Kyo e Shinya #55 (+18)


Shinya ouvia o barulho dos copos sobre a mesa, observava os amigos que bebiam animados e não entendia porque havia se sentado longe dele, na verdade, eram as duas cadeiras existentes na mesa quando chegaram por último, uma no canto, que foi onde se sentou, visto que o mais tímido e outra entre o baixista e o guitarrista, e claro que se incomodava com os toques do baixista no outro, mas era melhor não falar nada do que arrumar confusão. Comeu o pouco de cabeça baixa, não tinha muito apetite e vez ou outra ria com algum comentário do outro guitarrista ao lado, negativando. Depois da terceira cerveja, havia guiado a mão sobre o rosto, e tinha dor de cabeça. não costumava beber, e desviou sutilmente o olhar a ele, num pedido mudo para voltar para casa.

- Ah, nem vem com essa! Você age todo fofo na entrevista, falou até que tinha ciúme do Shin. Expulsou mesmo aquele fotógrafo?
- Toshiya, não se meta. - Riu.
Kyo observou o maior, sentado algumas cadeiras mais longe do que a si. Parecia incomodado com aquilo, mas não tinha muito como mudar o posicionamento dos demais. Bebeu um pouco da cerveja, não gostava daquela bebida. E ouvia o baixista trocar algumas palavras consigo. Aquela altura não havia escutado metade do que dissera, mas retrucava da forma mais falsa possível, pelo jeito até então estava dando certo, já que ele levava adiante. 
- Não vem com essa o que?  - Disse, revelando por fim que não prestava a atenção. - Como disse, em certa escala. Mas o Shinya não me dá motivos, então.  Troque de lugar com o Shin, ele está infeliz, vá.
- O Shin não está infeliz, ora. Está Shin?
Shinya uniu as sobrancelhas a observá-lo e desviou o olhar, sem saber o que dizer, era obvio que estava, mas não queria arruinar o jantar e preferiu deixá-lo lá, voltando o olhar ao próprio copo, do qual deu mais um gole, já se sentindo meio tonto, e fora suficiente quando desviou o olhar e viu o baixista segurar a mão do outro sobre a mesa deliberadamente, enquanto a outra mão escondia embaixo da mesa, certamente em sua coxa, em dias normais teria ficado chateado, mas alterado como estava se levantou na hora, afastando a mesa e caminhou a dar a volta, puxando o outro pela camisa a afastar sua cadeira.
- Que merda você tem na cabeça?
- Eh? O que eu fiz?
- Para de segurar o Kyo, Toshiya, para de chegar perto dele, para com essa merda! Você é cego? Ele é casado! Deve ser surdo porque eu já falei isso mil vezes!
- Calma, Shin... Não é nada demais.
Shinya estreitou os olhos, realmente irritado e desviou o olhar ao redor, observando as pessoas que já observavam o tumulto. Kyo observou o baterista, que desviou o olhar. Não tinha noção do que passava em sua cabeça, foi por isso que não voltou a insistir, tendo em mente que talvez ele não desse importância. E bebeu mais um trago daquela bebida sem graça, com gosto de água suja, pelo menos estava gelada. E sentiu a mão ser tocada, tal como a coxa. E realmente não entendia como o baixista podia ter algum interesse em si, ou até mesmo o próprio baterista. Eram incompatíveis, Toshiya era mais como alguém de humor leve. Já o baterista, era o mais próximo do próprio modo, talvez fosse mais animado que si, fosse mais calmo, mas tinha o equilíbrio que faltava em si e isso que deixava o relacionamento balanceado, completo. Fez menção de desviar o toque, e no entanto teve alguém a intervir antes de si. Observou o olhar ao companheiro, e bem preferiu não olhar as pessoas, não se importava com elas. Pagou a cerveja ruim e se levantou a notar a feição do mais alto. Estava rubro, fosse de vergonha e mesmo o álcool.
- Vem, vamos embora. Amanhã falamos.
- Nada de mais o caralho! Acha que eu não vejo a sua mão estúpida de boba? Eu vou quebrar a sua cara, Toshiya! Eu pareço fraco, mas eu te arrebento!
- ... Cara, eu vou lá ajudar.
Kaoru disse e Die passou o braço em frente ao amigo, bebendo mais da cerveja.
- Não se atreva, briga de mulheres.
Shinya estreitou os olhos, meio cego, e isso se devia a raiva de alguns dias que tinha dele, acumulada, com suas gracinhas, se aproveitava da própria boa vontade.
- Shin, para... Aqui não. Você está bêbado. - Disse Toshiya.
- Não me interessa onde!
Ao se levantar, Kyo imaginou que o veria cessar a briga e sair do lugar como se estivesse arrependido, mas parecia diferente disso. Do contrário, acabou chamando mais atenção ao continuar a conversa, ou melhor, sua discussão. O baixista não parecia interessado na briga, mas sempre foi assim. 
- Shinya, está falando alto. 
Disse, embora não tivesse sido ouvido, visto que continuavam a falar. Tornou a dizer, e até tocar seu braço, mas estava bêbado, precisou de uma pouco mais que isso. 
- Terachi!
Shinya cessou, assim que o ouviu gritar e até se encolheu, desviando o olhar a ele e piscou algumas vezes enquanto tentava estabilizar os pensamentos confusos.
- ... Desculpe.
- Vamos embora. Venha. 
Kyo disse e segurou-o pelo ombro, guiando-o consigo para fora do do estabelecimento. Nem precisou dizer nada aos demais integrantes e ao deixar o lugar, seguiu com ele até o veículo. Não disse nada, mas sabia que ouviria aquelas desculpas outra vez. Shinya seguiu para fora com ele, em silêncio e logo adentrou o carro, colocando o cinto, meio tonto ainda e uniu as sobrancelhas, guiando ambas as mãos sobre a face a tentar conter as lágrimas. O maior entrou no carro junto a ele, e tomou posto da direção. Por sorte não chegava ao estado em que ele, com poucas cervejas, chegava. 
- Não comece a chorar.
Shinya assentiu, quase em seguida e passou a manga da blusa sobre os olhos, limpando as lágrimas e suspirou, contendo o choro.
- Por que está chorando, Shinya?
- Eu não faço isso... Não devia ter falado isso...
- A cerveja é demais pra você.
- O Toshiya é um idiota.
- Ele, eu não sou.
Shinya desviou o olhar a ele.
- Mas e se você gostar dele também?
- Se eu gostasse dele eu não estaria aqui com você e menos ainda teríamos dois filhos.
Shinya assentiu e abaixou a cabeça.
- Desculpe.
- Não seja idiota. Não sou de fazer declarações de amor, mas isso não significa que não amo você.
Shinya arqueou uma das sobrancelhas ao ouvi-lo e desviou o olhar a ele, sério por alguns segundos e logo riu baixinho, encostando a cabeça no banco, no encosto.
- Não é mais fácil dizer que me ama?
- Acabei de dizer. 
Kyo retrucou, embora não tivesse se voltado a ele, não gostando da risada, mas não diria.
- Desculpe... 
O maior falou a respeito da risada, não ria porque achava o que ele dizia engraçado, mas sim pela bebida mesmo e negativou.
- Foi a maldita cerveja... - Murmurou, sentindo as lágrimas se formarem nos olhos em seguida e sorriu. - Você nunca diz que me ama...
- Claro que digo. Você que é surdo.
Shinya sorriu e logo encostou a cabeça em seu ombro.
- Não vou te deixar beber novamente. 
Kyo disse e fitou-o de soslaio. 
- Eu nunca bebo mesmo. Eles que me induzem.
- Você bebeu por vontade, Shin. Eles incentivam, mas quando não quer, não quer.
- Hai, desculpe... - Shinya murmurou e suspirou, mantendo-se encostado a ele e de olhos fechados. - Essa noite eu sonhei que me casava com você...
- Ah, é? - Kyo indagou, recebendo o recado. - E como foi?
- Foi bonito, nos casamos num jardim, mas estava nublado. - O maior murmurou, preguiçoso.
- Hum, deve ter sido bonito. Estávamos só nós dois?
- E as crianças carregando as alianças. - O maior sorriu. - Nós estávamos de kimono...
- Hum... 
Kyo sorriu sutilmente, com os lábios cerrados somente. Shinya sorriu igualmente, e era tão lindo na própria cabeça que podia jurar que estava sonhando de novo e estava, havia cochilado em seu ombro e num suspiro, denotou isso a ele.
- ... 
Kyo suspirou, esperando não acordá-lo ou mesmo ser atrapalhado enquanto dirigia. Seguiu o caminho vagarosamente curtindo a vista, gostava de dirigir a noite. E vez outra, fitava-o de soslaio. Shinya suspirou e moveu-se, ajeitando-se no banco, o próprio e talvez somente não quisesse incomodá-lo até chegar em casa e encostou a testa no vidro, mantendo os olhos fechados. O menor continuou o caminho, no silêncio gostoso e escuro do carro. Até observou alguns lugares, restaurantes, e pensou em parar com ele, mas bêbado, talvez não conseguisse. Shinya suspirou, um suspiro pesado e sorriu em meio ao sonho, sentindo-se tranquilo e de fato estava, principalmente por estar dormindo ao lado dele.
Quando algum tempo mais tarde, Kyo chegou, estacionou e levou algum tempo até sair do carro. Optou por não acordá-lo, mas pegou-o no colo, tendo algum problema ao abrir a porta já que ele se colava ao vidro. Mas conseguiu, tão logo pegou o rapaz, que era maior, mas era leve, e levou ao quarto. Shinya suspirou novamente em seus braços, não sabia que ele estava carregando a si, mas sentir o cheiro dele, e fora por isso que se agarrou a ele, repousando a face em seu pescoço e só então acordou, dando-se conta se que estava sendo levado no colo e sorriu consigo mesmo sem dizer nada. Sentiu a cama macia abaixo de si, o colchão que tanto gostava e o viu se afastar, porém ao invés de deixar, o puxou, sem força, mas o suficiente, estava perto e observou-o com um pequeno sorrisinho nos lábios, sentindo seu corpo sobre o próprio, quente, como sempre fora, confortável e encaixou-se a ele, observando-o com seus braços às laterais do corpo e ergueu-se o suficiente para selar-lhe os lábios.
- Faz amor comigo, Kyo... 
Murmurou contra os mesmos, dando-lhe uma pequena mordidinha no inferior. Kyo fez menção de seguir ao outro lado conforme o deixou e no entanto foi puxado, o que fez com que caísse sobre ele, felizmente com o apoio da mão desocupada sobre o colchão. E fitou-o de perto ao sentir o beijo superficial, e que cheirava a cerveja. 
- Vá dormir, Shinya. Você está bêbado.
O maior negativou, deslizando uma das mãos pelo braço do outro até alcançar seu ombro e segurou-o ali.
- Iie...
- Sim, apenas vá. 
Kyo retrucou, embora achasse que algumas cervejas eram pouco para a bebedeira, no entanto, a ponto de agir daquele modo, estava realmente embriagado. 
- Não estou bêbado, e não sou um adolescente, não vai me engravidar se transar comigo sem camisinha no nosso primeiro encontro.
- ... Que? - O menor disse, sem entendê-lo completamente.
- Não quer transar comigo porque diz que estou bêbado, ora.
- Você está.
- E o que tem?
- Precisa não estar.
- ... Mas por quê?
- Tá Shin. Tire a calça se conseguir.
O maior uniu as sobrancelhas.
- Não, se você não quer, tudo bem.
- Tire.
