Ryoga e Katsumi #50


- Hum, seu chá sempre foi realmente melhor do que o meu.
- Não diga besteiras Haruki. É só chá. 
- É, mas tem que saber fazer. 
- Hum... E você e o Ryoma? 
- Estamos bem, ele é maravilhoso. O que você vai fazer hoje com o Ryoga?
- Oi? O que tem hoje?
- Meu Deus Katsumi, hoje é dia dos namorados.
- É hoje?! Porra... Não faço ideia. 
- Faz um jantar, é romântico.
- E desde quando eu sou romântico? 
- Porra sei lá. Ele também não deve se lembrar. Mas estava falando com o Ryoma no telefone sobre isso então... Sei lá. 
- ... Ele devia estar falando das reservas no restaurante. 



Por fim, Katsumi havia feito de fato o jantar. Por sorte a cozinha estava segura e não havia queimado nada, mas quanto ao sabor das coisas, isso não podia garantir visto que não sabia muito bem cozinhar, havia seguido uma receita na internet. Na mesa tinha os pratos e o macarrão chinês e carne bem mal passada coberta pela tampa, escondendo seu conteúdo e observava a porta conforme arrumava as roupas, alinhando-as no corpo. Havia até mesmo passado perfume, embora se sentisse como um idiota. As crianças, estavam com o irmão, a última coisa que faltava era acender as velas, e fora o que fez.

Ao entrar em casa, Ryoga pôde sentir o cheiro da comida, da massa e da carne, um pouco de perfume, um pouco dele e também dos filhos, mas eles não estavam. A luz estava apagada, mas tinha alguma iluminação em casa, julgou ser pelas velas que logo viu a cada passo mais próximo da sala de jantar. Quando o viu, já estava terminando de acende-las, parecia ter pressa, para não parecer desajeitado. 
- O que há? O sexo foi assim tão bom ontem a noite?
Katsumi desviou o olhar a ele rapidamente e sorriu meio de canto. 
- Ah... Não é que... É dia dos namorados e eu... Quis fazer algo... Mas sei lá, se não quiser pode acender as luzes...
- Hum, somos namorados, é? 
Ryoga indagou e seguiu com ele até a mesa, antes de se sentar porém, puxou a cadeira para acomoda-lo. Conforme viu a cadeira puxada,o menor sorriu a ele e sentou-se no próprio lugar. 
- Bom, temos dois filho juntos, eu espero que sejamos.
O riso soou entre os dentes do maior e após ele, se sentou também. 
- Vamos ver o que andou fazendo na cozinha hoje.
Katsumi assentiu e retirou as tampas das travessas sobre a mesa, revelando a ele o jantar. 
- Olha, eu... Não sei cozinhar muito bem, mas...
- Se arrumar você fez bem. 
Ryoga disse e embora soasse sério, também o estava provocando. O menor desviou o olhar a roupa e arrumou a camisa preta. 
- Hum, pelo menos isso. 
O maior riu entre os dentes, achando graça da ajeitada na roupa. Tão logo contemplou sua arrumação e se serviu do que ele preparava antes. Katsumi sorriu. 
- Ah, a carne está mal passada, talvez o macarrão só esteja um pouco apimentado.
- Hum... 
Ryoga murmurou em compreensão embora pelo cheiro, soubesse da carne viva e do macarrão condimentado. Após se servir esperou que ele também fizesse e somente então provou. 
- Oishi.
Katsumi serviu-se junto dele da comida e o observava de canto, gostava do fato dele apreciar a própria comida. 
- Está bom mesmo? Porra, eu quis fazer comida pra um chef, devo ser idiota.
- Está mesmo. 
O maior sorriu a ele, de canto e negativou ao resmungo de seu devaneio. Talvez fosse a primeira vez ao vê-lo elaborar alguma coisa? Não tinha certeza. Katsumi desviou o olhar a ele e assentiu, servindo do vinho nas duas taças, própria e a dele.
- Enviou as crianças pro Haruki? Ele não ia tentar passar com o Ryoma?
- Mandei, ele disse que ia me dar um tempinho antes do Ryoma.
- Hum, espero que Ryoma não suma. Seria bom ficar com o Haruki.
Katsumi sorriu e assentiu. 
- Haruki gosta dele.
- Acho que o Ryoma gosta dele também. 
O maior disse e pegou mais um pedaço de carne, podia sentir que ele a havia temperado.
- Hum, acha que gosta é? Eles são um casal bonito.
- É, não apaixonado, mas gosta. É potencial.
Katsumi sorriu e assentiu. 
- Como foi no restaurante?
- Deixei os funcionários cheios com os casais. - Ryoga sorriu, era quase travesso. - Ikuma estava lá, namorando eternamente.
Katsumi riu. 
- Gosto deles. Espero que não sujem seu banheiro outra vez.
- Eu não estarei lá, então podem sujar. 
O maior bebeu do vinho somente quando terminou o jantar. Havia até roubado uns tragos a mais do macarrão, mas deu fim com o vinho, esvaziando o copo. 
- Obrigado pelo jantar.
Ao finalizar, o menor igualmente bebeu do vinho, negativando a seu agradecimento. 
- Não é nada. - Pigarreou. - Feliz dia dos namorados.
- Somos namorados, hum? 
Ryoga disse, como lhe disse no começo e se levantou em seguida, tirando a louça do jantar, ajudando a limpar a mesa, como logo fora seguido por ele ao guardar seus preparos. Cruzou seu meio caminho, na passagem da cozinha para a sala de jantar, levou consigo a embalagem redonda, que ao deparar-se com ele, fez-se na altura direta de suas vistas. 
- Feliz dia dos namorados. - Sorriu, canteiro, havia evidentemente se lembrado. Lhe entregou o bolo. - Eu não sou uma garota, mas também não estou namorando uma garota, então suponho que ainda seja válido o chocolate nessa data. 
Disse referindo-se ao sabor do bolo.
Katsumi seguiu a retirar a mesa, porém ao ver a caixa cessou o passo e sentiu até mesmo a face se corar. 
- Ah... Obrigado... - Abriu a caixa, fitando o bolo. - Parece gostoso.
- Precisa provar pra saber. Meu melhor confeiteiro quem fez.
- Mandou alguém fazer o bolo? Ora.
- Não.
- Ah... - Riu. - Entendi.
Ryoga sorriu, sutil e habitualmente canteiro. Katsumi observou o bolo silencioso por fim e abriu um pequeno sorriso, não diria, mas imaginava ele preparando o bolo para si, era legal imaginar isso, de certa forma, imaginava o carinho dele com os detalhes.
- Não vai provar, palhacinho?
- Vou sim. - Katsumi sorriu e seguiu até a cozinha, buscando os pequenos pratos e talheres de sobremesa. - Quer cortar pra mim?
- Mas se o bolo é seu, não seria certo que eu o cortasse. Vá se sentar. 
Ryoga indicou porém, apontando a sala de estar.
- Bem, você estaria servindo pra mim. - Riu. - Na sala de estar?
- É, eu gosto mais do sofá do que das cadeiras. 
Ryoga disse e por fim pegou o bolo o qual dispôs na bancada, após sua ida então fatiou a sobremesa para ele e levou até. A massa era, como cobertura e recheio, de chocolate. 
- Hum, então tá bem. 
Katsumi disse e por fim se sentou na sala, aguardando pelo bolo e ao vê-lo, sorriu, observando as camadas bonitas e niveladas. 
- Realmente seu melhor confeiteiro.
- Você nem provou, não seja puxa-saco.
Katsumi riu e assentiu, esperando pelo prato que pegou e logo provou do bolo, era realmente gostoso. 
- Hum...
- Eu nunca soube se você gosta de chocolate. 
Ryoga disse e se sentou ao lado dele. Limpou a pequena gota do maltato em seu lábio e levou até a própria boca. Katsumi sorriu a ele e assentiu conforme o viu levar o chocolate a boca, fitou seus lábios por um momento, tinha vontade de beija-lo, como um adolescente apaixonado, até suspirou. 
- Ah? Ah... Eu gosto sim.
- O que há? Quer ser esse pedacinho de chocolate?
- Mais ou menos. - O menor riu e negativou, levanto mais do bolo aos lábios. - Você é muito bonito. 
Murmurou, quase para si mesmo, por sorte ele tinha boa audição. Ryoga tocou seu cabelo e afagou com certo vigor, percebia sua falta de jeito ao falar. Se aproximou e lambiscou seu lábio onde antes tirou o pouco do chocolate. Katsumi riu conforme sentiu o toque nos cabelos e desviou o olhar a ele e por fim, a língua tocou a dele, sutil. Não muito semelhante a sutileza de sua língua, ao sentir seu toque, o maior não tinha intenção de levar um beijo em seguida, mas deu isso a ele, empurrando mais firme a língua em sua boca, sentiu seu gosto de vinho com chocolate amargo.
O menor suspirou conforme sentiu o beijo dele e o retribuiu, era estranho, sentia-se ansioso de um modo que não se lembrava de ter sentido antes, como se o peito estivesse apertado, mas seguia com seu beijo, era gostoso, o retribuiu como de costume, aquela situação era um pouco diferente, talvez por isso estivesse ansioso.
Ryoga deslizou a mão do topo de sua cabeça cujos cabelos emaranhou ao esfregar, o segurou na nuca e por um instante até sentiu seu furor interno, ansioso como um beijo de escola, achou graça mas sabia porque a situação lhe era incomum, talvez era até mesmo para si. Não era habituado as demonstrações românticas e os beijos tinham sempre alguma conotação sexual, aquele não, apenas o havia beijado. 
Uma das mãos, Katsumi havia guiado sobre o rosto dele, acariciando-o, na verdade, o segurava, sentia sua pele fria, ainda assim, macia, entre o beijo, podia sentir o cheiro dele, um cheiro gostoso de um sangue puro, nem doce, nem amargo, na medida certa, estava apaixonado, não podia negar isso, e era incrível de alguma forma, porém o que levou a si a um pequeno sobressalto que finalizou o beijo, fora o próprio coração numa batida forte, assustou-se. 
- ... Desculpe. 
Murmurou, com o rosto ainda próximo ao dele.
Os lábios de Ryoga soaram num estalo suave a medida em que se destacaram dos dele sem esperar por isso. Reabriu os olhos e observou de perto, não havia se atentado aos seus batimentos, mas sorriu e lambeu os lábios, como se tomasse todo resquício de seu beijo no que restara. 
- Parece que o bolo está mesmo gostoso. 
Disse, referindo-se ao gosto que sentia em sua boca. Katsumi sorriu a ele, meio de canto. 
- Está gostoso sim... Quer um pedaço?
- O que foi? - O maior indago, achando-o pensativo.
- Nada. 
Katsumi disse num sorrisinho novamente, não queria dizer a ele o que havia sentido, só então cortou um pedaço do bolo, levando aos lábios dele. Ryoga aceitou o bolo, mesmo que houvesse provado antes de montar cada parte dele. -
- Oishi, hum? Meu namorado que fez.
- Hum, acho que ele sabe o que faz com o chocolate.
- Também acho, está uma delícia.
- Mas acho que vai perder um pouco desse chocolate assim que o Haruki devolver meus filhos.
Katsumi riu. 
- É, provavelmente.
- Ainda temos três horas. - Sorriu.
- Hum, e você quer me convidar pra alguma coisa?
- Na verdade, eu ia te convidar pra conhecer minha coleção de CDs lá no quarto.
- Claro, gosto de música.
- Tem que ser antes que minha mãe chegue, sabe como é.
- Sua mãe, é? Por que? Ela não quer ninguém vendo seus CDs?
- Ah, acho que não.
- Cada mãe com suas prioridades, ah.
Katsumi riu.
- É, tipo isso.
- Então termine seu bolo.
O menor assentiu num pequeno sorriso e comeu mais um pedaço do bolo. Ryoga observou-o enquanto comia e até aceitou um outro pedaço do bolo. Só então se levantou, quando enfim terminava o confeito. O menor levou consigo o prato até a cozinha e ao deixá-lo ali, seguiu com ele para o quarto. 
- Hum... Vem.
Ryoga seguiu ao quarto como ele pediu, quase como se de fato fosse um hóspede em sua casa. Katsumi sorriu a ele ao adentrar no local e desabotoou a camisa, não perguntou na realmente.
- Oh, precisa tirar a camisa pra me mostrar seus CDs?
- Ah sim, a calça também.
- Ah, você vai tocar os CDs em um lugar especial?
- Ah sim. Vou colocar no meu pau.
- Achei que fosse na bunda.
- Ora, como vou rodar um CD na bunda?
- E no pau?
- Eu giro nele.
- Está assumindo que tem o pau fino.
- Ah vai tomar no cu. - Katsumi riu.
- Pauzinho fino. 
Ryoga disse e seguiu para a cama, onde ao se sentar logo levou a mão até a calça, desabotoando-a. O menor negativou e sentou-se na cama junto dele, retirando a camisa e logo, a calça. O moreno fitou-o de soslaio após se sentar. Aquela altura, despia-se das roupas como ele, desnudou-se a manter somente a roupa íntima.
- Hum... Parecemos mesmo dois adolescentes meio sem saber o que fazer.
- Estou te dando a vibe. Você lá, pauzinho.
- Pare de me chamar de pauzinho, você sabe muito bem o tamanho do meu pau.
- Por isso estou chamando. - Ryoga disse, no fim achava mais graça dele mencionando a palavra do que da provocação. - E agora, o que fazemos? Esperamos a música?
Katsumi estreitou os olhos e seguiu até ele, sentando-se a seu lado e lhe selou os lábios. 
- Hum... É.
- Você não sabe atuar, não é? 
Ryoga disse e por fim, o pegou pelos quadris e empurrou para a cama, deitou-se sobre ele tão logo. Sem muito, apenas o observou de cima e empurrou a região pélvica contra a sua.
- E aí.
- Não sei. - Katsumi riu e sentiu a cama macia contra as costas, estremeceu. - Ah... Porra que susto.
- Você é muito lerdo. Como conseguia comer alguém?
O maior riu. 
- A questão é que eu não comia ninguém.
- Ah claro, virgenzinho.
- Não comia ninguém com frequência.
- Ah, não precisa ficar com vergonha agora.
- Não estou com vergonha.
- Então é charme? Não estava falando de namorar. Mas você queria mesmo era dar, não?
Ryoga disse e pegou seus quadris, afastou suas pernas. Katsumi sorriu a ele e deu espaço entre as próprias pernas. 
- Mas é claro. Eu sempre quero namorar com você.
- Hum, namorar comigo, ah. Que adorável. 
O maior disse e com uma das mãos abaixou a boxer, suficiente na altura das coxas. Katsumi sorriu a ele e assentiu, deslizando ambas as mãos pelas costas dele numa suave carícia. 
- Hum, não estamos indo muito rápido? Você só veio ver meus CDs e...
- Hum, você quer que eu chupe você antes? 
Ryoga indagou, imaginando que ele falava sério. Katsumi riu. 
- Não, não é sério.
- Hum, então você é meu colega de escola, é isso?
Katsumi sorriu. 
- Colegas de escola agridem os outros enquanto fazem sexo? Então não vai bem em você
- Você quer apanhar?
- Hum, talvez.
- Se você sofresse bulliyng.
- Hum, mas aí seria meio violento demais... Gostei.
- Ah é? Mas acho que hoje estamos numa ideia diferente, não?
O menor sorriu. 
- Estamos, estou só brincando.
- O que você quer? Já que estava ansioso com um beijo, achei que era o que você queria. Se sentir um adolescente apaixonado.
- Eu não ligo, quero que faça o que sentir vontade na hora.
- Você só quer dar, não importa como, hum? 
Ryoga disse, brincando com ele lhe deu um tapa no quadril, parcialmente na bunda. Ao erguer suavemente o corpo, ajoelhou entre suas pernas e expôs a ereção nos dedos os quais se segurou. 
- Fala aí, garoto, é de pau que você gosta, hum?
Katsumi sorriu a ele e assentiu, embora sutil, um pouco orgulhoso como sempre, porém ao ouvi-lo, mordeu o lábio inferior. 
- Uhum, quer que eu chupe você?
- Então você assume que é a porra de um viadinho, hum? 
O maior indagou e pegou vigorosamente uma parte de seus cabelos negros e medianos. Levou a brincadeira. Katsumi uniu as sobrancelhas e só então havia realmente entendido, sentiu um arrepio percorrer a espinha, meio dolorido. 
- Não... Porra, me solta.
Com o mesmo vigor com que o segurou nos cabelos, Ryoga também o puxou e fez se sentar na cama, de cara com a região pélvica. 
- Não se finja de santo, assuma que quer enfiar meu pau na sua garganta.
Katsumi arqueou uma das sobrancelhas, desviando o olhar a ele. 
- Por que eu ia querer enfiar esse seu pau nojento na boca? 
Disse a fita-lo, evidentemente contrariado, embora os lábios houvessem focado em seu sexo.
- Nojento, ah? Então por que está sempre olhando pra mim durante a aula, seu viado de merda?!
- Por que eu olharia pra você? Um otário desses. 
Katsumi disse a estreitar os olhos e ergueu-se, fitando-o de perto e deu um pequeno sorriso a ele. Ao solta-lo, foi o suficiente para Ryoga desferir o golpe em seu rosto e que estalou ao atingir. 
- Está sorrindo pra mim, ah?
O menor uniu as sobrancelhas ao sentir o tapa que fez a face virar de lado e agarrou-se ao lençol da cama, apertando-o entre os dedos. 
- ... Estou, e aí?
- Vou te bater até perder o sorriso. 
Disse o maior e voltou a colidir o acerto em seu rosto. Katsumi sentiu o rosto arder no tapa e negativou, empurrando-o em seu peito num reflexo. Ryoga sorriu-lhe canteiro ao arquear a sobrancelha, uma delas, percebida sua investida. 
- Vai me encarar, calouro?
O menor cerrou os dentes, e sabia que não conseguiria realmente bater nele, claro que estava atuando, não se importava de verdade com uns tapas.
- Abra a boca. 
Ryoga ditou, firme e ainda segurava seus cabelos.
- Não vou abrir. 
Katsumi disse e fechou os olhos, esperando pelo tapa.
- Abra a boca! 
O maior disse firme, mas não era alto embora exclamasse. Puxou seu cabelo segurado a medida em que se dirigiu a ele. O menor gemeu dolorido conforme o puxão dos cabelos e descerrou os dentes, abrindo a boca como pedido por ele.
- Você quer isso. Você sabe que quer. 
O maior disse e o puxou mais por perto, expor diretamente a ereção junto a seu rosto, nada tímido. 

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