Yasuhiro e Yoruichi #24


- Yasuhiro.
Yoruichi disse, enquanto o observava dormir. Os cabelos, próprios, negros se dispersavam sobre o travesseiro e os ombros, estava sem as roupas, o que significava que havia dormido com ele, quer dizer, não só dormido. Puxou o cobertor quente sobre o corpo, cobrindo mesmo o tórax que estava a mostra e beijou-o na bochecha, depois na ponta do nariz, num pequeno sorriso travesso.
- Bom dia, bela adormecida.

- Hum... 
O loiro murmurou, não estava realmente dormindo, mas estava preguiçoso, não indisposto, mas gostava de como estava. Abriu os olhos após cada pequeno beijo. 
- Eu morri?
O menor arqueou uma das sobrancelhas. 
- Pelo que eu saiba, você já está morto.
- Não completamente. - Yasuhiro sorriu, sonolento.
Yoruichi sorriu e deslizou a mão pelos cabelos dele, acariciando uma mecha. 
- Dormiu bem?
- Dormi, bem alimentado.
O moreno sorriu meio de canto. 
- Hum, das duas formas, a comida ontem estava uma delícia, modéstia parte.
- Estou falando das duas. - O maior sorriu, ainda de olhos fechados.
Yoruichi sorriu, estava de bom humor, então passou a acaricia-lo em seus cabelos. 
- Olhe pelo lado positivo, pelo menos não foi o gato que acordou na sua cama hoje.
- Foi um gato sim, mas ele acordou grunhindo hoje. 
O maior disse e abriu os olhos novamente diante da carícia. Tomou sua mão, levando-a em frente aos lábios e o beijou. Yoruichi sorriu novamente, se sentia meio envergonhado quando ele olhava para si, mas permaneceu a olha-lo, queria beija-lo. 
- Hum... Grunhindo é?
- É. Parece que hoje veio um gatinho doméstico e não selvagem. - Sorriu. 
Yoruichi aproximou-se dele e lhe selou os lábios. 
- Miau.
O loiro riu baixinho, entre os dentes, na verdade agora contra seus lábios.
- Acho que transamos muito bem, reflete em você.
- Não vou mentir, foi gostoso mesmo. - O moreno disse num sorriso.
- Hum, então podemos fazer isso todo dia.
- Ah, podemos é?
- Certamente, estou à disposição.
Yoruichi riu, baixinho. 
- Hum, hoje comemoramos um ano de casados. Não que isso seja muito importante, mas...
- Ah, já faz um ano, hum? Parece que casamos ontem.
- Felicidades pra nós. 
Yasuhiro sorriu, deduzido a razão de seu bom humor.
- Uhum. 
O moreno sorriu e beijou-o no nariz novamente.
- Talvez devêssemos fazer um doce pra comemorar.
- Hum, por mim tudo bem. O que quer comer de doce?
- Talvez um bumbunzinho.
- Já comeu ontem. 
Yoruichi disse e riu, deitando-se ao lado dele novamente. O loiro sorriu, achando graça que estivesse esportivo naquele dia. 
- Não sei, o que você quer de doce?
- Ah, você quer doce e não quer nada específico? Espertinho. Talvez uma torta de maçã ou cerejas?
- Ruim seria se eu fosse exigente, hum hum. Só quero fazer algo com você na cozinha e como já peguei o bumbunzinho, vamos fazer um doce.
- Hum, eu gostaria que você gostasse de algo e eu pudesse fazer pra você. - Yoruichi disse num sorriso. - Hum, talvez enquanto esperamos a torta assar eu possa te dar algo do outro doce que você queria.
- Torta de cereja parece bom. 
Yasuhiro sorriu com os dentes a mostra. O moreno sorriu. 
- Hum, então será cereja. Vou colher algumas lá fora.
- Hum... Tá bem. Mas pode esperar um pouco se tiver com vontade de me dar carinho ainda.
- Ah, você quer carinho é?
- Claro que sim. 
O loiro disse e se aproximou dele, enfiando o rosto junto de seu peito. Yoruichi sorriu e deslizou a mão pelos cabelos dele, acariciando-o, e gostava tanto do cheiro dele que teve que fareja-lo como um cãozinho.
- Nani
Yasuhiro indagou, percebendo a aspirada e o beijou no peito nu.
- Nada, seu cheiro é muito bom. 
O menor disse, distraído e beijou-o no rosto.
- Hum, gosto dessa sua parte sincera.
- Então aproveite porque é só por hoje.
- Não.. só hoje não. Ou talvez eu aceite, gosto também do seu mau humor.
O moreno riu ao ouvi-lo, acariciando os cabelos dele novamente. 
- Já se acostumou comigo então.
- É porque assim eu posso provocar você.
- Hum. 
Yoruichi estreitou os olhos e abaixou-se, mordendo a orelha dele, de leve, porém usou um pouquinho de força no fim, nada que fosse machuca-lo.
- Ai ai. 
Yasuhiro resmungou sem de fato se importar e apertou sua nádega, num tapa sem força. O moreno riu e mordeu o lábio inferior, precisava de sangue e notou naquele momento por estar dolorido nas nádegas.
- Hum, ressaca, amorzinho?
- Um pouco. Você abusou um pouquinho demais de mim ontem.
- Ou será que você que abusou de mim?
- Ah, eu sim. - Yoruichi estreitou os olhos.
- Abusou, sentou em mim até ficar dolorido.
O menor sentiu a face se corar e negativou, envergonhado. O loiro ficou surpreso por sua timidez, na verdade não esperava por ele e nem mesmo alegava com realidade, embora houvesse feito daquela forma. Deixou claro que havia sido inesperada sua expressão. 
- O... O que foi? O que está olhando?
- Estou vendo seu rosto tímido, é adorável.
Yoruichi negativou. 
- Não seja tolo.
- Não estou sendo. Deveria achar meu companheiro não adorável?
- E-Eu não sei... Mas não estou com vergonha.
- Ah, não? Tá bom, só está com calor.
- Sim, só com calor.
- Ah é? Porque está até caindo um pouco de neve lá fora.
Yoruichi negativou e virou-se de costas, escondendo a face.
- Não, estou aqui, aconchegado no seu peito branquelo. Devolve...
- Não devolvo.
- Devolve sim, amorzinho.
O moreno virou-se novamente de frente a ele. 
- Então comporte-se.
- Claro. 
O maior disse e sorriu, ergueu-se e se ajeitou na cama, puxando-o mais perto de si. Yoruichi sorriu e abraçou-o, apertando-o contra o corpo. Yasuhiro acomodou-se nele e enfiou o rosto em seu pescoço, se esfregando ali. 
- Hum hum...
O moreno riu e negativou.
- Pode morder se quiser.
- Não, estou só sentindo você. 
O loiro o lambeu, mordiscando a pele sem ferir. O moreno assentiu num sorriso e roçou o corpo ao dele. 
- Hum, está nu também.
- É claro, acha que vou vestir a roupa se você estiver sem as suas?
Yoruichi riu. 
- Acho que se eu vestisse, você arrancaria as minhas.
- Você poderia existir nu, pela casa. Quase não se vê alguém aqui, só aquele puto daquele gato e não acho que ele seja humano.
- Não vou andar pelado pela casa...
- Por que não?
- Porque não, é quase atentado ao pudor.
- Eu não tenho pudor.
Yoruichi riu. 
- Eu tenho, mas vou pensar no seu caso.
- É claro, assim faremos filhos rapidinho.
- Hum, minha mãe deve estar puta por não termos filhos ainda.
- Bem, não somos como eles, quero ter um filho depois de aproveitar muito você.
Yasuhiro sorriu e beijou-o na ponta de seu nariz.
- Mas vamos fazendo a tentativa. Fazer é muito gostoso, ah? Você gosta que eu sei...
- Hum, é... Você é muito bom.
- É? Então você tem que aproveitar todo dia.
O menor riu. 
- Se eu aproveitar todo dia, vamos logo logo receber um neném. Não queria me aproveitar?
- Hum... Eu tiro antes.
- E você vai conseguir? Sabe como eu aperto você quando gozo, ah? - O moreno disse num pequeno sorriso. - Não se preocupe, eu estou tomando chá, só não falei pra você.
- Hum, que frase despudorada, depois diz que tem pudor. - Yasuhiro sorriu canteiro. - Mas quem disse que eu preciso gozar junto com você?
- Hum, prefere não gozar dentro então e quer que eu pare de tomar o chá?
- Não, agora não.
Yoruichi riu. 
- Imaginei.
- Vou continuar fazendo sem fazer.
- Eh? - O moreno riu.
- Vou continuar fazendo o bebê sem de fato fazer o bebê.
- Entendi. - Yoruichi sorriu e acariciou ainda os cabelos dele. - Hum, vamos só... Ficar aqui o dia todo e dane-se o resto?
- E também fazer o doce. Posso te ajudar enquanto estou nu.
- Ah, vai mexer com o pau?
- Se você quiser. 
Yasuhiro disse e o puxou entre os braços, abraçando-o aconchegando como antes estava nos braços dele. O menor riu.
- Não quero. 
Dito, aproximou-se dele e beijou seu pescoço, fechando os olhos por um momento.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário