisas do tipo. O menor escolheu para si outro pedaço de bolo, diferente do dele, mas que parecia tão acolhedor quanto. 
- Hum... E chá.
Katsuragi sorriu a moça e indicou que preparasse chá preto para si e de pêssego para ele. Masashi sentou-se a mesa, e tão logo experimentou o bolo, enquanto aguardava o chá, e recebera o saquinho de ervas ao lado da xícara de água quente, que preparava por si só. O maior experimentou o próprio bolo igualmente e sorriu quanto ao sabor, adoçando o próprio chá colocado ao lado.
- É gostoso. 
Disse o menor, baixinho e tomou do chá.
- Oishi, ah? 
Katsuragi riu baixinho e aproximou-se, beijando-o no rosto.
- Hai, mas por algum motivo me deu vontade de tomar aquela sopa apimentada que tomamos juntos. Talvez porque o doce me dá falta do sal.
O maior mordeu o lábio inferior e assentiu.
- Também quero.
- Eu faço quando voltarmos.
- Hai, vou morrer de vontade até lá.
- Vamos ficar em alguma casa sua?
- Eu comprei uma casa lá. Deixei no seu nome.
- Não tem como colocar no meu nome sem meus documentos. - Masashi disse, de olhos estreitos para ele diante da gentileza exagerada. - Mas faço quando chegarmos lá. O que acha?
- Hum, quem sabe o que aconteceu com eles, não é? - Katsuragi falou a ele e riu baixinho. - Ela é sua.
- Se me deu uma casa, por que tão longe da sua?
- Para caso aconteça algo comigo um dia.
- Ainda assim não tem sentido.
- Eu sei o que estou fazendo, não se preocupe.
- Diga, não me enrole.
- Não estou enrolando. Se algo acontecer comigo, acha que eu vou deixar você com todos os garotos do bordel? Vai saber o que eles fariam com você.
- Como se eu fosse um fracote, não seja idiota. E nada vai acontecer com você.
- Nunca se sabe.
- Sei sim. E se acha que vai, você quem deveria se mudar pra lá, não eu.
- Não posso. - Katsuragi riu baixinho. - Vai entender.
- Hum, tem sol? É praia?
- Você vai ver.
Masashi sorriu a ele enquanto ainda tomava do chá. 
- Como pode me mandar pra um lugar onde você não pode me alcançar quando precisar?
- Não vou te mandar pra lugar nenhum, não se preocupe.
- Vamos ver. - O menor disse e acariciou sua mão. - Está gostando do passeio?
Katsuragi assentiu e sorriu a ele.
- Está sendo bem... Prazeroso.
- Hum, eu concordo. - Masashi sorriu, usando sua ambiguidade.
- Ah é? - O maior riu baixinho e finalizou o chá.
- É, embora você seja incansável.
- Hum, quer mais um pouquinho?
- Não, estou comendo. 
Masashi resmungou enquanto tomava mais chá e roubava um pedacinho do próprio bolo. Katsuragi riu e finalizou igualmente o bolo enquanto o observava.
- Você é lindo demais, sabia?
O menor negativou, mesmo enquanto sorria com sutileza. 
- Você é.
- Uh, mentiroso. Tenho idade pra ser seu avô.
- É um avô muito bonito.
- Hum, acha é?
- Acho sim, oji.



- Obrigada por vir senhor, você e seu filho podem voltar quando quiserem.
- ... 
Katsuragi uniu as sobrancelhas ao ouvi-la e assentiu. Masashi agradeceu com um maneio da cabeça, e voltou a direção visual ao mais velho ao ouvi-la dizer, arqueou mais a sobrancelha ao notar que não retrucava nem mesmo com um olhar esquisito, o que era estranho. Riu baixinho, e afagou seus cabelos longos, segurando sua mão antes de sair, e certamente deixando as donas da simples confeitaria um pouco confusas. O maior sorriu a ele, meio sutil e abaixou-se a beijá-lo na testa.
- Vamos embora.
- Por que beijou na testa? 
Masashi disse, já ao lado de fora do lugar.
- Ora, queria que eu beijasse onde?
- Normalmente beija nos lábios, está disfarçando? - O menor sorriu a negativar.
- Iie, sou seu pai, comporte-se.
- Você é um pai com idade de um avô e aparência de um irmão.
- Ah, um avô é?
- É, vovô.
- Hum, então ta bom.
- O que foi? Ficou chateado?
- Ora, não, já me chamaram de vovô umas dez vezes.
- Mas você é tão bonito, não envelhece e ainda assim se ofende?
- Óbvio, olha as minhas rugas.
- Espera, vou pegar minha lupa na carruagem e já volto pra analisar suas rugas.
- Ah, para de ser bobo, sabe que eu tenho sim.
- Sei onde tem rugas e não estão em evidência.
- Olha...
Masashi riu baixinho e puxou-o de volta ao veículo de viagem. Katsuragi adentrou o carro e riu baixinho junto dele, ajeitando-se ali.
- Hum, daqui até lá é rápido.
- Eu gosto da demora, dá pra ficar confortável na carruagem.
- Hum, quer fazer mais?
- Eh?
- Amor.
- Não, vou voltar pra casa, está me abusando.
- Abusando, é? - O maior riu e assustou-se com o movimento rápido feito com a carruagem. - Eh... Vai devagar!
- Claro que é. 
Masashi disse e se segurou por um momento no banco. 
- Que isso...?
Katsuragi riu e beijou-o no rosto, aproximando-se dele a abraçá-lo.
- Um dia, eu vou te levar pra conhecer a China, já foi pra lá?
O menor trouxe-o consigo, acomodando-o pertinho. 
- Por que a china? Eles gostam de comer cachorro lá.
- Ah, mas não é só cachorro, eles tem uns templos lindos.
- Mas comem, malditos.
- Malditos mesmo. E o seu corvo por fim ficou sozinho em casa.
- Mas eu deixei ele bem abastecido. E deixei o menino cuidando dele. Desde que tenha um travesseiro confortável pra se aninhar, ele não passa mal.
Katsuragi sorriu.
- Adoro aquele pedacinho de carne.
- Ora, não fale assim.
- Ah, mas ele é, e é adorável.
- E é meu. 
O menor sorriu e puxou a manta confortável que forrava o outro estofado da carruagem.
- Vou fazer ele no natal recheadinho.
- Vai nada, faço você!
Katsuragi riu e ajeitou-se junto dele, apreciando o restinho da viagem e repousando a face sobre seu ombro, até adormeceu alguns instantes, até que estacionassem em algum local e um dos garotos batesse na porta, indicando a chegada e tirando a si do sono.
- Eh? Ah... Iie, não saia ainda, Masashi, tem mais. 
O maior disse a retirar uma venda preta do obi.
Ante a batida na porta, assim como ele, Masashi sobressaltou de um sono leve, lamentou-se ao acordar, gostaria de ter assistido toda a viagem, mas adormecera junto dele embaixo do macio e fino cobertor que se envolveu com ele.
- Que som é...? 
Indagou, porém notou a venda que escureceu as vistas. Katsuragi sorriu a ele e negativou, beijando-o nos lábios, um beijo sutil e logo saiu, ajudando-o a descer devido a venda que tinha sobre os olhos.
- Está sentindo cheiro do que?
O menor segurou a mão dele, e desceu da carruagem, aspirando o cheiro ao ouví-lo indagar. 
- Hum... Peixe, eu acho. Sei lá.
O maior riu e assentiu, havia mesmo um certo cheiro de peixe. Caminhou com ele mais alguns passos e observando o local ao redor mordeu o lábio inferior.
- Tire os sapatos.
- Por quê? Vamos pisar em peixes? 