Shinya assentiu a observá-lo e abriu a calça, puxando-a a retirá-la, na tentativa meio falha, mas o fez e jogou-a no chão. Kyo deu-lhe um sorriso de canto. Não realmente gracioso e se levantou da cama, ficando ao lado do leite e levou as mãos ao fecho da calça, abriu o zíper e tirou o jeans preto que usava. Tal como a jaqueta e camisa logo após. Afastou-se apenas para voltar a apagar a luz e fechar a porta do quarto, tão logo se voltou para ele. 
- Não vai vomitar em mim.
O maior sorriu igualmente a observá-lo, notando seu corpo bonito, bem delineado e ergueu uma das mãos, mesmo sem conseguir alcançá-lo e tocou o ar em movimentos sutis, como de deslizasse por seu corpo e seguiu o local visualmente.
- Não estou tão bêbado assim...
- Está bêbado sim. Mas está espertinho. Se vomitar em mim eu vomito em você.
Kyo retrucou e se aproximou dele, ajoelhou-se na cama e o ajudou a tirar a camisa, já que fizera somente com a calça.
- Espertinho? 
Shinya murmurou, sorrindo a ele e até prendeu a respiração ao tê-lo tão perto de si, sendo ajudado a retirar a camisa e não sabia porque ainda fazia isso depois de tanto tempo, se referia à respiração, claro, gostava de ter a proximidade dele, o problema é que gostava demais e o coração quase pulava do peito quando o via daquele modo.
- Esse frio no estômago não é ânsia não. É ter você tão perto mesmo... Você é lindo.
- Hum... Teria dito sem estar bêbado? 
Kyo indagou, embora suspeitasse que sim, mas certamente estaria tímido. Ajudou com a camisa, que deixou de lado assim como o restante das roupas. Abaixou-se por fim, ao se colocar sobre ele, em seu corpo maior, embora mais magro, sem pesar. Shinya deu espaço a ele sobre o corpo e entre as pernas, deslizou uma das mãos em seu rosto, tocando-o muito mais do que normalmente o faria, afinal, não gostava de invadir seu espaço, mas não estava muito são, então se resolveria consigo no dia seguinte. Tocou-o nos cabelos loiros, de fios macios, recém lavados por ele e até sorriu ao pensar nisso, sentiria o cheiro gostoso de shampoo, mas também o cheiro gostoso de suor que ele tinha, era louco, não sabia porque gostava tanto do cheiro dele daquele modo, mas era uma delicia, saber que estava tão junto dele, sentindo seu corpo de todas as formas. Empurrou o quadril contra o dele, sutilmente, é claro, mostrando a ele o quanto estava excitado e suspirou, sorrindo a ele em seguida, tocando seus lábios mais uma vez num selo sutil. O menor sentiu a carícia sobre os fios, o que causou um leve eriço sobre a raiz do cabelo na nuca, onde a pouco tocado. Fitou no entanto o maior, por cima. E sentiu seus movimentos sutis embaixo de si, o que consequentemente fizera algo fálico e endurecido roçar ao próprio abdômen, a altura do umbigo, constando sua excitação, de modo atípico, mas não reclamava. 
- Quero você...  
Shinya murmurou, parecia óbvio, mas normalmente não diria a ele e abriu um sorrisinho sutil, deslizando a mão em seu rosto novamente, tocando-o nas bochechas, lábios, olhos, um por um a sentir suas formas e logo desceu novamente a seu ombro.
- Faz amor comigo.
Kyo sentiu a carícia, em proximidade demasiada. Toques incomuns, que de algum modo, suspeitava que, para ele, ficar bêbado lhe dava vazão a fazer o que gostaria de fazer, soava quase como proposital, embora soubesse que não. Ameaçou mordê-lo a medida em que passou sobre os lábios, mas não o fez. E não precisava pedir, afinal, estava no meio de suas pernas. Levou a mão somente a boxer que ainda usava, abaixando-a suficiente para revelar ao meio de suas pernas o próprio sexo. E se afastou o suficiente para puxar-lhe a roupa íntima, tirando-a por suas pernas. Shinya riu baixinho ao vê-lo ameaçar a mordida e negativou, observando-o retirar a roupa intima e logo depois retirar a própria, deixou-o fazer, até ajudou-o, ansiava por ele, podia até se sentir pulsar agora sobre o abdômen, já não mais escondido pela roupa e deslizou uma das mãos pelo tórax do maior, sentindo sua pele quentinha ali.
- Vem...
Kyo voltou o olhar a seu corpo, já inteiramente nu desta vez. E embora tivesse traços de homem, era delicado, se arrumava como uma mulher, o que deixava aquilo confuso. E tocou seu sexo, acariciando-o entre os dedos, mesmo enquanto se ajeitava a fim de penetrá-lo sem delongas. Shinya sentiu o toque diretamente no membro e estremeceu, mordendo o lábio inferior a observá-lo, e não sabia dizer o quanto gostava dele naquela luz baixa, não sabia dizer o porque, gostava de fazer amor exatamente daquele modo, na cama que pertencia a si e ele, com a luz baixa onde podia vê-lo sutilmente e tentar não enlouquecer ao ver aquele corpo bonito. Com movimentos suaves, Kyo estimulava-o em vaivém. E beirou seu corpo, no meio de suas pernas, empurrando com ajuda da mão, insinuando a penetração que não formulou tão logo, mas o acostumava aos poucos.
Shinya suspirou, ah e era realmente bom, sua mão quente, macia e gemeu baixinho, meio dolorido ao senti-lo empurrar-se para si, estava meio desacostumado, apesar de não fazer muito tempo que tiveram a última noite juntos, era difícil com dois filhos pequenos e ainda a banda, mesmo assim, quando fechava os olhos pensava nas últimas vezes que havia feito com ele, e estava bêbado, então não devia lembrar muita coisa, mas lembrava tudo extremamente bem. Puxou-o para si, inconscientemente e mordeu-lhe a orelha suavemente, deslizando a língua por ela.
- Estava lembrando de quando transamos no avião, lembra? Indo pra Alemanha.
Kyo decaiu sobre ele, embora não houvesse deixado o peso sobre seu corpo. Mas retraiu-se ao sentir a mordida e mesmo a voz soar tão próxima a orelha, onde sentia uma pequena desconfortável aflição. E desvencilhou-se, permanecendo por perto no entanto, afastado apenas o suficiente, o ouvido de seus lábios, onde não pudesse ser alcançado e ouvir ruídos. 
- Por que está pensando nisso? 
Retrucou e por fim deu a primeira investida que levou parte do corpo a estar dentro dele. Por um momento seu sexo nos dedos apertou, e só voltou a mover conforme voltou a se mover. Shinya observou-o ao se afastar de si e sorriu, sem mostrar os dentes.
- Porque foi gostoso, estava lembrando do espaço apertado. Não me lembro porque quis me levar lá. 
Murmurou e logo deixou escapar um gemido mais alto, dolorido e uniu as sobrancelhas, fechando os olhos em seguida, devido ao aperto e a entrada dele em si.
- ... Ah.
Kyo mordeu o lábio inferior, embora não visto, por ser a parte interna à boca. Suspirou sentindo-se apertado, como sempre, como se o sangue ficasse contido somente naquela parte e apalpava-o no que pensava ser semelhante ao que ele fazia ao próprio corpo. Shinya guiou uma das mãos aos lábios dele, deslizando o polegar sobre seu inferior, tentando impedi-lo de morder o local e gemeu, deixando a voz fluir sem se conter ao inclinar o pescoço para trás com o aperto, porém desviou o olhar a ele logo em seguida, ainda de sobrancelhas unidas.
- Me deixa ouvir você gemer...
- Não estou contendo gemidos. 
O menor retrucou e desvencilhou o toque nos lábios. Por fim levou uma das mãos até a boca e umedeceu os dedos que posteriormente levou em torno de sua ereção já suavemente amolecida, talvez pela dor, ainda que houvesse a firmeza sob a pele. Logo terminou de penetrá-lo, colocando-se inteiramente dentro. Shinya gemeu novamente, mais alto ao senti-lo se enfiar em si por inteiro e estremeceu, agarrando-se a ele com ambas as mãos e deslizou-as por suas costas, arranhando-o sobre a tatuagem bonita presa na pele.
O menor sentiu um leve arrepio na coluna, sentindo suas finas unhas pressionarem a pele, e certamente deixarem algum rastro. Arqueou a sobrancelha, era atípico, se perguntava se no fim não era de propósito, exagerado como agia desde o início da noite, podia supor. E permaneceu algum tempo dentro dele, sem movimentos. O maior uniu as sobrancelhas e desviou o olhar a ele, parecia meio confuso e julgou ser o modo como agia, mas não era de propósito e encolheu-se, deslizando as mãos a retirá-las de suas costas. Logo, aos poucos, Kyo passou a se mover, iniciando um ritmo que deslizou vagarosamente, entrando e tornando a sair. Encarava-o sem pudor, fitando seu rosto enquanto movia-se acima de seu corpo e por hora deixou de tocá-lo na ereção que retomava a forma. Shinya desviou o olhar a ele, e realmente se sentira meio acanhado de uma hora para outra, certamente pelo fato de que estava sendo encarado e ponderou o fato de que adoraria ouvi-lo dizer alguma besteira para si enquanto faziam sexo, mas não se achava capaz de animá-lo tanto a ponto de fazer aquilo, mesmo depois de duas cervejas, estava intacto e sem alterações, uma pena. Desviou o olhar, meio envergonhado e gemeu novamente ao senti-lo se empurrar a si.
Aos poucos o menor passou a tornar o ritmo mais vigoroso. A medida em que podia ouvir a pele colidir a sua e ressoar num ruído agradável. Gostava de ouvir os leves "tapas" durante o encontro. E logo os movimentos eram hábeis e firmes, de modo que precisava segurá-lo por suas coxas a mantê-lo no lugar. Shinya suspirou, desviando o olhar a ele, era sempre vigoroso em seus movimentos, e gostava assim, agarrava-se a ele toda vez que o sentia fazer isso e abriu um pequeno sorriso a ele, meio malicioso até, mas não saberia dizer, estava bêbado.
- Kimochi... Motto!
Kyo arqueou a sobrancelha, estranhando e por fim acabou dando um sorrisinho, na falta do riso, achando a situação estranha. Puxava-o pelas coxas, parcialmente nos quadris a medida que igualmente continuava a seguir contra ele, apelando ao ponto dentro dele que já tão bem conhecia. Shinya desviou o olhar a ele, notando seu sorrisinho e sorriu junto, deslizando a mão a alcançar seu rosto e acariciou-o, porém desconcentrou-se ao sentir o toque no interior do corpo, tão gostoso e gemeu, e nem tentava conter a voz ou controlá-la, deixava fluir naturalmente, desviando o olhar a ele ao fim de cada gemido.
- Kyo...
Kyo ouviu sua voz aumentar diante do gemido que constava o alcance daquela parte tão sensível em seu corpo, e por um momento já pensava, estava bêbado, os filhos acordados por seus gemidos ficariam por conta de si em alguns minutos. Mas mesmo assim continuou. 
- Hum.
Murmurou como se o respondesse e continuava a penetrá-lo insistentemente, com o mesmo ritmo vigoroso.
- Você... 
Shinya murmurou, com um pouco de dificuldade e agarrou-se ao lençol da cama com uma das mãos, apertando-o com as coxas ao redor de seus quadris e a outra mão deslizou pelo corpo dele, acariciando-o abdômen, tórax até alcançar o ombro novamente onde se apoiou e puxou-o para si, atipicamente como tudo que fazia.
- Vai usar... A roupa que eu comprei pra você pra mim? 
Murmurou em meio aos gemidos, agora mais sutis devido à frase e tentou se conter, embora estremecesse a cada toque dele. Kyo sentiu as carícias que recebia e retribuiu de modo que se afastou e deslizou o toque por sua nudez ampla abaixo do corpo, voltou até a seu membro, já novamente excitado como de início. Friccionou sua ponta, estimulando a fenda onde pôde sentir suaves gotejos de sêmen, talvez bastante atiçado pelo álcool, até arqueou a sobrancelha mais para si mesmo do que a ele. E assentiu com a pergunta. 
- Vou usar depois de te lembrar tudo o que disse hoje. - Sorriu-lhe de canto, sem abrir a boca. - Você já está quase gozando.
Shinya desviou o olhar a ele e sua mão que segurava a si, e estranhou igualmente o fato de que não havia cessado os movimentos mesmo estando meio alto demais, nas ações, nos gemidos, em tudo, normalmente ele já teria desistido. Sentiu o coração pulsando forte no peito e mordeu o lábio inferior a ouvi-lo, não entendia na hora, é óbvio, mas no dia seguinte ficaria roxo, azul, mudaria de cor várias vezes se ele falasse consigo.
- Mas eu não disse nada demais... 
Falou e uniu as sobrancelhas, mas era óbvio que havia dito, e estava mesmo quase gozando, o problema é que não queria gozar e acabar com tudo, queria aproveitar mais, mas obviamente não conseguiria, não com ele tocando a si por dentro e por fora daquela maneira. Gemeu, pouco mais alto, sentindo o arrepio percorrer o corpo e inclinou o pescoço para trás.
- Kyo.... Me faz gozar... Eu... Vou gozar...
- Estou fazendo, Shin. 
O menor disse e sussurrou a ele, embora pela proximidade fosse possivelmente audível. E acabou sorrindo. Apertando os dedos em torno de seu sexo, enquanto continuamente entrava em seu corpo e sentia-se facilmente deslizar, visto que o tinha relaxado, e era quase sugado por seu corpo que pedia mais toques naquela parte miserável, e que podia ser mais facilmente atingida. Logo, junto dele, sentia a sensibilidade do corpo chegar, numa gostoso formigamento no baixo-ventre, denunciando a chegada do ápice cada vez mais perto. E gozaria junto dele. 
- Vem.
Shinya assentiu, ouvindo-o chamar a si pelo apelido e sorriu, achava fofo, sempre achou, mas não era muito comum. Gemeu, mais alto com os toques, gostosos e uniu as sobrancelhas, sentindo aquela sensação tão intensa do ápice atingir o corpo e achou que havia deixado o corpo por alguns segundos, porque sentiu um arrepio tão gostoso que achou que nunca o havia sentido, suficiente para franzir o cenho mais uma vez e as lágrimas se formarem nos olhos, deixando-as escorrer pela face, mesmo sem emitir nenhum som, além do gemido satisfeito.
- Ah... K-Kyo...
Kyo forçou a última investida e parou dentro dele, sentindo o ápice crescente à sensação gostosa que se passava pele ventre enquanto expelia em seu corpo o próprio prazer. Tal como ele, onde pôde sentir contra a pele, seu clímax cálido, seguido pelo gemido e mesmo as lágrimas que não entendeu, mas não levou adiante, visto que tudo naquela noite estava estranho o bastante. Desde o início nada era comum para ele, mas pela forma como soou posteriormente ao dizer o próprio nome, supôs que estava satisfeito. Mas levou a mão em seu rosto, tocando-o na bochecha não muito volumosa, sentindo-o somente enquanto sustentava o corpo leve pelo ápice, ainda sobre o dele, sem pesar. Shinya suspirou e sorriu logo em seguida, mesmo com as lágrimas, estava realmente satisfeito, na verdade aquilo era um sinal de que estava, mas ele não poderia saber, nunca o havia feito antes, sentia um aperto no peito, algo estranho, que não conseguia explicar nem se quisesse, mas era gostoso ao mesmo tempo, ah se era. Desviou o olhar a ele logo após sentir-se aquecer com seu ápice e sorriu novamente, ao perceber que tinha sua mão sobre o rosto e também era atípico, por isso guiou uma das próprias sobre a dele e apertou-a suavemente.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário