Broken Hearts #26 (+18)


Hideki o ouviu dizer e não precisava pedir muito, queria foder até seu último fio de cabelo. O virou de costas, firmemente, caminhou até a parede e tocou os ombros do garoto, desceu pelos braços até alcançar as mãos dele e as levou para a parede, indicando que se apoiasse. Yori s
eguiu com ele até a parede, mas não queria algo tão ríspido daquele jeito, embora soubesse que era o jeito dele. Apoiou-se como ele havia pedido.
- H-Hideki...
Ao soltar suas mãos, o maior deslizou de volta pelos braços e seguiu até os ombros, dali pelo tronco, das costelas até a cintura e então sua roupa interior, abaixando a calça, junto da roupa íntima, vagarosamente penetrando os dedos no cós a empurrar os tecidos. Silencioso, o menor sentiu seus dedos puxarem as roupas e mordeu o lábio inferior, como sabia que ele era daquela forma, sempre muito intenso, se excitava com gestos simples dele, se excitava por saber que ele estava sempre pronto para si, não importando quando pedisse, era sexy de alguma forma. 
- Hum...
Hideki sentiu sua euforia, era um ânimo que não podia ver, mas sabia que estava lá. Atrás dele, com uma das mãos abaixou a própria calça e se aproximou, encostou-se nele e sua nova pele sem calor, quer dizer, tinha algum calor, mas era muito suave. Yori suspirou, não precisava mais, mas queria, mesmo sem perceber e ao senti-lo, estremeceu, ele era tão gostoso, e estava constrangido por pensar nisso, por pensar no corpo dele sem roupas, de certa forma, era a primeira vez que queria toca-lo, toca-lo além do que o comum, queria dar prazer a ele, e não sabia porque se sentia assim, talvez fosse parte da sede que tinha como vampiro. Estava curioso também, sobre o corpo dele, sobre um corpo como o próprio. Virou-se de frente a ele, mesmo sem permissão e o fitou, fitou seu tórax nu, era bonito, era realmente bonito, e mais embaixo, já podia ver seu sexo ereto. Talvez fosse uma ideia idiota, não sabia, mas ajoelhou-se no chão, em frente a ele e o segurou entre os dedos, fechando os olhos vermelhos e acesos e afundou-o na boca, rápido, antes que ele se zangasse consigo por algum motivo e o sugou, desajeitado, mas não menos prazeroso.
Yori estava excitado e Hideki podia sentir sua sensação de calor irradiando por dentro, era um calor que sabia sentir, foi por isso que não se aborreceu, porque sentiu o que ele sentiu ao observar a si quando se virou, tinha desejo, o que fez com que lambesse os lábios como quem estava prestes a saborear um prato. A mão pesada levou para sua cabeça, pressionou os dedos e desceu pela nuca, fazendo a curva onde tão logo enroscou seus cabelos, apertando nos dedos e imergiu em sua boca morna, talvez aquela altura ele já pudesse suportar a intensidade da firmeza. Ao senti-lo segurar a si, o loirinho não reclamou, pelo contrário, gemeu prazeroso contra o sexo dele que tinha entre os lábios e afundou-o em si até onde conseguiu, sentindo-o tocar a garganta e firmemente fechou os olhos, unindo as sobrancelhas. Passou a se mover, devagar, retirando-o e colocando-o na boca novamente, e foi a primeira vez que o fez, então era estranho, mas excitante, ele parecia gostar, embora não o conseguisse sentir com intensidade, ainda era muito novo.
Hideki sentia sua boca morna lubrificar todo o corpo naquela parte, cobrindo-o até onde podia chegar com sua garganta. Gostava, embora não entendesse sua vontade repentina de experimentar aquilo, não precisava realmente entender, ele parecia gostar e a si, bem, qualquer homem devia gostar daquilo. Ao cessar os movimentos por um momento, Yori o sugou em sua ponta, atencioso aquela pequena parte e lhe deu uma pequena mordida que por acidente raspou o novo dentinho afiado. Afastou-se a retirá-lo da boca e uniu as sobrancelhas. 
- Desculpe.
- Uh... 
Hideki murmurou ao sentir raspar na pele, era uma parte sensível. Franziu o cenho mas não reclamou, apenas o olhou, notando como ele fazia aquilo bem, parecia ter feito em alguém antes. O pegou pelo pescoço, o ergueu por lá, mas não era com força para machucar, segurando sua nuca, fitou-o de frente e enfiou a língua vigorosamente em sua boca. Yori uniu as sobrancelhas conforme sentiu sua mão no próprio pescoço e se ergueu, num gemido dolorido embora não fosse tão forte, tinha medo, e agora ele poderia sentir esse medo, que arrepiava toda a coluna. Ao vê-lo em frente a si, tinha a respiração descompassada, e retribuiu seu beijo, que arrancou mais alguns gemidos já que seus dentes mordiam a própria língua e os lábios. O maior sentia seu gosto distante, nos resquícios que conseguia de cada arranhada, não tinha intenção de feri-lo, mas tinha o hábito de ser muito firme, ainda mais quando excitado. O pegou pelas coxas, acomodando-o no colo logo após se desfazer de sua calça frouxa nos tornozelos. No meio do beijo, o menor sentiu o arrepio percorrer a coluna, ele era tão gostoso, pensou, é claro que não ousaria dizer, tinha vergonha, e estava talvez tão excitado quanto ele. 
- Hideki... 
Murmurou conforme o sentiu entre as pernas e se segurou ao redor do pescoço dele, estava curioso, as mordidas já não eram tão dolorosas, e se fechavam na mesma hora, como seria quando ele entrasse no corpo?
Hideki deslizou as mãos por suas coxas, seguiu pelas nádegas e as apertou, firme. Levou-o até a cama onde caiu com ele ainda enroscado aos quadris. Pegou-se na mão, e a excitação se misturava com a dele, juntando-as acabava um tanto mais intenso.
- Sabe que vou foder você até te deixar desacordado, não sabe?
Ao se deitar com ele, o menor deslizou ambas as mãos pelos cabelos dele, acariciando-os e novamente, sentiu aquele arrepio na espinha. - V-Vai? - Murmurou e mordeu o lábio inferior, sutil. - Então... Então fode... - Disse e tinha o tom vermelho nas bochechas.
Ele podia notar o vislumbre de um sorriso no rosto de Hideki, não era gracioso, era quase maldoso. Pegou-se nos dedos, levou-se para ele sem recatos ou delongas e então sem esperar acomodou em seu corpo, aonde ele bem sabia. Estar com ele parecia a primeira vez de novo, agora, estava diferente. Ao senti-lo se empurrar para si, Yori gemeu, dolorido, mas não era só ruim, era gostoso também, porque estava excitado, e estava muito. Inclinou o pescoço para trás e novamente mordeu o lábio, mais forte, porém sentiu a fisgada das novas presas, ainda não sabia tomar cuidado com elas e sentiu o gosto do próprio sangue com as pequenas gotas. Ele havia entrado por inteiro no corpo, e não tivera um tempo para se acostumar com aquilo como ele fazia geralmente, mas de cima forma, o corpo não era mais tão fraco, e já o apertava, como se não quisesse deixar que ele saísse de si. 
- H-Hideki...
O maior imergiu em seu corpo, se afundando, não era rápido mas foi continuo até chegar ao fundo. O completou, sentindo seu corpo cuja temperatura havia decaído, sentiria falta da anterior, mas havia gostado mesmo daquela e do apetite que sentia vindo do menor. Ao menos ali ia poder lhe dar uma primeira experiência melhor. Yori desviou o olhar a ele, ainda com os lábios manchados e puxou-o para si com a mão em sua nuca, e o beijou, empurrando a língua para os lábios dele como ele fazia consigo, firme, buscando sentir o gosto dele, como ele poderia sentir o próprio.
Hideki abaixou-se, sentindo seu gosto, sentindo seu beijo e retribuiu com o mesmo vigor, podia sentir suas mordidas e retribui-las com a mesma intenção. Tão logo se moveu, penetrando tão firme quanto o restante de qualquer movimento. Sabia que ele sentia dor, mas também sentia o prazer unido ao toque dolorido. Ao senti-lo se mover contra si, Yori gemeu dolorido contra seus lábios, mas ao contrário do que faria quando humano, separou ainda mais as pernas, dando espaço a ele e uniu as sobrancelhas, quase perdeu a concentração no beijo, devido aos gemidos contra os lábios dele. Hideki teria pensado no quão forçado ele pareceria se não soubesse de suas sensações, agora podia senti-lo transmiti-las para si e estava excitado. Deslizou as mãos por sua cintura, desceu para as coxas, apertou suas nádegas e então o puxou pela pelve, empurrando para si como se empurrava para ele e não mentia quando dizia que ia foder com ele, penetrava-o com força.
Ao senti-lo se mover, Yori fechou os olhos firmemente, agarrando-se aos ombros dele, e era dolorido, talvez aquela fosse toda a vontade dele de fazer aquilo consigo, que guardava há muito tempo. Estremeceu, mordendo novamente o lábio inferior e uniu as sobrancelhas conforme desviou o olhar a ele, de alguma forma sabia que se fosse humano, ele certamente já havia machucado a si e muito. 
- H-Hideki! 
Chamou e inclinou o pescoço para trás, doía tanto, mas era tão gostoso, podia sentir a força dos quadris dele, e estava tão excitado, na verdade, não se lembrava de ter sentido tanta vontade de fazer aquilo antes, sentia o cheiro dele, e era inebriante, ficou com vontade de sentir o gosto dele de novo. 
- M-Meus quadris... A-Ah...
Ainda que o moreno fosse mais firme que o habitual, ainda não era toda a força que poderia usar com alguém, afinal, estava fazendo sexo e não brigando e de alguma forma queria que seu prazer fosse contínuo, queria dar prazer e não só a dor para ele, havia aprendido nesse meio tempo que fazê-lo se sentir bem era uma coisa que gostava, além de expor a ele o fato de que era capaz de fazê-lo. Sentiu seu cheiro aflorar, intensificando durante o sexo, agora não sentia o cheiro de seu suor, mas era o cheiro de seu sangue mais intenso, deslizou os lábios por seu pescoço e seguiu ao ombro, o mordeu e provou mais consistentemente seu sabor, suas sensações. Conforme o sentiu morder a si, Yori fechou os olhos, agora ele poderia fazer isso e não ficaria machucado por dias, talvez fosse bom para ele, mas percebeu que também podia fazer aquilo, ainda mais com seu corpo tão perto do próprio. Ao se aproximar, beijou-o em seu ombro e o mordeu, igualmente, cravando as presas em sua pele e sugou-o para si, e era tão gostoso, que sentiu todo o corpo se arrepiar.
- Hum!
Hideki sentiu seu beijo, foi quase um anúncio de sua boca, tão logo vieram os dentes, em reflexo deu uma mordidinha a mais em seu ombro, mas continuou a traga-lo. Não se importava com sua mordidas, na verdade gostava, era o que significava ter um parceiro. Com isso sentiu o que ele sentia e o deixou sentir o que estava sentindo também, fosse com seu gosto, fosse com o sexo, fosse com as suas sensações. Deitado na cama, Yori teve que se manter em silêncio quando enfim sentiu a sensação invadir o corpo, era ele, não havia sentido até então porque não havia se concentrado nele, mas naquele momento se concentrou em seu corpo, seu gosto e então pode sentir o que ele sentia. Não conseguiu nem sugar seu sangue mais, porque pelo corpo sentiu um arrepio tão intenso que teve que gemer mais alto, era quase manhoso. Não estava habituado a sentir o próprio prazer e o de outra pessoa, também não estava habituado para aquela sensação tão estranha e confusa que sentiu vindo dele, mas junto disso, veio também um sentimento que conhecia bem, e teve que sorrir, sentindo as lágrimas nos olhos. Desviou o olhar a ele e deslizou uma das mãos pelo rosto dele, acariciando-o, afastando-o de si e fitou seus olhos amarelos, mesclados com o vermelho e quis beija-lo, quis abraça-lo, quis fazer tudo ao mesmo tempo, e dos olhos escorreram as lágrimas, que não estavam nem perto de ser de tristeza, ou dor. Acariciou os cabelos dele, mas se concentrar em seus sentimentos bons traziam também o que ele sentia quando estava dentro de si e fora por isso que gozou antes do que deveria, sem aviso algum para ele e gemeu, prazeroso, inclinando o pescoço para trás e fechou os olhos, mas não queria que ele parasse, não... O corpo não queria. 
- Não para... Não... Não para Hideki...
Hideki sentiu surgir no corpo a sensação emotiva, queria entender porque tudo lhe causava choro, porque era tão sensível. Mas sabia o que  estava fazendo, estava vasculhando as sensações, mas não era novidade ainda que algumas partes, preferia não deixar tão descaradamente evidente, no entanto, agora eram parceiros, ou talvez ainda estivesse esperando que fosse, mas sentia algo nele que fazia crer que o que sentia, ele também sentia, embora fossem diferentes, era o mesmo sentimento, e por hora, se faria satisfeito embora temesse por quanto tempo fosse sentir isso, por quando tempo acreditaria que ele amava a si. Sentiu a intensidade de seu prazer se juntar ao próprio, intensificou as sensações dele e ele por consequência fez o mesmo consigo, teve de gemer contra sua pele enquanto se contia para não sugar demais, sedento talvez não por seu gosto, mas por seus sentimentos. Com ele acabou chegando ao clímax, mas não precisaria pedir para que continuasse, tão logo o fez, não afrouxou sequer ao se desfazer dentro dele.
Yori estava trocando aquele tipo de sensação com ele, uma sensação prazerosa, não só do sexo, mas de tudo o que sentiam e conforme sentiu seu ápice, sempre frio, gemeu prazeroso e beijou-o no pescoço, várias vezes, ainda que ele houvesse gozado junto a si, não cessará seus movimentos e estava sensível pelo ápice recente, mas não se importou, estava tão gostoso que agarrava-se a ele, como se ele não pudesse se soltar dos próprios toques, o segurava, firme, para que ele não parasse, ainda que soubesse que não iria. 
- Ah!
O maior sentiu seus beijos e sua sequência de movimentos inquietos afetados pelo ápice, embora limitasse o ritmo, não tinha peso suficiente para cessar, continuou então tal como ele parecia querer, como queria por si mesmo, e ouvia a pelve bater contra a dele, como tapas na pele, desta vez já não lhe parecia fazer mal. De olhos fechados, o menor apreciava os movimentos dele, e teve que estremecer conforme o sentia tocar onde gostava insistentemente, já não sentia mais o corpo cansado como em um humano, e nem tão dolorido, o sangue que havia tomado mantinha sempre o corpo funcionando e as feridas se fechando, assim com o apertava no copo, firme, e era uma resposta do corpo ao sangue, queria se curar, mas em continuava sendo violado por ele. O mordeu novamente no ombro, mas não bebeu de seu sangue, mordeu várias vezes, perfurando com as presas afiadas, havia gostado de fazer aquilo, mas é claro, eram só pequenas picadas, não perdurava fundo o suficiente para expelir sangue. Hideki arqueou a sobrancelha, embora fosse mais para si mesmo, sentindo suas mordidas insistentes, uma vez que pouco antes dizia não querer ferir a si, agora, fazia do ombro uma peneira com suas mordidas. Deslizou a mão por sua cintura, apenas uma delas e seguiu até seu sexo, sentiu o toque pegajoso de seu clímax anterior, sentiu sua firmeza mesmo após gozar, o que ele não costumava sustentar anteriormente. O enluvou, massageou e apertou, tamanha firmeza quanto dos quadris. Ao sentir o toque firme, Yori o soltou e inclinou o pescoço para trás, apreciando o toque dele no próprio sexo, embora doloroso. 
- H-Hideki... - Murmurou e desviou o olhar a ele, por um momento quis a posição que ele costumava usar consigo. - Posso... Ficar de quatro?
O menor não precisou insistir, na verdade era a intenção inicial, Hideki mal entendia como terminaram daquela maneira. O maior o pegou pelos quadris e aos sair dele, virou-o de costas, puxou e elevou sua pele, mas não entrou em seu corpo, apenas se pôs atrás dele, o resto esperaria dele. Ao se virar, o menor agarrou-se ao lençol como de costume e mordeu o lábio inferior sentindo os pequenos fios de cabelo loiro caírem sobre a face. Esperou por ele, mas aquele pequeno minuto pareceu um ano, e guiou a mão entre as próprias pernas até segura-lo pelo sexo e o guiou para dentro de si novamente, empurrando-o para dentro. 
- Ah!
Hideki sorriu quase sem perceber, notando sua mão buscando encontrar o que queria atrás de si, se aproximou e permitiu se encaixar. O penetrou, deslizando para dentro. O pegou nos quadris e puxou para si, imergiu dentro dele e gemeu entre os dentes, com ele. Ao senti-lo inteiro no corpo novamente, Yori estremeceu e desviou o olhar a ele de canto. 
- Hideki... Eu... Eu me sinto tão bem, isso é tão gostoso... 
Murmurou e buscava ouvi-lo, ele estava tão silencioso que tinha um pouco de agonia.
- É gostoso, hum? Agora você sabe o quanto eu fui resistente pra você, ah? 
Hideki indagou e sabia que não era bem uma justificativa, mas para si podia soar como uma. Deslizou as mãos por sua cintura, segurou-o com firmeza e puxou contra o corpo. Yori assentiu, silencioso, não havia pensado naquilo até então e era verdade de alguma forma, embora como ele havia pensado, não fosse bem uma justificativa para o que ele havia feito. Ao senti-lo puxar a si, estremeceu e gemeu dolorido, mas prazeroso, ele não parecia ter perdido nem um pouco da postura após seu ápice, era como se a vontade dele nunca diminuísse.
O maior deslizou a mão direita por sua lateral, da cintura até a coxa e então o meio de suas pernas confirme se debruçou para ele, encontrou seu sexo, o envolveu e passou a massageá-lo com firmeza, não perdeu no entanto a atenção atrás dele, continuando a penetra-lo, sentia seu prazer continuo. Talvez, ser um vampiro significasse aquele sentimento, Yori era acostumado a ver vampiros como uma coisa muito lasciva, mesmo a cultura que tinham por conhecer esse tipo de espécie era assim, mas nunca pensou que conseguisse sentir tanto prazer por estar com ele, a troca de sensações o sangue, era tão bom que não saberia descrever. Ao sentir o toque, mordeu o lábio inferior e estremeceu, desviando o olhar a mão dele que tocava a si.
- H-Hideki...
- Você gosta nele também, hum? 
O moreno indagou, embora tivesse uma breve lembrança sobre aquilo. O massageou, o esfregou, tão firme quanto a pelve. E sua nuca aparente beijou, mordeu, furou sem muito invadir, assim como ele o próprio ombro. Yori assentiu, e na verdade havia reparado que gostava de ouvir a voz dele, seja gemendo, falando, qualquer coisa que pudesse ouvir seu timbre grave soando perto do ouvido apurado. Estremeceu mais uma vez, as mordidas eram de alguma forma, gostosas. 
- Eu... Gosto da sua voz. - Murmurou.
- Gosta? 
O ruído nasal de Hideki era uma risada soprada, baixa, mas audível. Segurou-o mais apertado nos dedos e já continuamente no ritmo, não demorou para chegar perto de gozar novamente, e ele ia sentir sem que precisasse dizer. 
- Gosto. - Yori murmurou e arrepiou-se com a sensação de seu corpo, aquilo fazia a si se sentir da mesma forma. - E-Eu... Hideki...
- Gozar... 
O maior sussurrou, completando, ia com ele. Intensificando o ritmo, soltou seu sexo sensível e pegou sua pelve por onde o puxou com maior consistência, só então se desfez, pela segunda vez e dentro de seu corpo. Yori assentiu a ele conforme o ouviu, o corpo estava dolorido pelas investidas insistentes, mas não fora menos excitante quando por fim, gozou junto dele, e a voz saiu da gargante, alta, e chamou por ele. 
- Hideki!
Hideki sentiu o ápice por si e também sentiu por ele, certamente o fez sentir o mesmo. O protesto de voz soou rouco, porém ofuscado por ele que consigo atingia o êxtase. No fim se moveu até que tirasse cada gota dele e também de si. Yori agarrou-se na cama, no lençol e sentiu as pernas fraquejarem, não estava tão fraco quanto estaria quando era humano, mas ainda era um vampiro recente, precisava se acostumar a fazer aquilo.
- H-Hum...
Hideki o segurou antes que decaísse, mas o deixou se deitar enquanto sentia seus espasmos musculares, podia ver suas pernas bambearem. Empurrou-se uma última vez antes que saísse e com ele se deitou, deixando sentir cada último segundo até a sensação desvanecer. Yori suspirou e deitou-se na cama, fechando os olhos para descansar e aproximou-se dele, repousando a face em seu peito. O maior se deitou, sentindo o efeito de suas mordidas, de ser parte de seu aperitivo. Mas podia facilmente continuar, no entanto, era seu primeiro dia como vampiro, sabia que dormiria feito uma pedra naquela noite.
- Ah... 
O menor gemeu, baixinho, um pouco extasiado ainda pelas sensações e sorriu a ele. 
- Você esperou por mim muito tempo... Então, essa foi sua recompensa. 
Riu baixinho, não que fosse de fato uma recompensa.
- Eh? 
Hideki indagou, se perguntando se ele falava sobre o sexo, afinal, já haviam feito tantas vezes. Sobre ser um vampiro, praticamente o havia obrigado a se tornar um. Yori riu. 
- O sexo... 
Murmurou e virou-se a beijar seu pescoço.
- O que seria uma recompensa? Sempre é gostoso, mesmo quando precisa ser rápido por seu corpo frágil. Recompensa foi saber o que estava sentindo, sentindo prazer comigo, que estava com vontade de ter mais de mim, que não era só a dor do meu toque, embora eu goste de prover alguma dor a você, queria que ela seja prazerosa.
- Eu só estava brin... 
Yori disse e uniu as sobrancelhas porém conforme ele continuou e sentiu a bochecha corar, era estranho ouvi-lo dizer, quer dizer, havia sentido os sentimentos dele, mas não deu atenção aos próprios e com ele foi o contrario. 
- Eu sempre gosto... Não é só sempre dolorido.
- Costumava ser. Você não sentia coisas boas. Parecia quebrar quando ia ser tocado.
- Você não sabe, você não me sentia. Era doloroso sim, mas gostoso, ou eu não pediria por você mesmo sabendo que poderia quebrar.
- Hum. Eu não quero conversar sobre isso. 
O maior disse, era inflexível sobre as próprias ideias então, não queria se irritar depois do que fizeram. Yori estreitou os olhos, mas assentiu, achava ele um tapado na verdade, mas não diria, ou correria o risco de voar pela janela. Suspirou e se sentou na cama, sentindo o corpo bem melhor do que estaria quando humano depois daquela situação.
- Não me olhe assim.
- É que as vezes você é tapado. - Disse, finalmente.
- Não sou tapado, só não vou ficar ouvindo você tentando fingir que sempre adorou isso. Você me aceitou nas últimas vezes, mas não foi assim com frequência.
- Eu não disse que sempre adorei, até porque eu não tinha como gostar enquanto você me estuprava naquele quarto escuro. Eu quis dizer que eu pedi por você mesmo quando era humano, então não era só ruim.
- Claro, depois que eu espancava um vampiro é claro que faria sentido, afinal.
Yori estreitou os olhos novamente e cruzou os braços. 
- Só era gentil comigo por que espancava alguém então?
- E você acha que era fácil segurar você? Você parecia um pedaço de vidro na minha mão. Tudo era dolorido, pesado. Não aja como se não soubesse disso.
O menor suspirou. 
- E agora o que eu pareço? Um pedaço de vidro que se cola se você quebrar?
- O que? - Hideki indagou, não vendo sentido na implicância daquilo. - ...Você está afim de discutir, Yori?
- Não. - Yori disse novamente num suspiro. - Quero saber se me transformou porque quer ficar comigo pra sempre ou se era só pra aguentar o tranco com você na cama.
- Eu é quem sou tapado?
Yori uniu as sobrancelhas e abaixou a cabeça, era irracional, mas já havia sido deixado de lado por muita gente antes de ficar com ele, pessoas da família mesmo e no fim, havia acabado sozinho. Só esperava que de alguma forma ele não enjoasse de si. Levantou. 
- Eu vou tomar um banho.
- Você sabe que desde o início eu quis você, e sabe que usei de outros artifícios pra não te ferir, se eu quisesse só alguém que desse conta de mim na cama, eu teria pego um vampiro qualquer, não teria transformado você, com risco de você não acordar ou não me escolher depois disso.
Yori desviou o olhar a ele, virando-se novamente para a cama. 
- ... E quem eu escolheria? Você foi a única pessoa que me quis mesmo quando eu mesmo não me queria mais.
- Mas poderia não querer alguém que desrespeitou seu corpo. 
Hideki esticou o braço, deitado como estava, alcançou a mão dele. Não que agora soubesse como lidar com ele, não havia conseguido uma noção repentina de respeito, apenas, gostava dele, e talvez por isso, soubesse o que não lhe fazia bem. Ao senti-lo segurar a si, Yori aproximou-se dele e novamente se deitou, mas permaneceu com o tronco erguido, fitando seu rosto. 
- Você não tinha como saber... Você não é humano.
- Agora vou saber de tudo. 
Hideki disse e subiu com a mão por sua coluna até a nuca, sentindo na ponta dos dedos sua pele carecida do calor que costumava ter. Yori assentiu e abaixou-se, selando os lábios dele. 
- Agora vai sentir minha dor.
- Hum. 
Hideki assentiu apenas com o murmuro e ficou daquela forma, aproveitando a companhia e o silêncio que se instalou.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

1 comentários:

  1. Só posso dizer que amei este cap! Finalmente Hide-chan pôde aproveitar um sexo do bão com seu amado ex humano, Yori!
    E nos finais tivemos a briga de sempre porque casal que é casal discute a relação após uma foda xD
    Amei, amei,amei e amei Kaya!! Obrigada mesmo!!! Agora que o bicho vai pegar!!!

    PS: Se a Ophelia já escutava as poucas "peripécias" desses dois, imagina agora! XD

    ResponderExcluir