Masashi indagou, com um sorriso, e passou a ter certa ideia de onde estavam, mas preferiu não dizer nada, visto que ele, parecia tão animado quanto a si. Para si, por descobrir um lugar novo, e para ele, por prover isso. Katsuragi esperou que ele retirasse os sapatos e sorriu, agradecendo por estar nublado, ou queimaria ali mesmo, e achou que ele nem se dera conta de que ainda era dia, assim como não sabia onde estavam. Puxou-o consigo, deixando-o caminhar agora descalço sobre a areia da praia, e só então, deixou a água tocar seus pés, fora quando retirou sua venda. Masashi não evitou o sorriso ao sentir o toque fofo da areia, ainda um pouco quente pelo sol de poucos minutos atrás. Sentiu-a deslizar no meio dos dedos, e logo afundar quando molhada. 
- Ah.. - Murmurou e riu, tão logo pode observar a imensidão do mar à vista. Sentindo o cheiro de sal, água e o cheiro dele mesmo. - Ua...
O maior riu baixinho e sorriu logo em seguida, abraçando-o por trás a deixá-lo observar o local.
- Gosta?
- Gosto disso. - O menor disse a ele e virou-se, beijando-o no canto dos lábios. - É assombroso.
- Assombroso, é?
- É, é enorme.
- E cheio de peixinhos.
- Tem peixes mesmo?
- Claro que tem.
- Achei que não dava pra alcançar os peixes.
- Dá sim, ih, olha... 
Katsuragi falou a ele e sorriu, piscando com um dos olhos e retirou o kimono, deslizando-o pela pele bonita e clara até atingir o chão e ficar apenas de roupa intima. Mergulhou na água e permaneceu algum tempo embaixo dela, não respirava mesmo, até achar um peixinho e logo saiu, erguendo a mão e mostrou a ele.
- Olha!
- Hey, não fique nu! alguém pode vir pra cá. Isso não é roupa íntima que se use na praia.
Masashi disse, reclamando diante do tamanho de sua peça íntima e viu-o sumir na água, achando estranho ele conseguir ficar embaixo dela, já que tinha sal. 
- Não arde o olho? - Indagou e viu-o reaparecer com o peixe. - Ah... Que bonitinho.
O maior riu baixinho e entregou o pequeno animalzinho para ele.
- Arde nada, vem, quer tentar? Mas você respira, não vá ficar uma hora embaixo d'água.
- Mas tem sal, como não arde? 
Masashi abriu as mãos e aceitou o pequenino. Abaixou-se em seguida, colocando um pouco de água nas mãos a vê-lo nadar contidamente numa concha manual. Katsuragi sorriu a ele e negativou.
- Arde um pouquinho, mas acostuma.
- Não vou querer colocar essa água nos olhos. 
O menor disse e brincou com o peixinho, tão logo o liberando.
- Então não entra. - Katsuragi riu baixinho. - Medroso. 
Murmurou e saiu da água, vestindo o próprio kimono novamente.
- Vou entrar na água, mas não quero sal nos olhos!
- Então não entra, se não vai me bater.
- Mas precisamos trocar de roupas pra poder entrar na água.
- Mas não tenho roupas...
- Tira o kimono só, ora. Ninguém vai ver, mandei os rapazes para a casa dos empregados, não vão vir.
- Mas tem outras pessoas que podem vir aqui.
- Masashi, estamos numa ilha deserta, olhe em volta.
- Não quero ficar pelado. Queria ao menos um short... 
Masashi resmungou, mas mesmo assim tirou a roupa, despindo-se a utilizar sobre a peça íntima. Sentiu a pele arrepiar, frio.
- Você sente frio... Eu sempre esqueço, melhor deixar pra outro dia.
- Iie, vamos lá, eu acostumo. - O menor disse e estendeu a mão para ele. - Vamos.
Katsuragi sorriu a ele e assentiu, puxando-o para si e lhe selou os lábios antes de entrar na água, não por completo, mas molhou o corpo.
- Se está frio, me avise, ou vai ficar doente. Prenda a respiração, e logo volte pra cima.
- Não vou afundar o rosto, só vou nadar. - Disse o menor, com ele, ainda segurando sua mão e soltou quando passou a boiar na água, sentindo os cabelos úmido pesarem. - Ah, isso é bom...
- Kimochi, ah? 
O maior sorriu a ele e manteve-se próximo, observando-o.
- Hai, é... Tranquilo.
- Espere até ver a casa. - Katsuragi sorriu a ele. - Você é lindo demais, não me canso de dizer.
- Você que é. - Masashi disse e voltou-se a fitá-lo.
O maior negativou e riu baixinho, aproximando-se e abraçou-o ao redor da cintura. Masashi ajeitou-se, virando-se para ele e retribuiu no abraço agora de frente.
- Está todo romântico.
- Ora, deixe eu ser um velho romântico.
- Deixe de se chamar de velho.
Katsuragi riu baixinho e assentiu.
- Quero te mostrar logo a casa.
- Vamos tomar um banho quente, hum?
- Mas você não gosta quente.
- Mas você gosta.
- Mas estamos na praia...
- O que tem?
- Por que ir pra casa já? Acabamos de chegar.
Katsuragi riu baixinho.
- Então ta bem, pode nadar mais um pouco. Vamos passar uns dias aqui, então, não se preocupe, poderá nadar quando quiser.
- Claro que vamos. Certo, vamos pra casa, já que está ansioso.
O maior riu.
- Iie, vamos ficar, hum. Hey! 
Disse a ele, nadando para a beira, sabendo que ele não estava muito fundo e pegou o que havia visto na beira, erguendo a pequena estrela do mar.
- Olha!
Masashi afundou-se rapidamente na água, molhando todo os cabelos e ao subir novamente, limpou a face suja pela água salgada e fitou o moreno. 
- Uma estrela? Ela não queima?
- Eh? - O maior riu baixinho. - Não, mas ela tem uma boca.
- Coloca ela de volta, tadinha.
- Calma, ela está bem.
- Mas ela precisa de água.
- Ela não, só os peixinhos.



Katsuragi sorriu a ele, após o dia na praia e seguiu para dentro de casa, enrolado com o quimono, já que não tinham toalhas, e fez o mesmo com ele, carregando-o consigo e deu passagem a ele para dentro do local, mostrando a casa bem decorada que havia feito para ele. Ficava próxima das pedras na praia e tinha as paredes da sala feitas de vidro, onde ele podia ver o mar que batia contra as rochas e até alcançava as paredes em respingos. Era toda decorada a estilo japonês tradicional, pagara uma fortuna para fazer aquela casa, e ainda fora avisado sobre perigos de tsunami, mas queria algo perfeito para ele e naquele lugar não corria muitos riscos. Tinha os tons de preto e vermelho que ele gostava, nos tapetes, sofás e até a mesinha de centro da sala era em madeira escura.
- Gostou?
Masashi enrolou-se no quimono, sentindo pena do uso dos tecidos finos como uma mera toalha, mas não tinha muito o que fazer. Caminhou por pouco tempo até chegar na casa, que admirou logo de longe até enfim alcançá-la e vislumbrar por dentro. Era realmente bonita, e embora classicamente oriental, ainda tinha um toque ocidental em pequenas partes, suficientes para diferi-la das casas da região do bordel. 
- É linda... Mas, como vai ficar aqui se tem vidro?
- Tem cortinas pesadas, já mandei colocarem. O andar de cima também tem uma janela grande pra você ver o mar, é onde fica o quarto.
- Tem subsolo?
- Uhum. Uma sala e um closet. Alguns kimonos novos que comprei pra você.
- Bem, então você pode se esconder lá qualquer coisa.
- Hai...
- Você é muito descuidado.
- Não sou tão frágil, Masashi.
- Não estamos falando de pessoas, estamos falando de sol.
- Não vou queimar, já falei que tem cortinas.
- Ta bem, ta bem.
- Hum, mandei colocar alguns brinquedinhos pra gente no quarto.
- Brinquedinhos?
- Uhum. Sexuais.
- Hum, que tipo?
- Hum, vai ver quando subir.
- Me diga.
- Bem, eu pedi que trouxessem algumas coisas do exterior, porque aqui, o pessoal tem tantos tabus que ninguém ia querer fazer pra mim. Tem alguns lubrificantes, preservativos se você quiser e algumas coisinhas pra massagem. Tem até um interessante que parece vibrar, vamos ver.
- Ah, mas o que deu que pediu isso? 
Masashi riu, e ajeitou os cabelos úmidos mesmo com os dedos, aceitando a toalha que ganhou para tirar o excesso de água dos fios.
- Bem, queria brincar um pouco com você. 
Katsuragi murmurou e sorriu a ele, usando outra toalha para secar o corpo igualmente.
- Aonde descobriu esse tipo de coisas?
- Bom, sou dono de um bordel, e fui viajar pra Europa, tinha que trabalhar um pouco ao menos.
- Hum... Entendi.  - Masashi sorriu-lhe com os lábios já apagados com o batom. - Eu queria tomar banho.
- Então vamos.
- Mas... Eu queria um pouco de água quente, pode ser?
Katsuragi observou-o por um pequeno tempo e assentiu. Masashi assentiu tal como ele e tirou o quimono molhado, seguindo mesmo seminu até o banheiro, com a pele já arrepiada de frio. Enquanto isso, certamente continuava a admirar a casa nova. O maior riu baixinho a ele e deu passagem para o banheiro, que não era separado da casa como costumava ser, e era no bordel.
- Pode abrir a água.
Ao entrar no banheiro, Masashi ficou feliz com o tamanho que tinha. Abriu a ducha, que era bem espaçosa e com um jato quente e forte. 
- Ah... Que gostoso!
O maior riu ao observá-lo e permaneceu por um pequeno tempo de fora, adentrando o box somente perto dele, sem entrar em baixo d'água. O menor molhou-se e mesmo os cabelos, suficiente para perder tanto do frio que sentia. E fitou o moreno, sentindo por um momento, pena, por não ser capaz de apreciar aquela sensação agradável de calor. E por fim regulou a temperatura, tornando-a suportável para ambos.
- Iie, não precisa pode tomar banho, eu não estou com frio.
- Você não sente. Pode vir, está boa pra nós dois.
Katsuragi assentiu e aproximou-se dele, abraçando-o abaixo do chuveiro com a água morna, gostosa.
- Está bom assim? 
O menor indagou e deu espaço a ele, abraçando-o igualmente, por sua cintura. O maior assentiu e sorriu ao menor, selando-lhe os lábios.
- Mais gostoso que a água da praia.
Masashi assentiu e colocou a cabeça embaixo d'água, sentindo o toque dela mesmo no rosto. 
- Hum... - Murmurou, gostando da sensação.
O maior riu a observá-lo.
- Vai ficar aí pra sempre pelo jeito.
- Ah, é bom. - Masashi disse e voltou a fitá-lo. - Não fique com ciúme do chuveiro.
- Não estou, ora. Ele não tem nenhum buraco pra você meter o...
- ... Hentai.
- Eu? Sou um santo.
- Eu que sou.
- Ah, é sim. Um santo que quis trabalhar num bordel.
- Precisava viver, não é mesmo?
- Hum, não ia trabalhar lá comigo por perto. Mas com essa coisinha aí, teria muitos clientes.
- Tenho um cliente assíduo. Só pensa em sexo o tempo todo.
- Ora, que mentira.
- Não é mentira.
- Eu sou um cliente tolo, que está apaixonado pelo prostituto.
- Ah é? E por isso quer transar com ele tanto assim?
- É.
- Uso, pervertido.
- Sou nada, ora.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário